Banca de DEFESA: AYSLA CRISTINA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AYSLA CRISTINA DOS SANTOS
DATA : 31/10/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do 1o. Andar, Prédio da Pós-Graduação do CCM
TÍTULO:

 

DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM DE CRIANÇAS EXPOSTAS AO VÍRUS ZIKA NO PERÍODO INTRAUTERINO, SEM MICROCEFALIA: ASPECTOS DA FONOLOGIA E DO VOCABULÁRIO



PALAVRAS-CHAVES:

Infecção por Vírus Zika. Desenvolvimento da Linguagem. Testes de Linguagem. Transtornos da Linguagem.


PÁGINAS: 136
RESUMO:

Diversos estudos já demonstraram a associação da infecção congênita pelo Vírus Zika (ZIKV) com diversas alterações do neurodesenvolvimento, principalmente em crianças com microcefalia. Entretanto, pesquisas têm buscado compreender os efeitos da exposição nas crianças normocefálicas. O objetivo desse estudo é comparar o desenvolvimento da linguagem de crianças sem microcefalia expostas e não expostas ao ZIKV na gestação, em idade escolar. Trata-se de um estudo transversal baseado nos dados de 261 crianças da região Metropolitana do Recife ou até 120 km da cidade, sendo 172 expostas (GE) e 89 não expostas (GNE), acompanhadas pela Coorte Pediátrica do Grupo de Pesquisa da Epidemia da Microcefalia (MERG-PC), nascidas durante a epidemia de microcefalia relacionada ao ZIKV no Brasil. A coleta ocorreu no Hospital Universitário Oswaldo Cruz em Recife - PE. Para avaliação da linguagem aos seis anos, foram utilizadas as sessões de Fonologia e Vocabulário do Teste de Linguagem Infantil – ABFW (2ª ed.), no período de 2022 a 2024. Os grupos foram comparados para verificar a associação de variáveis socioeconômicas e biopsicossociais com o desempenho linguístico, além da exposição ao ZIKV na gestação. As crianças do GE apresentaram pior desempenho de linguagem, quando comparadas às do GNE. Na fonologia, 57,6% do GE apresentaram desempenho alterado na prova de nomeação e 51,7% na imitação, comparado a 33,7% e 36% do GNE, respectivamente (p<0,05). Na análise multivariada, a exposição ao ZIKV manteve-se associada às alterações fonológicas em ambas as provas. O risco para alterações fonológicas também foi maior nas crianças cujas mães possuíam menor nível de escolaridade, eram mais jovens ou não trabalhavam no momento do teste. As crianças que não possuíam o próprio celular, eram do sexo masculino e apresentaram pior resultado do QI total também tiveram risco aumentado de alteração. No vocabulário, 97,7% das crianças da amostra total apresentou desempenho considerado alterado na classificação dicotômica (adequado/alterado). Porém, o GE apresentou maior média de campos conceituais alterados, 4,34 comparada a 3,24 do GNE (p<0,001), com padrões inferiores de designações usuais e maior presença de substituições semânticas em sete dos nove campos avaliados. Os achados demonstram maior vulnerabilidade no desempenho de linguagem das crianças expostas ao ZIKV na gestação, com prejuízos nos aspectos da fonologia e nos campos conceituais do vocabulário.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANGELICA GALINDO CARNEIRO ROSAL
Externa à Instituição - CLAUDIA MARINA TAVARES DE ARAUJO - UFPE
Externo à Instituição - DEMOCRITO DE BARROS MIRANDA FILHO - UPE
Notícia cadastrada em: 20/10/2025 13:11
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