PPGC-CCM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIRURGIA - CCM CENTRO DE CIENCIAS MEDICAS - CCM Telefone/Ramal: Não informado
Dissertações/Teses

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2023
Dissertações
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  • EDSON DIAS BARBOSA NETO
  • SÍNDROME METABÓLICA E SUA ASSOCIAÇÃO COM OS FATORES CLÍNICOS, SOCIODEMOGRÁFICOS E MORTALIDADE EM PACIENTES CRÍTICOS COM COVID-19

  • Orientador : PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CHRISTEFANY RÉGIA BRAZ COSTA
  • PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
  • PAULO SERGIO RAMOS DE ARAUJO
  • Data: 13/02/2023

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  • Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa que teve por objetivo investigar a prevalência da síndrome metabólica e sua associação com fatores clínicos, sociodemográficos e mortalidade em doentes críticos internados em unidades de terapia intensiva adulto do Real Hospital Português de beneficência em Pernambuco. A coleta de dados aconteceu entre Maio de 2020 e Junho de 2021, sendo este o período considerado mais crítico da primeira onda da pandemia. Do total de 1.783 pacientes internados com COVID-19 na instituição, foram incluídos no estudo 381 doentes que atendiam os critérios para classificação de SM de acordo com o National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III (NCEP-ATPIII). Foi possível identificar que o sexo masculino apresenta maior risco de morte por COVID-19 em pacientes que são admitidos em UTI, tal como a idade avançada, que parece também influenciar na progressão da doença e aumentar a mortalidade. Além disso, apresentar antecedentes pessoais como HA, DM e DPOC pode representar também maior risco de morte. O prolongamento do tempo de internação na UTI é também importante para o prognóstico destes pacientes pois está associado a piores desfechos. Os critérios para SM com relação de significância com pior prognóstico foram hipertensão, hiperglicemia e aumento da circunferência abdominal. Conclui-se então diante dos dados obtidos que há relação de significância entre SM e pior desfecho em pacientes críticos com COVID-19 e que ainda é necessário que sejam realizados mais estudos, com diferentes grupos populacionais e que apresentem diferentes características demográficas que permitam entender e estratificar pelo nível de maior risco os grupos populacionais infectados pelo vírus e assim adaptar e desenvolver medidas de saúde pública que permitam proteger essas populações, de forma mais direcionada e específica.

     

     

    Palavras-chave: COVID-19, SARS-COV-2, Síndrome metabólica, fatores de risco


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  • Introdução: A artrite séptica se define como uma inflamação aguda da membrana sinovial causada por agentes infecciosos diversos que promovem a deterioração da cartilagem articular, a infecção bacteriana por Staphylococus aureus é a causa mais comum. Objetivos: Identificar o perfil clínico, epidemiológico e bioquímico de pacientes com síndrome metabólica infectados pelo coronavírus 2019 (sars-cov-2) internados em unidades de terapia intensiva adulto do Real Hospital Português de beneficência em Pernambuco. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada no período compreendido entre os meses de Maio de 2020 a Junho de 2021 nas unidades de terapia intensiva adulto. Resultados Parciais:Após a realização do estudo, espera-se obter mais respostas frente a essa doença desafiadora em âmbito global, a possibilidade de elaboração de novos protocolos, mais robustos, visando a melhoria no manejo clínico desses pacientes pelas equipes assistenciais. Pretende-se neste capítulo apresentar os resultados obtidos após a aplicação de testes estatísticos à amostra referida anteriormente e posterior aanálise dos mesmos. Esta amostra representa todos os doentes que foram admitidos em UTI. Da população de todos os doentes admitidos em UTI e, após consulta e avaliação dos processos clínicos, considerou-se que 381 doentes cumpriam os critérios de elegibilidade, previamente definidos.

2
  • ALESSANDRA PAULA DE MELO CALADO
  • AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO MOTORA EM PACIENTES COM ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL TIPO III ATRAVÉS DE ESCALAS PADRONIZADAS E SUA CORRELAÇÃO COM O ÍNDICE DE ALTERAÇÃO DA MARCHA E COM A PONTUAÇÃO DO PERFIL DA MARCHA.

  • Orientador : EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • FERNANDA CAMILA FERREIRA DA SILVA CALISTO
  • Data: 20/02/2023

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  • As últimas duas décadas foram marcadas pelo avanço mundial das pesquisas sobre a Atrofia Muscular Espinhal (AME) à medida que a descoberta das bases moleculares e genéticas da doença impulsionou a busca por novas perspectivas de tratamento clínico e reabilitação1–5. A AME é uma enfermidade hereditária de padrão autossômico recessivo caracterizada pelo acometimento dos neurônios motores localizados na medula espinhal e tronco cerebral resultando em fraqueza muscular e atrofia progressiva6 . Estima-se uma incidência de 1 a cada 6 a 10 mil nascidos vivos e que cerca de 1 a cada 40 a 60 adultos assintomáticos possui a alteração genética podendo transmiti-la a seus filhos 7 . A pessoa afetada apresenta uma alteração homozigótica ou heterozigótica composta (alterações bialélicas) do gene de SMN1 localizado no cromossomo 5q responsável pela codificação da proteína de sobrevivência do neurônio motor (SNM), levando a distúrbios de crescimento e desenvolvimento neuroaxonal2,8. Uma pequena concentração da proteína SMN disfuncional é produzida pelo gene SMN2, um homólogo quase idêntico ao SMN1, cujo número de cópias está relacionado com o prognóstico da doença9,10 . O quadro clínico da AME é bastante variado e sua classificação é baseada no acometimento motor, com fenótipos diversos divididos em quatro tipos de acordo com a idade de início dos sintomas, funcionalidade e gravidade11,12. A fraqueza muscular é usualmente simétrica e predominantemente proximal13. Pacientes do tipo I apresentam grave hipotonia muscular observada antes dos seis meses de idade e ausência de controle cervical, os pacientes com tipo II demonstram fraqueza antes dos 18 meses, podem sentar-se, mas não conseguem manter ortostatismo e realizar marcha. Pessoas com AME tipo III normalmente atingem todos os principais marcos motores, bem como a marcha independente. Alguns podem precisar de assistência em cadeira de rodas na infância, enquanto outros podem continuar a caminhar e ter vidas adultas produtivas com fraqueza muscular menor. AME tipo IV são aqueles pacientes com início de sintomas na idade adulta (> 18 anos) e curso leve, são capazes de andar na idade adulta e dificilmente apresentam problemas respiratórios e nutricionais14,15 . Dentre os casos de AME, a incidência de tipo III é cerca de 30% e o início dos sintomas ocorrem após 18 meses até a vida adulta. Por definição, são pacientes que 5 conseguem ficar em pé ou andar sem apoio, embora muitos percam essas habilidades posteriormente com a progressão da doença16 . Os pacientes com AME III foram subdivididos em 2 grupos, de acordo com o início dos sintomas, sendo AME IIIa, aqueles com um início de fraqueza muscular antes de 3 anos, e AME IIIb após essa idade15. Os sintomas mais comuns apresentados são quedas, dificuldade para subir escadas e outras características de fraqueza proximal. É comum apresentar compensações durante a marcha devido à fraqueza muscular, assim, alguns pacientes são capazes de continuar a deambular apesar da progressão da doença13 . Atualmente novos fenótipos da doença estão sendo descritos graças aos avanços dos estudos moleculares desta condição, que culminaram com o surgimento de terapias atuantes no principal modificador da gravidade do quadro, o gene SMN2. No horizonte terapêutico da AME, alguns fármacos estão sendo administrados como modificadores do SMN2 de uso oral, fármacos neuro protetores e a terapia gênica em dose única intravenosa com vetores virais1–4 . Diante desse novo cenário, torna-se importante selecionar medidas apropriadas para monitorar o curso da AME, desde a avaliação até o acompanhamento das mudanças nas habilidades motoras, auxiliando também a identificar os resultados dos programas de saúde e tratamentos com medicamentos17 . Um dos instrumentos utilizado é a Medida de Função Motora (MFM), um teste que possibilita a avaliação, de modo abrangente, das disfunções motoras, por meio de 32 itens classificadas em três dimensões (D1: posição de pé e transferências, D2: função motora axial e proximal e D3: função motora distal)18. Sendo, portanto, uma interessante ferramenta para uso em amplo espectro das doenças neuromusculares, desde aquelas com predomínio em cinturas até as distais. A MFM está adaptada a pacientes com capacidade de andar e àqueles com restrições parcial ou total da marcha19 . Outra ferramenta para avaliação da motricidade amplamente utilizada em pacientes com AME tipo II e III é a Hammersmith Functional Motor Scale Expanded (HFMSE)20. A HFMSE é utilizada internacionalmente na área clínica prática, em ensaios clínicos e para documentar a história natural da AME e as trajetórias do curso da doença21–24 . Uma outra alternativa de avaliação para pacientes deambuladores é a análise computadorizada da marcha25. A relevância clínica desse instrumento motivou os pesquisadores a desenvolver índices quantitativos capazes de sintetizar os dados obtidos por meio dessa complexa ferramenta, facilitando sua compreensão26. Entre esses índices, 6 o índice de alteração da marcha (Gait Deviation Index – GDI) e a pontuação do perfil da marcha (Gait Profile Scale – GPS) são medidas globais de variabilidade da marcha e são as mais sensíveis para detectar as alterações clinicamente relevantes da marcha de crianças com distúrbios neurológicos e ortopédicos26,27 . O GDI fornece de forma efetiva e quantitativa uma impressão geral da qualidade da marcha através de uma escala numérica que permite, por exemplo, verificar a eficácia de resultados de intervenção e traçar novas condutas clínicas27. O GPS, proposto por Baker et al (2009), é uma compilação da média da raiz quadrada das nove pontuações variáveis de marcha (Gait Variable Score - GVS) que é capaz de descrever melhor as medidas específicas de variabilidade e quantificar o grau de comprometimento da deambulação28 . A observação clínica da marcha em pessoas com desordens neuromusculares sugere que várias compensações podem ocorrer, porém dados clínicos e quantitativos sobre a marcha em pacientes com doenças neuromusculares são escassos29. Até o presente momento, não existem estudos que correlacione a função motora com esses índices da marcha em pacientes com AME tipo III. Frente ao exposto, o presente estudo pretende analisar a função motora através de escalas padronizadas (MFM e HFMSE) e correlacionar com o índice de alteração da marcha e com a pontuação do padrão da marcha em indivíduos com Atrofia Muscular Espinhal tipo III atendidos no Rarus, Centro de Referência em Doenças Raras de Pernambuco

     

     

     

    OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral Avaliar a função motora em pacientes com AME tipo III através de escalas padronizadas (MFM e HMFSE) e correlacionar com o GDI e com a GPS. 2.2 Objetivos específicos (i) Quantificar o GDI e a GPS em pacientes com AME tipo III; (ii) Quantificar a função motora através das escalas MFM e HFMSE em pacientes com AME tipo III; 7 (iii) Verificar a correlação entre as escalas motoras MFM e HFMSE em pacientes com AME tipo III. (iv) Verificar a correlação entre o GDI e a GPS em pacientes com AME tipo III. 3. MÉTODOS 3.1 Desenho do estudo Trata-se de uma pesquisa de corte transversal, descritivo e analítico. 3.2 Local e período do estudo As coletas do presente estudo estão sendo realizadas no Rarus - Centro de Doenças Raras de Pernambuco e no Laboratório de Análise do Movimento do Instituto Rolim. As coletas foram iniciadas em junho de 2021 e vem ocorrendo até o presente momento.


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  • As últimas duas décadas foram marcadas pelo avanço mundial das pesquisas sobre a Atrofia Muscular Espinhal (AME) à medida que a descoberta das bases moleculares e genéticas da doença impulsionou a busca por novas perspectivas de tratamento clínico e reabilitação1–5. A AME é uma enfermidade hereditária de padrão autossômico recessivo caracterizada pelo acometimento dos neurônios motores localizados na medula espinhal e tronco cerebral resultando em fraqueza muscular e atrofia progressiva6 . Estima-se uma incidência de 1 a cada 6 a 10 mil nascidos vivos e que cerca de 1 a cada 40 a 60 adultos assintomáticos possui a alteração genética podendo transmiti-la a seus filhos 7 . A pessoa afetada apresenta uma alteração homozigótica ou heterozigótica composta (alterações bialélicas) do gene de SMN1 localizado no cromossomo 5q responsável pela codificação da proteína de sobrevivência do neurônio motor (SNM), levando a distúrbios de crescimento e desenvolvimento neuroaxonal2,8. Uma pequena concentração da proteína SMN disfuncional é produzida pelo gene SMN2, um homólogo quase idêntico ao SMN1, cujo número de cópias está relacionado com o prognóstico da doença9,10 . O quadro clínico da AME é bastante variado e sua classificação é baseada no acometimento motor, com fenótipos diversos divididos em quatro tipos de acordo com a idade de início dos sintomas, funcionalidade e gravidade11,12. A fraqueza muscular é usualmente simétrica e predominantemente proximal13. Pacientes do tipo I apresentam grave hipotonia muscular observada antes dos seis meses de idade e ausência de controle cervical, os pacientes com tipo II demonstram fraqueza antes dos 18 meses, podem sentar-se, mas não conseguem manter ortostatismo e realizar marcha. Pessoas com AME tipo III normalmente atingem todos os principais marcos motores, bem como a marcha independente. Alguns podem precisar de assistência em cadeira de rodas na infância, enquanto outros podem continuar a caminhar e ter vidas adultas produtivas com fraqueza muscular menor. AME tipo IV são aqueles pacientes com início de sintomas na idade adulta (> 18 anos) e curso leve, são capazes de andar na idade adulta e dificilmente apresentam problemas respiratórios e nutricionais14,15 . Dentre os casos de AME, a incidência de tipo III é cerca de 30% e o início dos sintomas ocorrem após 18 meses até a vida adulta. Por definição, são pacientes que 5 conseguem ficar em pé ou andar sem apoio, embora muitos percam essas habilidades posteriormente com a progressão da doença16 . Os pacientes com AME III foram subdivididos em 2 grupos, de acordo com o início dos sintomas, sendo AME IIIa, aqueles com um início de fraqueza muscular antes de 3 anos, e AME IIIb após essa idade15. Os sintomas mais comuns apresentados são quedas, dificuldade para subir escadas e outras características de fraqueza proximal. É comum apresentar compensações durante a marcha devido à fraqueza muscular, assim, alguns pacientes são capazes de continuar a deambular apesar da progressão da doença13 . Atualmente novos fenótipos da doença estão sendo descritos graças aos avanços dos estudos moleculares desta condição, que culminaram com o surgimento de terapias atuantes no principal modificador da gravidade do quadro, o gene SMN2. No horizonte terapêutico da AME, alguns fármacos estão sendo administrados como modificadores do SMN2 de uso oral, fármacos neuro protetores e a terapia gênica em dose única intravenosa com vetores virais1–4 . Diante desse novo cenário, torna-se importante selecionar medidas apropriadas para monitorar o curso da AME, desde a avaliação até o acompanhamento das mudanças nas habilidades motoras, auxiliando também a identificar os resultados dos programas de saúde e tratamentos com medicamentos17 . Um dos instrumentos utilizado é a Medida de Função Motora (MFM), um teste que possibilita a avaliação, de modo abrangente, das disfunções motoras, por meio de 32 itens classificadas em três dimensões (D1: posição de pé e transferências, D2: função motora axial e proximal e D3: função motora distal)18. Sendo, portanto, uma interessante ferramenta para uso em amplo espectro das doenças neuromusculares, desde aquelas com predomínio em cinturas até as distais. A MFM está adaptada a pacientes com capacidade de andar e àqueles com restrições parcial ou total da marcha19 . Outra ferramenta para avaliação da motricidade amplamente utilizada em pacientes com AME tipo II e III é a Hammersmith Functional Motor Scale Expanded (HFMSE)20. A HFMSE é utilizada internacionalmente na área clínica prática, em ensaios clínicos e para documentar a história natural da AME e as trajetórias do curso da doença21–24 . Uma outra alternativa de avaliação para pacientes deambuladores é a análise computadorizada da marcha25. A relevância clínica desse instrumento motivou os pesquisadores a desenvolver índices quantitativos capazes de sintetizar os dados obtidos por meio dessa complexa ferramenta, facilitando sua compreensão26. Entre esses índices, 6 o índice de alteração da marcha (Gait Deviation Index – GDI) e a pontuação do perfil da marcha (Gait Profile Scale – GPS) são medidas globais de variabilidade da marcha e são as mais sensíveis para detectar as alterações clinicamente relevantes da marcha de crianças com distúrbios neurológicos e ortopédicos26,27 . O GDI fornece de forma efetiva e quantitativa uma impressão geral da qualidade da marcha através de uma escala numérica que permite, por exemplo, verificar a eficácia de resultados de intervenção e traçar novas condutas clínicas27. O GPS, proposto por Baker et al (2009), é uma compilação da média da raiz quadrada das nove pontuações variáveis de marcha (Gait Variable Score - GVS) que é capaz de descrever melhor as medidas específicas de variabilidade e quantificar o grau de comprometimento da deambulação28 . A observação clínica da marcha em pessoas com desordens neuromusculares sugere que várias compensações podem ocorrer, porém dados clínicos e quantitativos sobre a marcha em pacientes com doenças neuromusculares são escassos29. Até o presente momento, não existem estudos que correlacione a função motora com esses índices da marcha em pacientes com AME tipo III. Frente ao exposto, o presente estudo pretende analisar a função motora através de escalas padronizadas (MFM e HFMSE) e correlacionar com o índice de alteração da marcha e com a pontuação do padrão da marcha em indivíduos com Atrofia Muscular Espinhal tipo III atendidos no Rarus, Centro de Referência em Doenças Raras de Pernambuco

     

     

     

    OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral Avaliar a função motora em pacientes com AME tipo III através de escalas padronizadas (MFM e HMFSE) e correlacionar com o GDI e com a GPS. 2.2 Objetivos específicos (i) Quantificar o GDI e a GPS em pacientes com AME tipo III; (ii) Quantificar a função motora através das escalas MFM e HFMSE em pacientes com AME tipo III; 7 (iii) Verificar a correlação entre as escalas motoras MFM e HFMSE em pacientes com AME tipo III. (iv) Verificar a correlação entre o GDI e a GPS em pacientes com AME tipo III. 3. MÉTODOS 3.1 Desenho do estudo Trata-se de uma pesquisa de corte transversal, descritivo e analítico. 3.2 Local e período do estudo As coletas do presente estudo estão sendo realizadas no Rarus - Centro de Doenças Raras de Pernambuco e no Laboratório de Análise do Movimento do Instituto Rolim. As coletas foram iniciadas em junho de 2021 e vem ocorrendo até o presente momento.

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  • HUGO HENRIQUE FERREIRA DE AQUINO
  • CORRELAÇÃO ENTRE A APTIDÃO FÍSICA E OS NÍVEIS DE MICRONUTRIENTES PRÉ-OPERATÓRIOS EM PACIENTES OBESOS CADASTRADOS EM UM PROGRAMA MULTIDISCIPLINAR DE CIRURGIA BARIÁTRICA

  • Orientador : PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
  • PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
  • Data: 27/02/2023

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    Introdução: Muito se estuda sobre o estado nutricional de pacientes com obesidade tanto no estágio pré quanto no pós-operatório da cirurgia bariátrica, sendo esse um fator de grande atenção no período pré-operatório e recuperatório do indivíduo. Alguns destes micronutrientes em especial, desempenham funções fisiológicas que possuem papel de grande importância na capacidade física, dentre eles destacamos o Ferro (Fe), Vitamina D (Vit D) e Vitamina B12 (Vit B12). Objetivo: Investigar a correlação entre o Ferro (Fe), a Vitamina D (Vit D) e a Vitamina B12 (Vit B12) com o nível de aptidão física de pacientes pré-operatórios cadastrados num programa multidisciplinar de cirurgia bariátrica. Metodologia: Foi utilizado os testes motores Time Up and Go (TUG) visando avaliar agilidade e equilíbrio dinâmico, sentar e levantar (Sit-Up), querendo avaliar a resistência e força, e Banco de Wells (BW), desejando avaliar a flexibilidade. Resultados: Foram encontradas relação significativa entre o Fe x TUG com p=0,019 e na Vit D x Sit-Up com p=0,04, as demais correlações não obtiveram valores significativos de correlação. Conclusão: Dessa forma concluímos que houve relação significativa entre os pacientes com maiores níveis sanguíneos de Ferro com melhores níveis na agilidade e o equilíbrio dinâmico, como também os pacientes com maiores níveis sanguíneos de Vitamina D obtiveram um melhor nível de força e resistência.

     

     

    Palavras-chave do Resumo (3 palavras):

     

    Obesidade. Micronutrientes. Aptidão Física.


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    Resumo:


    Introdução: A obesidade é um problema multifatorial e afeta cerca de 1bilhão de pessoas no mundo, e atualmente a cirurgia bariátrica se apresenta com a solução mais efetiva para cientes com obesidade grau 3 e grau 2 com alguma comorbidade, mas ela oferece algumas complicações, uma delas a de má absorção de micronutrientes, já é possível ser notada ainda no processo pré-cirurgia, o que pode agravar ainda mais as complicações após a cirurgia, dentre os micronutrientes o cálcio, ferro, vitamina B12 e vitamina D, possuem relação com o nível de atividade e por tanto com a aptidão física do paciente. ObjetivoAssociar o nível de aptidão física com os níveis de micronutrientes em pacientes obesos cadastrados em um programa multidisciplinar de cirurgia bariátrica. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, realizado a partir de dados registrados em prontuário médico de pacientes no pré-operatório de Cirurgia Bariátrica no período de 2018-2022, os dados usados foram - Teste Timed Up and Go (TUG); Teste Sentar e levantar (Sit-Up); Banco de Wells (Bw) e exames sanguíneos pré cirurgia.  

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  • ROMERO MONTENEGRO NERY
  • AVALIAÇÃO BIOMECÂNICA DOS PACIENTES COM FRATURAS DO TORNOZELO ASSOCIADAS A LESÃO DOS LIGAMENTOS DA SINDESMOSE SUBMETIDOS A TRATAMENTO CIRÚRGICO

  • Orientador : EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
  • MARIA INES REMIGIO DE AGUIAR
  • MUCIO BRANDAO VAZ DE ALMEIDA
  • Data: 27/02/2023

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  • Introdução: As fraturas do tornozelo são lesões comuns e ainda desafiadoras no dia-dia do ortopedista, e quando vem associadas a lesão da articulação tíbio-fibular distal (sindesmose), aumentam as chances de algum tipo de sequela, mesmo quando tratadas corretamente. Os métodos diagnósticos por imagem são armas que auxiliam tanto no pré como no pós-operatório dessas lesões. A avaliação tridimensional dos pacientes no laboratório de marcha é um método diagnóstico que vem ganhando espaço nas várias patologias ortopédicas e, no caso das fraturas do tornozelo, pode detalhar com mais precisão o grau de limitação que a articulação pode apresentar.

    Objetivo: Mostrar a importância do estudo da marcha em laboratório no pós-operatório das fraturas do tornozelo associadas a lesões dos ligamentos da sindesmose, aumentando o arsenal de avaliação se a conduta e o resultado cirúrgico foram satisfatórios, não ficando limitado apenas aos resultados radiográficos, tomográficos, de ressonância e aplicação de questionários subjetivos.

    Métodos: Foi utilizado um estudo prospectivo longitudinal de 13 pacientes submetidos a tratamento cirúrgico das fraturas do tornozelo associada a lesão da sindesmose, no laboratório de marcha do Instituto Rolim, ondeforam coletados dados temporais, clínicos, exame físico dos membros inferiores e, principalmente, dados cinéticos e cinemáticos através de sistema tridimensional de movimento com uso do programa Hardware BTS GAITLAB.

    Resultados: foram 9 pacientes do sexo feminino (69,23%) e 4 do sexo masculino, com uma média de idade de 45 anos (variando de 19 a 64 anos). Os pacientes possuíam uma escala AOFAS que variou entre 78 e 96 (média de 90). Aconteceram alterações em alguns parâmetros da marcha, sendo os mais evidentes o comprimento da passada, diferença na extensão do tornozelo e o ângulo de progressão do pé. Os ângulos estáticos que mais demonstram alterações foramângulo de progressão do pé.

    Conclusão: no final do estudo ficou definido um padrão de marcha nos pacientes com fratura do tornozelo associada a lesão da sindesmose, com algumas limitações em parâmetros cinéticos e cinemáticos. Também foi observado comparativamente ao lado contralateral sadio, algumas limitações estáticas e dinâmicas, mesmo em técnicas e características de implantes diferentes.


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  • Introdução: As fraturas do tornozelo são lesões comuns e ainda desafiadoras no dia-dia do ortopedista, e quando vem associadas a lesão da articulação tíbio-fibular distal (sindesmose), aumentam as chances de algum tipo de sequela, mesmo quando tratadas corretamente. Os métodos diagnósticos por imagem são armas que auxiliam tanto no pré como no pós-operatório dessas lesões. A avaliação tridimensional dos pacientes no laboratório de marcha é um método diagnóstico que vem ganhando espaço nas várias patologias ortopédicas e, no caso das fraturas do tornozelo, pode detalhar com mais precisão o grau de limitação que a articulação pode apresentar.

    Objetivo: Mostrar a importância do estudo da marcha em laboratório no pós-operatório das fraturas do tornozelo associadas a lesões dos ligamentos da sindesmose, aumentando o arsenal de avaliação se a conduta e o resultado cirúrgico foram satisfatórios, não ficando limitado apenas aos resultados radiográficos, tomográficos, de ressonância e aplicação de questionários subjetivos.

    Métodos: Foi utilizado um estudo prospectivo longitudinal de 13 pacientes submetidos a tratamento cirúrgico das fraturas do tornozelo associada a lesão da sindesmose, no laboratório de marcha do Instituto Rolim, ondeforam coletados dados temporais, clínicos, exame físico dos membros inferiores e, principalmente, dados cinéticos e cinemáticos através de sistema tridimensional de movimento com uso do programa Hardware BTS GAITLAB.

    Resultados: foram 9 pacientes do sexo feminino (69,23%) e 4 do sexo masculino, com uma média de idade de 45 anos (variando de 19 a 64 anos). Os pacientes possuíam uma escala AOFAS que variou entre 78 e 96 (média de 90). Aconteceram alterações em alguns parâmetros da marcha, sendo os mais evidentes o comprimento da passada, diferença na extensão do tornozelo e o ângulo de progressão do pé. Os ângulos estáticos que mais demonstram alterações foramângulo de progressão do pé.

    Conclusão: no final do estudo ficou definido um padrão de marcha nos pacientes com fratura do tornozelo associada a lesão da sindesmose, com algumas limitações em parâmetros cinéticos e cinemáticos. Também foi observado comparativamente ao lado contralateral sadio, algumas limitações estáticas e dinâmicas, mesmo em técnicas e características de implantes diferentes.

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  • SERGIO PHELLIP OLIVEIRA EUGENIO
  • Artrite séptica de joelho: Avaliação da associação entre apresentação clínica e análise macroscópica do líquido sinovial coletado por punção para indicação de artrotomia e drenagem de artrite séptica de joelho

  • Orientador : EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • MUCIO BRANDAO VAZ DE ALMEIDA
  • Data: 27/02/2023

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  • Introdução: A artrite séptica se define como uma inflamação aguda da membrana sinovial causada por agentes infecciosos diversos que promovem a deterioração da cartilagem articular, a infecção bacteriana por Staphylococus aureus é a causa mais comum. Objetivos: Avaliar a associação entre a apresentação clínica e análise macroscópica do líquido sinovial coletado por punção para indicação de artrotomia e drenagem articular de casos suspeitos de artrite séptica de joelho, que posteriormente a abordagem cirúrgica irão apresentar cultura positiva do líquido sinovial coletado ou melhora clínica e laboratorial. Metodologia: Trata-se de um estudo prospectivo desenvolvido em serviço de urgência em ortopedia e traumatologia do Hospital Getúlio Vargas, Recife-PE, onde foram selecionados de forma criteriosa 32 pacientes com quadro de monoartrite aguda de joelho e submetidos a punção articular e avaliação clínica e laboratorial seguida por artrotomia de joelho. Resultados: O estudo demonstrou que 69% dos casos apresentaram melhora clínica ou cultura positiva após ser realizado punção articular para coleta de liquido sinovial e artrotomia para drenagem de artrite séptica de joelho, foi observado também que os líquidos de aspecto purulento têm probabilidade maior de ter resultado positivo, os testes estatísticos demonstraram que a chance de melhora clínica pela escala de funcionalidade de joelho de Lysholm após ter sido realizado artrotomia para drenagem de artrite séptica é similar para líquidos com cultura positiva ou negativa. Conclusão: Entende-se que a prática de associar a apresentação clínica com a análise macroscópica do líquido sinovial coletado por punção para indicação de artrotomia e drenagem cirúrgica dos casos suspeitos de artrite séptica de joelho teve impacto relevante no manejo dos casos selecionados na pesquisa, uma vez que o estudo demonstrou que 69% dos casos apresentaram melhora clínica ou cultura positiva após o procedimento.


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  • Introdução: A artrite séptica se define como uma inflamação aguda da membrana sinovial causada por agentes infecciosos diversos que promovem a deterioração da cartilagem articular, a infecção bacteriana por Staphylococus aureus é a causa mais comum. Objetivos: Avaliar a eficiência da avaliação clínica e análise macroscópica do líquido sinovial coletado por punção para indicação de artrotomia e drenagem articular de casos suspeitos de artrite séptica de joelho, que posteriormente a abordagem cirúrgica irão apresentar cultura positiva do líquido sinovial coletado ou melhora clínica e laboratorial. Metodologia: Trata-se de um estudo prospectivo desenvolvido em serviço de urgência em ortopedia e traumatologia do Hospital Getúlio Vargas, Recife-PE, onde foram selecionados de forma criteriosa 28 pacientes com quadro de gonartrite aguda de joelho e submetidos a punção articular e avaliação clínica e laboratorial seguida por artrotomia de joelho. Resultados: O estudo demonstrou que a maioria dos casos apresentaram cultura do líquido sinovial coletado por punção com resultado negativo (71,4%) que difere do descrito por outros trabalhos na literatura, foi observado também que os líquidos de aspecto purulento têm probabilidade maior de ter resultado positivo, os testes estatísticos demonstraram que a chance de melhora clínica pela escala de funcionalidade de joelho de Lysholm após ter sido realizado artrotomia para drenagem de artrite séptica é similar para líquidos com cultura positiva ou negativa.

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  • ROBERTO DE OLIVEIRA BURIL
  • ASSOCIAÇÃO ENTRE VOLUME E DISTRIBUIÇÃO DA GORDURA CORPORAL COM CARDIOTOXICIDADE SUBCLÍNICA EM PACIENTES COM LINFOMA ANTES E APÓS A QUIMIOTERAPIA

  • Orientador : SIMONE CRISTINA SOARES BRANDAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • SIMONE CRISTINA SOARES BRANDAO
  • FERNANDO RIBEIRO DE MORAES NETO
  • BRIVALDO MARKMAN FILHO
  • Data: 28/02/2023

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  • O câncer e a doença cardiovascular são as principais causas de morte no mundo, e a gordura corporal apresenta íntima relação com ambas. Porém o comportamento da gordura durante e após o tratamento quimioterápico em pacientes com linfoma carece de estudos na literatura. Este estudo, prospectivo, observacional e analítico, avaliou as gorduras epicárdicas, abdominal visceral, subcutânea abdominal e a captação miocárdica em imagens de tomografia computadorizada associada a tomografia por emissão de pósitrons com fluordeoxiglicose (18F-FDG PET/CT) antes durante e após o tratamento quimioterápico e compararou com a queda da função ventricular pelo strain longitudinal global (SLG). Foram acompanhados 28 pacientes dos quais 7 (25%) apresentaram queda do SLG com critério de cardiotoxicidade (CTX). Ao final do tratamento, os pacientes apresentaram em mediana, ganho das gorduras: epicárdica em 17,9 mL (IC 95%10,3 a 29,1 p = 0,001), visceral em 336mL (IC95% 111,5 a 565,6 p = 0,005) e subcutânea em 598,8 mL (IC 95% 207 a 1041,9 p = 0,005). Os pacientes com CTX apresentaram relativamente maior ganho de gordura epicárdica que tecido subcutâneo, enquanto os pacientes sem CTX apresentaram menor ganho de gordura epicárdica que subcutânea 1,17 (IQ 25-75 1,114 a 1,387) vs 0,93 (IQ 25-75 0,637 a 1,083) p = 0,006, respectivamente. Este achado levanta a hipótese que a gordura epicárdica pode estar relacionada ao desenvolvimento de CTX.


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  • A incidência de câncer vem aumentado a cada ano assim como o aumento de sua sobrevida em decorrência das evoluções nos seus tratamentos. O sistema cardiovascular é a segunda causa de morte em pacientes oncológicos e ele pode ser afetado pela doença e pelos tratamentos propostos. Atualmente ainda não existe um exame ideal para rastreio de cardiotoxicidade, assim como a avaliação e acompanhamento metabólico são importantes como avaliação inicial e modificadores de risco cardiovascular. A radiômica estuda a textura da imagem de forma computadorizada e pode detectar informações não visíveis ao olho clínico. O objetivo desse estudo é avaliar imagens de PET/CT em pacientes com linfoma, antes e após o tratamento quimioterápico e avaliar o padrão cardiometabólico dos pacientes com medida da gordura abdominal, epicárdica e escore de cálcio abdominal, assim como tentar identificar assinatura radiômica preditora de cardiotoxicidade. Palavras-chave do Resumo (3 palavras): linfoma, cardiotoxicidade, gordura epicárdica

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  • SERGIO LUIS DA SILVA CALISTO
  • ANÁLISE DE CUSTO-EFETIVIDADE DOS TRATAMENTOS MEDICAMENTOSOS ORAIS DA BEXIGA HIPERATIVA: UM ESTUDO VOLTADO PARA O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BASEADO EM ÁRVORE DE DECISÃO.

  • Orientador : THIAGO FREIRE PINTO BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GERALDO DE AGUIAR CAVALCANTI
  • JOSE LUIZ DE FIGUEIREDO
  • RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
  • Data: 28/02/2023

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  • A síndrome da bexiga hiperativa (SBH) é condição clínica crônica de alta prevalência na população com mais 40 anos, cuja prevalência mundial é de 20,1% (546 milhões de indivíduos). Efeitos negativos geram impacto econômico para pacientes e para os sistemas de saúde. Esta pesquisa avaliou as relações de custo-efetividade de todas as opções de tratamento oral para SBH disponíveis no Brasil. Com modelo de árvore de decisão, com horizonte temporal de um ano, simulação de coortes hipotéticas balizadas por dados da literatura, tendo como cenário o tratamento integral pelo SUS e sob a perspectiva da sociedade brasileira, foram estimados os custos envolvidos no tratamento da condição, além da efetividade de cada alternativa. A principal medida de efetividade desenvolvida foi a persistência no tratamento. Os resultados incrementais de cada terapia foram testados em análises de sensibilidade, e apresentaram robustez. Análise de heterogrupos também foi performada. A Mirabegrona foi a droga com maior capacidade de manter persistência de tratamento, em relação aos antimuscarínicos. Porém, não demonstrou dominância frente a maioria dos comparadores. Todas as alternativas terapêuticas disponíveis no Brasil para o tratamento da síndrome da bexiga hiperativa são custo-efetivas.

     

    Palavras-chave do Resumo (3 palavras): Síndrome da bexiga hiperativa. Incontinência urinária. Custo-efetividade.

     


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  • Tendo em vista a alta prevalência de incontinência urinária no Brasil e a crescente população de pacientes usuários do SUS, tanto por razões demográficas quanto econômicas, como também o impacto negativo na qualidade de vida dos indivíduos acometidos, faz-se necessário estabelecer políticas públicas efetivas para o tratamento da condição. Diante disso, um estudo do impacto econômico desse tipo de tratamento, não apenas levando em consideração os custos diretos e imediatos, mas estabelecendo o medicamento mais custo-efetivo para a realidade do SUS, seria relevante para o processo decisório dos gestores das diferentes esferas do serviço público. 10 Objetivos 2.1 - Geral Realizar análise de custo-efetividade e custo-utilidade das medicações disponíveis no Brasil para o tratamento da bexiga hiperativa, com ou sem incontinência urinária associada, tendo como cenário o Sistema Único de Saúde. 2.2 - Específicos o Definir os custos relacionados ao tratamento da bexiga hiperativa no SUS; o Comparar as diferenças de custos e desfechos entre os tratamentos com a Oxibutinina e os outros medicamentos existentes no Brasil (Tolterodina, Solifenacina, Darifenacina e Mirabegrona) no Sistema Único de Saúde; o Verificar o impacto das reações adversas no custo-efetividade dos medicamentos objetos do estudo; o Identificar as variáveis críticas que influenciam no custo-utilidade dos medicamentos no tratamento da BH; o Avaliar a relação custo-utilidade destas alternativas terapêuticas, determinando qual seria o medicamento de escolha sob a perspectiva do SUS. 11 Materiais e métodos 3.1 - Local do Estudo O presente estudo está sendo conduzido no Serviço de Urologia do Hospital das Clínicas e no Departamento de Economia, ambos na Universidade Federal de Pernambuco – UFPE.

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  • FRANCISCO ROBSON QUEIROZ REGO
  • AVALIAÇÃO TRIDIMENSIONAL DA MARCHA: CINÉTICA, CINEMÁTICA E ELETROMIOGRÁFICA EM PACIENTES COM MUCOPOLISSACARIDOSE TIPOS IV E VI

  • Orientador : EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • MUCIO BRANDAO VAZ DE ALMEIDA
  • Data: 28/02/2023

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  • Introdução: As mucopolissacaridoses (MPS) constituem o maior grupo das doenças de armazenamento lisossômico. São síndromes genéticas raras, com acometimento grave, que exigem uma estrutura complexa para seus cuidados. A avaliação tridimensional da marcha tem contribuído de forma positiva em várias doenças, propiciando análises precisas para intervir de forma conservadora ou cirúrgica. No entanto, ainda são escassos os estudos sobre a qualidade e perfil da marcha, bem como dos mecanismos adaptativos associados na evolução da MPS. Objetivo: Avaliar e determinar, através de análise tridimensional instrumentada da marcha o perfil cinético, cinemático e eletromiográfico de pacientes com MPS IV e VI. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado com pacientes portadores de MPS IV e VI atendidos no ambulatório de ortopedia do serviço de referência em doenças raras (Rarus) do Hospital Maria Lucinda – Recife-PE. Os pacientes foram avaliados no laboratório de marcha - IMERF, onde foram coletados dados clínicos, do exame físico e dados cinéticos, cinemáticos e eletromiográficos através de sistema tridimensional de movimento com uso do Hardware BTS GAITLAB. Resultados: Foram coletados dados de 11 pacientes, 5 (45,5%) femininos e 6 (54,5%) masculinos. Nove (81,8%) são portadores de MPS VI e 2 (18,2%) possuem MPS IV. A idade média foi de 14,6 (±11,7). A velocidade média (m/s) foi de 0,68 (±0,21) e o comprimento da passada de 0,66 (±0,15) ambos abaixo do valor de referência, associado a um aumento da cadência (121,85 ± 18,02), indicando maior consumo metabólico durante a marcha. Os ângulos estáticos mais alterados foram a ab-adução dos quadris, flexo-extensão dos joelhos e o ângulo de progressão do pé, com os pacientes apresentando, na maioria dos casos, um padrão de flexão e adução dos quadris e flexão dos joelhos. O Gait Profile Score foi de 14,58 (± 6,72) no membro inferior direito e de 11,71 (± 3,39) no esquerdo e o Gait deviation Index foi de 73,23 (± 14,50) no membro inferior direito e de 80,45 (± 17,05) no esquerdo, indicando importante desvio do padrão da normalidade. A eletromiografia demonstrou intervalos de atividade muscular que seguiam aproximadamente o modelo corrente. Entretanto, houve grande variabilidade de padrões eletromiográficos entre os pacientes. Conclusão: Este estudo demonstrou alterações em vários parâmetros da marcha nos pacientes com MPS IV e VI, o que pode fornecer maiores informações sobre a história natural da doença e ajudar na escolha de tratamentos e reabilitação, contribuindo para uma melhor qualidade de vida desta população.


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  • Introdução: As mucopolissacaridoses (MPS) constituem o maior grupo das doenças de armazenamento lisossômico. São síndromes genéticas raras, com acometimento grave, que exigem uma estrutura complexa para seus cuidados. A avaliação tridimensional da marcha tem contribuído de forma positiva em várias doenças, propiciando análises precisas para intervir de forma conservadora e também cirúrgica, no entanto ainda são escassos os estudos sobre a qualidade e perfil da marcha, bem como dos mecanismos adaptativos associados na evolução das Mucopolissacaridoses. Objetivo: Avaliar e determinar, através de análise tridimensional instrumentada da marcha o perfil cinético, cinemático e eletromiográfico de pacientes com mucopolissacaridose tipos IV e VI. Metodologia: Trata-se de um Estudo observacional analítico transversal, onde foram avaliados pacientes portadores de MPS IV e VI atendidos no ambulatório de ortopedia do serviço de referência em Doenças Raras (Rarus) do Hospital Maria Lucinda – Recife-PE. Os pacientes foram avaliados no laboratório de marcha – IMERF, onde foram coletados dados clínicos dos pacientes como gênero, idade, medicações em uso, classificação da doença, idade do início dos sintomas, idade do diagnóstico, histórico cirúrgico, patologias e uso de órteses; além de dados do exame físico: peso, altura, dimensão de membros, amplitude de movimento das articulações dos membros inferiores, força e reflexos. Foram coletados dados cinéticos, cinemáticos e eletromiográficos através de sistema tridimensional de movimento com uso do Hardware BTS GAITLAB, com 10 câmeras, 6 plataformas de força e eletromiografia. Resultados Parciais: Foram coletados dados de 11 pacientes, dos quais, 55% São do gênero feminino e 45% são do gênero masculino, 18% são pacientes portadores de MPS tipo IV e 82% MPS tipo VI.  Após a coleta, os dados serão analisados estatisticamente de maneira descritiva (distribuições absolutas e percentuais, média, mediana e desvio-padrão) e inferencial. A amostra será, Inicialmente, submetida ao teste de normalidade, para verificar quais variáveis possuem distribuição normal ou não. Para variáveis numéricas com distribuição normal, será utilizado um teste paramétrico, já para as variáveis com distribuição não normal, será realizado um teste não paramétrico. O nível de significância adotado será de 5%.

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  • IVANI SANTOS DA SILVA
  • AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO NA AÇÃO APLICAÇÃO DO LASER DE BAIXA FREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DE ÚLCERA PLANTAR EM PÉ DIABÉTICO.

  • Orientador : EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
  • MARIA INES REMIGIO DE AGUIAR
  • FERNANDA CAMILA FERREIRA DA SILVA CALISTO
  • Data: 20/03/2023

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  • Introdução: O pé diabético é uma das causas mais comuns de neuropatia e motivo de amputação, as feridas demoram para cicatrizar e comprometem a qualidade de vida do indivíduo e os recursos do sistema de saúde. Objetivo: Avaliar o processo de cicatrização da ferida de úlcera plantar em pé diabético tratada com terapia a Laser de Baixa Intensidade-LLLT. Métodos: Foram analisados prospectivamente 40 pacientes, diagnosticados com lesões ulceradas plantares grau I e II no pé do paciente diabético, a partir da demanda espontânea na sala de curativo nos ambulatórios de Ortopedia do Hospital Getúlio Vargas e da Polícia Militar de Pernambuco, durante o período de 2021 a 2022. Resultados: Na tabela 1 temos a distribuição do perfil demográfico e clínico dos pacientes avaliados, segundo o grupo de tratamento. Verifica-se que no grupo de pacientes tratados sem laser a maioria é do sexo masculino (78,8%); possui faixa etária de 60 a 69 anos (41,9%); tem diagnóstico há até 1 ano (88,5%); faz uso de insulina (54,5%) e possui HAS (66,7%). No grupo de pacientes que faz uso de laser no tratamento a maioria é do sexo masculino (64,7%); possui idade de 60 a 69 anos (53,0%); possui diagnóstico há até 1 ano (52,9%); faz uso de insulina (61,8%) e faz possui HAS (73,5%). Além da semelhança no perfil pessoal e clínico dos pacientes avaliados, o teste de homogeneidade não foi significativo (p-valor maior que 0,05), indicando que é semelhante o perfil dos pacientes dos dois grupos em estudo. Conclusão: O tratamento a laser de baixa intensidade promove bioestimulação, provocando efeitos sobre processos moleculares e bioquímicos, favorecendo o reparo de úlcera em pé diabético devido a ações analgésicas e anti-inflamatórias, além de atuar na redução no número de bactérias por meio da fotossensibilização. A prática multidisciplinar e a especialização da equipe são requisitos essenciais para o sucesso terapêutico. Com estratégias viáveis consegue-se reduzir custos, aumentar a eficiência dos procedimentos e reduzir a taxa de amputações.

     

    Palavras-chave: Diabetes mellitus. Pé diabético. Neuropatia. Cicatrização. Laser de baixa intensidade. Úlcera no pé.


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  • O Diabetes mellitus representa uma importante causa de amputação dos membros inferiores. O principal fator de risco para a amputação é o desenvolvimento de úlceras diabéticas, sendo acompanhada de uma elevada taxa de complicação. Assim, é imprescindível padronizar seu diagnóstico e tratamento. O tratamento da úlcera no pé diabético requer uma abordagem complexa, que envolve ocasionalmente revascularização, desta forma, produtos médico-hospitalares de natureza diversa mostram-se relevantes para o tratamento de feridas, pois buscam meios para acelerar o processo de cicatrização, minimizando os desconfortos do paciente, facilitando a prestação dos cuidados de enfermagem e da equipe multiprofissional e diminuindo o tempo de internação e os custos hospitalares. A aplicação de radiação por laser de baixa intensidade é uma das modalidades que interage de diferentes formas no reparo tecidual, desta forma, sua utilização vêm sendo realizadas experimentalmente com a finalidade de observar os efeitos ultraestruturas provocados nas células irradiadas com comprimentos de onda, doses e potência variados. Considerando as implicações relacionadas às úlceras plantares no pé diabético as coberturas de última geração têm sido desenvolvidas e aplicadas com vistas a auxiliar favorecendo um meio adequado na cicatrização da ferida. Este estudo, propõe investigar os efeitos do Laser de Baixa Intensidade (LLLT) em lesões de pacientes diabéticos, os quais encontrar evidencias que comprovem uma melhoria do tamanho das feridas do pé diabético como processo significativo de reparação tecidual, além da diminuição do edema no processo de cicatrização da ferida de úlcera plantar em pé diabético tratada com terapia a LLLT.  A população de estudo foi composta de 60 pacientes, diagnosticados com infecção no pé causado pelo diabetes mellitus, apresentando úlcera plantares graus I e II, a partir da demanda espontânea na sala de curativo no ambulatório de Ortopedia do Hospital da Polícia Militar de Pernambuco, durante o período de 2021 a 2022. Na consulta médica foi realizada avaliação clínica do pé do paciente diabético em que foi medido o tamanho e profundidade das úlceras. Grau I: úlceras superficiais (atinge a pele e o tecido subcutâneo) e Grau II: úlceras de planos mais profundos. Dos resultados contidos até o momento foi verificado que 60 pacientes foram beneficiados relacionados as características do LLLT com relação ao processo de cicatrização, funcionou como uma barreira mecânica de proteção do tecido lesado comprovadamente também funcionou como um sistema de condução e direcionamento do crescimento celular no tratamento de feridas. Apresentando também uma característica importante relacionada ao alívio da dor, pois a sua origem biológica e textura fina proporcionou perfeito isolamento dos terminais nervosos expostos.

    Palavras chave: Diabetes melittus; Úlcera no pé diabético; Membros inferiores; Laser de Baixa Intensidade-LLLT; Cicatrização.

     

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  • VANESSA CLAUDIA SOUZA BORBA
  • RETRATO COMPARATIVO DA EVOLUÇÃO CLÍNICO-TERAPEUTICA DA COVID-19 GRAVE ENTRE A PRIMEIRA E A SEGUNDA ONDA

  • Orientador : ESDRAS MARQUES LINS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EMMANUELLE TENORIO ALBUQUERQUE GODOI B DE BARROS E SILVA
  • PAULO SERGIO RAMOS DE ARAUJO
  • MICHELE MARIA GONCALVES DE GODOY
  • Data: 31/07/2023

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  • Introdução: Não está claro o quanto o comportamento evolutivo da COVID-19 grave e o manejo terapêutico dessa condição impactou nos desfechos intra-hospitalares durante as ondas do SARS-CoV-2. Analisou-se as estratégias de manejo e os desfechos de forma comparativa de duas ondas em pacientes internados na UTI laboratorialmente confirmados para COVID-19. Métodos: Estudo prospectivo observacional conduzido em um centro único do nordeste do brasil.  Definido como onda um aumento do número de hospitalizações atingindo pico seguido de decrescimento dos casos. Pelos dados do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (CIEVS/PE) a primeira onda nessa localidade foi de abril até dezembro de 2020 e segunda onda de março 2021 à agosto de 2021. Resultados: 176 pacientes divididos em duas ondas, 95 vs 81 pacientes. A mortalidade geral foi de 35,8%, sendo 47,4% vs 22,2% (p=0,001). A mediana de idade da amostra geral foi de 55 anos [IQR] [46–58] e não houve alteração significativa entre as ondas. O escore prognóstico SOFA de 24 horas comparando as duas ondas foi de [IQR] 4[3; 7,7] vs 3[2; 5,5], p=0,001 e o de 72 horas 5[3; 8] vs 3[2; 7] (p=0,001). Os pacientes da primeira onda comparativamente tinham mais de duas comorbidades 45,3% vs 30,9% (p=0,05). Na primeira onda receberam mais ventilação mecânica invasiva 68,4% vs 45,7%, (p= 0,002). Fizeram mais hemodiálise 49,5% vs 17,7% (p=0,0000). Receberam menos ventilação não invasiva (8,4% vs 72,5%) (p=0,000). Utilizaram menos corticoide 86,6% vs 96,6% (p=0,02). Não havia paciente vacinado na primeira onda enquanto 8,6% tinham recebido esquema vacinal completo com duas doses na segunda onda. Conclusão: Na segunda onda houve menor mortalidade, pacientes tinham menos comorbidades e desenvolveram menos disfunções orgânicas, precisando de menos suporte respiratório invasivo e hemodiálise. Foi utilizado mais ventilação não invasiva e corticoterapia.

     

     

    Palavras-chave do Resumo (3 palavras): Acute respiratory distress syndrome, Mechanical ventilation, COVID-19


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  • A obesidade está associada a um estado de inflamação crônica e redução da imunidade e isso influencia diretamente na gravidade da infecção pelo SARS-CoV-2 1,2,3. Nessa perspectiva, avaliou-se o impacto da obesidade (considerando o IMC > 30Kg/m²) na evolução clínica de pacientes com quadros graves de COVID-19. Metodologia: Foram recrutados pacientes com idade superior a 18 anos admitidos na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital universitário de referência no período de 18 de abril de 2020 a 06 de agosto de 2021. O teste para diagnóstico foi o RT-PCR. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa com o CAAE:34736620.6.0008807. É um estudo prospectivo, analítico e observacional. Nesse período, foram admitidos 241 pacientes suspeitos de infecção pela forma grave da COVID-19, desses: 6 não realizaram RT-PCR, 55 tiveram resultado negativo e 180, positivo. Foram excluídos do estudo 18 pacientes por falta de dados e 2 por evoluírem para cuidados paliativos. O resultado foi um espaço amostral de 160 pacientes, 80 pacientes internados no ano de 2020 e 80 pacientes internado em 2021. Dados demográficos, variáveis clínicas, comorbidades, cálculo de escores prognósticos e diversos desfechos clínicos foram coletados usando um formulário próprio. Considerou-se como obesidade pacientes com IMC acima de 30 kg/m². Foram realizados o teste Qui-quadrado de independência e o teste de Mann-Whitney na análise dos dados. Resultados: Cento e sessenta pacientes foram incluídos no estudo, sendo 69 mulheres e 91 homens, média de idade de 55 anos, e tempo médio de permanência na UTI de 11,9 dias. Quarenta e oito pacientes (30%) foram à óbito. Dos 160 pacientes, 78 (48,75%). tinham obesidade (IMC>30 kg/m²). Houve diferença estatística para idade entre os grupos, foram mais obesos jovens, com média de 52 anos (p=0.001). No grupo dos obesos a mortalidade foi de 41,7% x 58,3% (p=0.241). Pacientes obesos utilizaram mais oxigênio através de máscara não reinalante 59,6% x 40,4% (p=0,049) e a relação pao2/fio2 mais baixa 192 x 224,7 (p=0,06). Não houve diferença estatística em relação ao uso de ventilação mecânica invasiva, à uso de droga vasoativa, à hemodiálise, ao uso da prona, ao Sequential Organ Failure Assessment Score (SOFA) de 24h e de 72h e o SAPS3. Conclusão: As evidências sugerem que pacientes com COVID-19 grave e obesidade são paciente mais jovens e necessitam de mais suporte respiratório, mas isso não se refletiu neste estudo em maior mortalidade intrahospitalar quando comparados a pacientes não obesos. Manter o esforço para o entendimento do impacto da obesidade nos pacientes com COVID-19 é fundamental e novos estudos devem focar nisso.

Teses
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  • KÁTIA CRISTINA DE OLIVEIRA
  •  

    RISCO DE USO DE ÁLCOOL EM OBESOS SUBMETIDOS À DERIVAÇÃO

    GÁSTRICA EM Y DE ROUX E GASTRECTOMIA VERTICAL

  • Orientador : ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • FLAVIO KREIMER
  • LUCIANA TEIXEIRA DE SIQUEIRA
  • SARAH XAVIER VASCONCELOS DE FIALHO RODRIGUES
  • Data: 01/02/2023

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  • A cirurgia bariátrica tem sido associada à alteração do uso de álcool, existem evidências que há um aumento no consumo de risco de álcool após a cirurgia bariátrica, embora não há um consenso sobre a prevalência desse aumento por tipo de intervenção cirúrgica, tempo pós-operatório e comportamentos de risco. Na intenção de ampliar o conhecimento sobre o tema, esta pesquisa quantitativa, de corte prospectivo, foi realizada com 68 pacientes entre 19 e 64 anos, de ambos os sexos, pareados antes e depois da submissão à gastrectomia vertical e Derivação Gástrica em Y de Roux, no ambulatório de cirurgia geral do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. A coleta de dados foi feita através de questionário envolvendo aspectos psicossociais. Algumas considerações preliminares formam tecidas em relação a dificuldade de generalização, devido as singularidades da amostra e a forma de tratamento multiprofissional realizado nessa instituição. Espera-se que tais achados possam contribuir para a melhoria da atenção prestada às pessoas que buscam tratamento.

     

    Palavras-chave: Álcool; Cirurgia bariátrica; Gastrectomia vertical; Sleeve; Derivação Gástrica em Y de Roux; Bypass.


  • Mostrar Abstract
  • A cirurgia bariátrica tem sido associada à alteração do uso de álcool, existem evidências que há um aumento no consumo de risco de álcool após a cirurgia bariátrica, embora não há um consenso sobre o prevalência desse aumento por tipo de intervenção cirúrgica, tempo pós-operatório e comportamentos de risco. Na intenção de ampliar o conhecimento sobre o tema, esta pesquisa quantitativa, de corte prospectivo, foi realizada com 68 pacientes entre 19 e 64 anos, de ambos os sexos, pareados antes e depois da submissão à gastrectomia vertical e Derivação Gástrica em Y de Roux, no ambulatório de cirurgia geral do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. A coleta de dados foi feita através de questionário envolvendo aspectos psicossociais. Algumas considerações preliminares formam tecidas em relação a dificuldade de generalização, devido as singularidades da amostra e a forma de tratamento multiprofissional realizado nessa instituição. Espera-se que tais achados possam contribuir para a melhoria da atenção prestada às pessoas que buscam tratamento.

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  • GLAUCO DESMOULINS DARCE CARDOSO WANDERLEY PRAZERES
  • CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL FETAL, PESO FETAL  E PESO DA GESTANTE PODEM PREVER DIABETES GESTACIONAL : MODELO PREDITOR DE RISCO

  • Orientador : JOSE LUIZ DE FIGUEIREDO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DEBORA FARIAS BATISTA LEITE
  • ELIAS FERREIRA DE MELO JUNIOR
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • JOSE LUIZ DE FIGUEIREDO
  • LUCIO VILAR RABELO FILHO
  • Data: 21/03/2023

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  • Introdução: O diabetes mellitus gestacional (DMG) afeta negativamente a gravidez e pode resultar em complicações com risco de vida para mães e bebês quando o diagnóstico e o tratamento precoces não são feitos adequadamente. Medições das circunferências abdominais fetais (CAF) usando imagens de ultrassom (US) têm sido usadas em mulheres grávidas (MG) com DMG ou com suspeita de DMG, mas é difícil identificar um aumento não fisiológico na resistência à insulina com uma diminuição anormal na compensação de células β, em estágios iniciais. Objetivo: Avaliar se o modelo : aumento do CAF,  peso fetal estimado (PFE) e o peso da gestante (PG) pode predizer o aumento do nível de insulina no cordão umbilical e elevação do peso ao nascer.  Avaliar a acurácia do modelo preditor comparado ao teste oral de tolerância à glicose (TOTG). Métodos: 99 PW com gestação única, com ou sem DMG, sem malformações fetais ou comorbidades maternas que impactassem o crescimento fetal, foram inicialmente submetidas a US para sequenciamento de CAF entre 20 e 34 semanas de gestação(SG) e PFE . Dessas, 41 MG apresentaram aumento da CAF >25%, entre 20 e 34 SG e foram denominadas provável DMG (PGDM), independentemente do resultado do TOTG, e foram incluídas no estudo. A insulina no cordão umbilical e o peso foram avaliados nos recém-nascidos. Um grupo de 41 gestantes sem aumento de CAF >25% entre 20 e 34 SG foi chamado de controle (CGDM). Resultados: O aumento da CAF foi de 97,2% no grupo PGDM e 6,5% no grupo CGDM (p= 0,001). O peso de MG no grupo PGDM foi de 84,9 +/- 20,8 kg e 75,1 +/- 15,8 KG no grupo CGDM (p = 0,021). O PFE em 34 semanas > 80% foi de 75,0% no grupo PGDM e 2,2% no grupo CGDM (p<0,001). O nível médio de insulina neonatal foi de 9,0 (uU/ml) no grupo PGDM e 5,5 (uU/ml) no grupo CGDM (p<0,001). O peso ao nascer dos bebês > 90% foi de 55,6% no grupo PGDM e 0,1% no grupo CGDM (p< 0,001). O modeo preditor (peso > 80 kg e/ou USG 34 sem peso F≥80% e/ou > 25%(↑CA – USG) = (insulina > 8.0 uu/ml e/ou peso do RN >90% ) tem sensibilidade de 97%, especificidade de 60%, valor preditivo positivo de 60.78% , valor preditivo negativo de 97% e acurácia de 0,74. Acrescenta 37,5% ao diagnóstico de diabetes gestacional se TOTGs negativos. Conclusão: O modelo : aumento de CAF > 25% entre 20-34 SG, peso materno > 80 kg e PFE > 80% em 34 semanas prediz nível elevado de insulina e peso ao nascer ,tem elevada acurácia  e melhora o diagnóstico de diabetes gestacional quando comparado ao TOTG.


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  • Introdução: O diabetes mellitus gestacional (DMG) afeta negativamente a gravidez e pode resultar em complicações com risco de vida para mães e bebês quando o diagnóstico e o tratamento precoces não são feitos adequadamente. Medições das circunferências abdominais fetais (FAC) usando imagens de ultrassom (US) têm sido usadas em mulheres grávidas (PW) com DMG ou com suspeita de DMG, mas é difícil identificar um aumento não fisiológico na resistência à insulina com uma diminuição anormal na compensação de células β, em estágios iniciais. Objetivo: avaliar se o aumento do FAC, do peso fetal estimado (EFW) e do peso da gestante com DMG e suspeita de DMG entre 20-22 e 34 semanas gestacionais (PG) se correlaciona com o aumento do nível de insulina no cordão umbilical e elevação peso ao nascer de bebês nascidos de mães com DMG. Métodos: 99 PW com gestação única, com ou sem DMG, sem malformações fetais ou comorbidades maternas que impactassem o crescimento fetal, foram inicialmente submetidas a US para sequenciamento de FAC e EFW em 20-22 e 34 GW. Dessas, 41 PW apresentaram aumento da FAC >25%, entre 20-22 e 34 GW e foram denominadas DMG provável (PGDM), independentemente dos resultados dos testes orais de tolerância à glicose (OGTT), e foram incluídas no estudo. Seus recém-nascidos foram testados para níveis de insulina no cordão umbilical e o peso foi medido imediatamente no nascimento. Um grupo de 41 gestantes sem aumento de FAC >25% entre 22 e 34 semanas de gestação foi chamado de não DMG e usado como controle (CGDM). Resultados: O aumento da FAC foi de 97,2% no grupo PGDM e 6,5% no grupo CGDM (p= 0,001). O peso de PW no grupo PGDM foi de 84,9 +/- 20,8 kg e 75,1 +/- 15,8 KG no grupo CGDM (p = 0,021). O EFW em 34 semanas > 80% foi de 75,0% no grupo PGDM e 2,2% no grupo CGDM (p<0,001). O nível médio de insulina neonatal foi de 9,0 (uU/ml) no grupo PGDM e 5,5 (uU/ml) no grupo CGDM (p<0,001). O peso ao nascer dos bebês > 90% foi de 55,6% no grupo PGDM e 0,1% no grupo CGDM (p< 0,001). Conclusão: O aumento de FAC > 25% entre 20-34 GW, peso materno > 80 kg e EFW > 80% em 34 semanas foram correlacionados com maior nível de insulina no cordão umbilical e peso elevado ao nascer dos bebês e podem ser parâmetros para prever DMG precoce .

2022
Dissertações
1
  • VINICIUS GUEIROS BUENOS AIRES
  • ALTERAÇÕES ORTOPÉDICAS EM PACIENTES COM MICROCEFALIA ASSOCIADA A INFECÇÃO CONGÊNITA POR ZIKA VÍRUS

  • Orientador : EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
  • MARIA INES REMIGIO DE AGUIAR
  • PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
  • Data: 14/01/2022

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  • Introdução: A síndrome congênita do Zika vírus tem sido um problema crítico de saúde pública em todo o mundo, evidenciado principalmente após o aparecimento de bebês com microcefalia associada à microcefalia no Nordeste do Brasil entre 2014 e 2015. Zika vírus, perfil epidemiológico, quais são as características dos distúrbios ortopédicos e sua relação com gravidez. Métodos: Foram revisados 44 prontuários de lactentes com microcefalia atendidos na AACD / PE. Os pacientes incluídos no estudo eram de área endêmica de infecção pelo vírus Zika que tinham todos os seus dados devidamente preenchidos e excluíram aqueles com sorologia positiva para outra doença ou dados de registros incompletos. Esses pacientes foram divididos em dois grupos, com sorologia positiva para o vírus Zika e com sorologia negativa ou não realizada. Resultados / Discussão Após a revisão dos dados dos pacientes, encontramos uma prevalência de achados ortopédicos em%. Os membros inferiores foram a área mais comumente afetada. Também encontramos uma incidência anormalmente alta de artrogripose (refletindo os achados de Linden et al) e displasia do desenvolvimento do quadril, que foi a mais prevalente. A maioria dos pacientes apresentou mais de uma deformidade. Também não encontramos associação estatisticamente significativa entre a sorologia materna negativa para o Zika vírus e a presença de microcefalia ou distúrbios ortopédicos, questionando a capacidade desse exame em descartar alterações do exame físico;

    Palavras-chave: Microcefalia; Vírus Zika; Alterações ortopédicas, infecções congênitas


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  • Introdução: A síndrome congênita do Zika vírus tem sido um problema crítico de saúde pública em todo o mundo, evidenciado principalmente após o aparecimento de bebês com microcefalia associada à microcefalia no Nordeste do Brasil entre 2014 e 2015. Zika vírus, perfil epidemiológico, quais são as características dos distúrbios ortopédicos e sua relação com gravidez. Métodos: Foram revisados 44 prontuários de lactentes com microcefalia atendidos na AACD / PE. Os pacientes incluídos no estudo eram de área endêmica de infecção pelo vírus Zika que tinham todos os seus dados devidamente preenchidos e excluíram aqueles com sorologia positiva para outra doença ou dados de registros incompletos. Esses pacientes foram divididos em dois grupos, com sorologia positiva para o vírus Zika e com sorologia negativa ou não realizada. Resultados / Discussão Após a revisão dos dados dos pacientes, encontramos uma prevalência de achados ortopédicos em%. Os membros inferiores foram a área mais comumente afetada. Também encontramos uma incidência anormalmente alta de artrogripose (refletindo os achados de Linden et al) e displasia do desenvolvimento do quadril, que foi a mais prevalente. A maioria dos pacientes apresentou mais de uma deformidade. Também não encontramos associação estatisticamente significativa entre a sorologia materna negativa para o Zika vírus e a presença de microcefalia ou distúrbios ortopédicos, questionando a capacidade desse exame em descartar alterações do exame físico.

2
  • RENATA CRISTINA LACERDA BITENCOURT
  • PERFIL DO PESO DE MULHERES SOBREVIVENTES AO CÂNCER DE MAMA DURANTE E UM MÊS APÓS A QUIMIOTERAPIA NEOADJUVENTE

  • Orientador : PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EMMANUELLE TENORIO ALBUQUERQUE GODOI B DE BARROS E SILVA
  • MARIA INES REMIGIO DE AGUIAR
  • PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
  • Data: 03/02/2022

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  • Introdução: A quimioterapia neoadjuvante, utilizada antes do tratamento cirúrgico, tem se tornado padrão para tumores inflamatórios e localmente avançados, permitindo uma abordagem cirúrgica que possibilita maior conservação de tecido mamário. Existem indícios de que a mudança no peso durante o tratamento com QT pode estar relacionada à redução da sobrevida e aumento do risco de retorno da doença, através da proliferação de células neoplásicas induzidas pela obesidade. Objetivo: A pesquisa teve como objetivo determinar o perfil de peso de mulheres sobreviventes de câncer de mama durante e após o tratamento de QTN e determinar se há uma maior tendência a ganho de peso em comparação com a pacientes que não realizaram esse tratamento. Método: trata-se de um estudo transversal observacional, em pacientes com diagnóstico de câncer de mama. Analisado a variação de peso, IMC, circunferência da cintura, circunferência do quadril e relação cintura-quadril, entre paciente que realizaram quimioterapia neoadjuvante e as que não realizaram esse tratamento. Resultado: Um total de 60 de mulheres com diagnóstico de câncer de mama foram avaliadas. Não foi observada diferença significativa no peso (p-0,578), IMC (p-0,578), circunferência da cintura (p-0,423), circunferência do quadril (p-0,176), relação cintura-quadril (p- 0,904) após um mês de cirurgia. Em relação aos subtipos moleculares não foram observados diferença de ganho e perda de peso nos principais grupos. As pacientes que realizaram quimioterapia neoadjuvante perderam peso durante o tratamento. Conclusão: Não foi possível observar diferença significativa entre os grupos que realizaram QTN e o grupo que não realizou QTN após um mês de cirurgia no que se refere a peso, IMC, circunferência da cintura, circunferência do quadril e RCQ. A variação de peso foi quase indiferente nos grupos de classificação molecular do câncer de mama. Foi possível observar também que a pacientes que realizaram QTN perderam peso durante esse tratamento, demostrando uma tendência de recuperação do peso perdido.

     

    Palavras-chave: Câncer de mama 1. Quimioterapia neoadjuvante 2. Ganho de peso


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  • Introdução: A quimioterapia neoadjuvante, utilizada antes do tratamento cirúrgico, tem se tornado padrão para tumores inflamatórios e localmente avançados, permitindo uma abordagem cirúrgica que possibilita maior conservação de tecido mamário. Existem indícios de que a mudança no peso durante o tratamento com QT pode estar relacionada à redução da sobrevida e aumento do risco de retorno da doença, através da proliferação de células neoplásicas induzidas pela obesidade. Objetivo: A pesquisa teve como objetivo determinar o perfil de peso de mulheres sobreviventes de câncer de mama durante e após o tratamento de QTN e determinar se há uma maior tendência a ganho de peso em comparação com a pacientes que não realizaram esse tratamento. Método: trata-se de um estudo transversal observacional, em pacientes com diagnóstico de câncer de mama. Analisado a variação de peso, IMC, circunferência da cintura, circunferência do quadril e relação cintura-quadril, entre paciente que realizaram quimioterapia neoadjuvante e as que não realizaram esse tratamento. Resultado: Um total de 60 de mulheres com diagnóstico de câncer de mama foram avaliadas. Não foi observada diferença significativa no peso (p-0,578), IMC (p-0,578), circunferência da cintura (p-0,423), circunferência do quadril (p-0,176), relação cintura-quadril (p- 0,904) após um mês de cirurgia. Em relação aos subtipos moleculares não foram observados diferença de ganho e perda de peso nos principais grupos. As pacientes que realizaram quimioterapia neoadjuvante perderam peso durante o tratamento. Conclusão: Não foi possível observar diferença significativa entre os grupos que realizaram QTN e o grupo que não realizou QTN após um mês de cirurgia no que se refere a peso, IMC, circunferência da cintura, circunferência do quadril e RCQ. A variação de peso foi quase indiferente nos grupos de classificação molecular do câncer de mama. Foi possível observar também que a pacientes que realizaram QTN perderam peso durante esse tratamento, demostrando uma tendência de recuperação do peso perdido.

     

    Palavras-chave: Câncer de mama 1. Quimioterapia neoadjuvante 2. Ganho de peso

3
  • DENIS WAKED DE BRITO
  • AVALIAÇÃO DO PERFIL METABÓLICO URINÁRIO RELACIONADO À NEFROLITÍASE EM PACIENTES SUBMETIDOS À GASTRECTOMIA VERTICAL: um estudo prospectivo

  • Orientador : FLAVIO KREIMER
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FLAVIO KREIMER
  • ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
  • FABIO DE OLIVEIRA VILAR
  • Data: 06/02/2022

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  • Introdução: A obesidade é uma doença de alta prevalência na atualidade e a cirurgia bariátrica é uma das formas de tratamento mais eficazes para os casos graves. A associação entre as cirurgias disabsortivas e o desenvolvimento de nefrolitíase está bem estabelecida, porém estudos prospectivos abordando pacientes submetidos à gastrectomia vertical (GV) são escassos. Objetivo: Analisar o perfil bioquímico urinário relacionado à nefrolitogênese em pacientes obesos submetidos à gastrectomia vertical no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Método: Estudo prospectivo no qual 32 indivíduos foram submetidos a análise de urina de 24h no período pré-operatório (sete dias antes da cirurgia) e seis meses após realizarem a GV. As variáveis bioquímicas dosadas foram: volume urinário, oxalúria, citratúria, uricosúria, calciúria, magnesiúria, creatininúria, pH e supersaturação de oxalato de cálcio. Resultados: Os pacientes eram majoritariamente mulheres (26 - 81,2%), com média de idade de 40,6 anos. O índice de massa corpórea médio pré e pós-operatório foi de 47,1 kg/m2 e 35,5 kg/m2 , respectivamente (p <0,001). O volume de urina foi significativamente reduzido na avaliação pós-operatória em ambos os valores: absolutos (2242,50 x 1240,94 mL, p <0,001) e ajustados ao peso corporal (18,58 mL/kg x 13,92 mL/kg, p <0,001). A supersaturação de oxalato de cálcio (SSCaOx) aumentou significativamente após a GV (0,11 x 0,24, p <0,001). Além disso, os níveis de ácido úrico foram significativamente reduzidos na avaliação pós-operatória (482,34 mg x 434,75 mg, p = 0,027). O pH urinário, oxalato, cálcio, citrato e o magnésio não apresentaram variações significativas entre os períodos pré e pós-operatório. Conclusão: A GV promove alterações no metabolismo urinário, sobretudo na redução da diurese e consequente aumento da SSCaOx, além de diminuir a uricosúria. Este procedimento não altera significativamente a excreção de cálcio, oxalato, citrato e magnésio, bem como o pH urinário.


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  • Introdução: A obesidade é uma doença de alta prevalência na atualidade e a cirurgia bariátrica é uma das formas de tratamento mais eficazes para os casos graves. A associação entre as cirurgias disabsortivas e o desenvolvimento de nefrolitíase está bem estabelecida, porém estudos prospectivos abordando pacientes submetidos à gastrectomia vertical (GV) são escassos. Objetivo: Analisar o perfil bioquímico urinário relacionado à nefrolitogênese em pacientes obesos submetidos à gastrectomia vertical no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Método: Estudo prospectivo no qual 32 indivíduos foram submetidos a análise de urina de 24h no período pré-operatório (sete dias antes da cirurgia) e seis meses após realizarem a GV. As variáveis bioquímicas dosadas foram: volume urinário, oxalúria, citratúria, uricosúria, calciúria, magnesiúria, creatininúria, pH e supersaturação de oxalato de cálcio. Resultados: Os pacientes eram majoritariamente mulheres (26 - 81,2%), com média de idade de 40,6 anos. O índice de massa corpórea médio pré e pós-operatório foi de 47,1 kg/m2 e 35,5 kg/m2 , respectivamente (p <0,001). O volume de urina foi significativamente reduzido na avaliação pós-operatória em ambos os valores: absolutos (2242,50 x 1240,94 mL, p <0,001) e ajustados ao peso corporal (18,58 mL/kg x 13,92 mL/kg, p <0,001). A supersaturação de oxalato de cálcio (SSCaOx) aumentou significativamente após a GV (0,11 x 0,24, p <0,001). Além disso, os níveis de ácido úrico foram significativamente reduzidos na avaliação pós-operatória (482,34 mg x 434,75 mg, p = 0,027). O pH urinário, oxalato, cálcio, citrato e o magnésio não apresentaram variações significativas entre os períodos pré e pós-operatório. Conclusão: A GV promove alterações no metabolismo urinário, sobretudo na redução da diurese e consequente aumento da SSCaOx, além de diminuir a uricosúria. Este procedimento não altera significativamente a excreção de cálcio, oxalato, citrato e magnésio, bem como o pH urinário.

4
  • WENDELL RICARDO DE MEDEIROS ALVES FERNANDES
  • Efeitos da cirurgia bariátrica na doença venosa crônica dos membros inferiores.

  • Orientador : ESDRAS MARQUES LINS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
  • FERNANDA APPOLONIO ROCHA
  • Data: 14/02/2022

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  • INTRODUÇÃO: Obesidade e sobrepeso são fatores de risco para a doença venosa crônica. A perda de peso no pós-operatório de cirurgia bariátrica, pode reduzir a pressão intra-abdominal, melhorar a mobilidade e por fim melhorar a hemodinâmica venosa e os sintomas relacionados a IVC. O objetivo desse estudo foi Avaliar os efeitos da cirurgia bariátrica na IVC dos MMII em pacientes obesos submetidos à CB. MÉTODOS: Pesquisa realizada na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), sendo realizadas medidas de calibres e refluxo de veias safenas magnas e parvas, aplicação de questionário de sintomas e qualidade de vida em doença venosa Veins Sym/QoL  e medidas de dados antropométricos antes de após 6 meses a 2 anos de pós operatório de CB. RESULTADOS: As médias dos índices de massa corporal (IMC) foram significantemente menores no grupo pós-operatório nos estudos transversal e coorte (p < 0,0001). Não houve diferença estatística entre os grupos quanto a refluxo de VSM ou VSM. Houve diferença estatística entre os calibres de VSM em alguns segmentos da VSM. Quanto a sintomas e qualidade de vida, não houve diferenças. CONCLUSÃO: No segmento de 6 meses a 2 anos após a CB, não houve piora quanto ao estudo Doppler ou sintomas relacionados a IVC, ao passo que ocorreu redução de calibre de VSM em alguns segmentos. Ensaios clínicos com maior N e segmento devem ser realizados.

    Palavras-chave: Obesidade. Cirurgia bariátrica. Insuficiência venosa crônica. Ultrassom Doppler.


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  • INTRODUÇÃO: Obesidade e sobrepeso são fatores de risco para a doença venosa crônica. A perda de peso no pós-operatório de cirurgia bariátrica, pode reduzir a pressão intra-abdominal, melhorar a mobilidade e por fim melhorar a hemodinâmica venosa e os sintomas relacionados a IVC. O objetivo desse estudo foi Avaliar os efeitos da cirurgia bariátrica na IVC dos MMII em pacientes obesos submetidos à CB. MÉTODOS: Pesquisa realizada na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), sendo realizadas medidas de calibres e refluxo de veias safenas magnas e parvas, aplicação de questionário de sintomas e qualidade de vida em doença venosa Veins Sym/QoL  e medidas de dados antropométricos antes de após 6 meses a 2 anos de pós operatório de CB. RESULTADOS: As médias dos índices de massa corporal (IMC) foram significantemente menores no grupo pós-operatório nos estudos transversal e coorte (p < 0,0001). Não houve diferença estatística entre os grupos quanto a refluxo de VSM ou VSM. Houve diferença estatística entre os calibres de VSM em alguns segmentos da VSM. Quanto a sintomas e qualidade de vida, não houve diferenças. CONCLUSÃO: No segmento de 6 meses a 2 anos após a CB, não houve piora quanto ao estudo Doppler ou sintomas relacionados a IVC, ao passo que ocorreu redução de calibre de VSM em alguns segmentos. Ensaios clínicos com maior N e segmento devem ser realizados.

    Palavras-chave: Obesidade. Cirurgia bariátrica. Insuficiência venosa crônica. Ultrassom Doppler.

5
  • VANESSA PATRICIA XAVIER BATISTA
  • ASSOCIAÇÃO DOS COMPORTAMENTOS DE RISCO À SAÚDE E O REGANHO DE PESO CORPORAL PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA EM TEMPOS DE PANDEMIA: ESTUDO DE COORTE

     

  • Orientador : FLAVIO KREIMER
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDIL DE ALBUQUERQUE RODRIGUES FILHO
  • FLAVIO KREIMER
  • PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
  • Data: 15/02/2022

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  • ASSOCIAÇÃO DOS COMPORTAMENTOS DE RISCO À SAÚDE E O REGANHO DE PESO CORPORAL PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA EM TEMPOS DE PANDEMIA: ESTUDO DE COORTE

     

    RESUMO:

    A cirurgia bariátrica promove perda ponderal de peso corporal no período entre 18 e 24 meses de pós-operatório, porém, comportamentos de risco à saúde são determinantes para essa perda ou para o reganho de peso corporal pós-cirurgia. O período de pandemia de COVID-19 e o isolamento social podem ocasionar piora nos comportamentos de risco à saúde.  Desta forma, o estudo tem como objetivo verificar a associação dos fatores de risco para o reganho de peso de pacientes pós-cirurgia se mostraram mais determinantes no período da pandemia do COVID-19. Estudo de coorte, com 46 obesos, de ambos os sexos, expostos a cirurgia bariátrica, de 2017 a 2019, cadastrados no Programa de Cirurgia Bariátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. As variáveis analisadas foram idade, sexo, escolaridade, classe econômica, tempo de pós-operatório, IMC, estilo de vida, nível de atividade física, qualidade de vida e aspectos bioquímicos. A maioria da amostra foi composta por mulheres (84,8%) com idade de 50 a 64 anos (45,7%), o maior percentual (47,8%) foi submetido a cirurgia no ano de 2017. O peso médio foi 127,63 ± 34,23 kg e 34,72 ± 6,91 kg/m2 no momento da operação. O peso mínimo atingido foi 81,26 ± 21,35 kg, e o peso atual médio em pandemia foi 89,99 ± 23,16kg. O aumento de peso maior foi observado em pacientes que se operarão em 2017 com uma média de 12,39 ± 10,01kg, no entanto pacientes de 2018 e 2019 também demonstraram aumento de peso de 6,66 ± 4,45 kg e 3,56 ± 4,40kg, respectivamente. O aspecto geral de saúde, vitalidade e aspectos sociais foram o que apresentaram significância estatística para o reganho de peso. A cirurgia bariátrica promove redução adequada do excesso de peso corporal, podendo ter  reganho ponderal do peso após alguns anos; aspectos gerais de saúde se mostraram  determinantes para a ocorrência do reganho de peso.

    Palavras-Chave: Obesity; Risk Factore; Bariatric Sugery; Weight loss surgery; Coronavirus Infections

     


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  • ASSOCIAÇÃO DOS COMPORTAMENTOS DE RISCO À SAÚDE E O REGANHO DE PESO CORPORAL PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA EM TEMPOS DE PANDEMIA: ESTUDO DE COORTE

     

    RESUMO:

    A cirurgia bariátrica promove perda ponderal de peso corporal no período entre 18 e 24 meses de pós-operatório, porém, comportamentos de risco à saúde são determinantes para essa perda ou para o reganho de peso corporal pós-cirurgia. O período de pandemia de COVID-19 e o isolamento social podem ocasionar piora nos comportamentos de risco à saúde.  Desta forma, o estudo tem como objetivo verificar a associação dos fatores de risco para o reganho de peso de pacientes pós-cirurgia se mostraram mais determinantes no período da pandemia do COVID-19. Estudo de coorte, com 46 obesos, de ambos os sexos, expostos a cirurgia bariátrica, de 2017 a 2019, cadastrados no Programa de Cirurgia Bariátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. As variáveis analisadas foram idade, sexo, escolaridade, classe econômica, tempo de pós-operatório, IMC, estilo de vida, nível de atividade física, qualidade de vida e aspectos bioquímicos. A maioria da amostra foi composta por mulheres (84,8%) com idade de 50 a 64 anos (45,7%), o maior percentual (47,8%) foi submetido a cirurgia no ano de 2017. O peso médio foi 127,63 ± 34,23 kg e 34,72 ± 6,91 kg/m2 no momento da operação. O peso mínimo atingido foi 81,26 ± 21,35 kg, e o peso atual médio em pandemia foi 89,99 ± 23,16kg. O aumento de peso maior foi observado em pacientes que se operarão em 2017 com uma média de 12,39 ± 10,01kg, no entanto pacientes de 2018 e 2019 também demonstraram aumento de peso de 6,66 ± 4,45 kg e 3,56 ± 4,40kg, respectivamente. O aspecto geral de saúde, vitalidade e aspectos sociais foram o que apresentaram significância estatística para o reganho de peso. A cirurgia bariátrica promove redução adequada do excesso de peso corporal, podendo ter  reganho ponderal do peso após alguns anos; aspectos gerais de saúde se mostraram  determinantes para a ocorrência do reganho de peso.

    Palavras-Chave: Obesity; Risk Factore; Bariatric Sugery; Weight loss surgery; Coronavirus Infections

     

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  • CICILIA FRAGA ROCHA PONTES
  • ANÁLISE DOS PARÂMETROS CLÍNICOS E ULTRASSONOGRÁFICOS DE MULHERES COM ENDOMETRIOSE PROFUNDA

  • Orientador : JOSE LUIZ DE FIGUEIREDO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUIZ CARLOS DE ABREU
  • JOSE LUIZ DE FIGUEIREDO
  • JOSIMARIO JOAO DA SILVA
  • Data: 15/02/2022

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  • Introdução: Endometriose é uma doença que acomete 10% das mulheres em idade reprodutiva.  A forma profunda, espectro mais grave, ocorre quando o tecido semelhante ao endométrio, infiltra tecidos abaixo da superfície peritoneal ou a camada muscular de órgãos como o intestino, o ureter, a bexiga ou a vagina. As portadoras de endometriose profunda (EP) costumam apresentar sintomas álgicos e infertilidade, que são agravados com o diagnóstico tardio. A ultrassonografia pélvica endovaginal com preparo intestinal (USGTVP) é capaz de mapear e caracterizar as lesões com alta precisão, inclusive no compartimento extraperitoneal. Objetivo: Analisar o perfil clínico, epidemiológico e a distribuição anatômica das lesões em pacientes portadoras de EP diagnosticadas através da USGTVP. Método: Estudo transversal, prospectivo, que analisou 227 pacientes com diagnóstico ultrassonográfico de endometriose profunda. Resultados: Infertilidade acometeu 43,8% das pacientes. Sintomas álgicos considerados como moderado ou grave (Escala Visual Analógica, EVA ≥ 3) apresentaram a seguinte prevalência: dismenorreia em 84,7%, dispareunia em 69,1%, disquezia menstrual em 60,7% e disúria menstrual em 35,7% das pacientes. Antecedente de múltiplas cirurgias ocorreu em 10,4 % e apenas 6,8 % das portadoras haviam realizado fisioterapia para assoalho pélvico. A distribuição dos locais acometidos por lesões endometrióticas ocorreu da seguinte forma:  87,6% no espaço retrocervical, 54,0% no intestino, 35,0% do espaço retrouterino, 29,1% no espaço retovaginal, 6,7% na bexiga, 13,7% na vagina e 1,3% no ureter. Endometrioma estava presente em 44,9% das pacientes. Conclusão: Dismenorréia, dispareunia e disquezia mestrual foram os sintomas mais prevalentes. O acometimento da região retrocervical estava presente na grande maioria das pacientes com EP. O frequente acometimento intestinal reforça a necessidade de avaliação multidisciplinar, em especial do coloproctologista. A alta prevalência de pacientes com múltiplas abordagens sinaliza que ainda existe distância entre realidade as orientações dos consensos mundiais. Este estudo, ao selecionar a amostra estudada com base em critérios diagnósticos ultrassonográficos, abre horizonte para uma nova forma de metodologia de análise das pacientes com EP, capaz de aproximá-la da população geral.

     

    Palavras-chave: Endometriose profunda; Ultrassonografia transvaginal; Preparo intestinal; Dor pélvica; Infertilidade, Saúde pública.

     

     


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  • Introdução: Endometriose é uma doença que acomete 10% das mulheres em idade reprodutiva.  A forma profunda, espectro mais grave, ocorre quando o tecido semelhante ao endométrio, infiltra tecidos abaixo da superfície peritoneal ou a camada muscular de órgãos como o intestino, o ureter, a bexiga ou a vagina. As portadoras de endometriose profunda (EP) costumam apresentar sintomas álgicos e infertilidade, que são agravados com o diagnóstico tardio. A ultrassonografia pélvica endovaginal com preparo intestinal (USGTVP) é capaz de mapear e caracterizar as lesões com alta precisão, inclusive no compartimento extraperitoneal. Objetivo: Analisar o perfil clínico, epidemiológico e a distribuição anatômica das lesões em pacientes portadoras de EP diagnosticadas através da USGTVP. Método: Estudo transversal, prospectivo, que analisou 227 pacientes com diagnóstico ultrassonográfico de endometriose profunda. Resultados: Infertilidade acometeu 43,8% das pacientes. Sintomas álgicos considerados como moderado ou grave (Escala Visual Analógica, EVA ≥ 3) apresentaram a seguinte prevalência: dismenorreia em 84,7%, dispareunia em 69,1%, disquezia menstrual em 60,7% e disúria menstrual em 35,7% das pacientes. Antecedente de múltiplas cirurgias ocorreu em 10,4 % e apenas 6,8 % das portadoras haviam realizado fisioterapia para assoalho pélvico. A distribuição dos locais acometidos por lesões endometrióticas ocorreu da seguinte forma:  87,6% no espaço retrocervical, 54,0% no intestino, 35,0% do espaço retrouterino, 29,1% no espaço retovaginal, 6,7% na bexiga, 13,7% na vagina e 1,3% no ureter. Endometrioma estava presente em 44,9% das pacientes. Conclusão: Dismenorréia, dispareunia e disquezia mestrual foram os sintomas mais prevalentes. O acometimento da região retrocervical estava presente na grande maioria das pacientes com EP. O frequente acometimento intestinal reforça a necessidade de avaliação multidisciplinar, em especial do coloproctologista. A alta prevalência de pacientes com múltiplas abordagens sinaliza que ainda existe distância entre realidade as orientações dos consensos mundiais. Este estudo, ao selecionar a amostra estudada com base em critérios diagnósticos ultrassonográficos, abre horizonte para uma nova forma de metodologia de análise das pacientes com EP, capaz de aproximá-la da população geral.

     

    Palavras-chave: Endometriose profunda; Ultrassonografia transvaginal; Preparo intestinal; Dor pélvica; Infertilidade, Saúde pública.

     

     

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  • ISABELLE MARIA CABRAL DO NASCIMENTO
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    NÍVEIS DE VITAMINA D E PERFIL LIPÍDICO EM PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA BARIÁTRICA

  • Orientador : ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
  • FLAVIO KREIMER
  • POLIANA COELHO CABRAL
  • Data: 16/02/2022

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  • Introdução: O Brasil já é vice-líder global em número de cirurgias bariátricas do mundo, sendo considerada a terapia mais eficaz para perda peso em pacientes obesos, porém ela está associada a uma série de deficiências vitamínicas, minerais e metabólicas. Objetivo: Avaliar a associação dos níveis de vitamina D com perfil lipídico e esteatose hepática em pacientes obesos submetidos à cirurgia bariátrica. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, realizado em Hospital Universitário de Recife/PE, onde foram coletados dados correspondentes ao pré-operatório, 6, 12 e 24 meses após a cirurgia bariátrica. Foram avaliados: sexo, idade, comorbidades, tipo de cirurgia, vitamina D (VD), colesterol total (CT), lipoproteína de baixa densidade (LDL), lipoproteína de alta densidade (HDL) e triglicerídeos (TG). A insuficiência/deficiência de VD foi considerada quando abaixo de 30 ng/mL. Resultados: Foram avaliados 156 pacientes, com média de idade de 40 ± 11,17 anos, dos quais, 78,4% eram do sexo feminino e 58,7% foram submetidos ao Sleeve Gástrico (SG). Em relação a VD, 81,6% apresentavam insuficiência/deficiência no pré-operatório. Quanto ao perfil lipídico, 56,5% e 40,1% tinha CT e TG indesejável, respectivamente. O CT e a VD apresentou uma relação significativa e negativa após 2 anos de cirurgia naqueles pacientes submetidos a DGYR (Rô = -0,31; p = 0,020). Ao comparar os tipos de cirurgia SG e Derivação Gástrica em Y de Roux (DGYR) foi visto que o perfil lipídico mostrou uma redução significativa em ambas cirurgias, exceto com o LDL que houve redução apenas DGYR (p<0,001). A VD mostrou diferença apenas para GV (p<0,001), ela também apresentou uma correlação negativa mensurada após 6 meses e 24 meses com a idade (r = -0,16; p = 0,029) e (r = -0,22; p = 0,010), respectivamente. Também foi visto que 83,8% das pessoas com esteatose hepática estavam com hipovitaminose D no préoperatório. Conclusão: A prevalência de hipovitaminose D é alta, tanto no pré como no pós-operatório, em relação ao perfil lipídico quanto menor nível de VD maior o CT assim como a idade. A técnica do GV está associada a melhores níveis de vitamina D. A esteatose hepática está associada a hipovitaminose D. Palavras-chave: Obesidade. Vitamina D. Hipovitaminose D. Cirurgia Bariátrica. Derivação gástrica em Y de Roux. Gastrectomia vertical. Perfil Lipídico


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  • O Brasil já é vice-líder global em número de cirurgias bariátricas do mundo, sendo considerada a terapia mais eficaz para perda peso em pacientes obesos, porém ela está associada a uma série de deficiências vitamínicas, minerais e metabólicas. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito dos níveis de vitamina D e perfil lipídico em pacientes obesos submetidos à cirurgia bariátrica. Trata-se de um estudo retrospectivo, realizado em Recife/PE, onde foram coletados dados correspondentes ao pré-operatório, 6, 12 e 24 meses após a cirurgia bariátrica. Foram avaliados: sexo, idade, comorbidades, tipo de cirurgia, vitamina D (VD), colesterol total (CT), lipoproteína de baixa densidade (LDL), lipoproteína de alta densidade (HDL), triglicerídeos (TG) e perfil glicêmico. A insuficiência/deficiência de 25OHD foi considerada quando abaixo de 30 ng/mL. A estatística foi executada pelo SPSS 20.0 e considerada significativa quando p ≤ 0,05. Foram avaliados 208 pacientes, com média de idade de 40 ± 11,17 anos, dos quais, 78,4% eram do sexo feminino e 58,7% foram submetidos ao Sleeve Gástrico (SG). Em relação a VD, 81,6% apresentavam insuficiência/deficiência no pré-operatório. Quanto ao perfil lipídico, 56,5% e 40,1% tinha CT e TG indesejável. Ao comparar os tipos de cirurgia SG e Derivação Gástrica em Y de Roux (DGYR) foi visto que o perfil lipídico mostrou uma redução significativa em ambas cirurgias, exceto com o LDL que houve redução apenas DGYR (p<0,001). A VD houve diferença apenas para GV (p<0,001), ela também apresentou uma correlação negativa mensurada após 6 meses e 24 meses com a idade (r = -0,16; p = 0,029) e (r = -0,22; p = 0,010), respectivamente. O CT e a VD mostrou uma relação significativa e negativa após 2 anos de cirurgia naqueles pacientes submetidos a DGYR (Rô = -0,31; p = 0,020). Também foi visto que 84,1% das pessoas com esteatose hepática estavam com hipovitaminose D. O estudo concluiu que a prevalência de hipovitaminose D é alta, tanto no pré como no pósoperatório e que quanto menor nível de VD maior o CT. A técnica do SG está associada a melhores resultados de vitamina D. Palavras-chave: Obesidade. Vitamina D. Hipovitaminose D. Cirurgia Bariátrica. Derivação gástrica de Roux. Gastrectomia vertical.

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  • RODOLFO BRILHANTE DE FARIAS
  • AVALIAÇÃO DO PERFIL ETIOLÓGICO E DE CARACTERÍSTICAS DO EXAME DE URETROCISTOGRAFIA RETRÓGRADA E MICCIONAL DE HOMENS PORTADORES DE ESTENOSE DE URETRA

  • Orientador : SALVADOR VILAR CORREIA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FABIO DE OLIVEIRA VILAR
  • GERALDO DE AGUIAR CAVALCANTI
  • SALVADOR VILAR CORREIA LIMA
  • Data: 23/02/2022

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  • OBJETIVOS: Avaliar a correlação entre o tipo etiológico da estenose de uretra e os achados evidenciados no exame de uretrocistografia retrógrada e miccional (UCRM). E estabelecer um perfil da doença na população estudada.

    METODOLOGIA: Estudo observacional transversal em uma única instituição. A idade dos 135 pacientes do sexo masculino incluídos no estudo variou de 18 a 89 anos, com média de 60.76 anos, desvio-padrão de 14.91 anos e mediana igual a 64 anos. 111 (82.2%) tinham mais de 45 anos de idade e os 24 demais (17.8%) tinham até 45 anos. A etiologia da estenose de uretra de cada paciente foi determinada. Achados importantes da UCRM como comprimento, número, localização e grau de obstrução da estenose de uretra, bem como outros achados urológicos patológicos associados, também foram analisados. A correlação entre a etiologia e os achados da UCRM foi então analisada estatisticamente.

    RESULTADOS: Quando agrupadas em 4 categorias, as etiologias mais frequentes foram iatrogênica (51.9%), idiopática (20.0%), inflamatória (15.6%) e traumática (12.6%). Quando agrupadas em apenas 2 categorias, a etiologia traumática foi mais frequente do que a não-traumática com 64.4% dos pacientes. A análise estatística comparativa das características encontradas no exame de UCRM com as duas categorias de etiologia (não-traumática e traumática) verificou que a localização foi a única variável com associação estatisticamente significativa (p < 0.001), com diferença mais acentuada nos segmentos uretrais peniano e membranoso. No segmento uretral

    peniano, o achado de estenose de uretra de etiologia não-traumática (33.3%) foi consideravelmente maior do que a de etiologia traumática (11.5%). Já no segmento uretral membranoso, as estenoses de uretra evidenciadas foram apenas de etiologia traumática (20.7%), não apresentando qualquer caso de etiologia não-traumática. Na análise comparativa considerando as quatro categorias de etiologia, a faixa etária e a localização foram as duas variáveis com associação estatisticamente significativa (p = 0.001 e < 0.001 respectivamente). O subgrupo dos pacientes com mais de 45 anos de idade apresentou os maiores percentuais do diagnóstico de estenose de uretra independentemente do tipo de etiologia. O segmento uretral peniano apresentou quase metade dos casos de estenose de uretra de etiologia inflamatória (47.6%). Já no segmento uretral membranoso, quase todos os casos de estenose de uretra foram de etiologia iatrogênica, representando 24.3% de todos os casos de etiologia iatrogênica do estudo. Em uma outra análise suplementar, as causas de estenose de uretra foram especificadas de acordo com o tipo de procedimento, trauma ou patologia considerado causador da estenose de uretra, evidenciando-se associação estatisticamente significativa entre a faixa etária e a causa específica da estenose de uretra (p < 0.001). A taxa de estenose de uretra idiopática foi bem maior nos pacientes com mais de 45 anos de idade (41.7% X 15.3%). A prostatectomia foi a principal causa de estenose de uretra considerando todas as faixas etárias, representando 20.7% de todos os casos de estenose de uretra do estudo e 25.2% dos pacientes da faixa etária acima de 45 anos. Já em relação ao subgrupo de pacientes com 45 anos ou menos de idade, o percentual da causa cateterização uretral foi bem mais elevado do que no subgrupo com mais de 45 anos (29,2% x 6,3%). A análise estatística comparando o comprimento da estenose de uretra entre as duas categorias de etiologia (não-traumática e traumática) apresentou diferença estatisticamente significativa (p= 0.005), indicando que o comprimento foi maior nas estenoses de uretra de etiologia não-traumática. Outro desfecho relevante do presente estudo foi um perfil grave da doença estenose de uretra, com 83% dos casos causando obstrução em mais de 2/3 do lúmen uretral.

    CONCLUSÕES: A etiologia e a faixa etária são importantes fatores de impacto na apresentação e evolução da estenose de uretra. O tipo de causa de estenose de uretra apresentou associação estatisticamente significativa com a faixa etária dos pacientes e com a localização e o comprimento da estenose de uretra no exame de UCRM. É importante conhecer o perfil desta doença em cada população para um melhor atendimento e planejamento terapêutico, com consequente possibilidade de melhora no prognóstico.

     

     

    PALAVRAS-CHAVE:

     

    Estenose de uretra, etiologia, diagnóstico, uretrocistografia, idade, localização, comprimento, gravidade


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  • OBJETIVOS: Avaliar a correlação entre o tipo etiológico da estenose de uretra e os achados evidenciados no exame de uretrocistografia retrógrada e miccional (UCRM). E estabelecer um perfil da doença na população estudada.

    METODOLOGIA: Estudo observacional transversal em uma única instituição. A idade dos 135 pacientes do sexo masculino incluídos no estudo variou de 18 a 89 anos, com média de 60.76 anos, desvio-padrão de 14.91 anos e mediana igual a 64 anos. 111 (82.2%) tinham mais de 45 anos de idade e os 24 demais (17.8%) tinham até 45 anos. A etiologia da estenose de uretra de cada paciente foi determinada. Achados importantes da UCRM como comprimento, número, localização e grau de obstrução da estenose de uretra, bem como outros achados urológicos patológicos associados, também foram analisados. A correlação entre a etiologia e os achados da UCRM foi então analisada estatisticamente.

    RESULTADOS: Quando agrupadas em 4 categorias, as etiologias mais frequentes foram iatrogênica (51.9%), idiopática (20.0%), inflamatória (15.6%) e traumática (12.6%). Quando agrupadas em apenas 2 categorias, a etiologia traumática foi mais frequente do que a não-traumática com 64.4% dos pacientes. A análise estatística comparativa das características encontradas no exame de UCRM com as duas categorias de etiologia (não-traumática e traumática) verificou que a localização foi a única variável com associação estatisticamente significativa (p < 0.001), com diferença mais acentuada nos segmentos uretrais peniano e membranoso. No segmento uretral

    peniano, o achado de estenose de uretra de etiologia não-traumática (33.3%) foi consideravelmente maior do que a de etiologia traumática (11.5%). Já no segmento uretral membranoso, as estenoses de uretra evidenciadas foram apenas de etiologia traumática (20.7%), não apresentando qualquer caso de etiologia não-traumática. Na análise comparativa considerando as quatro categorias de etiologia, a faixa etária e a localização foram as duas variáveis com associação estatisticamente significativa (p = 0.001 e < 0.001 respectivamente). O subgrupo dos pacientes com mais de 45 anos de idade apresentou os maiores percentuais do diagnóstico de estenose de uretra independentemente do tipo de etiologia. O segmento uretral peniano apresentou quase metade dos casos de estenose de uretra de etiologia inflamatória (47.6%). Já no segmento uretral membranoso, quase todos os casos de estenose de uretra foram de etiologia iatrogênica, representando 24.3% de todos os casos de etiologia iatrogênica do estudo. Em uma outra análise suplementar, as causas de estenose de uretra foram especificadas de acordo com o tipo de procedimento, trauma ou patologia considerado causador da estenose de uretra, evidenciando-se associação estatisticamente significativa entre a faixa etária e a causa específica da estenose de uretra (p < 0.001). A taxa de estenose de uretra idiopática foi bem maior nos pacientes com mais de 45 anos de idade (41.7% X 15.3%). A prostatectomia foi a principal causa de estenose de uretra considerando todas as faixas etárias, representando 20.7% de todos os casos de estenose de uretra do estudo e 25.2% dos pacientes da faixa etária acima de 45 anos. Já em relação ao subgrupo de pacientes com 45 anos ou menos de idade, o percentual da causa cateterização uretral foi bem mais elevado do que no subgrupo com mais de 45 anos (29,2% x 6,3%). A análise estatística comparando o comprimento da estenose de uretra entre as duas categorias de etiologia (não-traumática e traumática) apresentou diferença estatisticamente significativa (p= 0.005), indicando que o comprimento foi maior nas estenoses de uretra de etiologia não-traumática. Outro desfecho relevante do presente estudo foi um perfil grave da doença estenose de uretra, com 83% dos casos causando obstrução em mais de 2/3 do lúmen uretral.

    CONCLUSÕES: A etiologia e a faixa etária são importantes fatores de impacto na apresentação e evolução da estenose de uretra. O tipo de causa de estenose de uretra apresentou associação estatisticamente significativa com a faixa etária dos pacientes e com a localização e o comprimento da estenose de uretra no exame de UCRM. É importante conhecer o perfil desta doença em cada população para um melhor atendimento e planejamento terapêutico, com consequente possibilidade de melhora no prognóstico.

     

     

    PALAVRAS-CHAVE:

     

    Estenose de uretra, etiologia, diagnóstico, uretrocistografia, idade, localização, comprimento, gravidade

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  • CAMILA SILVA BEZERRA
  • IMPACTO DA COVID-19 NAS ARTÉRIAS CARÓTIDAS: ACHADOS ULTRASSONOGRÁFICOS EM PACIENTES COM QUADROS GRAVES

  • Orientador : SIMONE CRISTINA SOARES BRANDAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EMMANUELLE TENORIO ALBUQUERQUE GODOI B DE BARROS E SILVA
  • JOSE LUIZ DE LIMA FILHO
  • SIMONE CRISTINA SOARES BRANDAO
  • Data: 20/06/2022

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  • Responsável por milhões de infectados e de mortes em todo o mundo, a COVID-19 permanece com lacunas no seu entendimento. O segundo coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV-2) revelou-se um agente infeccioso complexo, responsável por manifestações extrapulmonares, incluindo alterações cardiovasculares. A enzima conversora da angiotensina 2 (ECA-2), um dos principais alvos do vírus, exibe grande expressão na vasculatura, inferindo que vasos podem ser susceptíveis a dano pela doença e que disfunção endotelial pode ter papel central na sua fisiopatologia. O objetivo deste estudo foi investigar possíveis alterações vasculares e perivasculares nas artérias carótidas utilizando a ultrassonografia, método de imagem já consagrado para avaliação desses vasos, e avaliar associação com mortalidade. Para isso, foi realizado estudo prospectivo entre julho de 2020 e fevereiro de 2021, período que englobou parte da primeira e da segunda onda no Brasil, em três hospitais referenciados. Cinquenta e três pacientes hospitalizados com COVID-19 grave, confirmada por RT-PCR, foram incluídos no estudo e submetidos a ultrassonografia. Dados demográficos e clínicos foram coletados nos prontuários, sendo posteriormente analisados em conjunto com dados de imagem. Análise estatística foi conduzida, incluindo testes Qui-quadrado de independência de Pearson, teste de Mann-Whitney e de Fisher, bem como modelos de regressão logística. Os principais achados ultrassonográficos foram irregularidade da superfície endoluminal em 29 pacientes (55%), placas carotídeas em 30 (57%), sinais de infiltração perivascular em 4 (7,5%) e aumento da espessura mediointimal (EMI) em 31 pacientes (58%). Dezenove de 31 (61%) pacientes com aumento da EMI morreram, observando-se associação entre aumento da EMI e mortalidade por COVID-19 (p=0.03). Através de modelo de regressão logística, a probabilidade de óbito foi de 85% nos pacientes com espessamento mediointimal e histórico de nefropatia crônica ou lesão renal aguda na admissão hospitalar (p<0.05). Observou-se, ainda, surgimento de espessamento mediointimal em um paciente que se encontrava previamente sem essa alteração, após piora do seu quadro clínico; também houve sinais de redução do processo inflamatório perivascular em outro paciente, após ultrapassar período de maior atividade inflamatória da doença e pós-manejo terapêutico. Assim, este estudo prospectivo observou alterações vasculares e perivasculares em pacientes com COVID-19 grave, com possíveis associações relacionadas ao desfecho.


  • Mostrar Abstract
  • A COVID-19 (do inglês, Coronavirus Disease 2019) é uma doença causada pelo SARS-CoV-2, o segundo coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Inicialmente descrito como um vírus de tropismo respiratório, com quadros variando desde sintomas leves (ou até mesmo assintomáticos) de infecção de vias aéreas superiores a quadros graves de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o SARS-CoV-2 se revelou um agente infeccioso ainda mais complexo à medida em que se alastrava globalmente. Alterações cardiovasculares, renais, cutâneas, gastrointestinais e neurológicas estão entre as manifestações extrapulmonares descritas. No nosso país até 21 de janeiro de 2021, , o número de casos de COVID-19 ultrapassa 8.600.000, e o número de óbitos encontra-se em 214.147. Estamos em plena ascendência da segunda onda, com novos “lockdowns” sendo instituídos ou cogitados por diversas cidades do país. São números alarmantes e provavelmente representa o maior desafio sanitário a ser enfrentado por esta geração. Estudos que possam ajudar a desenvolver e identificar fatores preditores de gravidade são necessários para melhor manejo clínico da COVID-19. Assim, este trabalho apresenta como objetivo avaliar o impacto da COVID-19 grave no CMI (medida do complexo médio-intimal) através deultrassonografia de carótidas e correlacionar essas alterações com a evolução clínica intrahospitalar (morte ou alta).

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  • HERISON FRANKLIN VIANA DE OLIVEIRA
  • AVALIAÇÃO DE DEFORMIDADES DOS QUADRIS EM PACIENTES COM SÍNDROME CONGÊNITA DO ZIKA VÍRUS AOS CINCO ANOS DE VIDA

  • Orientador : EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • MARIA INES REMIGIO DE AGUIAR
  • Data: 26/07/2022

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  • Introdução: A Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZIKV) consiste em uma ampla variedade de sinais e sintomas, dentre as quais se destacam as alterações secundárias decorrentes ao aumento da espasticidade. O desequilíbrio entre as forças musculares que atuam nos quadris podem leválos a displasia ou luxação ao longo dos anos, de maneira semelhante ao que ocorre nos pacientes portadores de Paralisia Cerebral (PC). O presente estudo tem como objetivo descrever e correlacionar achados clínicos e radiográficos presentes nos quadris das crianças com SCZIKV aos cinco anos. Métodos: estudo retrospectivo transversal onde foram revisados os prontuários de 69 pacientes atendidos na Associação de Assistência à Criança Deficiente de Pernambuco (AACD-PE) e coletado informações demográficas, achados clínicos e radiográficos referentes à avaliação dos quadris após cinco anos de idade. Resultados: foi encontrado alta prevalência de luxação do quadril (32,62%), altas médias de Índice de Reimers (IR) e Ângulo Colodiafisário (ÂCD) comparado com portadores de PC, além de piora do IR e Índice Acetabular (IA) no pacientes GMFCS V e melhora da abdução dos quadris nos pacientes submetidos à tenotomia. Conclusão: é possível observar maior gravidade e maior precocidade nas deformidades em quadris de crianças com SCZV do que com PC sem Zika.


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  • Introdução: A Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZIKV) consiste em uma ampla variedade de sinais e sintomas, dentre as quais se destacam as alterações secundárias decorrentes ao aumento da espasticidade. O desequilíbrio entre as forças musculares que atuam nos quadris podem leválos a displasia ou luxação ao longo dos anos, de maneira semelhante ao que ocorre nos pacientes portadores de Paralisia Cerebral (PC). O presente estudo tem como objetivo descrever e correlacionar achados clínicos e radiográficos presentes nos quadris das crianças com SCZIKV aos cinco anos. Métodos: estudo retrospectivo transversal onde foram revisados os prontuários de 69 pacientes atendidos na Associação de Assistência à Criança Deficiente de Pernambuco (AACD-PE) e coletado informações demográficas, achados clínicos e radiográficos referentes à avaliação dos quadris após cinco anos de idade. Resultados: foi encontrado alta prevalência de luxação do quadril (32,62%), altas médias de Índice de Reimers (IR) e Ângulo Colodiafisário (ÂCD) comparado com portadores de PC, além de piora do IR e Índice Acetabular (IA) no pacientes GMFCS V e melhora da abdução dos quadris nos pacientes submetidos à tenotomia. Conclusão: é possível observar maior gravidade e maior precocidade nas deformidades em quadris de crianças com SCZV do que com PC sem Zika.

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  • REBECCA PAES DE ANDRADE SOUZA
  • ÍNDICE DE RESISTÊNCIA, ARTERIOGRAFIA E ÍNDICE TORNOZELO-BRAQUIAL COMO FATORES PREDITIVOS NA REVASCULARIZAÇÃO DE MEMBROS INFERIORES

  • Orientador : ESDRAS MARQUES LINS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EMMANUELLE TENORIO ALBUQUERQUE GODOI B DE BARROS E SILVA
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • LAECIO LEITAO BATISTA
  • Data: 28/07/2022

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  • A doença arterial periférica (DAP) é grande problema de saúde pública. Os estágios mais graves da DAP dos membros inferiores contemplam a isquemia crítica (IC), responsável por grande número de amputações. A cirurgia de revascularização é proposta para restaurar o fluxo sanguíneo para o pé. O uso da ultrassonografia Doppler (USD) vem despontando nos últimos anos como método de imagem de grande valor para o planejamento cirúrgico dessas revascularizações. Este estudo busca avaliar o índice de resistência (IR), mensurado através da USD, junto a dados de índice tornozelo-braço (ITB) e arteriografia de subtração digital (ASD) como preditores das cirurgias de revascularização infra-inguinais dos MMII em pacientes com IC. Objetivos: Avaliar o uso do IR, da ASD e do ITB no período pré-operatório como fatores preditores do sucesso hemodinâmico imediato das cirurgias de revascularizações infra-inguinais. Resultados: Dos pacientes analisados, 67,4% apresentaram sucesso hemodinâmico imediato, com variação de ITB > 0,15. Melhor pontuação na classificação de Rossi esteve relacionada com o sucesso hemodinâmico (p < 0,05). Foi observada uma correlação inversa entre a pontuação de Rossi e o IR da artéria revascularizada (p < 0,05). ITB préoperatório apresentou correlação com o resultado cirúrgico, porém, a avaliação não pode ser considerada em 17,4% da amostra, que apresentaram artérias incompressíveis. Neste estudo, menores valores de IR na artéria revascularizada apresentaram correlação com um melhor resultado, do ponto de vista hemodinâmico (p< 0,05). Conclusão: O IR das artérias distais e a classificação arteriográfica de Rossi podem ser correlacionados entre si. Ambos podem ser utilizados na avaliação pré-operatória para prever o sucesso hemodinâmico imediato das cirurgias de revascularização. O valor isolado do ITB no préoperatório não é suficiente para prever o sucesso hemodinâmico na cirurgia de revascularização de pacientes com IC dos MMII.


  • Mostrar Abstract
  • A doença arterial periférica (DAP) é grande problema de saúde pública. Os estágios mais graves da DAP dos membros inferiores contemplam a isquemia crítica (IC), responsável por grande número de amputações. A cirurgia de revascularização é proposta para restaurar o fluxo sanguíneo para o pé. O uso da ultrassonografia Doppler (USD) vem despontando nos últimos anos como método de imagem de grande valor para o planejamento cirúrgico dessas revascularizações. Este estudo busca avaliar o índice de resistência (IR), mensurado através da USD, junto a dados de índice tornozelo-braço (ITB) e arteriografia de subtração digital (ASD) como preditores das cirurgias de revascularização infra-inguinais dos MMII em pacientes com IC. Objetivos: Avaliar o uso do IR, da ASD e do ITB no período pré-operatório como fatores preditores do sucesso hemodinâmico imediato das cirurgias de revascularizações infra-inguinais. Resultados: Dos pacientes analisados, 67,4% apresentaram sucesso hemodinâmico imediato, com variação de ITB > 0,15. Melhor pontuação na classificação de Rossi esteve relacionada com o sucesso hemodinâmico (p < 0,05). Foi observada uma correlação inversa entre a pontuação de Rossi e o IR da artéria revascularizada (p < 0,05). ITB préoperatório apresentou correlação com o resultado cirúrgico, porém, a avaliação não pode ser considerada em 17,4% da amostra, que apresentaram artérias incompressíveis. Neste estudo, menores valores de IR na artéria revascularizada apresentaram correlação com um melhor resultado, do ponto de vista hemodinâmico (p< 0,05). Conclusão: O IR das artérias distais e a classificação arteriográfica de Rossi podem ser correlacionados entre si. Ambos podem ser utilizados na avaliação pré-operatória para prever o sucesso hemodinâmico imediato das cirurgias de revascularização. O valor isolado do ITB no préoperatório não é suficiente para prever o sucesso hemodinâmico na cirurgia de revascularização de pacientes com IC dos MMII.

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  • GABRIELA DE OLIVEIRA BURIL
  • COMPARAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE RESISTÊNCIA E A ARTERIOGRAFIA NA AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA DA ISQUEMIA CRÍTICA DOS MEMBROS INFERIORES

  • Orientador : ESDRAS MARQUES LINS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EMMANUELLE TENORIO ALBUQUERQUE GODOI B DE BARROS E SILVA
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • GISELE VAJGEL FERNANDES
  • Data: 29/07/2022

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  • Introdução: As obstruções distais (perna e pé) das artérias dos membros inferiores (MMII) podem ser responsáveis pela redução da perviedade de angioplastias e enxertos em ponte. Estas artérias são de difícil avaliação, seja por ultrassonografia com Doppler (UD), seja por arteriografia com subtração digital (ASD). Adicionalmente, a UD não possui acuidade para avaliar todas as artérias que o arco plantar (AP) possui, porém, mais recentemente, alguns autores, de forma incipiente, têm defendido o uso do Índice de Resistência (IR) como um instrumento útil para o estudo destes vasos. Objetivo: Comparar o índice de resistência (IR) das artérias distais (receptoras de revascularização) dos MMII, com a ASD em pacientes com isquemia crítica (IC). Metodologia: A população do estudo consistiu em 120 pacientes portadores de IC dos MMII, internados para realização cirurgia de revascularização no Serviço de Cirurgia Vascular do HC/EBSERH – UFPE, entre setembro de 2019 a abril de 2022. O modelo do estudo foi o transversal prospectivo. A UD e a ASD foram realizados em todos os pacientes. Foram comparados o IR obtido pela UD das artérias distais dos MMII possíveis de serem receptoras de revascularização, com as imagens da ASD. Resultados: Os valores do IR encontrado para as artérias de perna (tibiais e fibular) apresentaram uma correlação positiva, estatisticamente significativa, quando correlacionados à Classificação angiográfica de Rutherford (tibial anterior P = 0,00; tibial posterior P = 0,012 e fibular P = 0,034), mas a Classificação de Rossi só demonstrou significância estatística para as artérias tibiais (tibial anterior P= 0,00 e tibial posterior = 0,019). Foi utilizado o teste de Sperarman’s rho para essa análise de significância. Quando o IR foi comparado com o AP, foi observada uma diferença estatisticamente significativa, na avaliação das artérias distais para diferenciar o AP completo e o incompleto, quando foram avaliadas as artérias tibiais anteriores (média de IR de 0,48 para AP completo e de IR de 0,64; P = 0,018 para AP incompleto), fibulares (média de IR 0,047 para AP completo e de IR de 0,70; P = 0,047 para AP incompleto) e pediosas (média de IR de 0,42 para AP completo e de IR de 0,63; P = 0,008 para AP incompleto). Foi utilizado o t-Student test para análise desses resultados. Conclusão: Neste estudo, foi encontrado que os índice de resistência, quando comparado à arteriografia de subtração digital, é adequado para o estudo das artérias distais dos membros inferiores na avaliação pré-operatória da cirurgia de revascularização em pacientes com isquemia crítica.


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  • Introdução: As obstruções distais (perna e pé) das artérias dos membros inferiores (MMII) podem ser responsáveis pela redução da perviedade de angioplastias e enxertos em ponte. Estas artérias são de difícil avaliação, seja por ultrassonografia com Doppler (UD), seja por arteriografia com subtração digital (ASD). Adicionalmente, a UD não possui acuidade para avaliar todas as artérias que o arco plantar (AP) possui, porém, mais recentemente, alguns autores, de forma incipiente, têm defendido o uso do Índice de Resistência (IR) como um instrumento útil para o estudo destes vasos. Objetivo: Comparar o índice de resistência (IR) das artérias distais (receptoras de revascularização) dos MMII, com a ASD em pacientes com isquemia crítica (IC). Metodologia: A população do estudo consistiu em 120 pacientes portadores de IC dos MMII, internados para realização cirurgia de revascularização no Serviço de Cirurgia Vascular do HC/EBSERH – UFPE, entre setembro de 2019 a abril de 2022. O modelo do estudo foi o transversal prospectivo. A UD e a ASD foram realizados em todos os pacientes. Foram comparados o IR obtido pela UD das artérias distais dos MMII possíveis de serem receptoras de revascularização, com as imagens da ASD. Resultados: Os valores do IR encontrado para as artérias de perna (tibiais e fibular) apresentaram uma correlação positiva, estatisticamente significativa, quando correlacionados à Classificação angiográfica de Rutherford (tibial anterior P = 0,00; tibial posterior P = 0,012 e fibular P = 0,034), mas a Classificação de Rossi só demonstrou significância estatística para as artérias tibiais (tibial anterior P= 0,00 e tibial posterior = 0,019). Foi utilizado o teste de Sperarman’s rho para essa análise de significância. Quando o IR foi comparado com o AP, foi observada uma diferença estatisticamente significativa, na avaliação das artérias distais para diferenciar o AP completo e o incompleto, quando foram avaliadas as artérias tibiais anteriores (média de IR de 0,48 para AP completo e de IR de 0,64; P = 0,018 para AP incompleto), fibulares (média de IR 0,047 para AP completo e de IR de 0,70; P = 0,047 para AP incompleto) e pediosas (média de IR de 0,42 para AP completo e de IR de 0,63; P = 0,008 para AP incompleto). Foi utilizado o t-Student test para análise desses resultados. Conclusão: Neste estudo, foi encontrado que os índice de resistência, quando comparado à arteriografia de subtração digital, é adequado para o estudo das artérias distais dos membros inferiores na avaliação pré-operatória da cirurgia de revascularização em pacientes com isquemia crítica.

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  • JONES SILVA LIMA
  • MINERAÇÃO DE DADOS ENTRE A FUNÇÃO OLFATÓRIA E PROGRESSÃO DOS SINTOMAS MOTORES EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON

  • Orientador : THIAGO FREIRE PINTO BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCO AURELIO FORNAZIERI
  • RODRIGO PESSOA CAVALCANTI LIRA
  • THIAGO FREIRE PINTO BEZERRA
  • Data: 29/08/2022

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  • A Doença de Parkinson causa impacto nos indivíduos e suas famílias, além dos sistemas de saúde e seguridade social. Os sintomas motores são geralmente precedidos de sintomas não-motores, que podem ser marcadores precoces da doença. As alterações do olfato, presentes na grande maioria dos indivíduos acometidos, têm sido associadas ao desenvolvimento de demência após alguns anos, porém a relação com a progressão dos sintomas motores não é bem estabelecida. O objetivo deste estudo foi extrair padrões dentro do banco de dados do Parkinson`s Progression Markers Inititative que avaliem a associação entre a perda de olfato e a progressão dos sintomas motores na Doença de Parkinson. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, retrospectivo, baseado nas quatro primeiras fases do modelo Cross Industry Standard Process for Data Mining. A partir dos modelos produzidos com a base de dados, tanto a árvore de decisão quanto a indução de regras e a regressão logística mostraram uma forte associação entre a perda do olfato e a progressão dos sintomas motores da doença de Parkinson, pela escala de Hoehn e Yahr. A regressão logística teve melhor resultado comparativo, visível com maior área sob a curva ROC. Após a realização da avaliação do desempenho e implementação, últimas duas fases do modelo, e confirmando-se a aplicabilidade dos padrões identificados no banco de dados, é possível subsidiar a tomada de decisão dos profissionais  de saúde.

     


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  • A Doença de Parkinson causa impacto nos indivíduos e suas famílias, além dos sistemas de saúde e seguridade social. Os sintomas motores são geralmente precedidos de sintomas não-motores, que podem ser marcadores precoces da doença. As alterações do olfato, presentes na grande maioria dos indivíduos acometidos, têm sido associadas ao desenvolvimento de demência após alguns anos, porém a relação com a progressão dos sintomas motores não é bem estabelecida. O objetivo deste estudo foi extrair padrões dentro do banco de dados do Parkinson`s Progression Markers Inititative que avaliem a associação entre a perda de olfato e a progressão dos sintomas motores na Doença de Parkinson. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, retrospectivo, baseado nas quatro primeiras fases do modelo Cross Industry Standard Process for Data Mining. A partir dos modelos produzidos com a base de dados, tanto a árvore de decisão quanto a indução de regras e a regressão logística mostraram uma forte associação entre a perda do olfato e a progressão dos sintomas motores da doença de Parkinson, pela escala de Hoehn e Yahr. A regressão logística teve melhor resultado comparativo, visível com maior área sob a curva ROC. Após a realização da avaliação do desempenho e implementação, últimas duas fases do modelo, e confirmando-se a aplicabilidade dos padrões identificados no banco de dados, é possível subsidiar a tomada de decisão dos profissionais  de saúde.

     

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  • BARBARA AMARAL BRUNO SILVA
  • EQUILÍBRIO POSTURAL E MOBILIDADE EM INDIVÍDUOS COM OBESIDADE MÓRBIDA EM AGUARDO PARA CIRURGIA BARIÁTRICA: UM ESTUDO DESCRITIVO E TRANSVERSAL

  • Orientador : PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANNA MYRNA JAGUARIBE DE LIMA
  • EMMANUELLE TENORIO ALBUQUERQUE GODOI B DE BARROS E SILVA
  • PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
  • Data: 05/09/2022

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  • Introdução: A Obesidade no Brasil é objeto de estudos, principalmente porque está correlacionada com algumas comorbidades. Além disso, o aumento de peso é acompanhado de perda de massa muscular, com consequentemente perda de força. Quando relacionada ao equilíbrio, a perda de força nos membros inferiores e o aumento da sobrecarga sobre os mesmos pode interferir no equilíbrio postural. Podendo ter influência, também, na mobilidade prejudicando a realização de atividades diárias, e assim afetar diretamente a independência funcional e consequentemente a qualidade de vida. Objetivo: Descrever o equilíbrio postural e a mobilidade de indivíduos com Obesidade Mórbida inscritos em um Programa Cirurgia Bariátrica de um Hospital Escola na Cidade do Recife. Metodologia: Foi um estudo descritivo e transversal no qual 97 voluntários foram submetidos a avaliações de mobilidade – Whodas 2,0 e o teste Timed Up and Go (TUG); equilíbrio dinâmico - Y-Balance Test (YBT) e o MiniBESTest, e ainda responderam ao Questionário de Qualidade de Vida (SF-36). Resultados: Do total de avaliados, 81 foram mulheres e 16 homens (idade= 38,39 ± 10,60 anos; IMC = 47,53 ± 6,96 km/m²). Foram encontradas correlações significativas (peso e domínio movimentação dinâmica do MiniBESTest – p=0,028, r=0,224; idade e YBT, tanto o total D – p=0,000, r=-0,351, quanto o total esquerdo – p=0,005, r=-0,281). Entretanto, o IMC quando correlacionado com o YBT, com o MiniBESTest, o TUG, o Whodas 2.0 e o SF-36 não foram encontradas correlações significativas. Apesar da literatura científica apontar que o aumento da massa corporal induz a uma associação com uma baixa funcionalidade, os resultados parciais desta pesquisa constatam que essa relação pode não ser aplicável. A mobilidade parece sofrer mais influência do equilíbrio dinâmico do que pelo excesso de gordura corporal.


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  • Introdução: A Obesidade no Brasil é objeto de estudos, principalmente porque está correlacionada com algumas comorbidades. Além disso, o aumento de peso é acompanhado de perda de massa muscular, com consequentemente perda de força. Quando relacionada ao equilíbrio, a perda de força nos membros inferiores e o aumento da sobrecarga sobre os mesmos pode interferir no equilíbrio postural. Podendo ter influência, também, na mobilidade prejudicando a realização de atividades diárias, e assim afetar diretamente a independência funcional e consequentemente a qualidade de vida. Objetivo: Descrever o equilíbrio postural e a mobilidade de indivíduos com Obesidade Mórbida inscritos em um Programa Cirurgia Bariátrica de um Hospital Escola na Cidade do Recife. Metodologia: Foi um estudo descritivo e transversal no qual 97 voluntários foram submetidos a avaliações de mobilidade – Whodas 2,0 e o teste Timed Up and Go (TUG); equilíbrio dinâmico - Y-Balance Test (YBT) e o MiniBESTest, e ainda responderam ao Questionário de Qualidade de Vida (SF-36). Resultados: Do total de avaliados, 81 foram mulheres e 16 homens (idade= 38,39 ± 10,60 anos; IMC = 47,53 ± 6,96 km/m²). Foram encontradas correlações significativas (peso e domínio movimentação dinâmica do MiniBESTest – p=0,028, r=0,224; idade e YBT, tanto o total D – p=0,000, r=-0,351, quanto o total esquerdo – p=0,005, r=-0,281). Entretanto, o IMC quando correlacionado com o YBT, com o MiniBESTest, o TUG, o Whodas 2.0 e o SF-36 não foram encontradas correlações significativas. Apesar da literatura científica apontar que o aumento da massa corporal induz a uma associação com uma baixa funcionalidade, os resultados parciais desta pesquisa constatam que essa relação pode não ser aplicável. A mobilidade parece sofrer mais influência do equilíbrio dinâmico do que pelo excesso de gordura corporal.

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  • THAURUS VINICIUS DE OLIVEIRA CAVALCANTI
  • EFEITOS DE CURTO PRAZO DE UM PROGRAMA SUPERVISIONADO DE TREINAMENTO DE FORÇA EM CIRCUITO EM MULHERES CADASTRADAS EM UM PROGRAMA DE CIRURGIA BARIÁTRICA

  • Orientador : PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLA MENESES HARDMAN
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
  • Data: 21/09/2022

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  • O objetivo deste estudo foi investigar se quatro semanas de treinamento de força em circuito (TFC) supervisionado melhoram o peso corporal, estado nutricional, capacidade funcional, força muscular e marcadores bioquímicos de mulheres adultas cadastradas em um programa multidisciplinar de cirurgia bariátrica (PMBC). Estudo pré-experimental realizado num hospital universitário de referência em cirurgia bariátrica. Oito mulheres [39,9±13,5 (21 a 55) anos; IMC = 46,8±9,3 (36,8 a 62,3) kg/m²] cadastradas no PMBC do referido hospital foram submetidas à 8 sessões de TFC supervisionado, duas sessões semanais durante quatro semanas, associado ao tratamento padrão oferecido pelo PMBC. Antes (PRÉ) e após (PÓS) o TFC foram aferidas relação cintura/quadril, peso e índice de massa corporal, força muscular (valor de 1 repetição máxima [1RM] e teste de sentar e levantar), equilíbrio (teste de equilíbrio unipodal), flexibilidade (teste de sentar e alcançar), perfil lipídico e glicemia de jejum (análise bioquímica). O teste t de Student, ou teste de Wilcoxon quando aplicável, foram utilizados para analisar diferenças entre as variáveis nos momentos PÓS e PRÉ. As pacientes participaram de todas as sessões de TFC sem lesões relacionadas ao treinamento. Após a intervenção houve um percentual total de perda de peso (%TPP) de 2,9% (95% IC 1,5 – 4,2%, p<0,001) e uma redução significativa do índice de massa corporal (IMC) [1,26 kg/m² (95% IC -1,77 a -0,75kg/cm²), p=0,001]; melhora no teste de sentar e levantar (p<0,001) e flexibilidade (p=0,031); e aumento significativo nos valores de 1RM em todos os cinco exercícios testados (p<0,05). Não foram observadas alterações significativas no perfil lipídico, glicemia de jejum, equilíbrio e relação cintura-quadril. A realização de quatro semanas de TFC por mulheres cadastradas em um PMCB se mostrou viável e com possíveis contribuições para redução do peso corporal e melhoria do estado nutricional, capacidade funcional e força muscular.


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  • O objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade e os impactos de 4 semanas de um programa de treinamento de força em circuito (TFC) combinado com um programa multidisciplinar de pré-cirurgia bariátrica (PMCB) em mulheres aguardando cirurgia bariátrica (CB). Estudo pré-experimental com um único grupo e desenho pré-teste/pós-teste. Oito mulheres [39,9 (21 a 55) anos, IMC = 46,8 (36,8 a 62,3) kg/m²] foram submetidas à TFC, duas vezes por semana, durante quatro semanas, associada ao PMBC, usualmente praticado. Antes (PRÉ) e após (PÓS) o TFC foram avaliadas medidas antropométricas, composição corporal, força muscular, equilíbrio, flexibilidade, perfil lipídico e glicemia de jejum. As pacientes participaram de todas as sessões de TFC sem lesões ou desconfortos relacionados ao treinamento. Após a intervenção houve um percentual total de perda de peso (%TPP) de 2,9% (95% IC 1,5 – 4,2%, p<0,001) e uma redução significativa do índice de massa corporal (IMC) [1,26 kg/m² (95% IC -1,77 a -0,75kg/cm²), p=0,001]; melhora no teste de sentar e levantar (p<0,001) e flexibilidade (p=0,031); e aumento significativo da força muscular em todos os cinco exercícios testados (p<0,05). Não foram observadas alterações significativas no perfil lipídico, glicemia de jejum, equilíbrio e relação cintura-quadril. Adicionar quatro semanas de TFC ao já praticado PMCB para mulheres em aguardo da CB demonstrou ser uma estratégia viável, com possíveis contribuições para a melhora da composição corporal, capacidade funcional e força muscular desta população.

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  • RINALVA TENÓRIO VAZ
  • EFEITO DA POSIÇÃO DE DORMIR NA CAMADA DE FIBRAS NERVOSAS DA RETINA EM INDIVÍDUOS COM GLAUCOMA

  • Orientador : RODRIGO PESSOA CAVALCANTI LIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSE LUIZ DE FIGUEIREDO
  • MARIA ISABEL LYNCH GAETE
  • RODRIGO PESSOA CAVALCANTI LIRA
  • Data: 17/11/2022

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  • O glaucoma é a primeira causa de cegueira irreversível no mundo. É uma doença multifatorial e tem o aumento da pressão intraocular (PIO) como o fator de risco mais consistentemente identificado. A PIO é afetada pela idade, genética, influência de exercícios, ritmo circadiano e por variações posturais, sendo observado um aumento maior durante o sono. Este estudo avaliou o efeito da posição de dormir na pressão intraocular (PIO) e na espessura média da camada de fibras nervosas da retina (CFNR) da região peripapilar em pacientes com glaucoma. Foi realizado um estudo observacional, transversal com dois grupos de voluntários que dormiam, preferencialmente, em decúbito lateral direito (DLD) ou decúbito lateral esquerdo (DLE). Mediu-se a PIO em ambos os olhos e a pressão arterial (PA) primeiramente na posição sentada e após 10 minutos na posição supina, DLD e DLE, respectivamente. Foi realizado a Tomografia de Coerência Óptica (OCT) para medir a espessura média da CFNR e a escavação papilar vertical. Contou-se com 20 voluntários do grupo DLD e 20 do grupo DLE, os quais tinham a idade média de 60,53 ± 7,26 anos. Observamos no grupo DLD um aumento de 2,7 mmHg no OD e 3,6 mmHg no OE na mudança da posição sentada para o DLD e 2,25 mmHg no OD e 2,8 mmHg no OD com a mudança da posição sentada para o DLE. Já no grupo DLE, o aumento foi de 2,7 mmHg no OD e 3,15 mmHg no OE com a mudança da posição sentada para o DLD e 3,0 mmHg no OD e 3,15 no OE na mudança da posição sentada para o DLE. O grupo de voluntários do DLD apresentou PIO mais elevada em todas as posições medidas, mas sem diferença estatisticamente significante do grupo DLE. A PA em posição supina reduziu progressivamente quando comparada com a PA na posição sentada. A espessura média da CFNR foi menor no grupo DLE e a escavação papilar vertical foi maior no grupo DLE, mas sem diferença estatisticamente significante do grupo DLD. Concluímos que houve um aumento expressivo da PIO com a mudança postural, mas não houve uma relação entre a posição preferida para dormir e a diminuição da CFNR. Mais estudos são necessários para avaliar se os eventos do período de sono têm um impacto na progressão do glaucoma.


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  • O glaucoma é a primeira causa de cegueira irreversível no mundo. É uma doença multifatorial e tem o aumento da pressão intraocular (PIO) como o fator de risco mais consistentemente identificado. A PIO é afetada pela idade, genética, influência de exercícios, ritmo circadiano e por variações posturais, sendo observado um aumento maior durante o sono. Este estudo avaliou o efeito da posição de dormir na pressão intraocular (PIO) e na espessura média da camada de fibras nervosas da retina (CFNR) da região peripapilar em pacientes com glaucoma. Foi realizado um estudo observacional, transversal com dois grupos de voluntários que dormiam, preferencialmente, em decúbito lateral direito (DLD) ou decúbito lateral esquerdo (DLE). Mediu-se a PIO em ambos os olhos e a pressão arterial (PA) primeiramente na posição sentada e após 10 minutos na posição supina, DLD e DLE, respectivamente. Foi realizado a Tomografia de Coerência Óptica (OCT) para medir a espessura média da CFNR e a escavação papilar vertical. Contou-se com 20 voluntários do grupo DLD e 20 do grupo DLE, os quais tinham a idade média de 60,53 ± 7,26 anos. Observamos no grupo DLD um aumento de 2,7 mmHg no OD e 3,6 mmHg no OE na mudança da posição sentada para o DLD e 2,25 mmHg no OD e 2,8 mmHg no OD com a mudança da posição sentada para o DLE. Já no grupo DLE, o aumento foi de 2,7 mmHg no OD e 3,15 mmHg no OE com a mudança da posição sentada para o DLD e 3,0 mmHg no OD e 3,15 no OE na mudança da posição sentada para o DLE. O grupo de voluntários do DLD apresentou PIO mais elevada em todas as posições medidas, mas sem diferença estatisticamente significante do grupo DLE. A PA em posição supina reduziu progressivamente quando comparada com a PA na posição sentada. A espessura média da CFNR foi menor no grupo DLE e a escavação papilar vertical foi maior no grupo DLE, mas sem diferença estatisticamente significante do grupo DLD. Concluímos que houve um aumento expressivo da PIO com a mudança postural, mas não houve uma relação entre a posição preferida para dormir e a diminuição da CFNR. Mais estudos são necessários para avaliar se os eventos do período de sono têm um impacto na progressão do glaucoma.

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  • KASSIO RODRIGUES DE MACEDO
  • CIRURGIA PARA SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO AMBULATORIAL COM ANESTESIA WALANT. ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO

  • Orientador : EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • LUCAS VICTOR ALVES
  • Data: 21/11/2022

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  • A cirurgia para síndrome do túnel do carpo STC em centro cirúrgico convencional envolve diversas variáveis que repercutem no aumento do tempo de internamento hospitalar e elevados custos hospitalares. Com o advento da técnica WALANT, a cirurgia para STC passou a ser realizada de forma segura e eficaz, dispensando a necessidade da presença do médico anestesista. Algumas formas de tratamento estão presentes para o tratamento desta doença. Entre essas possibilidades terapêuticas, a mais onerosa é a cirúrgica devido à enorme quantidade de fatores envolvidos. A possibilidade de ofertar um procedimento cirúrgico de forma segura, eficaz, sem o uso do garrote, com ausência de dor, e em ambiente de ambulatório, deve ser considerada devido aos altos custos atualmente presentes para realização deste procedimento em bloco cirúrgico convencional. OBJETIVOS: avaliar o tempo de internamento em dois grupos; avaliar o custo financeiro do tratamento cirúrgico nos dois grupos; avaliar o tempo de cirurgia nos dois grupos. METODOLOGIA: ensaio clínico randomizado e prospectivo. Foram estudados dois grupos com a realização de cirurgia aberta para STC. No primeiro grupo, 25 pacientes foram operados com a técnica aberta para cirurgia de STC em ambiente de ambulatório, sem a presença de médico anestesista sendo utilizada a técnica anestésica WALANT, que permite que a cirurgia ocorra sem um sangramento que comprometa a realização do procedimento cirúrgico. No segundo grupo (grupo controle) 22 pacientes foram operados com a mesma técnica cirúrgica com a presença do médico anestesista para o bloqueio anestésico em ambiente de centro cirúrgico convencional com exsanguinação. RESULTADOS: foi observado que há redução estatisticamente significativa no tempo de internamento hospitalar nas cirurgias realizadas em ambiente de ambulatório em relação ao grupo controle do centro cirúrgico convencional (valor de p < 0.001) e que os custos da cirurgia realizada em ambiente de consultório também foram significativamente menores em relação ao centro cirúrgico convencional (valor de p < 0.001). Foi observado que a cirurgia em ambiente de centro cirúrgico convencional é mais rápida do que a realizada em ambiente de ambulatório. CONCLUSÃO: a cirurgia para STC em ambiente de ambulatório repercute em um menor tempo de internamento hospitalar e uma circunstancial redução nos custos médico-hospitalares para esta cirurgia.


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  • A cirurgia para síndrome do túnel do carpo (STC) em centro cirúrgico convencional envolve diversos fatores que repercutem no aumento do tempo de internamento hospitalar e elevados custos Hospitalares. Com o advento da técnica WALANT, a cirurgia para (STC) passou a ser realizada de forma segura e eficaz, dispensando a necessidade da presença do Médico Anestesista. Algumas formas de tratamento estão presentes para o tratamento desta doença. Entre essas possibilidades terapêuticas, a mais onerosa é a cirúrgica devido à enorme quantidade de fatores envolvidos. A possibilidade de ofertar um procedimento cirúrgico de forma segura, eficaz, sem o uso do garrote, com ausência de dor, e em ambiente de consultório, deve ser considerada devido aos altos custos atualmente presentes para realização deste procedimento em bloco cirúrgico convencional. OBJETIVO: avaliar o tempo de internamento em dois grupos; avaliar o custo financeiro do tratamento cirúrgico nos dois grupos; avaliar o tempo de cirurgia nos dois grupos. METODOLOGIA: ensaio clínico randomizado e prospectivo. Foram estudados dois grupos com a realização de cirurgia aberta para (STC). No primeiro grupo, 25 pacientes foram operados com a técnica aberta para cirurgia de (STC) em ambiente de consultório, sem a presença de médico anestesista sendo utilizanda a técnica anestésica WALANT que permite que a cirurgia ocorre sem um sangramento que comprometa a realização do procedimento cirúrgico. No segundo grupo (grupo controle) 23 pacientes foram operados para a mesma cirurgia e com a mesma técnica cirúrgica com a presença do médico anestesista para o bloqueio anestésico em ambiente de centro cirúrgico convencional com exsanguinação. RESULTADOS: foi observado que há uma significativa diminuição no tempo de internamento hospitalar nas cirurgias realizadas em ambiente de consultório em relação ao grupo controle do centro cirúrgico convencional (valor de p < 0.001) e que os custos da cirurgia realizada em ambiente de consultório também foram significativamente menores em relação ao centro cirúrgico convencional (valor de p < 0.001). Foi observado que a cirurgia em ambiente de centro cirúrgico convencional é mais rápida do que a realizada em ambiente de ambulatório. CONCLUSÃO: A Cirurgia para (STC) em ambiente de consultório repercute em um menor tempo de internamento hospitalar e uma circunstancial redução nos custos médico-hospitalares para esta cirurgia.

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  • NADJA ROLIM GONCALVES DE ALENCAR
  • ANÁLISE EXPLORATÓRIA DE BIOMARCADORES PROGNÓSTICOS PELA RADIÔMICA EM EXAMES DE 18F-FDG PET/CT NO CÂNCER DO COLO UTERINO

  • Orientador : SIMONE CRISTINA SOARES BRANDAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLA RAMERI ALEXANDRE SILVA DE AZEVEDO
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • SIMONE CRISTINA SOARES BRANDAO
  • Data: 25/11/2022

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  • RESUMO

     

     

    Os exames de imagem apresentam papel relevante no estadiamento do câncer de colo de útero, frequentemente diagnosticado em fase tardia. A tomografia por emissão de pósitrons associada a tomografia computadorizada marcada com fluordeoxiglicose (18F-FDG PET/CT), ferramenta de metabolismo glicolítico, é o método de maior acurácia na detecção de disseminação linfonodal e à distância. Radiômica é um promissor biomarcador de análise quantitativa de dados extraídos de imagens médicas por sistema computacional, capaz de formular modelos prognósticos, com maior precisão na terapêutica e impacto na morbimortalidade. Esta pesquisa tem por objetivo determinar se a análise Radiômica da 18F-FDG PET/CT tem valor na predição de sobrevida livre de progressão e sobrevida global no carcinoma de colo de útero localmente avançado. Foi realizado estudo longitudinal, retrospectivo, entre 2013 e 2015, avaliando 79 pacientes com tumor epidermóide de colo de útero, estadiamento clínico lb2 a IVa (FIGO), das quais 31 foram excluídas (metástase à distância, acompanhamento em outro serviço ou exame basal não passível de avaliação). O acompanhamento médio foi de 24,24 meses, sendo superior a 24 meses em 40 % das pacientes. Foi realizado segmentação das imagens de 18F-FDG PET/CT adquiridas antes do tratamento, gerando dados numéricos, com posterior redimensionamento e discretização, gerando atributos radiômicos, os quais posteriormente foram submetidos a análise de correlação entre si, e associação com a taxa de resposta, utilizando critérios PERSIST. A análise dos dados Radiômica 18F-FDG PET/CT com curva ROC demonstrou dois preditores prognósticos, SUVmax e GLRLM_LRLGE, associados com o desfecho morte, com significância estatística (p<0,05). Os demais preditores estão muito correlacionados entre si, foram excluídos. Foi realizada análise de Kaplan-Meier para cada grupo e o modelo de regressão de Cox para examinar os efeitos destas variáveis na sobrevida. O SUVmax e o fator textural GLRLM_LRLGE são preditores prognósticos em paciente com câncer de colo uterino, submetidas a quimiorradioterapia.


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  • RESUMO

     

     

    Os exames de imagem apresentam papel relevante no estadiamento do câncer de colo de útero, frequentemente diagnosticado em fase tardia. A tomografia por emissão de pósitrons associada a tomografia computadorizada marcada com fluordeoxiglicose (18F-FDG PET/CT), ferramenta de metabolismo glicolítico, é o método de maior acurácia na detecção de disseminação linfonodal e à distância. Radiômica é um promissor biomarcador de análise quantitativa de dados extraídos de imagens médicas por sistema computacional, capaz de formular modelos prognósticos, com maior precisão na terapêutica e impacto na morbimortalidade. Esta pesquisa tem por objetivo determinar se a análise Radiômica da 18F-FDG PET/CT tem valor na predição de sobrevida livre de progressão e sobrevida global no carcinoma de colo de útero localmente avançado. Foi realizado estudo longitudinal, retrospectivo, entre 2013 e 2015, avaliando 79 pacientes com tumor epidermóide de colo de útero, estadiamento clínico lb2 a IVa (FIGO), das quais 31 foram excluídas (metástase à distância, acompanhamento em outro serviço ou exame basal não passível de avaliação). O acompanhamento médio foi de 24,24 meses, sendo superior a 24 meses em 40 % das pacientes. Foi realizado segmentação das imagens de 18F-FDG PET/CT adquiridas antes do tratamento, gerando dados numéricos, com posterior redimensionamento e discretização, gerando atributos radiômicos, os quais posteriormente foram submetidos a análise de correlação entre si, e associação com a taxa de resposta, utilizando critérios PERSIST. A análise dos dados Radiômica 18F-FDG PET/CT com curva ROC demonstrou dois preditores prognósticos, SUVmax e GLRLM_LRLGE, associados com o desfecho morte, com significância estatística (p<0,05). Os demais preditores estão muito correlacionados entre si, foram excluídos. Foi realizada análise de Kaplan-Meier para cada grupo e o modelo de regressão de Cox para examinar os efeitos destas variáveis na sobrevida. O SUVmax e o fator textural GLRLM_LRLGE são preditores prognósticos em paciente com câncer de colo uterino, submetidas a quimiorradioterapia.

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  • IANNE KALINE BEZERRA OLIVEIRA
  • Presença de incontinência urinaria oculta e diabetes além de obesidade, gravidade do prolapso e tipo de reparo cirúrgico como fatores de risco para incontinência urinária de esforço de novo em mulheres submetidas a tratamento cirúrgico de prolapso de órgãos pélvicos: Revisão sistemática e meta-análise

  • Orientador : GERALDO DE AGUIAR CAVALCANTI
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GERALDO DE AGUIAR CAVALCANTI
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • ANDREA LEMOS BEZERRA DE OLIVEIRA
  • Data: 16/12/2022

  • Mostrar Resumo
  • A Sociedade Internacional de Continência e a Associação Internacional de Uroginecologia ainda não padronizaram a definição para Incontinência Urinária de Esforço de novo (IUE de novo), entretanto estudos realizados nos últimos anos a definem por desenvolvimento de IUE após cirurgia para correção do prolapso de órgãos pélvicos (POP), em mulheres previamente continentes. Os mecanismos pelos quais a IUE de novo pode surgir, contudo, ainda não estão esclarecidos. O conhecimento dos fatores que predizem esse desfecho após a correção cirúrgica do POP seria essencial para avaliar se um procedimento anti-incontinência concomitante deveria ser realizado. O objetivo desta revisão sistemática e metanálise foi identificar fatores de risco (Índice de Massa Corporal elevado, estágio de prolapso de órgão pélvico antes da cirurgia, presença de Incontinência urinária oculta (IUO), tipo de cirurgia e diabetes mellitus) para IUE de novo. Com registro no PROSPERO sob número CRD42021293764, foi realizada a revisão sistemática seguindo as recomendações do MOOSE, nas bases de dados Pubmed, EMBASE, Scopus, CINAHL, LILACS até 22 de julho 2022, com a análise de dados realizada com Review Manager, Version 5.4.1, The Cochrane Collaboration, 2020. Foram identificados 2242 artigos, incluídos 09 estudos de coorte na revisão sistemática e 07 na metanálise. A análise do risco de viés foi realizada pela escala Newcastle-Ottawa e a qualidade da evidência dos fatores de exposição investigados, avaliada pelo GRADE para cada desfecho. Com a realização da metanálise foi evidenciada a associação entre IUO (n: 422; OR: 2.01; IC 95%: 1.26 – 3.22; p=0.004), diabetes (n: 1213; OR: 2.35; IC 95%: 1.30-4.26; p=0.005) e POP em estágio avançado (n: 1003; OR: 1.94; IC95%: 1.14-3.30; p=0.01) com a IUE de novo. Não foi possível realizar metanálise para o tipo de cirurgia realizado, entretanto na revisão sistemática foi encontrado dados importantes. Leclaire et al. comparam sacrocolpopexia abdominal com sacrocolpopexia minimamente invasiva e evidenciou que as mulheres que realizaram ASCP tinham mais chances de desenvolver IUE novo (n: 77; OR: 4.73; IC95%: 1,56-14.34; p= 0.005). Kusuda et al. compararam as mulheres que realizaram tela transvaginal (TVM) com as que realizaram sacrocolpexia assistida por robô (RSC) e identificaram maior chance de desenvolver IUE de novo entre as que realizaram TVM (n: 76; OR: 6.74; IC95% 1.35-33.75; p=0.02). Não foi possível realizar análise estatística do fator de exposição IMC elevado ou obesidade devido diferenças em relação ao método de avaliação entre os artigos incluídos. Esta metanálise mostrou que incontinência oculta (OR: 2,01), diabetes (OR: 2,35) e prolapso grave (OR: 1,94) foram associados à IUE de novo e podem ser grupos elegíveis para procedimentos anti-incontinência concomitantes ao reparo do POP. Estudos subsequentes por meio de ensaios randomizados devem ser realizados para confirmação.

     

    Palavras-chave: Incontinência urinaria de esforço; Prolapso de órgãos pélvicos; Fatores de risco; epidemiologia; Incontinência Urinária de novo.


  • Mostrar Abstract
  • O prolapso de órgãos pélvicos (POP) é definido como a descida da parede vaginal anterior, posterior ou do ápice da vagina1. Segundo a Cochrane, o POP é uma condição comum, sendo observado no exame físico em cerca de 40 a 60% das mulheres que já tiveram pelo menos um parto2.

    Conforme orientação da Sociedade Internacional de Continência e a Associação Internacional de Uroginecologia classifica-se o prolapso através Pelvic Organ Prolapse Quantification (POP-Q) em estadios de 0 a 4, sendo o resquício himenal o ponto de referência 1.

    O POP é frequentemente associado à incontinência urinária de esforço (IUE). Aproximadamente 55% das mulheres com POP Estadio 2 (prolapso ± 1 cm do resquício himenal) apresentam IUE concomitante e apenas 33% das mulheres com POP estadio 4 (prolapso total) têm IUE, provavelmente devido à angulação da junção vésico-uretral quando o prolapso é avançado 2. Quando o prolapso é reduzido durante o exame clínico, a IUE pode ser demonstrada em até 68% das mulheres 2. Se a IUE for evidenciada apenas quando o prolapso for reduzido, esse tipo de IUE é definido como "IUE oculta" 2. A pesquisa de IUE oculta pode ser realizada com a paciente em litotomia com bexiga cheia - 100 e/ou 300ml de volume - e realizado manobra de Valsalva com redução do prolapso (manual ou com pessário). Considera-se o teste positivo se houver a visualização da perda urinária nesse momento da Valsalva3. A IUE oculta pode também ser diagnosticada através do estudo urodinâmico. Realiza-se, após o enchimento médio da cistometria (200ml) e redução do POP, a manobra de Valsalva e repetido a manobra com 300ml de enchimento, se houver perda urinaria considera-se IUE oculta urodinâmica4.

    Manoro et al avaliou 150 pacientes submetidas a cirurgia de POP, sem IUE prévia, a fim de avaliar IUE oculta como fator preditor de IUE pós-operatória, entretanto o resultado foi que IUE oculta não representa preditor significativo de desenvolver IUE pós-operatória4. Segundo outros autores há uma associação positiva entre IUE oculta e IUE observada após a cirurgia para correção de POP, entretanto com valores preditivos positivos fracos3. No entanto, os valores preditivos negativos foram 92,5% ((intervalo de confiança (IC) de 95% 90,3 a 100,0)) e 91,1% (IC de 95% 88,5 a 99,7). Isso sugere que as mulheres que não apresentam IUE oculta têm baixo risco de desenvolver IUE no pós-operatório5.

    Um estudo retrospectivo publicado em 2017 obteve taxas de IUE pós-operatória de 6%, em mulheres operadas para correção do POP, após 2 meses de acompanhamento6. Entretanto outros autores demonstram taxas maiores, com cerca de 28% de IUE pós-operatória7. Na revisão da Cochrane de 2018, foi relatado que as paciente com IUE oculta submetidas a cirurgia para correção do POP, 34% apresentavam IUE pós-operatória2. Essas discordâncias entre IUE pós-operatória e IUE oculta demonstram que ainda não há um método objetivo eficiente para identificarmos quais pacientes se beneficiariam de um procedimento anti-incontinência associado ao reparo cirúrgico do prolapso, o que motivou nosso estudo.

    Cruz et al evidenciou através de análise multivariada que Índice de Massa Corporal (IMC) mais elevado, diabetes mellitus e estágio de prolapso da parede vaginal anterior 3, como risco fatores para IUE pós-operatória (p <0,05) 8. Um estudo realizado na Califórnia – EUA, que avaliou 41.689 mulheres submetidas a reparo de prolapso anterior e / ou apical sem procedimento anti-incontinência concomitante ou prévia, 3,6% apresentaram incontinência urinaria pós-operatória 9. Ao avaliar os fatores de risco para IU pós-operatória, observaram que mulheres com diabetes e obesidade tinham mais chances (p<0,01), além da associação positiva com aumento de idade, tipo reparo combinado - apical e anterior, uso de tela para reparo do POP (p<0,05). Em analise multivariada verificaram quem mulheres negras e asiática tinham menor risco de IU pós-operatória (p<0,01)9.

    Diante disso supõe-se que ao aparecimento do IUE pós-operatório pode estar associada a uma combinação de fatores predisponentes, mas até o momento não houve uma quantificação da importância dos fatores de riscos relatados na literatura em formato de revisão sistemática e meta-analise recente.

    Ao identificar e quantificar fatores que estão associados ao aparecimento da IUE pós-operatória, poder-se-ia evitar a sistematização de procedimentos anti-incontinência considerados profiláticos em cirurgias reconstrutivas de assoalho pélvico ou aparecimento de perda urinária “de novo” após o reparo do prolapso.

    Portanto, objetivo deste estudo é identificar fatores de risco para IUE pós-operatório em mulheres submetidas à cirurgia vaginal, para correção de prolapso da parede vaginal anterior, sem incontinência urinária prévia.

Teses
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  • BRUNA NOLASCO SIQUEIRA SILVA
  • Densidade mineral óssea, composição corpórea e consumo alimentar de pacientes gastroplastizados: Uma análise a longo prazo

  • Orientador : ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
  • ANDRE DOS SANTOS COSTA
  • FLAVIO KREIMER
  • LUCIO VILAR RABELO FILHO
  • MARGARIDA MARIA DE CASTRO ANTUNES
  • Data: 19/01/2022

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  • INTRODUÇÃO: A gastroplastia é o procedimento mais eficaz e duradouro na perda do excesso de peso na obesidade grave. O comprometimento ósseo pode surgir, relacionado com as técnicas cirúrgicas e com o consumo alimentar. OBJETIVO: Avaliar a relação entre as técnicas cirúrgicas de Bypass Gástrico em Y de Roux e Gastrectomia Vertical, com densidade mineral óssea, composição corporal e consumo alimentar, após dois ou mais anos de realização. MÉTODOS: Estudo epidemiológico observacional, realizado no Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco. Realizou-se aferição das medidas antropométricas, questionário sóciodemográfico, clínico e consumo alimentar. O consumo foi realizado por recordatório de 24 horas. Peso e estatura foram mensurados para cálculo do índice de massa corporal. Composição corporal foi mensurada pela Absortometria Radiológica de Dupla Energia - DEXA. Dados analisados pelo SPSS 19.0, com frequências descritas em percentual e analisadas pelo qui-quadrado / Teste Exato de Fisher; variáveis quantitativas em média e desvio padrão ou em medianas, com percentis 25 e 75 e comparadas por Mann Whitney ou pelo teste t-Student; p ≤ 0,05. RESULTADOS: 66 pacientes submetidos a gastroplastia, idade média de 40,16 anos (DP = 10,21), 86,4% do sexo feminino e 60,3% submetidos ao bypass. Não houve diferença estatística ao comparar antropometria, composição corporal e consumo alimentar entre as técnicas. Observou-se correlação positiva entre escore-z do fêmur e suplementação e entre consumo de cálcio e vitamina D, após bypass. 12,7% da amostra apresentaram comprometimento ósseo. Observou-se que a cada ano da cirurgia, ocorreu redução de 0,02 no escore-z do fêmur. CONCLUSÃO: O consumo alimentar de cálcio e vitamina D interfere na densidade mineral óssea, após bypass. A cada ano de cirurgia, observa-se queda de 0,02 no escore-z do fêmur, sendo necessário acompanhamento a longo prazo e intervenção dietética, para minimizar os agravos ósseos decorrentes da cirurgia.

    PALAVRAS-CHAVE: gastroplastia, consumo alimentar, composição corporal, densidade mineral óssea, antropometria, derivação gástrica.

     

     

     

     


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  • A obesidade é hoje considerada um grave problema de saúde pública. No mundo todo, 2,5 milhões de mortes anualmente são atribuídas a doença. Apresenta implicações clínicas significativas com efeitos negativos à saúde, além de comprometimento econômico e psicossocial (1). O tratamento da obesidade inclui mudanças no estilo de vida (restrições dietéticas e exercício físico), uso de medicações e em vários casos, cirurgia. A cirurgia bariátrica surge como o procedimento mais eficaz e duradouro na perda do excesso de peso, além de contribuir consideravelmente para a redução de comorbidades associadas ao agravo, como melhora do diabetes mellitus tipo II e doença hepática gordurosa não alcoólica (2). Os candidatos à cirurgia bariátrica devem apresentar indicações para sua realização, dentre elas o índice de massa corporal (IMC), calculado pelo peso divido pela altura ao quadrado, como a mais utilizada. Caso o paciente apresente IMC ≥ 40 kg/m² ou ≥ 35 kg/m², associado a uma ou mais comorbidades, como diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, apneia obstrutiva do sono, entre outras, indica-se a cirurgia, caso o mesmo já tenha realizado outras intervenções para perda de peso, porém sem grandes resultados significativos a longo prazo (2). Com a evolução dos procedimentos bariátricos, há o surgimento de novas técnicas, as quais são empregadas de acordo com as características do paciente e indicação do cirurgião. Atualmente o Bypass Gástrico em Y de Roux (BGYR) e o Sleeve Gástrico (SG) são consideradas as mais utilizadas no tratamento da obesidade e melhora das complicações metabólicas. Os aspectos inerentes às cirurgias, como restrição gástrica, disabsorção e baixo consumo alimentar, garantem perda de massa gorda nos adipócitos e resultam em alterações metabólicas sistêmicas, como controle da homeostase da glicose. Contudo, observa-se que o mecanismo de ação das bariátricas são complexos e envolvem múltiplos sinais neuroendócrinos, como atuação de hormônios intestinais, reguladores de sinais fome/saciedade, atuação da microbiota intestinal, preferências alimentares e gasto energético (3). Apesar de todos os benefícios da cirurgia bariátrica, deficiências nutricionais podem surgir, relacionando-se à técnica cirúrgica e à falta de adesão às mudanças do estilo de vida. Dentre as deficiências, a bariátrica parece interferir na composição óssea, e essa realidade pode ser explicada pela disabsorção de nutrientes específicos, como o cálcio e a vitamina D, que compõem e/ou colaboram para a integralidade do osso (4). A literatura relata que as técnicas como o BGYR parecem implicar mais significativamente na densidade mineral óssea (DMO) do que as cirurgias caracterizadas restritivas, como o SG (5). Isso pode ocorrer pois no BGYR ocorre diminuição da exposição do alimento à bile e aos ácidos pancreáticos, acarretando prejuízos na digestão e absorção dos nutrientes em maior proporção. Essa técnica tem mostrado menor absorção de gorduras e proteínas, além de micronutrientes como vitamina B12 e D, cálcio e ferro (6). Por outro lado, pacientes submetidos a SG também podem apresentar deficiências de nutrientes, como demonstrado em uma pesquisa, com baixos níveis de vitamina D, antes e após da cirurgia (63,2% no pré-operatório para 24,3% com cinco anos, p < 0,0001) (7). Uma metanálise recente com objetivo principal de identificar complicações ósseas ao comparar diferentes técnicas cirúrgicas, BGYR e SG, em até dois anos de pósoperatório, constatou que a cirurgia bariátrica tipo BGYR apresentou maiores deficiências nutricionais, como as de vitamina D (p=0,001) e menores níveis sanguíneos de cálcio (p=0,0006). Os autores explicam esses resultados devido ao maior percentual de excesso de peso perdido após o BGYR, que propiciou maiores prejuízos ósseos. Além disso parece que os hormônios, como: leptina, adiponectina, insulina, glucagon like peptide 1 e grelina, também exercem importante atuação. Outra explicação refere-se a modificações na absorção de micronutrientes do trato gastrointestinal após BGYR. Com isso os autores concluíram que a cirurgia bariátrica pode levar a desordem do metabolismo ósseo, elevação do turnover ósseo e diminuição da DMO, acarretando em risco para ocorrência de fraturas e doenças ósseas (5). Uma outra pesquisa que comparou o metabolismo ósseo de adolescentes e adultos obesos, no pré-operatório, com seis e doze meses de realização de BGYR, verificou que os índices de vitamina D e magnésio estiveram abaixo do recomendado com seis e doze meses no pós-cirúrgico; o nível de cálcio reduziu entre os seis e os dozes meses posteriores à bariátrica. Ocorreu um aumento de osteopenia nos dois grupos (adolescentes e adultos), principalmente quando avaliou a área da cabeça do fêmur, pela densitometria óssea. Já, nos adultos, pode-se observar uma correlação positiva entre vitamina D adequada e DMO, nas regiões lombar e cabeça do fêmur (8). 40,4% dos pacientes classificados com osteopenia e osteoporose apresentaram deficiência de vitamina D e aqueles adolescentes com inadequação de cálcio antes da cirurgia encontraram-se com osteopenia e osteoporose após doze meses da realização do BGYR. Os autores concluem que o BGYR pode contribuir para a ocorrência de deficiências nutricionais tanto em adolescentes quanto em indivíduos adultos. Sugerem que ações na adequação de nutrientes deve ser implantada ainda no pré-operatório da cirurgia bariátrica e que a aderência ao uso de polivitamínicos deve ser encorajada, com maiores investigações e construção de diferentes protocolos de suplementação nutricional, para minimizar as deficiências nutricionais (8). Pelos fatos apresentados, tem-se a necessidade de conhecer mais afundo as reais repercussões da cirurgia, não só em relação aos parâmetros ponderais, já que atualmente este tipo de avaliação sozinha pouco representa, mas principalmente em relação aos parâmetros da composição corpórea, dentre eles destacando a DMO. Ainda são poucos os estudos que avaliaram a DMO de pacientes bariátricos a longo prazo, após dois ou mais anos da realização da cirurgia, não estando claro os prejuízos ósseos nesta população tardiamente. Por esta razão, justifica-se a realização desta pesquisa que tem como finalidade avaliar a relação entre as técnicas cirúrgicas, Bypass e Sleeve Gástrico, com a DMO, a composição corporal e o consumo alimentar, de pacientes cirurgiados após dois ou mais anos da realização da bariátrica.

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  • PORFÍRIO FERNANDES DE MEDEIROS JÚNIOR
  • Fatores clínicos e ambientais associados aO CÂNCER DE PÊNIS-ESTUDO CASO CONTROLE

  • Orientador : SALVADOR VILAR CORREIA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • GERALDO DE AGUIAR CAVALCANTI
  • SALVADOR VILAR CORREIA LIMA
  • FABIO DE OLIVEIRA VILAR
  • ARLINDO MONTEIRO DE CARVALHO JÚNIOR
  • Data: 28/01/2022

  • Mostrar Resumo
  • O Brasil tem uma das maiores taxas de incidência de câncer de pênis do mundo chegando a 2,1% dos tumores masculinos e até 5,7% em algumas regiões do nordeste, enquanto nos Estados Unidos esta taxa é de menos de 1% dos casos de câncer em homens. Fatores como fimose, má higiene, tabagismo, Papilomavírus humano-HPV e promiscuidade sexual são fatores de risco para a doença amplamente discutidos na literatura. A associação de fatores como trauma, etilismo, ocupação e uso de agrotóxicos com o câncer de pênis foi muito pouco avaliada na literatura médica havendo esta lacuna para melhor elucidação. O presente estudo tem o objetivo de avaliar as características de pacientes com câncer de pênis e possíveis fatores de risco para a doença, verificando se há ou não associação entre algumas variáveis e a neoplasia. Estudo prospectivo, tipo caso controle, realizado em hospital de referência oncológica. Um mesmo questionário, sobre hábitos e fatores de risco, foi aplicado aos pacientes atendidos com câncer de pênis e à um grupo controle de participantes. As variáveis e os parâmetros foram categorizados e analisados com o software SPSS (IBM Company; version 22) e testadas as possíveis interações entre as variáveis por meio de análises bivariadas e multivariadas. Participaram do estudo 154 pessoas, das quais 68 portadoras de câncer de pênis e 86 homens do grupo controle. Na análise bivariada foram associados como fatores de risco para câncer de pênis: grau de instrução (até o fundamental OR 24,39), fimose (OR 16,96), tabagismo (OR14,8), trauma (OR 13,4) profissão de agricultor (OR 11,27) multiplicidade de parceiras (OR10,63), condiloma (OR10,8), uso de pesticidas (OR 7,36) zoofilia (OR 6,7) e etilismo (OR 2,96). Não foram estatisticamente significativas a associação entre etnia, uso de drogas, história prévia de tumor, gonorréia, sífilis, hiv, herpes e uso de preservativo com câncer de pênis. Na análise de regressão logística após o ajuste de vários modelos chegou-se às seguintes variáveis como sendo estatisticamente significativas para explicar a ocorrência do câncer de pênis: fimose, grau de instrução, tabagismo e profissão agricultor com razões de chances iguais a 74,680; 27,78 (1/0,036); 14,975 e 14,052; respectivamente. Na presença da variável profissão a variável agrotóxico não se demonstrou como sendo um fator de risco para a ocorrência do câncer. No entanto, ao ajustar um modelo com as variáveis fimose, grau de instrução, tabagismo e agrotóxico sem a presença de profissão, chega-se à conclusão de que agrotóxico é um fator de risco (Sig. = ,001 < ,05), com razão de chances igual a 9,272. Fimose e tabagismo são fatores de risco importantes para a doença. O nível de instrução dos pacientes tem influência nos seus hábitos de higiene e hábitos sexuais, além de que a falta de informação e desconhecimento dos fatores de risco também aumentam a chance destes homens serem vítimas do câncer de pênis. A ocupação também se mostrou um fator de risco importante sendo mais prevalente entre os agricultores, podendo ter associação com o uso de agrotóxicos. Novos estudos são necessários para confirmar esses achados.

     

    Palavras chave: Câncer de pênis. Agrotóxico. Ocupação. Epidemiologia


  • Mostrar Abstract
  • O Brasil tem uma das maiores taxas de incidência de câncer de pênis do mundo chegando a 2,1% dos tumores masculinos e até 5,7% em algumas regiões do nordeste, enquanto nos Estados Unidos esta taxa é de menos de 1% dos casos de câncer em homens. Fatores como fimose, má higiene, tabagismo, Papilomavírus humano-HPV e promiscuidade sexual são fatores de risco para a doença amplamente discutidos na literatura. A associação de fatores como trauma, etilismo, ocupação e uso de agrotóxicos com o câncer de pênis foi muito pouco avaliada na literatura médica havendo esta lacuna para melhor elucidação. O presente estudo tem o objetivo de avaliar as características de pacientes com câncer de pênis e possíveis fatores de risco para a doença, verificando se há ou não associação entre algumas variáveis e a neoplasia. Estudo prospectivo, tipo caso controle, realizado em hospital de referência oncológica. Um mesmo questionário, sobre hábitos e fatores de risco, foi aplicado aos pacientes atendidos com câncer de pênis e à um grupo controle de participantes. As variáveis e os parâmetros foram categorizados e analisados com o software SPSS (IBM Company; version 22) e testadas as possíveis interações entre as variáveis por meio de análises bivariadas e multivariadas. Participaram do estudo 154 pessoas, das quais 68 portadoras de câncer de pênis e 86 homens do grupo controle. Na análise bivariada foram associados como fatores de risco para câncer de pênis: grau de instrução (até o fundamental OR 24,39), fimose (OR 16,96), tabagismo (OR14,8), trauma (OR 13,4) profissão de agricultor (OR 11,27) multiplicidade de parceiras (OR10,63), condiloma (OR10,8), uso de pesticidas (OR 7,36) zoofilia (OR 6,7) e etilismo (OR 2,96). Não foram estatisticamente significativas a associação entre etnia, uso de drogas, história prévia de tumor, gonorréia, sífilis, hiv, herpes e uso de preservativo com câncer de pênis. Na análise de regressão logística após o ajuste de vários modelos chegou-se às seguintes variáveis como sendo estatisticamente significativas para explicar a ocorrência do câncer de pênis: fimose, grau de instrução, tabagismo e profissão agricultor com razões de chances iguais a 74,680; 27,78 (1/0,036); 14,975 e 14,052; respectivamente. Na presença da variável profissão a variável agrotóxico não se demonstrou como sendo um fator de risco para a ocorrência do câncer. No entanto, ao ajustar um modelo com as variáveis fimose, grau de instrução, tabagismo e agrotóxico sem a presença de profissão, chega-se à conclusão de que agrotóxico é um fator de risco (Sig. = ,001 < ,05), com razão de chances igual a 9,272. Fimose e tabagismo são fatores de risco importantes para a doença. O nível de instrução dos pacientes tem influência nos seus hábitos de higiene e hábitos sexuais, além de que a falta de informação e desconhecimento dos fatores de risco também aumentam a chance destes homens serem vítimas do câncer de pênis. A ocupação também se mostrou um fator de risco importante sendo mais prevalente entre os agricultores, podendo ter associação com o uso de agrotóxicos. Novos estudos são necessários para confirmar esses achados.

     

    Palavras chave: Câncer de pênis. Agrotóxico. Ocupação. Epidemiologia

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  • EUGENIO SOARES LUSTOSA
  • GEL DE CELULOSE BACTERIANA COMO AGENTE DE VOLUME PARA O TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO EM MULHERES: um estudo piloto

  • Orientador : SALVADOR VILAR CORREIA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • SALVADOR VILAR CORREIA LIMA
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • GERALDO DE AGUIAR CAVALCANTI
  • FABIO DE OLIVEIRA VILAR
  • FERNANDA CAMILA FERREIRA DA SILVA CALISTO
  • Data: 28/01/2022

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  • Objetivo: Avaliar o desempenho do gel polissacarídeo bacteriano utilizado como agente de volume aplicado em pacientes do sexo feminino com diagnóstico de incontinência urinária de esforço. Métodos: No período de março de 2017 a março de 2019, pacientes que deram entrada no ambulatório de urologia com incontinência urinária de esforço (IUE) sem tratamento prévio. Pacientes do sexo feminino foram selecionados e submetidos a procedimento de agente de volume. A avaliação foi realizada no momento da inscrição e 6 meses após o tratamento. O desfecho primário foi a qualidade de vida (QV) usando o questionário ICIQ-SF. O volume de perda urinária pelo PAD-TEST de 1 HORA foi o segundo resultado. Resultados: Quinze mulheres (com idade média de 53 anos) foram submetidas à aplicação de gel de celulose bacteriana e posteriormente avaliadas. Apenas duas pacientes apresentavam incontinência inalterada. O estudo considerou como desfecho primário a melhora ou desaparecimento dos sintomas após seis meses de intervenção. O questionário de Qualidade de Vida (QV) pós-intervenção indicou que todos esses pacientes relataram melhor qualidade de vida (62,5%). Por meio do PAD-test foi possível observar uma diminuição da perda urinária de 85% comparando os resultados pré e pós-intervenção (BCA - Bacterial Cellulose Application) com p-valor igual a 0,000009. Conclusões: O uso de agentes espessantes naturais como o gel polissacarídeo bacteriano tem se mostrado uma alternativa promissora para o tratamento da incontinência urinária de esforço em pacientes do sexo feminino.

     

    Palavras-chave: Gel de polissacarídeo. Injetável. Mulheres com incontinência urinária de esforço. Biopolímero.


  • Mostrar Abstract
  • Objetivo: Avaliar o desempenho do gel polissacarídeo bacteriano utilizado como agente de volume aplicado em pacientes do sexo feminino com diagnóstico de incontinência urinária de esforço. Métodos: No período de março de 2017 a março de 2019, pacientes que deram entrada no ambulatório de urologia com incontinência urinária de esforço (IUE) sem tratamento prévio. Pacientes do sexo feminino foram selecionados e submetidos a procedimento de agente de volume. A avaliação foi realizada no momento da inscrição e 6 meses após o tratamento. O desfecho primário foi a qualidade de vida (QV) usando o questionário ICIQ-SF. O volume de perda urinária pelo PAD-TEST de 1 HORA foi o segundo resultado. Resultados: Quinze mulheres (com idade média de 53 anos) foram submetidas à aplicação de gel de celulose bacteriana e posteriormente avaliadas. Apenas duas pacientes apresentavam incontinência inalterada. O estudo considerou como desfecho primário a melhora ou desaparecimento dos sintomas após seis meses de intervenção. O questionário de Qualidade de Vida (QV) pós-intervenção indicou que todos esses pacientes relataram melhor qualidade de vida (62,5%). Por meio do PAD-test foi possível observar uma diminuição da perda urinária de 85% comparando os resultados pré e pós-intervenção (BCA - Bacterial Cellulose Application) com p-valor igual a 0,000009. Conclusões: O uso de agentes espessantes naturais como o gel polissacarídeo bacteriano tem se mostrado uma alternativa promissora para o tratamento da incontinência urinária de esforço em pacientes do sexo feminino.

     

    Palavras-chave: Gel de polissacarídeo. Injetável. Mulheres com incontinência urinária de esforço. Biopolímero.

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  • MILTON IGNACIO CARVALHO TUBE
  • DETERMINAÇÃO DOS BENEFÍCIOS DO USO DE MODELOS DE BAIXA FIDELIDADE E INSTRUMENTOS MANUFATURADOS DE BAIXO CUSTO, APLICADOS À SIMULAÇÃO CLÍNICA PARA DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES E DESTREZAS CIRÚRGICAS NA GRADUAÇÃO MÉDICA.

  • Orientador : JOSEMBERG MARINS CAMPOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
  • FLAVIO KREIMER
  • RODRIGO PESSOA CAVALCANTI LIRA
  • GERSON ALVES PEREIRA JÚNIOR
  • LUIZ GONZAGA DE MOURA JUNIOR
  • Data: 18/07/2022

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  • Objetivo: Determinar os benefícios do uso de modelos de baixa fidelidade e instrumentos manufaturados de baixo custo, na simulação para desenvolvimento de habilidades e destrezas cirúrgicas na graduação médica. Métodos: Estudo prospectivo, descritivo, analítico, comparativo, experimental e aleatório, com abordagem qualitativa no desenvolvimento de habilidades e destrezas cirúrgicas em acadêmicos primeiro a decimo segundo períodos do curso de medicina. Ações de extensão nas modalidades cursos de Nós e suturas (Modulo I) e Cursos de Paramentação e Instrumentação Cirúrgica (Módulo II) foram produzidas para captação e seleção da amostra. Foram produzidos materiais manufaturados e montado um simulador de baixa fidelidade e baixo custo para laparotomia exploratória utilizados no treinamento, teste e avaliação de habilidades cirúrgicas desenvolvidas por alunos de medicina após instrução em estações de destrezas laboratório de habilidades. Pré e pós-teste teórico (Prova objetiva) e prático (OSATS Scale) foram aplicados em ambos os módulos. Resultados: Sessenta e três cursos de extensão realizados, n=1613 estudantes de primeiro a decimo segundo períodos de medicina captados. Pré-testes confirmaram a não exposição da amostra para a metodologia proposta no projeto. Médias obtidas nos pós-testes foram estatisticamente significativas confirmando o desenvolvimento cognitivo e motor de habilidades em ambos os módulos. A simulação de laparotomia exploratória facilitou a observação das habilidades desenvolvidas pelos estudantes. Materiais e modelos produzidos tiveram custos baixos. Conclusões: Os resultados mostram evidencias concluintes que a implementação de modelos de baixa fidelidade e instrumentos manufaturados de baixo custo, aplicados a simulação clínica, traze benefícios no desenvolvimento de habilidades e destrezas cirúrgicas em estudantes de medicina.

     

    Palavras-chave: Modelos Cirúrgicos, Educação de Graduação em Medicina, Laparotomia, Exercício de Simulação, Destreza Motora, Competência Clínica.


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  • Objetivo: Determinar os benefícios do uso de modelos de baixa fidelidade e instrumentos manufaturados de baixo custo, na simulação para desenvolvimento de habilidades e destrezas cirúrgicas na graduação médica. Métodos: Estudo prospectivo, descritivo, analítico, comparativo, experimental e aleatório, com abordagem qualitativa no desenvolvimento de habilidades e destrezas cirúrgicas em acadêmicos primeiro a decimo segundo períodos do curso de medicina. Ações de extensão nas modalidades cursos de Nós e suturas (Modulo I) e Cursos de Paramentação e Instrumentação Cirúrgica (Módulo II) foram produzidas para captação e seleção da amostra. Foram produzidos materiais manufaturados e montado um simulador de baixa fidelidade e baixo custo para laparotomia exploratória utilizados no treinamento, teste e avaliação de habilidades cirúrgicas desenvolvidas por alunos de medicina após instrução em estações de destrezas laboratório de habilidades. Pré e pós-teste teórico (Prova objetiva) e prático (OSATS Scale) foram aplicados em ambos os módulos. Resultados: Sessenta e três cursos de extensão realizados, n=1613 estudantes de primeiro a decimo segundo períodos de medicina captados. Pré-testes confirmaram a não exposição da amostra para a metodologia proposta no projeto. Médias obtidas nos pós-testes foram estatisticamente significativas confirmando o desenvolvimento cognitivo e motor de habilidades em ambos os módulos. A simulação de laparotomia exploratória facilitou a observação das habilidades desenvolvidas pelos estudantes. Materiais e modelos produzidos tiveram custos baixos. Conclusões: Os resultados mostram evidencias concluintes que a implementação de modelos de baixa fidelidade e instrumentos manufaturados de baixo custo, aplicados a simulação clínica, traze benefícios no desenvolvimento de habilidades e destrezas cirúrgicas em estudantes de medicina.

     

    Palavras-chave: Modelos Cirúrgicos, Educação de Graduação em Medicina, Laparotomia, Exercício de Simulação, Destreza Motora, Competência Clínica.

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  • DANIELLE GONCALVES SEABRA PEIXOTO RAMOS
  • DESENVOLVIMENTO DA AUDIÇÃO E LINGUAGEM EM CRIANÇAS EXPOSTAS AO ZIKA VÍRUS NA VIDA INTRAUTERINA

  • Orientador : SILVIO DA SILVA CALDAS NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ERIDEISE GURGEL DA COSTA
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • MARIANA DE CARVALHO LEAL GOUVEIA
  • SILVIO DA SILVA CALDAS NETO
  • THIAGO FREIRE PINTO BEZERRA
  • Data: 22/08/2022

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  • A Síndrome congênita do zika vírus (SCZ) é consequência do dano imposto pela infecção fetal pelo vírus da zika (zikV) com subsequente prejuízo no desenvolvimento neuropsicomotor, além de deficiências sensoriais. No entanto, apesar da comprovada associação entre a microcefalia relacionada ao zikV e a perda auditiva congênita, a relação entre a SCZ e o desenvolvimento da linguagem, bem como a possibilidade do surgimento de perda auditiva de caráter progressivo ou instalação tardia, ainda necessitam de esclarecimentos. O presente estudo, portanto, tem como objetivo principal a caracterização do espectro de alterações de audição e linguagem presentes como manifestações da SCZ. Trata-se de estudo de coorte no qual foram acompanhados por quatro anos crianças com microcefalia pelo zikV ou com algum outro sintoma da SCZ, além de crianças expostas ao zikV na vida intrauterina, mas assintomáticas, nascidas no período da epidemia da microcefalia no estado de Pernambuco entre os anos de 2015 e 2017. Foi realizada triagem auditiva neonatal (TAN) através da pesquisa do potencial evocado auditivo de curta latência de tronco encefálico. As crianças que passaram na TAN, foram acompanhadas a cada seis periodicamente até os 48 meses de vida por meio da realização do PEATE C, audiometria comportamental com instrumentos musicais, exame neurológico e escala de desenvolvimento infantil de Bayley-III (EDIB-III). Um total de 483 crianças participaram desta coorte, sendo a maioria crianças sem microcefalia ao nascimento (72,9%), enquanto 10,5% apresentavam microcefalia leve e 16,6% microcefalia grave. A maioria das crianças apresentou alguma resposta ao som de instrumental de intensidade fraca, com latência de resposta, ocorrendo de forma lenta a moderada, entretanto com localização completa da origem da fonte sonora. O acompanhamento do desenvolvimento auditivo e de linguagem nos primeiros quatro anos de vida de crianças com SCZ demonstrou que o sintoma definidor de prognóstico para tais habilidades é a microcefalia. Ademais, não observamos o surgimento de PANS no período estudado.


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  • A Síndrome congênita do zika vírus (SCZ) é consequência do dano imposto pela infecção fetal pelo vírus da zika (zikV) com subsequente prejuízo no desenvolvimento neuropsicomotor, além de deficiências sensoriais. No entanto, apesar da comprovada associação entre a microcefalia relacionada ao zikV e a perda auditiva congênita, a relação entre a SCZ e o desenvolvimento da linguagem, bem como a possibilidade do surgimento de perda auditiva de caráter progressivo ou instalação tardia, ainda necessitam de esclarecimentos. O presente estudo, portanto, tem como objetivo principal a caracterização do espectro de alterações de audição e linguagem presentes como manifestações da SCZ. Trata-se de estudo de coorte no qual foram acompanhados por quatro anos crianças com microcefalia pelo zikV ou com algum outro sintoma da SCZ, além de crianças expostas ao zikV na vida intrauterina, mas assintomáticas, nascidas no período da epidemia da microcefalia no estado de Pernambuco entre os anos de 2015 e 2017. Foi realizada triagem auditiva neonatal (TAN) através da pesquisa do potencial evocado auditivo de curta latência de tronco encefálico. As crianças que passaram na TAN, foram acompanhadas a cada seis periodicamente até os 48 meses de vida por meio da realização do PEATE C, audiometria comportamental com instrumentos musicais, exame neurológico e escala de desenvolvimento infantil de Bayley-III (EDIB-III). Um total de 483 crianças participaram desta coorte, sendo a maioria crianças sem microcefalia ao nascimento (72,9%), enquanto 10,5% apresentavam microcefalia leve e 16,6% microcefalia grave. A maioria das crianças apresentou alguma resposta ao som de instrumental de intensidade fraca, com latência de resposta, ocorrendo de forma lenta a moderada, entretanto com localização completa da origem da fonte sonora. O acompanhamento do desenvolvimento auditivo e de linguagem nos primeiros quatro anos de vida de crianças com SCZ demonstrou que o sintoma definidor de prognóstico para tais habilidades é a microcefalia. Ademais, não observamos o surgimento de PANS no período estudado.

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  • CESAR FREIRE DE MELO VASCONCELOS
  • IMPACTO DA TÉCNICA MODIFICADA DE SIMPACTECTOMIA TORÁCICA BILATERAL R5-R8 UTILIZANDO O ÍNDICE DE QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM HIPERIDROSE COMPENSATÓRIA GRAVE

  • Orientador : ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
  • EUCLIDES DIAS MARTINS FILHO
  • FLAVIO KREIMER
  • MARIA INES REMIGIO DE AGUIAR
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • Data: 14/11/2022

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  • Objetivo: Investigar a qualidade de vida (QV) dos pacientes que desenvolveram hiperidrose compensatória grave, após simpatectomia para suor localizado, com nova abordagem utilizando a técnica modificada da simpatectomia torácica bilateral ao nível de R5-R8. Métodos: Dezoito pacientes com hiperidrose compensatória grave foram submetidos à técnica modificada de simpatectomia torácica bilateral ao nível de R5- R8, por videotoracoscopia, localizada na região palmar e axilar, no período de 2015 a 2020, provenientes de serviços de cirurgia torácica de hospitais de referência de Recife, Pernambuco. Os desfechos foram: qualidade de vida e as possíveis complicações cirúrgicas. Para avaliação da QV, foi utilizado um questionário, aplicado duas vezes, a primeira sobre a QV geral no pré-operatório (T=0) e a segunda comparando a QV 30 dias de pós-operatório (T=1) e pós-operatório tardio superior a 4 meses (T=2). O questionário consistiu de 20 questões divididas em quatro domínios (funcional-social, pessoal, emocional e condições especiais), o qual se admitiu apenas uma resposta para cada questão. Os pacientes foram classificados em cinco níveis de satisfação obtidos pelo somatório dos pontos do questionário. Quanto à técnica operatória, todos os pacientes foram submetidos bilateralmente em abordagem única. Iniciou-se pelo hemitórax esquerdo, posicionando o paciente em decúbito lateral direito com coxim sob o tórax e braço contralateral elevado. Resultados: A idade variou de 22 a 47 anos, com média de 31,33 anos, desvio padrão de 6,89 anos e mediana de 30,50 anos. A associação entre as duas avaliações sobre a QV 16 de 18 pacientes (88,9%) foram: um pouco melhor (22,2%) ou muito melhor (66,7%), quando comparado T0 com T1. No entanto, 2 pacientes (11,1%) com QV ruim (T0) relataram um pouco de piora no primeiro mês de pós-operatório (T1). Na observação tardia (T2), houve análise de 10 pacientes, dois pacientes (20%) relataram piora dos sintomas após cirurgia e 80% apresentaram melhora dos sintomas. As médias e medianas da QV e domínios de função foram correspondentemente mais elevadas T0, quando comparado com T1 e T2, as diferenças com significância estatística. Conclusões: A técnica proposta tem melhora na qualidade de vida dos pacientes com hiperidrose compensatória em todos os tempos analisados. Além disso, abordagem minimamente invasiva da técnica possibilita tempo cirúrgico reduzido, melhor ergonomia, resultado estético superior e menor morbidade pós-cirúrgica.


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  • Objective: To investigate the quality of life (QoL) of patients who developed severe compensatory hyperhidrosis, after sympathectomy for localized sweating, with a new approach using the modified technique of bilateral thoracic sympathectomy at the R5-R8 level. Methods: Eighteen patients with severe compensatory hyperhidrosis underwent the modified procedure of bilateral thoracic sympathectomy at the level of R5-R8, by video thoracoscopy, localized in the palmar and axillary region, in the period from 2015 to 2020, from thoracic surgery services of reference hospitals in Recife, Pernambuco. The outcomes were: quality of life and possible surgical complications. To assess QL, a questionnaire was used and applied twice, the first on the overall QL preoperatively (T=0) and the second comparing QL 30 days postoperatively (T=1) and late postoperatively over four months (T=2). The questionnaire consisted of 20 questions divided into four domains (functional-social, personal, emotional, and unique conditions), which allowed only one answer for each question. The patients were classified into five levels of satisfaction obtained by adding up the points on the questionnaire. As for the operative technique, all patients were submitted bilaterally in a single approach. It was started by the left hemithorax, positioning the patient in right lateral decubitus with a cushion under the thorax and contralateral arm. Results: Age ranged from 22 to 47 years, with a mean of 31.33 years, a standard deviation of 6.89 years, and a median of 30.50 years. The association between the two assessments on QL 16 of 18 patients (88.9%) was: slightly better (22.2%) or much better (66.7%) when comparing T0 with T1. However, two patients (11.1%) with poor QL (T0) reported some worsening in the first postoperative month (T1). In the late observation (T2), there was an analysis of 10 patients, two patients (20%) reported worsening symptoms after surgery, and 80% showed improvement in symptoms. The means and medians of QL and function domains were correspondingly higher T0 when compared to T1 and T2, the differences with statistical significance. Conclusions: The proposed technique improved patients' quality of life with compensatory hyperhidrosis at all analyzed times. In addition, the minimally invasive approach of the technology enables reduced surgical time, better ergonomics, superior aesthetic results, and lower postsurgical morbidity.

2021
Dissertações
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  • ALEXANDRE PAASHAUS DA COSTA PINTO
  • INFLUÊNCIA DO MÉTODO DE DILUIÇÃO NA DURAÇÃO INTRAOCULAR DO C3F8 VITRECTOMIAS PARA TRATAMENTO DO BURACO DE MÁCULA: ENSAIO CLÍNICO

  • Orientador : RODRIGO PESSOA CAVALCANTI LIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA CECILIA DE AGUIAR REMIGIO
  • RODRIGO PESSOA CAVALCANTI LIRA
  • THIAGO FREIRE PINTO BEZERRA
  • Data: 15/07/2021

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  • O objetivo deste trabalho foi comparar duas técnicas de injeção de gás C3F8 na cirurgia de vitrectomias para tratamento do buraco de mácula.  Foi composto por 26 indivíduos por meio de ensaio clínico aleatorizado parcialmente mascarado e submetidos à cirurgia de vitrectomia. Foram divididos em dois grupos de 13 indivíduos. O grupo 1 foi o de injeção intravítrea de 0.9–1.0 ml de C3F8 a 100% e o grupo 2 foi o de injeção de 15–20 ml C3F8 a 20%. A mediana da duração intraocular do gás nos indivíduos que receberam C3F8 foi 31 dias no grupo 1 e 34 dias no grupo 2. A mediana do ganho de letras na AVCD nos indivíduos que receberam C3F8 foi 20 letras no grupo 1 e 12.5 letras no grupo 2. A mediana da PIO no 1o dia pós-operatório nos indivíduos que receberam C3F8 foi 13.0 mmHg no grupo 1 e 12.0 mmHg no grupo 2, enquanto na 26o semana foi 16 mmHg no grupo 1 e 14 mmHg no grupo 2 (p = .418). Com relação ao sucesso anatômico primário, nos indivíduos que receberam C3F8 foi 11/13 (84,6%) no grupo 1 e 11/13 (84,6%) no grupo 2. Assim, pode-se concluir que a forma não diluída do C3F8 apresenta-se como alternativa, tendo o mesmo efeito terapêutico que a concentração tradicional, possibilitando uma cirurgia eficiente e mais econômica.


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  • O objetivo deste trabalho foi comparar duas técnicas de injeção de gás C3F8 na cirurgia de vitrectomias para tratamento do buraco de mácula.  Foi composto por 26 indivíduos por meio de ensaio clínico aleatorizado parcialmente mascarado e submetidos à cirurgia de vitrectomia. Foram divididos em dois grupos de 13 indivíduos. O grupo 1 foi o de injeção intravítrea de 0.9–1.0 ml de C3F8 a 100% e o grupo 2 foi o de injeção de 15–20 ml C3F8 a 20%. A mediana da duração intraocular do gás nos indivíduos que receberam C3F8 foi 31 dias no grupo 1 e 34 dias no grupo 2. A mediana do ganho de letras na AVCD nos indivíduos que receberam C3F8 foi 20 letras no grupo 1 e 12.5 letras no grupo 2. A mediana da PIO no 1o dia pós-operatório nos indivíduos que receberam C3F8 foi 13.0 mmHg no grupo 1 e 12.0 mmHg no grupo 2, enquanto na 26o semana foi 16 mmHg no grupo 1 e 14 mmHg no grupo 2 (p = .418). Com relação ao sucesso anatômico primário, nos indivíduos que receberam C3F8 foi 11/13 (84,6%) no grupo 1 e 11/13 (84,6%) no grupo 2. Assim, pode-se concluir que a forma não diluída do C3F8 apresenta-se como alternativa, tendo o mesmo efeito terapêutico que a concentração tradicional, possibilitando uma cirurgia eficiente e mais econômica.

2
  • ANDRÉIA LIRA SANTOS
  • IMPACTO DO REGANHO DE PESO NO PERFIL METABÓLICO E NUTRICIONAL DE MULHERES NO PÓS-OPERATÓRIO TARDIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA

  • Orientador : ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
  • FLAVIO KREIMER
  • RAQUEL ARAUJO DE SANTANA
  • Data: 21/07/2021

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  • É amplamente reconhecida a eficácia da cirurgia bariátrica sobre a redução do peso e das comorbidades em obesos. No entanto, alguns pacientes cursam com uma recuperação ponderal gerando preocupação em torno do impacto desse desfecho sobre o controle metabólico e nutricional. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência do reganho de peso sobre o perfil metabólico e nutricional no pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica: BGYR e GV. Foi realizado estudo retrospectivo, longitudinal, com dados de 75 mulheres, referente ao período de 2010 a 2020. Avaliaram-se dados de três momentos distintos em função do comportamento do peso: Pré-operatório, Nadir e Recidiva, relacionando variáveis antropométricas, metabólicas e nutricionais. A média de idade, IMC médio pré-operatório e %PEP no Nadir foram respectivamente, 46,39 + 12,03 anos, 40,10 ± 4,11 kg / m2 e 93,13 + 24,28%. Observou-se um %RP de 26,41%, e média de 8,73 + 5,71 Kg, sendo 7,8 + 4,7 kg na GV e 10,8 + 6,8 kg no BGYR (p = 0,054). Insulina (r=0,351; p <0,003), Peptídeo-C (r=0,303; p < 0,011), PCR (r=0,402; p < 0,001) e Vitamina-D (r=-0,435; p < 0,001) demonstraram correlação significativa com o reganho. No entanto, após análise ajustada a PCR (RP = 1,35; IC95% 1,16 – 1,57) e a Vitamina D (RP = 1,26; IC95% 1,07-1,46) foram as que melhor se correlacionaram com o %RP. Em mulheres no pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica a PCR e a vitamina D parecem sofrer maior influência da recuperação de peso.


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  • É amplamente reconhecida a eficácia da cirurgia bariátrica sobre a redução do peso e das comorbidades em obesos. No entanto, alguns pacientes cursam com uma recuperação ponderal gerando preocupação em torno do impacto desse desfecho sobre o controle metabólico e nutricional. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a influência do reganho de peso sobre o perfil metabólico e nutricional no pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica: BGYR e GV. Foi realizado estudo retrospectivo, longitudinal, com dados de 75 mulheres, referente ao período de 2010 a 2020. Avaliaram-se dados de três momentos distintos em função do comportamento do peso: Pré-operatório, Nadir e Recidiva, relacionando variáveis antropométricas, metabólicas e nutricionais. A média de idade, IMC médio pré-operatório e %PEP no Nadir foram respectivamente, 46,39 + 12,03 anos, 40,10 ± 4,11 kg / m2 e 93,13 + 24,28%. Observou-se um %RP de 26,41%, e média de 8,73 + 5,71 Kg, sendo 7,8 + 4,7 kg na GV e 10,8 + 6,8 kg no BGYR (p = 0,054). Insulina (r=0,351; p <0,003), Peptídeo-C (r=0,303; p < 0,011), PCR (r=0,402; p < 0,001) e Vitamina-D (r=-0,435; p < 0,001) demonstraram correlação significativa com o reganho. No entanto, após análise ajustada a PCR (RP = 1,35; IC95% 1,16 – 1,57) e a Vitamina D (RP = 1,26; IC95% 1,07-1,46) foram as que melhor se correlacionaram com o %RP. Em mulheres no pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica a PCR e a vitamina D parecem sofrer maior influência da recuperação de peso.

3
  • TIAGO CAVALCANTI DE CARVALHO
  • TRAUMA OCULAR POR FOGOS DE ARTIFÍCIO EM PERNAMBUCO: uma causa endêmica de deficiência visual e cegueira

  • Orientador : RODRIGO PESSOA CAVALCANTI LIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RODRIGO PESSOA CAVALCANTI LIRA
  • JOSE LUIZ DE FIGUEIREDO
  • VASCO TORRES FERNANDES BRAVO FILHO
  • Data: 21/07/2021

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  • Este estudo busca descrever as características demográficas e clínicas das vítimas de trauma ocular provocado por fogos de artifício atendidas nas emergências oftalmológicas de dois centros de referência em Pernambuco e identificar fatores relacionados a mau prognóstico visual. Foi realizada avaliação retrospectiva de prontuários de 314 pacientes e coleta de dados acerca de idade, gênero, procedência, mês e ano do acidente, lateralidade, estruturas oculares acometidas e características das lesões, além do tipo de tratamento a que os pacientes foram submetidos. Naqueles acompanhados por mais de 30 dias, analisou-se o grau de deficiência visual e a associação com a procedência. Foram incluídas as vítimas cuja entrada na emergência ocorreu entre janeiro de 2012 e dezembro de 2018. P-Valor<0,005 foi considerado para significância estatística. Foram incluídos 370 olhos de 314 pacientes no estudo. Destes, 248 (79,0%) vítimas eram do sexo masculino, 160 (51,0%) da região metropolitana e 277 (88,2%) tinham menos de 50 anos na ocasião do trauma. Em 56 (17,8%) dos casos o trauma foi bilateral. No mês de junho ocorreram um total de 152 (48,4%) casos. Os sitios mais acometidos foram pálpebras em 91 (24,6%) olhos e superfície ocular em 252 (68,1%). Tratamento cirúrgico foi necessário em 87 (23,5%) olhos. Após o tratamento, 37 (10,0%) olhos desenvolveram visão pior do que 20/400. Destes, 34 (91,9%) olhos eram de pacientes do interior do estado ou de outro estado. Os pacientes provenientes do interior do estado apresentaram maior chance de desenvolver cegueira quando comparados aos que provêm da região metropolitana (Odds Ratio de 5,46).  Traumas oculares por fogos de artifício ocorrem anualmente, com aumento de casos nos meses de junho, e atinge principalmente homens jovens, com risco maior de cegueira nos indivíduos provenientes do interior do estado.


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  • Este estudo busca descrever as características demográficas e clínicas das vítimas de trauma ocular provocado por fogos de artifício atendidas nas emergências oftalmológicas de dois centros de referência em Pernambuco e identificar fatores relacionados a mau prognóstico visual. Foi realizada avaliação retrospectiva de prontuários de 314 pacientes e coleta de dados acerca de idade, gênero, procedência, mês e ano do acidente, lateralidade, estruturas oculares acometidas e características das lesões, além do tipo de tratamento a que os pacientes foram submetidos. Naqueles acompanhados por mais de 30 dias, analisou-se o grau de deficiência visual e a associação com a procedência. Foram incluídas as vítimas cuja entrada na emergência ocorreu entre janeiro de 2012 e dezembro de 2018. P-Valor<0,005 foi considerado para significância estatística. Foram incluídos 370 olhos de 314 pacientes no estudo. Destes, 248 (79,0%) vítimas eram do sexo masculino, 160 (51,0%) da região metropolitana e 277 (88,2%) tinham menos de 50 anos na ocasião do trauma. Em 56 (17,8%) dos casos o trauma foi bilateral. No mês de junho ocorreram um total de 152 (48,4%) casos. Os sitios mais acometidos foram pálpebras em 91 (24,6%) olhos e superfície ocular em 252 (68,1%). Tratamento cirúrgico foi necessário em 87 (23,5%) olhos. Após o tratamento, 37 (10,0%) olhos desenvolveram visão pior do que 20/400. Destes, 34 (91,9%) olhos eram de pacientes do interior do estado ou de outro estado. Os pacientes provenientes do interior do estado apresentaram maior chance de desenvolver cegueira quando comparados aos que provêm da região metropolitana (Odds Ratio de 5,46).  Traumas oculares por fogos de artifício ocorrem anualmente, com aumento de casos nos meses de junho, e atinge principalmente homens jovens, com risco maior de cegueira nos indivíduos provenientes do interior do estado.

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  • BRAUNER DE SOUZA CAVALCANTI
  • APLICAÇÃO DE TOXINA BOTULÍNICA EM CRIANÇAS MENORES DE DOIS ANOS COM MICROCEFALIA DEVIDO AO ZIKA VÍRUS

  • Orientador : EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • MARIA INES REMIGIO DE AGUIAR
  • Data: 11/08/2021

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  •  

    Introdução: Microcefalia é um sinal neurológico onde haverá diminuição do volume do cérebro, associado a alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, nas de causas primárias, observa-se perímetro cefálico inferior a dois desvios-padrão (DP) da média específica para o sexo e idade gestacional. Os pacientes normalmente apresentam sinais, como espasticidade motora causando efeitos debilitantes funcionais, além de dor e diminuição em sua qualidade de vida. Neste sentido, na última década a toxina botulínica tem sido utilizada e comprovada como segura e eficaz no tratamento da espasticidade, entretanto não existem na literatura estudos que descrevam seus efeitos em crianças com microcefalia. Objetivo: Por esta razão, o objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia do tratamento com toxina botulínica em crianças com microcefalia menores de dois anos devido ao Zika vírus, que apresentam espasticidade. Materiais e Métodos: Foram incluídas 32 crianças com microcefalia, as quais foram tratadas com administração local de toxina botulínica para reduzir a contração muscular da área tratada. Foi utilizada uma dose adequada conforme o peso da criança (8-10U/Kg). O número de pontos de aplicação e o local eram definidos pelo grau de espasticidade e o volume muscular o qual seria tratado. Após tratamento os resultados eram medidos conforme evolução clínica, angulação de mobilidade muscular e diminuição da contratilidade motora, além da melhora funcional. Os dados coletados foram expressos estatisticamente. Resultados: Os pacientes apresentaram melhora clinica significante em mais de 90% dos casos, com diminuição do grau de espasticidade no local tratado e melhora nas deformidades. Todos esses fatores tiveram impacto relevante e positivo na qualidade de vida dos pacientes. Conclusão: A aplicação de toxina botulínica diminuiu significativamente a espasticidade em crianças com microcefalia, teve repercussão positiva tanto em aspectos clínicos como na qualidade de vida dos pacientes, sendo indicado para esta patologia. 


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    Introdução: Microcefalia é um sinal neurológico onde haverá diminuição do volume do cérebro, associado a alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, nas de causas primárias, observa-se perímetro cefálico inferior a dois desvios-padrão (DP) da média específica para o sexo e idade gestacional. Os pacientes normalmente apresentam sinais, como espasticidade motora causando efeitos debilitantes funcionais, além de dor e diminuição em sua qualidade de vida. Neste sentido, na última década a toxina botulínica tem sido utilizada e comprovada como segura e eficaz no tratamento da espasticidade, entretanto não existem na literatura estudos que descrevam seus efeitos em crianças com microcefalia. Objetivo: Por esta razão, o objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia do tratamento com toxina botulínica em crianças com microcefalia menores de dois anos devido ao Zika vírus, que apresentam espasticidade. Materiais e Métodos: Foram incluídas 32 crianças com microcefalia, as quais foram tratadas com administração local de toxina botulínica para reduzir a contração muscular da área tratada. Foi utilizada uma dose adequada conforme o peso da criança (8-10U/Kg). O número de pontos de aplicação e o local eram definidos pelo grau de espasticidade e o volume muscular o qual seria tratado. Após tratamento os resultados eram medidos conforme evolução clínica, angulação de mobilidade muscular e diminuição da contratilidade motora, além da melhora funcional. Os dados coletados foram expressos estatisticamente. Resultados: Os pacientes apresentaram melhora clinica significante em mais de 90% dos casos, com diminuição do grau de espasticidade no local tratado e melhora nas deformidades. Todos esses fatores tiveram impacto relevante e positivo na qualidade de vida dos pacientes. Conclusão: A aplicação de toxina botulínica diminuiu significativamente a espasticidade em crianças com microcefalia, teve repercussão positiva tanto em aspectos clínicos como na qualidade de vida dos pacientes, sendo indicado para esta patologia. 

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  • ADRIANO DA FONSECA PEREIRA
  • Eficácia e segurança de cirurgia bariátrica em idosos

  • Orientador : JOSE LUIZ DE FIGUEIREDO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FLAVIO KREIMER
  • JOSE LUIZ DE FIGUEIREDO
  • LUCIANA TEIXEIRA DE SIQUEIRA
  • Data: 15/09/2021

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  • Introdução: A incidência de obesidade na população idosa vem aumentando nos últimos anos, inclusive, de forma proporcional ao que é observado na população mais jovem. Apesar desse aumento, ainda não há consenso acerca dos riscos e benefícios da cirurgia bariátrica nos pacientes com mais de 60 anos.

    Objetivo: Avaliar o impacto da cirurgia bariátrica na população idosa no longo prazo

    Métodos: estudo retrospectivo que incluiu todos os pacientes com mais de 60 anos submetidos à cirurgia bariátrica em nosso centro e que mantiveram seguimento superior a 1 ano. Foram estudadas variáveis clínicas e laboratoriais para avaliação da remissão da obesidade e suas comorbidades, além de variáveis diretamente relacionados ao procedimento cirúrgico em si, incluindo complicações precoces e tardias.

    Resultados: Foram estudados 64 pacientes, a maioria do sexo feminino (76,6%), com idade média de 64,2 ± 3,3. Bypass gástrico em Y de Roux (BGYR) foi realizado em 56 pacientes, enquanto a gastrectomia vertical (GV) foi o procedimento de escolha para os outros 8. Houve diferença estatisticamente significativa entre os procedimentos em relação à ocorrência de complicações pós-operatórias (p<0,001). A média geral da perda do excesso de peso (PEP) foi de 73,48% ± 26,56. As taxas de remissão de hipertensão e diabetes mellitus foram de 25% e 56,7%, respectivamente. Comparando os resultados entre as duas técnicas cirúrgicas, houve diferença significativa  na variação do IMC (GV 7,29 ± 2,49 vs. BGYR 12,25 ± 5,42, p=0,023), HbA1C (Sleeve 0,51 ± 0,9 vs. BGYR 1,81 ± 1,97, p=0,042), colesterol total (GV 12,63 ± 35,23 vs. BGYR 31,37 ± 38,89,  p=0,007) e triglicerídeos  (GV 6,25 ± 23,30 vs. BGYR 48,85 ± 56,15, p=0,021).

    Conclusão: A cirurgia bariátrica se mostrou eficaz na perda de peso e na remissão de comorbidades na população de idosos com obesidade, tanto a curto quanto a longo prazo.


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  • Introdução: A incidência de obesidade na população idosa vem aumentando nos últimos anos, inclusive, de forma proporcional ao que é observado na população mais jovem. Apesar desse aumento, ainda não há consenso acerca dos riscos e benefícios da cirurgia bariátrica nos pacientes com mais de 60 anos.

    Objetivo: Avaliar o impacto da cirurgia bariátrica na população idosa no longo prazo

    Métodos: estudo retrospectivo que incluiu todos os pacientes com mais de 60 anos submetidos à cirurgia bariátrica em nosso centro e que mantiveram seguimento superior a 1 ano. Foram estudadas variáveis clínicas e laboratoriais para avaliação da remissão da obesidade e suas comorbidades, além de variáveis diretamente relacionados ao procedimento cirúrgico em si, incluindo complicações precoces e tardias.

    Resultados: Foram estudados 64 pacientes, a maioria do sexo feminino (76,6%), com idade média de 64,2 ± 3,3. Bypass gástrico em Y de Roux (BGYR) foi realizado em 56 pacientes, enquanto a gastrectomia vertical (GV) foi o procedimento de escolha para os outros 8. Houve diferença estatisticamente significativa entre os procedimentos em relação à ocorrência de complicações pós-operatórias (p<0,001). A média geral da perda do excesso de peso (PEP) foi de 73,48% ± 26,56. As taxas de remissão de hipertensão e diabetes mellitus foram de 25% e 56,7%, respectivamente. Comparando os resultados entre as duas técnicas cirúrgicas, houve diferença significativa  na variação do IMC (GV 7,29 ± 2,49 vs. BGYR 12,25 ± 5,42, p=0,023), HbA1C (Sleeve 0,51 ± 0,9 vs. BGYR 1,81 ± 1,97, p=0,042), colesterol total (GV 12,63 ± 35,23 vs. BGYR 31,37 ± 38,89,  p=0,007) e triglicerídeos  (GV 6,25 ± 23,30 vs. BGYR 48,85 ± 56,15, p=0,021).

    Conclusão: A cirurgia bariátrica se mostrou eficaz na perda de peso e na remissão de comorbidades na população de idosos com obesidade, tanto a curto quanto a longo prazo.

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  • JULIANA MOREIRA DE SANTANA
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    USO DO COMPRIMENTO AXIAL DO OLHO PARA ESTIMAR O VOLUME DA CÂMARA VÍTREA EM PSEUDOFÁCICOS

  • Orientador : RODRIGO PESSOA CAVALCANTI LIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • RODRIGO PESSOA CAVALCANTI LIRA
  • VIRGINIA LAURA LUCAS TORRES
  • Data: 29/09/2021

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  • OBJETIVO: Desenvolver uma equação para estimar o volume da câmara vítrea em pacientes pseudofácicos com base no comprimento axial do olho.

    MÉTODOS: Uma série consecutiva de pacientes submetidos à cirurgia de vitrectomia para buraco macular ou membrana epirretiniana foram incluídos. Os critérios de inclusão foram: olhos pseudofácicos,idade maior que 50 anos e olhos com comprimento axial variando de 21 a 26 mm. Antes da cirurgia, o comprimento axial foi medido por meio de biometria óptica. Foi realizada vitrectomia via Pars Plana e, após a troca fluído-ar, a câmara vítrea foi preenchida com Azul Brilhante G (0,005%). O volume infundido em cada olho foi registrado. Em seguida, foi realizado o peeling da membrana epirretiniana ou da membrana limitante interna e uma nova troca fluído-ar. Os principais resultados e medidas foram o volume da câmara vítrea e o comprimento axial.

    RESULTADOS: A amostra foi composta por 112 pacientes. A média [desvio padrão (DP), variação] da idade foi de 71 (7, 53—90) anos. Sessenta e cinco indivíduos (58%) eram mulheres. Em 58 (51,8%) pacientes, a cirurgia foi realizada no olho direito. O comprimento axial médio (DP; intervalo) foi 23,78 (0,93; 21,55—25,26) mm, e o volume médio (DP; intervalo) da câmara vítrea foi 4,96 (0,69; 3,60—6,40) mL. O coeficiente de correlação de Pearson (r = 0,950; p <0,01) foi positivo e o coeficiente de determinação (R2) foi de 0,902. A equação de regressão estimada foi Y = 0,71X - 11,84, onde Y era o volume da câmara vítrea, X era o comprimento axial do olho, o coeficiente linear para a linha reta foi −11,84 e o coeficiente angular foi 0,71 (p <0,01 )

    CONCLUSÃO: Esses dados sugerem que o volume da câmara vítrea está significativamente correlacionado com o comprimento axial, e o primeiro provavelmente poderia ser calculado pela biometria. Novos estudos com amostras maiores serão necessários para confirmar essas observações e permitir o desenvolvimento de um algoritmo (talvez não linear) que inclua valores extremos de comprimento axial e que leve em consideração outros fatores, como o estado do cristalinoe o sexo.

    PALAVRAS CHAVES: Corpo vítreo; Volume; Cirurgia Vitreorretiniana; Biometria


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  • OBJETIVO: Desenvolver uma equação para estimar o volume da câmara vítrea em pacientes pseudofácicos com base no comprimento axial do olho.

    MÉTODOS: Uma série consecutiva de pacientes submetidos à cirurgia de vitrectomia para buraco macular ou membrana epirretiniana foram incluídos. Os critérios de inclusão foram: olhos pseudofácicos,idade maior que 50 anos e olhos com comprimento axial variando de 21 a 26 mm. Antes da cirurgia, o comprimento axial foi medido por meio de biometria óptica. Foi realizada vitrectomia via Pars Plana e, após a troca fluído-ar, a câmara vítrea foi preenchida com Azul Brilhante G (0,005%). O volume infundido em cada olho foi registrado. Em seguida, foi realizado o peeling da membrana epirretiniana ou da membrana limitante interna e uma nova troca fluído-ar. Os principais resultados e medidas foram o volume da câmara vítrea e o comprimento axial.

    RESULTADOS: A amostra foi composta por 112 pacientes. A média [desvio padrão (DP), variação] da idade foi de 71 (7, 53—90) anos. Sessenta e cinco indivíduos (58%) eram mulheres. Em 58 (51,8%) pacientes, a cirurgia foi realizada no olho direito. O comprimento axial médio (DP; intervalo) foi 23,78 (0,93; 21,55—25,26) mm, e o volume médio (DP; intervalo) da câmara vítrea foi 4,96 (0,69; 3,60—6,40) mL. O coeficiente de correlação de Pearson (r = 0,950; p <0,01) foi positivo e o coeficiente de determinação (R2) foi de 0,902. A equação de regressão estimada foi Y = 0,71X - 11,84, onde Y era o volume da câmara vítrea, X era o comprimento axial do olho, o coeficiente linear para a linha reta foi −11,84 e o coeficiente angular foi 0,71 (p <0,01 )

    CONCLUSÃO: Esses dados sugerem que o volume da câmara vítrea está significativamente correlacionado com o comprimento axial, e o primeiro provavelmente poderia ser calculado pela biometria. Novos estudos com amostras maiores serão necessários para confirmar essas observações e permitir o desenvolvimento de um algoritmo (talvez não linear) que inclua valores extremos de comprimento axial e que leve em consideração outros fatores, como o estado do cristalinoe o sexo.

    PALAVRAS CHAVES: Corpo vítreo; Volume; Cirurgia Vitreorretiniana; Biometria

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  • MARIZELIA MACIEL CARVALHO
  • AVALIAÇÃO DO TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO E AS DIRETRIZES ÉTICAS QUE O ORIENTAM EM CIRURGIA BARIÁTRICA: SEUS COMPONENTES DE INFORMAÇÃO, ADEQUAÇÃO E CONSENTIMENTO

  • Orientador : JOSIMARIO JOAO DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • JOSIMARIO JOAO DA SILVA
  • VANIA PINHEIRO RAMOS
  • Data: 18/10/2021

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  • Introdução: O termo de consentimento informado (TCI) parte do princípio de que o paciente não possui, na maioria das vezes, conhecimentos técnicos suficientes para entender as consequências na tomada de decisões sobre procedimentos e internações em hospitais. Objetivo: Analisar o processo do instrumento do TCI obtido de pacientes obesos na tomada de decisão sobre o tratamento cirúrgico da obesidade. Metodologia: Foram avaliados 95 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica provenientes do programa de Cirurgia Bariátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, estudo de corte retrospectivo e prospectivo, foi aplicado quatro questionários no 2020. Foram realizadas questões abertas abordando a utilidade do TCI do Programa de Cirurgia Bariátrica – HC/UFPE. Resultado/Discussão: A média etária dos indivíduos estudados foi de 43,21 anos, com predomínio para o sexo feminino (82,1%). O cálculo do índice de facilidade de leitura de Flesch apresentou maior frequência sobre o entendimento do TCI fácil (53,7%), compreensão da informação (83,2%); linguagem era clara e simples (78,9%); ter sido esclarecido sobre os termos e riscos (88,4%) e satisfação (72,6%) Com base nos resultados Conclusão: Concluímos que o processo do TCI apresentado aos pacientes do programa de Cirurgia Bariátrica do HC/UFPE é dado de forma legal em sua manifestação  de autonomia pelo paciente, na liberdade na tomada de decisão e sim da compreensão dos riscos e benefícios trazidos ao ser submetido ao procedimento cirúrgico.


  • Mostrar Abstract
  • Introdução: O termo de consentimento informado (TCI) parte do princípio de que o paciente não possui, na maioria das vezes, conhecimentos técnicos suficientes para entender as consequências na tomada de decisões sobre procedimentos e internações em hospitais. Objetivo: Analisar o processo do instrumento do TCI obtido de pacientes obesos na tomada de decisão sobre o tratamento cirúrgico da obesidade. Metodologia: Foram avaliados 95 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica provenientes do programa de Cirurgia Bariátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, estudo de corte retrospectivo e prospectivo, foi aplicado quatro questionários no 2020. Foram realizadas questões abertas abordando a utilidade do TCI do Programa de Cirurgia Bariátrica – HC/UFPE. Resultado/Discussão: A média etária dos indivíduos estudados foi de 43,21 anos, com predomínio para o sexo feminino (82,1%). O cálculo do índice de facilidade de leitura de Flesch apresentou maior frequência sobre o entendimento do TCI fácil (53,7%), compreensão da informação (83,2%); linguagem era clara e simples (78,9%); ter sido esclarecido sobre os termos e riscos (88,4%) e satisfação (72,6%) Com base nos resultados Conclusão: Concluímos que o processo do TCI apresentado aos pacientes do programa de Cirurgia Bariátrica do HC/UFPE é dado de forma legal em sua manifestação  de autonomia pelo paciente, na liberdade na tomada de decisão e sim da compreensão dos riscos e benefícios trazidos ao ser submetido ao procedimento cirúrgico.

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  • MATHEUS DUARTE MEIRA
  • TRATAMENTO CIRÚRGICO DO PACIENTES SUPEROBESO ANÁLISE DE SEGUIMENTO E EVENTOS ADVERSOS

  • Orientador : ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXANDRE AMADO ELIAS
  • ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
  • FLAVIO KREIMER
  • Data: 29/10/2021

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  • Introdução: A obesidade é uma doença de origem multifatorial, crônica,
    complexa e de difícil controle, com números alarmantes. O tratamento cirúrgico da
    obesidade é a modalidade que fornece ao paciente resultados mais duradouros e
    concretos. No entanto, um subgrupo de pacientes com IMC ≥50kg/m2, definidos como
    superobesos, apresentam maior taxas de complicações e resultados muitas vezes
    insatisfatórios, tornando um desafio a condução desses pacientes e a escolha da
    técnica cirúrgica a ser utilizada. Objetivos: Analisar o seguimento de pacientes
    superobesos submetidos à cirurgia bariátrica em relação à resolução de
    comorbidades, ocorrência de eventos adversos e a evolução do IMC. Métodos:
    Foram selecionados o prontuário de todos os pacientes superobesos em uma
    casuística de 3842 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica e os resultados foram
    comparados com um grupo controle randomizado de pacientes portadores de
    obesidade mórbida analisados de forma retrospectiva após coleta de dados por
    ligação telefônica e prontuário eletrônico (Ti.saúde). Resultados: Foram estudados
    um total de 359 pacientes: 178 superobesos e 181 obesos mórbidos. No grupo com
    SO, 142 foram submetidos à BGYR e 36 à GV e nos portadores de OM, 144 e 37
    respectivamente. Os pacientes superobesos apresentaram mais complicações graves
    quando comparados ao grupo de OM [(SO, BGYR 5,63% vs. 5,88% GV, p=0,955);
    (OM, BGYR 4,86% vs. 2,7% GV, p= 0,299)]. Os óbitos ocorreram apenas no grupo de
    pacientes SO (2,8%, p=0,023). A ocorrência de anemia grave foi maior após o BGYR
    em ambos os grupos (SO e OM) (14,3%, p=0,017). As médias do IMC no grupo de
    superobesos reduziram em cada um dos tipos de cirurgia até dois anos. A evolução
    da curva do IMC dos pacientes com IMC≥50kg/m2 mostra redução do IMC em ambas
    as técnicas, no primeiro ano [34,91 ± 4,40 vs. 36,74 ± 4,62, p= 0,059] e no segundo
    ano [32,48 ± 5,49 vs. 35,63 ± 4,08, p= 0,052] no BGYR e GV respectivamente.
    Conclusão: De acordo com os resultados obtidos no nosso estudo: Os superobesos
    são um grupo de pacientes com maior mortalidade pós operatória, sendo a GV e o
    BGYR procedimentos seguro nesses pacientes, com uma ocorrência maior de anemia
    grave após o BGYR.


  • Mostrar Abstract
  • Introdução: A obesidade é uma doença de origem multifatorial, crônica, complexa e de difícil controle, atingindo proporções globais, com números alarmantes. O tratamento cirúrgico da obesidade fornece ao paciente resultados mais duradouros e concretos. No entanto, um subgrupo com IMC ≥50kg/m2, definidos como superobesos, continua sendo um grande desafio, apresentando altas taxas de complicações precoces e tardias, além de resultados muitas vezes insatisfatórios em que a escolha da técnica utilizada permanece em debate. Objetivos: Analisar o seguimento tardio de pacientes superobesos em relação à resolução de comorbidades, curva de IMC e eventos adversos. Métodos: Foram selecionados 359 pacientes de forma retrospectiva e analisados o seguimento e resultados após coleta de dados por ligação telefônica e prontuário eletrônico (Ti.Saúde). Avaliou-se os dados demográficos da população estudada, curva de IMC dos grupos no longo prazo, resolução de comorbidades e eventos adversos relacionados ao procedimento. Resultados: Foram estudados um total de 359 pacientes após aplicar os critérios de inclusão e exclusão: 178 superobesos e 181 com IMC menor do que 50kg/m2. No grupo com SO, 142 foram submetidos à GDYR e 36 à GV e nos portadores de OM, 144 e 37 respectivamente. Os pacientes superobesos apresentaram mais complicações graves quando comparados ao grupo de OM [(SO, GDYR 5,63% vs. 5,88% GV, p=0,955); (OM, GDYR 4,86% vs. 2,7% GV, p= 0,299)]. Na comparação entre os grupos, não foi observada diferença estatisticamente significativa. Os óbitos ocorreram apenas no grupo de SO submetidos à GDYR (3,5%, p=0,023), estatisticamente significante na comparação com o grupo de OM. A incidência de colelitíase foi similar entre os grupos [(SO, GDYR 15,5% vs. GV 22,2%, p=0,335) e (OM, GDYR 13,9% vs. GV 18,9%, p=0,444)], maior nos pacientes superobesos sem significância estatística. A ocorrência de anemia grave foi maior na GDYR isoladamente, em ambos os grupos (SO e OM) (14,3%, p=0,017). As médias do IMC no grupo de superobesos reduziram em cada um dos tipos de cirurgia até dois anos. A evolução da curva do IMC dos pacientes com IMC≥50kg/m2 mostra redução do IMC em ambas as técnicas, no primeiro ano [34,91 ± 4,40 vs. 36,74 ± 4,62, p= 0,059] e no segundo ano [32,48 ± 5,49 vs. 35,63 ± 4,08, p= 0,052] na GDYR e GV respectivamente. Entre as duas técnicas não foram registradas diferenças significativas em nenhuma das avaliações (p > 0,05). Conclusão: De acordo com os resultados obtidos no nosso estudo, devemos considerar que: A GV e a GDYR são procedimentos seguros, com taxa de complicações semelhantes em pacientes superobesos. Os pacientes submetidos à GDYR têm uma maior ocorrência de anemia grave e os pacientes SO submetidos à GDYR apresentam uma maior ocorrência de óbitos.

     

    Palavras-chave: Superobeso; Bypass Gástrico; Gastrectomia Vertical; Cirurgia Bariátrica; Complicações pós operatórias; Eventos adversos.

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  • FLAVIO AUGUSTO MELO DE ARRUDA BARBOSA
  • AVALIAÇÃO DO USO DO RETALHO SUPRACLAVICULAR NO TRATAMENTO CIRÚRGICO DE PACIENTES PORTADORES DE FÍSTULA FARINGOCUTÂNEA

  • Orientador : ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
  • FLAVIO KREIMER
  • JAIRO ZACCHE DE SA
  • Data: 15/11/2021

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  • Introdução: A fistula faringocutânea é uma complicação frequente nos pacientes portadores de câncer laríngeo que foram submetidos à terapêutica com intervenções cirúrgicas. Entre as diversas abordagens possíveis para o seu tratamento, destaca-se o uso dos retalhos locorregionais fasciocutâneos, em especial, o retalho supraclavicular

    Objetivo: Avaliar o uso do retalho supraclavicular em pacientes portadores de fístulas faringocutâneas.

    Método: Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, por meio de análise de prontuários dos pacientes submetidos à reconstrução cervical entre 2016 e 2020 no Hospital do Câncer de Pernambuco com uso do retalho fasciocutâneo supraclavicular, como abordagem terapêutica da fístula faringo-cutânea, consequência da cirurgia de laringectomia para o tratamento do câncer nesse sítio.

    Resultados: 10 pacientes foram analisados, sendo 5 (50%) de cada sexo. A idade média dos pacientes foi de 60,4 anos. Com relação às comorbidades, a mais prevalente foi o tabagismo (n=7; 70,0%) seguida da hipertensão arterial sistêmica e  anemia, ambas representando 40,0% da amostra. A média do comprimento e da largura do retalho foi de 19,20 cm e 7,7 cm, respectivamente. Nove pacientes (90,0%) apresentaram resolução da fístula, dois destes (22,2%) apresentaram deiscência de sutura, necessitando de ressutura da lesão, mas sem comprometer a viabilidade do retalho na síntese da fístula. Apenas um paciente (10,0%) apresentou necrose, necessitando de outro retalho. Não foi possível observar associações significativas entre características pessoais/clínicas dos pacientes (gênero, idade ou comorbidades) e a resolução do retalho( p>0,05). Também não foi observada relação entre as dimensões do retalho e a resolutividade do mesmo (p>0,05).

    Conclusão: O retalho supraclavicular mostrou-se satisfatório como estratégia na condução de pacientes portadores de fistula faringocutânea.


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  • Introdução: A fistula faringocutânea é uma complicação frequente nos pacientes portadores de câncer laríngeo que foram submetidos à terapêutica com intervenções cirúrgicas. Entre as diversas abordagens possíveis para o seu tratamento, destaca-se o uso dos retalhos locorregionais fasciocutâneos, em especial, o retalho supraclavicular

    Objetivo: Avaliar o uso do retalho supraclavicular em pacientes portadores de fístulas faringocutâneas.

    Método: Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, por meio de análise de prontuários dos pacientes submetidos à reconstrução cervical entre 2016 e 2020 no Hospital do Câncer de Pernambuco com uso do retalho fasciocutâneo supraclavicular, como abordagem terapêutica da fístula faringo-cutânea, consequência da cirurgia de laringectomia para o tratamento do câncer nesse sítio.

    Resultados: 10 pacientes foram analisados, sendo 5 (50%) de cada sexo. A idade média dos pacientes foi de 60,4 anos. Com relação às comorbidades, a mais prevalente foi o tabagismo (n=7; 70,0%) seguida da hipertensão arterial sistêmica e  anemia, ambas representando 40,0% da amostra. A média do comprimento e da largura do retalho foi de 19,20 cm e 7,7 cm, respectivamente. Nove pacientes (90,0%) apresentaram resolução da fístula, dois destes (22,2%) apresentaram deiscência de sutura, necessitando de ressutura da lesão, mas sem comprometer a viabilidade do retalho na síntese da fístula. Apenas um paciente (10,0%) apresentou necrose, necessitando de outro retalho. Não foi possível observar associações significativas entre características pessoais/clínicas dos pacientes (gênero, idade ou comorbidades) e a resolução do retalho( p>0,05). Também não foi observada relação entre as dimensões do retalho e a resolutividade do mesmo (p>0,05).

    Conclusão: O retalho supraclavicular mostrou-se satisfatório como estratégia na condução de pacientes portadores de fistula faringocutânea.

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  • EVILAINE RAMOS DE SIQUEIRA ARAÚJO
  • ABREVIAÇÃO DE JEJUM COM CARBOIDRATOS EM OBESOS NO PRÉ-OPERATÓRIO DE COLECISTECTOMIA

     

     

     

  • Orientador : JOSEMBERG MARINS CAMPOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSEMBERG MARINS CAMPOS
  • LUCIO VILAR RABELO FILHO
  • MARIA GORETTI PESSOA DE ARAUJO BURGOS
  • Data: 06/12/2021

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  • Introdução: Tempo prolongado de jejum pré-operatório tem trazido vários prejuízos clinicamente e metabolicamente para os pacientes submetidos a cirurgias eletivas. Implantação de protocolos de abreviação de jejum tem sido estudados e os seus benefícios elucidados para acelerar a recuperação pós-operatória. Objetivo: Avaliar os efeitos da abreviação do jejum pré-operatório para duas horas com a ingestão de fórmula líquida contendo maltodextrina, em pacientes obesas submetidas a colecistectomia videolaparoscópica eletiva. Métodos: Ensaio clínico randomizado controlado em 53 pacientes obesas submetidas à colecistectomia videolaparoscópica eletiva, no período de janeiro de 2019 a janeiro de 2020. As pacientes foram randomizados em dois grupos de acordo com o jejum pré-operatório a ser adotado: grupo jejum (jejum convencional) ou grupo CHO (abreviado com líquido contendo carboidrato- CHO). Resultados: O tempo médio de jejum foi significantemente menor no grupo submetido a abreviação de jejum (12h vs 3h, p= 0,000). O relato de fome (P=0,013) e sede (P=0,005) pré-operatório, juntamente com fome (P=0,002), sede (P=0,000) e náuseas (P=0,003) no pós-operatório, foram estatisticamente maiores no grupo jejum. Não houve diferença estatística para ocorrência de vômitos (P=0,377), distensão abdominal (P=0,323) nas primeiras 6h do pós-operatório e tempo de internamento (P=0,218). Nesta pesquisa, não houve nenhum episódio de aspiração pulmonar, óbito ou complicação pós-operatória. Conclusão: A abreviação do jejum pré-operatório promoveu menor desconforto em pacientes obesas colecistectomizadas e mostrou-se seguro do ponto de vista anestésico.


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  • Introdução: Tempo prolongado de jejum pré-operatório tem trazido vários prejuízos clinicamente e metabolicamente para os pacientes submetidos a cirurgias eletivas. Implantação de protocolos de abreviação de jejum tem sido estudados e os seus benefícios elucidados para acelerar a recuperação pós-operatória. Objetivo: Avaliar os efeitos da abreviação do jejum pré-operatório para duas horas com a ingestão de fórmula líquida contendo maltodextrina, em pacientes obesas submetidas a colecistectomia videolaparoscópica eletiva. Métodos: Ensaio clínico randomizado controlado em 53 pacientes obesas submetidas à colecistectomia videolaparoscópica eletiva, no período de janeiro de 2019 a janeiro de 2020. As pacientes foram randomizados em dois grupos de acordo com o jejum pré-operatório a ser adotado: grupo jejum (jejum convencional) ou grupo CHO (abreviado com líquido contendo carboidrato- CHO). Resultados: O tempo médio de jejum foi significantemente menor no grupo submetido a abreviação de jejum (12h vs 3h, p= 0,000). O relato de fome (P=0,013) e sede (P=0,005) pré-operatório, juntamente com fome (P=0,002), sede (P=0,000) e náuseas (P=0,003) no pós-operatório, foram estatisticamente maiores no grupo jejum. Não houve diferença estatística para ocorrência de vômitos (P=0,377), distensão abdominal (P=0,323) nas primeiras 6h do pós-operatório e tempo de internamento (P=0,218). Nesta pesquisa, não houve nenhum episódio de aspiração pulmonar, óbito ou complicação pós-operatória. Conclusão: A abreviação do jejum pré-operatório promoveu menor desconforto em pacientes obesas colecistectomizadas e mostrou-se seguro do ponto de vista anestésico.

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  • LARISSA MARIA CAVALCANTE E SILVA
  • “STATUS DA VITAMINA D EM OBESOS CANDIDATOS À CIRURGIA BARIÁTRICA E SUA RELAÇÃO COM A DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA

  • Orientador : ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
  • FLAVIO KREIMER
  • KEILA FERNANDES DOURADO
  • Data: 29/12/2021

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  • Introdução: A hipovitaminose D está associada a vários processos, incluindo imunomodulação, que modula a lesão, a remodelação do tecido, a fibrogênese e a inflamação crônica, o que pode prevenir a progressão da doença gordurosa hepática crônica. Objetivo: Avaliar a relação entre a hipovitaminose D com a DHGNA, dados clínicos e perfil bioquímico em obesos candidatos a cirurgia bariátrica.  Materias e Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, desenvolvido no serviço de Cirurgia Geral do Hospital das Clínicas de Pernambuco (UFPE) e em um serviço privado de cirurgia bariátrica de Recife/PE, referente ao período pré-operatório de cirurgia bariátrica pela técnica gastrectomia vertical. Foram avaliados: sexo, idade, antropometria (peso e altura), dados clínicos: presença de comorbidades, exames bioquímicos, consumo de álcool, uso de polivitamínico, níveis séricos de vitamina D e resultados de ultrassonografia abdominal. A insuficiência/deficiência de 25OHD foi considerada quando abaixo de 30 ng/mL. A análise estatística foi realizada pelo programa SPSS 13.0 e considerada significativa quando p ≤ 0,05. Resultados: Foram avaliados 164 pacientes, com média de idade de 39,9±10,2 anos, dos quais, 79,9% eram do sexo feminino e 64,6% apresentaram obesidade grau II (média de 39,55±3,35kg/m2).Em relação às comorbidades, 64,8% apresentaram alguma, sendo a hipertensão e o diabetes as mais frequentes (39%; 15,9%) respectivamente. 36% dos pacientes bebiam socialmente e 59% apresentaram hipercolesterolemia. Com relação à doença hepática 76,2% apresentaram algum grau de lesão e 82% apresentaram níveis de vitamina D insuficientes/deficientes.  Conclusão: Houve correlação negativa entre a vitamina D e o perfil lipídico (CT; LDL-C e TG). Não houve associação entre a vitamina D com o IMC. O consumo de álcool mesmo que socialmente foi um fator determinante para insuficiência de vitamina D. Não foram encontradas associações entre a vitamina D e a doença hepática gordurosa não alcoólica. O estudo concluiu que a prevalência de hipovitaminose D é alta, no pré-operatório de cirurgia bariátrica, mas não se conseguiu estabelecer uma relação causal entre essa deficiência e a DHGNA.

    Palavras-chave: Vitamina D. Hipovitaminose D. Obesidade. Cirurgia bariátrica.     Doença hepática gordurosa não alcoólica. Esteatose hepática.


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  • Introdução: A hipovitaminose D está associada a vários processos, incluindo imunomodulação, que modula a lesão, a remodelação do tecido, a fibrogênese e a inflamação crônica, o que pode prevenir a progressão da doença gordurosa hepática crônica. Objetivo: Avaliar a relação entre a hipovitaminose D com a DHGNA, dados clínicos e perfil bioquímico em obesos candidatos a cirurgia bariátrica.  Materias e Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, desenvolvido no serviço de Cirurgia Geral do Hospital das Clínicas de Pernambuco (UFPE) e em um serviço privado de cirurgia bariátrica de Recife/PE, referente ao período pré-operatório de cirurgia bariátrica pela técnica gastrectomia vertical. Foram avaliados: sexo, idade, antropometria (peso e altura), dados clínicos: presença de comorbidades, exames bioquímicos, consumo de álcool, uso de polivitamínico, níveis séricos de vitamina D e resultados de ultrassonografia abdominal. A insuficiência/deficiência de 25OHD foi considerada quando abaixo de 30 ng/mL. A análise estatística foi realizada pelo programa SPSS 13.0 e considerada significativa quando p ≤ 0,05. Resultados: Foram avaliados 164 pacientes, com média de idade de 39,9±10,2 anos, dos quais, 79,9% eram do sexo feminino e 64,6% apresentaram obesidade grau II (média de 39,55±3,35kg/m2).Em relação às comorbidades, 64,8% apresentaram alguma, sendo a hipertensão e o diabetes as mais frequentes (39%; 15,9%) respectivamente. 36% dos pacientes bebiam socialmente e 59% apresentaram hipercolesterolemia. Com relação à doença hepática 76,2% apresentaram algum grau de lesão e 82% apresentaram níveis de vitamina D insuficientes/deficientes.  Conclusão: Houve correlação negativa entre a vitamina D e o perfil lipídico (CT; LDL-C e TG). Não houve associação entre a vitamina D com o IMC. O consumo de álcool mesmo que socialmente foi um fator determinante para insuficiência de vitamina D. Não foram encontradas associações entre a vitamina D e a doença hepática gordurosa não alcoólica. O estudo concluiu que a prevalência de hipovitaminose D é alta, no pré-operatório de cirurgia bariátrica, mas não se conseguiu estabelecer uma relação causal entre essa deficiência e a DHGNA.

    Palavras-chave: Vitamina D. Hipovitaminose D. Obesidade. Cirurgia bariátrica.     Doença hepática gordurosa não alcoólica. Esteatose hepática.

Teses
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  • LUANA PAULA NOGUEIRA DE ARAUJO
  • AVALIAÇÃO ESTRUTURAL DA RETINA EM INDIVÍDUOS INFECTADOS PELO HIV POR MEIO DE ANGIOGRAFIA POR TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA

  • Orientador : RODRIGO PESSOA CAVALCANTI LIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAMILA VIEIRA OLIVEIRA CARVALHO VENTURA
  • JOSE LAMARTINE DE ANDRADE AGUIAR
  • JOSEMBERG MARINS CAMPOS
  • RODRIGO PESSOA CAVALCANTI LIRA
  • VIRGINIA LAURA LUCAS TORRES
  • Data: 02/09/2021

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  • Objetivo: Avaliar a vascularização das diversas camadas retinianas, da coriocapilar e do disco óptico por meio da angiografia por tomografia de coerência óptica, assim como analisar a camada de células ganglionares e a camada de fibras nervosas da retina por meio de tomografia de coerência óptica em indivíduos infectados pelo HIV sem alterações observadas ao exame clínico oftalmológico ou história prévia de doença ocular oportunista em comparação a um grupo controle de indivíduos não infectados pelo HIV. Materiais e métodos: Estudo transversal, observacional e analítico, realizado com amostra de 25 indivíduos portadores de HIV, com contagem de linfócitos T CD4+ superior a 100 células/μl desde o diagnóstico de infecção pelo HIV e ausência de sinais de microangiopatia ao exame de fundoscopia e 25 indivíduos no grupo controle sem infecção pelo HIV. Os indivíduos do estudo foram submetidos ao exame de tomografia de coerência óptica por spectral domain de mácula (SD-OCT) e angiografia por tomografia de coerência óptica de mácula (OCTA), utilizando o sistema AngioVue OCTA (RTVue XR Avanti; Optovue) para extração de dados estruturais de fluxo vascular e espessura de camadas retinianas. Resultados: O grupo HIV mostrou ter menor densidade vascular em algumas regiões do plexo superficial (p<0,05) e não houve diferença na densidade vascular do plexo profundo entre os grupos. Não houve diferença da espessura retiniana nas regiões foveal, parafoveal e perifoveal entre o grupo de indivíduos infectados pelo HIV e o grupo controle. Não houve diferença na dimensão da região avascular da fóvea entre os grupos. A área de fluxo e de não fluxo na retina externa e coriocapilar e a densidade vascular do disco óptico e região peripapilar não apresentaram diferença entre os grupos HIV e controle. Não houve diferença da espessura da camada de células ganglionares entre os grupos, mas a camada de fibras nervosas da retina se mostrou mais estreita em várias regiões e a área da rima neural foi menor no grupo HIV. Conclusão: A infecção pelo HIV pode levar à redução da densidade vascular do plexo retiniano superficial, à redução da área da rima neural e ao afinamento da camada de fibras nervosas da retina, mesmo em indivíduos sem microangiopatia evidenciada pelo exame fundoscópico, portando a OCTA se mostrou eficaz em evidenciar alterações estruturais da microangiopatia do HIV.


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  • Objetivo: Avaliar a vascularização das diversas camadas retinianas, da coriocapilar e do disco óptico por meio da angiografia por tomografia de coerência óptica, assim como analisar a camada de células ganglionares e a camada de fibras nervosas da retina por meio de tomografia de coerência óptica em indivíduos infectados pelo HIV sem alterações observadas ao exame clínico oftalmológico ou história prévia de doença ocular oportunista em comparação a um grupo controle de indivíduos não infectados pelo HIV. Materiais e métodos: Estudo transversal, observacional e analítico, realizado com amostra de 25 indivíduos portadores de HIV, com contagem de linfócitos T CD4+ superior a 100 células/μl desde o diagnóstico de infecção pelo HIV e ausência de sinais de microangiopatia ao exame de fundoscopia e 25 indivíduos no grupo controle sem infecção pelo HIV. Os indivíduos do estudo foram submetidos ao exame de tomografia de coerência óptica por spectral domain de mácula (SD-OCT) e angiografia por tomografia de coerência óptica de mácula (OCTA), utilizando o sistema AngioVue OCTA (RTVue XR Avanti; Optovue) para extração de dados estruturais de fluxo vascular e espessura de camadas retinianas. Resultados: O grupo HIV mostrou ter menor densidade vascular em algumas regiões do plexo superficial (p<0,05) e não houve diferença na densidade vascular do plexo profundo entre os grupos. Não houve diferença da espessura retiniana nas regiões foveal, parafoveal e perifoveal entre o grupo de indivíduos infectados pelo HIV e o grupo controle. Não houve diferença na dimensão da região avascular da fóvea entre os grupos. A área de fluxo e de não fluxo na retina externa e coriocapilar e a densidade vascular do disco óptico e região peripapilar não apresentaram diferença entre os grupos HIV e controle. Não houve diferença da espessura da camada de células ganglionares entre os grupos, mas a camada de fibras nervosas da retina se mostrou mais estreita em várias regiões e a área da rima neural foi menor no grupo HIV. Conclusão: A infecção pelo HIV pode levar à redução da densidade vascular do plexo retiniano superficial, à redução da área da rima neural e ao afinamento da camada de fibras nervosas da retina, mesmo em indivíduos sem microangiopatia evidenciada pelo exame fundoscópico, portando a OCTA se mostrou eficaz em evidenciar alterações estruturais da microangiopatia do HIV.

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  • PATRICIA SAMPAIO GADELHA
  • DISFUNÇÃO VENTRICULAR SUBCLÍNICA NA ACROMEGALIA ATIVA AVALIADA POR MEIO DE ECOCARDIOGRAMA COM STRAIN

  • Orientador : LUCIO VILAR RABELO FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
  • BRIVALDO MARKMAN FILHO
  • LUCIO VILAR RABELO FILHO
  • MARIA INES REMIGIO DE AGUIAR
  • SIMONE CRISTINA SOARES BRANDAO
  • Data: 27/10/2021

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    Introdução Doença cardíaca sintomática pode estar presente em pacientes com acromegalia em estágios mais avançados da doença. Entretanto uma avaliação mais precoce de disfunção ventricular sistólica subclínica pode ser feita mediante a análise do strain miocárdico pelo ecocardiograma com speckle-tracking. O objetivo desse estudo foi avaliar os parâmetros de strain ventricular em pacientes acromegálicos assintomáticos cardiovasculares.

    Métodos Estudo prospectivo, observacional no qual foi realizado ecocardiograma com speckle-tracking em pacientes com acromegalia ativa e sem doença cardíaca conhecida e em grupo controle para avaliar a disfunção ventricular por meio de strain longitudinal global (SLG), strain radial, strain circunferencial e twist. A fração de ejeção de ventrículo esquerdo (VE), o índice de massa de VE (MVE) e a espessura relativa da parede de VE também foram comparadas entre os grupos.

    Resultados Um total de 25 pacientes com acromegalia ativa (mediana de idade, 53 anos; 65% mulheres) e 44 controles foram incluídos. Hipertrofia de VE foi mais prevalente no grupo acromegálico (40% vs 19%, p<0,01). A fração de ejeção de VE foi similar entre os grupos (65.2% ± 5.99 vs 62.9% ± 7.41). Os valores médios de SLG (-18.8 ± 2.49 vs -19.7 ± 3.29, p=0,24), strain circunferencial ( -16.7 ± 3.18 vs -16.6 ± 3.42, p=0,90) e twist (14.6 ± 5.02  vs 15.1 ± 3.94, p=0,60) não foram significativamente diferentes entre os grupos.

    Conclusões Em pacientes acromegálicos, apesar de apresentarem maiores índices de hipertrofia de VE, não houve comprometimento da contratilidade ventricular avaliada pelo ecocardiograma com strain, comparado a um grupo controle.


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    RESUMO

     

    IntroduçãoDoença cardíaca sintomática pode estar presente em pacientes com acromegalia em estágios mais avançados da doença. Entretanto uma avaliação mais precoce de disfunção ventricular sistólica subclínica pode ser feita mediante a análise dostrain miocárdico pelo ecocardiograma com speckle-tracking. Os poucos estudos nessa população até o momento mostraram resultados discordantes de valores de strain.

     

    MétodosEstudo prospectivo, observacional no qualfoi realizadoecocardiograma com speckle-tracking em pacientes com acromegalia ativa e sem doença cardíaca conhecida e em grupo controle para avaliar a disfunção ventricular por meio de strain longitudinal global (SLG), strain radial, strain circunferencial e twist. A fração de ejeção de ventrículo esquerdo (VE), o índice de massa de VE (MVE) e a espessura relativa da parede de VE também foram comparadas entre os grupos.

     

    Resultados parciaisUm total de 25 pacientes com acromegalia ativa (mediana de idade, 53 anos; 65% mulheres) e 50 controles foram incluídos. Dez pacientes (40%) tinham hipertrofia de VE. Houve correlação positiva entre os níveis séricos do fator de crescimento insulina-símile 1 (IGF-1) e a MVE (p = 0,045). A fração de ejeção de VE foi normal em todos os pacientes (65,16 % ± 5,99). O valor de SLG médio no grupo acromegálico foi de -18,84 ± 2,49.

    No momento, aguardamos a análise dostrain dos últimos indivíduos do grupo controle e de sua análise estatística.

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  • JULIANA AMARO BORBOREMA BEZERRA
  • FUNÇÃO RENAL EM PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA

  • Orientador : CARLOS TEIXEIRA BRANDT
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLOS TEIXEIRA BRANDT
  • RODRIGO PESSOA CAVALCANTI LIRA
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • MARIA CECÍLIA SANTOS CAVALCANTI MELO
  • GUILHERME VERAS MASCENA
  • Data: 06/12/2021

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  • INTRODUÇÃO: Obesidade pode causar disfunção renal. A perda de peso no pós-operatório de cirurgia bariátrica, assim como o controle de comorbidades, pode melhorar a função renal dos pacientes. O objetivo desse estudo foi avaliar a função renal de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica usando um biomarcador sensível (cistatina C). MÉTODOS: Pesquisa realizada no Instituto de Cirurgia e Obesidade Eduardo Pachu (ICOEP), Campina Grande - Paraíba, Brasil. Foram realizados 2 tipos de estudo: transversal e tipo coorte. No transversal foram avaliados 29 pacientes (20 mulheres e 9 homens) em pré-operatório de cirurgia bariátrica e 23 (13 mulheres e 10 homens), com idades entre 25 e 57 anos, em pós-operatório com pelo menos dois anos de seguimento. Sete foram submetidos a bypass e 16 à sleeve. No estudo de coorte foram recrutados 35 obesos (25 mulheres e 10 homens), com idades entre 24 a 57 anos, submetidos à cirurgia bariátrica em pré e pós-operatório (12 bypass e 23 sleeve). A média de seguimento foi de 16,2 ± 2,6 meses. Foram excluídos pacientes com doença tireoidiana e com microalbuminúria ≥ 30mg/g. Os níveis séricos de creatinina e cistatina C foram dosados e o ritmo de filtração glomerular (RFG) foi calculado, usando Nefrocalc 2.0, por meio da equação CKD-Epi (Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration) creatinina-cistatina C, com correção para superfície corporal. A investigação foi aprovada pelo Comitê de Ética da UNIFACISA. RESULTADOS: As médias dos índices de massa corporal (IMC) foram significantemente menores no grupo pós-operatório nos estudos transversal e coorte (p < 0,0001). Houve melhora da maioria das comorbidades associadas em ambos os estudos. No estudo transversal não foi observado diferença entre as médias dos ritmos de filtração glomerular, no pré e pós-operatório (p=0,1240). Na coorte foi observada melhora significante das médias dos ritmos de filtração glomerular (p = 0,0091), no grupo pós-operatório, sendo mais expressiva nos pacientes que se submeteram à cirurgia de sleeve em comparação ao bypass (p =0,0008). CONCLUSÃO: Observou-se redução significante do IMC, após a cirurgia bariátrica em ambos os estudos, porém a melhora do ritmo de filtração glomerular foi observada apenas no estudo de coorte.

    Palavras-chave: Obesidade. Cirurgia bariátrica. Função renal. Ritmo de filtração glomerular. Cistatina C.


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  • INTRODUÇÃO: Obesidade pode causar disfunção renal. A perda de peso no pós-operatório de cirurgia bariátrica, assim como o controle de comorbidades, pode melhorar a função renal dos pacientes. O objetivo desse estudo foi avaliar a função renal de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica usando um biomarcador sensível (cistatina C). MÉTODOS: Pesquisa realizada no Instituto de Cirurgia e Obesidade Eduardo Pachu (ICOEP), Campina Grande - Paraíba, Brasil. Foram realizados 2 tipos de estudo: transversal e tipo coorte. No transversal foram avaliados 29 pacientes (20 mulheres e 9 homens) em pré-operatório de cirurgia bariátrica e 23 (13 mulheres e 10 homens), com idades entre 25 e 57 anos, em pós-operatório com pelo menos dois anos de seguimento. Sete foram submetidos a bypass e 16 à sleeve. No estudo de coorte foram recrutados 35 obesos (25 mulheres e 10 homens), com idades entre 24 a 57 anos, submetidos à cirurgia bariátrica em pré e pós-operatório (12 bypass e 23 sleeve). A média de seguimento foi de 16,2 ± 2,6 meses. Foram excluídos pacientes com doença tireoidiana e com microalbuminúria ≥ 30mg/g. Os níveis séricos de creatinina e cistatina C foram dosados e o ritmo de filtração glomerular (RFG) foi calculado, usando Nefrocalc 2.0, por meio da equação CKD-Epi (Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration) creatinina-cistatina C, com correção para superfície corporal. A investigação foi aprovada pelo Comitê de Ética da UNIFACISA. RESULTADOS: As médias dos índices de massa corporal (IMC) foram significantemente menores no grupo pós-operatório nos estudos transversal e coorte (p < 0,0001). Houve melhora da maioria das comorbidades associadas em ambos os estudos. No estudo transversal não foi observado diferença entre as médias dos ritmos de filtração glomerular, no pré e pós-operatório (p=0,1240). Na coorte foi observada melhora significante das médias dos ritmos de filtração glomerular (p = 0,0091), no grupo pós-operatório, sendo mais expressiva nos pacientes que se submeteram à cirurgia de sleeve em comparação ao bypass (p =0,0008). CONCLUSÃO: Observou-se redução significante do IMC, após a cirurgia bariátrica em ambos os estudos, porém a melhora do ritmo de filtração glomerular foi observada apenas no estudo de coorte.

    Palavras-chave: Obesidade. Cirurgia bariátrica. Função renal. Ritmo de filtração glomerular. Cistatina C.

4
  • CAMILLA RIBEIRO LIMA DE FARIAS
  • IMPACTO DA CIRURGIA BARIÁTRICA NA SEXUALIDADE DE OBESOS

  • Orientador : CARLOS TEIXEIRA BRANDT
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLOS TEIXEIRA BRANDT
  • ELIANE MARIA RIBEIRO DE VASCONCELOS
  • EMMANUELLE TENORIO ALBUQUERQUE GODOI B DE BARROS E SILVA
  • ESDRAS MARQUES LINS
  • VANIA PINHEIRO RAMOS
  • Data: 27/12/2021

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  • RESUMO

     

    Obesidade pode produzir diminuição do desejo sexual, baixo desempenho sexual, redução da fertilidade e na freqüência das relações, sendo frequentemente subestimados na prática clínica, afetando negativamente a qualidade de vida. Nesse sentido, a obesidade requer tratamento de múltipla abordagem. Assim, o objetivo do estudo atual foi investigar a sexualidade de indivíduos de ambos os gêneros após cirurgia bariátrica. Trata-se de estudo observacional e analítico com 221 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, tanto sleeve como bypass, no Instituto de Obesidade e Cirurgia Endoscópica da Paraíba (ICOEP), Campina Grande – PB. Foram excluídos pacientes com restrição cognitiva e condições endócrinas graves. Foi utilizado, para mulheres, o Índice de Função Sexual Feminina (FSFI) e para homens o Índice Internacional de Função Erétil (IIEF). Os parâmetros contínuos foram expressos por suas médias e desvios-padrão. Os parâmetros qualitativos foram expressos por suas frequências. p ≤ 0,05 foi usado para rejeitar a hipótese nula. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do CESED. Todos os pacientes recrutados assinaram o termo de consentimento. Foram recrutados 221 pacientes (168 - 76,0% mulheres e 53 - 24,0% homens). A idade variou de 18 a 72 anos, com média de 40,7 ± 10,2 anos. O seguimento médio foi de 2,9 ± 1,7 anos. A etnia mais frequente foi a parda (114 - 51,6%). Quanto ao estado civil, (163 - 73,8%) eram casados e a maioria completou o ensino superior (119 - 53,8%). Foi observada redução significativa do IMC - p <0,001. Cento e setenta e cinco (79,2%) apresentavam diabetes tipo 2 isolado e hipertensão ou ambos; a maioria apresentou controle das morbidades associadas. Observou-se que a frequência em relação à função sexual feminina foi semelhante entre aquelas que estavam acima do ponto de corte para boa função sexual e aquelas que não apresentavam essa condição (n = 85; 50,6%; p = 0,877). O domínio satisfação sexual apresentou, em sua maioria, pontuação abaixo do 2º quartil (n = 99; 58,9%; p = 0,021), indicando que essas mulheres apresentavam função sexual prejudicada. Vale ressaltar que quase 80% dos homens relataram ter função erétil normal. Além disso, seis homens (11,3%) tornaram-se pais. A função sexual geral, após a cirurgia bariátrica, é semelhante nos homens em comparação com as mulheres. Pode-se concluir que a tendência de melhores resultados é mais evidente em homens submetidos à cirurgia bariátrica. A observação sobre a alta frequência de função erétil normal e paternidade entre os homens dá suporte a esse resultado.

     

    Palavras-chave: Obesidade, Disfunções sexuais, Disfunção erétil, Cirurgia bariátrica.


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  • RESUMO

     

    Obesidade pode produzir diminuição do desejo sexual, baixo desempenho sexual, redução da fertilidade e na freqüência das relações, sendo frequentemente subestimados na prática clínica, afetando negativamente a qualidade de vida. Nesse sentido, a obesidade requer tratamento de múltipla abordagem. Assim, o objetivo do estudo atual foi investigar a sexualidade de indivíduos de ambos os gêneros após cirurgia bariátrica. Trata-se de estudo observacional e analítico com 221 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, tanto sleeve como bypass, no Instituto de Obesidade e Cirurgia Endoscópica da Paraíba (ICOEP), Campina Grande – PB. Foram excluídos pacientes com restrição cognitiva e condições endócrinas graves. Foi utilizado, para mulheres, o Índice de Função Sexual Feminina (FSFI) e para homens o Índice Internacional de Função Erétil (IIEF). Os parâmetros contínuos foram expressos por suas médias e desvios-padrão. Os parâmetros qualitativos foram expressos por suas frequências. p ≤ 0,05 foi usado para rejeitar a hipótese nula. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do CESED. Todos os pacientes recrutados assinaram o termo de consentimento. Foram recrutados 221 pacientes (168 - 76,0% mulheres e 53 - 24,0% homens). A idade variou de 18 a 72 anos, com média de 40,7 ± 10,2 anos. O seguimento médio foi de 2,9 ± 1,7 anos. A etnia mais frequente foi a parda (114 - 51,6%). Quanto ao estado civil, (163 - 73,8%) eram casados e a maioria completou o ensino superior (119 - 53,8%). Foi observada redução significativa do IMC - p <0,001. Cento e setenta e cinco (79,2%) apresentavam diabetes tipo 2 isolado e hipertensão ou ambos; a maioria apresentou controle das morbidades associadas. Observou-se que a frequência em relação à função sexual feminina foi semelhante entre aquelas que estavam acima do ponto de corte para boa função sexual e aquelas que não apresentavam essa condição (n = 85; 50,6%; p = 0,877). O domínio satisfação sexual apresentou, em sua maioria, pontuação abaixo do 2º quartil (n = 99; 58,9%; p = 0,021), indicando que essas mulheres apresentavam função sexual prejudicada. Vale ressaltar que quase 80% dos homens relataram ter função erétil normal. Além disso, seis homens (11,3%) tornaram-se pais. A função sexual geral, após a cirurgia bariátrica, é semelhante nos homens em comparação com as mulheres. Pode-se concluir que a tendência de melhores resultados é mais evidente em homens submetidos à cirurgia bariátrica. A observação sobre a alta frequência de função erétil normal e paternidade entre os homens dá suporte a esse resultado.

     

    Palavras-chave: Obesidade, Disfunções sexuais, Disfunção erétil, Cirurgia bariátrica.

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