Banca de DEFESA: TACIANA MELO CRUZ
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.DISCENTE: TACIANA MELO CRUZ
DATA : 12/09/2025
HORA: 10:30
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:
ANÁLISE DA USABILIDADE E SATISFAÇÃO DE UM PROGRAMA DE TELECONSULTA PARA ORIENTAÇÃO A PAIS E CUIDADORES DE CRIANÇAS COM DISFAGIA NEUROGÊNICA: ESTUDO PILOTO
PALAVRAS-CHAVES:
Telecuidado. Fonoaudiologia. Transtornos de Deglutição. Criança.
PÁGINAS: 118
RESUMO:
Introdução: Evidências recentes apontam que programas de teleconsulta são estratégias eficazes e satisfatórias para cuidadores, contribuindo significativamente para a qualidade do cuidado em condições crônicas, como a disfagia neurogênica. Apesar disso, a aplicação da teleconsulta na orientação fonoaudiológica de cuidadores de crianças com esse diagnóstico ainda é incipiente, especialmente em países latino-americanos, o que evidencia a necessidade de estudos voltados à avaliação da experiência dos usuários com essa modalidade. Objetivo: Descrever os resultados iniciais da análise de usabilidade e satisfação de um programa de teleconsulta fonoaudiológica direcionado a pais e cuidadores de crianças com disfagia neurogênica. Método: Estudo híbrido composto por duas etapas. A Etapa 1 consistiu em uma revisão de escopo, conduzida conforme as diretrizes do Joanna Briggs Institute (JBI) e do PRISMA, com base na pergunta: “Quais instrumentos estão disponíveis para avaliar usabilidade e satisfação em serviços de teleconsulta?”. Adotou-se a estratégia População (usuários de serviços de teleconsulta), Conceito (instrumentos validados) e Contexto (análise de satisfação e usabilidade), com buscas em quatro bases de dados e uso de descritores em português, inglês e espanhol. A Etapa 2 correspondeu a um estudo transversal e descritivo, no ambulatório de gastrologia pediátrica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (Recife/PE). Participaram cinco pais e/ou cuidadores de crianças (2 a 12 anos) com diagnóstico de disfagia neurogênica confirmado por gastroenterologista e neurologista. Foram excluídos cuidadores de crianças com doenças gastroesofágicas. A coleta ocorreu em três fases: Fase 1 – triagem e avaliação presencial da criança e da família; Fase 2 – oferta de 10 sessões de teleconsulta via Google Meet e aplicação de instrumento de usabilidade na primeira sessão; Fase 3 – avaliação remota de usabilidade pós-sessão e da satisfação. Utilizaram-se instrumentos validados; os dados foram organizados em planilhas Excel (versão Family 365) e analisados por estatística descritiva. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da UFPE (Parecer no 7.359.175), com consentimento livre e esclarecido dos participantes. Resultados: Na Etapa 1, dos 1.080 artigos identificados, apenas quatro atenderam aos critérios de inclusão. Os instrumentos utilizados incluíram o Telehealth Usability Questionnaire, System Usability Scale, Telemedicine Satisfaction Questionnaire e Client Satisfaction Questionnaire. Verificou-se escassez de ferramentas validadas no contexto latino-americano. Na Etapa 2, todos os cinco participantes relataram conforto no uso da teleconsulta (100%), indicando boa usabilidade. Quatro (80%) concordaram com seu uso para avaliação e reabilitação, e todos afirmaram que ela facilita o acesso à saúde. Quatro (80%) relataram economia de tempo e dinheiro, enquanto dois (40%) expressaram incerteza sobre a equivalência com o atendimento presencial. Conclusão: A teleconsulta mostrou-se uma alternativa viável, acessível e bem aceita por cuidadores de crianças com disfagia neurogênica, especialmente em contextos com barreiras de acesso presencial. Contudo, destaca-se a importância de ampliar a familiaridade dos usuários com essa modalidade e de desenvolver instrumentos validados e culturalmente adaptados às realidades latino-americanas, promovendo maior efetividade e equidade no cuidado remoto.
MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 2991955 - CYNTHIA MARIA BARBOZA DO NASCIMENTO - nullExterna à Instituição - SIMONE APARECIDA LOPES-HERRERA - USP
Interna - 2537066 - ZULINA SOUZA DE LIRA