Banca de QUALIFICAÇÃO: RINALDO THOMAZ DE OLIVEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RINALDO THOMAZ DE OLIVEIRA
DATA : 30/06/2025
LOCAL: sala 620 CFCH UFPE
TÍTULO:

REESTRUTURACAO PRODUTIVA E TERRITORIAL: a consolidacao do Porto de Suape como hub logistico


PALAVRAS-CHAVES:

Porto de Suape; reestruturação produtiva; sistema portuário; desenvolvimento local e regional; politípicas econômicas neoliberais; materialismo histórico dialético.

 


PÁGINAS: 70
RESUMO:

Infere-se que o comportamento da reestruturação produtiva em uma sociedade local é crucial para sua possível inserção no cenário globalizado. Um exemplo desse fenômeno é a expansão do Complexo Industrial Portuário de Suape, localizado na fachada litorânea do Grande Recife. Esse complexo, que agora se consolida como um hub logístico nordestino incorporou o Estado no contexto econômico mundial, o que implica no desenvolvimento local, na criação de dinâmicas comerciais específicas e na capacidade de gerar valor e renda. Apesar disso, também resulta na reconfiguração dos espaços, o que gera tensões locais relacionadas ao uso e gestão do território por parte de autoridades político-administrativas, setor privado e grupos coletivos de resistência. À vista disso, a requalificação do Porto de Suape foi/é resultado da reestruturação do sistema portuário brasileiro, promovida pelas Leis de Modernização dos Portos (Lei nº 8.630/1993 - Lei nº 12.815/2013). Esse processo culminou na formação do Complexo Industrial Portuário de Suape, por meio da parceria público-privada. Localizado em Pernambuco, o Porto de Suape é o quinto maior porto público do Brasil, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Em 2022, registrou um crescimento de 7% na movimentação portuária em comparação com 2019. É importante destacar que os projetos de reestruturação produtiva de grande escala reconfiguram os espaços com o objetivo de acumulação e reprodução do capital. Os atores envolvidos nesses projetos atuam em prol dos interesses da sociedade capitalista. Dessa forma, a pesquisa teve como objetivo demonstrar quais fatores explicam a dificuldade do Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS) de funcionar como vetor do desenvolvimento local e regional. Transformando-se na atual tendência numa ferramenta de transporte tradicional, apesar de sua requalificação por meio da reestruturação do sistema portuário brasileiro a partir da promulgação das Leis de Modernização dos Portos. Tem-se a tese de que o Complexo Industrial Portuário de Suape apresenta um perfil de baixa complexidade e integração produtiva. Atualmente, o Porto de Suape funciona como um instrumento de transporte tradicional a serviço do trânsito fluido de mercadorias entre a hinterlândia e o foreland, em decorrência da diminuição dos estímulos públicos com o avanço das politicas econômicas neoliberais dos últimos 7 anos. Sua contribuição se mede mais em crescimento e ganhos monetários (ICMS etc.) do que em termos de desenvolvimento dos territórios local e regional. A par das considerações, sob o ponto de vista da metodologia, o referido texto tem seu foco principal no materialismo histórico dialético, com o intuito de desvelar os processos socioespaciais que ora ocorrem na área de estudo. Tendo isso em vista, o método dialético irá valorizar as implicações e dificuldades do Complexo Industrial Portuário de Suape em estabelecer-se como vetor do desenvolvimento local / regional configurando-se como instrumento de trânsito assim como suas oposições contraditórias entre o todo e a parte.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1785706 - BERTRAND ROGER GUILLAUME COZIC
Externo ao Programa - 1768148 - NILO AMERICO RODRIGUES LIMA DE ALMEIDA - nullInterno - 2105478 - RODRIGO DUTRA GOMES
Notícia cadastrada em: 27/06/2025 08:01
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