Banca de QUALIFICAÇÃO: LUANNA DE ÂNGELIS CORREIA DE SOUSA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUANNA DE ÂNGELIS CORREIA DE SOUSA
DATA : 26/06/2025
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

Desenvolvimento e avaliacao do potencial terapeutico in vitro da nanoencapsulacao da rifampicina por PLGA como alternativa para o tratamento da tuberculose


PALAVRAS-CHAVES:

Tuberculose; nanopartículas; Poli(ácido láctico-co-glicólico); Tratamento


PÁGINAS: 41
RESUMO:

A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa de evolução crônica, que acomete tipicamente os pulmões. Causada pelo Mycobacterium tuberculosis (Mtb), tem sítio de infecção e replicação em fagócitos do hospedeiro. O tratamento da TB é composto por quatro fármacos, incluído a rifampicina, um dos medicamentos com maior poder esterilizante do esquema terapêutico. No entanto, devido ao tempo de administração e efeitos adversos dos fármacos, que levam o paciente ao abandono do tratamento, junto a virulência e a capacidade mutagênica do Mtb, a doença é considerada pela organização mundial de Saúde (OMS), um problema grave de saúde pública mundial. Portanto, é necessária a busca por novas alternativas eficazes, capazes de melhorar e/ou otimizar o tratamento da TB. Dessa forma, a nanotecnologia surge como alternativa promissora capaz superar limitações associadas à farmacoterapia convencional, como a baixa solubilidade dos fármacos, curta meia-vida plasmática e efeitos sistêmicos indesejáveis. Essas características são bastante evidentes em nanopartículas do tipo poliméricas, como as de PLGA (poli(ácido láctico-co-glicólico)), que para além disso, são apontados em alguns estudos como carreadores inteligentes. Portanto, o presente projeto tem como objetivo desenvolver, caracterizar e analisar o potencial in vitro de nanopartículas poliméricas de PLGA contendo rifampicina contra cepas de Mtb sensível e resistente. Foram produzidas cinco formulações de nanopartículas de PLGA contendo rifampicina (NANO-PLGA-RIF), com tamanho entre 154–288 nm, índice de polidispersão de 0,14–0,2, potencial zeta de −5 a −16 mV e eficiência de encapsulamento entre 12,4% e 18,6%. A morfologia avaliada por Microscopia Eletronica de Varredura indicou partículas esferoidais e com superfície lisa, típicas de nanopartículas de PLGA. Caracterizada, a NANO-PLGA-RIF foi submetida a avaliação in vitro, de início através do ensaio de citotoxicidade em macrófagos J774A.1, onde a formulação apresentou viabilidade celular entre 70% a 99%, dependendo da concentração utilizada. Seguindo as análises in vitro, a NANO-PLGA-RIF foi submetida aos testes de atividade antimicrobiana frente à cepa de Mtb, H37Ra e H37Rv, onde a formulação apresentou MIC de 0,031 µg/mL e 1 µg/mL, respectivamente, enquanto a rifampicina livre, alcançou inibição de 0,250 µg/mL. Diante dos resultados alcançados pela nanopartícula produzida, podemos inferir que, foi possível produzir uma nanopartícula de PLGA contendo rifampicina com parâmetros físico-químicos, morfológicos e taxa de encapsulação estáveis e compatível com o esperado, além disso os resultados in vitro expressam que a nanoformulação manteve viabilidade celular acima de 50% e atividade inibição contra bactéria. Sendo assim, podemos concluir que a NANO-PLGA-RIF é um candidato promissor a continuidade dos testes in vitro, necessitando uma avaliação mais precisa quanto seu potencial e aplicabilidade como alternativa para o tratamento da TB.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.147.764-** - ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO - UFRPE
Interna - 1806262 - MARIANE CAJUBA DE BRITTO LIRA NOGUEIRA
Externa à Instituição - ALINE DOS SANTOS PEIXOTO - OUTRA
Notícia cadastrada em: 17/06/2025 11:33
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - sigaa04.ufpe.br.sigaa04