A RELAÇÃO DO PARTIDO AFRICANO PARA A INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ E
CABO VERDE (PAIGC) COM O MARXIXMO DE 1956 A 1991
marxismo; socialismo; PAIGC; Amílcar Lopes Cabral; Guiné-Bissau.
O presente trabalho busca compreender como o Partido Africano para Independência da
Guiné e Cabo Verde (PAIGC) utilizou o pensamento marxista-socialista na construção
do seu projeto de Estado-nação. Em particular, examinamos como os conceitos de luta
de classe, materialismo histórico e burguesia foram apropriados estrategicamente pelo
PAIGC durante a luta pela independência do país (1956-1991), bem como sua política
socialista nos primeiros anos de pós-independência. Segundo Gerring (2008), a seleção
do caso se justifica pela seguinte razão: evita o problema de escolher uma amostra
pequena de forma completamente aleatória (isto é, sem qualquer estratificação prévia).
A escolha do PAIGC se justifica, por um lado, por ser o único partido libertador dos
Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) que nunca assumiu
oficialmente ser um partido de orientação ideológica marxista-socialista (Andrade,
1997) ainda que o seu projeto de nação, é clara nitidamente socialista assim como os
demais países de PALOP e, por outro lado, por ser o partido libertador e o maior do país
até o momento. Metodologicamente, a pesquisa será desenvolvida através da técnica de
revisão da literatura.