Distribuição de sólidos suspensos totais e dinâmica da zona de turbidez máxima no estuário do rio Ipojuca.
sólidos suspensos totais; zona de turbidez máxima; ZTM
O presente estudo enfoca a caracterização distribuição de sólidos suspensos totais no estuário do rio Ipojuca; a identificação da localização média e a delimitação dos limites superior e inferior de excursão da zona de turbidez máxima no estuário do rio Ipojuca, em função da sazonalidade das chuvas e do regime das marés. Os trabalhos foram desenvolvidos ao longo de um trecho do rio Ipojuca com cerca de 13,6 km, de forma a abranger os períodos chuvoso e de estiagem e a representar os estágios de marés de enchente, preamar vazante e baixa-mar em ciclos de sizígia e de quadratura em cada um desses períodos. Para tanto foram estabelecidas um total de 24 estações, sendo 7 delas fixas e 17 móveis, para permitir o refinamento dos dados. Inicialmente foi realizado um levantamento morfobatimétrico da área de estudo, condução de perfis CTD, medição de correntes e amostragens de água nas estações ao longo do estuário e rio Ipojuca de modo a caracterizar os estágios da maré em ciclos de sizígia e quadratura durante o período de estiagem (dez/17) e chuvoso (jun-ago/17). Em geral, a temperatura mostrou-se verticalmente homogênea ao longo da coluna d’água. Ao longo do sistema, a distribuição de salinidade variou sazonalmente e ao longo do ciclo das marés. As correntes de maré foram mais intensas à superfície e reduzidas próximo ao fundo, com maiores valores registradas durante os estágios de preamar e vazante. A concentração de sólidos suspensos totais variou ao longo do estuário e do ciclo de maré, observando-se menores valores de concentrações próximo à desembocadura do rio. As maiores concentrações foram observadas durante os estágios de enchente (241,2mg.L-1) e baixa-mar do período chuvoso. A localização da zona de turbidez máxima esteve localizada no trecho intermediário do estuário durante o período chuvoso e trechos mediano e superior no chuvoso. Em geral, a zona de turbidez máxima esteve localizada nas regiões de limite da propagação de sal no estuário, correspondendo à salinidade por volta de 0,5-10. O presente projeto contribuiu para o conhecimento da dinâmica das zonas de turbidez máximas no estuário do rio Ipojuca em função da sazonalidade do regime das chuvas e sua relação com a salinidade.