Banca de QUALIFICAÇÃO: WALESKA STEFANY MOURA DINIZ

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: WALESKA STEFANY MOURA DINIZ
DATA : 06/05/2025
LOCAL: online
TÍTULO:

INFOGRÁFICOS E LETRAMENTO ESTATÍSTICO: ESTIMULANDO A CRITICIDADE NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL


PALAVRAS-CHAVES:

Letramento Estatístico. Infográficos. Design-Based Research. Ensino Fundamental. Anos Iniciais.


PÁGINAS: 165
RESUMO:

Atualmente observamos o uso de infográficos nos mais variados meios de informação. Entretanto, estudos que investiguem a aprendizagem de crianças a respeito dessas representações na área da Matemática, em especial da Estatística, são bem escassos. Assim, este estudo tem como objetivo investigar o desenvolvimento da compreensão de estudantes de 3º e 5º ano do Ensino Fundamental em relação a interpretação de infográficos estatísticos na perspectiva do Letramento Estatístico. Especificamente, nos propomos a analisar os elementos cognitivos e disposicionais do Letramento Estatístico mobilizados pelos estudantes do 3º e 5º ano, bem como a influência do ano escolar sobre a interpretação de infográficos estatísticos. Na busca por respostas, foi desenvolvida uma pesquisa baseada na metodologia de Design-Based Research (DBR), a qual é uma abordagem que combina investigação e desenvolvimento de soluções práticas para contextos reais. Esta metodologia se desenvolve através de ciclos iterativos, compostos pelas fases de identificação do problema, desenvolvimento da solução e implementação, que podem ser retomadas quantas vezes forem necessárias até que o problema seja solucionado. Para o desenvolvimento da pesquisa, já realizamos dois ciclos de DBR. No primeiro ciclo, identificamos o problema a partir da revisão de literatura, analizamos a Base Nacional Comum Curricular e o Curriculo de Pernambuco, analisamos livros didáticos de Matemática e o desenvolvemos uma diagnose com turmas de 3º e 5º ano. Apesar dos estudos evidenciarem a possibilidade de aprendizagens de estudantes dos anos iniciais sobre infográficos, poucos são os estudos com Matemática e quase nenhum com Estatística, e os documentos curriculares de matémática não apontam o uso de infográfico. A diagnose evidenciou que parte dos estudantes investigados não era alfabetizada, por isso tiveram dificuldades para realizar as atividades de forma individual. Desconheciam a função da fonte das informações e dificuldade para refletir criticamente sobre os dados e tomar decisões efetivas. Na segunda fase, do desenvolvimento da solução, foi elaborada uma proposta de ensino realizada durante dois encontros com toda a turma. A proposta foi apresentada para um grupo de especialistas formado pela pesquisadora, doutoranda em Educação Matemática, a orientadora da pesquisa, especialista em Educação Estatística, e por duas professoras que lecionam nos anos iniciais, ambas com experiência de sala de aula, mas uma delas Doutora e especialista em Educação Estatística. Na terceira fase, da implementação da solução, a proposta de ensino foi realizada pela pesquisadora em uma turma de 3º e outra de 5º ano, de uma escola municipal, situada na cidade de São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife, Pernambuco. Os resultados dessa fase apontaram que, a partir da intervenção, os grupos de estudantes se mostraram capazes de interpretar diferentes tipos de gráficos e de trechos textuais com informação estatística, bem como de levantar hipótese, concluir e tomar decisões. Apesar disso, apresentaram dificuldade para compreender alguns conhecimentos matemáticos, como a ordens de grandeza do sistema de numeração decimal (milhões e bilhões) e de medidas de massa em toneladas; para ler alguns textos com letras pequenas nos infográficos e para acompanhar a sua leitura. Além disso, destacamos, ainda, importância de inserir a discussão sobre amostragem, que não foi inserida nesse primeiro ciclo. A partir dessa discussão, realizamos o segundo ciclo iterativo. Alteramos os infográficos a serem interpretados, o squais apresentavam menos texto e conceitos matemáticos abordados no nicio dos anos iniciais e modificamos aspectos didáticos que foram apresentados e refletidos novamente pelo grupo de especialistas. Na terceira fase, a proposta de ensino foi implementada em outras duas turmas, uma de 3º e outra de 5º ano, de uma escola da Rede Municipal de Ensino de Recife, Pernambuco. A leitura, de fato, foi mais fácil, mas os estudantes tiveram dificuldade para se engajar nas atividades em um dos infograficos devido ao grande quantitativo de informações presentes. A didática utilizada facilitou a argumentação entre os alunos nas exposições orais, analisando uma questão de cada vez e com o suporte de um data show. Os resultados desse segundo ciclo, nos levou a concluir que os grupos de estudantes do 3º e do 5º ano são capazes de desenvolver diferentes habilidades estatísticas, como a interpretação de dados, a caracterização da amostra, o levantamento e a refutação de hipóteses, a avaliação e a elaboração de conclusões, e a tomada de decisão, quando participam de atividades na sala de aula nas quais precisam utilizar essas habilidades. Em relação ao comparativo entre os resultados das turmas, observamos que não houve diferença de desempenho entre as turmas. Além disso, observamos também que as experiências tidas pelos grupos em cada encontro foi somando na sua aprendizagem, demonstrando amadurecimento das suas habilidades. Apesar das aprendizagens, identificamos ainda alguns problemas e, por esse motivo, iniciamos o terceiro ciclo. Assim, para esse terceiro ciclo voltamos a uma nova revisão da literatura em busca de novos estudos que pudessem contribuir com a nossa pesquisa. Já concluimos sobre a importancia de textos curtos diante das dificuldades de leitura dos estudantes; que temos enfatizado muito a compreensão de conceitos estatísticos e menos a relação entre as diferentes semioses; que os conceitos matemáticos envolvidos devem ser compreensíveis para os alunos; que as informações precisam ser relavantes para os estudantes e que é preciso uma abordagem didática que estimule os estudantes a argumentarem sobre suas compreensões para que de fato possam tomar decisões diate dos dados


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1121255 - GILDA LISBOA GUIMARAES
Interna - 2357016 - CRISTIANE AZEVEDO DOS SANTOS PESSOA
Externa à Instituição - KELI CRISTINA CONTI - UFMG
Externa à Instituição - MARIA ALVES DE AZEREDO - UFPB
Externa à Instituição - MILKA ROSSANA GUERRA CAVALCANTI
Notícia cadastrada em: 01/04/2025 13:45
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