ANÁLISE TERMOGRÁFICA DA FACE DO BEBÊ DURANTE A AMAMENTAÇÃO PRÉ E PÓS FRENOTOMIA LINGUAL
aleitamento materno; anquiloglossia; cirurgia; termografia
Bebês com anquiloglossia podem apresentar dificuldades durante a amamentação, sendo indicada a frenotomia lingual. O objetivo foi analisar a temperatura superficial da pele, por meio da termografia infravermelha, nas regiões dos músculos temporal, masseter e bucinador durante a amamentação, pré e pós frenotomia lingual. Trata- se de um ensaio clínico não randomizado com 40 bebês diagnosticados com anquiloglossia. O frênulo lingual foi avaliado pela “Triagem Neonatal - Teste da Linguinha” e a amamentação por protocolo e escala da dor. Foi realizada a
avaliação termográfica qualitativa e quantitativa por meio da region of interest. Os dados foram analisados por dois avaliadores independentes. Houve melhora pós frenotomia lingual na avaliação anatomofuncional da língua (p<0,001), na escala de dor ao amamentar (p<0,001) e na avaliação da mamada para aspecto geral da mãe
(p<0,001), dor nas mamas (p=0,03) e sucção (p<0,001). Os dados da Termografia Infravermelha pós frenotomia lingual mostraram qualitativamente aumento de temperatura na região dos músculos temporal e masseter, dados comprovados pela avaliação quantitativa (diferença entre 0,1 e 0,2oC). Na região do músculo bucinador não houve diferença. Conclui-se que a frenotomia lingual impacta diretamente na temperatura superficial cutânea das regiões dos músculos elevadores da mandíbula durante a amamentação.