Banca de DEFESA: KEYNES DA GRAÇA DIAS MUARRAMUASSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KEYNES DA GRAÇA DIAS MUARRAMUASSA
DATA : 30/08/2023
HORA: 08:30
LOCAL: DOCEAN-UFPE
TÍTULO:

VARIAÇÃO TEMPORAL DO CARBONO INORGÂNICO NO ENTORNO DO ARQUIPÉLAGO SÃO PEDRO E SÃO PAULO


PALAVRAS-CHAVES:

fCO2; DIC; arquipélago equatorial; clorofila a; parâmetros do carbono.


PÁGINAS: 50
RESUMO:

Na região equatorial do Atlântico, se encontra o Arquipélago São Pedro e São Paulo (ASPSP) que é um local que apresenta grande relevância ambiental, pois abriga e dá condições propícias para o desenvolvimento de várias espécies tanto pelágicas, quanto recifais. Esta região também apresenta grande diversidade e densidade de algumas espécies planctônicas, tendo as águas insulares apresentando maiores valores que as águas oceânicas circundantes. Tendo a presença deste “oásis” no meio do oceano é importante a compreensão de como os processos envolvendo o sistema carbonato estão ocorrendo na região. Avaliando os dados de fCO2 e dos parâmetros físico-químicos para identificar quais são as forçantes do sistema e o que elas causam na variabilidade da fCO2 na região. Para este estudo, foram analisadas as variações dos parâmetros: temperatura da superfície do mar, salinidade, fugacidade do CO2 dentro de um recorte estabelecido para uma porção do Atlântico Equatorial que é localizado nas latitudes de 2°N a 1°S e nas longitudes de 28°O a 32°O. O regime climático da região estudada está sob a influência da variação anual da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Esta alterna sua posição dependendo da época do ano, causando maior chance de precipitação na região do arquipélago quando está mais ao sul de sua posição média (entre janeiro e maio). Em relação ao padrão de circulação, a região estabelecida está fortemente influenciada pela Corrente Sul-Equatorial em sua vertente norte (CSEn) e pela Subcorrente Equatorial (SCE) que tem mesma direção (zonal) porém sentidos diferentes. Os dados foram coletados através de um sistema automatizado para a medição de pCO2 na água do mar em subsuperfície acoplado em navios mercantes que realizam a rota França – Brasil, passando dentro da área delimitada por este estudo. O sistema também é associado a sensores de temperatura, salinidade e anemômetros (velocidade do vento) o que permitiu a coleta desses dados concomitantemente com as medições de pCO2. Os dados utilizados neste estudo foram coletados por dois navios mercantes, o primeiro é o Monte Olivia que realizou coletas até abr/09 e o segundo foi o Rio Blanco que passou a coletar os dados a partir de dez/09. As coletas ocorreram ao longo de quase 12 anos, mais especificamente de jul/08 a nov/20. foram adquiridos dados mensais de velocidade média dos ventos e a taxa de precipitação através do Asia-Pacific Data-Research Center (APDCR) do International Pacific Research Center (IPRC) que abrange uma grande quantidade de dados atmosféricos e oceânicos globais. De modo geral, os dados de fCO2 ao longo dos anos apresentaram uma variação entre 356,3 (ago/08) e 452,9 μatm (mar/10). Estes dados demonstraram uma maior correspondência com os dados de SST, que apresentaram uma variação entre 25,9 (ago/08) e 29,6°C (abr/13) do que com os dados de salinidade, pois esta última apresenta um comportamento relativamente mais estável ao longo dos anos que as outras duas, variando entre 34,3 (dez/08) e 36,3 psu (jun/19). a fCO2 apresentou variações com comportamento mensal similar ao longo dos anos, tendo valores relativamente mais estáveis na região ao sul do Equador (entre 1°S e 0°) e uma variação mais evidente quando avança para o norte do Equador (ente 0° e 2°N). O maior valor registrado para todo o período analisado ocorreu em março/10 entre 1° N e 2° N. Esta mesma anomalia já foi relatada para outras regiões do Atlântico Norte. Entre os meses de dezembro a maio, os valores variaram entre aproximadamente 375 e 450 μatm. Entre junho e novembro, os valores da fCO2 estiveram entre aproximadamente 355 e 430 μatm. Tendo o menor valor mínimo sendo registrado em agosto/08. O comportamento da variação da fCO2 exibiu novamente que os picos mínimos e a maior variabilidade ocorrem nos primeiros meses do inverno austral e na região norte da área de estudo, com o avanço da estação e a mudança para a primavera os valores vão tendendo a uma maior estabilidade. Na região ao sul do Equador, o comportamento geral da variação da fCO2 apresentou uma variabilidade menor, mostrando uma tendência mais estável ao longo dos meses.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1514583 - MANUEL DE JESUS FLORES MONTES
Interna - 1960878 - DORIS REGINA AIRES VELEDA
Externo ao Programa - 1131256 - FERNANDO ANTONIO DO NASCIMENTO FEITOSA - UFPE
Notícia cadastrada em: 19/07/2023 14:40
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