Banca de DEFESA: CAROLINA RIBEIRO LINS E MELLO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAROLINA RIBEIRO LINS E MELLO
DATA : 28/08/2023
HORA: 09:00
LOCAL: AUDITÓRIO DO CCM - Térreo
TÍTULO:

ADESÃO À DIETA SEM GLÚTEN EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DOENÇA CELÍACA: CONTRIBUIÇÕES DO CELIAC DIETARY ADHERENCE TEST ADAPTADO E DO TESTE RÁPIDO PARA DETECÇÃO DE GLÚTEN NA URINA


PALAVRAS-CHAVES:

adesão ao tratamento; dieta sem glúten; criança; adolescente; doença celíaca; Celiac Dietary Adherence Test; peptídeo imunogênico do glúten.


PÁGINAS: 124
RESUMO:

Avaliar a adesão à dieta sem glúten é um ponto crucial do acompanhamento dos pacientes com doença celíaca (DC). Objetivos: Investigar se há concordância entre a adesão à dieta sem glúten avaliada pelo Celiac Dietary Adherence Test (CDAT) adaptado e a negatividade do Teste Rápido para Detecção de Glúten na urina (GIPu). Além disso, buscou-se avaliar como fatores clínicos, sociodemográficos e a situação de segurança alimentar da família de crianças e adolescentes com DC influenciam na adesão à dieta sem glúten e nos resultados do GIPu. Métodos: O estudo envolveu crianças e adolescentes com diagnóstico de DC, em acompanhamento médico, com prescrição de dieta sem glúten por pelo menos seis meses, em dois hospitais públicos vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS). O CDAT adaptado foi aplicado, e amostras de urina foram coletadas para a realização do GIPu. O questionário CDAT original passou por adaptação com tradução, retrotradução e avaliação por especialistas. Foi realizada entrevista para coleta de dados sociodemográficos (sexo, idade, número de pessoas na família, renda familiar per capita) e, características da doença (idade e tempo de diagnóstico, forma de apresentação da DC). A situação de (in)segurança alimentar (SAN) da família foi avaliada pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Resultados: A concordância entre os dois métodos foi 79,6% (43/54), com discordância de 20,4% (11/54). A adesão à dieta sem glúten foi observada em 88.9% (IC:77,4-95,8; p<0,001) pela pontuação no CDAT adaptado e 87.0% (IC:75,1-94,6; p<0,001) tiveram GIPu negativo. A idade mais jovem dos pacientes explicou 23,0% (rb = -0,48) da adesão à dieta sem glúten, enquanto o sexo masculino explicou 7,3% (φ = 0,27), e a presença de sintomas no diagnóstico explicou 8,4% (φ = -0,29). A renda familiar per capita não teve efeito na adesão à dieta. Por outro lado, o menor número de membros na família explicou 7,8% (rb = -0,28), e a situação de insegurança alimentar moderada ou grave explicou 10,2% (φ = 0,32) da positividade para o GIPu. Conclusão: os resultados do GIPu têm discordância considerável com o questionário CDAT adaptado. Mesmo assim, altas taxas de adesão à dieta sem glúten e negatividade para o GIPu foram observadas em crianças e adolescentes com DC em acompanhamento especializado de gastropediatria. Fatores como idade, sexo, momento e duração do diagnóstico afetam a adesão à dieta, enquanto o tamanho da família e a insegurança alimentar tem efeito na positividade para o GIPu. Esses achados sugerem que os dois métodos medem fenômenos distintos – possivelmente o CDAT avalia a adesão consciente à dieta sem glúten, enquanto o GIPu detecta o contato inconsciente ou inevitável com glúten.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 586660 - GISELIA ALVES PONTES DA SILVA
Externo à Instituição - HÉLCIO DE SOUSA MARANHÃO - FURG
Interna - 3134502 - POLIANA COELHO CABRAL
Notícia cadastrada em: 14/08/2023 12:13
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