Banca de QUALIFICAÇÃO: GEORGIA VERAS DE ARAUJO GUEIROS LIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GEORGIA VERAS DE ARAUJO GUEIROS LIRA
DATA : 16/05/2023
LOCAL: CCM, Sala 51, 9h00
TÍTULO:

ESTRESSE PSICOLÓGICO E FATORES MODIFICÁVEIS DO CONTROLE CLÍNICO DA ASMA EM CRIANÇAS: INFLUÊNCIA DO SENSO DE COERÊNCIA MATERNO


PALAVRAS-CHAVES:

asma; criança; estresse psicológico; senso de coerência; efeito modificador.


PÁGINAS: 217
RESUMO:

O controle clínico da asma na população pediátrica é determinado pela interação entre características hereditárias do paciente e fatores modificáveis relacionados ao ambiente, às comorbidades, aos aspectos psicossociais e comportamentais subjacentes ao tratamento efetivo. Dentre os aspectos psicossociais, o estresse psicológico está relacionado ao pior desfecho clínico em muitas doenças crônicas, mas a sua associação com a piora clínica da asma permanece incerta. Por sua vez, a asma é a doença respiratória crônica, de caráter biopsicossocial, mais prevalente na infância, que guarda estreita relação com a participação efetiva de um cuidador no manejo clínico. No entanto, tem-se observado que nem todos os pacientes asmáticos, que estão sob a atenção de um cuidador, obtém o controle clínico da doença. Para tal situação, torna-se importante entender o conceito de senso de coerência (SOC), constructo central da teoria salutogênica de Antonovsky, que expressa a visão que o indivíduo tem da vida e a capacidade de gerenciamento das situações adversas e estressantes. Neste contexto, foi formulada a hipótese de que um alto SOC materno influencia o estresse psicológico infantil e outros fatores modificáveis da asma levando ao controle clínico dos sintomas. Para tanto, foi realizada uma pesquisa com objetivo de verificar se existe associação do estresse psicológico infantil, e suas fases, com o controle clínico da asma e avaliar a influência do senso de coerência materno no estresse psicológico e em outros fatores modificáveis da asma. Foi realizado um estudo observacional, tipo caso-controle, com 193 crianças escolares asmáticas e suas genitoras, em três serviços de referência em afecções respiratórias, no período de 2020 a 2022. A variável dependente foi o controle clínico da asma, a variável independente principal foi estresse psicológico e a variável moderadora foi SOC materno. Outros fatores modificáveis da asma foram analisados: adesão ao tratamento, técnica inalatória, controle ambiental, além das características demográficas, clínicas, ambientais e socioeconômicas. Na análise bivariada, ter alto SOC materno, não apresentar estresse psicológico ou estar em fases iniciais do estresse na infância, com predomínio da reação psicológica, foram associados ao controle da asma com diferença estatisticamente significante entre os grupos de asma controlada e não controlada. O alto SOC foi observado em 83,5% das genitoras de crianças com asma controlada e influenciou significativamente as fases do estresse psicológico, adesão ao tratamento e o uso da técnica inalatória para melhor controle da asma. Através do Teste de Breslow-Day foi possível verificar a ocorrência da interação, com significância estatística, de alto SOC materno com as variáveis alta adesão ao tratamento (p = 0,003) e técnica inalatória correta (p = 0,051), mas sem influência quanto ao controle ambiental (p = 0,811). Na análise multivariada, pelo modelo de Regressão logística, a baixa exposição aos aeroalérgenos, o alto SOC materno e a fase inicial do estresse psicológico foram associados ao controle da asma. Conclui-se que a hipótese do estudo foi aceita no que concerne a influência do SOC materno nas fases do estresse psicológico infantil e nos principais fatores modificáveis, adesão e técnica inalatória, para controle clínico da asma na infância.        


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 1223183 - EDJANE FIGUEIREDO BURITY - nullExterna à Instituição - PATRICIA GOMES DE MATOS BEZERRA
Externo ao Programa - 2933327 - THIAGO FREIRE PINTO BEZERRA - null
Notícia cadastrada em: 09/05/2023 17:42
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa09.ufpe.br.sigaa09