Banca de DEFESA: CAROLINE CAVALCANTI DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAROLINE CAVALCANTI DA SILVA
DATA : 23/02/2024
HORA: 14:00
LOCAL: DEPARTAMENTO DE OCEANOGRAFIA
TÍTULO:

QUALIDADE ECOTOXICOLÓGICA DO SEDIMENTO EM UM SISTEMA ESTUARINO COM ATIVIDADES INDUSTRIAIS E PORTUÁRIAS NOS ÚLTIMOS 20 ANOS


PALAVRAS-CHAVES:

SUAPE, TISBE BIMINIENSIS, COPEPODA, TOXICOLOGIA AMBIENTAL, METAIS


PÁGINAS: 60
RESUMO:

Os estuários são ecossistemas costeiros vitais para a proteção contra a erosão, promoção da biodiversidade e mitigação das mudanças climáticas. Assim devido ao desenvolvimento costeiro, poluição e alterações climáticas, a preservação dessas áreas torna-se crucial. O Complexo Industrial e Portuário de Suape (CIPS) em Pernambuco é um importante centro econômico, mas também como fonte de impactos negativos para a região estuarina, como alteração da dinâmica sedimentar e liberação de poluentes. O estudo proposto teve como objetivo avaliar a evolução temporal da qualidade sedimentar no CIPS desde 2003 a 2023, com foco na toxicidade para as fêmeas e os náuplios do copépodo Tisbe biminiensis, visando oferecer uma análise abrangente das condições ambientais e possíveis impactos no ecossistema estuarino na Baía de Suape. Durante o período de 2003 a 2023, o sedimento de Suape apresentou toxicidade em várias campanhas. Ao longo dos anos o sedimento apresentou impacto baixo na mortalidade das fêmeas do copépodo, com média de 11,2% ± 13, porém causou redução significativa da fecundidade, com média de 26% ± 29 na foz do rio Massangana e 24% ± 31 na foz do rio Tatuoca. Entre 2003 a 2008 observa-se uma melhora na qualidade do sedimento com média de 14,05% ± 24, porém a partir de 2009 a toxicidade subletal volta aos valores anteriores (34,7% ± 30,1 no rio Massangana e 22,2% ± 26,3 no rio Tatuoca) e se mantém estável até 2023. Entre 2016 e 2023, efeitos letais e subletais foram observados nos náuplios do copépodo, com aumento significativo na mortalidade ao longo do tempo chegando a 49,21% ± 27,5, principalmente durante o período chuvoso apresentando valores aproximados de 50,9% ± 26. A inibição do desenvolvimento, apresentou uma leve tendência de aumento (p= 0,054), com médias chegando a 62,2% ± 31,5. Em relação as amostras coletadas na calha dos rios ou nas margens, nota-se que as amostras da calha se encontram com tendências a piora, com médias de mortalidade aproximadas a 46,6% ± 27,2 e inibição do desenvolvimento chegando a 62,9% ± 29,3. Quanto a análise de metais nos sedimentos observou-se que, em geral, os níveis permaneceram dentro dos limites aceitáveis. Embora alguns metais tenham variado ao longo dos anos, em 2023 apresentaram valores mais baixos, com exceção de Cu e Zn, que aumentaram, mas ainda assim permaneceram dentro dos padrões de referência. Tais resultados em comparação à literatura indicam que outros contaminantes além dos metais devem estar envolvidos na toxicidade do sedimento e que precisam ser avaliados e controlados. Por isso sugere-se a necessidade melhorar o monitoramento da área, sobretudo da matriz sedimentar que é insuficientemente controlada pela legislação ambiental brasileira atual. E paralelamente aprimorar as medidas preventivas para preservação e cuidado de ambientes estuarinos.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - ***.441.323-** - FIAMMA EUGÊNIA LEMOS ABREU - UFPE
Presidente - 1200149 - LILIA PEREIRA DE SOUZA SANTOS
Externo à Instituição - RODRIGO BRASIL CHOUERI - UNIFESP
Notícia cadastrada em: 16/02/2024 15:27
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