DEVIR DOCENTE: Os agenciamentos como primeiro passo para o surgimento de novos docentes |
Filosofia da Diferença. Subjetivação. Agenciamento. Cartografia. Pratica pedagógica
Este trabalho investigou o devir docente de alunos da Licenciatura em Matemática, utilizando o plano de imanência da Filosofia da Diferença como campo teórico. O objetivo foi compreender como os agenciamentos coletivos e processos de subjetivação influenciam a escolha pela docência, destacando a importância das experiências vividas durante a educação básica e acadêmica. A pesquisa foi realizada por meio de narrativas de seis participantes, docentes de Matemática da Educação Básica, de escolas públicas localizadas no agreste pernambucano, que relataram suas trajetórias e as influências que moldaram suas devires docentes. A metodologia utilizada foi a Cartografia, onde nos permitiu uma análise qualitativa, enfocando as experiências subjetivas e as relações estabelecidas entre os sujeitos e seus professores. Os resultados revelaram que todos os participantes foram agenciados por professores que desempenharam papéis fundamentais em suas escolhas, com destaque para a prática pedagógica e a relação afetiva com a disciplina. A Matemática, embora considerada desafiadora, foi vista como um campo de possibilidades, onde a influência dos docentes foi crucial para ressignificar essa percepção. Além disso, o apoio familiar também emergiu como um fator determinante na decisão de seguir a carreira docente. Conclui-se que o devir docente é um processo complexo, permeado por múltiplas influências e experiências. A prática pedagógica dos professores, aliada ao suporte familiar, desempenha um papel vital na construção da identidade docente, criando um ambiente propício para o desenvolvimento de futuros educadores. O estudo enfatiza a necessidade de refletir sobre as metodologias de ensino e a importância do vínculo afetivo na educação, sugerindo que a formação contínua dos professores é essencial para inspirar e motivar novos profissionais.