Banca de DEFESA: MARCO ANTONIO DE MELO ALVES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCO ANTONIO DE MELO ALVES
DATA : 02/12/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

RELAÇÃO ENTRE A VARIABILIDADE DA PRESSÃO ARTERIAL E OS SEUS FENÓTIPOS: UM ESTUDO BASEADO EM MEDIDA RESIDENCIAL DA PRESSÃO ARTERIAL

PALAVRAS-CHAVES:

pressão arterial; MRPA; hipertensão mascarada; variabilidade; hipertensão do avental branco

PÁGINAS: 86
RESUMO:

A Hipertensão Arterial (HA) continua a ser uma das principais causas de morbidade e mortalidade cardiovascular. Historicamente, o diagnóstico e tratamento da HA se baseiam na medida da Pressão Arterial de Consultório (PAC). Entretanto, esta abordagem não é capaz de diagnosticar adequadamente os indivíduos, além de ser falha na avaliação do tratamento destes. As diretrizes atuais sobre hipertensão recomendam a utilização de medidas fora do consultório, utilizando a: Medida Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) ou a Medida Residencial da Pressão Arterial (MRPA). As medidas de consultório e fora de consultório muitas vezes divergem entre si, revelando o chamamos de fenótipos da hipertensão. Estes fenótipos, em geral estão associados ao aumento do risco cardiovascular dos indivíduos. São estes: Normotensão Verdadeira (NT), Hipertensão Sustentada (HS), Hipertensão do Avental Branco (HAB), e Hipertensão Mascarada (HM), entre indivíduos não tratados; e Hipertensão Controlada (HC), Hipertensão Sustentada Não Controlada (HSNC), Hipertensão do Avental Branco Não Controlada (HABNC), e Hipertensão Mascarada Não Controlada (HMNC), entre indivíduos tratados. O aumento do risco cardiovascular pode estar relacionado não apenas aos níveis médios de pressão arterial ou aos fenótipos da hipertensão, mas também à magnitude da variabilidade da pressão arterial (VPA). Este estudo comparou a VPA obtida pela MRPA entre diferentes fenótipos de hipertensão, definidos a partir de limiares anormais de pressão arterial obtida pela PAC e MRPA, conforme os critérios estabelecidos por três sociedades distintas: European Society of Hypertension (ESH) — PAC ≥ 140/90 mmHg e MRPA ≥ 135/85 mmHg; American College of Cardiology/American Heart Association (ACC/AHA) — PAC e MRPA ≥ 130/80 mmHg; e Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) — PAC ≥ 140/90 mmHg e MRPA ≥ 130/80 mmHg. Foram avaliados de forma transversal indivíduos não tratados com medicações anti-hipertensivas (n=56.100) e tratados com medicações anti-hipertensivas (n=51.194), totalizando 107.294 indivíduos oriundos de 1.045 centros brasileiros. As VPA sistólica e diastólica obtidas através da MRPA, foram estimadas como: desvio-padrão, coeficiente de variação e variabilidade independente da média da MRPA. A análise dos resultados demonstrou que a VPA domiciliar difere conforme os critérios utilizados. Após ajustes, observou-se que os parâmetros de VPA domiciliar foram significativamente maiores em indivíduos com HAB/HABNC de acordo com os critérios da SBC, em indivíduos com HM/HMNC conforme os critérios da ACC/AHA, e tenderam a ser mais elevados em indivíduos com HM/HMNC ou HAB/HABNC segundo os critérios da ESH. Em conclusão, a VPA domiciliar foi maior em indivíduos com WCH/WUCH e/ou MH/MUCH, dependendo dos critérios utilizados para definir os limiares anormais de OBP e HBPM. Esses achados ressaltam a necessidade de padronizar os critérios de anormalidade da pressão arterial na prática clínica.

MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANNELISE MACHADO GOMES DE PAIVA - CESMAC
Externo à Instituição - AUDES DIOGENES DE MAGALHAES FEITOSA - UPE
Interna - 1218277 - PRISCILA GUBERT
Externo à Instituição - RODRIGO BEZERRA - UPE
Presidente - ***.854.544-** - WILSON NADRUZ JUNIOR - UNICAMP