Banca de DEFESA: MARIA LETÍCIA SANTOS CARNAÚBA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA LETÍCIA SANTOS CARNAÚBA DA SILVA
DATA : 27/09/2024
HORA: 10:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

Estudo dos efeitos tóxicos da intoxicação fetal por álcool e opioides em modelo de zebrafish (Danio rerio) com investigação do potencial protetor do ácido fólico e da quercetina


PALAVRAS-CHAVES:

poliuso; álcool; opioides; ácido fólico; quercetina; zebrafish; embriotoxicidade.


PÁGINAS: 85
RESUMO:

O consumo de substâncias psicoativas como álcool e opioides aumentou na última década, e a taxa de mulheres que consomem drogas aumentou, principalmente mulheres em idade fértil e gestantes. Álcool e opioides podem induzir malformações congênitas e neurocomportamentais no feto. Logo, o presente estudo analisou a intoxicação por álcool e opioides no início do desenvolvimento embrionário em modelo animal de zebrafish (Danio rerio) e investigou o potencial protetor do ácido fólico (FA) e da quercetina (QUE) contra tal intoxicação. Para isso, embriões de zebrafish foram expostos aos grupos Álcool (EtOH) (150 mM), cloridrato de tramadol (TL) como opioide (24mM), EtOH+TL, AF (75 mM), QUE (75mM), AF+QUE para avaliação de efeitos tóxicos. Os grupos contendo EtOH e TL foram co-expostos a AF, QUE e AF+QUE para avaliação de capacidade protetora dos antioxidantes. Foram realizados os testes de epibolia (6 horas de exposição), taxa de desenvolvimento embrionário, avaliação de efeitos teratogênicos e taxa de eclosão (22 horas de exposição). Os resultados demonstraram a capacidade do EtOH em induzir efeitos tóxicos ao reduzir a porcentagem da epibolia (<60%), a taxa desenvolvimento embrionário (34,5%) e a taxa de eclosão (80%). Também, a ausência de efeitos tóxicos do TL na porcentagem da epibolia, taxa de desenvolvimento embrionário e taxa de eclosão, porém indução de efeitos teratogênicos na forma de edemas no pericárdio (20%). No grupo EtOH+TL, se observou redução na porcentagem da epibolia (<60%) e taxa de desenvolvimento embrionário (32%), porém tais resultados não foram significativamente diferentes dos encontrados no grupo EtOH. Quanto aos potenciais protetores, se observou a ausência de efeitos tóxicos do AF em todos os testes e sua capacidade em proteger, total ou parcialmente, contra os efeitos tóxicos do EtOH em todos os testes, mas não contra os do TL na avaliação de efeitos teratogênicos. Contra os efeitos induzidos por EtOH+TL, protegeu apenas contra a redução da porcentagem da epibolia. Quanto ao QUE, também se observou a ausência de efeitos tóxicos, porém o antioxidante não foi capaz de proteger contra os efeitos tóxicos induzidos pelo EtOH e o EtOH+TL, e se observou um possível efeito tóxico quando co-exposto com TL, reduzindo a porcentagem da epibolia (<60%). A mistura binária AF+QUE demonstrou possível efeito tóxico ao reduzir a porcentagem de epibolia (<60%) e não foi capaz de proteger contra os efeitos induzidos pelo EtOH, EtOH+TL e TL em nenhum dos testes. Com isso, foi possível concluir que os efeitos tóxicos induzidos pelo EtOH estão ligados a interferências no curso normal do desenvolvimento embrionário, e que o TL pode não causar atrasos no desenvolvimento, mas ainda causa defeitos cardíacos. A avaliação dos efeitos do EtOH+TL não foi significativamente diferente dos efeitos observados com a exposição apenas de EtOH, o que pode indicar que apenas o EtOH induz os efeitos vistos no grupo EtOH+TL. Quanto ao potencial protetor dos antioxidantes, os resultados encontrados com FA e QUE corroboram outros estudos com EtOH como indutor de toxicidade em zebrafish.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - YURI MATEUS LIMA DE ALBUQUERQUE - UFRPE
Interna - 1806262 - MARIANE CAJUBA DE BRITTO LIRA NOGUEIRA
Presidente - ***.732.114-** - PABYTON GONÇALVES CADENA - UFRPE
Notícia cadastrada em: 19/09/2024 16:22
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