Avaliação tardia de pacientes submetidos a implante de homoenxerto versus prótese biológica em posição pulmonar
Palavras-chave: Homoenxerto, bioprótese, cardiopatia congênita.
Cardiopatias congênitas que cursam com disfunção da valva pulmonar, muitas vezes requerem sua substituição. No entanto, ainda não há consenso na literatura sobre qual seria o melhor substituto. O objetivo deste estudo foi comparar o resultado a longo prazo de pacientes submetidos a substituição de valva pulmonar por homoenxerto ou prótese biológica para definir qual dispositivo apresenta maior durabilidade. Para tanto, foi realizado estudo tipo coorte retrospectivo com pacientes submetidos a implante de homoenxerto (G1) e pacientes submetidos a implante de prótese biológica (G2) em posição pulmonar, no período de 2001 a 2021. Foram analisadas variáveis como idade, peso, tempo de realização do ecocardiograma pós cirúrgico, gradiente transvalvar pulmonar, tamanho do enxerto, e resultado ecocardiográfico tardio. Alterações ao ecocardiograma, foram observadas no G1 (61,2 %) e no G2 (66,7%), podendo ser estenose valvar e supravalvar, insuficiência pulmonar ou dupla lesão. Peso baixo e idade menor que 10 anos estiveram relacionados a alteração à análise tardia ao ecocardiograma. Tamanho de homoenxertos ou próteses menores que 23,5mm influenciou significativamente (p 0,005) para a presença de disfunção valvar.
Concluímos que a lesão a longo prazo mais prevalente nos dois grupos estudados foi a estenose; deve-se evitar o uso de substitutos pulmonares com tamanho menor que 23,5mm; e os homoenxertos apresentam boa durabilidade em posição pulmonar, com melhores resultados que as biopróteses em análise dos pacientes que necessitaram de reoperação, porém é necessário maior tempo de estudo para comprovar estatisticamente qual é o melhor substituto pulmonar
Palavras-chave: Homoenxerto, bioprótese, cardiopatia congênita.