TECNOLOGIAS DIGITAIS MÓVEIS NA EDUCAÇÃO: um estudo de caso na Comunidade Quilombola Novo Horizonte, Alagoinha-PE
Palavras-chave: Mobile Learning; EJA Quilombola; Prática Docente.
O presente texto nasce da pesquisa de mestrado em desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática-PPGECM da Universidade Federal de Pernambuco-UFPE, Centro Acadêmico do Agreste, na Linha de pesquisa Metodologias e Práticas de Ensino de Ciências e Matemática. Nesta pesquisa, temos como questão problema: quais os impactos proporcionados com o uso dos dispositivos digitais móveis, na prática docente do ensino de Ciências na Educação de Jovens e Adultos nas comunidades quilombolas? O objetivo geral se constitui em analisar na prática docente, as possibilidades e os desafios da aprendizagem com tecnologia digital móvel (Mobile Learning), nas aulas de Ciências, no contexto sociocultural dos aprendentes Jovens Adultos remanescentes de quilombos. O estudo faz uma articulação entre o Mobile Learning e a Educação Escolar Quilombola, especificamente, para o público da EJA, observando os aspectos da escola investigada localizada na Comunidade Quilombola Novo Horizonte, no Povoado do Campo do Magé, na cidade de Alagoinha-PE. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, um estudo de caso (AMADO, 2017) que utilizará a entrevista semiestruturada, a observação não participante, os documentos, os planos de aulas, os registros de aulas, os caderno de uso do(a) docente, os projetos e os registros fotográficos construídos ou a serem construídos durante o período de 18 meses, tempo de duração do Ensino Médio na modalidade de Ensino que escolhemos. Analisaremos os dados à luz de Morais (2019) e teremos como sujeito da pesquisa uma professora de Ciências. Nossa pesquisa se filia nas possibilidades para a prática docente do ensino de Ciências instrumentalizada na aprendizagem com dispositivos móveis no cenário das Comunidades Quilombolas que atendem ao público da EJA, dialogando com os seguintes autores: Traxler (2005, 2019, 2020); Sharples, Taylor, e Vavoula (2022); Souza (2006); Nóvoa (2021, 2022); Molina (2021); Sasseron (2022), dentre outros, que nos possibilitam refletir e questionar o lugar que é posto na história e na sociedade aos povos negros, dentre eles os quilombolas.