Banca de DEFESA: GABRIEL BITTENCOURT FARIAS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GABRIEL BITTENCOURT FARIAS
DATA : 04/09/2023
HORA: 08:30
LOCAL: Híbrido - DOCEAN
TÍTULO:

Influência das forçantes físicas na distribuição da biomassa e diversidade do bacterioplâncton e fitoplâncton no nordeste do Brasil



PALAVRAS-CHAVES:

Alça microbiana;

Teias tróficas planctônicas;

HPLC;

citometria de fluxo


PÁGINAS: 181
RESUMO:

As cadeias alimentares marinhas dependem amplamente do fitoplâncton e bacterioplâncton. Apesar de sua importância ecológica, as comunidades planctônicas tropicais, especialmente no Atlântico Sudoeste tropical, não são totalmente compreendidas. Esta tese tem como objetivo expandir nossa compreensão das comunidades do fitoplâncton e bacterioplâncton no Atlântico Sudoeste tropical, seu impacto potencial na estrutura metabólica e nas vias tróficas das cadeias alimentares do plâncton, e os processos ambientais subjacentes que regulam sua dinâmica. Para isso, além de uma introdução geral, esta tese está dividida em três manuscritos. No primeiro manuscrito, analisamos o fitoplâncton no Atlântico Sudoeste tropical usando dados de pigmentos de duas campanhas oceanográficas (ABRACOS 1 E 2). Observamos como a biomassa e o tamanho do fitoplâncton variam ao longo de um gradiente coasta-oceano e o impacto da estratificação termohalina na comunidade fitoplanctônica. Os resultados apontaram a estrutura termohalina como principal fator regulador da dinâmica da comunidade. Durante o outono, uma termoclina e nutriclina mais rasas levaram a um aumento de três vezes na biomassa na região oceânica. Apesar desse aumento sazonal, foi percebida uma dominância da produção reciclada e dinâmicas desacopladas entre a biomassa e a estrutura de tamanho. O picofitoplâncton e o nanofitoplâncton representaram cerca de 80% da comunidade em ambas as estações, provavelmente devido à limitação de nitrogênio. Seguindo essa dominância do picofitoplâncton e do nanofitoplâncton, no segundo manuscrito investigamos como as mudanças na estrutura termohalina afetam as proporções de biomassa autotrófica e heterotrófica do picofitoplâncton e do nanoplâncton usando dados de citometria de uma campanha de outono. Exploramos seu potencial como um indicador das vias tróficas dentro da teia alimentar do plâncton e identificamos fatores ambientais e bióticos que influenciam sua distribuição. O ambiente limitado por nitrogênio levou a dominância da biomassa de bactérias heterotróficas em relação ao crescimento autotrófico. No entanto, no pico de clorofila da região oceânica, a maior disponibilidade de favoreceu um aumento na biomassa de picoeucariotos. No geral, esses resultados enfatizam a importância da biomassa heterotrófica nas comunidades microbianas do plâncton, fornecendo insights sobre o transporte de carbono em ecossistemas marinhos oligotróficos. No terceiro manuscrito, investigamos se a estrutura da comunidade de picoplâncton e nanoplâncton influencia a distribuição da biomassa de microrganismos planctônicos e exploramos o papel do controle ascendente e descendente na formação da teia alimentar. Nossos resultados sugerem que o controle bottom-up desempenha um papel importante na regulação do microfitoplâncton, sendo as concentrações de silicato particularmente influentes para as diatomáceas. O microfitoplâncton mixotrófico e autotrófico exibem relações contrastantes com o silicato, prosperando em baixas concentrações e dominando em ambientes com maior disponibilidade de nutrientes, respectivamente. Também descobrimos que o grupo Tintinnina atua como um controle descendente na distribuição do fitoplâncton autotrófico. Os resultados desta tese destacam a importância de pequenas alterações espaciais e sazonais na estrutura da termoclina na regulação das comunidades do fitoplâncton e bactério plâncton, além da importância da comunidade microbiana no Atlântico Tropical Sudoeste. Por fim, essa tese representa um importante passo inicial em direção à modelagem de redes microbianas no Atlântico Sudoeste tropical.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1131256 - FERNANDO ANTONIO DO NASCIMENTO FEITOSA
Interna - 1130757 - MARIA DA GLORIA GONCALVES DA SILVA CUNHA
Interno - 2330768 - PEDRO AUGUSTO MENDES DE CASTRO MELO
Interna - 2130453 - SIGRID NEUMANN LEITAO
Externa à Instituição - MARIA CELESTE LÓPEZ ABBATE
Externo à Instituição - FREDERICO PEREIRA BRANDINI - USP
Externo à Instituição - EMILIO MARAÑÓN
Notícia cadastrada em: 16/08/2023 14:01
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