“Expressão imuno-histoquímica da metaloproteinase-14 e p16INK4a em lesões precursoras e câncer cervical”
Imuno-histoquímica; Papillomavirus humano; Neoplasia do colo do útero; Metaloproteinase-14; p16INK4a
O câncer de colo do útero ainda é um desafio para a saúde pública. Em 2022, foram notificados
661.021 novos casos, resultando em 348.189 mortes. Existem dois tipos principais de câncer de
colo do útero, sendo o mais comum o carcinoma de células escamosas (CCE), seguido pelo
adenocarcinoma endocervical (ADC). O desenvolvimento dessas neoplasias está estreitamente
relacionado ao Papilomavirus humano (HPV), exigindo uma infecção persistente e prolongada por
subtipos de alto risco, como HPV16 e HPV18, contudo, ainda ocorre um número elevado de
resultados falso positivo e falso negativo, necessitando o estabelecimento de biomarcadores
capazes de aumentar a precisão do diagnóstico. Entre as moléculas com potencial para se tornar
um biomarcador, tem-se a família das metaloproteinases de matriz, em especial, a
metaloproteinase-14 (MT1-MMP), somado à expressão das metaloproteinases de matriz, tem-se a
p16INK4a, proteína supressora tumoral que desempenha um importante papel no ciclo celular.
Foram utilizadas amostras de biopsia cervical arquivadas no serviço de Patologia do Hospital das
Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Para os resultados em questão, tendo em vista
que são parciais, foram utilizadas aquelas com diagnóstico para NIC-I. O perfil das pacientes é
constituído, na sua maioria, de mulheres pardas, diagnosticadas com algum tipo de lesão cervical,
em média 33 anos na época do diagnóstico e início da atividade sexual por volta dos 17 anos. A
imuno-histoquímica foi realizada para detectar os alvos específicos, onde 80% das amostras
apresentaram imunorreação leve para MT1-MMP e, para a p16INK4a, 50% das amostras foram
classificadas como moderadas.