NÚMEROS RACIONAIS NA FORMA FRACIONÁRIA NAS LICENCIATURAS EM MATEMÁTICA DO AGRESTE PERNABUCANO: UM ESTUDO A PARTIR DA TEORIA ANTROPOLÓGICA DO DIDÁTICO
Ensino de frações. Praxeologia matemática. Licenciatura. Modelo Epistemológico de Referência. Teoria Antropológica do Didático
O ensino de frações na formação de professores de Matemática apresenta desafios constantes, especialmente devido à complexidade conceitual envolvida e à abordagem predominantemente operatória adotada na Educação Básica. Diante desse cenário, esta pesquisa tem como objetivo analisar a abordagem dos números racionais nas licenciaturas em Matemática do agreste pernambucano e investigar como essa formação influencia a prática docente em sala de aula. A questão norteadora é: quais são as condições e restrições para que os licenciandos desenvolvam uma relação significativa com os números racionais na forma fracionária, considerando suas necessidades formativas? A pesquisa fundamenta-se na Teoria Antropológica do Didático (TAD), de Chevallard (1999; 2001), bem como em estudos de Almouloud e Silva (2021), Shulman (1986, 1987, 2004) e Damico (2007). Além disso, explora o conceito de Modelo Epistemológico de Referência (MER), conforme Batista e Barbosa (2021) e Carvalho, Lopes e Vizolli (2022). A metodologia qualitativa adota a análise documental de currículos de licenciatura de três universidades de Caruaru, materiais didáticos e documentos normativos, como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Os dados serão analisados a partir das categorias emergentes da TAD e do MER construído ao longo da pesquisa, buscando estabelecer relações entre as praxeologias matemáticas e a construção do conhecimento docente.