Banca de DEFESA: MARIA MARILANE MONTEIRO DE MOURA BEZERRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA MARILANE MONTEIRO DE MOURA BEZERRA
DATA : 28/11/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Ambiente Virtual
TÍTULO:

DESAFIOS DO ENSINO REMOTO EMERGENCIAL: as contribuições de docentes tutores de resiliência à formação inicial de professoras e professores no contexto da pandemia por Covid-19.


PALAVRAS-CHAVES:

Pandemia da Covid-19; Ensino Remoto Emergencial; Trauma e Resiliência; Tutor de Resiliência; Formação Docente


PÁGINAS: 104
RESUMO:

O Ensino Remoto Emergencial (ERE) decorrente da pandemia da Covid-19 exigiu a migração das aulas da modalidade presencial à remota, fato que realçou a importância de discussões sobre o papel do professor e da professora, sob o entendimento de que os aspectos emocionais têm a mesma relevância que os aspectos cognitivos, e que assim também devem ser considerados na formação docente. A partir desse entendimento, buscou-se investigar as possibilidades e limitações da tutoria de resiliência por parte de docentes formadores, na formação inicial de licenciandos em química no CAA – UFPE, no contexto do ERE. Com o intuito de conhecer melhor essa realidade, propôs-se como objetivo geral: compreender as contribuições de docentes, tutores de resiliência, à formação inicial de professores e professoras licenciandos/as em Química, mediante as adversidades do Ensino Remoto Emergencial no contexto da pandemia por Covid-19. O aporte teórico da pesquisa sobre resiliência e tutoria de resiliência foram as concepções de Viktor Frankl (1985), Boris Cyrulnik (2004, 2005, 2015); Yunes, Fernandes e Weschenfelder (2018). Para compreender o contexto do ERE foram buscadas as contribuições de Moreira, Henriques e Barros (2020), Silva, Silva Neto e Santos (2020) e Barros (2020), dentre outros/as. Sobre a formação docente refletimos a partir de autores/as como Freire (2018), Nóvoa e Alvim (2021), Pimenta (2011) e Perrenoud (2000). Para responder às inquietações supracitadas, optou-se por uma pesquisa qualitativa em que foram feitas entrevistas semiestruturadas com licenciandas/os em Química no CAA-UFPE. As narrativas obtidas nessa etapa foram analisadas sob a égide da Análise do Discurso em sua abordagem francesa, tal como descrita por Orlandi (2005), com vistas a apreender os possíveis sentidos às experiências no referido contexto. A partir dos relatos discentes, percebeu-se que parte dessas pessoas não conhecia bem o constructo resiliência, não obstante a maioria tenha se considerado resiliente e acredite na contribuição de vínculos afetivos entre docentes e discentes à constituição de processos de resiliência dos/das estudantes. Sobre o ERE alguns discursos ressaltaram os aspectos negativos, outros indicaram percepções mais positivas, fato que remete às singularidades pessoais frente a uma determinada situação. Sobre o desenvolvimento de vínculos entre docentes e discentes no contexto do ERE, de modo geral, os discursos apontam ao estabelecimento de vínculos afetivos com alguns/mas docentes, apesar da percepção de hierarquias e/ou de relações de poder permeando essas vivências. Mediante tais vivências e significações, considera-se que, apesar das dificuldades enfrentadas por docente e discentes, houve uma sensibilização da parte das/dos docentes que se moveram para adequar suas práticas em função de apoiar o grupo discente nesse momento de crise. Por fim, pode-se entender que os/as estudantes que conseguiram estabelecer vínculos com seus/suas docentes encontraram um suporte e sentiram-se motivados, o que segundo a perspectiva de Cyrulnik, pode configurar-se como reflexo de processos de tutoria de resiliência.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1727351 - DANIELLA RODRIGUES DE FARIAS
Interna - 2536752 - ANA LUCIA GALVAO LEAL CHAVES
Externo ao Programa - 1728197 - AURINO LIMA FERREIRA - UFPE
Notícia cadastrada em: 09/11/2023 12:06
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