Acúmulo e Estoque de Carbono na Manguezal de Atapuz, Sistema Estuarino de Itapessoca, Goiana (PE)
fluxos de carbono, antropoceno, mangue, apicum, sedimentos
Especificamente objetivou-se compreender o ciclo e comportamento da matéria orgânica sedimentar através da mensuração de estoque e taxas de acúmulo de C e N em sedimentos, coletados por meio de testemunhos no manguezal de Atapuz e ambientes correlatos, no sistema estuarino do Itapessoca, em Goiana (PE). Assim, caracterizamos as diferentes fontes de matéria orgânica para os diferentes sítios sedimentares através da utilização de indicadores geoquímicos para determinação das taxas de acúmulo e estoque de nutrientes (C e N). As variáveis utilizadas foram granulometria, teor de carbonato e matéria orgânica total, carbono orgânico total, nitrogênio total, os isótopos estáveis de δ13C e δ15N, e taxas de sedimentação de 210Pb. Tem-se como premissa a hipótese de que mesmo sofrendo impactos ambientais das atividades econômicas do entorno, o manguezal de Atapuz e ambientes correlatos (apicum, prado e franja do mangue) sequestram e estocam C. Este estoque, mesmo que em intensidades diferentes a depender do subambiente sedimentar amostrado, continuará mitigando as emissões de gases de efeito estufa (GEE) provenientes de atividades antrópicas. Portanto, além de seu valor ecológico intrínseco, sua preservação ambiental deve ser promovida e financiada através de, por exemplo, créditos de C. Por fim, como objetivo complementar afim de corroborar o tema abordado realizou-se também um estudo geoquímico da sazonalidade dos subambientes sedimentares da área de estudo (mangue, franja, apicum e prados).