|
Dissertações |
|
1
|
-
VINICIUS GUEIROS BUENOS AIRES
-
ALTERAÇÕES ORTOPÉDICAS EM PACIENTES COM MICROCEFALIA ASSOCIADA A INFECÇÃO CONGÊNITA POR ZIKA VÍRUS
-
Orientador : EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
-
MEMBROS DA BANCA :
-
EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
-
MARIA INES REMIGIO DE AGUIAR
-
PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
-
Data: 14/01/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
Introdução: A síndrome congênita do Zika vírus tem sido um problema crítico de saúde pública em todo o mundo, evidenciado principalmente após o aparecimento de bebês com microcefalia associada à microcefalia no Nordeste do Brasil entre 2014 e 2015. Zika vírus, perfil epidemiológico, quais são as características dos distúrbios ortopédicos e sua relação com gravidez. Métodos: Foram revisados 44 prontuários de lactentes com microcefalia atendidos na AACD / PE. Os pacientes incluídos no estudo eram de área endêmica de infecção pelo vírus Zika que tinham todos os seus dados devidamente preenchidos e excluíram aqueles com sorologia positiva para outra doença ou dados de registros incompletos. Esses pacientes foram divididos em dois grupos, com sorologia positiva para o vírus Zika e com sorologia negativa ou não realizada. Resultados / Discussão Após a revisão dos dados dos pacientes, encontramos uma prevalência de achados ortopédicos em%. Os membros inferiores foram a área mais comumente afetada. Também encontramos uma incidência anormalmente alta de artrogripose (refletindo os achados de Linden et al) e displasia do desenvolvimento do quadril, que foi a mais prevalente. A maioria dos pacientes apresentou mais de uma deformidade. Também não encontramos associação estatisticamente significativa entre a sorologia materna negativa para o Zika vírus e a presença de microcefalia ou distúrbios ortopédicos, questionando a capacidade desse exame em descartar alterações do exame físico;
Palavras-chave: Microcefalia; Vírus Zika; Alterações ortopédicas, infecções congênitas
-
Mostrar Abstract
-
Introdução: A síndrome congênita do Zika vírus tem sido um problema crítico de saúde pública em todo o mundo, evidenciado principalmente após o aparecimento de bebês com microcefalia associada à microcefalia no Nordeste do Brasil entre 2014 e 2015. Zika vírus, perfil epidemiológico, quais são as características dos distúrbios ortopédicos e sua relação com gravidez. Métodos: Foram revisados 44 prontuários de lactentes com microcefalia atendidos na AACD / PE. Os pacientes incluídos no estudo eram de área endêmica de infecção pelo vírus Zika que tinham todos os seus dados devidamente preenchidos e excluíram aqueles com sorologia positiva para outra doença ou dados de registros incompletos. Esses pacientes foram divididos em dois grupos, com sorologia positiva para o vírus Zika e com sorologia negativa ou não realizada. Resultados / Discussão Após a revisão dos dados dos pacientes, encontramos uma prevalência de achados ortopédicos em%. Os membros inferiores foram a área mais comumente afetada. Também encontramos uma incidência anormalmente alta de artrogripose (refletindo os achados de Linden et al) e displasia do desenvolvimento do quadril, que foi a mais prevalente. A maioria dos pacientes apresentou mais de uma deformidade. Também não encontramos associação estatisticamente significativa entre a sorologia materna negativa para o Zika vírus e a presença de microcefalia ou distúrbios ortopédicos, questionando a capacidade desse exame em descartar alterações do exame físico.
|
|
2
|
-
RENATA CRISTINA LACERDA BITENCOURT
-
PERFIL DO PESO DE MULHERES SOBREVIVENTES AO CÂNCER DE MAMA DURANTE E UM MÊS APÓS A QUIMIOTERAPIA NEOADJUVENTE
-
Orientador : PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
-
MEMBROS DA BANCA :
-
EMMANUELLE TENORIO ALBUQUERQUE GODOI B DE BARROS E SILVA
-
MARIA INES REMIGIO DE AGUIAR
-
PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
-
Data: 03/02/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
Introdução: A quimioterapia neoadjuvante, utilizada antes do tratamento cirúrgico, tem se tornado padrão para tumores inflamatórios e localmente avançados, permitindo uma abordagem cirúrgica que possibilita maior conservação de tecido mamário. Existem indícios de que a mudança no peso durante o tratamento com QT pode estar relacionada à redução da sobrevida e aumento do risco de retorno da doença, através da proliferação de células neoplásicas induzidas pela obesidade. Objetivo: A pesquisa teve como objetivo determinar o perfil de peso de mulheres sobreviventes de câncer de mama durante e após o tratamento de QTN e determinar se há uma maior tendência a ganho de peso em comparação com a pacientes que não realizaram esse tratamento. Método: trata-se de um estudo transversal observacional, em pacientes com diagnóstico de câncer de mama. Analisado a variação de peso, IMC, circunferência da cintura, circunferência do quadril e relação cintura-quadril, entre paciente que realizaram quimioterapia neoadjuvante e as que não realizaram esse tratamento. Resultado: Um total de 60 de mulheres com diagnóstico de câncer de mama foram avaliadas. Não foi observada diferença significativa no peso (p-0,578), IMC (p-0,578), circunferência da cintura (p-0,423), circunferência do quadril (p-0,176), relação cintura-quadril (p- 0,904) após um mês de cirurgia. Em relação aos subtipos moleculares não foram observados diferença de ganho e perda de peso nos principais grupos. As pacientes que realizaram quimioterapia neoadjuvante perderam peso durante o tratamento. Conclusão: Não foi possível observar diferença significativa entre os grupos que realizaram QTN e o grupo que não realizou QTN após um mês de cirurgia no que se refere a peso, IMC, circunferência da cintura, circunferência do quadril e RCQ. A variação de peso foi quase indiferente nos grupos de classificação molecular do câncer de mama. Foi possível observar também que a pacientes que realizaram QTN perderam peso durante esse tratamento, demostrando uma tendência de recuperação do peso perdido.
Palavras-chave: Câncer de mama 1. Quimioterapia neoadjuvante 2. Ganho de peso
-
Mostrar Abstract
-
Introdução: A quimioterapia neoadjuvante, utilizada antes do tratamento cirúrgico, tem se tornado padrão para tumores inflamatórios e localmente avançados, permitindo uma abordagem cirúrgica que possibilita maior conservação de tecido mamário. Existem indícios de que a mudança no peso durante o tratamento com QT pode estar relacionada à redução da sobrevida e aumento do risco de retorno da doença, através da proliferação de células neoplásicas induzidas pela obesidade. Objetivo: A pesquisa teve como objetivo determinar o perfil de peso de mulheres sobreviventes de câncer de mama durante e após o tratamento de QTN e determinar se há uma maior tendência a ganho de peso em comparação com a pacientes que não realizaram esse tratamento. Método: trata-se de um estudo transversal observacional, em pacientes com diagnóstico de câncer de mama. Analisado a variação de peso, IMC, circunferência da cintura, circunferência do quadril e relação cintura-quadril, entre paciente que realizaram quimioterapia neoadjuvante e as que não realizaram esse tratamento. Resultado: Um total de 60 de mulheres com diagnóstico de câncer de mama foram avaliadas. Não foi observada diferença significativa no peso (p-0,578), IMC (p-0,578), circunferência da cintura (p-0,423), circunferência do quadril (p-0,176), relação cintura-quadril (p- 0,904) após um mês de cirurgia. Em relação aos subtipos moleculares não foram observados diferença de ganho e perda de peso nos principais grupos. As pacientes que realizaram quimioterapia neoadjuvante perderam peso durante o tratamento. Conclusão: Não foi possível observar diferença significativa entre os grupos que realizaram QTN e o grupo que não realizou QTN após um mês de cirurgia no que se refere a peso, IMC, circunferência da cintura, circunferência do quadril e RCQ. A variação de peso foi quase indiferente nos grupos de classificação molecular do câncer de mama. Foi possível observar também que a pacientes que realizaram QTN perderam peso durante esse tratamento, demostrando uma tendência de recuperação do peso perdido.
Palavras-chave: Câncer de mama 1. Quimioterapia neoadjuvante 2. Ganho de peso
|
|
3
|
-
DENIS WAKED DE BRITO
-
AVALIAÇÃO DO PERFIL METABÓLICO URINÁRIO RELACIONADO À NEFROLITÍASE EM PACIENTES SUBMETIDOS À GASTRECTOMIA VERTICAL: um estudo prospectivo
-
Orientador : FLAVIO KREIMER
-
MEMBROS DA BANCA :
-
FLAVIO KREIMER
-
ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
-
FABIO DE OLIVEIRA VILAR
-
Data: 06/02/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
Introdução: A obesidade é uma doença de alta prevalência na atualidade e a cirurgia bariátrica é uma das formas de tratamento mais eficazes para os casos graves. A associação entre as cirurgias disabsortivas e o desenvolvimento de nefrolitíase está bem estabelecida, porém estudos prospectivos abordando pacientes submetidos à gastrectomia vertical (GV) são escassos. Objetivo: Analisar o perfil bioquímico urinário relacionado à nefrolitogênese em pacientes obesos submetidos à gastrectomia vertical no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Método: Estudo prospectivo no qual 32 indivíduos foram submetidos a análise de urina de 24h no período pré-operatório (sete dias antes da cirurgia) e seis meses após realizarem a GV. As variáveis bioquímicas dosadas foram: volume urinário, oxalúria, citratúria, uricosúria, calciúria, magnesiúria, creatininúria, pH e supersaturação de oxalato de cálcio. Resultados: Os pacientes eram majoritariamente mulheres (26 - 81,2%), com média de idade de 40,6 anos. O índice de massa corpórea médio pré e pós-operatório foi de 47,1 kg/m2 e 35,5 kg/m2 , respectivamente (p <0,001). O volume de urina foi significativamente reduzido na avaliação pós-operatória em ambos os valores: absolutos (2242,50 x 1240,94 mL, p <0,001) e ajustados ao peso corporal (18,58 mL/kg x 13,92 mL/kg, p <0,001). A supersaturação de oxalato de cálcio (SSCaOx) aumentou significativamente após a GV (0,11 x 0,24, p <0,001). Além disso, os níveis de ácido úrico foram significativamente reduzidos na avaliação pós-operatória (482,34 mg x 434,75 mg, p = 0,027). O pH urinário, oxalato, cálcio, citrato e o magnésio não apresentaram variações significativas entre os períodos pré e pós-operatório. Conclusão: A GV promove alterações no metabolismo urinário, sobretudo na redução da diurese e consequente aumento da SSCaOx, além de diminuir a uricosúria. Este procedimento não altera significativamente a excreção de cálcio, oxalato, citrato e magnésio, bem como o pH urinário.
-
Mostrar Abstract
-
Introdução: A obesidade é uma doença de alta prevalência na atualidade e a cirurgia bariátrica é uma das formas de tratamento mais eficazes para os casos graves. A associação entre as cirurgias disabsortivas e o desenvolvimento de nefrolitíase está bem estabelecida, porém estudos prospectivos abordando pacientes submetidos à gastrectomia vertical (GV) são escassos. Objetivo: Analisar o perfil bioquímico urinário relacionado à nefrolitogênese em pacientes obesos submetidos à gastrectomia vertical no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Método: Estudo prospectivo no qual 32 indivíduos foram submetidos a análise de urina de 24h no período pré-operatório (sete dias antes da cirurgia) e seis meses após realizarem a GV. As variáveis bioquímicas dosadas foram: volume urinário, oxalúria, citratúria, uricosúria, calciúria, magnesiúria, creatininúria, pH e supersaturação de oxalato de cálcio. Resultados: Os pacientes eram majoritariamente mulheres (26 - 81,2%), com média de idade de 40,6 anos. O índice de massa corpórea médio pré e pós-operatório foi de 47,1 kg/m2 e 35,5 kg/m2 , respectivamente (p <0,001). O volume de urina foi significativamente reduzido na avaliação pós-operatória em ambos os valores: absolutos (2242,50 x 1240,94 mL, p <0,001) e ajustados ao peso corporal (18,58 mL/kg x 13,92 mL/kg, p <0,001). A supersaturação de oxalato de cálcio (SSCaOx) aumentou significativamente após a GV (0,11 x 0,24, p <0,001). Além disso, os níveis de ácido úrico foram significativamente reduzidos na avaliação pós-operatória (482,34 mg x 434,75 mg, p = 0,027). O pH urinário, oxalato, cálcio, citrato e o magnésio não apresentaram variações significativas entre os períodos pré e pós-operatório. Conclusão: A GV promove alterações no metabolismo urinário, sobretudo na redução da diurese e consequente aumento da SSCaOx, além de diminuir a uricosúria. Este procedimento não altera significativamente a excreção de cálcio, oxalato, citrato e magnésio, bem como o pH urinário.
|
|
4
|
-
WENDELL RICARDO DE MEDEIROS ALVES FERNANDES
-
Efeitos da cirurgia bariátrica na doença venosa crônica dos membros inferiores.
-
Orientador : ESDRAS MARQUES LINS
-
MEMBROS DA BANCA :
-
ESDRAS MARQUES LINS
-
ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
-
FERNANDA APPOLONIO ROCHA
-
Data: 14/02/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
INTRODUÇÃO: Obesidade e sobrepeso são fatores de risco para a doença venosa crônica. A perda de peso no pós-operatório de cirurgia bariátrica, pode reduzir a pressão intra-abdominal, melhorar a mobilidade e por fim melhorar a hemodinâmica venosa e os sintomas relacionados a IVC. O objetivo desse estudo foi Avaliar os efeitos da cirurgia bariátrica na IVC dos MMII em pacientes obesos submetidos à CB. MÉTODOS: Pesquisa realizada na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), sendo realizadas medidas de calibres e refluxo de veias safenas magnas e parvas, aplicação de questionário de sintomas e qualidade de vida em doença venosa Veins Sym/QoL e medidas de dados antropométricos antes de após 6 meses a 2 anos de pós operatório de CB. RESULTADOS: As médias dos índices de massa corporal (IMC) foram significantemente menores no grupo pós-operatório nos estudos transversal e coorte (p < 0,0001). Não houve diferença estatística entre os grupos quanto a refluxo de VSM ou VSM. Houve diferença estatística entre os calibres de VSM em alguns segmentos da VSM. Quanto a sintomas e qualidade de vida, não houve diferenças. CONCLUSÃO: No segmento de 6 meses a 2 anos após a CB, não houve piora quanto ao estudo Doppler ou sintomas relacionados a IVC, ao passo que ocorreu redução de calibre de VSM em alguns segmentos. Ensaios clínicos com maior N e segmento devem ser realizados.
Palavras-chave: Obesidade. Cirurgia bariátrica. Insuficiência venosa crônica. Ultrassom Doppler.
-
Mostrar Abstract
-
INTRODUÇÃO: Obesidade e sobrepeso são fatores de risco para a doença venosa crônica. A perda de peso no pós-operatório de cirurgia bariátrica, pode reduzir a pressão intra-abdominal, melhorar a mobilidade e por fim melhorar a hemodinâmica venosa e os sintomas relacionados a IVC. O objetivo desse estudo foi Avaliar os efeitos da cirurgia bariátrica na IVC dos MMII em pacientes obesos submetidos à CB. MÉTODOS: Pesquisa realizada na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), sendo realizadas medidas de calibres e refluxo de veias safenas magnas e parvas, aplicação de questionário de sintomas e qualidade de vida em doença venosa Veins Sym/QoL e medidas de dados antropométricos antes de após 6 meses a 2 anos de pós operatório de CB. RESULTADOS: As médias dos índices de massa corporal (IMC) foram significantemente menores no grupo pós-operatório nos estudos transversal e coorte (p < 0,0001). Não houve diferença estatística entre os grupos quanto a refluxo de VSM ou VSM. Houve diferença estatística entre os calibres de VSM em alguns segmentos da VSM. Quanto a sintomas e qualidade de vida, não houve diferenças. CONCLUSÃO: No segmento de 6 meses a 2 anos após a CB, não houve piora quanto ao estudo Doppler ou sintomas relacionados a IVC, ao passo que ocorreu redução de calibre de VSM em alguns segmentos. Ensaios clínicos com maior N e segmento devem ser realizados.
Palavras-chave: Obesidade. Cirurgia bariátrica. Insuficiência venosa crônica. Ultrassom Doppler.
|
|
5
|
-
VANESSA PATRICIA XAVIER BATISTA
-
ASSOCIAÇÃO DOS COMPORTAMENTOS DE RISCO À SAÚDE E O REGANHO DE PESO CORPORAL PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA EM TEMPOS DE PANDEMIA: ESTUDO DE COORTE
-
Orientador : FLAVIO KREIMER
-
MEMBROS DA BANCA :
-
EDIL DE ALBUQUERQUE RODRIGUES FILHO
-
FLAVIO KREIMER
-
PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
-
Data: 15/02/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
ASSOCIAÇÃO DOS COMPORTAMENTOS DE RISCO À SAÚDE E O REGANHO DE PESO CORPORAL PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA EM TEMPOS DE PANDEMIA: ESTUDO DE COORTE
RESUMO:
A cirurgia bariátrica promove perda ponderal de peso corporal no período entre 18 e 24 meses de pós-operatório, porém, comportamentos de risco à saúde são determinantes para essa perda ou para o reganho de peso corporal pós-cirurgia. O período de pandemia de COVID-19 e o isolamento social podem ocasionar piora nos comportamentos de risco à saúde. Desta forma, o estudo tem como objetivo verificar a associação dos fatores de risco para o reganho de peso de pacientes pós-cirurgia se mostraram mais determinantes no período da pandemia do COVID-19. Estudo de coorte, com 46 obesos, de ambos os sexos, expostos a cirurgia bariátrica, de 2017 a 2019, cadastrados no Programa de Cirurgia Bariátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. As variáveis analisadas foram idade, sexo, escolaridade, classe econômica, tempo de pós-operatório, IMC, estilo de vida, nível de atividade física, qualidade de vida e aspectos bioquímicos. A maioria da amostra foi composta por mulheres (84,8%) com idade de 50 a 64 anos (45,7%), o maior percentual (47,8%) foi submetido a cirurgia no ano de 2017. O peso médio foi 127,63 ± 34,23 kg e 34,72 ± 6,91 kg/m2 no momento da operação. O peso mínimo atingido foi 81,26 ± 21,35 kg, e o peso atual médio em pandemia foi 89,99 ± 23,16kg. O aumento de peso maior foi observado em pacientes que se operarão em 2017 com uma média de 12,39 ± 10,01kg, no entanto pacientes de 2018 e 2019 também demonstraram aumento de peso de 6,66 ± 4,45 kg e 3,56 ± 4,40kg, respectivamente. O aspecto geral de saúde, vitalidade e aspectos sociais foram o que apresentaram significância estatística para o reganho de peso. A cirurgia bariátrica promove redução adequada do excesso de peso corporal, podendo ter reganho ponderal do peso após alguns anos; aspectos gerais de saúde se mostraram determinantes para a ocorrência do reganho de peso.
Palavras-Chave: Obesity; Risk Factore; Bariatric Sugery; Weight loss surgery; Coronavirus Infections
-
Mostrar Abstract
-
ASSOCIAÇÃO DOS COMPORTAMENTOS DE RISCO À SAÚDE E O REGANHO DE PESO CORPORAL PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA EM TEMPOS DE PANDEMIA: ESTUDO DE COORTE
RESUMO:
A cirurgia bariátrica promove perda ponderal de peso corporal no período entre 18 e 24 meses de pós-operatório, porém, comportamentos de risco à saúde são determinantes para essa perda ou para o reganho de peso corporal pós-cirurgia. O período de pandemia de COVID-19 e o isolamento social podem ocasionar piora nos comportamentos de risco à saúde. Desta forma, o estudo tem como objetivo verificar a associação dos fatores de risco para o reganho de peso de pacientes pós-cirurgia se mostraram mais determinantes no período da pandemia do COVID-19. Estudo de coorte, com 46 obesos, de ambos os sexos, expostos a cirurgia bariátrica, de 2017 a 2019, cadastrados no Programa de Cirurgia Bariátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. As variáveis analisadas foram idade, sexo, escolaridade, classe econômica, tempo de pós-operatório, IMC, estilo de vida, nível de atividade física, qualidade de vida e aspectos bioquímicos. A maioria da amostra foi composta por mulheres (84,8%) com idade de 50 a 64 anos (45,7%), o maior percentual (47,8%) foi submetido a cirurgia no ano de 2017. O peso médio foi 127,63 ± 34,23 kg e 34,72 ± 6,91 kg/m2 no momento da operação. O peso mínimo atingido foi 81,26 ± 21,35 kg, e o peso atual médio em pandemia foi 89,99 ± 23,16kg. O aumento de peso maior foi observado em pacientes que se operarão em 2017 com uma média de 12,39 ± 10,01kg, no entanto pacientes de 2018 e 2019 também demonstraram aumento de peso de 6,66 ± 4,45 kg e 3,56 ± 4,40kg, respectivamente. O aspecto geral de saúde, vitalidade e aspectos sociais foram o que apresentaram significância estatística para o reganho de peso. A cirurgia bariátrica promove redução adequada do excesso de peso corporal, podendo ter reganho ponderal do peso após alguns anos; aspectos gerais de saúde se mostraram determinantes para a ocorrência do reganho de peso.
Palavras-Chave: Obesity; Risk Factore; Bariatric Sugery; Weight loss surgery; Coronavirus Infections
|
|
6
|
-
CICILIA FRAGA ROCHA PONTES
-
ANÁLISE DOS PARÂMETROS CLÍNICOS E ULTRASSONOGRÁFICOS DE MULHERES COM ENDOMETRIOSE PROFUNDA
-
Orientador : JOSE LUIZ DE FIGUEIREDO
-
MEMBROS DA BANCA :
-
LUIZ CARLOS DE ABREU
-
JOSE LUIZ DE FIGUEIREDO
-
JOSIMARIO JOAO DA SILVA
-
Data: 15/02/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
Introdução: Endometriose é uma doença que acomete 10% das mulheres em idade reprodutiva. A forma profunda, espectro mais grave, ocorre quando o tecido semelhante ao endométrio, infiltra tecidos abaixo da superfície peritoneal ou a camada muscular de órgãos como o intestino, o ureter, a bexiga ou a vagina. As portadoras de endometriose profunda (EP) costumam apresentar sintomas álgicos e infertilidade, que são agravados com o diagnóstico tardio. A ultrassonografia pélvica endovaginal com preparo intestinal (USGTVP) é capaz de mapear e caracterizar as lesões com alta precisão, inclusive no compartimento extraperitoneal. Objetivo: Analisar o perfil clínico, epidemiológico e a distribuição anatômica das lesões em pacientes portadoras de EP diagnosticadas através da USGTVP. Método: Estudo transversal, prospectivo, que analisou 227 pacientes com diagnóstico ultrassonográfico de endometriose profunda. Resultados: Infertilidade acometeu 43,8% das pacientes. Sintomas álgicos considerados como moderado ou grave (Escala Visual Analógica, EVA ≥ 3) apresentaram a seguinte prevalência: dismenorreia em 84,7%, dispareunia em 69,1%, disquezia menstrual em 60,7% e disúria menstrual em 35,7% das pacientes. Antecedente de múltiplas cirurgias ocorreu em 10,4 % e apenas 6,8 % das portadoras haviam realizado fisioterapia para assoalho pélvico. A distribuição dos locais acometidos por lesões endometrióticas ocorreu da seguinte forma: 87,6% no espaço retrocervical, 54,0% no intestino, 35,0% do espaço retrouterino, 29,1% no espaço retovaginal, 6,7% na bexiga, 13,7% na vagina e 1,3% no ureter. Endometrioma estava presente em 44,9% das pacientes. Conclusão: Dismenorréia, dispareunia e disquezia mestrual foram os sintomas mais prevalentes. O acometimento da região retrocervical estava presente na grande maioria das pacientes com EP. O frequente acometimento intestinal reforça a necessidade de avaliação multidisciplinar, em especial do coloproctologista. A alta prevalência de pacientes com múltiplas abordagens sinaliza que ainda existe distância entre realidade as orientações dos consensos mundiais. Este estudo, ao selecionar a amostra estudada com base em critérios diagnósticos ultrassonográficos, abre horizonte para uma nova forma de metodologia de análise das pacientes com EP, capaz de aproximá-la da população geral.
Palavras-chave: Endometriose profunda; Ultrassonografia transvaginal; Preparo intestinal; Dor pélvica; Infertilidade, Saúde pública.
-
Mostrar Abstract
-
Introdução: Endometriose é uma doença que acomete 10% das mulheres em idade reprodutiva. A forma profunda, espectro mais grave, ocorre quando o tecido semelhante ao endométrio, infiltra tecidos abaixo da superfície peritoneal ou a camada muscular de órgãos como o intestino, o ureter, a bexiga ou a vagina. As portadoras de endometriose profunda (EP) costumam apresentar sintomas álgicos e infertilidade, que são agravados com o diagnóstico tardio. A ultrassonografia pélvica endovaginal com preparo intestinal (USGTVP) é capaz de mapear e caracterizar as lesões com alta precisão, inclusive no compartimento extraperitoneal. Objetivo: Analisar o perfil clínico, epidemiológico e a distribuição anatômica das lesões em pacientes portadoras de EP diagnosticadas através da USGTVP. Método: Estudo transversal, prospectivo, que analisou 227 pacientes com diagnóstico ultrassonográfico de endometriose profunda. Resultados: Infertilidade acometeu 43,8% das pacientes. Sintomas álgicos considerados como moderado ou grave (Escala Visual Analógica, EVA ≥ 3) apresentaram a seguinte prevalência: dismenorreia em 84,7%, dispareunia em 69,1%, disquezia menstrual em 60,7% e disúria menstrual em 35,7% das pacientes. Antecedente de múltiplas cirurgias ocorreu em 10,4 % e apenas 6,8 % das portadoras haviam realizado fisioterapia para assoalho pélvico. A distribuição dos locais acometidos por lesões endometrióticas ocorreu da seguinte forma: 87,6% no espaço retrocervical, 54,0% no intestino, 35,0% do espaço retrouterino, 29,1% no espaço retovaginal, 6,7% na bexiga, 13,7% na vagina e 1,3% no ureter. Endometrioma estava presente em 44,9% das pacientes. Conclusão: Dismenorréia, dispareunia e disquezia mestrual foram os sintomas mais prevalentes. O acometimento da região retrocervical estava presente na grande maioria das pacientes com EP. O frequente acometimento intestinal reforça a necessidade de avaliação multidisciplinar, em especial do coloproctologista. A alta prevalência de pacientes com múltiplas abordagens sinaliza que ainda existe distância entre realidade as orientações dos consensos mundiais. Este estudo, ao selecionar a amostra estudada com base em critérios diagnósticos ultrassonográficos, abre horizonte para uma nova forma de metodologia de análise das pacientes com EP, capaz de aproximá-la da população geral.
Palavras-chave: Endometriose profunda; Ultrassonografia transvaginal; Preparo intestinal; Dor pélvica; Infertilidade, Saúde pública.
|
|
7
|
-
ISABELLE MARIA CABRAL DO NASCIMENTO
-
NÍVEIS DE VITAMINA D E PERFIL LIPÍDICO EM PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA BARIÁTRICA
-
Orientador : ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
-
MEMBROS DA BANCA :
-
ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
-
FLAVIO KREIMER
-
POLIANA COELHO CABRAL
-
Data: 16/02/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
Introdução: O Brasil já é vice-líder global em número de cirurgias bariátricas do mundo, sendo considerada a terapia mais eficaz para perda peso em pacientes obesos, porém ela está associada a uma série de deficiências vitamínicas, minerais e metabólicas. Objetivo: Avaliar a associação dos níveis de vitamina D com perfil lipídico e esteatose hepática em pacientes obesos submetidos à cirurgia bariátrica. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, realizado em Hospital Universitário de Recife/PE, onde foram coletados dados correspondentes ao pré-operatório, 6, 12 e 24 meses após a cirurgia bariátrica. Foram avaliados: sexo, idade, comorbidades, tipo de cirurgia, vitamina D (VD), colesterol total (CT), lipoproteína de baixa densidade (LDL), lipoproteína de alta densidade (HDL) e triglicerídeos (TG). A insuficiência/deficiência de VD foi considerada quando abaixo de 30 ng/mL. Resultados: Foram avaliados 156 pacientes, com média de idade de 40 ± 11,17 anos, dos quais, 78,4% eram do sexo feminino e 58,7% foram submetidos ao Sleeve Gástrico (SG). Em relação a VD, 81,6% apresentavam insuficiência/deficiência no pré-operatório. Quanto ao perfil lipídico, 56,5% e 40,1% tinha CT e TG indesejável, respectivamente. O CT e a VD apresentou uma relação significativa e negativa após 2 anos de cirurgia naqueles pacientes submetidos a DGYR (Rô = -0,31; p = 0,020). Ao comparar os tipos de cirurgia SG e Derivação Gástrica em Y de Roux (DGYR) foi visto que o perfil lipídico mostrou uma redução significativa em ambas cirurgias, exceto com o LDL que houve redução apenas DGYR (p<0,001). A VD mostrou diferença apenas para GV (p<0,001), ela também apresentou uma correlação negativa mensurada após 6 meses e 24 meses com a idade (r = -0,16; p = 0,029) e (r = -0,22; p = 0,010), respectivamente. Também foi visto que 83,8% das pessoas com esteatose hepática estavam com hipovitaminose D no préoperatório. Conclusão: A prevalência de hipovitaminose D é alta, tanto no pré como no pós-operatório, em relação ao perfil lipídico quanto menor nível de VD maior o CT assim como a idade. A técnica do GV está associada a melhores níveis de vitamina D. A esteatose hepática está associada a hipovitaminose D. Palavras-chave: Obesidade. Vitamina D. Hipovitaminose D. Cirurgia Bariátrica. Derivação gástrica em Y de Roux. Gastrectomia vertical. Perfil Lipídico
-
Mostrar Abstract
-
O Brasil já é vice-líder global em número de cirurgias bariátricas do mundo, sendo considerada a terapia mais eficaz para perda peso em pacientes obesos, porém ela está associada a uma série de deficiências vitamínicas, minerais e metabólicas. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito dos níveis de vitamina D e perfil lipídico em pacientes obesos submetidos à cirurgia bariátrica. Trata-se de um estudo retrospectivo, realizado em Recife/PE, onde foram coletados dados correspondentes ao pré-operatório, 6, 12 e 24 meses após a cirurgia bariátrica. Foram avaliados: sexo, idade, comorbidades, tipo de cirurgia, vitamina D (VD), colesterol total (CT), lipoproteína de baixa densidade (LDL), lipoproteína de alta densidade (HDL), triglicerídeos (TG) e perfil glicêmico. A insuficiência/deficiência de 25OHD foi considerada quando abaixo de 30 ng/mL. A estatística foi executada pelo SPSS 20.0 e considerada significativa quando p ≤ 0,05. Foram avaliados 208 pacientes, com média de idade de 40 ± 11,17 anos, dos quais, 78,4% eram do sexo feminino e 58,7% foram submetidos ao Sleeve Gástrico (SG). Em relação a VD, 81,6% apresentavam insuficiência/deficiência no pré-operatório. Quanto ao perfil lipídico, 56,5% e 40,1% tinha CT e TG indesejável. Ao comparar os tipos de cirurgia SG e Derivação Gástrica em Y de Roux (DGYR) foi visto que o perfil lipídico mostrou uma redução significativa em ambas cirurgias, exceto com o LDL que houve redução apenas DGYR (p<0,001). A VD houve diferença apenas para GV (p<0,001), ela também apresentou uma correlação negativa mensurada após 6 meses e 24 meses com a idade (r = -0,16; p = 0,029) e (r = -0,22; p = 0,010), respectivamente. O CT e a VD mostrou uma relação significativa e negativa após 2 anos de cirurgia naqueles pacientes submetidos a DGYR (Rô = -0,31; p = 0,020). Também foi visto que 84,1% das pessoas com esteatose hepática estavam com hipovitaminose D. O estudo concluiu que a prevalência de hipovitaminose D é alta, tanto no pré como no pósoperatório e que quanto menor nível de VD maior o CT. A técnica do SG está associada a melhores resultados de vitamina D. Palavras-chave: Obesidade. Vitamina D. Hipovitaminose D. Cirurgia Bariátrica. Derivação gástrica de Roux. Gastrectomia vertical.
|
|
8
|
-
RODOLFO BRILHANTE DE FARIAS
-
AVALIAÇÃO DO PERFIL ETIOLÓGICO E DE CARACTERÍSTICAS DO EXAME DE URETROCISTOGRAFIA RETRÓGRADA E MICCIONAL DE HOMENS PORTADORES DE ESTENOSE DE URETRA
-
Orientador : SALVADOR VILAR CORREIA LIMA
-
MEMBROS DA BANCA :
-
FABIO DE OLIVEIRA VILAR
-
GERALDO DE AGUIAR CAVALCANTI
-
SALVADOR VILAR CORREIA LIMA
-
Data: 23/02/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
OBJETIVOS: Avaliar a correlação entre o tipo etiológico da estenose de uretra e os achados evidenciados no exame de uretrocistografia retrógrada e miccional (UCRM). E estabelecer um perfil da doença na população estudada.
METODOLOGIA: Estudo observacional transversal em uma única instituição. A idade dos 135 pacientes do sexo masculino incluídos no estudo variou de 18 a 89 anos, com média de 60.76 anos, desvio-padrão de 14.91 anos e mediana igual a 64 anos. 111 (82.2%) tinham mais de 45 anos de idade e os 24 demais (17.8%) tinham até 45 anos. A etiologia da estenose de uretra de cada paciente foi determinada. Achados importantes da UCRM como comprimento, número, localização e grau de obstrução da estenose de uretra, bem como outros achados urológicos patológicos associados, também foram analisados. A correlação entre a etiologia e os achados da UCRM foi então analisada estatisticamente.
RESULTADOS: Quando agrupadas em 4 categorias, as etiologias mais frequentes foram iatrogênica (51.9%), idiopática (20.0%), inflamatória (15.6%) e traumática (12.6%). Quando agrupadas em apenas 2 categorias, a etiologia traumática foi mais frequente do que a não-traumática com 64.4% dos pacientes. A análise estatística comparativa das características encontradas no exame de UCRM com as duas categorias de etiologia (não-traumática e traumática) verificou que a localização foi a única variável com associação estatisticamente significativa (p < 0.001), com diferença mais acentuada nos segmentos uretrais peniano e membranoso. No segmento uretral
peniano, o achado de estenose de uretra de etiologia não-traumática (33.3%) foi consideravelmente maior do que a de etiologia traumática (11.5%). Já no segmento uretral membranoso, as estenoses de uretra evidenciadas foram apenas de etiologia traumática (20.7%), não apresentando qualquer caso de etiologia não-traumática. Na análise comparativa considerando as quatro categorias de etiologia, a faixa etária e a localização foram as duas variáveis com associação estatisticamente significativa (p = 0.001 e < 0.001 respectivamente). O subgrupo dos pacientes com mais de 45 anos de idade apresentou os maiores percentuais do diagnóstico de estenose de uretra independentemente do tipo de etiologia. O segmento uretral peniano apresentou quase metade dos casos de estenose de uretra de etiologia inflamatória (47.6%). Já no segmento uretral membranoso, quase todos os casos de estenose de uretra foram de etiologia iatrogênica, representando 24.3% de todos os casos de etiologia iatrogênica do estudo. Em uma outra análise suplementar, as causas de estenose de uretra foram especificadas de acordo com o tipo de procedimento, trauma ou patologia considerado causador da estenose de uretra, evidenciando-se associação estatisticamente significativa entre a faixa etária e a causa específica da estenose de uretra (p < 0.001). A taxa de estenose de uretra idiopática foi bem maior nos pacientes com mais de 45 anos de idade (41.7% X 15.3%). A prostatectomia foi a principal causa de estenose de uretra considerando todas as faixas etárias, representando 20.7% de todos os casos de estenose de uretra do estudo e 25.2% dos pacientes da faixa etária acima de 45 anos. Já em relação ao subgrupo de pacientes com 45 anos ou menos de idade, o percentual da causa cateterização uretral foi bem mais elevado do que no subgrupo com mais de 45 anos (29,2% x 6,3%). A análise estatística comparando o comprimento da estenose de uretra entre as duas categorias de etiologia (não-traumática e traumática) apresentou diferença estatisticamente significativa (p= 0.005), indicando que o comprimento foi maior nas estenoses de uretra de etiologia não-traumática. Outro desfecho relevante do presente estudo foi um perfil grave da doença estenose de uretra, com 83% dos casos causando obstrução em mais de 2/3 do lúmen uretral.
CONCLUSÕES: A etiologia e a faixa etária são importantes fatores de impacto na apresentação e evolução da estenose de uretra. O tipo de causa de estenose de uretra apresentou associação estatisticamente significativa com a faixa etária dos pacientes e com a localização e o comprimento da estenose de uretra no exame de UCRM. É importante conhecer o perfil desta doença em cada população para um melhor atendimento e planejamento terapêutico, com consequente possibilidade de melhora no prognóstico.
PALAVRAS-CHAVE:
Estenose de uretra, etiologia, diagnóstico, uretrocistografia, idade, localização, comprimento, gravidade
-
Mostrar Abstract
-
OBJETIVOS: Avaliar a correlação entre o tipo etiológico da estenose de uretra e os achados evidenciados no exame de uretrocistografia retrógrada e miccional (UCRM). E estabelecer um perfil da doença na população estudada.
METODOLOGIA: Estudo observacional transversal em uma única instituição. A idade dos 135 pacientes do sexo masculino incluídos no estudo variou de 18 a 89 anos, com média de 60.76 anos, desvio-padrão de 14.91 anos e mediana igual a 64 anos. 111 (82.2%) tinham mais de 45 anos de idade e os 24 demais (17.8%) tinham até 45 anos. A etiologia da estenose de uretra de cada paciente foi determinada. Achados importantes da UCRM como comprimento, número, localização e grau de obstrução da estenose de uretra, bem como outros achados urológicos patológicos associados, também foram analisados. A correlação entre a etiologia e os achados da UCRM foi então analisada estatisticamente.
RESULTADOS: Quando agrupadas em 4 categorias, as etiologias mais frequentes foram iatrogênica (51.9%), idiopática (20.0%), inflamatória (15.6%) e traumática (12.6%). Quando agrupadas em apenas 2 categorias, a etiologia traumática foi mais frequente do que a não-traumática com 64.4% dos pacientes. A análise estatística comparativa das características encontradas no exame de UCRM com as duas categorias de etiologia (não-traumática e traumática) verificou que a localização foi a única variável com associação estatisticamente significativa (p < 0.001), com diferença mais acentuada nos segmentos uretrais peniano e membranoso. No segmento uretral
peniano, o achado de estenose de uretra de etiologia não-traumática (33.3%) foi consideravelmente maior do que a de etiologia traumática (11.5%). Já no segmento uretral membranoso, as estenoses de uretra evidenciadas foram apenas de etiologia traumática (20.7%), não apresentando qualquer caso de etiologia não-traumática. Na análise comparativa considerando as quatro categorias de etiologia, a faixa etária e a localização foram as duas variáveis com associação estatisticamente significativa (p = 0.001 e < 0.001 respectivamente). O subgrupo dos pacientes com mais de 45 anos de idade apresentou os maiores percentuais do diagnóstico de estenose de uretra independentemente do tipo de etiologia. O segmento uretral peniano apresentou quase metade dos casos de estenose de uretra de etiologia inflamatória (47.6%). Já no segmento uretral membranoso, quase todos os casos de estenose de uretra foram de etiologia iatrogênica, representando 24.3% de todos os casos de etiologia iatrogênica do estudo. Em uma outra análise suplementar, as causas de estenose de uretra foram especificadas de acordo com o tipo de procedimento, trauma ou patologia considerado causador da estenose de uretra, evidenciando-se associação estatisticamente significativa entre a faixa etária e a causa específica da estenose de uretra (p < 0.001). A taxa de estenose de uretra idiopática foi bem maior nos pacientes com mais de 45 anos de idade (41.7% X 15.3%). A prostatectomia foi a principal causa de estenose de uretra considerando todas as faixas etárias, representando 20.7% de todos os casos de estenose de uretra do estudo e 25.2% dos pacientes da faixa etária acima de 45 anos. Já em relação ao subgrupo de pacientes com 45 anos ou menos de idade, o percentual da causa cateterização uretral foi bem mais elevado do que no subgrupo com mais de 45 anos (29,2% x 6,3%). A análise estatística comparando o comprimento da estenose de uretra entre as duas categorias de etiologia (não-traumática e traumática) apresentou diferença estatisticamente significativa (p= 0.005), indicando que o comprimento foi maior nas estenoses de uretra de etiologia não-traumática. Outro desfecho relevante do presente estudo foi um perfil grave da doença estenose de uretra, com 83% dos casos causando obstrução em mais de 2/3 do lúmen uretral.
CONCLUSÕES: A etiologia e a faixa etária são importantes fatores de impacto na apresentação e evolução da estenose de uretra. O tipo de causa de estenose de uretra apresentou associação estatisticamente significativa com a faixa etária dos pacientes e com a localização e o comprimento da estenose de uretra no exame de UCRM. É importante conhecer o perfil desta doença em cada população para um melhor atendimento e planejamento terapêutico, com consequente possibilidade de melhora no prognóstico.
PALAVRAS-CHAVE:
Estenose de uretra, etiologia, diagnóstico, uretrocistografia, idade, localização, comprimento, gravidade
|
|
9
|
-
CAMILA SILVA BEZERRA
-
IMPACTO DA COVID-19 NAS ARTÉRIAS CARÓTIDAS: ACHADOS ULTRASSONOGRÁFICOS EM PACIENTES COM QUADROS GRAVES
-
Orientador : SIMONE CRISTINA SOARES BRANDAO
-
MEMBROS DA BANCA :
-
EMMANUELLE TENORIO ALBUQUERQUE GODOI B DE BARROS E SILVA
-
JOSE LUIZ DE LIMA FILHO
-
SIMONE CRISTINA SOARES BRANDAO
-
Data: 20/06/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
Responsável por milhões de infectados e de mortes em todo o mundo, a COVID-19 permanece com lacunas no seu entendimento. O segundo coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV-2) revelou-se um agente infeccioso complexo, responsável por manifestações extrapulmonares, incluindo alterações cardiovasculares. A enzima conversora da angiotensina 2 (ECA-2), um dos principais alvos do vírus, exibe grande expressão na vasculatura, inferindo que vasos podem ser susceptíveis a dano pela doença e que disfunção endotelial pode ter papel central na sua fisiopatologia. O objetivo deste estudo foi investigar possíveis alterações vasculares e perivasculares nas artérias carótidas utilizando a ultrassonografia, método de imagem já consagrado para avaliação desses vasos, e avaliar associação com mortalidade. Para isso, foi realizado estudo prospectivo entre julho de 2020 e fevereiro de 2021, período que englobou parte da primeira e da segunda onda no Brasil, em três hospitais referenciados. Cinquenta e três pacientes hospitalizados com COVID-19 grave, confirmada por RT-PCR, foram incluídos no estudo e submetidos a ultrassonografia. Dados demográficos e clínicos foram coletados nos prontuários, sendo posteriormente analisados em conjunto com dados de imagem. Análise estatística foi conduzida, incluindo testes Qui-quadrado de independência de Pearson, teste de Mann-Whitney e de Fisher, bem como modelos de regressão logística. Os principais achados ultrassonográficos foram irregularidade da superfície endoluminal em 29 pacientes (55%), placas carotídeas em 30 (57%), sinais de infiltração perivascular em 4 (7,5%) e aumento da espessura mediointimal (EMI) em 31 pacientes (58%). Dezenove de 31 (61%) pacientes com aumento da EMI morreram, observando-se associação entre aumento da EMI e mortalidade por COVID-19 (p=0.03). Através de modelo de regressão logística, a probabilidade de óbito foi de 85% nos pacientes com espessamento mediointimal e histórico de nefropatia crônica ou lesão renal aguda na admissão hospitalar (p<0.05). Observou-se, ainda, surgimento de espessamento mediointimal em um paciente que se encontrava previamente sem essa alteração, após piora do seu quadro clínico; também houve sinais de redução do processo inflamatório perivascular em outro paciente, após ultrapassar período de maior atividade inflamatória da doença e pós-manejo terapêutico. Assim, este estudo prospectivo observou alterações vasculares e perivasculares em pacientes com COVID-19 grave, com possíveis associações relacionadas ao desfecho.
-
Mostrar Abstract
-
A COVID-19 (do inglês, Coronavirus Disease 2019) é uma doença causada pelo SARS-CoV-2, o segundo coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Inicialmente descrito como um vírus de tropismo respiratório, com quadros variando desde sintomas leves (ou até mesmo assintomáticos) de infecção de vias aéreas superiores a quadros graves de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o SARS-CoV-2 se revelou um agente infeccioso ainda mais complexo à medida em que se alastrava globalmente. Alterações cardiovasculares, renais, cutâneas, gastrointestinais e neurológicas estão entre as manifestações extrapulmonares descritas. No nosso país até 21 de janeiro de 2021, , o número de casos de COVID-19 ultrapassa 8.600.000, e o número de óbitos encontra-se em 214.147. Estamos em plena ascendência da segunda onda, com novos “lockdowns” sendo instituídos ou cogitados por diversas cidades do país. São números alarmantes e provavelmente representa o maior desafio sanitário a ser enfrentado por esta geração. Estudos que possam ajudar a desenvolver e identificar fatores preditores de gravidade são necessários para melhor manejo clínico da COVID-19. Assim, este trabalho apresenta como objetivo avaliar o impacto da COVID-19 grave no CMI (medida do complexo médio-intimal) através deultrassonografia de carótidas e correlacionar essas alterações com a evolução clínica intrahospitalar (morte ou alta).
|
|
10
|
-
HERISON FRANKLIN VIANA DE OLIVEIRA
-
AVALIAÇÃO DE DEFORMIDADES DOS QUADRIS EM PACIENTES COM SÍNDROME CONGÊNITA DO ZIKA VÍRUS AOS CINCO ANOS DE VIDA
-
Orientador : EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
-
MEMBROS DA BANCA :
-
EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
-
ESDRAS MARQUES LINS
-
MARIA INES REMIGIO DE AGUIAR
-
Data: 26/07/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
Introdução: A Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZIKV) consiste em uma ampla variedade de sinais e sintomas, dentre as quais se destacam as alterações secundárias decorrentes ao aumento da espasticidade. O desequilíbrio entre as forças musculares que atuam nos quadris podem leválos a displasia ou luxação ao longo dos anos, de maneira semelhante ao que ocorre nos pacientes portadores de Paralisia Cerebral (PC). O presente estudo tem como objetivo descrever e correlacionar achados clínicos e radiográficos presentes nos quadris das crianças com SCZIKV aos cinco anos. Métodos: estudo retrospectivo transversal onde foram revisados os prontuários de 69 pacientes atendidos na Associação de Assistência à Criança Deficiente de Pernambuco (AACD-PE) e coletado informações demográficas, achados clínicos e radiográficos referentes à avaliação dos quadris após cinco anos de idade. Resultados: foi encontrado alta prevalência de luxação do quadril (32,62%), altas médias de Índice de Reimers (IR) e Ângulo Colodiafisário (ÂCD) comparado com portadores de PC, além de piora do IR e Índice Acetabular (IA) no pacientes GMFCS V e melhora da abdução dos quadris nos pacientes submetidos à tenotomia. Conclusão: é possível observar maior gravidade e maior precocidade nas deformidades em quadris de crianças com SCZV do que com PC sem Zika.
-
Mostrar Abstract
-
Introdução: A Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZIKV) consiste em uma ampla variedade de sinais e sintomas, dentre as quais se destacam as alterações secundárias decorrentes ao aumento da espasticidade. O desequilíbrio entre as forças musculares que atuam nos quadris podem leválos a displasia ou luxação ao longo dos anos, de maneira semelhante ao que ocorre nos pacientes portadores de Paralisia Cerebral (PC). O presente estudo tem como objetivo descrever e correlacionar achados clínicos e radiográficos presentes nos quadris das crianças com SCZIKV aos cinco anos. Métodos: estudo retrospectivo transversal onde foram revisados os prontuários de 69 pacientes atendidos na Associação de Assistência à Criança Deficiente de Pernambuco (AACD-PE) e coletado informações demográficas, achados clínicos e radiográficos referentes à avaliação dos quadris após cinco anos de idade. Resultados: foi encontrado alta prevalência de luxação do quadril (32,62%), altas médias de Índice de Reimers (IR) e Ângulo Colodiafisário (ÂCD) comparado com portadores de PC, além de piora do IR e Índice Acetabular (IA) no pacientes GMFCS V e melhora da abdução dos quadris nos pacientes submetidos à tenotomia. Conclusão: é possível observar maior gravidade e maior precocidade nas deformidades em quadris de crianças com SCZV do que com PC sem Zika.
|
|
11
|
-
REBECCA PAES DE ANDRADE SOUZA
-
ÍNDICE DE RESISTÊNCIA, ARTERIOGRAFIA E ÍNDICE TORNOZELO-BRAQUIAL COMO FATORES PREDITIVOS NA REVASCULARIZAÇÃO DE MEMBROS INFERIORES
-
Orientador : ESDRAS MARQUES LINS
-
MEMBROS DA BANCA :
-
EMMANUELLE TENORIO ALBUQUERQUE GODOI B DE BARROS E SILVA
-
ESDRAS MARQUES LINS
-
LAECIO LEITAO BATISTA
-
Data: 28/07/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
A doença arterial periférica (DAP) é grande problema de saúde pública. Os estágios mais graves da DAP dos membros inferiores contemplam a isquemia crítica (IC), responsável por grande número de amputações. A cirurgia de revascularização é proposta para restaurar o fluxo sanguíneo para o pé. O uso da ultrassonografia Doppler (USD) vem despontando nos últimos anos como método de imagem de grande valor para o planejamento cirúrgico dessas revascularizações. Este estudo busca avaliar o índice de resistência (IR), mensurado através da USD, junto a dados de índice tornozelo-braço (ITB) e arteriografia de subtração digital (ASD) como preditores das cirurgias de revascularização infra-inguinais dos MMII em pacientes com IC. Objetivos: Avaliar o uso do IR, da ASD e do ITB no período pré-operatório como fatores preditores do sucesso hemodinâmico imediato das cirurgias de revascularizações infra-inguinais. Resultados: Dos pacientes analisados, 67,4% apresentaram sucesso hemodinâmico imediato, com variação de ITB > 0,15. Melhor pontuação na classificação de Rossi esteve relacionada com o sucesso hemodinâmico (p < 0,05). Foi observada uma correlação inversa entre a pontuação de Rossi e o IR da artéria revascularizada (p < 0,05). ITB préoperatório apresentou correlação com o resultado cirúrgico, porém, a avaliação não pode ser considerada em 17,4% da amostra, que apresentaram artérias incompressíveis. Neste estudo, menores valores de IR na artéria revascularizada apresentaram correlação com um melhor resultado, do ponto de vista hemodinâmico (p< 0,05). Conclusão: O IR das artérias distais e a classificação arteriográfica de Rossi podem ser correlacionados entre si. Ambos podem ser utilizados na avaliação pré-operatória para prever o sucesso hemodinâmico imediato das cirurgias de revascularização. O valor isolado do ITB no préoperatório não é suficiente para prever o sucesso hemodinâmico na cirurgia de revascularização de pacientes com IC dos MMII.
-
Mostrar Abstract
-
A doença arterial periférica (DAP) é grande problema de saúde pública. Os estágios mais graves da DAP dos membros inferiores contemplam a isquemia crítica (IC), responsável por grande número de amputações. A cirurgia de revascularização é proposta para restaurar o fluxo sanguíneo para o pé. O uso da ultrassonografia Doppler (USD) vem despontando nos últimos anos como método de imagem de grande valor para o planejamento cirúrgico dessas revascularizações. Este estudo busca avaliar o índice de resistência (IR), mensurado através da USD, junto a dados de índice tornozelo-braço (ITB) e arteriografia de subtração digital (ASD) como preditores das cirurgias de revascularização infra-inguinais dos MMII em pacientes com IC. Objetivos: Avaliar o uso do IR, da ASD e do ITB no período pré-operatório como fatores preditores do sucesso hemodinâmico imediato das cirurgias de revascularizações infra-inguinais. Resultados: Dos pacientes analisados, 67,4% apresentaram sucesso hemodinâmico imediato, com variação de ITB > 0,15. Melhor pontuação na classificação de Rossi esteve relacionada com o sucesso hemodinâmico (p < 0,05). Foi observada uma correlação inversa entre a pontuação de Rossi e o IR da artéria revascularizada (p < 0,05). ITB préoperatório apresentou correlação com o resultado cirúrgico, porém, a avaliação não pode ser considerada em 17,4% da amostra, que apresentaram artérias incompressíveis. Neste estudo, menores valores de IR na artéria revascularizada apresentaram correlação com um melhor resultado, do ponto de vista hemodinâmico (p< 0,05). Conclusão: O IR das artérias distais e a classificação arteriográfica de Rossi podem ser correlacionados entre si. Ambos podem ser utilizados na avaliação pré-operatória para prever o sucesso hemodinâmico imediato das cirurgias de revascularização. O valor isolado do ITB no préoperatório não é suficiente para prever o sucesso hemodinâmico na cirurgia de revascularização de pacientes com IC dos MMII.
|
|
12
|
-
GABRIELA DE OLIVEIRA BURIL
-
COMPARAÇÃO ENTRE O ÍNDICE DE RESISTÊNCIA E A ARTERIOGRAFIA NA AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA DA ISQUEMIA CRÍTICA DOS MEMBROS INFERIORES
-
Orientador : ESDRAS MARQUES LINS
-
MEMBROS DA BANCA :
-
EMMANUELLE TENORIO ALBUQUERQUE GODOI B DE BARROS E SILVA
-
ESDRAS MARQUES LINS
-
GISELE VAJGEL FERNANDES
-
Data: 29/07/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
Introdução: As obstruções distais (perna e pé) das artérias dos membros inferiores (MMII) podem ser responsáveis pela redução da perviedade de angioplastias e enxertos em ponte. Estas artérias são de difícil avaliação, seja por ultrassonografia com Doppler (UD), seja por arteriografia com subtração digital (ASD). Adicionalmente, a UD não possui acuidade para avaliar todas as artérias que o arco plantar (AP) possui, porém, mais recentemente, alguns autores, de forma incipiente, têm defendido o uso do Índice de Resistência (IR) como um instrumento útil para o estudo destes vasos. Objetivo: Comparar o índice de resistência (IR) das artérias distais (receptoras de revascularização) dos MMII, com a ASD em pacientes com isquemia crítica (IC). Metodologia: A população do estudo consistiu em 120 pacientes portadores de IC dos MMII, internados para realização cirurgia de revascularização no Serviço de Cirurgia Vascular do HC/EBSERH – UFPE, entre setembro de 2019 a abril de 2022. O modelo do estudo foi o transversal prospectivo. A UD e a ASD foram realizados em todos os pacientes. Foram comparados o IR obtido pela UD das artérias distais dos MMII possíveis de serem receptoras de revascularização, com as imagens da ASD. Resultados: Os valores do IR encontrado para as artérias de perna (tibiais e fibular) apresentaram uma correlação positiva, estatisticamente significativa, quando correlacionados à Classificação angiográfica de Rutherford (tibial anterior P = 0,00; tibial posterior P = 0,012 e fibular P = 0,034), mas a Classificação de Rossi só demonstrou significância estatística para as artérias tibiais (tibial anterior P= 0,00 e tibial posterior = 0,019). Foi utilizado o teste de Sperarman’s rho para essa análise de significância. Quando o IR foi comparado com o AP, foi observada uma diferença estatisticamente significativa, na avaliação das artérias distais para diferenciar o AP completo e o incompleto, quando foram avaliadas as artérias tibiais anteriores (média de IR de 0,48 para AP completo e de IR de 0,64; P = 0,018 para AP incompleto), fibulares (média de IR 0,047 para AP completo e de IR de 0,70; P = 0,047 para AP incompleto) e pediosas (média de IR de 0,42 para AP completo e de IR de 0,63; P = 0,008 para AP incompleto). Foi utilizado o t-Student test para análise desses resultados. Conclusão: Neste estudo, foi encontrado que os índice de resistência, quando comparado à arteriografia de subtração digital, é adequado para o estudo das artérias distais dos membros inferiores na avaliação pré-operatória da cirurgia de revascularização em pacientes com isquemia crítica.
-
Mostrar Abstract
-
Introdução: As obstruções distais (perna e pé) das artérias dos membros inferiores (MMII) podem ser responsáveis pela redução da perviedade de angioplastias e enxertos em ponte. Estas artérias são de difícil avaliação, seja por ultrassonografia com Doppler (UD), seja por arteriografia com subtração digital (ASD). Adicionalmente, a UD não possui acuidade para avaliar todas as artérias que o arco plantar (AP) possui, porém, mais recentemente, alguns autores, de forma incipiente, têm defendido o uso do Índice de Resistência (IR) como um instrumento útil para o estudo destes vasos. Objetivo: Comparar o índice de resistência (IR) das artérias distais (receptoras de revascularização) dos MMII, com a ASD em pacientes com isquemia crítica (IC). Metodologia: A população do estudo consistiu em 120 pacientes portadores de IC dos MMII, internados para realização cirurgia de revascularização no Serviço de Cirurgia Vascular do HC/EBSERH – UFPE, entre setembro de 2019 a abril de 2022. O modelo do estudo foi o transversal prospectivo. A UD e a ASD foram realizados em todos os pacientes. Foram comparados o IR obtido pela UD das artérias distais dos MMII possíveis de serem receptoras de revascularização, com as imagens da ASD. Resultados: Os valores do IR encontrado para as artérias de perna (tibiais e fibular) apresentaram uma correlação positiva, estatisticamente significativa, quando correlacionados à Classificação angiográfica de Rutherford (tibial anterior P = 0,00; tibial posterior P = 0,012 e fibular P = 0,034), mas a Classificação de Rossi só demonstrou significância estatística para as artérias tibiais (tibial anterior P= 0,00 e tibial posterior = 0,019). Foi utilizado o teste de Sperarman’s rho para essa análise de significância. Quando o IR foi comparado com o AP, foi observada uma diferença estatisticamente significativa, na avaliação das artérias distais para diferenciar o AP completo e o incompleto, quando foram avaliadas as artérias tibiais anteriores (média de IR de 0,48 para AP completo e de IR de 0,64; P = 0,018 para AP incompleto), fibulares (média de IR 0,047 para AP completo e de IR de 0,70; P = 0,047 para AP incompleto) e pediosas (média de IR de 0,42 para AP completo e de IR de 0,63; P = 0,008 para AP incompleto). Foi utilizado o t-Student test para análise desses resultados. Conclusão: Neste estudo, foi encontrado que os índice de resistência, quando comparado à arteriografia de subtração digital, é adequado para o estudo das artérias distais dos membros inferiores na avaliação pré-operatória da cirurgia de revascularização em pacientes com isquemia crítica.
|
|
13
|
-
JONES SILVA LIMA
-
MINERAÇÃO DE DADOS ENTRE A FUNÇÃO OLFATÓRIA E PROGRESSÃO DOS SINTOMAS MOTORES EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON
-
Orientador : THIAGO FREIRE PINTO BEZERRA
-
MEMBROS DA BANCA :
-
MARCO AURELIO FORNAZIERI
-
RODRIGO PESSOA CAVALCANTI LIRA
-
THIAGO FREIRE PINTO BEZERRA
-
Data: 29/08/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
A Doença de Parkinson causa impacto nos indivíduos e suas famílias, além dos sistemas de saúde e seguridade social. Os sintomas motores são geralmente precedidos de sintomas não-motores, que podem ser marcadores precoces da doença. As alterações do olfato, presentes na grande maioria dos indivíduos acometidos, têm sido associadas ao desenvolvimento de demência após alguns anos, porém a relação com a progressão dos sintomas motores não é bem estabelecida. O objetivo deste estudo foi extrair padrões dentro do banco de dados do Parkinson`s Progression Markers Inititative que avaliem a associação entre a perda de olfato e a progressão dos sintomas motores na Doença de Parkinson. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, retrospectivo, baseado nas quatro primeiras fases do modelo Cross Industry Standard Process for Data Mining. A partir dos modelos produzidos com a base de dados, tanto a árvore de decisão quanto a indução de regras e a regressão logística mostraram uma forte associação entre a perda do olfato e a progressão dos sintomas motores da doença de Parkinson, pela escala de Hoehn e Yahr. A regressão logística teve melhor resultado comparativo, visível com maior área sob a curva ROC. Após a realização da avaliação do desempenho e implementação, últimas duas fases do modelo, e confirmando-se a aplicabilidade dos padrões identificados no banco de dados, é possível subsidiar a tomada de decisão dos profissionais de saúde.
-
Mostrar Abstract
-
A Doença de Parkinson causa impacto nos indivíduos e suas famílias, além dos sistemas de saúde e seguridade social. Os sintomas motores são geralmente precedidos de sintomas não-motores, que podem ser marcadores precoces da doença. As alterações do olfato, presentes na grande maioria dos indivíduos acometidos, têm sido associadas ao desenvolvimento de demência após alguns anos, porém a relação com a progressão dos sintomas motores não é bem estabelecida. O objetivo deste estudo foi extrair padrões dentro do banco de dados do Parkinson`s Progression Markers Inititative que avaliem a associação entre a perda de olfato e a progressão dos sintomas motores na Doença de Parkinson. Trata-se de um estudo descritivo, transversal, retrospectivo, baseado nas quatro primeiras fases do modelo Cross Industry Standard Process for Data Mining. A partir dos modelos produzidos com a base de dados, tanto a árvore de decisão quanto a indução de regras e a regressão logística mostraram uma forte associação entre a perda do olfato e a progressão dos sintomas motores da doença de Parkinson, pela escala de Hoehn e Yahr. A regressão logística teve melhor resultado comparativo, visível com maior área sob a curva ROC. Após a realização da avaliação do desempenho e implementação, últimas duas fases do modelo, e confirmando-se a aplicabilidade dos padrões identificados no banco de dados, é possível subsidiar a tomada de decisão dos profissionais de saúde.
|
|
14
|
-
BARBARA AMARAL BRUNO SILVA
-
EQUILÍBRIO POSTURAL E MOBILIDADE EM INDIVÍDUOS COM OBESIDADE MÓRBIDA EM AGUARDO PARA CIRURGIA BARIÁTRICA: UM ESTUDO DESCRITIVO E TRANSVERSAL
-
Orientador : PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
-
MEMBROS DA BANCA :
-
ANNA MYRNA JAGUARIBE DE LIMA
-
EMMANUELLE TENORIO ALBUQUERQUE GODOI B DE BARROS E SILVA
-
PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
-
Data: 05/09/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
Introdução: A Obesidade no Brasil é objeto de estudos, principalmente porque está correlacionada com algumas comorbidades. Além disso, o aumento de peso é acompanhado de perda de massa muscular, com consequentemente perda de força. Quando relacionada ao equilíbrio, a perda de força nos membros inferiores e o aumento da sobrecarga sobre os mesmos pode interferir no equilíbrio postural. Podendo ter influência, também, na mobilidade prejudicando a realização de atividades diárias, e assim afetar diretamente a independência funcional e consequentemente a qualidade de vida. Objetivo: Descrever o equilíbrio postural e a mobilidade de indivíduos com Obesidade Mórbida inscritos em um Programa Cirurgia Bariátrica de um Hospital Escola na Cidade do Recife. Metodologia: Foi um estudo descritivo e transversal no qual 97 voluntários foram submetidos a avaliações de mobilidade – Whodas 2,0 e o teste Timed Up and Go (TUG); equilíbrio dinâmico - Y-Balance Test (YBT) e o MiniBESTest, e ainda responderam ao Questionário de Qualidade de Vida (SF-36). Resultados: Do total de avaliados, 81 foram mulheres e 16 homens (idade= 38,39 ± 10,60 anos; IMC = 47,53 ± 6,96 km/m²). Foram encontradas correlações significativas (peso e domínio movimentação dinâmica do MiniBESTest – p=0,028, r=0,224; idade e YBT, tanto o total D – p=0,000, r=-0,351, quanto o total esquerdo – p=0,005, r=-0,281). Entretanto, o IMC quando correlacionado com o YBT, com o MiniBESTest, o TUG, o Whodas 2.0 e o SF-36 não foram encontradas correlações significativas. Apesar da literatura científica apontar que o aumento da massa corporal induz a uma associação com uma baixa funcionalidade, os resultados parciais desta pesquisa constatam que essa relação pode não ser aplicável. A mobilidade parece sofrer mais influência do equilíbrio dinâmico do que pelo excesso de gordura corporal.
-
Mostrar Abstract
-
Introdução: A Obesidade no Brasil é objeto de estudos, principalmente porque está correlacionada com algumas comorbidades. Além disso, o aumento de peso é acompanhado de perda de massa muscular, com consequentemente perda de força. Quando relacionada ao equilíbrio, a perda de força nos membros inferiores e o aumento da sobrecarga sobre os mesmos pode interferir no equilíbrio postural. Podendo ter influência, também, na mobilidade prejudicando a realização de atividades diárias, e assim afetar diretamente a independência funcional e consequentemente a qualidade de vida. Objetivo: Descrever o equilíbrio postural e a mobilidade de indivíduos com Obesidade Mórbida inscritos em um Programa Cirurgia Bariátrica de um Hospital Escola na Cidade do Recife. Metodologia: Foi um estudo descritivo e transversal no qual 97 voluntários foram submetidos a avaliações de mobilidade – Whodas 2,0 e o teste Timed Up and Go (TUG); equilíbrio dinâmico - Y-Balance Test (YBT) e o MiniBESTest, e ainda responderam ao Questionário de Qualidade de Vida (SF-36). Resultados: Do total de avaliados, 81 foram mulheres e 16 homens (idade= 38,39 ± 10,60 anos; IMC = 47,53 ± 6,96 km/m²). Foram encontradas correlações significativas (peso e domínio movimentação dinâmica do MiniBESTest – p=0,028, r=0,224; idade e YBT, tanto o total D – p=0,000, r=-0,351, quanto o total esquerdo – p=0,005, r=-0,281). Entretanto, o IMC quando correlacionado com o YBT, com o MiniBESTest, o TUG, o Whodas 2.0 e o SF-36 não foram encontradas correlações significativas. Apesar da literatura científica apontar que o aumento da massa corporal induz a uma associação com uma baixa funcionalidade, os resultados parciais desta pesquisa constatam que essa relação pode não ser aplicável. A mobilidade parece sofrer mais influência do equilíbrio dinâmico do que pelo excesso de gordura corporal.
|
|
15
|
-
THAURUS VINICIUS DE OLIVEIRA CAVALCANTI
-
EFEITOS DE CURTO PRAZO DE UM PROGRAMA SUPERVISIONADO DE TREINAMENTO DE FORÇA EM CIRCUITO EM MULHERES CADASTRADAS EM UM PROGRAMA DE CIRURGIA BARIÁTRICA
-
Orientador : PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
-
MEMBROS DA BANCA :
-
CARLA MENESES HARDMAN
-
ESDRAS MARQUES LINS
-
PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
-
Data: 21/09/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
O objetivo deste estudo foi investigar se quatro semanas de treinamento de força em circuito (TFC) supervisionado melhoram o peso corporal, estado nutricional, capacidade funcional, força muscular e marcadores bioquímicos de mulheres adultas cadastradas em um programa multidisciplinar de cirurgia bariátrica (PMBC). Estudo pré-experimental realizado num hospital universitário de referência em cirurgia bariátrica. Oito mulheres [39,9±13,5 (21 a 55) anos; IMC = 46,8±9,3 (36,8 a 62,3) kg/m²] cadastradas no PMBC do referido hospital foram submetidas à 8 sessões de TFC supervisionado, duas sessões semanais durante quatro semanas, associado ao tratamento padrão oferecido pelo PMBC. Antes (PRÉ) e após (PÓS) o TFC foram aferidas relação cintura/quadril, peso e índice de massa corporal, força muscular (valor de 1 repetição máxima [1RM] e teste de sentar e levantar), equilíbrio (teste de equilíbrio unipodal), flexibilidade (teste de sentar e alcançar), perfil lipídico e glicemia de jejum (análise bioquímica). O teste t de Student, ou teste de Wilcoxon quando aplicável, foram utilizados para analisar diferenças entre as variáveis nos momentos PÓS e PRÉ. As pacientes participaram de todas as sessões de TFC sem lesões relacionadas ao treinamento. Após a intervenção houve um percentual total de perda de peso (%TPP) de 2,9% (95% IC 1,5 – 4,2%, p<0,001) e uma redução significativa do índice de massa corporal (IMC) [1,26 kg/m² (95% IC -1,77 a -0,75kg/cm²), p=0,001]; melhora no teste de sentar e levantar (p<0,001) e flexibilidade (p=0,031); e aumento significativo nos valores de 1RM em todos os cinco exercícios testados (p<0,05). Não foram observadas alterações significativas no perfil lipídico, glicemia de jejum, equilíbrio e relação cintura-quadril. A realização de quatro semanas de TFC por mulheres cadastradas em um PMCB se mostrou viável e com possíveis contribuições para redução do peso corporal e melhoria do estado nutricional, capacidade funcional e força muscular.
-
Mostrar Abstract
-
O objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade e os impactos de 4 semanas de um programa de treinamento de força em circuito (TFC) combinado com um programa multidisciplinar de pré-cirurgia bariátrica (PMCB) em mulheres aguardando cirurgia bariátrica (CB). Estudo pré-experimental com um único grupo e desenho pré-teste/pós-teste. Oito mulheres [39,9 (21 a 55) anos, IMC = 46,8 (36,8 a 62,3) kg/m²] foram submetidas à TFC, duas vezes por semana, durante quatro semanas, associada ao PMBC, usualmente praticado. Antes (PRÉ) e após (PÓS) o TFC foram avaliadas medidas antropométricas, composição corporal, força muscular, equilíbrio, flexibilidade, perfil lipídico e glicemia de jejum. As pacientes participaram de todas as sessões de TFC sem lesões ou desconfortos relacionados ao treinamento. Após a intervenção houve um percentual total de perda de peso (%TPP) de 2,9% (95% IC 1,5 – 4,2%, p<0,001) e uma redução significativa do índice de massa corporal (IMC) [1,26 kg/m² (95% IC -1,77 a -0,75kg/cm²), p=0,001]; melhora no teste de sentar e levantar (p<0,001) e flexibilidade (p=0,031); e aumento significativo da força muscular em todos os cinco exercícios testados (p<0,05). Não foram observadas alterações significativas no perfil lipídico, glicemia de jejum, equilíbrio e relação cintura-quadril. Adicionar quatro semanas de TFC ao já praticado PMCB para mulheres em aguardo da CB demonstrou ser uma estratégia viável, com possíveis contribuições para a melhora da composição corporal, capacidade funcional e força muscular desta população.
|
|
16
|
-
RINALVA TENÓRIO VAZ
-
EFEITO DA POSIÇÃO DE DORMIR NA CAMADA DE FIBRAS NERVOSAS DA RETINA EM INDIVÍDUOS COM GLAUCOMA
-
Orientador : RODRIGO PESSOA CAVALCANTI LIRA
-
MEMBROS DA BANCA :
-
JOSE LUIZ DE FIGUEIREDO
-
MARIA ISABEL LYNCH GAETE
-
RODRIGO PESSOA CAVALCANTI LIRA
-
Data: 17/11/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
O glaucoma é a primeira causa de cegueira irreversível no mundo. É uma doença multifatorial e tem o aumento da pressão intraocular (PIO) como o fator de risco mais consistentemente identificado. A PIO é afetada pela idade, genética, influência de exercícios, ritmo circadiano e por variações posturais, sendo observado um aumento maior durante o sono. Este estudo avaliou o efeito da posição de dormir na pressão intraocular (PIO) e na espessura média da camada de fibras nervosas da retina (CFNR) da região peripapilar em pacientes com glaucoma. Foi realizado um estudo observacional, transversal com dois grupos de voluntários que dormiam, preferencialmente, em decúbito lateral direito (DLD) ou decúbito lateral esquerdo (DLE). Mediu-se a PIO em ambos os olhos e a pressão arterial (PA) primeiramente na posição sentada e após 10 minutos na posição supina, DLD e DLE, respectivamente. Foi realizado a Tomografia de Coerência Óptica (OCT) para medir a espessura média da CFNR e a escavação papilar vertical. Contou-se com 20 voluntários do grupo DLD e 20 do grupo DLE, os quais tinham a idade média de 60,53 ± 7,26 anos. Observamos no grupo DLD um aumento de 2,7 mmHg no OD e 3,6 mmHg no OE na mudança da posição sentada para o DLD e 2,25 mmHg no OD e 2,8 mmHg no OD com a mudança da posição sentada para o DLE. Já no grupo DLE, o aumento foi de 2,7 mmHg no OD e 3,15 mmHg no OE com a mudança da posição sentada para o DLD e 3,0 mmHg no OD e 3,15 no OE na mudança da posição sentada para o DLE. O grupo de voluntários do DLD apresentou PIO mais elevada em todas as posições medidas, mas sem diferença estatisticamente significante do grupo DLE. A PA em posição supina reduziu progressivamente quando comparada com a PA na posição sentada. A espessura média da CFNR foi menor no grupo DLE e a escavação papilar vertical foi maior no grupo DLE, mas sem diferença estatisticamente significante do grupo DLD. Concluímos que houve um aumento expressivo da PIO com a mudança postural, mas não houve uma relação entre a posição preferida para dormir e a diminuição da CFNR. Mais estudos são necessários para avaliar se os eventos do período de sono têm um impacto na progressão do glaucoma.
-
Mostrar Abstract
-
O glaucoma é a primeira causa de cegueira irreversível no mundo. É uma doença multifatorial e tem o aumento da pressão intraocular (PIO) como o fator de risco mais consistentemente identificado. A PIO é afetada pela idade, genética, influência de exercícios, ritmo circadiano e por variações posturais, sendo observado um aumento maior durante o sono. Este estudo avaliou o efeito da posição de dormir na pressão intraocular (PIO) e na espessura média da camada de fibras nervosas da retina (CFNR) da região peripapilar em pacientes com glaucoma. Foi realizado um estudo observacional, transversal com dois grupos de voluntários que dormiam, preferencialmente, em decúbito lateral direito (DLD) ou decúbito lateral esquerdo (DLE). Mediu-se a PIO em ambos os olhos e a pressão arterial (PA) primeiramente na posição sentada e após 10 minutos na posição supina, DLD e DLE, respectivamente. Foi realizado a Tomografia de Coerência Óptica (OCT) para medir a espessura média da CFNR e a escavação papilar vertical. Contou-se com 20 voluntários do grupo DLD e 20 do grupo DLE, os quais tinham a idade média de 60,53 ± 7,26 anos. Observamos no grupo DLD um aumento de 2,7 mmHg no OD e 3,6 mmHg no OE na mudança da posição sentada para o DLD e 2,25 mmHg no OD e 2,8 mmHg no OD com a mudança da posição sentada para o DLE. Já no grupo DLE, o aumento foi de 2,7 mmHg no OD e 3,15 mmHg no OE com a mudança da posição sentada para o DLD e 3,0 mmHg no OD e 3,15 no OE na mudança da posição sentada para o DLE. O grupo de voluntários do DLD apresentou PIO mais elevada em todas as posições medidas, mas sem diferença estatisticamente significante do grupo DLE. A PA em posição supina reduziu progressivamente quando comparada com a PA na posição sentada. A espessura média da CFNR foi menor no grupo DLE e a escavação papilar vertical foi maior no grupo DLE, mas sem diferença estatisticamente significante do grupo DLD. Concluímos que houve um aumento expressivo da PIO com a mudança postural, mas não houve uma relação entre a posição preferida para dormir e a diminuição da CFNR. Mais estudos são necessários para avaliar se os eventos do período de sono têm um impacto na progressão do glaucoma.
|
|
17
|
-
KASSIO RODRIGUES DE MACEDO
-
CIRURGIA PARA SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO AMBULATORIAL COM ANESTESIA WALANT. ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
-
Orientador : EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
-
MEMBROS DA BANCA :
-
EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
-
ESDRAS MARQUES LINS
-
LUCAS VICTOR ALVES
-
Data: 21/11/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
A cirurgia para síndrome do túnel do carpo STC em centro cirúrgico convencional envolve diversas variáveis que repercutem no aumento do tempo de internamento hospitalar e elevados custos hospitalares. Com o advento da técnica WALANT, a cirurgia para STC passou a ser realizada de forma segura e eficaz, dispensando a necessidade da presença do médico anestesista. Algumas formas de tratamento estão presentes para o tratamento desta doença. Entre essas possibilidades terapêuticas, a mais onerosa é a cirúrgica devido à enorme quantidade de fatores envolvidos. A possibilidade de ofertar um procedimento cirúrgico de forma segura, eficaz, sem o uso do garrote, com ausência de dor, e em ambiente de ambulatório, deve ser considerada devido aos altos custos atualmente presentes para realização deste procedimento em bloco cirúrgico convencional. OBJETIVOS: avaliar o tempo de internamento em dois grupos; avaliar o custo financeiro do tratamento cirúrgico nos dois grupos; avaliar o tempo de cirurgia nos dois grupos. METODOLOGIA: ensaio clínico randomizado e prospectivo. Foram estudados dois grupos com a realização de cirurgia aberta para STC. No primeiro grupo, 25 pacientes foram operados com a técnica aberta para cirurgia de STC em ambiente de ambulatório, sem a presença de médico anestesista sendo utilizada a técnica anestésica WALANT, que permite que a cirurgia ocorra sem um sangramento que comprometa a realização do procedimento cirúrgico. No segundo grupo (grupo controle) 22 pacientes foram operados com a mesma técnica cirúrgica com a presença do médico anestesista para o bloqueio anestésico em ambiente de centro cirúrgico convencional com exsanguinação. RESULTADOS: foi observado que há redução estatisticamente significativa no tempo de internamento hospitalar nas cirurgias realizadas em ambiente de ambulatório em relação ao grupo controle do centro cirúrgico convencional (valor de p < 0.001) e que os custos da cirurgia realizada em ambiente de consultório também foram significativamente menores em relação ao centro cirúrgico convencional (valor de p < 0.001). Foi observado que a cirurgia em ambiente de centro cirúrgico convencional é mais rápida do que a realizada em ambiente de ambulatório. CONCLUSÃO: a cirurgia para STC em ambiente de ambulatório repercute em um menor tempo de internamento hospitalar e uma circunstancial redução nos custos médico-hospitalares para esta cirurgia.
-
Mostrar Abstract
-
A cirurgia para síndrome do túnel do carpo (STC) em centro cirúrgico convencional envolve diversos fatores que repercutem no aumento do tempo de internamento hospitalar e elevados custos Hospitalares. Com o advento da técnica WALANT, a cirurgia para (STC) passou a ser realizada de forma segura e eficaz, dispensando a necessidade da presença do Médico Anestesista. Algumas formas de tratamento estão presentes para o tratamento desta doença. Entre essas possibilidades terapêuticas, a mais onerosa é a cirúrgica devido à enorme quantidade de fatores envolvidos. A possibilidade de ofertar um procedimento cirúrgico de forma segura, eficaz, sem o uso do garrote, com ausência de dor, e em ambiente de consultório, deve ser considerada devido aos altos custos atualmente presentes para realização deste procedimento em bloco cirúrgico convencional. OBJETIVO: avaliar o tempo de internamento em dois grupos; avaliar o custo financeiro do tratamento cirúrgico nos dois grupos; avaliar o tempo de cirurgia nos dois grupos. METODOLOGIA: ensaio clínico randomizado e prospectivo. Foram estudados dois grupos com a realização de cirurgia aberta para (STC). No primeiro grupo, 25 pacientes foram operados com a técnica aberta para cirurgia de (STC) em ambiente de consultório, sem a presença de médico anestesista sendo utilizanda a técnica anestésica WALANT que permite que a cirurgia ocorre sem um sangramento que comprometa a realização do procedimento cirúrgico. No segundo grupo (grupo controle) 23 pacientes foram operados para a mesma cirurgia e com a mesma técnica cirúrgica com a presença do médico anestesista para o bloqueio anestésico em ambiente de centro cirúrgico convencional com exsanguinação. RESULTADOS: foi observado que há uma significativa diminuição no tempo de internamento hospitalar nas cirurgias realizadas em ambiente de consultório em relação ao grupo controle do centro cirúrgico convencional (valor de p < 0.001) e que os custos da cirurgia realizada em ambiente de consultório também foram significativamente menores em relação ao centro cirúrgico convencional (valor de p < 0.001). Foi observado que a cirurgia em ambiente de centro cirúrgico convencional é mais rápida do que a realizada em ambiente de ambulatório. CONCLUSÃO: A Cirurgia para (STC) em ambiente de consultório repercute em um menor tempo de internamento hospitalar e uma circunstancial redução nos custos médico-hospitalares para esta cirurgia.
|
|
18
|
-
NADJA ROLIM GONCALVES DE ALENCAR
-
ANÁLISE EXPLORATÓRIA DE BIOMARCADORES PROGNÓSTICOS PELA RADIÔMICA EM EXAMES DE 18F-FDG PET/CT NO CÂNCER DO COLO UTERINO
-
Orientador : SIMONE CRISTINA SOARES BRANDAO
-
MEMBROS DA BANCA :
-
CARLA RAMERI ALEXANDRE SILVA DE AZEVEDO
-
ESDRAS MARQUES LINS
-
SIMONE CRISTINA SOARES BRANDAO
-
Data: 25/11/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
RESUMO
Os exames de imagem apresentam papel relevante no estadiamento do câncer de colo de útero, frequentemente diagnosticado em fase tardia. A tomografia por emissão de pósitrons associada a tomografia computadorizada marcada com fluordeoxiglicose (18F-FDG PET/CT), ferramenta de metabolismo glicolítico, é o método de maior acurácia na detecção de disseminação linfonodal e à distância. Radiômica é um promissor biomarcador de análise quantitativa de dados extraídos de imagens médicas por sistema computacional, capaz de formular modelos prognósticos, com maior precisão na terapêutica e impacto na morbimortalidade. Esta pesquisa tem por objetivo determinar se a análise Radiômica da 18F-FDG PET/CT tem valor na predição de sobrevida livre de progressão e sobrevida global no carcinoma de colo de útero localmente avançado. Foi realizado estudo longitudinal, retrospectivo, entre 2013 e 2015, avaliando 79 pacientes com tumor epidermóide de colo de útero, estadiamento clínico lb2 a IVa (FIGO), das quais 31 foram excluídas (metástase à distância, acompanhamento em outro serviço ou exame basal não passível de avaliação). O acompanhamento médio foi de 24,24 meses, sendo superior a 24 meses em 40 % das pacientes. Foi realizado segmentação das imagens de 18F-FDG PET/CT adquiridas antes do tratamento, gerando dados numéricos, com posterior redimensionamento e discretização, gerando atributos radiômicos, os quais posteriormente foram submetidos a análise de correlação entre si, e associação com a taxa de resposta, utilizando critérios PERSIST. A análise dos dados Radiômica 18F-FDG PET/CT com curva ROC demonstrou dois preditores prognósticos, SUVmax e GLRLM_LRLGE, associados com o desfecho morte, com significância estatística (p<0,05). Os demais preditores estão muito correlacionados entre si, foram excluídos. Foi realizada análise de Kaplan-Meier para cada grupo e o modelo de regressão de Cox para examinar os efeitos destas variáveis na sobrevida. O SUVmax e o fator textural GLRLM_LRLGE são preditores prognósticos em paciente com câncer de colo uterino, submetidas a quimiorradioterapia.
-
Mostrar Abstract
-
RESUMO
Os exames de imagem apresentam papel relevante no estadiamento do câncer de colo de útero, frequentemente diagnosticado em fase tardia. A tomografia por emissão de pósitrons associada a tomografia computadorizada marcada com fluordeoxiglicose (18F-FDG PET/CT), ferramenta de metabolismo glicolítico, é o método de maior acurácia na detecção de disseminação linfonodal e à distância. Radiômica é um promissor biomarcador de análise quantitativa de dados extraídos de imagens médicas por sistema computacional, capaz de formular modelos prognósticos, com maior precisão na terapêutica e impacto na morbimortalidade. Esta pesquisa tem por objetivo determinar se a análise Radiômica da 18F-FDG PET/CT tem valor na predição de sobrevida livre de progressão e sobrevida global no carcinoma de colo de útero localmente avançado. Foi realizado estudo longitudinal, retrospectivo, entre 2013 e 2015, avaliando 79 pacientes com tumor epidermóide de colo de útero, estadiamento clínico lb2 a IVa (FIGO), das quais 31 foram excluídas (metástase à distância, acompanhamento em outro serviço ou exame basal não passível de avaliação). O acompanhamento médio foi de 24,24 meses, sendo superior a 24 meses em 40 % das pacientes. Foi realizado segmentação das imagens de 18F-FDG PET/CT adquiridas antes do tratamento, gerando dados numéricos, com posterior redimensionamento e discretização, gerando atributos radiômicos, os quais posteriormente foram submetidos a análise de correlação entre si, e associação com a taxa de resposta, utilizando critérios PERSIST. A análise dos dados Radiômica 18F-FDG PET/CT com curva ROC demonstrou dois preditores prognósticos, SUVmax e GLRLM_LRLGE, associados com o desfecho morte, com significância estatística (p<0,05). Os demais preditores estão muito correlacionados entre si, foram excluídos. Foi realizada análise de Kaplan-Meier para cada grupo e o modelo de regressão de Cox para examinar os efeitos destas variáveis na sobrevida. O SUVmax e o fator textural GLRLM_LRLGE são preditores prognósticos em paciente com câncer de colo uterino, submetidas a quimiorradioterapia.
|
|
19
|
-
IANNE KALINE BEZERRA OLIVEIRA
-
Presença de incontinência urinaria oculta e diabetes além de obesidade, gravidade do prolapso e tipo de reparo cirúrgico como fatores de risco para incontinência urinária de esforço de novo em mulheres submetidas a tratamento cirúrgico de prolapso de órgãos pélvicos: Revisão sistemática e meta-análise
-
Orientador : GERALDO DE AGUIAR CAVALCANTI
-
MEMBROS DA BANCA :
-
GERALDO DE AGUIAR CAVALCANTI
-
ESDRAS MARQUES LINS
-
ANDREA LEMOS BEZERRA DE OLIVEIRA
-
Data: 16/12/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
A Sociedade Internacional de Continência e a Associação Internacional de Uroginecologia ainda não padronizaram a definição para Incontinência Urinária de Esforço de novo (IUE de novo), entretanto estudos realizados nos últimos anos a definem por desenvolvimento de IUE após cirurgia para correção do prolapso de órgãos pélvicos (POP), em mulheres previamente continentes. Os mecanismos pelos quais a IUE de novo pode surgir, contudo, ainda não estão esclarecidos. O conhecimento dos fatores que predizem esse desfecho após a correção cirúrgica do POP seria essencial para avaliar se um procedimento anti-incontinência concomitante deveria ser realizado. O objetivo desta revisão sistemática e metanálise foi identificar fatores de risco (Índice de Massa Corporal elevado, estágio de prolapso de órgão pélvico antes da cirurgia, presença de Incontinência urinária oculta (IUO), tipo de cirurgia e diabetes mellitus) para IUE de novo. Com registro no PROSPERO sob número CRD42021293764, foi realizada a revisão sistemática seguindo as recomendações do MOOSE, nas bases de dados Pubmed, EMBASE, Scopus, CINAHL, LILACS até 22 de julho 2022, com a análise de dados realizada com Review Manager, Version 5.4.1, The Cochrane Collaboration, 2020. Foram identificados 2242 artigos, incluídos 09 estudos de coorte na revisão sistemática e 07 na metanálise. A análise do risco de viés foi realizada pela escala Newcastle-Ottawa e a qualidade da evidência dos fatores de exposição investigados, avaliada pelo GRADE para cada desfecho. Com a realização da metanálise foi evidenciada a associação entre IUO (n: 422; OR: 2.01; IC 95%: 1.26 – 3.22; p=0.004), diabetes (n: 1213; OR: 2.35; IC 95%: 1.30-4.26; p=0.005) e POP em estágio avançado (n: 1003; OR: 1.94; IC95%: 1.14-3.30; p=0.01) com a IUE de novo. Não foi possível realizar metanálise para o tipo de cirurgia realizado, entretanto na revisão sistemática foi encontrado dados importantes. Leclaire et al. comparam sacrocolpopexia abdominal com sacrocolpopexia minimamente invasiva e evidenciou que as mulheres que realizaram ASCP tinham mais chances de desenvolver IUE novo (n: 77; OR: 4.73; IC95%: 1,56-14.34; p= 0.005). Kusuda et al. compararam as mulheres que realizaram tela transvaginal (TVM) com as que realizaram sacrocolpexia assistida por robô (RSC) e identificaram maior chance de desenvolver IUE de novo entre as que realizaram TVM (n: 76; OR: 6.74; IC95% 1.35-33.75; p=0.02). Não foi possível realizar análise estatística do fator de exposição IMC elevado ou obesidade devido diferenças em relação ao método de avaliação entre os artigos incluídos. Esta metanálise mostrou que incontinência oculta (OR: 2,01), diabetes (OR: 2,35) e prolapso grave (OR: 1,94) foram associados à IUE de novo e podem ser grupos elegíveis para procedimentos anti-incontinência concomitantes ao reparo do POP. Estudos subsequentes por meio de ensaios randomizados devem ser realizados para confirmação.
Palavras-chave: Incontinência urinaria de esforço; Prolapso de órgãos pélvicos; Fatores de risco; epidemiologia; Incontinência Urinária de novo.
-
Mostrar Abstract
-
O prolapso de órgãos pélvicos (POP) é definido como a descida da parede vaginal anterior, posterior ou do ápice da vagina1. Segundo a Cochrane, o POP é uma condição comum, sendo observado no exame físico em cerca de 40 a 60% das mulheres que já tiveram pelo menos um parto2.
Conforme orientação da Sociedade Internacional de Continência e a Associação Internacional de Uroginecologia classifica-se o prolapso através Pelvic Organ Prolapse Quantification (POP-Q) em estadios de 0 a 4, sendo o resquício himenal o ponto de referência 1.
O POP é frequentemente associado à incontinência urinária de esforço (IUE). Aproximadamente 55% das mulheres com POP Estadio 2 (prolapso ± 1 cm do resquício himenal) apresentam IUE concomitante e apenas 33% das mulheres com POP estadio 4 (prolapso total) têm IUE, provavelmente devido à angulação da junção vésico-uretral quando o prolapso é avançado 2. Quando o prolapso é reduzido durante o exame clínico, a IUE pode ser demonstrada em até 68% das mulheres 2. Se a IUE for evidenciada apenas quando o prolapso for reduzido, esse tipo de IUE é definido como "IUE oculta" 2. A pesquisa de IUE oculta pode ser realizada com a paciente em litotomia com bexiga cheia - 100 e/ou 300ml de volume - e realizado manobra de Valsalva com redução do prolapso (manual ou com pessário). Considera-se o teste positivo se houver a visualização da perda urinária nesse momento da Valsalva3. A IUE oculta pode também ser diagnosticada através do estudo urodinâmico. Realiza-se, após o enchimento médio da cistometria (200ml) e redução do POP, a manobra de Valsalva e repetido a manobra com 300ml de enchimento, se houver perda urinaria considera-se IUE oculta urodinâmica4.
Manoro et al avaliou 150 pacientes submetidas a cirurgia de POP, sem IUE prévia, a fim de avaliar IUE oculta como fator preditor de IUE pós-operatória, entretanto o resultado foi que IUE oculta não representa preditor significativo de desenvolver IUE pós-operatória4. Segundo outros autores há uma associação positiva entre IUE oculta e IUE observada após a cirurgia para correção de POP, entretanto com valores preditivos positivos fracos3. No entanto, os valores preditivos negativos foram 92,5% ((intervalo de confiança (IC) de 95% 90,3 a 100,0)) e 91,1% (IC de 95% 88,5 a 99,7). Isso sugere que as mulheres que não apresentam IUE oculta têm baixo risco de desenvolver IUE no pós-operatório5.
Um estudo retrospectivo publicado em 2017 obteve taxas de IUE pós-operatória de 6%, em mulheres operadas para correção do POP, após 2 meses de acompanhamento6. Entretanto outros autores demonstram taxas maiores, com cerca de 28% de IUE pós-operatória7. Na revisão da Cochrane de 2018, foi relatado que as paciente com IUE oculta submetidas a cirurgia para correção do POP, 34% apresentavam IUE pós-operatória2. Essas discordâncias entre IUE pós-operatória e IUE oculta demonstram que ainda não há um método objetivo eficiente para identificarmos quais pacientes se beneficiariam de um procedimento anti-incontinência associado ao reparo cirúrgico do prolapso, o que motivou nosso estudo.
Cruz et al evidenciou através de análise multivariada que Índice de Massa Corporal (IMC) mais elevado, diabetes mellitus e estágio de prolapso da parede vaginal anterior 3, como risco fatores para IUE pós-operatória (p <0,05) 8. Um estudo realizado na Califórnia – EUA, que avaliou 41.689 mulheres submetidas a reparo de prolapso anterior e / ou apical sem procedimento anti-incontinência concomitante ou prévia, 3,6% apresentaram incontinência urinaria pós-operatória 9. Ao avaliar os fatores de risco para IU pós-operatória, observaram que mulheres com diabetes e obesidade tinham mais chances (p<0,01), além da associação positiva com aumento de idade, tipo reparo combinado - apical e anterior, uso de tela para reparo do POP (p<0,05). Em analise multivariada verificaram quem mulheres negras e asiática tinham menor risco de IU pós-operatória (p<0,01)9.
Diante disso supõe-se que ao aparecimento do IUE pós-operatório pode estar associada a uma combinação de fatores predisponentes, mas até o momento não houve uma quantificação da importância dos fatores de riscos relatados na literatura em formato de revisão sistemática e meta-analise recente.
Ao identificar e quantificar fatores que estão associados ao aparecimento da IUE pós-operatória, poder-se-ia evitar a sistematização de procedimentos anti-incontinência considerados profiláticos em cirurgias reconstrutivas de assoalho pélvico ou aparecimento de perda urinária “de novo” após o reparo do prolapso.
Portanto, objetivo deste estudo é identificar fatores de risco para IUE pós-operatório em mulheres submetidas à cirurgia vaginal, para correção de prolapso da parede vaginal anterior, sem incontinência urinária prévia.
|
|
|
Teses |
|
1
|
-
BRUNA NOLASCO SIQUEIRA SILVA
-
Densidade mineral óssea, composição corpórea e consumo alimentar de pacientes gastroplastizados: Uma análise a longo prazo
-
Orientador : ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
-
MEMBROS DA BANCA :
-
ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
-
ANDRE DOS SANTOS COSTA
-
FLAVIO KREIMER
-
LUCIO VILAR RABELO FILHO
-
MARGARIDA MARIA DE CASTRO ANTUNES
-
Data: 19/01/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
INTRODUÇÃO: A gastroplastia é o procedimento mais eficaz e duradouro na perda do excesso de peso na obesidade grave. O comprometimento ósseo pode surgir, relacionado com as técnicas cirúrgicas e com o consumo alimentar. OBJETIVO: Avaliar a relação entre as técnicas cirúrgicas de Bypass Gástrico em Y de Roux e Gastrectomia Vertical, com densidade mineral óssea, composição corporal e consumo alimentar, após dois ou mais anos de realização. MÉTODOS: Estudo epidemiológico observacional, realizado no Departamento de Educação Física da Universidade Federal de Pernambuco. Realizou-se aferição das medidas antropométricas, questionário sóciodemográfico, clínico e consumo alimentar. O consumo foi realizado por recordatório de 24 horas. Peso e estatura foram mensurados para cálculo do índice de massa corporal. Composição corporal foi mensurada pela Absortometria Radiológica de Dupla Energia - DEXA. Dados analisados pelo SPSS 19.0, com frequências descritas em percentual e analisadas pelo qui-quadrado / Teste Exato de Fisher; variáveis quantitativas em média e desvio padrão ou em medianas, com percentis 25 e 75 e comparadas por Mann Whitney ou pelo teste t-Student; p ≤ 0,05. RESULTADOS: 66 pacientes submetidos a gastroplastia, idade média de 40,16 anos (DP = 10,21), 86,4% do sexo feminino e 60,3% submetidos ao bypass. Não houve diferença estatística ao comparar antropometria, composição corporal e consumo alimentar entre as técnicas. Observou-se correlação positiva entre escore-z do fêmur e suplementação e entre consumo de cálcio e vitamina D, após bypass. 12,7% da amostra apresentaram comprometimento ósseo. Observou-se que a cada ano da cirurgia, ocorreu redução de 0,02 no escore-z do fêmur. CONCLUSÃO: O consumo alimentar de cálcio e vitamina D interfere na densidade mineral óssea, após bypass. A cada ano de cirurgia, observa-se queda de 0,02 no escore-z do fêmur, sendo necessário acompanhamento a longo prazo e intervenção dietética, para minimizar os agravos ósseos decorrentes da cirurgia.
PALAVRAS-CHAVE: gastroplastia, consumo alimentar, composição corporal, densidade mineral óssea, antropometria, derivação gástrica.
-
Mostrar Abstract
-
A obesidade é hoje considerada um grave problema de saúde pública. No mundo todo, 2,5 milhões de mortes anualmente são atribuídas a doença. Apresenta implicações clínicas significativas com efeitos negativos à saúde, além de comprometimento econômico e psicossocial (1). O tratamento da obesidade inclui mudanças no estilo de vida (restrições dietéticas e exercício físico), uso de medicações e em vários casos, cirurgia. A cirurgia bariátrica surge como o procedimento mais eficaz e duradouro na perda do excesso de peso, além de contribuir consideravelmente para a redução de comorbidades associadas ao agravo, como melhora do diabetes mellitus tipo II e doença hepática gordurosa não alcoólica (2). Os candidatos à cirurgia bariátrica devem apresentar indicações para sua realização, dentre elas o índice de massa corporal (IMC), calculado pelo peso divido pela altura ao quadrado, como a mais utilizada. Caso o paciente apresente IMC ≥ 40 kg/m² ou ≥ 35 kg/m², associado a uma ou mais comorbidades, como diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, apneia obstrutiva do sono, entre outras, indica-se a cirurgia, caso o mesmo já tenha realizado outras intervenções para perda de peso, porém sem grandes resultados significativos a longo prazo (2). Com a evolução dos procedimentos bariátricos, há o surgimento de novas técnicas, as quais são empregadas de acordo com as características do paciente e indicação do cirurgião. Atualmente o Bypass Gástrico em Y de Roux (BGYR) e o Sleeve Gástrico (SG) são consideradas as mais utilizadas no tratamento da obesidade e melhora das complicações metabólicas. Os aspectos inerentes às cirurgias, como restrição gástrica, disabsorção e baixo consumo alimentar, garantem perda de massa gorda nos adipócitos e resultam em alterações metabólicas sistêmicas, como controle da homeostase da glicose. Contudo, observa-se que o mecanismo de ação das bariátricas são complexos e envolvem múltiplos sinais neuroendócrinos, como atuação de hormônios intestinais, reguladores de sinais fome/saciedade, atuação da microbiota intestinal, preferências alimentares e gasto energético (3). Apesar de todos os benefícios da cirurgia bariátrica, deficiências nutricionais podem surgir, relacionando-se à técnica cirúrgica e à falta de adesão às mudanças do estilo de vida. Dentre as deficiências, a bariátrica parece interferir na composição óssea, e essa realidade pode ser explicada pela disabsorção de nutrientes específicos, como o cálcio e a vitamina D, que compõem e/ou colaboram para a integralidade do osso (4). A literatura relata que as técnicas como o BGYR parecem implicar mais significativamente na densidade mineral óssea (DMO) do que as cirurgias caracterizadas restritivas, como o SG (5). Isso pode ocorrer pois no BGYR ocorre diminuição da exposição do alimento à bile e aos ácidos pancreáticos, acarretando prejuízos na digestão e absorção dos nutrientes em maior proporção. Essa técnica tem mostrado menor absorção de gorduras e proteínas, além de micronutrientes como vitamina B12 e D, cálcio e ferro (6). Por outro lado, pacientes submetidos a SG também podem apresentar deficiências de nutrientes, como demonstrado em uma pesquisa, com baixos níveis de vitamina D, antes e após da cirurgia (63,2% no pré-operatório para 24,3% com cinco anos, p < 0,0001) (7). Uma metanálise recente com objetivo principal de identificar complicações ósseas ao comparar diferentes técnicas cirúrgicas, BGYR e SG, em até dois anos de pósoperatório, constatou que a cirurgia bariátrica tipo BGYR apresentou maiores deficiências nutricionais, como as de vitamina D (p=0,001) e menores níveis sanguíneos de cálcio (p=0,0006). Os autores explicam esses resultados devido ao maior percentual de excesso de peso perdido após o BGYR, que propiciou maiores prejuízos ósseos. Além disso parece que os hormônios, como: leptina, adiponectina, insulina, glucagon like peptide 1 e grelina, também exercem importante atuação. Outra explicação refere-se a modificações na absorção de micronutrientes do trato gastrointestinal após BGYR. Com isso os autores concluíram que a cirurgia bariátrica pode levar a desordem do metabolismo ósseo, elevação do turnover ósseo e diminuição da DMO, acarretando em risco para ocorrência de fraturas e doenças ósseas (5). Uma outra pesquisa que comparou o metabolismo ósseo de adolescentes e adultos obesos, no pré-operatório, com seis e doze meses de realização de BGYR, verificou que os índices de vitamina D e magnésio estiveram abaixo do recomendado com seis e doze meses no pós-cirúrgico; o nível de cálcio reduziu entre os seis e os dozes meses posteriores à bariátrica. Ocorreu um aumento de osteopenia nos dois grupos (adolescentes e adultos), principalmente quando avaliou a área da cabeça do fêmur, pela densitometria óssea. Já, nos adultos, pode-se observar uma correlação positiva entre vitamina D adequada e DMO, nas regiões lombar e cabeça do fêmur (8). 40,4% dos pacientes classificados com osteopenia e osteoporose apresentaram deficiência de vitamina D e aqueles adolescentes com inadequação de cálcio antes da cirurgia encontraram-se com osteopenia e osteoporose após doze meses da realização do BGYR. Os autores concluem que o BGYR pode contribuir para a ocorrência de deficiências nutricionais tanto em adolescentes quanto em indivíduos adultos. Sugerem que ações na adequação de nutrientes deve ser implantada ainda no pré-operatório da cirurgia bariátrica e que a aderência ao uso de polivitamínicos deve ser encorajada, com maiores investigações e construção de diferentes protocolos de suplementação nutricional, para minimizar as deficiências nutricionais (8). Pelos fatos apresentados, tem-se a necessidade de conhecer mais afundo as reais repercussões da cirurgia, não só em relação aos parâmetros ponderais, já que atualmente este tipo de avaliação sozinha pouco representa, mas principalmente em relação aos parâmetros da composição corpórea, dentre eles destacando a DMO. Ainda são poucos os estudos que avaliaram a DMO de pacientes bariátricos a longo prazo, após dois ou mais anos da realização da cirurgia, não estando claro os prejuízos ósseos nesta população tardiamente. Por esta razão, justifica-se a realização desta pesquisa que tem como finalidade avaliar a relação entre as técnicas cirúrgicas, Bypass e Sleeve Gástrico, com a DMO, a composição corporal e o consumo alimentar, de pacientes cirurgiados após dois ou mais anos da realização da bariátrica.
|
|
2
|
-
PORFÍRIO FERNANDES DE MEDEIROS JÚNIOR
-
Fatores clínicos e ambientais associados aO CÂNCER DE PÊNIS-ESTUDO CASO CONTROLE
-
Orientador : SALVADOR VILAR CORREIA LIMA
-
MEMBROS DA BANCA :
-
ESDRAS MARQUES LINS
-
GERALDO DE AGUIAR CAVALCANTI
-
SALVADOR VILAR CORREIA LIMA
-
FABIO DE OLIVEIRA VILAR
-
ARLINDO MONTEIRO DE CARVALHO JÚNIOR
-
Data: 28/01/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
O Brasil tem uma das maiores taxas de incidência de câncer de pênis do mundo chegando a 2,1% dos tumores masculinos e até 5,7% em algumas regiões do nordeste, enquanto nos Estados Unidos esta taxa é de menos de 1% dos casos de câncer em homens. Fatores como fimose, má higiene, tabagismo, Papilomavírus humano-HPV e promiscuidade sexual são fatores de risco para a doença amplamente discutidos na literatura. A associação de fatores como trauma, etilismo, ocupação e uso de agrotóxicos com o câncer de pênis foi muito pouco avaliada na literatura médica havendo esta lacuna para melhor elucidação. O presente estudo tem o objetivo de avaliar as características de pacientes com câncer de pênis e possíveis fatores de risco para a doença, verificando se há ou não associação entre algumas variáveis e a neoplasia. Estudo prospectivo, tipo caso controle, realizado em hospital de referência oncológica. Um mesmo questionário, sobre hábitos e fatores de risco, foi aplicado aos pacientes atendidos com câncer de pênis e à um grupo controle de participantes. As variáveis e os parâmetros foram categorizados e analisados com o software SPSS (IBM Company; version 22) e testadas as possíveis interações entre as variáveis por meio de análises bivariadas e multivariadas. Participaram do estudo 154 pessoas, das quais 68 portadoras de câncer de pênis e 86 homens do grupo controle. Na análise bivariada foram associados como fatores de risco para câncer de pênis: grau de instrução (até o fundamental OR 24,39), fimose (OR 16,96), tabagismo (OR14,8), trauma (OR 13,4) profissão de agricultor (OR 11,27) multiplicidade de parceiras (OR10,63), condiloma (OR10,8), uso de pesticidas (OR 7,36) zoofilia (OR 6,7) e etilismo (OR 2,96). Não foram estatisticamente significativas a associação entre etnia, uso de drogas, história prévia de tumor, gonorréia, sífilis, hiv, herpes e uso de preservativo com câncer de pênis. Na análise de regressão logística após o ajuste de vários modelos chegou-se às seguintes variáveis como sendo estatisticamente significativas para explicar a ocorrência do câncer de pênis: fimose, grau de instrução, tabagismo e profissão agricultor com razões de chances iguais a 74,680; 27,78 (1/0,036); 14,975 e 14,052; respectivamente. Na presença da variável profissão a variável agrotóxico não se demonstrou como sendo um fator de risco para a ocorrência do câncer. No entanto, ao ajustar um modelo com as variáveis fimose, grau de instrução, tabagismo e agrotóxico sem a presença de profissão, chega-se à conclusão de que agrotóxico é um fator de risco (Sig. = ,001 < ,05), com razão de chances igual a 9,272. Fimose e tabagismo são fatores de risco importantes para a doença. O nível de instrução dos pacientes tem influência nos seus hábitos de higiene e hábitos sexuais, além de que a falta de informação e desconhecimento dos fatores de risco também aumentam a chance destes homens serem vítimas do câncer de pênis. A ocupação também se mostrou um fator de risco importante sendo mais prevalente entre os agricultores, podendo ter associação com o uso de agrotóxicos. Novos estudos são necessários para confirmar esses achados.
Palavras chave: Câncer de pênis. Agrotóxico. Ocupação. Epidemiologia
-
Mostrar Abstract
-
O Brasil tem uma das maiores taxas de incidência de câncer de pênis do mundo chegando a 2,1% dos tumores masculinos e até 5,7% em algumas regiões do nordeste, enquanto nos Estados Unidos esta taxa é de menos de 1% dos casos de câncer em homens. Fatores como fimose, má higiene, tabagismo, Papilomavírus humano-HPV e promiscuidade sexual são fatores de risco para a doença amplamente discutidos na literatura. A associação de fatores como trauma, etilismo, ocupação e uso de agrotóxicos com o câncer de pênis foi muito pouco avaliada na literatura médica havendo esta lacuna para melhor elucidação. O presente estudo tem o objetivo de avaliar as características de pacientes com câncer de pênis e possíveis fatores de risco para a doença, verificando se há ou não associação entre algumas variáveis e a neoplasia. Estudo prospectivo, tipo caso controle, realizado em hospital de referência oncológica. Um mesmo questionário, sobre hábitos e fatores de risco, foi aplicado aos pacientes atendidos com câncer de pênis e à um grupo controle de participantes. As variáveis e os parâmetros foram categorizados e analisados com o software SPSS (IBM Company; version 22) e testadas as possíveis interações entre as variáveis por meio de análises bivariadas e multivariadas. Participaram do estudo 154 pessoas, das quais 68 portadoras de câncer de pênis e 86 homens do grupo controle. Na análise bivariada foram associados como fatores de risco para câncer de pênis: grau de instrução (até o fundamental OR 24,39), fimose (OR 16,96), tabagismo (OR14,8), trauma (OR 13,4) profissão de agricultor (OR 11,27) multiplicidade de parceiras (OR10,63), condiloma (OR10,8), uso de pesticidas (OR 7,36) zoofilia (OR 6,7) e etilismo (OR 2,96). Não foram estatisticamente significativas a associação entre etnia, uso de drogas, história prévia de tumor, gonorréia, sífilis, hiv, herpes e uso de preservativo com câncer de pênis. Na análise de regressão logística após o ajuste de vários modelos chegou-se às seguintes variáveis como sendo estatisticamente significativas para explicar a ocorrência do câncer de pênis: fimose, grau de instrução, tabagismo e profissão agricultor com razões de chances iguais a 74,680; 27,78 (1/0,036); 14,975 e 14,052; respectivamente. Na presença da variável profissão a variável agrotóxico não se demonstrou como sendo um fator de risco para a ocorrência do câncer. No entanto, ao ajustar um modelo com as variáveis fimose, grau de instrução, tabagismo e agrotóxico sem a presença de profissão, chega-se à conclusão de que agrotóxico é um fator de risco (Sig. = ,001 < ,05), com razão de chances igual a 9,272. Fimose e tabagismo são fatores de risco importantes para a doença. O nível de instrução dos pacientes tem influência nos seus hábitos de higiene e hábitos sexuais, além de que a falta de informação e desconhecimento dos fatores de risco também aumentam a chance destes homens serem vítimas do câncer de pênis. A ocupação também se mostrou um fator de risco importante sendo mais prevalente entre os agricultores, podendo ter associação com o uso de agrotóxicos. Novos estudos são necessários para confirmar esses achados.
Palavras chave: Câncer de pênis. Agrotóxico. Ocupação. Epidemiologia
|
|
3
|
-
EUGENIO SOARES LUSTOSA
-
GEL DE CELULOSE BACTERIANA COMO AGENTE DE VOLUME PARA O TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO EM MULHERES: um estudo piloto
-
Orientador : SALVADOR VILAR CORREIA LIMA
-
MEMBROS DA BANCA :
-
SALVADOR VILAR CORREIA LIMA
-
ESDRAS MARQUES LINS
-
GERALDO DE AGUIAR CAVALCANTI
-
FABIO DE OLIVEIRA VILAR
-
FERNANDA CAMILA FERREIRA DA SILVA CALISTO
-
Data: 28/01/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
Objetivo: Avaliar o desempenho do gel polissacarídeo bacteriano utilizado como agente de volume aplicado em pacientes do sexo feminino com diagnóstico de incontinência urinária de esforço. Métodos: No período de março de 2017 a março de 2019, pacientes que deram entrada no ambulatório de urologia com incontinência urinária de esforço (IUE) sem tratamento prévio. Pacientes do sexo feminino foram selecionados e submetidos a procedimento de agente de volume. A avaliação foi realizada no momento da inscrição e 6 meses após o tratamento. O desfecho primário foi a qualidade de vida (QV) usando o questionário ICIQ-SF. O volume de perda urinária pelo PAD-TEST de 1 HORA foi o segundo resultado. Resultados: Quinze mulheres (com idade média de 53 anos) foram submetidas à aplicação de gel de celulose bacteriana e posteriormente avaliadas. Apenas duas pacientes apresentavam incontinência inalterada. O estudo considerou como desfecho primário a melhora ou desaparecimento dos sintomas após seis meses de intervenção. O questionário de Qualidade de Vida (QV) pós-intervenção indicou que todos esses pacientes relataram melhor qualidade de vida (62,5%). Por meio do PAD-test foi possível observar uma diminuição da perda urinária de 85% comparando os resultados pré e pós-intervenção (BCA - Bacterial Cellulose Application) com p-valor igual a 0,000009. Conclusões: O uso de agentes espessantes naturais como o gel polissacarídeo bacteriano tem se mostrado uma alternativa promissora para o tratamento da incontinência urinária de esforço em pacientes do sexo feminino.
Palavras-chave: Gel de polissacarídeo. Injetável. Mulheres com incontinência urinária de esforço. Biopolímero.
-
Mostrar Abstract
-
Objetivo: Avaliar o desempenho do gel polissacarídeo bacteriano utilizado como agente de volume aplicado em pacientes do sexo feminino com diagnóstico de incontinência urinária de esforço. Métodos: No período de março de 2017 a março de 2019, pacientes que deram entrada no ambulatório de urologia com incontinência urinária de esforço (IUE) sem tratamento prévio. Pacientes do sexo feminino foram selecionados e submetidos a procedimento de agente de volume. A avaliação foi realizada no momento da inscrição e 6 meses após o tratamento. O desfecho primário foi a qualidade de vida (QV) usando o questionário ICIQ-SF. O volume de perda urinária pelo PAD-TEST de 1 HORA foi o segundo resultado. Resultados: Quinze mulheres (com idade média de 53 anos) foram submetidas à aplicação de gel de celulose bacteriana e posteriormente avaliadas. Apenas duas pacientes apresentavam incontinência inalterada. O estudo considerou como desfecho primário a melhora ou desaparecimento dos sintomas após seis meses de intervenção. O questionário de Qualidade de Vida (QV) pós-intervenção indicou que todos esses pacientes relataram melhor qualidade de vida (62,5%). Por meio do PAD-test foi possível observar uma diminuição da perda urinária de 85% comparando os resultados pré e pós-intervenção (BCA - Bacterial Cellulose Application) com p-valor igual a 0,000009. Conclusões: O uso de agentes espessantes naturais como o gel polissacarídeo bacteriano tem se mostrado uma alternativa promissora para o tratamento da incontinência urinária de esforço em pacientes do sexo feminino.
Palavras-chave: Gel de polissacarídeo. Injetável. Mulheres com incontinência urinária de esforço. Biopolímero.
|
|
4
|
-
MILTON IGNACIO CARVALHO TUBE
-
DETERMINAÇÃO DOS BENEFÍCIOS DO USO DE MODELOS DE BAIXA FIDELIDADE E INSTRUMENTOS MANUFATURADOS DE BAIXO CUSTO, APLICADOS À SIMULAÇÃO CLÍNICA PARA DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES E DESTREZAS CIRÚRGICAS NA GRADUAÇÃO MÉDICA.
-
Orientador : JOSEMBERG MARINS CAMPOS
-
MEMBROS DA BANCA :
-
ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
-
FLAVIO KREIMER
-
RODRIGO PESSOA CAVALCANTI LIRA
-
GERSON ALVES PEREIRA JÚNIOR
-
LUIZ GONZAGA DE MOURA JUNIOR
-
Data: 18/07/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
Objetivo: Determinar os benefícios do uso de modelos de baixa fidelidade e instrumentos manufaturados de baixo custo, na simulação para desenvolvimento de habilidades e destrezas cirúrgicas na graduação médica. Métodos: Estudo prospectivo, descritivo, analítico, comparativo, experimental e aleatório, com abordagem qualitativa no desenvolvimento de habilidades e destrezas cirúrgicas em acadêmicos primeiro a decimo segundo períodos do curso de medicina. Ações de extensão nas modalidades cursos de Nós e suturas (Modulo I) e Cursos de Paramentação e Instrumentação Cirúrgica (Módulo II) foram produzidas para captação e seleção da amostra. Foram produzidos materiais manufaturados e montado um simulador de baixa fidelidade e baixo custo para laparotomia exploratória utilizados no treinamento, teste e avaliação de habilidades cirúrgicas desenvolvidas por alunos de medicina após instrução em estações de destrezas laboratório de habilidades. Pré e pós-teste teórico (Prova objetiva) e prático (OSATS Scale) foram aplicados em ambos os módulos. Resultados: Sessenta e três cursos de extensão realizados, n=1613 estudantes de primeiro a decimo segundo períodos de medicina captados. Pré-testes confirmaram a não exposição da amostra para a metodologia proposta no projeto. Médias obtidas nos pós-testes foram estatisticamente significativas confirmando o desenvolvimento cognitivo e motor de habilidades em ambos os módulos. A simulação de laparotomia exploratória facilitou a observação das habilidades desenvolvidas pelos estudantes. Materiais e modelos produzidos tiveram custos baixos. Conclusões: Os resultados mostram evidencias concluintes que a implementação de modelos de baixa fidelidade e instrumentos manufaturados de baixo custo, aplicados a simulação clínica, traze benefícios no desenvolvimento de habilidades e destrezas cirúrgicas em estudantes de medicina.
Palavras-chave: Modelos Cirúrgicos, Educação de Graduação em Medicina, Laparotomia, Exercício de Simulação, Destreza Motora, Competência Clínica.
-
Mostrar Abstract
-
Objetivo: Determinar os benefícios do uso de modelos de baixa fidelidade e instrumentos manufaturados de baixo custo, na simulação para desenvolvimento de habilidades e destrezas cirúrgicas na graduação médica. Métodos: Estudo prospectivo, descritivo, analítico, comparativo, experimental e aleatório, com abordagem qualitativa no desenvolvimento de habilidades e destrezas cirúrgicas em acadêmicos primeiro a decimo segundo períodos do curso de medicina. Ações de extensão nas modalidades cursos de Nós e suturas (Modulo I) e Cursos de Paramentação e Instrumentação Cirúrgica (Módulo II) foram produzidas para captação e seleção da amostra. Foram produzidos materiais manufaturados e montado um simulador de baixa fidelidade e baixo custo para laparotomia exploratória utilizados no treinamento, teste e avaliação de habilidades cirúrgicas desenvolvidas por alunos de medicina após instrução em estações de destrezas laboratório de habilidades. Pré e pós-teste teórico (Prova objetiva) e prático (OSATS Scale) foram aplicados em ambos os módulos. Resultados: Sessenta e três cursos de extensão realizados, n=1613 estudantes de primeiro a decimo segundo períodos de medicina captados. Pré-testes confirmaram a não exposição da amostra para a metodologia proposta no projeto. Médias obtidas nos pós-testes foram estatisticamente significativas confirmando o desenvolvimento cognitivo e motor de habilidades em ambos os módulos. A simulação de laparotomia exploratória facilitou a observação das habilidades desenvolvidas pelos estudantes. Materiais e modelos produzidos tiveram custos baixos. Conclusões: Os resultados mostram evidencias concluintes que a implementação de modelos de baixa fidelidade e instrumentos manufaturados de baixo custo, aplicados a simulação clínica, traze benefícios no desenvolvimento de habilidades e destrezas cirúrgicas em estudantes de medicina.
Palavras-chave: Modelos Cirúrgicos, Educação de Graduação em Medicina, Laparotomia, Exercício de Simulação, Destreza Motora, Competência Clínica.
|
|
5
|
-
DANIELLE GONCALVES SEABRA PEIXOTO RAMOS
-
DESENVOLVIMENTO DA AUDIÇÃO E LINGUAGEM EM CRIANÇAS EXPOSTAS AO ZIKA VÍRUS NA VIDA INTRAUTERINA
-
Orientador : SILVIO DA SILVA CALDAS NETO
-
MEMBROS DA BANCA :
-
ERIDEISE GURGEL DA COSTA
-
ESDRAS MARQUES LINS
-
MARIANA DE CARVALHO LEAL GOUVEIA
-
SILVIO DA SILVA CALDAS NETO
-
THIAGO FREIRE PINTO BEZERRA
-
Data: 22/08/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
A Síndrome congênita do zika vírus (SCZ) é consequência do dano imposto pela infecção fetal pelo vírus da zika (zikV) com subsequente prejuízo no desenvolvimento neuropsicomotor, além de deficiências sensoriais. No entanto, apesar da comprovada associação entre a microcefalia relacionada ao zikV e a perda auditiva congênita, a relação entre a SCZ e o desenvolvimento da linguagem, bem como a possibilidade do surgimento de perda auditiva de caráter progressivo ou instalação tardia, ainda necessitam de esclarecimentos. O presente estudo, portanto, tem como objetivo principal a caracterização do espectro de alterações de audição e linguagem presentes como manifestações da SCZ. Trata-se de estudo de coorte no qual foram acompanhados por quatro anos crianças com microcefalia pelo zikV ou com algum outro sintoma da SCZ, além de crianças expostas ao zikV na vida intrauterina, mas assintomáticas, nascidas no período da epidemia da microcefalia no estado de Pernambuco entre os anos de 2015 e 2017. Foi realizada triagem auditiva neonatal (TAN) através da pesquisa do potencial evocado auditivo de curta latência de tronco encefálico. As crianças que passaram na TAN, foram acompanhadas a cada seis periodicamente até os 48 meses de vida por meio da realização do PEATE C, audiometria comportamental com instrumentos musicais, exame neurológico e escala de desenvolvimento infantil de Bayley-III (EDIB-III). Um total de 483 crianças participaram desta coorte, sendo a maioria crianças sem microcefalia ao nascimento (72,9%), enquanto 10,5% apresentavam microcefalia leve e 16,6% microcefalia grave. A maioria das crianças apresentou alguma resposta ao som de instrumental de intensidade fraca, com latência de resposta, ocorrendo de forma lenta a moderada, entretanto com localização completa da origem da fonte sonora. O acompanhamento do desenvolvimento auditivo e de linguagem nos primeiros quatro anos de vida de crianças com SCZ demonstrou que o sintoma definidor de prognóstico para tais habilidades é a microcefalia. Ademais, não observamos o surgimento de PANS no período estudado.
-
Mostrar Abstract
-
A Síndrome congênita do zika vírus (SCZ) é consequência do dano imposto pela infecção fetal pelo vírus da zika (zikV) com subsequente prejuízo no desenvolvimento neuropsicomotor, além de deficiências sensoriais. No entanto, apesar da comprovada associação entre a microcefalia relacionada ao zikV e a perda auditiva congênita, a relação entre a SCZ e o desenvolvimento da linguagem, bem como a possibilidade do surgimento de perda auditiva de caráter progressivo ou instalação tardia, ainda necessitam de esclarecimentos. O presente estudo, portanto, tem como objetivo principal a caracterização do espectro de alterações de audição e linguagem presentes como manifestações da SCZ. Trata-se de estudo de coorte no qual foram acompanhados por quatro anos crianças com microcefalia pelo zikV ou com algum outro sintoma da SCZ, além de crianças expostas ao zikV na vida intrauterina, mas assintomáticas, nascidas no período da epidemia da microcefalia no estado de Pernambuco entre os anos de 2015 e 2017. Foi realizada triagem auditiva neonatal (TAN) através da pesquisa do potencial evocado auditivo de curta latência de tronco encefálico. As crianças que passaram na TAN, foram acompanhadas a cada seis periodicamente até os 48 meses de vida por meio da realização do PEATE C, audiometria comportamental com instrumentos musicais, exame neurológico e escala de desenvolvimento infantil de Bayley-III (EDIB-III). Um total de 483 crianças participaram desta coorte, sendo a maioria crianças sem microcefalia ao nascimento (72,9%), enquanto 10,5% apresentavam microcefalia leve e 16,6% microcefalia grave. A maioria das crianças apresentou alguma resposta ao som de instrumental de intensidade fraca, com latência de resposta, ocorrendo de forma lenta a moderada, entretanto com localização completa da origem da fonte sonora. O acompanhamento do desenvolvimento auditivo e de linguagem nos primeiros quatro anos de vida de crianças com SCZ demonstrou que o sintoma definidor de prognóstico para tais habilidades é a microcefalia. Ademais, não observamos o surgimento de PANS no período estudado.
|
|
6
|
-
CESAR FREIRE DE MELO VASCONCELOS
-
IMPACTO DA TÉCNICA MODIFICADA DE SIMPACTECTOMIA TORÁCICA BILATERAL R5-R8 UTILIZANDO O ÍNDICE DE QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM HIPERIDROSE COMPENSATÓRIA GRAVE
-
Orientador : ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
-
MEMBROS DA BANCA :
-
ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
-
EUCLIDES DIAS MARTINS FILHO
-
FLAVIO KREIMER
-
MARIA INES REMIGIO DE AGUIAR
-
MICHELLY CRISTINY PEREIRA
-
Data: 14/11/2022
-
-
Mostrar Resumo
-
Objetivo: Investigar a qualidade de vida (QV) dos pacientes que desenvolveram hiperidrose compensatória grave, após simpatectomia para suor localizado, com nova abordagem utilizando a técnica modificada da simpatectomia torácica bilateral ao nível de R5-R8. Métodos: Dezoito pacientes com hiperidrose compensatória grave foram submetidos à técnica modificada de simpatectomia torácica bilateral ao nível de R5- R8, por videotoracoscopia, localizada na região palmar e axilar, no período de 2015 a 2020, provenientes de serviços de cirurgia torácica de hospitais de referência de Recife, Pernambuco. Os desfechos foram: qualidade de vida e as possíveis complicações cirúrgicas. Para avaliação da QV, foi utilizado um questionário, aplicado duas vezes, a primeira sobre a QV geral no pré-operatório (T=0) e a segunda comparando a QV 30 dias de pós-operatório (T=1) e pós-operatório tardio superior a 4 meses (T=2). O questionário consistiu de 20 questões divididas em quatro domínios (funcional-social, pessoal, emocional e condições especiais), o qual se admitiu apenas uma resposta para cada questão. Os pacientes foram classificados em cinco níveis de satisfação obtidos pelo somatório dos pontos do questionário. Quanto à técnica operatória, todos os pacientes foram submetidos bilateralmente em abordagem única. Iniciou-se pelo hemitórax esquerdo, posicionando o paciente em decúbito lateral direito com coxim sob o tórax e braço contralateral elevado. Resultados: A idade variou de 22 a 47 anos, com média de 31,33 anos, desvio padrão de 6,89 anos e mediana de 30,50 anos. A associação entre as duas avaliações sobre a QV 16 de 18 pacientes (88,9%) foram: um pouco melhor (22,2%) ou muito melhor (66,7%), quando comparado T0 com T1. No entanto, 2 pacientes (11,1%) com QV ruim (T0) relataram um pouco de piora no primeiro mês de pós-operatório (T1). Na observação tardia (T2), houve análise de 10 pacientes, dois pacientes (20%) relataram piora dos sintomas após cirurgia e 80% apresentaram melhora dos sintomas. As médias e medianas da QV e domínios de função foram correspondentemente mais elevadas T0, quando comparado com T1 e T2, as diferenças com significância estatística. Conclusões: A técnica proposta tem melhora na qualidade de vida dos pacientes com hiperidrose compensatória em todos os tempos analisados. Além disso, abordagem minimamente invasiva da técnica possibilita tempo cirúrgico reduzido, melhor ergonomia, resultado estético superior e menor morbidade pós-cirúrgica.
-
Mostrar Abstract
-
Objective: To investigate the quality of life (QoL) of patients who developed severe compensatory hyperhidrosis, after sympathectomy for localized sweating, with a new approach using the modified technique of bilateral thoracic sympathectomy at the R5-R8 level. Methods: Eighteen patients with severe compensatory hyperhidrosis underwent the modified procedure of bilateral thoracic sympathectomy at the level of R5-R8, by video thoracoscopy, localized in the palmar and axillary region, in the period from 2015 to 2020, from thoracic surgery services of reference hospitals in Recife, Pernambuco. The outcomes were: quality of life and possible surgical complications. To assess QL, a questionnaire was used and applied twice, the first on the overall QL preoperatively (T=0) and the second comparing QL 30 days postoperatively (T=1) and late postoperatively over four months (T=2). The questionnaire consisted of 20 questions divided into four domains (functional-social, personal, emotional, and unique conditions), which allowed only one answer for each question. The patients were classified into five levels of satisfaction obtained by adding up the points on the questionnaire. As for the operative technique, all patients were submitted bilaterally in a single approach. It was started by the left hemithorax, positioning the patient in right lateral decubitus with a cushion under the thorax and contralateral arm. Results: Age ranged from 22 to 47 years, with a mean of 31.33 years, a standard deviation of 6.89 years, and a median of 30.50 years. The association between the two assessments on QL 16 of 18 patients (88.9%) was: slightly better (22.2%) or much better (66.7%) when comparing T0 with T1. However, two patients (11.1%) with poor QL (T0) reported some worsening in the first postoperative month (T1). In the late observation (T2), there was an analysis of 10 patients, two patients (20%) reported worsening symptoms after surgery, and 80% showed improvement in symptoms. The means and medians of QL and function domains were correspondingly higher T0 when compared to T1 and T2, the differences with statistical significance. Conclusions: The proposed technique improved patients' quality of life with compensatory hyperhidrosis at all analyzed times. In addition, the minimally invasive approach of the technology enables reduced surgical time, better ergonomics, superior aesthetic results, and lower postsurgical morbidity.
|
|