Banca de DEFESA: JÚLIO CESAR CÂNDIDO DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JÚLIO CESAR CÂNDIDO DA SILVA
DATA : 29/02/2024
HORA: 09:00
LOCAL: DOCEAN-CTG-UFPE
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DO ESTADO TRÓFICO NO ESTUÁRIO DO RIO SANTO ANTÔNIO GRANDE E NOS RECIFES DE CORAIS ADJACENTES, ALAGOAS - APA COSTA DOS CORAIS


PALAVRAS-CHAVES:

TRIX; Eutrofização; Matéria Orgânica; Isótopos; Acidificação Costeira.


PÁGINAS: 55
RESUMO:

O Sistema Estuarino do Rio Santo Antônio Grande (SERSAG), localizado no litoral norte de Alagoas (NE-Brasil), está inserido na área de proteção ambiental Costa dos Corais - APACC, que é a maior unidade de conservação marinha costeira do Brasil. Ao longo do percurso do SERSAG, o sistema recebe difusas fontes de matéria orgânica (MO) e nutrientes de origem antrópica, que  são carreadas para a região costeira, onde estão localizados os recifes adjacentes. Apesar da importância ambiental e socioeconômica existem poucos estudos da oceanografia abiótica para a localidade. Desta forma, o objetivo deste trabalho é determinar o estado trófico e a qualidade da água no sistema estuarino do Rio Santo Antônio Grande e nos seus recifes adjacentes. Coletas sazonais de águas superficiais e pontuais de sedimento superficial, material orgânico de origem vegetal e algal, em sete pontos ao longo do sistema estuarino e na região recifal, foram realizadas entre junho de 2022 e abril de 2023. O estado trófico dos sistemas analisados foi determinado utilizando o índice trófico e de qualidade da água TRIX. Além disso, foram conduzidas análises elementares e isotópicas para identificar as fontes de MO. Paralelamente, avaliamos parâmetros físicos e químicos da água para caracterizar o SERSAG e investigar os impactos das atividades humanas sobre o sistema. Os resultados revelaram níveis tróficos significativamente altos, indicativos de eutrofização (5,29) e hipereutrofização (6,14), cujos efeitos se estendem para a região costeira, resultando em águas mesotróficas na área, com valores médios de 4,72 para o TRIX. Observou-se uma diversidade de fontes de MO, onde as δ13C estiveram entre -19,15‰ a -26,94‰, o fitoplâncton e o material orgânico de origem terrígena, proveniente das plantas de mangue, são os principais contribuintes para o estuário. Já no material sedimentar da região recifal, registrou uma razão C/N de 8,89, mostrando uma predominância das macroalgas. Somado a MO de origem natural, contribuições antrópicas potencializam processos de eutrofização. Como consequência dos altos níveis tróficos, identificou-se uma redução nos teores de oxigênio dissolvido e na saturação do OD, especialmente na região estuarina, com mínimos de 0,97 ml L-1 e 12,35%, respectivamente, e um valor mínimo de 7,848 na escala total de pH na região costeira, o que intensifica o processo de acidificação costeira local. Concluímos que, o sistema tem recebido influência antrópica, principalmente durante o período chuvoso na região estuarina e mantendo o estado trófico na região recifal em mesotrófico. Além disso, ocorre um processo de acidificação costeira, em resposta ao que chamamos de “o outro problema do dióxido de carbono”, que é a chegada de material continental à região costeira, podendo causar perda da cobertura coralínea e aumento da cobertura algal. Destacando assim, a necessidade de medidas mitigatórias dos impactos ambientais nas regiões estuarinas e costeiras adjacentes. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1514583 - MANUEL DE JESUS FLORES MONTES
Externo ao Programa - ***.661.464-** - BRUNO VARELA MOTTA DA COSTA - UFPE
Externo ao Programa - 1131256 - FERNANDO ANTONIO DO NASCIMENTO FEITOSA - UFPE
Notícia cadastrada em: 21/02/2024 10:16
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa02.ufpe.br.sigaa02