PPGC-CCM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIRURGIA - CCM CENTRO DE CIENCIAS MEDICAS - CCM Telefone/Ramal: Não informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: IGOR CHAVES GOMES LUNA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IGOR CHAVES GOMES LUNA
DATA : 13/12/2024
LOCAL: Videoconferência (telepresença)
TÍTULO:

PADRÃO DE CONSUMO DE OPIOIDES EM PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA PLÁSTICA ESTÉTICA E REPARADORA


PALAVRAS-CHAVES:

Opioide; analgesia; dor; cirurgia plástica.


PÁGINAS: 41
RESUMO:

Introdução: os Estados Unidos vivem uma crise de epidemia de uso de opioides, sendo o abuso desta substância uma das principais causas de mortes acidentais neste país. O Brasil registra um aumento de consumo nos últimos anos, mas com carência de dados mais apurados e consequente desinformação em relação ao seu uso apropriado. Apesar da importância do tratamento da dor há ainda poucos relatos sobre como o uso de opioides no cenário pósoperatório contribui para esta crise, de modo que este estudo visa avaliar seu padrão de consumo no pós-operatório de cirurgia plástica, especialidade que tem interface com outras áreas cirúrgicas. Metodologia: trata-se de coorte prospectiva em que os pacientes responderam questionário ao longo dos dias de pós-operatório a respeito do nível diário de dor e quais medicações analgésicas foram utilizadas. Houve registro ainda de informações epidemiológicas e demográficas, tipo de cirurgia, tipo de anestesia e regime de internação hospitalar. Resultados: cento e quarenta pacientes preencheram adequadamente o questionário e a taxa global de uso de opioides foi de 26,4%, por um período médio de 3,9 dias, sem que se registrasse seu uso crônico. As cirurgias de reconstrução mamária registraram as mais altas taxas de uso de opioides (50,0%), dias de consumo desta medicação (2,3 dias + 3,0) e média diária de dor em escala validada (3,20 + 2,65), seguidas pelas cirurgias de contorno corporal, mamoplastia e cirurgias da face, todavia sem diferença estatisticamente significativa entre elas. A maioria das cirurgias foi realizada sob regime de internação hospitalar (95,7%), sendo a associação de bloqueio do neuroeixo e sedação o tipo de anestesia mais realizado (62,1%), sem que houvesse diferença estatisticamente significativa nestes aspectos. Foi observado que os pacientes que consumiram opioide pontuaram níveis mais altos na escala diária de dor de forma estatisticamente significativa (p de 0,00 a 0,02 a depender do dia avaliado), além do que estes pacientes fizeram maior consumo de analgésicos do tipo acetaminofeno/dipirona também com relevância estatisticamente significativa (p=0,019). Discussão: o cenário dramático de consumo de opioides no pósoperatório observado nos Estados Unidos pode se dever a fatores como maior apelo de publicidade por parte da indústria farmacêutica, maior número de cirurgias a nível ambulatorial e preferência por anestesia geral, cenário distinto do observado na pesquisa. A identificação de pacientes e procedimentos mais predispostos ao uso crônico de opioides, o fornecimento de orientações inerentes ao tratamento proposto e a prescrição de analgesia multimodal e escalonada mostraram-se ser elementos importantes que mantiveram o uso judicioso dos opioides durante o estudo. Conclusão: A analgesia multimodal e escalonada associada a orientações sobre o uso apropriado dos opioides mostraram-se eficazes em manter baixo e por poucos dias sua utilização.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3315617 - ESDRAS MARQUES LINS
Interno - 2581217 - PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
Notícia cadastrada em: 19/11/2024 11:44
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