INTERAÇÃO MACROFAUNA X MACROALGAS EM RECIFES COSTEIROS COMO INDICADOR DE URBANIZAÇÃO NA COSTA PERNAMBUCANA
Bioindicadores; macrofauna epifítica; complexidade; regiões tropicais
Ecossistemas recifais possuem alta complexidade e produtividade, além de uma alta diversidade , servindo como áreas de alimentação, substrato para o estabelecimento de organismos sésseis, desenvolvimento, reprodução e berçário para diversas espécies marinhas, bem como prestam diversos serviços ecossistêmicos. Apesar da sua elevada importância social e económica, os recifes têm sofrido diversos impactos antropogénicos, devido à intensa e desordenada ocupação urbana. Portanto, este estudo teve como objetivo caracterizar as comunidades macrobênticas associadas às macroalgas em praias do litoral de Pernambuco com diferentes graus de urbanização e utilizar a relação macrofauna X macroalgas como indicador de urbanização. Para tal, foram coletadas amostras da macrofauna epifítica associadas a Gelidium spp., Gelidiella acerosa e Palisada perforata em seis praias em diferentes graus de urbanização no litoral pernambucano, bem como foram coletados os parâmetros ambientais a fim auxiliar na caracterização desses ambientes. Atributos morfológicos das macroalgas também foram medidos através da dimensão fractal. Em regiões altamente urbanizadas foram registradas maiores concentrações de nutrientes. A complexidade estrutural das macroalgas não variou significativamente entre os níveis de urbanização e períodos sazonais, tendo uma baixa explicação sobre a macrofauna. A estrutura da macrofauna variou significativamente entre os graus de urbanização e período sazonal, a abundância da macrofauna foi maior em áreas altamente urbanizadas. Diversidade e riqueza de espécies foram menores nas áreas altamente urbanizadas, o que reforça que a macrofauna pode ser utilizada como uma ferramenta para bioindicação de perturbações ambientais antrópicas, como a urbanização.