Banca de DEFESA: ALMIR PEREIRA DE MOURA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALMIR PEREIRA DE MOURA
DATA : 21/05/2025
HORA: 14:00
LOCAL: CE- videoconferencia
TÍTULO:

O SABER APRENDIDO DE ESTUDANTES DO 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL RELATIVO À ÁREA DE SUPERFÍCIES PLANAS: um estudo à luz das praxeologias pessoais 


PALAVRAS-CHAVES:

Área de superfícies planas. Teoria Antropológica do Didático. Praxeologias pessoais.


PÁGINAS: 300
RESUMO:

Esta tese emergiu do interesse pelo estudo do saber aprendido relativo à área de superfícies planas por estudantes do 9º ano do ensino fundamental. No âmbito da Teoria Antropológica do Didático, esse saber é aquele que resulta da finalização de um processo e fica disponível para o empreendimento de novos processos. Dessa forma, constitui-se como um dos saberes presentes no processo de transposição didática que para ser compreendido, necessita ser observado antes de ser materializado como tal.  Esse fato nos colocou diante da necessidade de interpretar o saber área do ponto de vista epistemológico e didático bem como nos estágios do saber a ensinar e ensinado. O confronto entre essas interpretações nutriu reflexões sobre quais aspectos são fundamentais para a sua apropriação por estudantes do ensino fundamental, contribuindo para a eleição dos tipos de tarefas para a realização do estudo empírico. Portanto, o objetivo desta tese consistiu em analisar o saber aprendido por estudantes do 9º ano do ensino fundamental relativo à área de superfícies planas mediante um conjunto de tarefas presentes no modelo praxeológico de referência. A partir de uma abordagem qualitativa recorremos às contribuições teóricas e metodológicas da Teoria Antropológica do Didático, em especial, às noções de praxeologias e de gerador de tipo de tarefas para descrever o saber área em seus diversos estágios de transposição didática. Dessa forma, foram empreendidos três estudos. O primeiro encarregou-se de interpretar o saber do ponto de vista epistemológico e didático e culminou na construção de um modelo praxeológico de referência. O segundo muniu-se da interpretação do saber nos estágios a ensinar e ensinado através do que estava prescrito nos documentos de orientações e nas abordagens dadas pelos livros didáticos e professores em sala de aula, materializando-se em modelo praxeológico dominante. O último consistiu na análise dos impactos das variáveis causadas em 28 estudantes do 9º ano do ensino fundamental diante do enfretamento de um conjunto de tarefas pertencentes a diferentes tipos. Os resultados do primeiro estudo indicaram que o saber área é interpretado de diferentes formas, em diferentes períodos e contextos históricos. Essa forma de interpretar, a depender da instituição, representa ou não conflitos epistemológicos. O segundo estudo revelou uma valorização da medição da grandeza área, na conversão de unidades de medida e na obtenção de expressões de cálculo de áreas, desencadeando uma ênfase nos aspectos numéricos e algébricos. O terceiro estudo revelou diferentes interpretações a uma mesma tarefa, realizada por técnicas visíveis na instituição, no entanto, nem sempre estão dentro do domínio de validade ao qual a tarefa foi proposta, desencadeando em dois universos de praxeologias pessoais, as que os elementos estão em conformidade com a institucional e as que os elementos são distintos dos institucionais. Esses dois universos de praxeologias pessoais decorrem de influências epistemológicas, didáticas e contratuais que contribuem ou interfere na organização do saber área pelos estudantes participantes da pesquisa. Diante desses achados urge a necessidade de uma atenção maior nos aspectos que caracterizam as grandezas geométricas pelo professor, como também a valorização de diferentes técnicas para o enfrentamento de tarefas pertencentes a diferentes tipos. Ficam abertas outras perspectivas de empreendimento de pesquisas, dentre elas a valorização da otimização de tipos de tarefas e a diversidade de suas variáveis, as quais poderão reunir elementos mais robustos quanto aos impactos da empregabilidade das variáveis nas respostas de estudantes.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANDRE PEREIRA DA COSTA - UFCG
Interno - ***.876.714-** - JADILSON RAMOS DE ALMEIDA - UFRPE
Externo à Instituição - LUIZ MARCIO SANTOS FARIAS - UFBA
Externa à Instituição - MARILENA BITTAR - UFMS
Presidente - ***.085.004-** - MARILENE ROSA DOS SANTOS - UPE
Interna - 2345694 - PAULA MOREIRA BALTAR BELLEMAIN
Notícia cadastrada em: 25/03/2025 17:19
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