EXPRESSÃO DE GALECTINAS 1, 7 E 9 EM PACIENTES COM CÂNCER DE BEXIGA
câncer de bexiga, biomarcadores, galectinas, Enzyme-linked Imunnosorbent Assay, imuno-histoquímica.
Introdução: O câncer de bexiga é o nono tipo de neoplasia mais diagnosticado no mundo e apresenta alta prevalência no Brasil, principalmente em homens. Apesar da cistoscopia ser o padrão-ouro no diagnóstico e seguimento, a alta taxa de recorrência e as diversas apresentações da doença reforçam a necessidade de biomarcadores. Objetivo: Avaliar os níveis de galectinas 1, 7 e 9 em pacientes com câncer de bexiga, comparando-os a controles saudáveis e correlacionando os dados com achados histopatológicos, como grau tumoral e invasividade. Método: Estudo analítico transversal multicêntrico com 72 participantes: 37 pacientes com câncer de bexiga (grupo A) e 35 controles saudáveis (grupo B). Amostras foram analisadas pelo método ELISA, além de avaliação imuno-histoquímica de tecidos tumorais. Resultados Parciais: Entre maio de 2022 e a data atual, 163 cirurgias de RTUb foram realizadas, com 49 pacientes incluídos no estudo após atenderem aos critérios de inclusão. No grupo A, 37 pacientes tiveram amostras processadas. No grupo B, 40 amostras foram coletadas, mas 5 foram descartadas. A maioria dos participantes era do sexo masculino, com idades médias de 62,9 anos no grupo A e 50,9 anos no grupo B. Dos dados histopatológicos, 54,3% dos pacientes foram classificados como pT1, e 71,4% apresentaram grau tumoral alto. As análises laboratoriais ainda estão incompletas, o que impede correlações estatísticas definitivas. Discussão e Perspectivas: Pretende-se ampliar a casuística para 45 indivíduos em cada grupo. Duas sessões de testes ELISA foram realizadas para quantificar galectinas no soro e urina. A primeira sessão incluiu 21 pacientes do grupo A, e a segunda envolveu amostras dos dois grupos. Testes para Gal 7 foram concluídos, enquanto os de Gal 1 e Gal 9 seguem em andamento. O estudo enfrenta desafios como a necessidade repetição de testes devido à ultrapassagem dos limites de detecção dos kits, o que demanda tempo e recursos, que são limitados. Conclusão: O estudo visa integrar a prática médica com a pesquisa laboratorial para ampliar o entendimento sobre a biologia do câncer de bexiga e identificar biomarcadores não invasivos. Esse avanço poderá contribuir para a melhoria do diagnóstico e do acompanhamento clínico dos pacientes com essa neoplasia.
Palavras-chave: câncer de bexiga, biomarcadores, galectinas, Enzyme-linked Imunnosorbent Assay, imuno-histoquímica.