PROCESSOS IMAGINATIVOS NA CONSTRUÇÃO DE SIGNIFICADOS DO CONTEÚDO DE LIGAÇÕES QUÍMICAS NO ENSINO MÉDIO EM UMA ESCOLA DA REDE ESTADUAL DE PERNAMBUCO
Imaginação; Ensino de Química; Construção de significados; Ligações Químicas.
O conteúdo de ligações químicas é de fundamental importância para a compreensão dos
fenômenos da natureza sobre a perspectiva da ciência, no entanto, devido a sua grande
complexibilidade, há frequentes dificuldades de compreensão do mesmo, ocasionando em
muitos erros conceituais. Diante disso, acreditamos ser relevante investigar como os
significados relativos ao conteúdo de ligações químicas podem ser internalizados e
externalizados, em uma situação de aprendizagem, a partir do papel da imaginação diante da
natureza abstrata deste conceito e a necessidade da mobilização de recursos linguísticos e
simbólicos quando da sua externalização. Assim, temos como objetivo geral analisar como
estudantes constroem significados a respeito do conteúdo de ligações químicas, fundamentado
na relação entre aprendizagem e imaginação na mediação de uma atividade experimental.
Metodologicamente esta pesquisa se caracteriza como um estudo de caso abordado de forma
qualitativa, explicativa e descritiva. Participaram da pesquisa alunos do 1o ano do Ensino Médio
de uma escola da rede estadual de Pernambuco, no entanto a construção dos dados se deu com
um pequeno grupo de 5 alunos. Para a construção dos dados, estruturamos uma intervenção que
teve a duração de oito aulas, totalizando quatro encontros. Durante o momento de
internalização, foram ofertados materiais semióticos com o intuito de facilitar a construção de
significados sobre os conceitos trabalhados. Como momento de externalização solicitamos uma
apresentação de seminários, para que os alunos articulassem o que foi visto durante os
momentos de internalização da intervenção. De resultados identificamos os conhecimentos
prévios que as participantes carregavam com si sobre a temática, visualizando a reformulação
deles, também distinguimos os movimentos imaginativos que surgiram durante a atividade
experimental, que seguiram os eixos da generalização e da implausibilidade. Por fim,
identificamos possíveis prospecções de novos significados que foram elaborados no horizonte
de aprendizagem dos estudantes, classificando-os quanto a sua veracidade científica.