Banca de QUALIFICAÇÃO: RITA DE CÁSSIA BRAGA GRANJA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RITA DE CÁSSIA BRAGA GRANJA
DATA : 10/06/2024
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

APLICAÇÃO DE POLÍMEROS NATURAIS NO TRATAMENTO DE FERIDAS INFECTADAS POR Staphylococcus aureus MRSA EM MODELOS DIABÉTICOS


PALAVRAS-CHAVES:

diabéticos; lesão cutânea; biopolímeros; imunomodulação; gram-positivos.


PÁGINAS: 100
RESUMO:

O presente estudo avaliou o potencial cicatrizante do gel de galactomanana da Cassia grandis e da lectina de Cratylia mollis (Cramoll), livre e/ou encapsulada no gel, em lesões cutâneas induzidas por Staphylococcus aureus em camundongos sadios (BALB/c machos) e em lesões cutâneas de camundongos (Swiss machos) diabéticos infectados ou não por S. aureus MRSA. Os camundongos sadios ou diabéticos foram anestesiados por via intramuscular com cloridrato de xilazina 2 % (10 mg/Kg) e cloridrato de cetamida 10 % (115mg/Kg) e tricomizados no dorso por tensão direta seguido por antissepsia com solução de iodo-polivinil-pirrolidona 1% (v/v). No estudo com os camundongos sadios (75 BALB/c machos) os animais foram infectados com 40 µL de uma suspensão de S. aureus ATCC 25923 (5×108 UFC) por via subcutânea. Com o surgimento das lesões, 3 dias após a injeção, foram divididos aleatoriamente em 5 grupos (n=15) e tratados topicamente por 12 dias com: solução salina (controle negativo-GN); mupirocina (controle positivo-GP); gel de galactomanana (GG); gel de galactomanana contendo Cramoll (GC); solução de Cramoll livre (CC). Avaliações microbiológicas, clínicas (edema, hiperemia, crostas, tecidos de granulação e cicatrizes) e histopatológicas foram realizadas. No estudo com os animais diabéticos (60 camundongos Swiss machos) a indução do diabetes ocorreu, através da administração intraperitoneal de aloxana monohidratada dissolvida em solução salina 0,15 M a uma dose única de 200 mg/kg de animal, com um prévio jejum alimentar de 24 h. Os níveis de glicose foram acompanhados com glicosímetro, com a coleta de sangue realizada através do plexo caudal e o quadro de diabetes foi confirmado com os níveis de glicose acima de 200 mg/dL, sete dias após a indução. Com os animais anestesiados e tricotomizados, a indução da ferida foi realizada com auxílio de um punch metálico de 0,8 cm de diâmetro, sendo a pele demarcada para a produção da ferida cutânea no dorso dos animais. Após a indução da ferida, os animais foram separados ao acaso em quatro grupos (n=15): Grupo 1 - diabéticos tratados com Cramoll livre (GDCL); Grupo 2 - diabéticos tratados com gel de galactomanana (GDGG); Grupo 3 - diabéticos tratados com gel de galactomanana contendo Cramoll imobilizada (GDGC), e o Grupo 4 - diabéticos tratados com NaCl (GDCN). O tratamento tópico foi realizado com doses diárias de 100 μL de cada amostra, ao longo de 12 dias. Além disso, para padronizar uma estratégia terapêutica mais efetiva associando a amostra com a administração tópica do antibiótico mupirocina (20mg/g), cinco minutos após a realização do ferimento no dorso de camundongos diabéticos induzidos conforme descrito acima, foi inoculada em cada área definida, uma alíquota de 50 μl de suspensão contendo 1x108 UFC de S. aureus MRSA (ATCC 33591) em PBS. Após a indução da infecção, os animais foram divididos em três grupos experimentais (n=30): Grupo 1 –diabéticos infectados tratados com NaCl (GDIN); Grupo 2 –diabéticos infectados tratados com o gel de galactomanana com a lectina Cramoll incorporada (GDIGC); Grupo 3 – camundongos diabéticos infectados tratados com gel de galactomanana com a lectina Cramoll incorporada + mupirocina (GDIGCM). Os grupos foram tratados topicamente com aplicações diárias de 100 μL de cada amostra ao longo de 12 dias e avaliados através de parâmetros clínicos, microbiológico e histopatológico. Os resultados com os animais sadios demonstraram que as lesões tratadas com GG, GC e CC foram capazes de cicatrizar as lesões cutâneas, contudo, apenas as lesões tratadas com GP e CC foram eficazes no combate da infecção por S. aureus, no último dia de tratamento. Para os animais diabéticos foi observado que a área da ferida diminuiu gradualmente em todos os grupos experimentais ao longo do tempo, porém o tratamento que apresentou melhor resultado estatisticamente significativo foi o GDGC. Os resultados com os animais diabéticos/infectados demonstraram que o GDIGC foi capaz de acelerar o processo inflamatório e obter o fechamento total da área da ferida, embora não tenha havido diferenças estatísticas entre GDIGC e GDIGCM, no 70 dia. Em conclusão, a associação do gel de galactomanana com a Cramoll favoreceu a cicatrização de feridas induzidas em camundongos infectados com S. aureus ou diabéticos infectados ou não com S. aureus.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - FERNANDA MIGUEL DE ANDRADE
Interna - 2855583 - ISABELLA MACARIO FERRO CAVALCANTI
Externo ao Programa - 1721037 - JACINTO DA COSTA SILVA NETO - nullPresidente - ***.769.804-** - PRISCILLA BARBOSA SALES DE ALBUQUERQUE - UFPE
Notícia cadastrada em: 06/06/2024 14:30
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