Banca de QUALIFICAÇÃO: CAROLINA RIBEIRO LINS E MELLO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAROLINA RIBEIRO LINS E MELLO
DATA : 20/07/2023
LOCAL: Plataforma Google Meeting - 14h00
TÍTULO:

ADESÃO À DIETA SEM GLÚTEN EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DOENÇA CELÍACA: CONTRIBUIÇÕES DO CELIAC DIETARY ADHERENCE TEST ADAPTADO E DO TESTE RÁPIDO PARA DETECÇÃO DE GLÚTEN NA URINA


PALAVRAS-CHAVES:

adesão ao tratamento, dieta sem glúten, criança, adolescente, pediátrico, doença celíaca, peptídeo imunogênico ao glúten


PÁGINAS: 149
RESUMO:

No contexto da doença celíaca (DC), a adesão à dieta sem glúten representa o tratamento de longo prazo e tem sido conceituada e mensurada de forma pouco consensual. Adesão à dieta sem glúten é um ponto crucial do acompanhamento dos pacientes com doença celíaca (DC). Recentemente a detecção do peptídeo imunogênico ao glúten (GIP) na urina ou nas fezes foi proposta para avaliar a adesão, mas ainda não está clara sua utilidade no monitoramento da adesão à dieta sem glúten. Objetivos: Nós investigamos se há concordância entre a adesão à dieta sem glúten avaliada pelo Celiac Dietary Adherence Test (CDAT) adaptado e a detecção negativa de glúten na urina pelo Test Rápido para Detecção de Glúten na urina (GIPu) em crianças e adolescentes com DC. Métodos: foram avaliadas crianças e adolescentes com diagnóstico de DC em dieta sem glúten há pelo menos seis meses pelo CDAT adaptado. Dois tradutores juramentados bilíngues traduziram do inglês para o português o questionário CDAT original e um grupo de oito especialistas (quatro gastroenterologistas pediátricos, três nutricionistas pediátricos e um nutrólogo) realizaram a avaliação semântica. Cada questão precisou ter 75% de concordância para compor a versão final que foi retrotraduzida por dois tradutores nativos de língua inglesa para avaliação da equivalência semântica com o questionário original. Foi mantido o ponto de corte de 12 pontos sugerido pelos autores do CDAT para mensurar a adesão. Para crianças abaixo de oito anos, o CDAT adaptado foi respondido pelos pais ou responsável e para outros participantes a entrevista foi conduzida sem a presença do responsável. Logo após a entrevista, foi solicitada uma amostra de urina para realização do GIPu. A situação de (in)segurança alimentar (SAN) da família foi avaliada pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. Resultados: a frequência de adesão à dieta sem glúten e detecção negativa de glúten na urina foram 88.9% (IC:77,4-95,8; p<0,001) e 87.0% (IC:75,1-94,6; p<0,001), respectivamente. Identificamos 20,4% de discordância entre os resultados dos dois métodos. Houve efeito negativo moderado para as variáveis idade (TDE=-0,48) e idade do diagnóstico (TDE=-0,38). A detecção positiva de glúten na urina foi associada com níveis de insegurança alimentar moderado e grave da família (IC:1.2-34.8, p=0,036). Conclusão: os resultados do CDAT adaptado e do GIPu apresentam discordância e estão relacionados a fatores diferentes sugerindo que os dois métodos medem fenômenos diferentes. As crianças menores e com diagnóstico precoce apresentam maior adesão à dieta sem glúten, com isso o sistema de saúde deve ser preparado para viabilizar o diagnóstico dos indivíduos com DC no começo dos sintomas e sinais da doença assim como dar suporte aos adolescentes com DC para o aumento da adesão à dieta sem glúten. Por meio da adaptação do questionário CDAT para utilização em crianças e adolescentes com DC, foi possível acessar frequências de adesão condizentes com pacientes acompanhados em serviço especializado de gastroenterologia pediátrica.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 3134502 - POLIANA COELHO CABRAL
Interna - 586660 - GISELIA ALVES PONTES DA SILVA
Notícia cadastrada em: 11/07/2023 20:08
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