Explorando o potencial prognóstico da Interleucina-33 no contexto do Câncer de Mama
Câncer de mama, Interleucina 33, Biomarcador
Introdução: O câncer de mama representa um desafio significativo de saúde pública globalmente, com stimativas alarmantes de incidência e mortalidade. Avanços recentes na compreensão dos mecanismos moleculares e imunológicos do câncer de mama têm alimentado a busca por marcadores prognósticos e terapêuticos mais precisos. Entre esses marcadores, a interleucina-33 (IL-33), uma citocina com função dual, emergiu como uma molécula de interesse devido ao seu potencial papel na progressão tumoral e na resposta imunológica antitumoral.Objetivo: Este estudo teve como objetivo investigar o papel da IL-33 como um potencial marcador prognóstico nos diferentes subtipos de câncer de mama, considerando o estágio tumoral e as opções terapêuticas disponíveis. Por meio da análise da expressão de IL-33 em amostras de tecido tumoral e correlação com dados clínicos, buscamos elucidar sua associação com a progressão da doença e a resposta ao tratamento, especialmente em relação à quimioterapia adjuvante e neoadjuvante. Metodologia: A expressão de IL-33 foi quantificada medindo os níveis de mRNA usando reação em cadeia da polimerase quantitativa (qPCR). Um total de 06 amostras de tecido saudável e 68 amostras de câncer de mama foram analisadas e as amostras foram agrupadas de acordo com subtipos moleculares, presença de metástase, estadiamento e esquemas quimioterápicos. Resultados: O estudo demonstrou um aumento da expressão de IL-33 em amostras de pacientes com câncer de mama, especificamente dentro dos subtipos triplo-negativo e Luminal A e B, quando comparadas aos controles (tecidos mamários saudáveis). Também foi observado que o subtipo Luminal B exibiu uma elevação marcante na expressão de IL-33 em relação ao subtipo Luminal A (p < 0,05). Além disso, foi discernido um aumento progressivo na expressão de IL-33 entre os pacientes do subtipo Luminal com critérios de estadiamento TNM 4, destacando ainda mais sua importância (p < 0,005). Ademais, as pacientes que não realizaram quimioterapia no momento da cirugia dos subtipos Luminal A e B apresentaram expressão aumentada de IL-33 (p < 0,05) quando comparadas as querealizaram quimioterapia. Conclusão: Nossos achados sugerem que a IL-33 pode desempenhar um papel crucial na progressão do câncer de mama, oferecendo insights valiosos para a personalização do tratamento. A identificação da IL-33 como um potencial biomarcador prognóstico pode orientar estratégias terapêuticas mais eficazes e contribuir para uma melhor gestão clínica dos pacientes com câncer de mama.