LIGNINA DE Dinizia excelsa: ISOLAMENTO, CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTIOXIDANTE, CITOTÓXICAS, ANTITUMORAIS, ANTIMICROBIANA E IMUNOMODULADORA.
Lignina, Macromolécula, Plantas da amazônica, Atividades biológicas.
As ligninas são as macromoléculas fenólicas, obtidas de plantas, mais abundantes da natureza. Neste estudo, foi realizada a extração e caracterização físico-química da lignina de Dinizia excelsa, além da avaliação de diferentes atividades biológicas in vitro. Os resultados mostraram que após o processo de extração o rendimento de lignina alcalina foi de 68.47 ± 0.1%. A caracterização física e química mostrou que a lignina apresentou teores de hidrogênio (6.38 ± 0.1%), oxigênio (39.55 ± 0.8%), carbono (53.59 ± 0.7%), nitrogênio (0.48 ± 0.01%) e fenólicos totais de 186.4 ± 1.0 mg GAE/g. As análises espectroscópicas evidenciaram as principais ligações (C-C (β-β, β-5 e 5-5) e C- O (β-O-4, α-O-4 e 4-O-5)) encontradas na estrutura da lignina. A analise cromatográfica em permeação em gel mostrou que a lignina é de baixo peso molecular (< 4000 Da). As analises térmicas mostraram eventos característicos presentes nas ligninas alcalinas e através da análise de pirólise acoplada a GC/MS foi possível determinar os teores de G (63.13%), S (9.01%), H (12.85%), catecol (9.01%) e aromáticos (9.88%) respectivamente. A lignina não foi citotóxica para linhagens de células normais e promoveu atividade antitumoral contra as linhagens de células neoplásicas nas concentrações avaliadas nesse estudo. Além disso, aumentou a taxa de proliferação de esplenócitos, estimulou a produção de interleucinas e a redução dos níveis de óxido nítrico. A lignina também apresentou atividade antimicrobiana promissora e baixa atividade antioxidante. Esses resultados reforçam a possibilidade de aplicação da lignina de D. excelsa na indústria farmacêutica.