AUMENTO MAMARIO POR VIA TRANSUMBILICAL XINCISAO NO SITIO MAMARIO
Aumento mamário; Aumento mamário transumbilical.
Introdução: Hipomastia é uma condição multifatorial relacionada à baixa estima feminina. O aumento mamário (AM), principalmente em mulheres jovens, após a gravidez ou após perda ponderal pode ser obtido através de técnicas com incisão no sítio mamário (ISM) ou mais recentemente por via trans umbilical (VTU), com implantes de gel de silicone (IGS) ou com implantes de solução salina (ISS). Estas duas técnicas de implantes mamários (IMs), bem como o uso de IGS versus ISS têm para os pros e contras, principalmente do ponto de vista de complicações cirúrgicas precoces e tardias e de satisfação final com o resultado do AM. Objetivos: Avaliar o nível de segurança da VTU comparado a ISM. Analisar as complicações cirúrgicas precoces e tardias entre as técnicas de AM pela VTU em relação à técnica ISM. Avaliar se existe diferença no ISS versus IGS, comparando o índice de contratura capsular. Relatar as complicações cirúrgicas específicas da VTU. Métodos: Foram revisados prontuários de 278 pacientes submetidos a 556 IMs no período de janeiro de 1995 a dezembro de 2018. Complicações cirúrgicas precoces (hematoma, seroma, infecção e assimetrias), complicações cirúrgicas tardias (cicatrização inestética, perda da sensibilidade local). O índice de contratura capsular entre o IGS com o ISS, e as complicações cirúrgicas especificas à técnica VTU (saída do plano subfascial e seroma do túnel). O método estatístico utilizado incluiu análises descritivas (frequências, médias, medianas e percentis), análises inferenciais com o teste Qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher (variáveis categóricas), e o teste de Mann-Whitney (variáveis numéricas), considerando normalidade (teste de Shapiro-Wilk). A margem de erro utilizada na decisão dos testes estatísticos foi de 5%. Resultados: 176 (31,65%) AM foram por VTU com ISS e N=380 (68,65%) AM foram por ISM, sendo N=60 (15,8%) com ISS e N=320 (57,6%) com IGS. Em relação as complicações cirúrgicas precoces: N=2 (0,4%) com ISM e N=0 (0,0%) com VTU tiveram hematoma (p=1,000). N=6 (1,6%) com ISM e N= 0 (0,0%) com VTU, apresentaram seroma (p=0,184). N= 3 (0,8%) com ISM e N=0 (0,0%) com VTU (p= 0,555), ocorreu infecção. N=2 (0,5%) com ISM e N=1 (0,6%) com VTU tiveram assimetria ou posição inadequada (p=1,000). Em relação as complicações cirúrgicas tardias: N= 5(1,3%) com ISM e N=0 (0,0%) com VTU, ocorreu cicatrização inestética (p=0,185). N=11 (2,9%) na ISM e N= 3 (1,7%) na VTU (p=0,564), denotaram contratura capsular. Quanto ao tempo de edema pós-operatória em dias foi de 20,06 +- 26,00 na ISM e 14,68 +- 11,26 na VTU, (p= <0,001). Não houve perda da sensibilidade local em ambas as técnicas. Em relação à contratura capsular entre o IGS e o ISS: N=11 (2,9%) no IGS e N=3 (1,7%) no ISS, p=0,564. Em relação as variáveis específicas a complicações da VTU: N=1 (0,6%) saída do plano subfascial, p=0,317 e N=0 (0,0%) seroma do túnel. Conclusão: A Mamoplastia de aumento transumbilical trouxe resultados semelhantes a outros procedimentos, não apresentando maior índice de infecção, hematoma ou contratura capsular. A recuperação não é maior que em outros procedimentos. O implante salino tem a mesma qualidade comparável ao implante gel de silicone, e apresentou uma cápsula orgânica mais fina.