Banca de DEFESA: BIANCA CARNEIRO RIBEIRO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BIANCA CARNEIRO RIBEIRO
DATA : 16/04/2025
HORA: 08:00
LOCAL: Centro de Educação
TÍTULO:

Cultura Visual em ambientes virtuais de aprendizagem: percepções, propostas e engajamento discente na Educação a Distância


PALAVRAS-CHAVES:

Cultura Visual; Ambientes Virtuais de Aprendizagem; Educação a Distância; Engajamento Discente.


PÁGINAS: 86
RESUMO:

No contexto educacional, a Cultura Visual se destaca pela sua capacidade de utilizar imagens como estratégia pedagógica, visando aprimorar o engajamento discente, perpassando pela importância das imagens na colaboração para a construção do processo de comunicação no ensino e de uma aprendizagem baseada nas experiências do sujeito. Na Educação a Distância (EaD) a virtualidade e o emprego das tecnologias digitais criam um ambiente propício para a Cultura Visual influenciar positivamente a construção do conhecimento. Entretanto, quando discutimos sobre o uso dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), ainda prevalece uma abordagem predominantemente instrumental da tecnologia em que a organização visual das informações de um AVA, se mantém como um tema pouco explorado tanto pelas áreas de educação quanto de design, evidenciando uma lacuna na compreensão sobre o potencial comunicativo das imagens. Outro aspecto relevante é no âmbito da comunicação promovida no AVA entre discentes e docentes, em que uma das questões fundamentais consiste na compatibilidade entre os códigos linguísticos do professor e do estudante. Isto nos induziu a uma reflexão sobre quais elementos da Cultura Visual podem ser integrados na organização do AVA, no processo de comunicação e de ensino-aprendizagem em cursos de graduação a distância, visando o aumento do engajamento discente? Nesse sentido, o objetivo desta tese é investigar a relação entre o engajamento discente e a integração de elementos da Cultura Visual na comunicação, na metodologia e na organização visual das informações em um AVA, no contexto da graduação a distância. Como base teórica, traçou-se um panorama da Cultura Visual, com destaque para Barnard (2001), Mirzoeff (2003) e Hernandez (2005, 2011), que abordam as imagens como mediadoras de significados culturais e sociais. Esse estudo também fundamenta-se em uma abordagem multidimensional do engajamento discente, conforme Fredricks, Blumenfeld e Paris (2004) e Reeve (2012) e tipologias definidas por Coates (2007). O percurso metodológico foi delineado em 5 etapas, entre as quais foi realizado um diagnóstico inicial sobre a utilização de elementos da Cultura Visual no AVA, com base na análise das percepções de docentes e discentes. A partir desse diagnóstico inicial, foi elaborada uma proposta de intervenção, aplicada em uma disciplina do 1o período do curso de Licenciatura em Letras na modalidade a distância em uma universidade federal. Essa proposta contemplou três eixos: organização visual (uso de cores, imagens e ícones gerados por Inteligência Artificial), estratégia metodológica (baseada na Taxonomia de Bloom Revisada e no uso de memes como artefatos digitais) e comunicação (por meio de Diários Visuais em diferentes abordagens). A análise do impacto no engajamento discente considerou o índice de participação e uma matriz de engajamento baseada nas dimensões e tipologias. Por fim, foi analisada a percepção discente sobre a aplicação da proposta de intervenção, através codificação por ciclos Saldaña (2013). Como resultado, obteve-se um índice de retenção de 92% da turma, destacando o potencial da Cultura Visual na promoção do engajamento discente no AVA. No âmbito da organização visual, a proposta impactou a funcionalidade e atratividade do AVA, evidenciando que o planejamento na estruturação do AVA e a padronização das informações foram elementos essenciais para facilitar a experiência e entusiasmo dos discentes, impactando diretamente o engajamento e a percepção positiva dos estudantes sobre a disciplina. No âmbito da estratégia metodológica, os resultados apresentaram que os discentes se envolveram de maneira criativa e dinâmica, além de promover uma reflexão crítica e aplicação prática dos conceitos estudados, impactando positivamente na aquisição de novos conhecimentos, na revisão e na aplicação dos conceitos acadêmicos. Além disso, a criação de memes desempenhou um elo de conexão entre os estudantes, onde eles conseguiram estabelecer uma ponte entre os acontecimentos da vida real e o ambiente online, trazendo a cultura para o ciberespaço por meio de suas próprias narrativas visuais. No âmbito da comunicação, os diários visuais apresentaram uma pluralidade de esforços dos estudantes, demonstrando o potencial da ação em mobilizar diferentes formas de envolvimento, conectando aprendizados acadêmicos às realidades pessoais e coletivas. Essa abordagem fortaleceu tanto os laços entre os estudantes quanto o protagonismo discente, revelando-se uma ação relevante para que o docente compreenda a realidade acadêmica dos estudantes, possibilitando intervenções imediatas sempre que necessário. Dessa maneira, conclui-se que a integração de elementos da Cultura Visual no AVA, ao alinhar-se aos interesses e perfis dos discentes, proporcionou uma experiência educacional humanizada, visualmente rica, contextualizada com as vivências socioculturais dos estudantes, contribuindo diretamente para o engajamento discente. 


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - JULIANA REGUEIRA BASTOS DINIZ - UFRPE
Presidente - 1808601 - MARCELO SABBATINI
Interna - 1229033 - PATRICIA SMITH CAVALCANTE
Externa à Instituição - ROZELMA SOARES DE FRANÇA - UFRPE
Interna - 1743037 - THELMA PANERAI ALVES
Notícia cadastrada em: 01/04/2025 15:21
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