EFEITOS DA COLECISTECTOMIA NA DOENÇA DO REFLUXO GASTRESOFAGIANO PÓS GASTRECTOMIA VERTICAL: avaliação endoscópica e metabólica
Palavras-chave: Obesidade. Cirurgia bariátrica. Gastrectomia vertical. Colecistectomia. Refluxo gastroesofagiano.
Introdução: A cirurgia bariátrica, quando combinada com estilo de vida e intervenções médicas, é uma modalidade de tratamento comum e bem-sucedida em pacientes obesos. A gastrectomia vertical (GV) é um dos procedimentos bariátricos mais realizados mundialmente, promovendo perda de peso significativa e melhora de comorbidades metabólicas. No entanto, pode estar associada ao desenvolvimento ou agravamento da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). A colecistectomia, frequentemente necessária devido à formação de cálculos biliares pós-bariátrica, também pode influenciar na fisiopatologia do refluxo devido à perda do armazenamento biliar e consequente aumento do refluxo alcalino. Objetivos: Analisar a influência da colecistectomia na incidência e gravidade do refluxo gastroesofagiano após a gastrectomia vertical. METÓDOS: Estudo longitudinal, retrospectivo e observacional, do tipo coorte. Foram selecionados pacientes adultos obesos submetidos à colecistectomia, realizada de forma concomitante ou posterior à gastrectomia vertical no Hospital Esperança Recife, no período entre 2009 e 2017. RESULTADOS: Foram avaliados aspectos endoscópicos pré-operatório e no seguimento de um ano após a cirurgia. Os participantes foram divididos em dois grupos, Essa estrutura permitiu uma análise comparativa detalhada entre os dois grupos considerando as diferenças por desfechos endoscópicos, metabólicos e clínicos entre as abordagens isoladas ou simultâneas, além da comparação dos diferentes achados nos momentos distintos dentro do mesmo grupo no seguimento pré e pós-operatório. A análise inclui a incidência e gravidade do esôfago, estômago, duodeno, Barret e H. pylori. CONCLUSÃO: Com um nível de significância de 95%, podemos concluir que a colecistectomia parece influenciar a dinâmica do trato digestivo alto, a partir do aumento da incidência e grau de acometimento da doença do refluxo gastroesofágico em pacientes submetidos à gastrectomia vertical. Ademais, tais achados estão evidenciados em pacientes submetidos à colecistectomia no seguimento após a gastrectomia vertical, como também de forma concomitante ao procedimento, o que sugere a independência quanto ao momento cirúrgico de realização do procedimento.
Palavras-chave: Obesidade. Cirurgia bariátrica. Gastrectomia vertical. Colecistectomia. Refluxo gastroesofagiano.