ETNOMATEMÁTICA NO ARTESANATO: A RELAÇÃO AO SABER DE ARTESÃOS PERNAMBUCANOS COM A MATEMÁTICA
Etnomatemática, Artesanato do Barro, Relação ao Saber.
O estudo proposto oferece uma abordagem intrigante ao analisar as relações entre os mestres artesãos do barro e a matemática, com um enfoque específico no contexto da Etnomatemática. Ao selecionar o artesanato do barro no Agreste de Pernambuco como objeto de pesquisa, o trabalho busca desvelar a interconexão fascinante entre a criatividade humana e as habilidades matemáticas subjacentes às obras produzidas. Mais do que simples peças artesanais, as criações revelam saberes e práticas intrínsecos, entrelaçando conhecimentos culturais e práticas matemáticas. A abordagem de Etnomatemática destaca como grupos étnicos empregam habilidades matemáticas em suas atividades diárias, transmitindo culturalmente entre membros da mesma comunidade. Assim, a investigação se concentra na relação dos mestres artesãos com os saberes matemáticos utilizados em seus processos de produção, seguindo a perspectiva de Bernart Charlot. Isso não apenas evidencia a relação individual com o saber, mas também a conexão com a cultura, outros indivíduos, a comunidade e o mundo. Para responder aos questionamentos apresentados, o estudo emprega dois métodos de coleta de dados: pesquisa bibliográfica, mapeando teses e dissertações sobre o tema, e entrevistas etnográficas com os mestres artesãos. Esses métodos visam proporcionar uma compreensão aprofundada das perspectivas e significados culturais dos artesãos. O trabalho, portanto, busca contribuir para uma reflexão profunda sobre as relações entre os conhecimentos e práticas culturais com a Etnomatemática. Além disso, pretende fomentar debates sobre as contribuições desse estudo para a formação docente no Agreste de Pernambuco, destacando a relevância dessas práticas na educação e no reconhecimento da riqueza cultural e matemática presente no artesanato do barro na região.