AGOSTINHO E A EXPERIÊNCIA DA FELICIDADE:
um contraponto com a realidade escolar no século XXI
Agostinho, filosofia, estudantes do ensino médio, felicidade
A presente dissertação investiga o conceito de felicidade em Santo Agostinho, contrastando-o com as percepções de felicidade entre adolescentes do ensino médio, na atualidade. Inicialmente, analisa-se a concepção de felicidade em Agostinho, que é definida como a busca e união com Deus, alcançada através de uma vida virtuosa e da introspecção espiritual. Antes de chegar a esta concepção, Agostinho foi fortemente influenciado pela filosofia greco-romana, o que é discutido para contextualizar suas ideias. Em contraponto, a pesquisa examina as concepções contemporâneas de felicidade entre jovens estudantes do ensino médio, predominantemente caracterizadas por aspectos materiais e emocionais imediatos, como sucesso escolar, relacionamentos interpessoais e bem-estar psicológico. A análise aborda como fatores sociais, culturais e tecnológicos influenciam essas concepções modernas de felicidade. Utilizando uma metodologia mista, a dissertação coleta dados qualitativos e quantitativos através de entrevistas e questionários para delinear as percepções dos estudantes sobre felicidade. Os dados coletados são então comparados com os conceitos agostinianos, destacando as diferenças e semelhanças entre essas abordagens. A conclusão enfatiza que, enquanto a perspectiva agostiniana de felicidade realça uma dimensão transcendente e espiritual, os estudantes tendem a focar em realizações tangíveis e experiências momentâneas. Esta diferença reflete as mudanças culturais e sociais que ocorreram ao longo dos séculos, evidenciando como o conceito de felicidade evoluiu de uma visão espiritual para uma mais imediatista e materialista.