DISFUNÇÃO VENTRICULAR SUBCLÍNICA NA ACROMEGALIA ATIVA AVALIADA POR MEIO DE ECOCARDIOGRAMA COM STRAIN
Acromegalia; ecocardiografia, strain de ventrículo esquerdo; ecocardiograma com speckle-tracking; cardiomiopatia, disfunção de ventrículo esquerdo
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Introdução Doença cardíaca sintomática pode estar presente em pacientes com acromegalia em estágios mais avançados da doença. Entretanto uma avaliação mais precoce de disfunção ventricular sistólica subclínica pode ser feita mediante a análise do strain miocárdico pelo ecocardiograma com speckle-tracking. O objetivo desse estudo foi avaliar os parâmetros de strain ventricular em pacientes acromegálicos assintomáticos cardiovasculares.
Métodos Estudo prospectivo, observacional no qual foi realizado ecocardiograma com speckle-tracking em pacientes com acromegalia ativa e sem doença cardíaca conhecida e em grupo controle para avaliar a disfunção ventricular por meio de strain longitudinal global (SLG), strain radial, strain circunferencial e twist. A fração de ejeção de ventrículo esquerdo (VE), o índice de massa de VE (MVE) e a espessura relativa da parede de VE também foram comparadas entre os grupos.
Resultados Um total de 25 pacientes com acromegalia ativa (mediana de idade, 53 anos; 65% mulheres) e 44 controles foram incluídos. Hipertrofia de VE foi mais prevalente no grupo acromegálico (40% vs 19%, p<0,01). A fração de ejeção de VE foi similar entre os grupos (65.2% ± 5.99 vs 62.9% ± 7.41). Os valores médios de SLG (-18.8 ± 2.49 vs -19.7 ± 3.29, p=0,24), strain circunferencial ( -16.7 ± 3.18 vs -16.6 ± 3.42, p=0,90) e twist (14.6 ± 5.02 vs 15.1 ± 3.94, p=0,60) não foram significativamente diferentes entre os grupos.
Conclusões Em pacientes acromegálicos, apesar de apresentarem maiores índices de hipertrofia de VE, não houve comprometimento da contratilidade ventricular avaliada pelo ecocardiograma com strain, comparado a um grupo controle.