DESENVOVIMENTO DE METODOLOGIA PARA QUANTIFICAÇÃO DE MICROPLÁSTICOS EM AMOSTRAS DE SEDIMENTOS LAMOSOS DE MANGUEZAIS
POLUIÇÃO MARINHA
SEDIMENTO
MANGUEZAL
MICROPLÁSTICOS
DIGESTÃO MATÉRIA ORGÂNICA
Embora os microplásticos sejam reconhecidos como poluentes difundidos globalmente, a padronização das metodologias vem sendo um desafio e até uma problemática. Principalmente, quando refere à digestão da matéria orgânica das amostras de sedimento. Pesquisas anteriores demonstraram que a digestão oxidativa é comumente utilizada, mas não pode ser considerada eficaz. Para avaliar a digestão em sedimentos lamosos de manguezal, uma amostra foi coletada no estuário do Rio Formoso em Tamandaré (PE, Brasil). Esta amostra de sedimento foi escolhida devido ao seu alto teor de Carbono Orgânico (8,18%). O sedimento foi peneirado a úmido com água destilada filtrada em uma peneira de metal 63 μm. Após o peneiramento, o sedimento retido na peneira foi seco a 60 °C e armazenado em béqueres de vidro. Desta amostra inicial foram separadas alíquotas de 20g para análise. O experimento verificou a perda da matéria orgânica em seis tratamentos de digestão (oxidativa e alcalina), durante 48h, em temperatura ambiente. Para verificar o efeito da solução mais eficaz na análise polimérica das partículas plásticas foram produzidas amostras de 3 tipos de plásticos (PP, PT e PVC) e os mesmos foram submetidos ao tratamento por 48h. Os resultados indicaram que a digestão alcalina e suas diluições, apresentaram um menor tempo e maior eficiência que a oxidativa. Em relação aos plásticos testados, a solução alcalina testada não alterou o perfil espectrofotométrico. Conclui-se assim que a digestão alcalina é mais eficiente e não gera problemas operacionais.