Banca de DEFESA: REBECA DANIELLY BARROS XAVIER

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: REBECA DANIELLY BARROS XAVIER
DATA : 24/08/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Plataforma Google meet (virtual)
TÍTULO:
MORTALIDADE FETAL NO RECIFE/PERNAMBUCO, 2010 A 2021: TENDÊNCIA TEMPORAL, EVITABILIDADE E SUA RELAÇÃO COM A VIGILÂNCIA DO ÓBITO
 
 

PALAVRAS-CHAVES:
Mortalidade Fetal; Causas de Morte; Vigilância Epidemiológica; Estudos de Séries Temporais; Estatísticas Vitais.

PÁGINAS: 89
RESUMO:
A mortalidade fetal representa um problema de saúde pública em todo o mundo.
Analisar a tendência e a evitabilidade dos óbitos fetais contribui para o planejamento
de intervenções e para o monitoramento da qualidade dos cuidados pré-natais e
intraparto. O objetivo deste estudo foi analisar a tendência temporal da mortalidade
fetal segundo duas classificações de evitabilidade e sua relação com a vigilância do
óbito no Recife/Pernambuco, de 2010 a 2021. Realizou-se um estudo de tendência
temporal, com dados dos Sistemas de Informações sobre Mortalidade e sobre
Nascidos Vivos. O modelo de regressão Joinpoint foi utilizado para analisar a
tendência temporal da mortalidade fetal. O teste de McNemar para amostras pareadas
foi aplicado para comparar a evitabilidade dos óbitos segundo as duas classificações.
Para verificar a relação entre o percentual de óbitos fetais investigados e discutidos
pela vigilância do óbito e a mortalidade fetal por causas evitáveis e mal definidas
segundo a Lista Brasileira de Causas de Morte Evitáveis para óbitos fetais (LBE-OF)
e para menores de cinco anos (LBE < 5), utilizou-se o coeficiente de correlação de
Spearman. Entre 2010 e 2021 foram registrados 2.490 óbitos fetais e 262.300
nascidos vivos de mães residentes no Recife. A mortalidade fetal apresentou
tendência temporal estacionária. Para as duas classificações, o grupo de causas
evitáveis apresentou maior frequência de óbitos fetais. A LBE-OF apresentou menor
número de óbitos evitáveis (n= 1.814; 72,9%), em comparação a LBE < 5 anos (n=
2.091; 84%) e maior número de óbitos por causas mal definidas (n= 471; 18,9%), em
relação a LBE < 5 anos (n= 205; 8,2%). Entre os subgrupos de evitabilidade, o
reduzíveis por adequada atenção na gestação apresentou maior frequência segundo
as duas classificações, com a LBE-OF apresentando maior número de óbitos (n=
1.447; 79,8%), em comparação com a LBE < 5 anos (n= 1.355; 64,8%). A
mortalidade fetal evitável apresentou tendência crescente segundo a LBE-OF (APC:
2,1; p = 0,018) e estacionária segundo a LBE < 5 anos. Ao considerar o período total
da série, houve tendência estacionária para mortalidade fetal reduzível por adequada
atenção na gestação, segundo as duas classificações. Houve tendência decrescente
para a mortalidade fetal por causas mal definidas segundo a LBE-OF (APC: -12,3; p < 0,001) e estacionária segundo a LBE < 5 anos. Houve correlação negativa entre o
percentual de óbitos fetais investigados e discutidos e a mortalidade fetal por causas
mal definidas segundo a LBE-OF (ρ = -0,64; p = 0,032) e a LBE < 5 anos (ρ = -0,82;
p = 0,002). Conclui-se que, no período do estudo, não houve redução significativa na
mortalidade fetal. A maior parte dos óbitos fetais foi evitável, principalmente por
meio da adequada atenção à mulher na gestação. Houve declínio dos óbitos fetais por
causas mal definidas. A elevação do percentual anual de óbitos fetais investigados e
discutidos pela vigilância do óbito ao longo dos anos associou-se à redução das causas
mal definidas.

MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - CRISTINE VIEIRA DO BONFIM - FJN
Externa à Instituição - Conceição Maria de Oliveira
Presidente - 2131239 - PEDRO ISRAEL CABRAL DE LIRA
Notícia cadastrada em: 15/08/2023 12:35
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