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Dissertações |
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EMERSON RAIMUNDO DO NASCIMENTO
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A EDUCAÇÃO EM TERREIRO AFROCENTRADA DA NAÇÃO XAMBÁ
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Orientador : MARIA DA CONCEICAO DOS REIS
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MEMBROS DA BANCA :
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GABRIEL SWAHILI SALES DE ALMEIDA
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AURENEA MARIA DE OLIVEIRA
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MARIA DA CONCEICAO DOS REIS
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Data: 13/01/2022
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Esta dissertação analisou a educação em terreiro afrocentrada da nação xambá. Tendo como questão central: Como a Nação Xambá, através de suas práticas educativas, culturais e religiosas, viabiliza uma educação afrocentrada da comunidade do Portão do Gelo, Olinda/PE? O objetivo geral foi: Analisar como a educação em terreiro da Nação Xambá viabiliza uma educação afrocentrada na comunidade do Portão do Gelo. A teoria da afrocentricidade foi a base epistemológica escolhida, dado o entendimento de que ela evidencia o protagonismo do povo negro promovendo sua emancipação, o que foi fortalecido na pesquisa pela a utilização de categorias a exemplo da Localização/Conscientização; Agente/Agência, apontadas por expoentes como Asante, Mazama, Karenga e Noguera. Já a metodologia empregada foi o da história oral, que também proporcionou empoderamento ao povo negro, sendo aplicada a partir da técnica da história oral temática, baseado nos teóricos como Meihy e Alberti, organizada nas seguintes categorias temáticas: Centralidade da Comunidade; Respeito a Tradição e a Ancestralidade; Harmonia com a Natureza e Unidade do Ser. Os resultados obtidos confirmaram a hipótese sobre a aplicação eficiente do modelo de educação afrocentrada exercida pelo terreiro Xambá na comunidade do Portão do Gelo. Tal modelo se faz por práticas educativas, culturais e religiosas fies aos preceitos filosóficos africanos, o que empodera os membros da comunidade, aguçando uma consciência ecológica, coletividade humana e social.
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Esta dissertação analisou a educação em terreiro afrocentrada da nação xambá. Tendo como questão central: Como a Nação Xambá, através de suas práticas educativas, culturais e religiosas, viabiliza uma educação afrocentrada da comunidade do Portão do Gelo, Olinda/PE? O objetivo geral foi: Analisar como a educação em terreiro da Nação Xambá viabiliza uma educação afrocentrada na comunidade do Portão do Gelo. A teoria da afrocentricidade foi a base epistemológica escolhida, dado o entendimento de que ela evidencia o protagonismo do povo negro promovendo sua emancipação, o que foi fortalecido na pesquisa pela a utilização de categorias a exemplo da Localização/Conscientização; Agente/Agência, apontadas por expoentes como Asante, Mazama, Karenga e Noguera. Já a metodologia empregada foi o da história oral, que também proporcionou empoderamento ao povo negro, sendo aplicada a partir da técnica da história oral temática, baseado nos teóricos como Meihy e Alberti, organizada nas seguintes categorias temáticas: Centralidade da Comunidade; Respeito a Tradição e a Ancestralidade; Harmonia com a Natureza e Unidade do Ser. Os resultados obtidos confirmaram a hipótese sobre a aplicação eficiente do modelo de educação afrocentrada exercida pelo terreiro Xambá na comunidade do Portão do Gelo. Tal modelo se faz por práticas educativas, culturais e religiosas fies aos preceitos filosóficos africanos, o que empodera os membros da comunidade, aguçando uma consciência ecológica, coletividade humana e social.
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CLARA FLAUXI MARTINS DA SILVA
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EDUCAÇÃO EM SAÚDE DE PESSOAS COM SOFRIMENTO MENTAL: MORADORES DE RESIDÊNCIA TERAPÊUTICA CHEGAM ÀS ESCOLAS PÚBLICAS DO RECIFE NA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
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Orientador : VILDE GOMES DE MENEZES
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MEMBROS DA BANCA :
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AURENEA MARIA DE OLIVEIRA
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FATIMA M LEITE CRUZ
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PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
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VILDE GOMES DE MENEZES
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Data: 14/01/2022
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A reforma psiquiátrica no Brasil consolidou-se em 2001 com a Lei n.º 10.216. O modelo de assistência a pessoas com sofrimento mental foi modificado, antes se apresentava como um modelo manicomial que levou à morte de milhões de pessoas, desencandeando a mobilização de trabalhadores, familiares e pessoas com sofrimento mental que lutaram por novas formas de cuidado. Assim, surgiram os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que ofertam cuidados em uma proposta territorial e em liberdade. Em 2003, a Lei n.º 10.708 lança o Programa de Volta para Casa que resgata as pessoas dos hospitais psiquiátricos para que possam viver em liberdade. Algumas delas vão morar nos Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT). Esse programa projeta que haja inserção social, reabilitação e ressocialização dessas pessoas que viveram anos de aprisionamento e sobreviveram ao holocausto brasileiro. Para isso, um dos locais que estão recebendo esses moradores são as escolas públicas do município do Recife na modalidade de Educação de Jovens e Adultos. Com a aplicação de questionários e entrevistas aos profissionais que participam dessa inserção, que são os cuidadores, as técnicas de referência e as educadoras, com os dados interpretados pela técnica da análise de conteúdo, constataram-se algumas particularidades desse acesso à escola. Em destaque, pode-se citar a enfática contribuição da escola para o processo de ressocialização de pessoas com sofrimento mental na medida que tem intensificação dos relacionamentos sociais e acesso à aprendizagem. Do mesmo modo que as pessoas entrevistadas relatam precisar de maior compromisso do poder público e gestão para discutir sobre essa nova realidade escolar que envolve a saúde e a educação.
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A reforma psiquiátrica no Brasil consolidou-se em 2001 com a Lei n.º 10.216. O modelo de assistência a pessoas com sofrimento mental foi modificado, antes se apresentava como um modelo manicomial que levou à morte de milhões de pessoas, desencandeando a mobilização de trabalhadores, familiares e pessoas com sofrimento mental que lutaram por novas formas de cuidado. Assim, surgiram os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que ofertam cuidados em uma proposta territorial e em liberdade. Em 2003, a Lei n.º 10.708 lança o Programa de Volta para Casa que resgata as pessoas dos hospitais psiquiátricos para que possam viver em liberdade. Algumas delas vão morar nos Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT). Esse programa projeta que haja inserção social, reabilitação e ressocialização dessas pessoas que viveram anos de aprisionamento e sobreviveram ao holocausto brasileiro. Para isso, um dos locais que estão recebendo esses moradores são as escolas públicas do município do Recife na modalidade de Educação de Jovens e Adultos. Com a aplicação de questionários e entrevistas aos profissionais que participam dessa inserção, que são os cuidadores, as técnicas de referência e as educadoras, com os dados interpretados pela técnica da análise de conteúdo, constataram-se algumas particularidades desse acesso à escola. Em destaque, pode-se citar a enfática contribuição da escola para o processo de ressocialização de pessoas com sofrimento mental na medida que tem intensificação dos relacionamentos sociais e acesso à aprendizagem. Do mesmo modo que as pessoas entrevistadas relatam precisar de maior compromisso do poder público e gestão para discutir sobre essa nova realidade escolar que envolve a saúde e a educação.
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ELEXANDRA SANTOS DO NASCIMENTO BAYMA
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EDUCAÇÃO PARA APOSENTADORIA E ESPIRITUALIDADE: um estudo misto com pessoas servidoras públicas da UFPE e do INSS
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Orientador : AURINO LIMA FERREIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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AURINO LIMA FERREIRA
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EUGÊNIA DE PAULA BENÍCIO CORDEIRO
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MARIA SANDRA MONTENEGRO SILVA
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SILAS CARLOS ROCHA DA SILVA
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Data: 14/01/2022
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A aposentadoria é um fenômeno pós-industrial que possibilita acesso a direitos e bem estar, mas que também pode provocar às pessoas trabalhadoras formalizadas profundos sofrimentos, culminando com a perda de sentido de vida, sendo necessário um processo formativo de educar para o aposentar. Nos órgãos públicos há normativas que recomendam a instituição de Programas Educação para Aposentadoria - EPA. O presente estudo teve como objetivo compreender que contribuições a espiritualidade fornece ao desenvolvimento da EPA nos órgãos públicos. Para tanto discutimos as concepções de espiritualidade apresentadas por Ferdinand Röhr, Viktor Frankl, Douglas MacDonald, Sidney Silva dentro da abordagem transpessoal/integral de espiritualidade Por meio de uma pesquisa mista sequencial foi apresentado o estado do conhecimento acerca da aposentadoria à luz da integralidade . Na fase quantitativa do estudo, utilizou-se o Inventário de Expressões de Espiritualidade Revisado- ESI-R associado a um questionário sociodemográfico, dos quais participaram 155 pessoas servidoras públicas em situação de pré-aposentadoria, abono em permanência e aposentadoria. Os dados quantitativos passaram por análise estatística descritiva em software livre JAMOVI 1.2. Foram selecionados 16 servidores, 8 de cada órgão, que obtiveram as maiores e menores médias nas dimensões Orientação Cognitiva em Direção à Espiritualidade (COS) e Bem-estar Existencial (EWB) da ESI-R. Foi utilizada uma entrevista com roteiro semiestruturado para a construção dos dados qualitativos cujo corpus gerado foi analisado por análise temática com o auxílio do software IRAMUTEQ. Os resultados apontam que a EPA não é um campo consolidado de pesquisa no Brasil e que há carência de pesquisas voltadas a educação para aposentadoria de professores, principalmente da educação básica, bem como pesquisas sobre as relações das pessoas aposentadas com a família e o lazer (quadrante cultural). A percepção da espiritualidade das pessoas do serviço público transita entre as dimensões Religiosidade (REL), COS e EWB da ESI-R. A análise do perfil sociodemográfico evidencia o fator de escolaridade na percepção da espiritualidade na dimensão REL e o de renda na percepção de EPA. Outro dado refere-se à postergação da aposentadoria entre as pessoas com mais de 40 anos de tempo de serviço, sendo mais evidente em pessoas do sexo masculino solteiras, sem filhos e sem religião. Na dimensão REL há variação estatística no tocante ao sexo e nas dimensões EWB e REL em relação à situação frente à aposentadoria. Os resultados qualitativos apresentam que a EPA se beneficia se abarcar desenvolvimento do senso de propósito da pessoa trabalhadora, da relação com trabalho, com o tempo livre e processo inexorável do envelhecimento, numa perspectiva multidimensional do ser humano. Os participantes da pesquisa sugerem que a metodologia de EPA aconteça pela formação grupos informativos, reflexivos e culturais, que façam parte de um programa de desenvolvimento humano longitudinal nas organizações pesquisadas. A principal contribuição da espiritualidade para a EPA perpassa pela abertura que a tarefa pedagógica proporciona na tomada de decisão consciente frente à aposentadoria, possibilitando a promoção do autoconhecimento e da autonomia da pessoa trabalhadora.
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A aposentadoria é um fenômeno pós-industrial que possibilita acesso a direitos e bem estar, mas que também pode provocar às pessoas trabalhadoras formalizadas profundos sofrimentos, culminando com a perda de sentido de vida, sendo necessário um processo formativo de educar para o aposentar. Nos órgãos públicos há normativas que recomendam a instituição de Programas Educação para Aposentadoria - EPA. O presente estudo teve como objetivo compreender que contribuições a espiritualidade fornece ao desenvolvimento da EPA nos órgãos públicos. Para tanto discutimos as concepções de espiritualidade apresentadas por Ferdinand Röhr, Viktor Frankl, Douglas MacDonald, Sidney Silva dentro da abordagem transpessoal/integral de espiritualidade Por meio de uma pesquisa mista sequencial foi apresentado o estado do conhecimento acerca da aposentadoria à luz da integralidade . Na fase quantitativa do estudo, utilizou-se o Inventário de Expressões de Espiritualidade Revisado- ESI-R associado a um questionário sociodemográfico, dos quais participaram 155 pessoas servidoras públicas em situação de pré-aposentadoria, abono em permanência e aposentadoria. Os dados quantitativos passaram por análise estatística descritiva em software livre JAMOVI 1.2. Foram selecionados 16 servidores, 8 de cada órgão, que obtiveram as maiores e menores médias nas dimensões Orientação Cognitiva em Direção à Espiritualidade (COS) e Bem-estar Existencial (EWB) da ESI-R. Foi utilizada uma entrevista com roteiro semiestruturado para a construção dos dados qualitativos cujo corpus gerado foi analisado por análise temática com o auxílio do software IRAMUTEQ. Os resultados apontam que a EPA não é um campo consolidado de pesquisa no Brasil e que há carência de pesquisas voltadas a educação para aposentadoria de professores, principalmente da educação básica, bem como pesquisas sobre as relações das pessoas aposentadas com a família e o lazer (quadrante cultural). A percepção da espiritualidade das pessoas do serviço público transita entre as dimensões Religiosidade (REL), COS e EWB da ESI-R. A análise do perfil sociodemográfico evidencia o fator de escolaridade na percepção da espiritualidade na dimensão REL e o de renda na percepção de EPA. Outro dado refere-se à postergação da aposentadoria entre as pessoas com mais de 40 anos de tempo de serviço, sendo mais evidente em pessoas do sexo masculino solteiras, sem filhos e sem religião. Na dimensão REL há variação estatística no tocante ao sexo e nas dimensões EWB e REL em relação à situação frente à aposentadoria. Os resultados qualitativos apresentam que a EPA se beneficia se abarcar desenvolvimento do senso de propósito da pessoa trabalhadora, da relação com trabalho, com o tempo livre e processo inexorável do envelhecimento, numa perspectiva multidimensional do ser humano. Os participantes da pesquisa sugerem que a metodologia de EPA aconteça pela formação grupos informativos, reflexivos e culturais, que façam parte de um programa de desenvolvimento humano longitudinal nas organizações pesquisadas. A principal contribuição da espiritualidade para a EPA perpassa pela abertura que a tarefa pedagógica proporciona na tomada de decisão consciente frente à aposentadoria, possibilitando a promoção do autoconhecimento e da autonomia da pessoa trabalhadora.
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FILIPE KAMARGO DE SANTANA
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O QUE PODE UMA EDUCAÇÃO SEM USO? O PENSAMENTO PÓS-HUMANISTA E A PROFANAÇÃO EM GIORGIO AGAMBEN
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Orientador : ALEXANDRE SIMAO DE FREITAS
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MEMBROS DA BANCA :
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ADALGISA LEAO FERREIRA
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ALEXANDRE SIMAO DE FREITAS
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ROSANGELA TENORIO DE CARVALHO
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Data: 14/01/2022
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Esta dissertação se debruça sobre a formação humana ocidental e os seus desafios contemporâneos em meio ao crescente desenvolvimento dos movimentos pós-humanistas e suas reflexões sobre a “natureza humana”. Visando fazer frente a essas perspectivas, profundamente marcadas por um teor excessivamente tecnologizante e racionalista, será contrastado o pensamento do filósofo italiano Giorgio Agamben, especificamente, o estudo que toma a noção de Profanação (2009), como gesto de resistência mediante as ações dos dispositivos de controle e poder. A profanação, apresenta-se aqui, como um elemento chave para o pensamento educacional contemporâneo, abrindo espaço para o surgimento de formasde-vida capazes de superar os mecanismos de assujeitamento e idealização do humano. Tratase de uma pesquisa de cunho teórico-filosófico, que desempenha seu trabalho de análise junto a construção de uma abertura dialógica para outras possibilidades de educar, desejando possibilitar o emergir de outras experiências para o campo educacional e pedagógico. Visando isso, este trabalho se concentra em três princípios básicos de atuação (caracterizados no texto como lâmina, fio e corte). Em primeiro lugar será efetuada uma discussão dos elementos motores da formação humana ocidental, bem como uma apresentação e breve discussão do pensamento agambeniano. Para que, através disso, seja possível forjar um espaço de pensamento que fuja dos valores utilitaristas e mercadológicos dominantes na lógica ocidental. Em seguida, se apresentará uma discussão do conceito de pós-humanidade e seu emergir no meio contemporâneo, bem como os principais embates observados na sociedade e no campo da filosofia. Questões capazes de tornar compreensíveis para o leitor os elementos em disputa em meio a essa lógica. Em um terceiro plano, será apresentada a capacidade de resistência da profanação, enquanto espaço capaz de possibilitar a abertura humana ao emergir das formasde-vida capazes de experiências plenas de existência. A profanação tornasse-se central junto ao nosso debate, com sua capacidade de operar no vazio dos sujeitos e possibilitar o emergir de outros caminhos possíveis de existência. Dito isso, é preciso salientar que, o que o leitor irá encontrar aqui, não se trata de um gesto de utilização e aplicação do pensamento agambeniano de forma hermenêutica. O que se estabelece nesse espaço de debate (apoiados nas análises educacionais de Jorge Larrosa), é uma profanação de seus próprios escritos, dando a possibilidade de abrir para a educação o emergir de novos debates e saberes. Possibilitando auxiliar o campo educacional a encontrar novas possibilidades para a formação dos sujeitos.
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Esta dissertação se debruça sobre a formação humana ocidental e os seus desafios contemporâneos em meio ao crescente desenvolvimento dos movimentos pós-humanistas e suas reflexões sobre a “natureza humana”. Visando fazer frente a essas perspectivas, profundamente marcadas por um teor excessivamente tecnologizante e racionalista, será contrastado o pensamento do filósofo italiano Giorgio Agamben, especificamente, o estudo que toma a noção de Profanação (2009), como gesto de resistência mediante as ações dos dispositivos de controle e poder. A profanação, apresenta-se aqui, como um elemento chave para o pensamento educacional contemporâneo, abrindo espaço para o surgimento de formasde-vida capazes de superar os mecanismos de assujeitamento e idealização do humano. Tratase de uma pesquisa de cunho teórico-filosófico, que desempenha seu trabalho de análise junto a construção de uma abertura dialógica para outras possibilidades de educar, desejando possibilitar o emergir de outras experiências para o campo educacional e pedagógico. Visando isso, este trabalho se concentra em três princípios básicos de atuação (caracterizados no texto como lâmina, fio e corte). Em primeiro lugar será efetuada uma discussão dos elementos motores da formação humana ocidental, bem como uma apresentação e breve discussão do pensamento agambeniano. Para que, através disso, seja possível forjar um espaço de pensamento que fuja dos valores utilitaristas e mercadológicos dominantes na lógica ocidental. Em seguida, se apresentará uma discussão do conceito de pós-humanidade e seu emergir no meio contemporâneo, bem como os principais embates observados na sociedade e no campo da filosofia. Questões capazes de tornar compreensíveis para o leitor os elementos em disputa em meio a essa lógica. Em um terceiro plano, será apresentada a capacidade de resistência da profanação, enquanto espaço capaz de possibilitar a abertura humana ao emergir das formasde-vida capazes de experiências plenas de existência. A profanação tornasse-se central junto ao nosso debate, com sua capacidade de operar no vazio dos sujeitos e possibilitar o emergir de outros caminhos possíveis de existência. Dito isso, é preciso salientar que, o que o leitor irá encontrar aqui, não se trata de um gesto de utilização e aplicação do pensamento agambeniano de forma hermenêutica. O que se estabelece nesse espaço de debate (apoiados nas análises educacionais de Jorge Larrosa), é uma profanação de seus próprios escritos, dando a possibilidade de abrir para a educação o emergir de novos debates e saberes. Possibilitando auxiliar o campo educacional a encontrar novas possibilidades para a formação dos sujeitos.
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JAMILLE OLIVEIRA DE MELO
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FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO E DESIGUALDADES SOCIOEDUCACIONAIS: PERCEPÇÕES SOBRE AS REPERCUSSÕES DO PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA EM MANARI-PE
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Orientador : EDSON FRANCISCO DE ANDRADE
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MEMBROS DA BANCA :
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BRUNA TARCILIA FERRAZ
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EDSON FRANCISCO DE ANDRADE
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VILDE GOMES DE MENEZES
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Data: 14/01/2022
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A presente dissertação assume enquanto intento a análise das repercussões do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) no contexto feito desigual do munícipio do interior pernambucano, Manari, visando identificar as repercussões das ações agregadas deste programa no enfrentamento as desigualdades socioeducacionais neste lugar. Não há indícios de estudos que estabeleçam a relação PDDE e desigualdades socioeducacionais. Sendo assim, nos debruçamos sobre o estudo da micropolítica, consoante Freitas (2016), a fim de observamos a tradução do PDDE de sua política macro para o dia a dia da escola em Manari, cidade popularmente conhecida nacionalmente por seus baixos indicadores de desenvolvimento humano. Para isso, consideramos teoricamente reflexões sobre: Estado e descentralização de políticas (BOBBIO, 2007; ABRUCCIO, 2010; LOBO, 1988;) e financiamento da educação e desigualdades socioeducacionais (FRANÇA, 2005; ARROYO, 2010,2017; MAFASSIOLI, 2017). Os dados que constituíram o corpus desta pesquisa foram coletados a partir de documentos, trabalho de observação de campo, administração de questionários e realização de entrevistas semiestruturadas com o secretário de educação do município, com os gestores de escolas específicas na zona urbana e rural de Manari. A maior parte das escolas que são beneficiadas pelo PDDE estão localizadas no extenso campo da zona rural do município. Apenas uma escola que participou desta pesquisa situa-se na zona urbana. A interpretação dos dados foi realizada por meio da Análise do Discurso, uma vez que todo discurso é socialmente construído, produzido em um contexto, destinado a um público, por isso também é socialmente interpretado. O estudo mostrou, que há uma distorção na compreensão dos sujeitos acerca do entendimento do recurso do PDDE como suplementar. Por não entenderem esta natureza do programa afirmam sempre ser insuficiente para as necessidades de suas escolas, isentando o município de suas responsabilidades. Constatamos que as ações agregadas mais recorrentes são aquelas destinadas ao acompanhamento pedagógico, como o Mais Educação e o Mais Alfabetização. Um grande impasse para o funcionamento do PDDE em um contexto de desigualdades, é a debilidade do suporte técnico (do FNDE para a secretaria de educação; da secretaria de educação para as escolas, e assim vice e versa), no momento de adesão das ações agregadas. Há ainda o desconhecimento da capacidade de atuação do PDDE, como por exemplo, gestores que não conheciam a ação agregada Mais Cultura na Escola. As escolas apresentam uma série demandas estruturais e pedagógicas que condizem com as ações do PDDE, no entanto não sabem pleitear essas ações frente o munícipio. Diante das inúmeras demandas identificadas (infraestrutura de escolas do campo, acessibilidade, práticas culturais e sustentáveis, etc.), justifica-se o funcionamento integral do PDDE em Manari, como mecanismo de enfrentamento as desigualdades socioeducacionais. Identificamos também, que os sujeitos em Manari não se veem em uma condição desigual, aspecto que se contradiz ao passo em que se apresentam as diversas demandas. Por fim, observamos que se os sujeitos pudessem compreender melhor o programa, teriam melhores condições de pleitear, e consequentemente iniciar um enfrentamento as desigualdades socioeducacionais.
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A presente dissertação assume enquanto intento a análise das repercussões do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) no contexto feito desigual do munícipio do interior pernambucano, Manari, visando identificar as repercussões das ações agregadas deste programa no enfrentamento as desigualdades socioeducacionais neste lugar. Não há indícios de estudos que estabeleçam a relação PDDE e desigualdades socioeducacionais. Sendo assim, nos debruçamos sobre o estudo da micropolítica, consoante Freitas (2016), a fim de observamos a tradução do PDDE de sua política macro para o dia a dia da escola em Manari, cidade popularmente conhecida nacionalmente por seus baixos indicadores de desenvolvimento humano. Para isso, consideramos teoricamente reflexões sobre: Estado e descentralização de políticas (BOBBIO, 2007; ABRUCCIO, 2010; LOBO, 1988;) e financiamento da educação e desigualdades socioeducacionais (FRANÇA, 2005; ARROYO, 2010,2017; MAFASSIOLI, 2017). Os dados que constituíram o corpus desta pesquisa foram coletados a partir de documentos, trabalho de observação de campo, administração de questionários e realização de entrevistas semiestruturadas com o secretário de educação do município, com os gestores de escolas específicas na zona urbana e rural de Manari. A maior parte das escolas que são beneficiadas pelo PDDE estão localizadas no extenso campo da zona rural do município. Apenas uma escola que participou desta pesquisa situa-se na zona urbana. A interpretação dos dados foi realizada por meio da Análise do Discurso, uma vez que todo discurso é socialmente construído, produzido em um contexto, destinado a um público, por isso também é socialmente interpretado. O estudo mostrou, que há uma distorção na compreensão dos sujeitos acerca do entendimento do recurso do PDDE como suplementar. Por não entenderem esta natureza do programa afirmam sempre ser insuficiente para as necessidades de suas escolas, isentando o município de suas responsabilidades. Constatamos que as ações agregadas mais recorrentes são aquelas destinadas ao acompanhamento pedagógico, como o Mais Educação e o Mais Alfabetização. Um grande impasse para o funcionamento do PDDE em um contexto de desigualdades, é a debilidade do suporte técnico (do FNDE para a secretaria de educação; da secretaria de educação para as escolas, e assim vice e versa), no momento de adesão das ações agregadas. Há ainda o desconhecimento da capacidade de atuação do PDDE, como por exemplo, gestores que não conheciam a ação agregada Mais Cultura na Escola. As escolas apresentam uma série demandas estruturais e pedagógicas que condizem com as ações do PDDE, no entanto não sabem pleitear essas ações frente o munícipio. Diante das inúmeras demandas identificadas (infraestrutura de escolas do campo, acessibilidade, práticas culturais e sustentáveis, etc.), justifica-se o funcionamento integral do PDDE em Manari, como mecanismo de enfrentamento as desigualdades socioeducacionais. Identificamos também, que os sujeitos em Manari não se veem em uma condição desigual, aspecto que se contradiz ao passo em que se apresentam as diversas demandas. Por fim, observamos que se os sujeitos pudessem compreender melhor o programa, teriam melhores condições de pleitear, e consequentemente iniciar um enfrentamento as desigualdades socioeducacionais.
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JOSEANE FERREIRA DOS SANTOS
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MEDIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E USO DA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DE UMA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
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Orientador : TICIA CASSIANY FERRO CAVALCANTE
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA CLAUDIA RODRIGUES GONCALVES PESSOA
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RAFAELLA ASFORA SIQUEIRA CAMPOS LIMA
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TICIA CASSIANY FERRO CAVALCANTE
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Data: 14/01/2022
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A inclusão da Pessoa com Deficiência no âmbito escolar é um debate atual que demanda a organização de várias propostas de trabalho pelas especificidades inerentes à pessoa e pelas diversas barreiras existentes no contexto social. Quando se trata da criança com deficiência intelectual, há o estigma de um sujeito sem capacidade de aprender; essa barreira atitudinal acaba reforçando o preconceito que pesquisadores vem tentando desmitificar por meio de estudos que mostram que, estudantes com deficiência são capazes de aprender a partir das propostas metodológicas e da mediação pedagógica que atentem para as singularidades dos educandos. Esta pesquisa está baseada na perspectiva da Teoria Histórico-Cultural, a qual vem afirmar que, quando a aprendizagem não se dá por caminhos diretos, faz-se necessário encontrar caminhos alternativos para que a aprendizagem aconteça. Esses caminhos alternativos são denominados de artefatos culturais, ou seja, são as vias alternativas de desenvolvimento social do sujeito com deficiência. No caso desta pesquisa, consideramos como artefato cultural os recursos de Comunicação Alternativa, pois estes, são apoios visuais que servem como instrumentos mediadores da aprendizagem no campo psicológico, conforme os pressupostos vigotskianos; esses recursos permitem que as pessoas com deficiência possam superar seus limites e ampliarem suas potencialidades. O objetivo da pesquisa foi o de investigar como a Comunicação Alternativa pode contribuir no processo de alfabetização de uma criança com deficiência intelectual, em contexto de sala de aula regular. Optou-se pelo estudo de caso apoiado na abordagem metodológica da pesquisa-intervenção; por estamos num espaço escolar, a abordagem qualitativa auxiliou numa maior compreensão dos fenômenos em contexto natural de ensino e aprendizagem da criança. O campo empírico foi uma escola pública localizada na Cidade do Recife; tivemos a permanência no campo de seis meses (julho a dezembro de 2019). Para a coleta, análise e discussão dos dados, utilizou-se os seguintes procedimentos metodológicos: observação; entrevista semiestruturada; avaliação da escrita da criança com deficiência intelectual; planejamento das intervenções e intervenções pedagógicas propriamente ditas, com recursos de Comunicação Alternativa. Como participantes, tivemos uma criança com deficiência intelectual, matriculada no primeiro ano do Ensino Fundamental I; a professora da sala regular; a professora da sala de recursos multifuncionais; o Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar; e a mãe da criança. Diante dos achados, consideramos que a mediação pedagógica da pesquisadora foi de suma importância no processo de alfabetização da criança com DI, e que, mesmo diante de pequenos avanços, percebeu-se mudanças significativas nos aspectos motivacionais, de participação e de execução das tarefas, pela criança; a sua escrita permaneceu no nível das “garatujas”, e a opção adotada nas mediações para a escrita com letras móveis foi a estratégia que prevaleceu para a auxiliar a criança na aquisição do Sistema de Escrita alfabética (escrita do seu nome próprio; nomes das letras; ordem alfabética; palavras iniciadas com a mesma letra; rimas etc.), mediante uso de recursos da Comunicação Alternativa.
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A inclusão da Pessoa com Deficiência no âmbito escolar é um debate atual que demanda a organização de várias propostas de trabalho pelas especificidades inerentes à pessoa e pelas diversas barreiras existentes no contexto social. Quando se trata da criança com deficiência intelectual, há o estigma de um sujeito sem capacidade de aprender; essa barreira atitudinal acaba reforçando o preconceito que pesquisadores vem tentando desmitificar por meio de estudos que mostram que, estudantes com deficiência são capazes de aprender a partir das propostas metodológicas e da mediação pedagógica que atentem para as singularidades dos educandos. Esta pesquisa está baseada na perspectiva da Teoria Histórico-Cultural, a qual vem afirmar que, quando a aprendizagem não se dá por caminhos diretos, faz-se necessário encontrar caminhos alternativos para que a aprendizagem aconteça. Esses caminhos alternativos são denominados de artefatos culturais, ou seja, são as vias alternativas de desenvolvimento social do sujeito com deficiência. No caso desta pesquisa, consideramos como artefato cultural os recursos de Comunicação Alternativa, pois estes, são apoios visuais que servem como instrumentos mediadores da aprendizagem no campo psicológico, conforme os pressupostos vigotskianos; esses recursos permitem que as pessoas com deficiência possam superar seus limites e ampliarem suas potencialidades. O objetivo da pesquisa foi o de investigar como a Comunicação Alternativa pode contribuir no processo de alfabetização de uma criança com deficiência intelectual, em contexto de sala de aula regular. Optou-se pelo estudo de caso apoiado na abordagem metodológica da pesquisa-intervenção; por estamos num espaço escolar, a abordagem qualitativa auxiliou numa maior compreensão dos fenômenos em contexto natural de ensino e aprendizagem da criança. O campo empírico foi uma escola pública localizada na Cidade do Recife; tivemos a permanência no campo de seis meses (julho a dezembro de 2019). Para a coleta, análise e discussão dos dados, utilizou-se os seguintes procedimentos metodológicos: observação; entrevista semiestruturada; avaliação da escrita da criança com deficiência intelectual; planejamento das intervenções e intervenções pedagógicas propriamente ditas, com recursos de Comunicação Alternativa. Como participantes, tivemos uma criança com deficiência intelectual, matriculada no primeiro ano do Ensino Fundamental I; a professora da sala regular; a professora da sala de recursos multifuncionais; o Agente de Apoio ao Desenvolvimento Escolar; e a mãe da criança. Diante dos achados, consideramos que a mediação pedagógica da pesquisadora foi de suma importância no processo de alfabetização da criança com DI, e que, mesmo diante de pequenos avanços, percebeu-se mudanças significativas nos aspectos motivacionais, de participação e de execução das tarefas, pela criança; a sua escrita permaneceu no nível das “garatujas”, e a opção adotada nas mediações para a escrita com letras móveis foi a estratégia que prevaleceu para a auxiliar a criança na aquisição do Sistema de Escrita alfabética (escrita do seu nome próprio; nomes das letras; ordem alfabética; palavras iniciadas com a mesma letra; rimas etc.), mediante uso de recursos da Comunicação Alternativa.
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ANTONIO CARLOS CARDOSO
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AÇÕES AFIRMATIVAS COMO POLÍTICAS PARA PROMOÇÃO DA ACESSIBILIDADE COMUNICACIONAL NA UFPE: EXPERIÊNCIAS DE PROFESSORES SURDOS DO CAMPUS RECIFE
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Orientador : ALFREDO MACEDO GOMES
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MEMBROS DA BANCA :
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ALFREDO MACEDO GOMES
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MARIA ZELIA DE SANTANA
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WILMA PASTOR DE ANDRADE SOUSA
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Data: 28/01/2022
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Com o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais – Libras (lei Federal 10.436/02) como língua oficial da comunidade de surdos do Brasil e sua regulamentação pelo Decreto 5626/05, a Libras passa a ser incluída como disciplina obrigatória nos cursos de formação docente e de fonoaudiologia. Diante desse novo cenário, as instituições de ensino superior começaram a incluir profissionais bilíngues no seu quadro docente para o ensino da Libras. De acordo com o Decreto, as vagas para os docentes de Libras são preferencialmente de pessoas surdas. Com a chegada desses docentes nas universidades, estas instituições começaram a criar ações para promoção da acessibilidade comunicacional para atender as especificidades linguísticas, culturais e identitárias desses sujeitos. Esta pesquisa objetiva investigar as políticas de acessibilidade comunicacional promovidas pela Universidade Federal de Pernambuco, Campus Recife partindo pelas experiências vivida pelos docentes surdos. Em termos mais específicos, pretende-se: a) analisar como a política de acessibilidade comunicacional da UFPE tem sido implementada a partir dos docentes surdos; b) caracterizar e analisar a experiência do trabalho de docentes surdos, tendo em vista a política educacional de acessibilidade. A fundamentação teórica que norteará esta pesquisa conta com a discussão sobre as ações afirmativas como políticas públicas para promoção da acessibilidade comunicacional na UFPE. Esta pesquisa de cunho qualitativo utilizou como instrumentos de coleta de dados, a entrevista semi-estruturada e a análise documental. Os sujeitos da pesquisa, serão os 06 (seis) professores surdos pertencentes ao quadro efetivo da UFPE, campus Recife.
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Com o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais – Libras (lei Federal 10.436/02) como língua oficial da comunidade de surdos do Brasil e sua regulamentação pelo Decreto 5626/05, a Libras passa a ser incluída como disciplina obrigatória nos cursos de formação docente e de fonoaudiologia. Diante desse novo cenário, as instituições de ensino superior começaram a incluir profissionais bilíngues no seu quadro docente para o ensino da Libras. De acordo com o Decreto, as vagas para os docentes de Libras são preferencialmente de pessoas surdas. Com a chegada desses docentes nas universidades, estas instituições começaram a criar ações para promoção da acessibilidade comunicacional para atender as especificidades linguísticas, culturais e identitárias desses sujeitos. Esta pesquisa objetiva investigar as políticas de acessibilidade comunicacional promovidas pela Universidade Federal de Pernambuco, Campus Recife partindo pelas experiências vivida pelos docentes surdos. Em termos mais específicos, pretende-se: a) analisar como a política de acessibilidade comunicacional da UFPE tem sido implementada a partir dos docentes surdos; b) caracterizar e analisar a experiência do trabalho de docentes surdos, tendo em vista a política educacional de acessibilidade. A fundamentação teórica que norteará esta pesquisa conta com a discussão sobre as ações afirmativas como políticas públicas para promoção da acessibilidade comunicacional na UFPE. Esta pesquisa de cunho qualitativo utilizou como instrumentos de coleta de dados, a entrevista semi-estruturada e a análise documental. Os sujeitos da pesquisa, serão os 06 (seis) professores surdos pertencentes ao quadro efetivo da UFPE, campus Recife.
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LIS PAIVA DE MEDEIROS
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ESPIRITUALIDADES FEMINISTAS E PROCESSOS DE (TRANS)FORMAÇÃO HUMANA: Narrativas de mulheres em espaços urbanos periféricos de Recife-PE
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Orientador : MARIA SANDRA MONTENEGRO SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXANDRE SIMAO DE FREITAS
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AURINO LIMA FERREIRA
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MARIA SANDRA MONTENEGRO SILVA
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MARIA TERESA LISBOA NOBRE PEREIRA
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Data: 04/02/2022
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As espiritualidades participam da formação humana de formas radicalmente plurais. Esse trabalho busca se voltar para essa pluralidade e se origina da interlocução entre espiritualidades, processos de (trans)formação humana e educação. Essa tríade, como ponto de partida, é analisada a partir das narrativas de histórias de vida de mulheres moradoras de espaços urbano-periféricos da cidade de Recife-PE. As mulheres, em um sentido histórico, começam a sair de lugares de subalternização e exclusão, os quais vêm se transformando em outros, de protagonismo, criação de redes de solidariedade e centralidade para a organização da vida social. No nosso contexto de pesquisa, essa centralidade é também epistêmico-política e narrativa. Partimos do questionamento acerca de como as espiritualidades se articulam ou permeiam os processos de (trans)formação humana nas histórias de vida das mulheres e, assim, buscamos, como objetivo geral, compreender os processos de (trans)formação humana e as espiritualidades co-criadas nas narrativas de histórias de vida de mulheres moradoras do Conjunto Habitacional do Cordeiro, enquanto espaço urbano periférico. Tomamos a abordagem da Perspectiva Transpessoal Participativa Decolonial Feminista como lócus de centralidade analítica. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa narrativa atravessada também pela inspiração transpessoal participativa, centrada nos feminismos decoloniais. Ocorreu por meio de entrevistas qualitativas em profundidade, realizadas online com quatro participantes, e contou com o diário de campo enquanto ferramenta metodológica de criação de dados. Estes foram reunidos por meio de transcrições e a análise foi feita por meio da Análise Narrativa, que coloca em primeiro plano o processo de diálogo entre participantes e pesquisadora como modo privilegiado de construção de dados. Foram construídas quatro narrativas, inspiradas pela escrita orgânica., uma referente a cada participante: Karla, Bela Flor, Resiliência e Luna, as quais originaram cinco territórios de análise, de acordo com os sentidos de espiritualidades evocados nas histórias: “Roda gigante”; “Guarda-roupa”; “Raízes: nutrir e partilhar”; “Guerrear de peito aberto” e “Acender uma fogueira”. As categorias apontam para noções de espiritualidades feministas, cuja centralidade esteja na expansão e aprofundamento dos laços co-criados entre as mulheres, sejam entre si e em suas relações.
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As espiritualidades participam da formação humana de formas radicalmente plurais. Esse trabalho busca se voltar para essa pluralidade e se origina da interlocução entre espiritualidades, processos de (trans)formação humana e educação. Essa tríade, como ponto de partida, é analisada a partir das narrativas de histórias de vida de mulheres moradoras de espaços urbano-periféricos da cidade de Recife-PE. As mulheres, em um sentido histórico, começam a sair de lugares de subalternização e exclusão, os quais vêm se transformando em outros, de protagonismo, criação de redes de solidariedade e centralidade para a organização da vida social. No nosso contexto de pesquisa, essa centralidade é também epistêmico-política e narrativa. Partimos do questionamento acerca de como as espiritualidades se articulam ou permeiam os processos de (trans)formação humana nas histórias de vida das mulheres e, assim, buscamos, como objetivo geral, compreender os processos de (trans)formação humana e as espiritualidades co-criadas nas narrativas de histórias de vida de mulheres moradoras do Conjunto Habitacional do Cordeiro, enquanto espaço urbano periférico. Tomamos a abordagem da Perspectiva Transpessoal Participativa Decolonial Feminista como lócus de centralidade analítica. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa narrativa atravessada também pela inspiração transpessoal participativa, centrada nos feminismos decoloniais. Ocorreu por meio de entrevistas qualitativas em profundidade, realizadas online com quatro participantes, e contou com o diário de campo enquanto ferramenta metodológica de criação de dados. Estes foram reunidos por meio de transcrições e a análise foi feita por meio da Análise Narrativa, que coloca em primeiro plano o processo de diálogo entre participantes e pesquisadora como modo privilegiado de construção de dados. Foram construídas quatro narrativas, inspiradas pela escrita orgânica., uma referente a cada participante: Karla, Bela Flor, Resiliência e Luna, as quais originaram cinco territórios de análise, de acordo com os sentidos de espiritualidades evocados nas histórias: “Roda gigante”; “Guarda-roupa”; “Raízes: nutrir e partilhar”; “Guerrear de peito aberto” e “Acender uma fogueira”. As categorias apontam para noções de espiritualidades feministas, cuja centralidade esteja na expansão e aprofundamento dos laços co-criados entre as mulheres, sejam entre si e em suas relações.
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ISABELLA NARA COSTA ALVES
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ENTRE AZOUGADAS E ANDANÇAS: MOVIMENTOS CURRICULARES DE GÊNERO E SEXUALIDADE NA REDE PÚBLICA DE ENSINO DE PERNAMBUCO
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Orientador : ANNA LUIZA ARAUJO RAMOS MARTINS DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANNA LUIZA ARAUJO RAMOS MARTINS DE OLIVEIRA
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KARINA MIRIAN DA CRUZ VALENCA ALVES
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NUBIA REGINA MOREIRA
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Data: 09/02/2022
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O estudo investiga espaços-tempos institucionais que (re)existem em meio
aos vultos, propagações e amplitudes de uma onda (neo)conservadora que atinge o
país e disputa sentidos sobre a educação de crianças, jovens e adolescentes, tendo
como principal estratégia a instalação do pânico moral em torno de uma suposta
ameaça à ordem social representada pelo sintagma “ideologia de gênero”. Advém da
necessidade de lançar olhares não somente para os processos regulatórios, de
silenciamento ou (re)produção de preconceitos e discriminações, mas, também, para
as atividades e práticas (des)construtivas no campo educacional. Participaram da
pesquisa doze docentes e técnicas/os que atuaram em projetos de formação docente
e discente em gênero e sexualidade na Rede Estadual de Ensino de Pernambuco, no
período de 2018 a 2021. A constituição do corpus se deu por comunicação informal,
que se caracteriza por conversas com as pessoas que se disponibilizam a integrar o
estudo. Tal estratégia é tomada como “experimentação errante”, metodologia
construída no processo de investigação, de acordo com as necessidades interpeladas
pelo objeto de pesquisa e pelos modos de operação teórica. A pesquisa mostrou que
os impactos dos movimentos neoconservadores são sentidos em diferentes municípios
do Estado através de ataques de grupos religiosos conservadores a docentes e escolas
que desenvolvem projetos sobre equidade de gênero, linguagem neutra e
enfrentamento à lgbtfobia; e da proposição de projetos de leis que tentaram proibir
qualquer referência à educação sexual na rede de ensino e nas bibliotecas públicas dePernambuco. No entanto, discursos opostos disputam a hegemonia no campo
educacional e têm conseguido obstruir de forma criativa as investidas reacionárias,
mostrando que todo movimento político é um processo dinâmico e as relações
equivalenciais entre demandas educativas e curriculares que sustentam os atuais
retrocessos não anulam os fluxos diferenciais. A produção de sentidos sobre gênero e
sexualidade envolve vontades, afetos, linguagens e práticas políticas que sempre
surpreendem as normatizações e regulações, revelando as fissuras de toda estrutura
social.
O estudo investiga espaços-tempos institucionais que (re)existem em meio aos vultos, propagações e amplitudes de uma onda (neo)conservadora que atinge o país e disputa sentidos sobre a educação de crianças, jovens e adolescentes, tendo como principal estratégia a instalação do pânico moral em torno de uma suposta ameaça à ordem social representada pelo sintagma “ideologia de gênero”. Advém da necessidade de lançar olhares não somente para os processos regulatórios, de silenciamento ou (re)produção de preconceitos e discriminações, mas, também, para as atividades e práticas (des)construtivas no campo educacional. Participaram da pesquisa doze docentes e técnicas/os que atuaram em projetos de formação docente e discente em gênero e sexualidade na Rede Estadual de Ensino de Pernambuco, no período de 2018 a 2021. A constituição do corpus se deu por comunicação informal, que se caracteriza por conversas com as pessoas que se disponibilizam a integrar o estudo. Tal estratégia é tomada como “experimentação errante”, metodologia construída no processo de investigação, de acordo com as necessidades interpeladas pelo objeto de pesquisa e pelos modos de operação teórica. A pesquisa mostrou que os impactos dos movimentos neoconservadores são sentidos em diferentes municípios do Estado através de ataques de grupos religiosos conservadores a docentes e escolas que desenvolvem projetos sobre equidade de gênero, linguagem neutra e enfrentamento à lgbtfobia; e da proposição de projetos de leis que tentaram proibir qualquer referência à educação sexual na rede de ensino e nas bibliotecas públicas de |
Pernambuco. No entanto, discursos opostos disputam a hegemonia no campo educacional e têm conseguido obstruir de forma criativa as investidas reacionárias, mostrando que todo movimento político é um processo dinâmico e as relações equivalenciais entre demandas educativas e curriculares que sustentam os atuais retrocessos não anulam os fluxos diferenciais. A produção de sentidos sobre gênero e sexualidade envolve vontades, afetos, linguagens e práticas políticas que sempre surpreendem as normatizações e regulações, revelando as fissuras de toda estrutura social. |
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SILAS VELOSO DE PAULA SILVA
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Ensino da Sociologia em tempos de ideologia de guerra ao gênero: caminhopossíveis em meio aos novos campos minados na educação
Esta dissertação buscou investigar estratégias discursivas de professoras/es de sociologia acerca do sintagma “ideologia de gênero”, compreendendo-a como um elemento presente em formações discursivas que emergem a partir de articulações entre discursos (neo)liberais e (neo)conservadores. Tal proposta de investigação parte de uma reflexão teórica/empírica e política ancorada em um viés pós-estruturalista, mas especificamente a Teoria política do Discurso em Laclau e Mouffe (2015) para quem o social é ontologicamente político. Diante de cenários onde tanto as questões de gênero e sexualidade como a própria presença da sociologia têm sido significadas como “doutrinação”, implantação de uma perspectiva comunista para fixar um projeto de (re)engenharia social e males a serem varridos das discussões em instituições de educação, nos interessa compreender como as e os professores/as tem se posicionado frente a estes discursos. Dessa forma, dialogamos também com autoras/es dos campos de estudos de gênero e sexualidade, sociologia da educação, e de recentes discussões da Teoria Política, enfatizando processos de subjetivação a partir de fantasias sociais que constituem processos de des/identificação nas relações de antagonismo, diferença e equivalência que se estabelecem em torno desses embates hegemônicos. A metodologia adotada para a compreensão desses discursos é a análise de discurso de abordagem francesa e neste sentido o trabalho aponta para as diferentes formas de atuação de quatro docentes de sociologia frente à “guerra ao gênero”, situando o campo discursivo na qual este sujeitos e seus discursos estão inseridos como um espaço onde se projeta uma ideia de “novo” discurso educacional, sendo as formação discursiva (neo)liberal e (neo)conservadora, questionada e tensionada pelos docentes entrevistados/as e por outros sujeitos nas escolas de referência em ensino médio analisada |
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Orientador : GUSTAVO GILSON SOUSA DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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GUSTAVO GILSON SOUSA DE OLIVEIRA
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KARINA MIRIAN DA CRUZ VALENCA ALVES
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REGINA FACCHINI
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THIAGO RANNIERY MOREIRA DE OLIVEIRA
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Data: 09/02/2022
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Esta dissertação buscou investigar estratégias discursivas de professoras/es de sociologia acerca do sintagma “ideologia de gênero”, compreendendo-a como um elemento presente em formações discursivas que emergem a partir de articulações entre discursos (neo)liberais e (neo)conservadores. Tal proposta de investigação parte de uma reflexão teórica/empírica e política ancorada em um viés pós-estruturalista, mas especificamente a Teoria política do Discurso em Laclau e Mouffe (2015) para quem o social é ontologicamente político. Diante de cenários onde tanto as questões de gênero e sexualidade como a própria presença da sociologia têm sido significadas como “doutrinação”, implantação de uma perspectiva comunista para fixar um projeto de (re)engenharia social e males a serem varridos das discussões em instituições de educação, nos interessa compreender como as e os professores/as tem se posicionado frente a estes discursos. Dessa forma, dialogamos também com autoras/es dos campos de estudos de gênero e sexualidade, sociologia da educação, e de recentes discussões da Teoria Política, enfatizando processos de subjetivação a partir de fantasias sociais que constituem processos de des/identificação nas relações de antagonismo, diferença e equivalência que se estabelecem em torno desses embates hegemônicos. A metodologia adotada para a compreensão desses discursos é a análise de discurso de abordagem francesa e neste sentido o trabalho aponta para as diferentes formas de atuação de quatro docentes de sociologia frente à “guerra ao gênero”, situando o campo discursivo na qual este sujeitos e seus discursos estão inseridos como um espaço onde se projeta uma ideia de “novo” discurso educacional, sendo as formação discursiva (neo)liberal e (neo)conservadora, questionada e tensionada pelos docentes entrevistados/as e por outros sujeitos nas escolas de referência em ensino médio analisada
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NATÁLIA MARQUES DA SILVA SOARES
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BARBIE NEGRA: INTERSECÇÕES ENTRE MÍDIA, RAÇA E GÊNERO NAS NARRATIVAS DE PROFESSORAS NEGRAS
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Orientador : KARINA MIRIAN DA CRUZ VALENCA ALVES
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MEMBROS DA BANCA :
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GUSTAVO GILSON SOUSA DE OLIVEIRA
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KARINA MIRIAN DA CRUZ VALENCA ALVES
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VALDENICE JOSE RAIMUNDO
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Data: 10/02/2022
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Esta dissertação apresenta o processo de construção da pesquisa que objetiva investigar e analisar de que forma a mídia interpela a construção da identidade de professoras negras e como essa influência reverbera ao pensar a sua práxis educativa. Baseada em autores/as que discutem as temáticas de gênero, raça, mídia e educação, a pesquisa dedica-se a conhecer as implicações da mídia no que se refere às questões étnico-raciais e de gênero na educação, questionando: de que forma professoras negras foram (e são) afetadas por agenciamentos da mídia na construção de suas identidades? Para tanto, utilizamos como referências Neusa Santos Souza, Nilma Lino Gomes, Kabengele Munanga, Grada Kilomba, Silvio Almeida, dentre outras, para subsidiar a discussão aqui proposta. Buscamos problematizar os processos de construção identitária da população negra ao narrar a história de três professoras negras dos anos iniciais da rede pública da Grande Recife por meio de entrevistas narrativas. Em virtude da pandemia causada pela COVID-19, as entrevistas aconteceram virtualmente, via plataforma Zoom, durante o mês de março de 2021. As narrativas que se desenvolveram a partir das entrevistas foram reunidas sob três temas centrais: Formação identitária; Impactos da mídia na construção da subjetividade; e Marcas do racismo na infância, adolescência e vida adulta. O que mais se destacou das narrativas foi a forma como o racismo atravessou e atravessa as suas vidas, impactando na formação de suas identidades, na construção de suas subjetividades e, sobretudo, nas relações sociais que estabelecem. Salientamos, ainda, as dificuldades e problemáticas enfrentadas pelas professoras e em sala de aula, principalmente durante a pandemia. Compreendendo que as relações étnico-raciais são construções culturais, a construção desta pesquisa se dedicou a estabelecer intersecções mídia, raça e gênero, vislumbrando fornecer elementos para o fortalecimento da cultura e identidade da população negra em nosso país.
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Esta dissertação apresenta o processo de construção da pesquisa que objetiva investigar e analisar de que forma a mídia interpela a construção da identidade de professoras negras e como essa influência reverbera ao pensar a sua práxis educativa. Baseada em autores/as que discutem as temáticas de gênero, raça, mídia e educação, a pesquisa dedica-se a conhecer as implicações da mídia no que se refere às questões étnico-raciais e de gênero na educação, questionando: de que forma professoras negras foram (e são) afetadas por agenciamentos da mídia na construção de suas identidades? Para tanto, utilizamos como referências Neusa Santos Souza, Nilma Lino Gomes, Kabengele Munanga, Grada Kilomba, Silvio Almeida, dentre outras, para subsidiar a discussão aqui proposta. Buscamos problematizar os processos de construção identitária da população negra ao narrar a história de três professoras negras dos anos iniciais da rede pública da Grande Recife por meio de entrevistas narrativas. Em virtude da pandemia causada pela COVID-19, as entrevistas aconteceram virtualmente, via plataforma Zoom, durante o mês de março de 2021. As narrativas que se desenvolveram a partir das entrevistas foram reunidas sob três temas centrais: Formação identitária; Impactos da mídia na construção da subjetividade; e Marcas do racismo na infância, adolescência e vida adulta. O que mais se destacou das narrativas foi a forma como o racismo atravessou e atravessa as suas vidas, impactando na formação de suas identidades, na construção de suas subjetividades e, sobretudo, nas relações sociais que estabelecem. Salientamos, ainda, as dificuldades e problemáticas enfrentadas pelas professoras e em sala de aula, principalmente durante a pandemia. Compreendendo que as relações étnico-raciais são construções culturais, a construção desta pesquisa se dedicou a estabelecer intersecções mídia, raça e gênero, vislumbrando fornecer elementos para o fortalecimento da cultura e identidade da população negra em nosso país.
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VIRGÍNIA RENATA VILAR DA SILVA
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REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE TECNOLOGIAS DIGITAIS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO COMPARTILHADAS POR LICENCIANDOS/AS EM PEDAGOGIA: HOUVE MUDANÇAS A PARTIR DO ENSINO REMOTO EMERGENCIAL?
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Orientador : VIVIANE DE BONA
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MEMBROS DA BANCA :
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JOSE BATISTA NETO
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VIVIANE DE BONA
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MARIA DE FATIMA DE SOUZA SANTOS
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Data: 18/02/2022
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O objetivo desta investigação é analisar a relação entre as mudanças nas práticas docentes em função do ensino remoto emergencial e as representações sociais de tecnologias digitais na educação compartilhadas por licenciandos/as em pedagogia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Difundiram-se discussões em torno da estrutura e da possível transformação das Representações Sociais de Tecnologias Digitais (TDIC) face ao cenário pandêmico ao qual a educação perpassa profundas mudanças em função do Ensino Remoto (ER). Tomando como referências teórico metodológicas a teoria das representações sociais, com mote para a abordagem estrutural, mais especificamente o estudo da teoria do núcleo central e da dinâmica das representações sociais. Em função de seu objetivo a pesquisa contemplou duas etapas: análise documental e coleta de dados empírica. A primeira se desenvolveu por meio da análise do currículo do curso de Pedagogia da UFPE, seguida de uma revisão sistemática da literatura. A segunda contemplou a aplicação de um questionário com associação livre de palavras hierarquizadas à 254 licenciandos/as do curso de Pedagogia da universidade. Os dados coletados foram analisados com o auxílio do software Iramuteq, pelo qual foram realizadas análises prototípicas e de similitude, a técnica Análise de Conteúdo ofereceu suporte a categorização das respostas coletadas. Os principais resultados sugerem que os elementos internet, inovação, dificuldade, aprendizagem, acesso e adaptação, permeiam a zona central da representação social de TDIC. Enquanto o análise do campo semântico do ensino remoto nos permitiu perceber que a prática pode ser sentida como um desafio, marcado pela dificuldade de acesso e ampliação das desigualdades sociais já existentes em nosso país.
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O objetivo desta investigação é analisar a relação entre as mudanças nas práticas docentes em função do ensino remoto emergencial e as representações sociais de tecnologias digitais na educação compartilhadas por licenciandos/as em pedagogia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Difundiram-se discussões em torno da estrutura e da possível transformação das Representações Sociais de Tecnologias Digitais (TDIC) face ao cenário pandêmico ao qual a educação perpassa profundas mudanças em função do Ensino Remoto (ER). Tomando como referências teórico metodológicas a teoria das representações sociais, com mote para a abordagem estrutural, mais especificamente o estudo da teoria do núcleo central e da dinâmica das representações sociais. Em função de seu objetivo a pesquisa contemplou duas etapas: análise documental e coleta de dados empírica. A primeira se desenvolveu por meio da análise do currículo do curso de Pedagogia da UFPE, seguida de uma revisão sistemática da literatura. A segunda contemplou a aplicação de um questionário com associação livre de palavras hierarquizadas à 254 licenciandos/as do curso de Pedagogia da universidade. Os dados coletados foram analisados com o auxílio do software Iramuteq, pelo qual foram realizadas análises prototípicas e de similitude, a técnica Análise de Conteúdo ofereceu suporte a categorização das respostas coletadas. Os principais resultados sugerem que os elementos internet, inovação, dificuldade, aprendizagem, acesso e adaptação, permeiam a zona central da representação social de TDIC. Enquanto o análise do campo semântico do ensino remoto nos permitiu perceber que a prática pode ser sentida como um desafio, marcado pela dificuldade de acesso e ampliação das desigualdades sociais já existentes em nosso país.
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MARÍLIA TAYA AMORIM MOURA
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ENSINO DO EMPREENDEDORISMO: A FORMAÇÃO DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL DO ENSINO MÉDIO DE PERNAMBUCO.
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Orientador : RAMON DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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RAMON DE OLIVEIRA
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KATHARINE NINIVE PINTO SILVA
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RONALDO MARCOS DE LIMA ARAÚJO
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Data: 28/04/2022
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Esta pesquisa teve o objetivo de analisar os propósitos do ensino do empreendedorismo na educação básica nacional, sob a perspectiva das políticas educacionais voltadas à formação do microempreendedor individual. Tem como princípio de discussão as Escolas em tempo integral do Estado de Pernambuco, especialmente nas Escolas de Referência em Ensino Médio (EREMs) e em Escolas Técnicas Estaduais (ETEs). Para tanto, utilizou-se uma abordagem de caráter descritivo-exploratório, para coletar e analisar os dados, bem como instrumentos quantitativos para analisar os efeitos do empreendedorismo na educação. Encontram-se entre os documentos analisados os que legitimam o discurso do empreendedorismo na educação e a incrementação no Ensino Médio de Pernambuco, a partir de produções cientificas, leis, regulamentos, registros, revistas, livros, arquivos escolares e outros. Em um segundo momento, foi admitido, o método de pesquisa de campo a partir de roteiros de entrevistas semiestruturados com a participação dos professores responsáveis pelo componente curricular de empreendedorismo no Ensino Médio Integral, com o objetivo de articular um perfil dos profissionais responsáveis pela disciplina, as práticas pedagógicas do empreendedorismo no espaço escolar e a formação continuada dos professores, bem como o papel da relação público-privada na difusão e consolidação do conceito de educação empreendedora no estado, ressaltando os desafios e contribuições na formação do microempreendedor individual de Ensino Médio do Pernambuco.
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Esta pesquisa teve o objetivo de analisar os propósitos do ensino do empreendedorismo na educação básica nacional, sob a perspectiva das políticas educacionais voltadas à formação do microempreendedor individual. Tem como princípio de discussão as Escolas em tempo integral do Estado de Pernambuco, especialmente nas Escolas de Referência em Ensino Médio (EREMs) e em Escolas Técnicas Estaduais (ETEs). Para tanto, utilizou-se uma abordagem de caráter descritivo-exploratório, para coletar e analisar os dados, bem como instrumentos quantitativos para analisar os efeitos do empreendedorismo na educação. Encontram-se entre os documentos analisados os que legitimam o discurso do empreendedorismo na educação e a incrementação no Ensino Médio de Pernambuco, a partir de produções cientificas, leis, regulamentos, registros, revistas, livros, arquivos escolares e outros. Em um segundo momento, foi admitido, o método de pesquisa de campo a partir de roteiros de entrevistas semiestruturados com a participação dos professores responsáveis pelo componente curricular de empreendedorismo no Ensino Médio Integral, com o objetivo de articular um perfil dos profissionais responsáveis pela disciplina, as práticas pedagógicas do empreendedorismo no espaço escolar e a formação continuada dos professores, bem como o papel da relação público-privada na difusão e consolidação do conceito de educação empreendedora no estado, ressaltando os desafios e contribuições na formação do microempreendedor individual de Ensino Médio do Pernambuco.
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ADEILTON ELIAS DA SILVA
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BNCC E CURRÍCULO: UM ESTUDO DA CONSTRUÇÃO DO REFERENCIAL CURRICULAR NO MUNICÍPIO DE IPOJUCA
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Orientador : KATIA SILVA CUNHA
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MEMBROS DA BANCA :
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HUGO HELENO CAMILO COSTA
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KATIA SILVA CUNHA
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MARCIA ANGELA DA SILVA AGUIAR
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Data: 29/04/2022
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O projeto de pesquisa que tem como tema “BNCC e Currículo: um estudo da construção do referencial curricular no município de Ipojuca”, insere-se no contexto das pesquisas acerca das políticas curriculares no Brasil. Destacando que a partir de 2014 acirraram-se os debates acerca da construção de uma Base Nacional Comum com a proposta de adotar um currículo único para as escolas brasileiras (públicas e privadas). A pesquisa está fundamentada em alguns autores da Teoria do Discurso que compreendem o currículo como um texto e um conjunto de práticas e instituições inseridos num cenário de constantes disputas que se intensificaram em torno do currículo por grupos interessados nessa construção e o avanço da Base. Após muitas discussões e debates para definir o que faria ou não parte da Base, a BNCC foi aprovada, e está em vigor no país, na tentativa de determinar o que pode e deve ser ensinado e definindo, e que tem implicação na construção de outras políticas educacionais como a formação de professores, além da escolha dos livros didáticos e o processo de avaliações. Após a aprovação da BNCC, em 2017, foi repassada aos estados, municípios e Distrito Federal a incumbência de, a partir de 2018 até 2020, reformularem ou criarem seus currículos alinhando-os à BNCC. Muitos municípios optaram por utilizar o currículo construído pelo governo estadual e poucos escolheram construir o seu próprio currículo. O município de Ipojuca, desde 2019, se articulou para construir um referencial curricular, no intuito de afirmar a identidade do município no contexto educacional com a proposta de avançar na oferta de uma educação pública de qualidade. Em 2020 o currículo foi aprovado pelo Conselho Municipal de Educação de Ipojuca (CMEI) e tornou-se nosso objeto de pesquisa na tentativa de responder à pergunta: Quais os posicionamentos dos atores envolvidos na construção do referencial curricular de Ipojuca e de que forma as perspectivas educacionais presentes no currículo, alinhadas à BNCC, estão associadas ao sentido de qualidade da educação no município? Para alcançar os objetivos propostos e responder ao nosso problema, utilizamos como ferramenta de pesquisa a análise documental e o questionário que propõe analisar as impressões colocadas pelos construtores no currículo, bem como, ouvir seus posicionamentos, acerca do currículo, através do questionário. Os dados, após consolidados, apontaram uma disputa no campo, há aqueles que associam a educação de qualidade enquanto um resultado da construção de um currículo alinhado à BNCC, e outros que apontam a necessidade de uma melhor contextualização, levando-se em conta a realidade das escolas do munícipio, assim sendo, entendemos que a construção buscou um fechamento sobre o currículo de Ipojuca, entretanto há um tencionamento no campo que aponta para a necessidade de que este expresse as realidades diferentes a partir de cada contexto e sujeitos envolvidos na construção de uma educação pública de qualidade.
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O projeto de pesquisa que tem como tema “BNCC e Currículo: um estudo da construção do referencial curricular no município de Ipojuca”, insere-se no contexto das pesquisas acerca das políticas curriculares no Brasil. Destacando que a partir de 2014 acirraram-se os debates acerca da construção de uma Base Nacional Comum com a proposta de adotar um currículo único para as escolas brasileiras (públicas e privadas). A pesquisa está fundamentada em alguns autores da Teoria do Discurso que compreendem o currículo como um texto e um conjunto de práticas e instituições inseridos num cenário de constantes disputas que se intensificaram em torno do currículo por grupos interessados nessa construção e o avanço da Base. Após muitas discussões e debates para definir o que faria ou não parte da Base, a BNCC foi aprovada, e está em vigor no país, na tentativa de determinar o que pode e deve ser ensinado e definindo, e que tem implicação na construção de outras políticas educacionais como a formação de professores, além da escolha dos livros didáticos e o processo de avaliações. Após a aprovação da BNCC, em 2017, foi repassada aos estados, municípios e Distrito Federal a incumbência de, a partir de 2018 até 2020, reformularem ou criarem seus currículos alinhando-os à BNCC. Muitos municípios optaram por utilizar o currículo construído pelo governo estadual e poucos escolheram construir o seu próprio currículo. O município de Ipojuca, desde 2019, se articulou para construir um referencial curricular, no intuito de afirmar a identidade do município no contexto educacional com a proposta de avançar na oferta de uma educação pública de qualidade. Em 2020 o currículo foi aprovado pelo Conselho Municipal de Educação de Ipojuca (CMEI) e tornou-se nosso objeto de pesquisa na tentativa de responder à pergunta: Quais os posicionamentos dos atores envolvidos na construção do referencial curricular de Ipojuca e de que forma as perspectivas educacionais presentes no currículo, alinhadas à BNCC, estão associadas ao sentido de qualidade da educação no município? Para alcançar os objetivos propostos e responder ao nosso problema, utilizamos como ferramenta de pesquisa a análise documental e o questionário que propõe analisar as impressões colocadas pelos construtores no currículo, bem como, ouvir seus posicionamentos, acerca do currículo, através do questionário. Os dados, após consolidados, apontaram uma disputa no campo, há aqueles que associam a educação de qualidade enquanto um resultado da construção de um currículo alinhado à BNCC, e outros que apontam a necessidade de uma melhor contextualização, levando-se em conta a realidade das escolas do munícipio, assim sendo, entendemos que a construção buscou um fechamento sobre o currículo de Ipojuca, entretanto há um tencionamento no campo que aponta para a necessidade de que este expresse as realidades diferentes a partir de cada contexto e sujeitos envolvidos na construção de uma educação pública de qualidade.
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VIVIANE RAUANE BEZERRA SILVA
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HIERARQUIZAÇÃO E ESTREITAMENTO CURRICULAR: O BDE E A RESPONSABILIZAÇÃO NA VISÃO DOS PROFESSORES QUE NÃO LECIONAM AS DISCIPLINAS PRESENTES NO SAEPE
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Orientador : ANA LUCIA FELIX DOS SANTOS
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA LUCIA FELIX DOS SANTOS
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EDSON FRANCISCO DE ANDRADE
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ELOISA MAIA VIDAL
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Data: 29/04/2022
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Este estudo aborda o Programa de Modernização da Gestão Pública – Metas para Educação (PMGP-ME) como política pública educacional presente na rede estadual de Pernambuco desde 2007. Busca trazer para o debate a temática da responsabilização educacional e sua especificidade na percepção dos professores que lecionam disciplinas que não são contempladas na avaliação externa, o Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco (SAEPE). Assim, como também busca debater a questão dessa responsabilização docente atrelada ao ganho do Bônus de Desempenho Educacional (BDE). Tem como objetivo geral compreender a percepção dos professores que não lecionam as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática sobre a responsabilização docente atrelada ao ganho do BDE. Teoricamente, o trabalho abordou temáticas sobre as políticas públicas, educacionais e de avaliação; a bonificação atrelada a metas de desempenho e a responsabilização docente. Metodologicamente, adotou a pesquisa qualitativa, realizando análise documental e entrevistas semiestruturadas com 18 (dezoito) professores, e a análise de conteúdo como técnica para analisar os dados. O campo empírico contou com 6 (seis) escolas da rede estadual na cidade de Caruaru-PE, nas quais foram entrevistados professores que lecionam disciplinas que não são avaliadas no SAEPE. No que se refere aos documentos, os dados apontam que o governo pretende melhorar a qualidade da educação pública a partir de incentivos financeiros, monitoramento, índices sintéticos, avaliação em apenas duas disciplinas e responsabilizando professores e gestores pelo desempenho dos alunos na avaliação externa. Os resultados revelaram que os professores concordam em parte com o BDE, colocando que se trata apenas de um incentivo e não uma real valorização dos professores e destacando que, se a remuneração do professor fosse melhor, não seria necessário ter bonificação; ainda assim a maioria dos professores atua para o recebimento do Bônus a partir de diferentes estratégias. Uma das consequências dessas estratégias está no estreitamento curricular, quando os professores deixam de aprofundar os conteúdos das suas disciplinas para ceder tempo de suas aulas para conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática. Outra consequência é o processo de hierarquização que ocorre entre estas disciplinas diante das demais, já que há relatos de mais recursos e mais atenção por parte da gestão para o fortalecimento de Língua Portuguesa e Matemática, assim como há um maior destaque nas formações continuadas para essas duas áreas do conhecimento. Assim, foi possível entender que os professores acabam por trabalhar em função do BDE, ao passo que se sentem responsáveis pela nota da escola, e montam estratégias para alcançar a meta a todo custo.
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Este estudo aborda o Programa de Modernização da Gestão Pública – Metas para Educação (PMGP-ME) como política pública educacional presente na rede estadual de Pernambuco desde 2007. Busca trazer para o debate a temática da responsabilização educacional e sua especificidade na percepção dos professores que lecionam disciplinas que não são contempladas na avaliação externa, o Sistema de Avaliação Educacional de Pernambuco (SAEPE). Assim, como também busca debater a questão dessa responsabilização docente atrelada ao ganho do Bônus de Desempenho Educacional (BDE). Tem como objetivo geral compreender a percepção dos professores que não lecionam as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática sobre a responsabilização docente atrelada ao ganho do BDE. Teoricamente, o trabalho abordou temáticas sobre as políticas públicas, educacionais e de avaliação; a bonificação atrelada a metas de desempenho e a responsabilização docente. Metodologicamente, adotou a pesquisa qualitativa, realizando análise documental e entrevistas semiestruturadas com 18 (dezoito) professores, e a análise de conteúdo como técnica para analisar os dados. O campo empírico contou com 6 (seis) escolas da rede estadual na cidade de Caruaru-PE, nas quais foram entrevistados professores que lecionam disciplinas que não são avaliadas no SAEPE. No que se refere aos documentos, os dados apontam que o governo pretende melhorar a qualidade da educação pública a partir de incentivos financeiros, monitoramento, índices sintéticos, avaliação em apenas duas disciplinas e responsabilizando professores e gestores pelo desempenho dos alunos na avaliação externa. Os resultados revelaram que os professores concordam em parte com o BDE, colocando que se trata apenas de um incentivo e não uma real valorização dos professores e destacando que, se a remuneração do professor fosse melhor, não seria necessário ter bonificação; ainda assim a maioria dos professores atua para o recebimento do Bônus a partir de diferentes estratégias. Uma das consequências dessas estratégias está no estreitamento curricular, quando os professores deixam de aprofundar os conteúdos das suas disciplinas para ceder tempo de suas aulas para conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática. Outra consequência é o processo de hierarquização que ocorre entre estas disciplinas diante das demais, já que há relatos de mais recursos e mais atenção por parte da gestão para o fortalecimento de Língua Portuguesa e Matemática, assim como há um maior destaque nas formações continuadas para essas duas áreas do conhecimento. Assim, foi possível entender que os professores acabam por trabalhar em função do BDE, ao passo que se sentem responsáveis pela nota da escola, e montam estratégias para alcançar a meta a todo custo.
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MARIA GABRIELA SILVA CARNEIRO MONTEIRO
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ROTAÇÃO POR ESTAÇÃO E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: POSSIBILIDADES E LIMITES PARA ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA NO ENSINO DE CIÊNCIAS
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Orientador : KENIO ERITHON CAVALCANTE LIMA
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MEMBROS DA BANCA :
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FRANCIMAR MARTINS TEIXEIRA MACEDO
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KENIO ERITHON CAVALCANTE LIMA
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RUTH DO NASCIMENTO FIRME
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SIMAO DIAS DE VASCONCELOS FILHO
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Data: 26/05/2022
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A educação de jovens e adultos (EJA) carrega consigo uma visão compensatória da educação. Consideramos ser importante para a EJA e outros níveis de ensino o estímulo ao desenvolvimento da Alfabetização Científica (AC), pois através do trabalho de habilidades como o trabalho com dados, estruturação do pensamento e compreensão dos fatos há uma contribuição na construção de uma visão crítica da Ciência, Tecnologia e Sociedade. Paralelo a isso é importante considerar metodologias de ensino que possam favorecer a AC e que incluam as ferramentas tecnológicas, visto que é por meio da tecnologia que muitos dos conhecimentos científicos circulam, inclusive de forma distorcida. Com isso, as metodologias ativas pertencentes ao Ensino Híbrido (EH) se destacam, pois podem unir aos processos didático-metodológicos usuais, ações que dinamizam a participação dos estudantes com tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC). Dentro das possibilidades, consideramos a Rotação por Estação (RPE) a metodologia que mais se adequa ao cenário brasileiro. Nesse sentido, a pesquisa buscou investigar como a RPE contribui para um ensino de Ciências na perspectiva do desenvolvimento da AC na EJA. Partindo disso, a pesquisa foi realizada numa escola do Recife, com uma Sequência didática criada em conjunto com o professor sobre a temática de Vacinação, composição do tecido sanguíneo e sistema imunológico. Com isso, a partir dos registros dos grupos nas estações, bem como da observação e gravação das interações discursivas, diagnosticamos percepções imaturas sobre a temática, com fortes influências de notícias falsas e com pouca presença de indicadores de AC, mas que no decorrer da vivência foram amadurecidos, nos permitindo identificar a AC em desenvolvimento a partir dos indicadores. Apesar disso, encontramos dificuldade com a turma da EJA no desenvolvimento da autonomia que a RPE favorece e é interessante para a AC, indicando a necessidade da realização de mais pesquisas sobre formas de utilizar e adaptar a metodologia para esse público com foco na AC.
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A educação de jovens e adultos (EJA) carrega consigo uma visão compensatória da educação. Consideramos ser importante para a EJA e outros níveis de ensino o estímulo ao desenvolvimento da Alfabetização Científica (AC), pois através do trabalho de habilidades como o trabalho com dados, estruturação do pensamento e compreensão dos fatos há uma contribuição na construção de uma visão crítica da Ciência, Tecnologia e Sociedade. Paralelo a isso é importante considerar metodologias de ensino que possam favorecer a AC e que incluam as ferramentas tecnológicas, visto que é por meio da tecnologia que muitos dos conhecimentos científicos circulam, inclusive de forma distorcida. Com isso, as metodologias ativas pertencentes ao Ensino Híbrido (EH) se destacam, pois podem unir aos processos didático-metodológicos usuais, ações que dinamizam a participação dos estudantes com tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC). Dentro das possibilidades, consideramos a Rotação por Estação (RPE) a metodologia que mais se adequa ao cenário brasileiro. Nesse sentido, a pesquisa buscou investigar como a RPE contribui para um ensino de Ciências na perspectiva do desenvolvimento da AC na EJA. Partindo disso, a pesquisa foi realizada numa escola do Recife, com uma Sequência didática criada em conjunto com o professor sobre a temática de Vacinação, composição do tecido sanguíneo e sistema imunológico. Com isso, a partir dos registros dos grupos nas estações, bem como da observação e gravação das interações discursivas, diagnosticamos percepções imaturas sobre a temática, com fortes influências de notícias falsas e com pouca presença de indicadores de AC, mas que no decorrer da vivência foram amadurecidos, nos permitindo identificar a AC em desenvolvimento a partir dos indicadores. Apesar disso, encontramos dificuldade com a turma da EJA no desenvolvimento da autonomia que a RPE favorece e é interessante para a AC, indicando a necessidade da realização de mais pesquisas sobre formas de utilizar e adaptar a metodologia para esse público com foco na AC.
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CLAUDIA VICENTE DA SILVA
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A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NOS COMPONENTES CURRICULARES- HISTÓRIA E HISTÓRIA DAS CULTURAS NO ENSINO FUNDAMENTAL- ANOS FINAIS EM VITÓRIA DE SANTO ANTÃO/PE.
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Orientador : MARIA DA CONCEICAO DOS REIS
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MEMBROS DA BANCA :
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CLAUDILENE MARIA DA SILVA
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MARCIA REGINA BARBOSA
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MARIA DA CONCEICAO DOS REIS
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Data: 27/05/2022
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O ensino da história e cultura africana e afro-brasileira nos estabelecimentos de educação brasileiros passou a ser obrigatório do ano de 2003, após a consolidação das novas diretrizes curriculares que surgem em resposta a promulgação da Lei n.º 10.639. Por força dessa legislação esses estudos deveriam, em tese, estar pautados na valorização do povo negro considerando sua condição como sujeito de direito parte constituinte da formação social do Brasil. Este contexto histórico lastreia a questão central desta pesquisa, a saber: Como a Educação das Relações Étnico-Raciais está sendo implementada nos componentes curriculares História e História das Culturas nos anos finais do Ensino Fundamental em Vitória de Santo Antão, Pernambuco? Na busca por respostas a nossa questão de partida definimos como objetivo geral: compreender como a temática dessas Relações Étnico-Raciais vem sendo implementada nos respectivos componentes curriculares nas escolas que estão sob responsabilidade pedagógica da respectiva municipalidade. Para esse fim traçamos como objetivos específicos: descrever a trajetória da Educação das Relações Étnico-Raciais no Sistema Municipal de Ensino em Vitória de Santo Antão; refletir sobre o avanço da Legislação educacional antirracista e sua contribuição para a implementação da ERER e Analisar como os docentes de História e História das Culturas dos anos finais do Ensino Fundamental identificam a ERER em seus currículos municipal. Neste contexto, apoiamos a discussão da pesquisa na teoria da afrocentricidade e em suas categorias: centralidade, marginalidade, agência e conscientização na visão dada por Molefi Kete Asante, e Ama Mazama. A pesquisa de abordagem qualitativa se serviu de entrevistas semiestruturadas que nos permitiu um entendimento dilatado sobre a Educação das Relações Étnico-Raciais nas escolas públicas municipais de Vitória de Santo Antão. Como critério para análise de dados utilizamos os conceitos defendidos pela Teoria da Afrocentricidade (2014). Isto por sua vez, nos permitiu, considerando uma série de fatores, concluir que a ERER não está sendo implementada nas escolas públicas municipais que ofertam os anos finais do ensino fundamental na cidade da Vitória de Santo Antão, Pernambuco.
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O ensino da história e cultura africana e afro-brasileira nos estabelecimentos de educação brasileiros passou a ser obrigatório do ano de 2003, após a consolidação das novas diretrizes curriculares que surgem em resposta a promulgação da Lei n.º 10.639. Por força dessa legislação esses estudos deveriam, em tese, estar pautados na valorização do povo negro considerando sua condição como sujeito de direito parte constituinte da formação social do Brasil. Este contexto histórico lastreia a questão central desta pesquisa, a saber: Como a Educação das Relações Étnico-Raciais está sendo implementada nos componentes curriculares História e História das Culturas nos anos finais do Ensino Fundamental em Vitória de Santo Antão, Pernambuco? Na busca por respostas a nossa questão de partida definimos como objetivo geral: compreender como a temática dessas Relações Étnico-Raciais vem sendo implementada nos respectivos componentes curriculares nas escolas que estão sob responsabilidade pedagógica da respectiva municipalidade. Para esse fim traçamos como objetivos específicos: descrever a trajetória da Educação das Relações Étnico-Raciais no Sistema Municipal de Ensino em Vitória de Santo Antão; refletir sobre o avanço da Legislação educacional antirracista e sua contribuição para a implementação da ERER e Analisar como os docentes de História e História das Culturas dos anos finais do Ensino Fundamental identificam a ERER em seus currículos municipal. Neste contexto, apoiamos a discussão da pesquisa na teoria da afrocentricidade e em suas categorias: centralidade, marginalidade, agência e conscientização na visão dada por Molefi Kete Asante, e Ama Mazama. A pesquisa de abordagem qualitativa se serviu de entrevistas semiestruturadas que nos permitiu um entendimento dilatado sobre a Educação das Relações Étnico-Raciais nas escolas públicas municipais de Vitória de Santo Antão. Como critério para análise de dados utilizamos os conceitos defendidos pela Teoria da Afrocentricidade (2014). Isto por sua vez, nos permitiu, considerando uma série de fatores, concluir que a ERER não está sendo implementada nas escolas públicas municipais que ofertam os anos finais do ensino fundamental na cidade da Vitória de Santo Antão, Pernambuco.
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JOAO VITOR CALDAS DE SOUZA
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O QUE DIZEM OS DOCUMENTOS CURRICULARES PCN’S E BNCC SOBRE O ENSINO DE HISTÓRIA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
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Orientador : JOSE BATISTA NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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ELETA DE CARVALHO FREIRE
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JOSE BATISTA NETO
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LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
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Data: 27/05/2022
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A pesquisa tem como objeto o currículo da disciplina escolar de História para o Ensino Fundamental Anos Finais que tomou corpo nos PCN’s de 1997 e na BNCC de 2017. O objetivo central do trabalho é compreender o que dizem o currículo da disciplina escolar de História para o Ensino Fundamental Anos Finais nos PCN’s de 1997 e na BNCC de 2017. São objetivos específicos analisar as bases pedagógicas que nortearam e norteiam o currículo dos anos finais do ensino fundamental presentes nos PCN’S de 1997 e na BNCC de 2017. Buscamos também analisar as categorias utilizadas no currículo específico de História que norteiam os textos curriculares e identificar agentes sociais, econômicos e políticos que exercerem influência sobre o processo de elaboração dos PCN’S de 1997 e da BNCC de 2017. A investigação situa-se no campo das políticas curriculares e se filia às teorias críticas do currículo. Para a construção dessa pesquisa, realizamos um levantamento bibliográfico que possibilitou compreender o contexto no qual os dois documentos referidos foram produzidos. Realizamos um levantamento acerca das referências que tratam sobre as teorias curriculares e a análise dos PCN’s e da BNCC, construímos quadros de análise e gráficos, além de realizar um Estado do Conhecimento extenso sobre a temática. Posteriormente, apoiados em autores como Bardin (2011) e Vala (1986), formulamos eixos temáticos e categorias com vistas à análise documental, com novas construções de quadros de análise ao longo do processo de leitura dos documentos. Para compreensão do currículo escrito, utilizamos autores como Lopes (2021), Silva (2020), Sacristán (2017) e Apple (2006). Em relação à análise das categorias históricas, utilizamos referências como Le Goff (1990) e Braudel (1984). A análise dos documentos possibilitou perceber que os PCN’s são documentos inovadores para o contexto de sua época, mas que contam com ausências de temáticas sociais importantes, como a temática LGBT, além da necessidade de aprofundamento de determinadas questões relevantes para o processo de ensino e aprendizagem, como por exemplo, a da autonomia docente. Em relação à BNCC, trata-se de documento superficial, em que não apresentam referências teóricas claras e explícitas, podendo ser caracterizado como um aglutinado de enunciados extraídos de documentos curriculares internacionais, revelando-se carente de originalidade e passando ao largo das contribuições de sua época.
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A pesquisa tem como objeto o currículo da disciplina escolar de História para o Ensino Fundamental Anos Finais que tomou corpo nos PCN’s de 1997 e na BNCC de 2017. O objetivo central do trabalho é compreender o que dizem o currículo da disciplina escolar de História para o Ensino Fundamental Anos Finais nos PCN’s de 1997 e na BNCC de 2017. São objetivos específicos analisar as bases pedagógicas que nortearam e norteiam o currículo dos anos finais do ensino fundamental presentes nos PCN’S de 1997 e na BNCC de 2017. Buscamos também analisar as categorias utilizadas no currículo específico de História que norteiam os textos curriculares e identificar agentes sociais, econômicos e políticos que exercerem influência sobre o processo de elaboração dos PCN’S de 1997 e da BNCC de 2017. A investigação situa-se no campo das políticas curriculares e se filia às teorias críticas do currículo. Para a construção dessa pesquisa, realizamos um levantamento bibliográfico que possibilitou compreender o contexto no qual os dois documentos referidos foram produzidos. Realizamos um levantamento acerca das referências que tratam sobre as teorias curriculares e a análise dos PCN’s e da BNCC, construímos quadros de análise e gráficos, além de realizar um Estado do Conhecimento extenso sobre a temática. Posteriormente, apoiados em autores como Bardin (2011) e Vala (1986), formulamos eixos temáticos e categorias com vistas à análise documental, com novas construções de quadros de análise ao longo do processo de leitura dos documentos. Para compreensão do currículo escrito, utilizamos autores como Lopes (2021), Silva (2020), Sacristán (2017) e Apple (2006). Em relação à análise das categorias históricas, utilizamos referências como Le Goff (1990) e Braudel (1984). A análise dos documentos possibilitou perceber que os PCN’s são documentos inovadores para o contexto de sua época, mas que contam com ausências de temáticas sociais importantes, como a temática LGBT, além da necessidade de aprofundamento de determinadas questões relevantes para o processo de ensino e aprendizagem, como por exemplo, a da autonomia docente. Em relação à BNCC, trata-se de documento superficial, em que não apresentam referências teóricas claras e explícitas, podendo ser caracterizado como um aglutinado de enunciados extraídos de documentos curriculares internacionais, revelando-se carente de originalidade e passando ao largo das contribuições de sua época.
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EVERTON WILLIAN DE OLIVEIRA CAVALCANTI
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O LUGAR DA VELHICE NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EJA: UMA ANÁLISE DE CRENÇAS, ATITUDES E CONHECIMENTOS GERONTOLÓGICOS
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Orientador : MARCIA REGINA BARBOSA
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MEMBROS DA BANCA :
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EDUARDO JORGE LOPES DA SILVA
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MARCIA REGINA BARBOSA
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RICARDO BEZERRA TORRES LIMA
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VIVIANE DE BONA
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Data: 31/05/2022
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Esta pesquisa de natureza qualitativa que se insere na área da Educação, mais especificamente na linha formação de professores e prática pedagógica, objetiva analisar o que revelam, no que diz respeito à formação de professores, as crenças, atitudes e conhecimentos sobre a velhice que professores da educação de jovens e adultos possuem. Como objetivos específicos buscou identificar as relações entre as crenças e atitudes e a formação de professores; verificar se a temática velhice tem sido contemplada durante a formação dos professores; identificar o nível de conhecimento que os professores têm sobre o processo de envelhecimento, a velhice e o idoso; identificar aproximações e distanciamentos entre marcos regulamentares sobre a temática velhice e a formação dos professores. Foi tomado por marco teórico o pensamento freiriano atrelado à algumas categorias do materialismo dialético para compreender e analisar a formação de professores e sua relação com a sociedade, bem como construções teóricas do campo da gerontologia educacional que subsidiam os debates sobre os idosos e sua presença na educação de jovens e adultos. Quanto à metodologia, este foi um estudo exploratório descritivo, que utilizou como instrumentos um questionário sociodemográfico, uma escala diferencial semântica para avaliação das atitudes e crenças em relação à velhice, um questionário para medição do nível de conhecimento básico sobre gerontologia e grupos focais, além da análise de conteúdo de diversos documentos que se relacionam com a formação de professores, educação de jovens e adultos e idosos. Os sujeitos que compuseram esta pesquisa são professores da educação de jovens e adultos vinculados a Gerência Regional de Educação Metropolitana Norte. Como principais achados, destacamos que os docentes demonstram um baixo nível de conhecimento gerontológico, bem como crenças e atitudes negativas, nos grupos focais, e positivas e neutras, na escala diferencial semântica utilizada. Quanto a formação de professores, tanto a nível inicial como a nível continuada. os sujeitos indicaram não terem participado de quaisquer experiências formativas que privilegiassem o público idosos. Os dados obtidos nos permitiram identificar que a ausência de formações que efetivamente tratassem da temática da velhice ofereceu um elemento que contribui para a manutenção de crenças e atitudes negativas em relação à velhice, bem como o baixo nível de conhecimento gerontológico.
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Esta pesquisa de natureza qualitativa que se insere na área da Educação, mais especificamente na linha formação de professores e prática pedagógica, objetiva analisar o que revelam, no que diz respeito à formação de professores, as crenças, atitudes e conhecimentos sobre a velhice que professores da educação de jovens e adultos possuem. Como objetivos específicos buscou identificar as relações entre as crenças e atitudes e a formação de professores; verificar se a temática velhice tem sido contemplada durante a formação dos professores; identificar o nível de conhecimento que os professores têm sobre o processo de envelhecimento, a velhice e o idoso; identificar aproximações e distanciamentos entre marcos regulamentares sobre a temática velhice e a formação dos professores. Foi tomado por marco teórico o pensamento freiriano atrelado à algumas categorias do materialismo dialético para compreender e analisar a formação de professores e sua relação com a sociedade, bem como construções teóricas do campo da gerontologia educacional que subsidiam os debates sobre os idosos e sua presença na educação de jovens e adultos. Quanto à metodologia, este foi um estudo exploratório descritivo, que utilizou como instrumentos um questionário sociodemográfico, uma escala diferencial semântica para avaliação das atitudes e crenças em relação à velhice, um questionário para medição do nível de conhecimento básico sobre gerontologia e grupos focais, além da análise de conteúdo de diversos documentos que se relacionam com a formação de professores, educação de jovens e adultos e idosos. Os sujeitos que compuseram esta pesquisa são professores da educação de jovens e adultos vinculados a Gerência Regional de Educação Metropolitana Norte. Como principais achados, destacamos que os docentes demonstram um baixo nível de conhecimento gerontológico, bem como crenças e atitudes negativas, nos grupos focais, e positivas e neutras, na escala diferencial semântica utilizada. Quanto a formação de professores, tanto a nível inicial como a nível continuada. os sujeitos indicaram não terem participado de quaisquer experiências formativas que privilegiassem o público idosos. Os dados obtidos nos permitiram identificar que a ausência de formações que efetivamente tratassem da temática da velhice ofereceu um elemento que contribui para a manutenção de crenças e atitudes negativas em relação à velhice, bem como o baixo nível de conhecimento gerontológico.
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LIGIA CAVALCANTI CALDAS
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REPRESENTAÇÕES DE GÊNERO NA TELENOVELA DIRECIONADA á INFÂNCIA: UMA QUESTÃO DE CURRÍCULO E PEDAGOGIA CULTURAL
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Orientador : ROSANGELA TENORIO DE CARVALHO
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MEMBROS DA BANCA :
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CRISTINA MARIA COIMBRA VIEIRA
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ANA PAULA ABRAHAMIAN DE SOUZA
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CLARISSA MARTINS DE ARAUJO
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ROSANGELA TENORIO DE CARVALHO
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Data: 29/06/2022
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Esta dissertação, situada no campo da Educação, delimita o seu objeto enquanto representações de gênero presentes no currículo cultural de uma telenovela de ampla audiência da televisão aberta brasileira direcionada ao público infantil, buscando compreender como se configuram essas representações em As Aventuras de Poliana, novela televisiva infantojuvenil transmitida no canal Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). Para tanto, articulando-se pressupostos dos Estudos Culturais em Educação e do pensamento de Michel Foucault para se pensarem a relação saber-poder-ser e as noções de gênero como representação, discurso, identidade/diferença, performatividade e materialidade, de infância pós-moderna e sujeito neoliberal e de telenovela como currículo e pedagogia cultural, percorre-se um caminho investigativo de abordagem qualitativa inspirado nas redefinições que pesquisas dessa natureza sofreram com a virada epistemológica a partir das décadas de 1960 e 1970. Desse modo, não havendo, com esse percurso, a pretensão de desvendarem-se significados supostamente ocultos nesse produto midiático, mas a preocupação em descrever as circunstâncias que narram essas representações de gênero e as condições sob as quais estas aparecem, combinam-se, metodologicamente, análise cultural, para o exame de texto, imagem e som no artefato cultural escolhido – o currículo cultural dos vinte primeiros capítulos de As Aventuras de Poliana –, e análise do discurso, para dar conta das posições de sujeito em jogo, do campo de coexistências discursivas e da materialidade repetível. Através do emprego dessas escolhas metodológicas, percebe-se que esse currículo cultural dispõe de uma pedagogia de gênero que se articula a campos de verdade distintos, como a filosofia, a medicina, a publicidade, a religião, a estética, dispersa-se em outros artefatos curriculares de modo que os enunciados que mobiliza apresentam um movimento de reiteração e deslocamento, estabelece posições discursivas diferenciadas de sujeitos femininos e masculinos e inclui/exclui, delimita, classifica e normaliza identidades de gênero através da associação de elementos significantes, embora, por outro lado, nunca consiga fixá-las por completo, por conta da própria dinâmica performativa.
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Esta dissertação, situada no campo da Educação, delimita o seu objeto enquanto representações de gênero presentes no currículo cultural de uma telenovela de ampla audiência da televisão aberta brasileira direcionada ao público infantil, buscando compreender como se configuram essas representações em As Aventuras de Poliana, novela televisiva infantojuvenil transmitida no canal Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). Para tanto, articulando-se pressupostos dos Estudos Culturais em Educação e do pensamento de Michel Foucault para se pensarem a relação saber-poder-ser e as noções de gênero como representação, discurso, identidade/diferença, performatividade e materialidade, de infância pós-moderna e sujeito neoliberal e de telenovela como currículo e pedagogia cultural, percorre-se um caminho investigativo de abordagem qualitativa inspirado nas redefinições que pesquisas dessa natureza sofreram com a virada epistemológica a partir das décadas de 1960 e 1970. Desse modo, não havendo, com esse percurso, a pretensão de desvendarem-se significados supostamente ocultos nesse produto midiático, mas a preocupação em descrever as circunstâncias que narram essas representações de gênero e as condições sob as quais estas aparecem, combinam-se, metodologicamente, análise cultural, para o exame de texto, imagem e som no artefato cultural escolhido – o currículo cultural dos vinte primeiros capítulos de As Aventuras de Poliana –, e análise do discurso, para dar conta das posições de sujeito em jogo, do campo de coexistências discursivas e da materialidade repetível. Através do emprego dessas escolhas metodológicas, percebe-se que esse currículo cultural dispõe de uma pedagogia de gênero que se articula a campos de verdade distintos, como a filosofia, a medicina, a publicidade, a religião, a estética, dispersa-se em outros artefatos curriculares de modo que os enunciados que mobiliza apresentam um movimento de reiteração e deslocamento, estabelece posições discursivas diferenciadas de sujeitos femininos e masculinos e inclui/exclui, delimita, classifica e normaliza identidades de gênero através da associação de elementos significantes, embora, por outro lado, nunca consiga fixá-las por completo, por conta da própria dinâmica performativa.
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NATALIA GABRIELA DA SILVA
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INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL DE CARÁTER NÃO FORMAL: AS HISTÓRIAS E MEMÓRIAS DO GERALDÃO NA DÉCADA DE 70
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Orientador : JOSE LUIS SIMOES
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MEMBROS DA BANCA :
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JOSE LUIS SIMOES
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EDILSON FERNANDES DE SOUZA
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MARCELO SOARES TAVARES DE MELO
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Data: 30/06/2022
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Esta dissertação analisa a trajetória do Ginásio de Esporte Geraldo Magalhães (Recife-PE), popularmente conhecido por “Geraldão”, na década de 1970 enquanto uma instituição educacional de caráter não formal. Nessa perspectiva se desdobraram os seguintes objetivo: narrar as memórias e histórias de colaboradores do Geraldão na década de 1970; identificar a função do Geraldão, em suas dimensões: social, cultural e esportivas, presente nas histórias e memórias desses colaboradores; e analisar a dimensão educativa latente nas funções formais do Ginásio e a sua contribuição para a área da educação não formal. Do ponto vista metodológico, caracteriza-se por ser uma pesquisa qualitativa, onde fizemos a opção pela História Oral temática e utilizamos entrevistas para obtenção dos dados. Diante das análises dos materiais e dados coletados foi possível obter evidências que confirmam que o Ginásio de Esporte Geraldo Magalhães foi e ainda é uma instituição educacional de caráter não formal. Identificamos que a maioria das ações desenvolvidas no Ginásio possibilitaram aos participantes momentos significativos de aprendizagens social e cultural, além dos aspectos esportivos. Ao mesmo tempo, verificou-se que, apesar de não conseguir atender a toda população recifense, suas contribuições também estão relacionadas no sentido de fortalecer vínculos afetivos e relacionais entre os trabalhadores e seus familiares. Por fim, acreditamos que as instituições de caráter não formal também possibilitam a transformação social de diversos sujeitos através de atividades relacionadas ao esporte, ao lazer e a cultura.
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Esta dissertação analisa a trajetória do Ginásio de Esporte Geraldo Magalhães (Recife-PE), popularmente conhecido por “Geraldão”, na década de 1970 enquanto uma instituição educacional de caráter não formal. Nessa perspectiva se desdobraram os seguintes objetivo: narrar as memórias e histórias de colaboradores do Geraldão na década de 1970; identificar a função do Geraldão, em suas dimensões: social, cultural e esportivas, presente nas histórias e memórias desses colaboradores; e analisar a dimensão educativa latente nas funções formais do Ginásio e a sua contribuição para a área da educação não formal. Do ponto vista metodológico, caracteriza-se por ser uma pesquisa qualitativa, onde fizemos a opção pela História Oral temática e utilizamos entrevistas para obtenção dos dados. Diante das análises dos materiais e dados coletados foi possível obter evidências que confirmam que o Ginásio de Esporte Geraldo Magalhães foi e ainda é uma instituição educacional de caráter não formal. Identificamos que a maioria das ações desenvolvidas no Ginásio possibilitaram aos participantes momentos significativos de aprendizagens social e cultural, além dos aspectos esportivos. Ao mesmo tempo, verificou-se que, apesar de não conseguir atender a toda população recifense, suas contribuições também estão relacionadas no sentido de fortalecer vínculos afetivos e relacionais entre os trabalhadores e seus familiares. Por fim, acreditamos que as instituições de caráter não formal também possibilitam a transformação social de diversos sujeitos através de atividades relacionadas ao esporte, ao lazer e a cultura.
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CARLA DE PAULA SILVA CAMPOS
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DA (AUTO)FORMAÇÃO HUMANA À SISTEMATIZAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS COM MULHERES NUMA PERIFERIA PANDÊMICA: SENTIDOS FORMATIVOS ATRAVESSADOS PELA EDUCAÇÃO EMOCIONAL
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Orientador : EUGÊNIA DE PAULA BENÍCIO CORDEIRO
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MEMBROS DA BANCA :
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JUAN CASASSUS GUTIERREZ
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AURINO LIMA FERREIRA
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EUGÊNIA DE PAULA BENÍCIO CORDEIRO
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SIDNEY CARLOS ROCHA DA SILVA
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Data: 07/07/2022
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Esta pesquisa é decorrente de um processo participativo com mulheres periféricas do Coque, Recife, Pernambuco, que se organiza em coletivo desde 2016. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, exploratória, que adota como metodologia de pesquisa a Sistematização de Experiencias. Tem por objetivo geral compreender sentidos (auto)formativos atravessados pela educação emocional em uma experiência participativa com mulheres numa periferia; e, mais especificamente, analisar processos autoformativos atravessados pela educação emocional a partir de uma experiência participativa com mulheres periféricas; e Sistematizar Experiências com mulheres periféricas em meio à pandemia do COVID-19. Como achados da pesquisa, apontamos: a pesquisa participativa requer do pesquisador abertura para sua autoformação humana considerando necessário comprometimento com todos os apelos intra e interrelacionais para a construção de vínculos; o processo participativo por ser fundamentalmente relacional, pode ser favorecido por aspectos da educação emocional, a fim de que os(as) envolvidos(as) possam compreender a dinâmica emocional em uma perspectiva multidimensional; a sistematização de experiência apresenta-se como um método fortemente estimulador da autonomia de um grupo humano; é um método especialmente favorável às buscas de processos emocionais relacionais das pessoas participantes, tornando-se uma iniciativa promissora para fomentar o crescimento identitário de organizações populares.
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Esta pesquisa é decorrente de um processo participativo com mulheres periféricas do Coque, Recife, Pernambuco, que se organiza em coletivo desde 2016. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, exploratória, que adota como metodologia de pesquisa a Sistematização de Experiencias. Tem por objetivo geral compreender sentidos (auto)formativos atravessados pela educação emocional em uma experiência participativa com mulheres numa periferia; e, mais especificamente, analisar processos autoformativos atravessados pela educação emocional a partir de uma experiência participativa com mulheres periféricas; e Sistematizar Experiências com mulheres periféricas em meio à pandemia do COVID-19. Como achados da pesquisa, apontamos: a pesquisa participativa requer do pesquisador abertura para sua autoformação humana considerando necessário comprometimento com todos os apelos intra e interrelacionais para a construção de vínculos; o processo participativo por ser fundamentalmente relacional, pode ser favorecido por aspectos da educação emocional, a fim de que os(as) envolvidos(as) possam compreender a dinâmica emocional em uma perspectiva multidimensional; a sistematização de experiência apresenta-se como um método fortemente estimulador da autonomia de um grupo humano; é um método especialmente favorável às buscas de processos emocionais relacionais das pessoas participantes, tornando-se uma iniciativa promissora para fomentar o crescimento identitário de organizações populares.
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ALERY FELINTO SANTANA
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CURRÍCULO DE LICENCIATURAS ACOMPANHADAS PELO SETOR DE ESTUDOS E ASSESSORIA PEDAGÓGICA: ARTICULAÇÕES DISCURSIVAS REFERENTES À INCORPORAÇÃO DA EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS
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Orientador : LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXANDRE SIMAO DE FREITAS
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CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
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LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
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Data: 25/07/2022
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Essa pesquisa inscreve-se no campo do currículo, nas políticas práticas curriculares, das licenciaturas pertencentes à universidade pública. O currículo desses cursos tem se apresentado, historicamente, como um campo complexo, em que diversos sentidos vêm sendo hegemonizados em meio a idas e vindas, tensões e articulações concernentes ao desenvolvimento das políticas práticas curriculares e à incorporação da Educação em Direitos Humanos (EDH) nas mesmas. A despeito disto, compreendemos que o movimento curricular não é pré-determinado, mas sim construído, contingencialmente, nos diversos ambientes que pensam e praticam Educação, conforme Lopes, Macedo (2011) e Almeida, Gonçalves, Magalhães (2019). Assim, a pesquisa é fomentada a partir do seguinte questionamento: quais os sentidos apresentados nas cadeias articulatórias presentes nas políticas práticas curriculares dos cursos de licenciatura em Dança, em Teatro e em Música, desenvolvidas pelos coordenadores, em conjunto com os Técnicos de Assuntos Educacionais (TAE), do Setor de Estudos e Assessoria Pedagógica (SEAP), do Centro de Artes e Comunicação (CAC), direcionados à incorporação da EDH? Apontamos que os cursos selecionados pertencem ao campo de desenvolvimento da pesquisa que é a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o CAC. Nessa perspectiva, destacamos a escolha da Teoria do Discurso (TD), de Laclau e Mouffe, como lente teórica do trabalho, além de ser guia de nosso movimento de construção teórico-metodológica (LACLAU; MOUFFE, 2015). Neste percurso, caracterizamos discursivamente o SEAP/CAC como campo de práticas pedagógicas, utilizamos questionários com a equipe e assim nos situamos diante dos perfis profissionais dos TAE, em entrelace com a constituição histórico política do setor. O mesmo mostrou-se implicado com assessorias pedagógicas que se articulam com correntes contra hegemônicas. Identificamos, pela análise dos documentos dos Projetos Pedagógicos de Curso PPC das licenciaturas, formações discursivas que se posicionam em consonância com as relações presentes na caracterização do SEAP. No tocante a incorporação da EDH, as formações identificadas mostram-se permeadas de sentidos múltiplos e pulverizadas, que apontam para a existência de um significante, tendencialmente, vazio relativo à temática nos currículos. Este significante encontra-se aberto a possibilidades diversas de preenchimento. Pela realização de questionários e das entrevistas semiestruturadas, compreendemos que as cadeias de articulação, que partem dos discursos das coordenadoras, revelam movimentos de equivalência que apontam para a presença da EDH nas políticas práticas curriculares dos cursos de formação docente, porém demonstram a ausência de garantias de permanência desta incorporação. Há a compreensão da relevância social e a observação da transversalidade de princípios como a valorização das diferenças e reflexões acerca da justiça social nos currículos analisados. Entretanto, as investidas de apagamentos advindas de proposições neoliberais e neoconservadoras na Educação são percebidas como possíveis desestabilizadores de maiores investimentos e continuidades nos processos de formação de professores interrelacionados com a EDH e seus princípios de ações democráticas. Estes processos de formação caminham em alerta e comprometem-se com a função social de uma educação imbricada com o humanismo, no sentido de valorização e responsabilização pelo Outro.
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Essa pesquisa inscreve-se no campo do currículo, nas políticas práticas curriculares, das licenciaturas pertencentes à universidade pública. O currículo desses cursos tem se apresentado, historicamente, como um campo complexo, em que diversos sentidos vêm sendo hegemonizados em meio a idas e vindas, tensões e articulações concernentes ao desenvolvimento das políticas práticas curriculares e à incorporação da Educação em Direitos Humanos (EDH) nas mesmas. A despeito disto, compreendemos que o movimento curricular não é pré-determinado, mas sim construído, contingencialmente, nos diversos ambientes que pensam e praticam Educação, conforme Lopes, Macedo (2011) e Almeida, Gonçalves, Magalhães (2019). Assim, a pesquisa é fomentada a partir do seguinte questionamento: quais os sentidos apresentados nas cadeias articulatórias presentes nas políticas práticas curriculares dos cursos de licenciatura em Dança, em Teatro e em Música, desenvolvidas pelos coordenadores, em conjunto com os Técnicos de Assuntos Educacionais (TAE), do Setor de Estudos e Assessoria Pedagógica (SEAP), do Centro de Artes e Comunicação (CAC), direcionados à incorporação da EDH? Apontamos que os cursos selecionados pertencem ao campo de desenvolvimento da pesquisa que é a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o CAC. Nessa perspectiva, destacamos a escolha da Teoria do Discurso (TD), de Laclau e Mouffe, como lente teórica do trabalho, além de ser guia de nosso movimento de construção teórico-metodológica (LACLAU; MOUFFE, 2015). Neste percurso, caracterizamos discursivamente o SEAP/CAC como campo de práticas pedagógicas, utilizamos questionários com a equipe e assim nos situamos diante dos perfis profissionais dos TAE, em entrelace com a constituição histórico política do setor. O mesmo mostrou-se implicado com assessorias pedagógicas que se articulam com correntes contra hegemônicas. Identificamos, pela análise dos documentos dos Projetos Pedagógicos de Curso PPC das licenciaturas, formações discursivas que se posicionam em consonância com as relações presentes na caracterização do SEAP. No tocante a incorporação da EDH, as formações identificadas mostram-se permeadas de sentidos múltiplos e pulverizadas, que apontam para a existência de um significante, tendencialmente, vazio relativo à temática nos currículos. Este significante encontra-se aberto a possibilidades diversas de preenchimento. Pela realização de questionários e das entrevistas semiestruturadas, compreendemos que as cadeias de articulação, que partem dos discursos das coordenadoras, revelam movimentos de equivalência que apontam para a presença da EDH nas políticas práticas curriculares dos cursos de formação docente, porém demonstram a ausência de garantias de permanência desta incorporação. Há a compreensão da relevância social e a observação da transversalidade de princípios como a valorização das diferenças e reflexões acerca da justiça social nos currículos analisados. Entretanto, as investidas de apagamentos advindas de proposições neoliberais e neoconservadoras na Educação são percebidas como possíveis desestabilizadores de maiores investimentos e continuidades nos processos de formação de professores interrelacionados com a EDH e seus princípios de ações democráticas. Estes processos de formação caminham em alerta e comprometem-se com a função social de uma educação imbricada com o humanismo, no sentido de valorização e responsabilização pelo Outro.
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Teses |
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GABRIELA LINS FALCAO
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AS CONTRIBUIÇÕES FORMATIVAS, PEDAGÓGICAS E PROFISSIONAIS DA PESQUISA PARA O PROFESSOR DE PORTUGUÊS NA EDUCAÇÃO BÁSICA
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Orientador : LIVIA SUASSUNA
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MEMBROS DA BANCA :
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HERICA KARINA CAVALCANTI DE LIMA
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LAEDA BEZERRA MACHADO
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LIVIA SUASSUNA
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ROSANGELA TENORIO DE CARVALHO
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SIANE GOIS CAVALCANTI RODRIGUES
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Data: 14/01/2022
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Os atuais dispositivos norteadores da formação inicial e continuada dos docentes no Brasil, bem como as pesquisas desenvolvidas no campo da formação de professores, em nosso país e ao redor do mundo, especialmente a partir da década de 1980, definem a atividade de pesquisa como parte fundamental à formação e à atuação de professores, nas diferentes etapas da educação (ANDRÉ, 2001; LÜDKE, 2001; SOARES, 2002; KLEIMAN, 2001; DINIZ-PEREIRA E ZEICHNER, 2011; PIMENTA, 2012; TARDIF E MOSCOSO, 2018). Tais produções apontam que não é apenas como processo cognitivo que a pesquisa pode contribuir para o desenvolvimento profissional, haja vista seu potencial para a construção e a aquisição de novos saberes por parte do pesquisador, mas também como prática social. Baseados nesse entendimento, discutimos, neste estudo, as contribuições formativas, pedagógicas e profissionais da pesquisa para o professor de português na educação básica, tendo em vista as transformações nas concepções teórico-metodológicas operadas no campo do ensino de língua portuguesa em decorrência dos avanços dos estudos linguísticos ocorridos nas últimas décadas (GERALDI, 1997 E 2018; DORNELLES, 2007; MAGALHÃES, T., GARCIA-REIS, A. e FERREIRA, H., 2017; BUNZEN e NASCIMENTO, 2019). À luz da concepção de pesquisa descrita no continuum defendido por Beillerot (2001), produzimos dados por meio da aplicação de questionário e da realização de entrevistas semiestruturadas com nove professores pesquisadores de português em atuação na educação básica. Os resultados desta investigação, de natureza qualitativa, ratificam a importância da pesquisa como princípio formativo e como prática profissional de professores, desde a educação básica. Ademais, as experiências investigativas de nossos sujeitos e a proximidade destes com os processos de produção e de socialização do conhecimento, ao longo de suas trajetórias formativas e profissionais, revelaram-se como caminhos para a apropriação e (re)construção de abordagens discursivas de linguagem, em consonância com os estudos linguísticos mais atuais, contribuindo para suas práticas, bem como para a reconfiguração da identidade e do trabalho docente. O desenvolvimento de pesquisa, pois, para além dos sentidos de apropriação de seu objeto científico, consolidou-se como “espaço de resistência, de crédito e de mérito” (SCHNETZLER, 1998, p. 08), com impactos, inclusive, na identidade docente, e no reconhecimento e valorização profissional.
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Os atuais dispositivos norteadores da formação inicial e continuada dos docentes no Brasil, bem como as pesquisas desenvolvidas no campo da formação de professores, em nosso país e ao redor do mundo, especialmente a partir da década de 1980, definem a atividade de pesquisa como parte fundamental à formação e à atuação de professores, nas diferentes etapas da educação (ANDRÉ, 2001; LÜDKE, 2001; SOARES, 2002; KLEIMAN, 2001; DINIZ-PEREIRA E ZEICHNER, 2011; PIMENTA, 2012; TARDIF E MOSCOSO, 2018). Tais produções apontam que não é apenas como processo cognitivo que a pesquisa pode contribuir para o desenvolvimento profissional, haja vista seu potencial para a construção e a aquisição de novos saberes por parte do pesquisador, mas também como prática social. Baseados nesse entendimento, discutimos, neste estudo, as contribuições formativas, pedagógicas e profissionais da pesquisa para o professor de português na educação básica, tendo em vista as transformações nas concepções teórico-metodológicas operadas no campo do ensino de língua portuguesa em decorrência dos avanços dos estudos linguísticos ocorridos nas últimas décadas (GERALDI, 1997 E 2018; DORNELLES, 2007; MAGALHÃES, T., GARCIA-REIS, A. e FERREIRA, H., 2017; BUNZEN e NASCIMENTO, 2019). À luz da concepção de pesquisa descrita no continuum defendido por Beillerot (2001), produzimos dados por meio da aplicação de questionário e da realização de entrevistas semiestruturadas com nove professores pesquisadores de português em atuação na educação básica. Os resultados desta investigação, de natureza qualitativa, ratificam a importância da pesquisa como princípio formativo e como prática profissional de professores, desde a educação básica. Ademais, as experiências investigativas de nossos sujeitos e a proximidade destes com os processos de produção e de socialização do conhecimento, ao longo de suas trajetórias formativas e profissionais, revelaram-se como caminhos para a apropriação e (re)construção de abordagens discursivas de linguagem, em consonância com os estudos linguísticos mais atuais, contribuindo para suas práticas, bem como para a reconfiguração da identidade e do trabalho docente. O desenvolvimento de pesquisa, pois, para além dos sentidos de apropriação de seu objeto científico, consolidou-se como “espaço de resistência, de crédito e de mérito” (SCHNETZLER, 1998, p. 08), com impactos, inclusive, na identidade docente, e no reconhecimento e valorização profissional.
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ALINE RENATA DOS SANTOS
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RECONTEXTUALIZAÇÕES DOS PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO ESCOLAR DO CAMPO, INDÍGENA E QUILOMBOLA NAS FOTOGRAFIAS DOS LIVROS DIDÁTICOS: DISPUTAS ENTRE VISUALIDADES COLONIAL E TRANSGRESSORA
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Orientador : JANSSEN FELIPE DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANNA RITA SARTORE
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DENISE XAVIER TORRES
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JANSSEN FELIPE DA SILVA
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MARIA DA CONCEICAO DOS REIS
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MARIA JOSELMA DO NASCIMENTO FRANCO
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ROSANGELA TENORIO DE CARVALHO
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Data: 07/02/2022
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Este relatório apresenta os resultados da pesquisa de doutorado que tratou das recontextualizações nas fotografias e nos contextos dos Livros Didáticos (LD) – Manuais dos Professores do PNLD 2019 e teve como Abordagem Teórica o diálogo entre os Estudos Pós-coloniais e o Feminismo Latino-americano Descolonial. Pressupomos que os princípios da Educação Escolar do Campo, Indígena e Quilombola nas fotografias e em seus contextos são reinterpretados por meio de recontextualizações híbridas (LOPES, 2005), na tensão entre colonialidade/descolonização, patriarcado/despatriarcalização e racismo/desracialização na manutenção da visualidade colonial e na inserção de visualidades transgressoras outras. Nessa arena de disputas, concebemos que as fotografias são constituídas por modos de significação que buscam apresentar uma dada realidade como real, podendo reforçar relações de poder desiguais como naturais. Nesse sentido, os LD, enquanto tradutores das políticas curriculares nacionais, principalmente, a BNCC, assumem uma função importante como um dos fios que contribuem para a manutenção do tecido colonial, via colonialidade. No intuito de responder ao problema da pesquisa construímos o seguinte objetivo geral: compreender como se dão as recontextualizações dos princípios da Educação escolar do Campo, Indígena e Quilombola nas fotografias e em seus contextos dos LD – Manuais dos Professores. Para responder a esse objetivo, delimitamos os seguintes objetivos específicos: a) identificar e caracterizar as políticas curriculares direcionadas à Educação Escolar dos povos do campo, indígena e quilombola; b) identificar e caracterizar os princípios da Educação Escolar do Campo, Indígena e Quilombola; c) identificar e caracterizar as coleções didáticas eleitas do PNLD 2019 e d) Identificar e caracterizar as fotografias e seus contextos que indicam recontextualizações dos princípios da Educação Escolar do Campo, Indígena e Quilombola. Na busca por responder a esses objetivos, adotamos como procedimentos teórico-metodológicos a pesquisa documental, a Análise de Conteúdo via Análise Temática (BARDIN, 2011; VALA, 1990) e elementos da semiótica Peirceana (2005). Os resultados apontaram as disputas políticas, epistêmicas e sociais entorno dos conteúdos-conhecimentos que serão parte dos LD. A recontextualização dos princípios da Educação Escolar do Campo, Indígena e Quilombola aproximam-se da interculturalidade funcional reforçando o sistema de dominação patriarcal-racista-capitalista-colonial-moderno por meio da política de identidade. Percebemos que as recontextualizações não ocorrem unicamente com esse fim, mas também acontece por meio de hibridismos tensionadas por movimentos que se aproximam da interculturalidade crítica imbricada à identidade em política, gestando pensamentos de fronteira. Nessa esteira, identificamos indícios de despatriarcalização, desracialização, descolonização tanto nas fotografias, gestando visualidades transgressoras, quanto nas orientações voltadas aos professores nos LD.
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Este relatório apresenta os resultados da pesquisa de doutorado que tratou das recontextualizações nas fotografias e nos contextos dos Livros Didáticos (LD) – Manuais dos Professores do PNLD 2019 e teve como Abordagem Teórica o diálogo entre os Estudos Pós-coloniais e o Feminismo Latino-americano Descolonial. Pressupomos que os princípios da Educação Escolar do Campo, Indígena e Quilombola nas fotografias e em seus contextos são reinterpretados por meio de recontextualizações híbridas (LOPES, 2005), na tensão entre colonialidade/descolonização, patriarcado/despatriarcalização e racismo/desracialização na manutenção da visualidade colonial e na inserção de visualidades transgressoras outras. Nessa arena de disputas, concebemos que as fotografias são constituídas por modos de significação que buscam apresentar uma dada realidade como real, podendo reforçar relações de poder desiguais como naturais. Nesse sentido, os LD, enquanto tradutores das políticas curriculares nacionais, principalmente, a BNCC, assumem uma função importante como um dos fios que contribuem para a manutenção do tecido colonial, via colonialidade. No intuito de responder ao problema da pesquisa construímos o seguinte objetivo geral: compreender como se dão as recontextualizações dos princípios da Educação escolar do Campo, Indígena e Quilombola nas fotografias e em seus contextos dos LD – Manuais dos Professores. Para responder a esse objetivo, delimitamos os seguintes objetivos específicos: a) identificar e caracterizar as políticas curriculares direcionadas à Educação Escolar dos povos do campo, indígena e quilombola; b) identificar e caracterizar os princípios da Educação Escolar do Campo, Indígena e Quilombola; c) identificar e caracterizar as coleções didáticas eleitas do PNLD 2019 e d) Identificar e caracterizar as fotografias e seus contextos que indicam recontextualizações dos princípios da Educação Escolar do Campo, Indígena e Quilombola. Na busca por responder a esses objetivos, adotamos como procedimentos teórico-metodológicos a pesquisa documental, a Análise de Conteúdo via Análise Temática (BARDIN, 2011; VALA, 1990) e elementos da semiótica Peirceana (2005). Os resultados apontaram as disputas políticas, epistêmicas e sociais entorno dos conteúdos-conhecimentos que serão parte dos LD. A recontextualização dos princípios da Educação Escolar do Campo, Indígena e Quilombola aproximam-se da interculturalidade funcional reforçando o sistema de dominação patriarcal-racista-capitalista-colonial-moderno por meio da política de identidade. Percebemos que as recontextualizações não ocorrem unicamente com esse fim, mas também acontece por meio de hibridismos tensionadas por movimentos que se aproximam da interculturalidade crítica imbricada à identidade em política, gestando pensamentos de fronteira. Nessa esteira, identificamos indícios de despatriarcalização, desracialização, descolonização tanto nas fotografias, gestando visualidades transgressoras, quanto nas orientações voltadas aos professores nos LD.
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JULIO CESAR DE OLIVEIRA SANTOS
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“A UNIVERSIDADE É PRA CABER QUEM?” Democratização, cidadanização e subjetivação nas trajetórias de estudantes LGBTI+ na Educação Superior.
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Orientador : RUI GOMES DE MATTOS DE MESQUITA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALICE RIBEIRO CASIMIRO LOPES
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ANNA LUIZA ARAUJO RAMOS MARTINS DE OLIVEIRA
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KARINA MIRIAN DA CRUZ VALENCA ALVES
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ROBERTO CORDOVILLE EFREM DE LIMA FILHO
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ROBSON DA COSTA DE SOUZA
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Data: 14/02/2022
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Esta tese de doutorado busca contribuir para a compreensão dos processos políticos recentes em torno da chamada “democratização” da Educação Superior e seus enlaçamentos com o conflituoso trajeto de “cidadanização” das “pessoas LGBTI+” ou de constituição dessa população enquanto “sujeitos de direitos” no Brasil. Centra-se em analisar como esses processos políticos e formas de subjetivação se perfazem através de narrativas de estudantes LGBTI+ que ingressaram na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) nos últimos anos. Para isso, busquei: a) destacar as articulações entre os processos de “cidadanização” da “população LGBTI+” e de “democratização” da Educação Superior no Brasil; b) entender como estudantes LGBTI+ colocam em movimento diferentes formas de produção da diferença e fluxos identitários nessas tramas políticas, nos cruzamentos entre distintos eixos de diferenciação social, como gênero, sexualidade, classe, racialização e territorialização; c) compreender como as reivindicações de modos de existência política na universidade, assumindo múltiplas formas corporais, imaginativas e estéticas, criam configurações plurais de agência que transformam o cotidiano curricular e as experiências mediadas por ele; d) analisar como essas existências também engendram e deslocam sentidos sobre a universidade, e assim disputam a materialização de seus espaços. Focalizo, portanto, em processos de produção de sujeitos, relações, repertórios e atuações políticas com e através da universidade.
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Esta tese de doutorado busca contribuir para a compreensão dos processos políticos recentes em torno da chamada “democratização” da Educação Superior e seus enlaçamentos com o conflituoso trajeto de “cidadanização” das “pessoas LGBTI+” ou de constituição dessa população enquanto “sujeitos de direitos” no Brasil. Centra-se em analisar como esses processos políticos e formas de subjetivação se perfazem através de narrativas de estudantes LGBTI+ que ingressaram na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) nos últimos anos. Para isso, busquei: a) destacar as articulações entre os processos de “cidadanização” da “população LGBTI+” e de “democratização” da Educação Superior no Brasil; b) entender como estudantes LGBTI+ colocam em movimento diferentes formas de produção da diferença e fluxos identitários nessas tramas políticas, nos cruzamentos entre distintos eixos de diferenciação social, como gênero, sexualidade, classe, racialização e territorialização; c) compreender como as reivindicações de modos de existência política na universidade, assumindo múltiplas formas corporais, imaginativas e estéticas, criam configurações plurais de agência que transformam o cotidiano curricular e as experiências mediadas por ele; d) analisar como essas existências também engendram e deslocam sentidos sobre a universidade, e assim disputam a materialização de seus espaços. Focalizo, portanto, em processos de produção de sujeitos, relações, repertórios e atuações políticas com e através da universidade.
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ANA CAROLINE DE ALMEIDA
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EVENTOS E PRÁTICAS DE ALFABETIZAÇÃO EM DUAS ESCOLAS: UMA PERSPECTIVA ETNOGRÁFICA
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Orientador : MARIA DO SOCORRO ALENCAR NUNES MACEDO
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MEMBROS DA BANCA :
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GABRIELA MEDEIROS NOGUEIRA
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ANA CLAUDIA RODRIGUES GONCALVES PESSOA
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MARIA DO SOCORRO ALENCAR NUNES MACEDO
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MARIA ELIETE SANTIAGO
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VANIA MARIA DE OLIVEIRA VIEIRA
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Data: 17/02/2022
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Neste texto, apresentamos a tese provisoriamente intitulada Eventos e práticas de alfabetrização: uma perspectiva etnográfica. Entendemos que o exame dos processos vivos e concretos que acontecem nas salas de aula, pode trazer respostas mais apuradas aos desafios que ainda hoje incomodam professores, gestores e pesquisadores em geral. Em busca desses processos reais, a presente pesquisa, cujo construto teórico-metodológico basilar busca uma convergência entre uma “certa compreensão ético-crítico-política da educação” elaborada por Paulo Freire (1976, 1978, 2011, 2014, 2015) e uma perspectiva antropológica da escrita, com base nos Novos Estudos do Letramento – NEL (BARTON e HAMILTON, 2000, 2004; GEE, 2004; HEATH, 2004; STREET 2003, 2004, 2010, 2014; BARTLETT, 2007; 2010) e a filosofia da linguagem, a partir de pressupostos da Teoria da Enunciação ( BAKHTIN 1992, 1997, 2010) teve como objetivo geral captar, descrever e analisar eventos de alfabetização e compreender as práticas subjacentes a eles, em duas turmas de alfabetização, a saber: uma da Rede Municipal de Recife – PE e outra da Rede Municipal de São João del Rei – MG, ambas turmas de segundo ano, cujas professoras participaram do curso de formação em alfabetização oferecido no âmbito do PNAIC. Partimos da hipótese de que novos eventos de alfabetização e letramento pudessem estar sendo construídos por professoras e alunos a partir da implementação das ações do programa, que se orientaram por 4 eixos: formação continuada para alfabetizadores; distribuição de materiais didáticos variados, entre eles, livros de literatura; avaliações sistemáticas; gestão, controle social e mobilização. Metodologimante, optamos ainda pela perspectiva etnográfica, como uma lógica de investigação em educação (GREEN, DIXON, ZAHARLICK, 2005) e pela abordagem do Estudo de Caso Comparado – ECC (BARTLETT e VAVRUS, 2017). Estas opções nos possibilitaram documentar em detalhes práticas e eventos de alfabetização em contextos distintos, com vistas a uma análise constrativa e comparativa. Nossos resultados indicam que diferentes eventos foram construídos nas duas escolas e que o texto figurou como um elemento importante nos dois contextos. Entretanto, a presença do texto nas duas salas de aula não representou uma outra concepção do que seja a linguagem e a alfabetização e de como deve ser o seu ensino.
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Neste texto, apresentamos a tese provisoriamente intitulada Eventos e práticas de alfabetrização: uma perspectiva etnográfica. Entendemos que o exame dos processos vivos e concretos que acontecem nas salas de aula, pode trazer respostas mais apuradas aos desafios que ainda hoje incomodam professores, gestores e pesquisadores em geral. Em busca desses processos reais, a presente pesquisa, cujo construto teórico-metodológico basilar busca uma convergência entre uma “certa compreensão ético-crítico-política da educação” elaborada por Paulo Freire (1976, 1978, 2011, 2014, 2015) e uma perspectiva antropológica da escrita, com base nos Novos Estudos do Letramento – NEL (BARTON e HAMILTON, 2000, 2004; GEE, 2004; HEATH, 2004; STREET 2003, 2004, 2010, 2014; BARTLETT, 2007; 2010) e a filosofia da linguagem, a partir de pressupostos da Teoria da Enunciação ( BAKHTIN 1992, 1997, 2010) teve como objetivo geral captar, descrever e analisar eventos de alfabetização e compreender as práticas subjacentes a eles, em duas turmas de alfabetização, a saber: uma da Rede Municipal de Recife – PE e outra da Rede Municipal de São João del Rei – MG, ambas turmas de segundo ano, cujas professoras participaram do curso de formação em alfabetização oferecido no âmbito do PNAIC. Partimos da hipótese de que novos eventos de alfabetização e letramento pudessem estar sendo construídos por professoras e alunos a partir da implementação das ações do programa, que se orientaram por 4 eixos: formação continuada para alfabetizadores; distribuição de materiais didáticos variados, entre eles, livros de literatura; avaliações sistemáticas; gestão, controle social e mobilização. Metodologimante, optamos ainda pela perspectiva etnográfica, como uma lógica de investigação em educação (GREEN, DIXON, ZAHARLICK, 2005) e pela abordagem do Estudo de Caso Comparado – ECC (BARTLETT e VAVRUS, 2017). Estas opções nos possibilitaram documentar em detalhes práticas e eventos de alfabetização em contextos distintos, com vistas a uma análise constrativa e comparativa. Nossos resultados indicam que diferentes eventos foram construídos nas duas escolas e que o texto figurou como um elemento importante nos dois contextos. Entretanto, a presença do texto nas duas salas de aula não representou uma outra concepção do que seja a linguagem e a alfabetização e de como deve ser o seu ensino.
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MARIA LUCIVANIA SOUZA DOS SANTOS
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O “PROGRAMA EDUCAÇÃO INTEGRADA” EM MUNICÍPIOS PERNAMBUCANOS: PRIVATISMO E DESCARACTERIZAÇÃO DO PÚBLICO NA EDUCAÇÃO
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Orientador : KATHARINE NINIVE PINTO SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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LÍGIA MARTHA COIMBRA DA COSTA COELHO
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REBECCA SENN TARLAU
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JANETE MARIA LINS DE AZEVEDO
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KATHARINE NINIVE PINTO SILVA
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THERESA MARIA DE FREITAS ADRIAO
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Data: 22/02/2022
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A Tese aborda, sob o viés dos complexos entrelaçamentos entre a educação (em tempo) integral e as ações de privatização da educação, o Programa Educação Integrada implementado em quinze Redes Municipais de Ensino pernambucanas, em parceria com o Governo do Estado de Pernambuco e com a iniciativa privada. Analisamos os papéis desempenhados pelas esferas pública (estadual e municipais) e privada (parceiros) na implementação e execução do Programa, apontando fragilidades e potencialidades das ações previstas para o alcance da elevação da qualidade da oferta da educação infantil e a melhoria dos indicadores educacionais no ensino fundamental – principais resultados esperados pelo Programa. Com a intenção de produzir uma análise e interpretação crítica e compreensiva, o desenho teórico-metodológico segue o caminho que articula hermenêutica e dialética, considerando o contexto das contraditórias relações entre Estado e Sociedade no capitalismo, na perspectiva do método materialista histórico-dialético (BOSCHETTI, 2009), com trajetória analítico-interpretativa de dados ancorada no Método de Interpretação dos Sentidos (MINAYO, 2009). Os procedimentos e instrumentos metodológicos utilizados para a coleta de dados foram a análise documental, entrevistas semiestruturadas com coordenadoras do Programa, questionários com professores(as) que lecionam em escolas atendidas pelo Programa e com coordenadoras municipais. A análise e interpretação dos resultados demonstram que, de fato, há um enfraquecimento da educação pública com as estratégias utilizadas no âmbito do Programa Educação Integrada, a privatização da gestão e do currículo.
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A Tese aborda, sob o viés dos complexos entrelaçamentos entre a educação (em tempo) integral e as ações de privatização da educação, o Programa Educação Integrada implementado em quinze Redes Municipais de Ensino pernambucanas, em parceria com o Governo do Estado de Pernambuco e com a iniciativa privada. Analisamos os papéis desempenhados pelas esferas pública (estadual e municipais) e privada (parceiros) na implementação e execução do Programa, apontando fragilidades e potencialidades das ações previstas para o alcance da elevação da qualidade da oferta da educação infantil e a melhoria dos indicadores educacionais no ensino fundamental – principais resultados esperados pelo Programa. Com a intenção de produzir uma análise e interpretação crítica e compreensiva, o desenho teórico-metodológico segue o caminho que articula hermenêutica e dialética, considerando o contexto das contraditórias relações entre Estado e Sociedade no capitalismo, na perspectiva do método materialista histórico-dialético (BOSCHETTI, 2009), com trajetória analítico-interpretativa de dados ancorada no Método de Interpretação dos Sentidos (MINAYO, 2009). Os procedimentos e instrumentos metodológicos utilizados para a coleta de dados foram a análise documental, entrevistas semiestruturadas com coordenadoras do Programa, questionários com professores(as) que lecionam em escolas atendidas pelo Programa e com coordenadoras municipais. A análise e interpretação dos resultados demonstram que, de fato, há um enfraquecimento da educação pública com as estratégias utilizadas no âmbito do Programa Educação Integrada, a privatização da gestão e do currículo.
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LUIZ EDUARDO ALVES BEZERRA DO NASCIMENTO
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O CONCEITO DE NICO ECOLÓGICO NOS LIVROS DE ENSINO SUPERIOR: UMA ANÁLISE ECOLÓGICA E PRAXEOLÓGICA.
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Orientador : LUCIANA ROSA MARQUES
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MEMBROS DA BANCA :
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ANNA PAULA DE AVELAR BRITO LIMA
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ERNANI MARTINS DOS SANTOS
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FRANCIMAR MARTINS TEIXEIRA MACEDO
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KENIO ERITHON CAVALCANTE LIMA
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SUZANE BEZERRA DE FRANCA
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Data: 25/02/2022
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O objetivo deste trabalho foi compreender onde e como vive o conceito de nicho ecológico em livros didáticos de ecologia do ensino superior. Para isso, selecionamos cinco livros de ecologia sugeridos para o curso de graduação de licenciatura em ciências biológicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A metodologia de natureza qualitativa foi pautada na pesquisa documental. A construção empírica se dividiu em duas etapas: Na primeira fizemos uma análise sobre a abordagem dada ao curso de ecologia no curso de licenciatura em ciências biológicas, comparando-a com a abordagem nos cursos de bacharelado em ciências biológicas e de ciências biológicas com ênfase em ciências ambientais. Em seguida nos debruçamos na análise dos livros didáticos a fim de estabelecermos uma análise ecológica e praxeológica para o conceito de nicho ecológico nos livros de ecologia do ensino superior, bem como identificar os objetos ostensivos e não ostensivos mobilizados no tratamento de tal conceito. Finalizamos nossa análise com a identificação das organizações didáticas apresentadas pelos manuais. Nossas análises evidenciaram que a ecologia tratada no curso de formação de professores não apresenta o mesmo aprofundamento, quando comparada à ecologia estudada na formação de bacharéis em biologia e ecologia, seja por causa da baixa carga horária, seja pelo fato da disciplina ser estudada nos anos finais da formação universitária, impossibilitando o diálogo com outros domínios das ciências biológicas. A análise ecológica nos livros didáticos mostrou que o conceito de nicho ecológico pode ser encontrado tanto nos capítulos introdutórios de ecologia, quanto nos capítulos que tratam da ecologia de comunidades. Observou-se, igualmente, cinco diferentes funções para o conceito de nicho: conceitual, estrutural, histórica, interpretativa e explicativa. A análise praxeológica, por sua vez, nos permitiu a identificação de dez diferentes tipos de tarefas, dentre os quais destacamos: 1) diferenciar os conceitos de hábitat e nicho, 2) conceituar o princípio da exclusão competitiva de Gause, 3) analisar situações envolvendo a sobreposição de nichos ecológicos, 4) diferenciar os conceitos de nicho percebido e nicho fundamental e 5) estabelecer relações entre o conceito de nicho com outros conceitos. Uma análise mais detalhada para a identificação dos objetos ostensivos e não ostensivos, demonstrou que seis são os principais objetos não ostensivos mobilizados no estudo do nicho ecológico, destacando-se os conceitos de: nicho fundamental, nicho realizado, amplitude de nicho, sobreposição de nicho, diversidade de nicho e multidimensionalidade do nicho, representados especialmente através dos objetos ostensivos do tipo escritural e gráfico. Por fim o mapeamento das obras demonstrou três diferentes organizações didáticas: tecnicista, teoricista e modernista. Concluímos, portanto, que o conceito de nicho ecológico apresenta um papel central para a formação ecológica dos professores de ciências e biologia, de modo que a compreensão de tal conceito possibilita que estes elaborem situações didáticas que conduzam à uma reflexão científica crítica a partir das problemáticas ambientais a nível local, nacional e internacional.
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O objetivo deste trabalho foi compreender onde e como vive o conceito de nicho ecológico em livros didáticos de ecologia do ensino superior. Para isso, selecionamos cinco livros de ecologia sugeridos para o curso de graduação de licenciatura em ciências biológicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A metodologia de natureza qualitativa foi pautada na pesquisa documental. A construção empírica se dividiu em duas etapas: Na primeira fizemos uma análise sobre a abordagem dada ao curso de ecologia no curso de licenciatura em ciências biológicas, comparando-a com a abordagem nos cursos de bacharelado em ciências biológicas e de ciências biológicas com ênfase em ciências ambientais. Em seguida nos debruçamos na análise dos livros didáticos a fim de estabelecermos uma análise ecológica e praxeológica para o conceito de nicho ecológico nos livros de ecologia do ensino superior, bem como identificar os objetos ostensivos e não ostensivos mobilizados no tratamento de tal conceito. Finalizamos nossa análise com a identificação das organizações didáticas apresentadas pelos manuais. Nossas análises evidenciaram que a ecologia tratada no curso de formação de professores não apresenta o mesmo aprofundamento, quando comparada à ecologia estudada na formação de bacharéis em biologia e ecologia, seja por causa da baixa carga horária, seja pelo fato da disciplina ser estudada nos anos finais da formação universitária, impossibilitando o diálogo com outros domínios das ciências biológicas. A análise ecológica nos livros didáticos mostrou que o conceito de nicho ecológico pode ser encontrado tanto nos capítulos introdutórios de ecologia, quanto nos capítulos que tratam da ecologia de comunidades. Observou-se, igualmente, cinco diferentes funções para o conceito de nicho: conceitual, estrutural, histórica, interpretativa e explicativa. A análise praxeológica, por sua vez, nos permitiu a identificação de dez diferentes tipos de tarefas, dentre os quais destacamos: 1) diferenciar os conceitos de hábitat e nicho, 2) conceituar o princípio da exclusão competitiva de Gause, 3) analisar situações envolvendo a sobreposição de nichos ecológicos, 4) diferenciar os conceitos de nicho percebido e nicho fundamental e 5) estabelecer relações entre o conceito de nicho com outros conceitos. Uma análise mais detalhada para a identificação dos objetos ostensivos e não ostensivos, demonstrou que seis são os principais objetos não ostensivos mobilizados no estudo do nicho ecológico, destacando-se os conceitos de: nicho fundamental, nicho realizado, amplitude de nicho, sobreposição de nicho, diversidade de nicho e multidimensionalidade do nicho, representados especialmente através dos objetos ostensivos do tipo escritural e gráfico. Por fim o mapeamento das obras demonstrou três diferentes organizações didáticas: tecnicista, teoricista e modernista. Concluímos, portanto, que o conceito de nicho ecológico apresenta um papel central para a formação ecológica dos professores de ciências e biologia, de modo que a compreensão de tal conceito possibilita que estes elaborem situações didáticas que conduzam à uma reflexão científica crítica a partir das problemáticas ambientais a nível local, nacional e internacional.
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EDILSON LAURENTINO DOS SANTOS
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CIBERCULTURA E EDUCAÇÃO FÍSICA NAS IFES DA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL: COMO SE ENCONTRA ESSA RELAÇÃO?
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Orientador : VILDE GOMES DE MENEZES
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MEMBROS DA BANCA :
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MÁRIO RUI COELHO TEIXEIRA
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AURENEA MARIA DE OLIVEIRA
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HAROLDO MORAES DE FIGUEIREDO
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MARCOS ANDRÉ NUNES DA COSTA
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VILDE GOMES DE MENEZES
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Data: 11/03/2022
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As transformações advindas da Terceira Revolução Tecnológica que apresentaram inovações tecnocientíficas em larga escala, causaram grandes mudanças nos contextos culturais, sociais e educacionais contemporâneas. A Educação Física, enquanto uma área do conhecimento, já sofre as interferências da presença das Tecnologias da Informação e Comunicação em suas propostas pedagógicas e didáticas, alterando as dimensões de espaço e tempo do fazer-pedagógicos. A pesquisa teve o objetivo de descrever a eventual e/ou processual presença de cibercultura nos cursos de Educação Física da IFES na Região Nordeste do Brasil. Nossa fundamentação teórica está lastreada na Filosofia da Informação do filósofo Pierre Lévy, que se notabilizou pela análise dos impacto da Internet na sociedade, através do conceito de cibercultura, gerando as chamadas humanidades digitais e o virtual. Também contribuiu com nossa pesquisa os estudos do sociólogo Manoel Castells com a base reflexiva da Sociedade em Rede, e André Lemos com a base reflexiva da Comunicação e Cibercultura. Adotamos o viés metodológico da pesquisa bibliográfica e Descritiva, no intuito de proporcionar maior familiaridade com o problema e o aprofundamento analítico do fenômeno, associada à técnica de Análise de Conteúdo da Bardin onde definimos categorias centrais de análise para constituir os fundamentos do estudo, e os dados foram tratados pelo software IRAMUTEQ (Versão 0.7 Alpha 2 e R Versão 3.2.3). O resultado de nossa pesquisa evidenciou que há uma ausência das ferramentas tecnológicas da informação e comunicação na formação geral dos acadêmicos dos cursos de graduação em Educação Física nas IFES pesquisadas. A partir dos relatos coletados nas entrevistas realizada com professores, foram evidenciadas a ausência de disciplinas e conteúdos acercas da cibercultura e das tecnologias na proposta curricular ofertada, carência infraestrutural para trabalhar com as tecnologias digitais em Ambientes Virtuais Educacionais, e quase nenhuma atividade realizada no ensino, pesquisa, extensão e inovação com as temáticas sobre cibercultura, o que foi evidenciado durante a pandemia da COVID-19, onde as IFES foram orientadas a realizar aulas remotas, e o percentual assistido por estas atividades foi baixíssimo, evidenciando ambiente de “exclusão digital”.
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As transformações advindas da Terceira Revolução Tecnológica que apresentaram inovações tecnocientíficas em larga escala, causaram grandes mudanças nos contextos culturais, sociais e educacionais contemporâneas. A Educação Física, enquanto uma área do conhecimento, já sofre as interferências da presença das Tecnologias da Informação e Comunicação em suas propostas pedagógicas e didáticas, alterando as dimensões de espaço e tempo do fazer-pedagógicos. A pesquisa teve o objetivo de descrever a eventual e/ou processual presença de cibercultura nos cursos de Educação Física da IFES na Região Nordeste do Brasil. Nossa fundamentação teórica está lastreada na Filosofia da Informação do filósofo Pierre Lévy, que se notabilizou pela análise dos impacto da Internet na sociedade, através do conceito de cibercultura, gerando as chamadas humanidades digitais e o virtual. Também contribuiu com nossa pesquisa os estudos do sociólogo Manoel Castells com a base reflexiva da Sociedade em Rede, e André Lemos com a base reflexiva da Comunicação e Cibercultura. Adotamos o viés metodológico da pesquisa bibliográfica e Descritiva, no intuito de proporcionar maior familiaridade com o problema e o aprofundamento analítico do fenômeno, associada à técnica de Análise de Conteúdo da Bardin onde definimos categorias centrais de análise para constituir os fundamentos do estudo, e os dados foram tratados pelo software IRAMUTEQ (Versão 0.7 Alpha 2 e R Versão 3.2.3). O resultado de nossa pesquisa evidenciou que há uma ausência das ferramentas tecnológicas da informação e comunicação na formação geral dos acadêmicos dos cursos de graduação em Educação Física nas IFES pesquisadas. A partir dos relatos coletados nas entrevistas realizada com professores, foram evidenciadas a ausência de disciplinas e conteúdos acercas da cibercultura e das tecnologias na proposta curricular ofertada, carência infraestrutural para trabalhar com as tecnologias digitais em Ambientes Virtuais Educacionais, e quase nenhuma atividade realizada no ensino, pesquisa, extensão e inovação com as temáticas sobre cibercultura, o que foi evidenciado durante a pandemia da COVID-19, onde as IFES foram orientadas a realizar aulas remotas, e o percentual assistido por estas atividades foi baixíssimo, evidenciando ambiente de “exclusão digital”.
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FABIO MARQUES BEZERRA
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A CONSTRUÇÃO DA IMAGEM DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA PELO EXÉRCITO BRASILEIRO: DO ETHOS MILITAR AO AGIR PEDAGÓGICO NA REVISTA DE EDUCAÇÃO FÍSICA (1932-1959)
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Orientador : AURENEA MARIA DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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AURENEA MARIA DE OLIVEIRA
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EDILSON FERNANDES DE SOUZA
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JOSE LUIS SIMOES
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TONY HONORATO
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WALLACY MILTON DO NASCIMENTO FEITOSA
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Data: 25/03/2022
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Muito se escreveu sobre os processos e as práticas da Educação Física no Brasil do século XX enquanto fenômenos históricos, percebendo-a sob o ponto de vista situacional e balizada no saber higienista e na ação militarista. Contudo, são encontradas poucas produções voltadas a analisar a construção imaginária do professor de Educação Física seguindo o horizonte discursivo e o potencial (in)formativo de um material de grande relevância histórica, como foi a Revista de Educação Física. Diante da perspectiva de reconstruir uma interpretação da realidade a partir dos modos de ser, de pensar e de fazer dos discursos estratégicos proferidos pelas “vozes” representativas do Exército, visualizando a produção de (novos) sentidos e significados a partir das transformações resultantes de saberes, racionalidades e sensibilidades formativas e pedagógicas, o objetivo desta tese foi analisar a(s) forma(s) que os discursos apresentados pelo projeto educacional militar e encontrados na Revista de Educação Física entre os anos de 1932 e 1959 contribuíram para a construção de uma determinada imagem do professor de Educação Física escolar. Para isso, lançou-se mão da pesquisa documental sob o método historiográfico, partindo para a construção de uma narrativa revisionista baseada nos conceitos de “operação historiográfica” e de “história como ficção” (CERTEAU, 1982) e na perspectiva da Análise do Discurso (MAINGUENEAU, 2011; ORLANDI, 2003), tendo nas iniciativas, estratégias e práticas de representação relacionadas aos processos de identificação e (re)significação da imagem docente o ponto principal de análise. Percebeu-se que, à medida que o Exército, no seu projeto de modernização e de agência “educadora da Pátria”, buscava se afirmar como instituição “autorizada” a construir sentidos e significados para a Educação Física, estabelecia um perfil docente a partir do ethos militar e das intencionalidades do seu agir pedagógico na escola. Todavia, esse vir-a-ser professor seria resultante de representações discursivas apoiadas na situação histórico-social, na ideologia e em modos estratégicos que se mostravam persuasivos e autoritários, determinando, desse jeito, a presença de dispositivos de poder para a constituição de um modelo a ser perpetuado em outras instâncias formadoras
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Muito se escreveu sobre os processos e as práticas da Educação Física no Brasil do século XX enquanto fenômenos históricos, percebendo-a sob o ponto de vista situacional e balizada no saber higienista e na ação militarista. Contudo, são encontradas poucas produções voltadas a analisar a construção imaginária do professor de Educação Física seguindo o horizonte discursivo e o potencial (in)formativo de um material de grande relevância histórica, como foi a Revista de Educação Física. Diante da perspectiva de reconstruir uma interpretação da realidade a partir dos modos de ser, de pensar e de fazer dos discursos estratégicos proferidos pelas “vozes” representativas do Exército, visualizando a produção de (novos) sentidos e significados a partir das transformações resultantes de saberes, racionalidades e sensibilidades formativas e pedagógicas, o objetivo desta tese foi analisar a(s) forma(s) que os discursos apresentados pelo projeto educacional militar e encontrados na Revista de Educação Física entre os anos de 1932 e 1959 contribuíram para a construção de uma determinada imagem do professor de Educação Física escolar. Para isso, lançou-se mão da pesquisa documental sob o método historiográfico, partindo para a construção de uma narrativa revisionista baseada nos conceitos de “operação historiográfica” e de “história como ficção” (CERTEAU, 1982) e na perspectiva da Análise do Discurso (MAINGUENEAU, 2011; ORLANDI, 2003), tendo nas iniciativas, estratégias e práticas de representação relacionadas aos processos de identificação e (re)significação da imagem docente o ponto principal de análise. Percebeu-se que, à medida que o Exército, no seu projeto de modernização e de agência “educadora da Pátria”, buscava se afirmar como instituição “autorizada” a construir sentidos e significados para a Educação Física, estabelecia um perfil docente a partir do ethos militar e das intencionalidades do seu agir pedagógico na escola. Todavia, esse vir-a-ser professor seria resultante de representações discursivas apoiadas na situação histórico-social, na ideologia e em modos estratégicos que se mostravam persuasivos e autoritários, determinando, desse jeito, a presença de dispositivos de poder para a constituição de um modelo a ser perpetuado em outras instâncias formadoras
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EDIMA VERONICA DE MORAIS OLIVEIRA
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DISPUTA DE HEGEMONIA NA POLÍTICA DE ENSINO MÉDIO EM PERNAMBUCO: DO CONTROLE DO TRABALHO DOCENTE, AOS MOVIMENTOS DE CONTESTAÇÃO E RESISTÊNCIA DOS PROFESSORES DA REDE ESTADUAL.
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Orientador : JAMERSON ANTONIO DE ALMEIDA DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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RONALDO MARCOS DE LIMA ARAÚJO
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JAMERSON ANTONIO DE ALMEIDA DA SILVA
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JOSE NILDO ALVES CAU
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LUCIANA APARECIDA ALIAGA AZARA DE OLIVEIRA
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RAMON DE OLIVEIRA
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Data: 31/03/2022
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Esta tese de doutorado aborda a disputa de hegemonia nas políticas educacionais para o ensino médio no estado de Pernambuco. O estudo analisa em que medida professores e estudantes das escolas de ensino médio e seus organismos representativos contestam a direção intelectual e moral adotada pelo governo estadual, baseada em modelos advindos dos ambientes empresariais. Nesse sentido, os objetivos específicos são: a) Analisar se as ações desenvolvidas por professores e estudantes, através de seus organismos de classe, se constituem como um movimento orgânico; b) identificar os pontos de tensão existentes entre professores, gestores e estudantes em relação à política estadual para o ensino médio; c) Investigar o nível de participação dos professores e estudantes em seus organismos de classe; d) Analisar a interação entre direção e base, identificando os processos de formação política no interior das organizações de classe de professores e estudantes. Os pressupostos teóricos estão alinhados com os estudos de Gramsci sobre Hegemonia, Estado ampliado, Educação Integral, Revolução Passiva e Intelectual orgânico. Este trabalho também se fundamenta nas contribuições de autoras e autores como: Gramsci (1976;1982;1999; 1984; 1986; 2004;2011); Marx (1988; 2010); Abílio (2014); Freitas (2018); Dejours (2003); Krupskaya (2017) para compreendermos como a adoção da gestão gerencial, imprime nas escolas a lógica das organizações empresariais, com forte ênfase nos resultados através de avaliações de larga escala e como isso ao longo dos anos vem afetando o trabalho dos docentes e as relações dentro dos espaços escolares promovendo a intensificação, precarização, responsabilização e controle do trabalho docente. Para além, essas autoras e autores, dentre outros, nos ajudam a entender os processos de construção de resistência dos professores, estudantes e gestores das Escolas de Referência em Ensino Médio. Como procedimento de coleta de dados realizamos entrevistas 33 sujeitos, sendo duas estudantes que participaram do movimento de ocupações das escolas em 2015; um representante da entidade representativa dos estudantes secundarista (UESPE e UESC); vinte e sete professoras e professores; três dirigentes sindicais, sendo duas do SINTEPE (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco) e um da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação); a pesquisa dos documentos oficiais produzidos pela Secretaria do Estado de Pernambuco; do documento “Seminário Escolas de Referência: Qual escola queremos?” (2015) produzido pelo SINTEPE e a Lei nº 15. 973/2016 que institui o Adicional de Eficiência Gerencial. Com a produção dos dados e a análise foi possível observarmos que os docentes apresentam grande dificuldade de organização coletiva e não conseguem construir um movimento de resistência consistente capaz de fazer frente ao imposto pela política para o ensino médio em Pernambuco. Ora isto acontece devido a diversos fatores e estratégias desenvolvidas pelo Estado com o objetivo de enfraquecer e controlar as sublevações dos trabalhadores da educação.
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Esta tese de doutorado aborda a disputa de hegemonia nas políticas educacionais para o ensino médio no estado de Pernambuco. O estudo analisa em que medida professores e estudantes das escolas de ensino médio e seus organismos representativos contestam a direção intelectual e moral adotada pelo governo estadual, baseada em modelos advindos dos ambientes empresariais. Nesse sentido, os objetivos específicos são: a) Analisar se as ações desenvolvidas por professores e estudantes, através de seus organismos de classe, se constituem como um movimento orgânico; b) identificar os pontos de tensão existentes entre professores, gestores e estudantes em relação à política estadual para o ensino médio; c) Investigar o nível de participação dos professores e estudantes em seus organismos de classe; d) Analisar a interação entre direção e base, identificando os processos de formação política no interior das organizações de classe de professores e estudantes. Os pressupostos teóricos estão alinhados com os estudos de Gramsci sobre Hegemonia, Estado ampliado, Educação Integral, Revolução Passiva e Intelectual orgânico. Este trabalho também se fundamenta nas contribuições de autoras e autores como: Gramsci (1976;1982;1999; 1984; 1986; 2004;2011); Marx (1988; 2010); Abílio (2014); Freitas (2018); Dejours (2003); Krupskaya (2017) para compreendermos como a adoção da gestão gerencial, imprime nas escolas a lógica das organizações empresariais, com forte ênfase nos resultados através de avaliações de larga escala e como isso ao longo dos anos vem afetando o trabalho dos docentes e as relações dentro dos espaços escolares promovendo a intensificação, precarização, responsabilização e controle do trabalho docente. Para além, essas autoras e autores, dentre outros, nos ajudam a entender os processos de construção de resistência dos professores, estudantes e gestores das Escolas de Referência em Ensino Médio. Como procedimento de coleta de dados realizamos entrevistas 33 sujeitos, sendo duas estudantes que participaram do movimento de ocupações das escolas em 2015; um representante da entidade representativa dos estudantes secundarista (UESPE e UESC); vinte e sete professoras e professores; três dirigentes sindicais, sendo duas do SINTEPE (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco) e um da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação); a pesquisa dos documentos oficiais produzidos pela Secretaria do Estado de Pernambuco; do documento “Seminário Escolas de Referência: Qual escola queremos?” (2015) produzido pelo SINTEPE e a Lei nº 15. 973/2016 que institui o Adicional de Eficiência Gerencial. Com a produção dos dados e a análise foi possível observarmos que os docentes apresentam grande dificuldade de organização coletiva e não conseguem construir um movimento de resistência consistente capaz de fazer frente ao imposto pela política para o ensino médio em Pernambuco. Ora isto acontece devido a diversos fatores e estratégias desenvolvidas pelo Estado com o objetivo de enfraquecer e controlar as sublevações dos trabalhadores da educação.
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FERNANDA MICHELLE PEREIRA GIRÃO
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LEITURA E ESCRITA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: SENTIDOS PRODUZIDOS POR CRIANÇAS E PROFESSORAS EM PROCESSOS DE APRENDIZAGEM COMPARTILHADA
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Orientador : ANA CAROLINA PERRUSI ALVES BRANDAO
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MEMBROS DA BANCA :
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SARA MOURÃO MONTEIRO
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ALEXSANDRO DA SILVA
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ANA CAROLINA PERRUSI ALVES BRANDAO
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MONICA CORREIA BAPTISTA
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VANESSA FERRAZ ALMEIDA NEVES
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Data: 11/04/2022
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A presente pesquisa investigou as práticas de leitura e escrita na educação infantil, a partir dos sentidos produzidos por crianças (de três a cinco anos) e suas professoras, bem como das interações entre esses sujeitos na construção compartilhada de conhecimentos sobre a linguagem escrita. Considerando a complexidade dos aspectos que constituem os campos teóricos da Linguagem Escrita e da Educação da Primeira Infância, buscamos contribuir para o debate sobre o tema numa abordagem interpretativa dos processos de interação da criança pequena com a escrita e com o outro no contexto da instituição educativa. Em um processo investigativo que se construiu em interlocução com docentes e crianças, realizamos entrevistas com duas professoras que atuavam em uma instituição de educação infantil da rede municipal de ensino do Recife, observação participante e rodas de conversa com essas educadoras e seu grupo de crianças. O processo de produção e análise dos dados ancorou-se nos autores dos estudos da criança (CORSARO, 2005, 2009; SARMENTO, 2003, 2004, 2015) e nos estudos do campo da linguagem escrita (BRANDÃO; LEAL, 2010; BRANDÃO; ROSA, 2021; MORAIS 2012; SOARES 2011a, 2011b, 2019, 2020). Constatamos que as duas professoras buscaram planejar e encaminhar situações envolvendo a aprendizagem da linguagem escrita nos eixos da apropriação do Sistema de Escrita Alfabética e do letramento em um trabalho amalgamado por diferentes concepções de linguagem, de aprendizagem, de criança e de educação infantil. Também observamos que as docentes mobilizaram estratégias de mediação que ajudaram as crianças tanto na apropriação da cultura escrita quanto na reflexão sobre a notação escrita. Porém, os arranjos interativos e a organização do tempo nas práticas de leitura e escrita se revelaram como duas categorias pouco sintonizadas com as especificidades da educação infantil, sobretudo no grupo 5, possivelmente, em virtude da aproximação com o ensino fundamental. As crianças dos dois grupos vivenciaram experiências de exploração da linguagem escrita, mesmo sem o direcionamento ou a autorização dos adultos, indicando a necessidade de maior conexão entre prática docente e culturas da infância. Por fim, os dados indicam que os sentidos produzidos pelos sujeitos sobre as práticas de leitura e escrita são tecidos em uma complexa rede de ações e discursos que desenham o cotidiano e somente podem ser compreendidos de maneira relacional, a partir das subjetividades que se constroem e se revelam no contexto específico de cada grupo. Concluímos ainda que as trajetórias e experiências profissionais das professoras, as experiências pessoais das crianças e as expectativas de suas famílias são alguns aspectos que atravessam esses sentidos, afetando os sujeitos e sendo por eles afetados.
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A presente pesquisa investigou as práticas de leitura e escrita na educação infantil, a partir dos sentidos produzidos por crianças (de três a cinco anos) e suas professoras, bem como das interações entre esses sujeitos na construção compartilhada de conhecimentos sobre a linguagem escrita. Considerando a complexidade dos aspectos que constituem os campos teóricos da Linguagem Escrita e da Educação da Primeira Infância, buscamos contribuir para o debate sobre o tema numa abordagem interpretativa dos processos de interação da criança pequena com a escrita e com o outro no contexto da instituição educativa. Em um processo investigativo que se construiu em interlocução com docentes e crianças, realizamos entrevistas com duas professoras que atuavam em uma instituição de educação infantil da rede municipal de ensino do Recife, observação participante e rodas de conversa com essas educadoras e seu grupo de crianças. O processo de produção e análise dos dados ancorou-se nos autores dos estudos da criança (CORSARO, 2005, 2009; SARMENTO, 2003, 2004, 2015) e nos estudos do campo da linguagem escrita (BRANDÃO; LEAL, 2010; BRANDÃO; ROSA, 2021; MORAIS 2012; SOARES 2011a, 2011b, 2019, 2020). Constatamos que as duas professoras buscaram planejar e encaminhar situações envolvendo a aprendizagem da linguagem escrita nos eixos da apropriação do Sistema de Escrita Alfabética e do letramento em um trabalho amalgamado por diferentes concepções de linguagem, de aprendizagem, de criança e de educação infantil. Também observamos que as docentes mobilizaram estratégias de mediação que ajudaram as crianças tanto na apropriação da cultura escrita quanto na reflexão sobre a notação escrita. Porém, os arranjos interativos e a organização do tempo nas práticas de leitura e escrita se revelaram como duas categorias pouco sintonizadas com as especificidades da educação infantil, sobretudo no grupo 5, possivelmente, em virtude da aproximação com o ensino fundamental. As crianças dos dois grupos vivenciaram experiências de exploração da linguagem escrita, mesmo sem o direcionamento ou a autorização dos adultos, indicando a necessidade de maior conexão entre prática docente e culturas da infância. Por fim, os dados indicam que os sentidos produzidos pelos sujeitos sobre as práticas de leitura e escrita são tecidos em uma complexa rede de ações e discursos que desenham o cotidiano e somente podem ser compreendidos de maneira relacional, a partir das subjetividades que se constroem e se revelam no contexto específico de cada grupo. Concluímos ainda que as trajetórias e experiências profissionais das professoras, as experiências pessoais das crianças e as expectativas de suas famílias são alguns aspectos que atravessam esses sentidos, afetando os sujeitos e sendo por eles afetados.
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VALERIA SUELY SIMOES BARZA
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O ENSINO E A APRENDIZAGEM DA ESCRITA ALFABÉTICA NA REDE MUNICIPAL DE GARANHUNS: O PROCESSO DE TRANSIÇÃO DAS CRIANÇAS DO ÚLTIMO ANO DA EDUCAÇÃO INFANTIL AO PRIMEIRO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
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Orientador : ELIANA BORGES CORREIA DE ALBUQUERQUE
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA CAROLINA PERRUSI ALVES BRANDAO
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ANA CATARINA DOS SANTOS PEREIRA CABRAL
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ANA PAULA FERNANDES DA SILVEIRA MOTA
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ANDREA TEREZA BRITO FERREIRA
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ELIANA BORGES CORREIA DE ALBUQUERQUE
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Data: 22/04/2022
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A presente pesquisa pretendeu investigar práticas docentes do ensino da língua escrita na transição das crianças do último ano da Educação Infantil (EI) para o primeiro ano do Ensino Fundamental (EF), tomando como foco a construção das aprendizagens das crianças neste percurso, em escolas situadas no município de Garanhuns-PE. Buscou especificamente: analisar os documentos disponíveis para nortear as práticas das professoras para organizar o ensino da língua escrita em na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental; caracterizar os recursos didáticos utilizados por elas para promover reflexões e interações com a língua escrita. Buscou ainda, analisar as práticas docentes com foco na aprendizagem inicial da escrita na Educação Infantil e primeiro ano do Ensino Fundamental, identificando as possíveis continuidades e descontinuidades dessas práticas, acompanhando as aprendizagens das crianças no processo de saída da Educação Infantil e ao longo do Primeiro ano do Ensino Fundamental, visando verificar os possíveis avanços ao longo dessa passagem.
E por fim, analisamos as concepções das professoras sobre o ensino da escrita no processo de transição das crianças da etapa final da Educação Infantil e no primeiro ano do Ensino Fundamental. O campo de investigação foram duas escolas da rede pública municipal do referido município (Escola A e Escola B). Acompanhamos os grupos de crianças da última etapa da EI das duas escolas na transição das crianças para o 1ºano do Ensino Fundamental (Turma AEI e Turma AEF; Turma BEI e Turma BEF). Logo, trata-se de uma pesquisa longitudinal, tendo em vista este acompanhamento das crianças de uma etapa a outra. Utilizamos como instrumento de pesquisa a observação das práticas docentes, a análise documental das Propostas pedagógicas municipais e das orientações curriculares nacional e estadual e, realizamos atividades avaliativas na EI, sobre a escrita alfabética e a produção de um relato, a fim de identificar os conhecimentos construídos ao longo da transição para o EF. Realizamos entrevistas com as professoras buscando identificar seus conhecimentos pragmáticos e ou teóricos com os quais embasaram suas ações didáticas. A partir de nossas análises verificamos, no que diz respeito aos documentos destinados às orientações docentes, uma ausência de orientações didáticas especificas em relação aos objetivos sobre o que ensinar e como ensinar às crianças, tanto a nível nacional quanto municipal. Tal ausência contribui para que os docentes organizem suas práticas adotando diferentes “caminhos” apontados por Brandão (2010) ou ficando à deriva sobre quais conhecimentos priorizar para promover diferentes experiências das crianças com a escrita alfabética (MORAIS, ALBUQUERQUE E BRANDÃO 2016), sem de fato, garantir às crianças a aprendizagem da língua escrita como instrumento de comunicação na vida em sociedade. Quanto a transição das crianças da EI para o EF, percebemos que em tese, é um processo complexo, que precisa ser levado em conta alguns aspectos, como por exemplo, as estruturas físicas das escolas e, o trabalho administrativo e de gestão escolar pautado no respeito às especificidades das crianças sejam da EI ou do EF. Além das práticas docentes desenvolvidas com e para as crianças a partir das orientações curriculares propostas para o ensino e aprendizagem da escrita alfabética. Quanto às práticas docentes analisadas, verificamos que a Escola A, apesar de apresentar uma estrutura física menor e com menos alunos, procurou promover as mesmas oportunidades às crianças tanto da EI, quanto do EF a partir da organização de espaços para a vivência de atividades na sala de vídeo, leitura de livros de literatura e, empréstimo de livros e com a presença da Gestão e Coordenação, priorizando o trabalho em coletividade. Já a Escola B com uma estrutura maior não possibilitou as mesmas vivências às crianças durante a passagem de uma etapa à outra, tendo em vista os diferentes problemas com a mudança de gestores, ausência de materiais didáticos e o apoio da coordenação aos docentes. Assim, de um modo geral, em relação à estrutura física, verificamos que as instituições pesquisadas parecem não contemplar as especificidades das crianças que se servem delas, identificados a partir da ausência de equipamentos de lazer e materiais lúdicos (brinquedos). Isso revela que o trabalho desenvolvido em cada unidade escolar não pode ser individualizado, mas sim, um trabalho coletivo e de todos para todos. Neste sentido, é possível afirmar que as diferenças entre os contextos da Escola A e Escola B parece ter contribuído para os desníveis na organização do trabalho pedagógico das professoras e, consequentemente, repercutido nas aprendizagens das crianças. Em relação às concepções das docentes
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A presente pesquisa pretendeu investigar práticas docentes do ensino da língua escrita na transição das crianças do último ano da Educação Infantil (EI) para o primeiro ano do Ensino Fundamental (EF), tomando como foco a construção das aprendizagens das crianças neste percurso, em escolas situadas no município de Garanhuns-PE. Buscou especificamente: analisar os documentos disponíveis para nortear as práticas das professoras para organizar o ensino da língua escrita em na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental; caracterizar os recursos didáticos utilizados por elas para promover reflexões e interações com a língua escrita. Buscou ainda, analisar as práticas docentes com foco na aprendizagem inicial da escrita na Educação Infantil e primeiro ano do Ensino Fundamental, identificando as possíveis continuidades e descontinuidades dessas práticas, acompanhando as aprendizagens das crianças no processo de saída da Educação Infantil e ao longo do Primeiro ano do Ensino Fundamental, visando verificar os possíveis avanços ao longo dessa passagem.
E por fim, analisamos as concepções das professoras sobre o ensino da escrita no processo de transição das crianças da etapa final da Educação Infantil e no primeiro ano do Ensino Fundamental. O campo de investigação foram duas escolas da rede pública municipal do referido município (Escola A e Escola B). Acompanhamos os grupos de crianças da última etapa da EI das duas escolas na transição das crianças para o 1ºano do Ensino Fundamental (Turma AEI e Turma AEF; Turma BEI e Turma BEF). Logo, trata-se de uma pesquisa longitudinal, tendo em vista este acompanhamento das crianças de uma etapa a outra. Utilizamos como instrumento de pesquisa a observação das práticas docentes, a análise documental das Propostas pedagógicas municipais e das orientações curriculares nacional e estadual e, realizamos atividades avaliativas na EI, sobre a escrita alfabética e a produção de um relato, a fim de identificar os conhecimentos construídos ao longo da transição para o EF. Realizamos entrevistas com as professoras buscando identificar seus conhecimentos pragmáticos e ou teóricos com os quais embasaram suas ações didáticas. A partir de nossas análises verificamos, no que diz respeito aos documentos destinados às orientações docentes, uma ausência de orientações didáticas especificas em relação aos objetivos sobre o que ensinar e como ensinar às crianças, tanto a nível nacional quanto municipal. Tal ausência contribui para que os docentes organizem suas práticas adotando diferentes “caminhos” apontados por Brandão (2010) ou ficando à deriva sobre quais conhecimentos priorizar para promover diferentes experiências das crianças com a escrita alfabética (MORAIS, ALBUQUERQUE E BRANDÃO 2016), sem de fato, garantir às crianças a aprendizagem da língua escrita como instrumento de comunicação na vida em sociedade. Quanto a transição das crianças da EI para o EF, percebemos que em tese, é um processo complexo, que precisa ser levado em conta alguns aspectos, como por exemplo, as estruturas físicas das escolas e, o trabalho administrativo e de gestão escolar pautado no respeito às especificidades das crianças sejam da EI ou do EF. Além das práticas docentes desenvolvidas com e para as crianças a partir das orientações curriculares propostas para o ensino e aprendizagem da escrita alfabética. Quanto às práticas docentes analisadas, verificamos que a Escola A, apesar de apresentar uma estrutura física menor e com menos alunos, procurou promover as mesmas oportunidades às crianças tanto da EI, quanto do EF a partir da organização de espaços para a vivência de atividades na sala de vídeo, leitura de livros de literatura e, empréstimo de livros e com a presença da Gestão e Coordenação, priorizando o trabalho em coletividade. Já a Escola B com uma estrutura maior não possibilitou as mesmas vivências às crianças durante a passagem de uma etapa à outra, tendo em vista os diferentes problemas com a mudança de gestores, ausência de materiais didáticos e o apoio da coordenação aos docentes. Assim, de um modo geral, em relação à estrutura física, verificamos que as instituições pesquisadas parecem não contemplar as especificidades das crianças que se servem delas, identificados a partir da ausência de equipamentos de lazer e materiais lúdicos (brinquedos). Isso revela que o trabalho desenvolvido em cada unidade escolar não pode ser individualizado, mas sim, um trabalho coletivo e de todos para todos. Neste sentido, é possível afirmar que as diferenças entre os contextos da Escola A e Escola B parece ter contribuído para os desníveis na organização do trabalho pedagógico das professoras e, consequentemente, repercutido nas aprendizagens das crianças. Em relação às concepções das docentes
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PEDRO HENRIQUE DE MELO TEIXEIRA
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A UBERIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE: RECONFIGURAÇÃO DAS CONDIÇÕES E RELAÇÕES DO TRABALHO MEDIADO POR PLATAFORMAS DIGITAIS
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Orientador : KATHARINE NINIVE PINTO SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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SELMA BORGHI VENCO
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ANDRE GUSTAVO FERREIRA DA SILVA
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EDSON FRANCISCO DE ANDRADE
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JULIANE FEIX PERUZZO
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KATHARINE NINIVE PINTO SILVA
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Data: 26/04/2022
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A uberização do trabalho é um dos fenômenos recentes do processo contínuo de degradação da atividade produtiva, estimulada pela contradição capital x trabalho. Esse fenômeno é resultado de processos de reconfigurações na organização produtiva que levaram o mundo do trabalho a conhecerem formas mais flexíveis da atividade laboral, no intuito de eliminar os vínculos entre aqueles que vedem sua força de trabalho e aqueles que exploram essa força. Nessas novas modalidades de exploração, a tecnologia entra como componente fundamental para o aumento da efetividade da exploração da força de trabalho, como mostram os estudos de Hillman (2021), Van Dijck (2018), Van Doorn (2021) e Zuboff (2015, 2020). As relações entre a exploração da força de trabalho e as tecnologias se dão desde que o capital subsumiu a maquinaria a seu favor (MARX, 2015), fazendo com que a tecnologia, que poderia libertar o ser humano do jugo do trabalho, aprofundasse ainda mais as relações de exploração do trabalho (MARX, 2014) o que fez colapsar as condições de dignidade humana no contexto do capital (ENGELS, 2010). No campo educacional, essas relações de exploração do trabalho com a utilização das tecnologias da informação e comunicação (TIC`s) tornaram-se uma tendência ainda mais forte com o advento da uberização do trabalho (SLEE, 2017) e da inserção de formas uberizadas de exploração do trabalho docente a partir da mediação das plataformas digitais (SRNICEK, 2017), (VENCO, 2019), (HARVEY, 2020). Considerando esses informações históricas esta tese coloca como seu problema de pesquisa a seguinte questão: Quais são as tendências de reconfiguração do trabalho docente, no Brasil, mediado por plataformas digitais no contexto da uberização do trabalho? Desta feita, a pesquisa direcionou esforços para tentar responder ao objetivo de Analisar as tendências de precarização do trabalho docente mediado por plataformas digitais a partir do fenômeno da uberização do trabalho. O levantamento dos dados se deu pela pesquisa bibliográfica e documental, pela análise de redes sociais (FRIGOTTO, 2017), bem como pela realização de entrevistas semiestruturadas (LAKATOS, 2003; MINAYO, 2000) com professores e professoras, operando a partir de plataformas digitais, na tentativa de captar o movimento de precarização do trabalho docente a partir do processo que pode ser chamado de uberização, com o trabalho mediado pelas plataformas digitais. A uberização do trabalho docente, que se dá pela mediação das plataformas digitais, tem criado tendências de precarização do trabalho docente, trazendo para o campo educacional as mesmas características de precarização que a uberização tem provocado no setor de serviços. Ainda na perspectiva da precarização do ensino e do avanço das plataformas digitais na educação, a pandemia de COVID-19 trouxe uma aceleração de processos de inserção da plataformização na educação, via GAFAM (OBSERVATÓRIO EDUCAÇÃO VIGIADA, 2021), e, consequentemente, de processos de reformas empresariais (FREITAS, 2012) que visam privatizar o ensino, o que precariza a atividade pedagógica e as condições do trabalho docente. Esta pesquisa desvelou ainda o quanto avança a descaracterização do trabalho docente em plataformas como a ALICERCE, onde professores acumulam atribuições de ensino e limpeza de sala de aula e a COGNA, onde a figura do professor foi substituída pela de colaborador, típico das relações trabalhistas do era da flexibilidade total e do engodo do explorado como empreendedor, típico do discurso enganador da era da exploração digital do trabalho.
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A uberização do trabalho é um dos fenômenos recentes do processo contínuo de degradação da atividade produtiva, estimulada pela contradição capital x trabalho. Esse fenômeno é resultado de processos de reconfigurações na organização produtiva que levaram o mundo do trabalho a conhecerem formas mais flexíveis da atividade laboral, no intuito de eliminar os vínculos entre aqueles que vedem sua força de trabalho e aqueles que exploram essa força. Nessas novas modalidades de exploração, a tecnologia entra como componente fundamental para o aumento da efetividade da exploração da força de trabalho, como mostram os estudos de Hillman (2021), Van Dijck (2018), Van Doorn (2021) e Zuboff (2015, 2020). As relações entre a exploração da força de trabalho e as tecnologias se dão desde que o capital subsumiu a maquinaria a seu favor (MARX, 2015), fazendo com que a tecnologia, que poderia libertar o ser humano do jugo do trabalho, aprofundasse ainda mais as relações de exploração do trabalho (MARX, 2014) o que fez colapsar as condições de dignidade humana no contexto do capital (ENGELS, 2010). No campo educacional, essas relações de exploração do trabalho com a utilização das tecnologias da informação e comunicação (TIC`s) tornaram-se uma tendência ainda mais forte com o advento da uberização do trabalho (SLEE, 2017) e da inserção de formas uberizadas de exploração do trabalho docente a partir da mediação das plataformas digitais (SRNICEK, 2017), (VENCO, 2019), (HARVEY, 2020). Considerando esses informações históricas esta tese coloca como seu problema de pesquisa a seguinte questão: Quais são as tendências de reconfiguração do trabalho docente, no Brasil, mediado por plataformas digitais no contexto da uberização do trabalho? Desta feita, a pesquisa direcionou esforços para tentar responder ao objetivo de Analisar as tendências de precarização do trabalho docente mediado por plataformas digitais a partir do fenômeno da uberização do trabalho. O levantamento dos dados se deu pela pesquisa bibliográfica e documental, pela análise de redes sociais (FRIGOTTO, 2017), bem como pela realização de entrevistas semiestruturadas (LAKATOS, 2003; MINAYO, 2000) com professores e professoras, operando a partir de plataformas digitais, na tentativa de captar o movimento de precarização do trabalho docente a partir do processo que pode ser chamado de uberização, com o trabalho mediado pelas plataformas digitais. A uberização do trabalho docente, que se dá pela mediação das plataformas digitais, tem criado tendências de precarização do trabalho docente, trazendo para o campo educacional as mesmas características de precarização que a uberização tem provocado no setor de serviços. Ainda na perspectiva da precarização do ensino e do avanço das plataformas digitais na educação, a pandemia de COVID-19 trouxe uma aceleração de processos de inserção da plataformização na educação, via GAFAM (OBSERVATÓRIO EDUCAÇÃO VIGIADA, 2021), e, consequentemente, de processos de reformas empresariais (FREITAS, 2012) que visam privatizar o ensino, o que precariza a atividade pedagógica e as condições do trabalho docente. Esta pesquisa desvelou ainda o quanto avança a descaracterização do trabalho docente em plataformas como a ALICERCE, onde professores acumulam atribuições de ensino e limpeza de sala de aula e a COGNA, onde a figura do professor foi substituída pela de colaborador, típico das relações trabalhistas do era da flexibilidade total e do engodo do explorado como empreendedor, típico do discurso enganador da era da exploração digital do trabalho.
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MARIA DO ROZARIO AZEVEDO DA SILVA
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P DE PROFESSOR/A”: A DOCÊNCIA RECONFIGURANDO AS VIDAS DE PROFESSORES/AS E A POTÊNCIA DAS VIDAS ESCULPINDO DOCÊNCIA.
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Orientador : ROSANGELA TENORIO DE CARVALHO
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXANDRE SIMAO DE FREITAS
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MARIA THEREZA DIDIER DE MORAES
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PATRÍCIA IGNÁCIO
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ROSANGELA TENORIO DE CARVALHO
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SILKE WEBER
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Data: 02/05/2022
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Quando reviramos memórias guardadas estamos dando a nós mesmos a possibilidade de nos reconectarmos com o que fomos, mas também com o que somos no agora. Quando somos docentes, rememorar esse caminho nos possibilita reconstruir nossa trajetória, cartografando a nós mesmos, na potência de perceber que docência e vida estão entrelaçadas, produzindo assim a vidocencia. As vertentes para discutirmos docência são muitas, são questões que vão desde as políticas públicas de formação, a formação inicial, continuada, os saberes docentes entre outras temáticas tão importantes quanto a própria prática pedagógica ou o currículo. Nesta pesquisa, no entanto, abordo a questão da vida, da vida docente, a docência reconfigurando a vida de professoras e professores e a potência dessas vidas esculpindo essa docência. As perguntas que nortearam esse estudo foram muitas. Perguntas sustentam uma investigação e, aparentemente, nunca findam de acontecer. As que nortearam essa tese interrogaram: Pode o exercício da docência reconfigurar uma vida? Como se dá a constituição da docência pela perspectiva e essa mesma docência atravessando a vida afetando-a? O que pode uma vida docente? A partir desses questionamentos, o objetivo foi enxergar com outras lentes a docência, investigando-a através de histórias, memórias e relíquias guardadas, compreendendo os atravessamentos que vida e docência, juntas, provocam e evocam. Como composição teórica, articulei os conceitos de Docência artistagem em Corazza (2005, 2006 e 2009); Vida, imanência e vontade de potência em Deleuze (2002) e Nietzsche (2011) e memória a partir de Bergson (1999) e Benjamin (2012). Metodologicamente, criei possibilidades a partir da bricolagem de Denzin e Lincoln (2006), usando a perspectiva analítica dos afetos de Spinoza (2016) e Fravest-Saada (1990). Como instrumento de coleta, relicários. Artefatos que as professoras e professor entrevistas nessa pesquisa reuniram, organizaram, separaram sob a aura de relíquias, que reuniram ao longo. Tais relíquias são artefatos reunidos ao longo de suas trajetórias: bilhetes, fotos, papeis, livros, objetos vários. Essas relíquias visaram dar materialidade à resposta de uma única pergunta da entrevista: o que para você é viver a docência? As respostas trazidas, guardadas dentro dos relicários, são hecceidades, não se repetem, não se copiam. Transitam em nossas práticas docentes, em nossas vidas docentes. Em resposta ás perguntas de pesquisa, pude conhecer que os atravessamentos perduram: são os estudantes e professores e professoras que se eternizam em nós. Que cada docente abriga em si a força revolucionária da alegria e resiste aos encontros e paixões tristes. Que se deixa afetar por outras vidas, pois somente assim é possível viver a docência.
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Quando reviramos memórias guardadas estamos dando a nós mesmos a possibilidade de nos reconectarmos com o que fomos, mas também com o que somos no agora. Quando somos docentes, rememorar esse caminho nos possibilita reconstruir nossa trajetória, cartografando a nós mesmos, na potência de perceber que docência e vida estão entrelaçadas, produzindo assim a vidocencia. As vertentes para discutirmos docência são muitas, são questões que vão desde as políticas públicas de formação, a formação inicial, continuada, os saberes docentes entre outras temáticas tão importantes quanto a própria prática pedagógica ou o currículo. Nesta pesquisa, no entanto, abordo a questão da vida, da vida docente, a docência reconfigurando a vida de professoras e professores e a potência dessas vidas esculpindo essa docência. As perguntas que nortearam esse estudo foram muitas. Perguntas sustentam uma investigação e, aparentemente, nunca findam de acontecer. As que nortearam essa tese interrogaram: Pode o exercício da docência reconfigurar uma vida? Como se dá a constituição da docência pela perspectiva e essa mesma docência atravessando a vida afetando-a? O que pode uma vida docente? A partir desses questionamentos, o objetivo foi enxergar com outras lentes a docência, investigando-a através de histórias, memórias e relíquias guardadas, compreendendo os atravessamentos que vida e docência, juntas, provocam e evocam. Como composição teórica, articulei os conceitos de Docência artistagem em Corazza (2005, 2006 e 2009); Vida, imanência e vontade de potência em Deleuze (2002) e Nietzsche (2011) e memória a partir de Bergson (1999) e Benjamin (2012). Metodologicamente, criei possibilidades a partir da bricolagem de Denzin e Lincoln (2006), usando a perspectiva analítica dos afetos de Spinoza (2016) e Fravest-Saada (1990). Como instrumento de coleta, relicários. Artefatos que as professoras e professor entrevistas nessa pesquisa reuniram, organizaram, separaram sob a aura de relíquias, que reuniram ao longo. Tais relíquias são artefatos reunidos ao longo de suas trajetórias: bilhetes, fotos, papeis, livros, objetos vários. Essas relíquias visaram dar materialidade à resposta de uma única pergunta da entrevista: o que para você é viver a docência? As respostas trazidas, guardadas dentro dos relicários, são hecceidades, não se repetem, não se copiam. Transitam em nossas práticas docentes, em nossas vidas docentes. Em resposta ás perguntas de pesquisa, pude conhecer que os atravessamentos perduram: são os estudantes e professores e professoras que se eternizam em nós. Que cada docente abriga em si a força revolucionária da alegria e resiste aos encontros e paixões tristes. Que se deixa afetar por outras vidas, pois somente assim é possível viver a docência.
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ROBSON GUEDES DA SILVA
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PENSAR-CORPO: A PERFORMANCE COMO PRÁTICA ANÁRQUICA E POSSIBILIDADE EDUCATIVA
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Orientador : KARINA MIRIAN DA CRUZ VALENCA ALVES
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MEMBROS DA BANCA :
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KARINA MIRIAN DA CRUZ VALENCA ALVES
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ROSANGELA TENORIO DE CARVALHO
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RUI GOMES DE MATTOS DE MESQUITA
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MARIA THEREZA DIDIER DE MORAES
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ROSA CRISTINA PRIMO GADELHA
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Data: 09/05/2022
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Este texto de doutoramento, abraçando um exercício de escrita teórico-poética, intentou investigar através de narrativas como alguns corpos estabelecem relações com a performance, percebendo-as como possibilidades formativas. Almejamos – em seu movimento – tanto perceber os saberes que despontam das narrativas de corpos em suas experimentações com a performance, quanto produzir uma escrita poética como reverberação produtiva dos encontros narrativos com corpos em performance. Em seus prólogos, o texto provoca – mediante tensionamento teórico – o aparecimento do corpo como problema, suas mutações e visível declínio. As cenas amalgamaram a proximidade com os poetas Mau e Gleison Nascimento, em seus atravessamentos e performances com a escrita poética; com as drags Márcia Pantera e Maria Luisão, através da subversão performativa da identidade; e com a Gangrena, pela desvirtuação da encenação e do corpo como possibilidade insurgente. Os lampejos incendiários de pensamento – engendrados pela potência do encontro – mobilizaram-nos, por fim, a intuir a tese de que a performance pode ser pensada – em meio a sua polissemia – como uma prática anárquica e possibilidade educativa. Tecemos com isso – de maneira contingente e provisória – a acepção de que algumas ações performáticas e/ou performativas mobilizam a reverberação/difusão de: I) práticas de contradisciplina que tensionam a relação corpo-saber-disciplina; II) desvirtuamentos de medidas que visem naturalizar qualquer enquadramento unitário e imutável à conformidade do visível para o corpo; III) o aditamento de insubordinação corporal mediante práticas – decididas ou não – de contracondutas, denunciando certas formas pelas quais ainda somos governamentalizados; IV) e a construção e proliferação de saberes sobre a performance desprovidos de qualquer captura pedagogizadora.
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Este texto de doutoramento, abraçando um exercício de escrita teórico-poética, intentou investigar através de narrativas como alguns corpos estabelecem relações com a performance, percebendo-as como possibilidades formativas. Almejamos – em seu movimento – tanto perceber os saberes que despontam das narrativas de corpos em suas experimentações com a performance, quanto produzir uma escrita poética como reverberação produtiva dos encontros narrativos com corpos em performance. Em seus prólogos, o texto provoca – mediante tensionamento teórico – o aparecimento do corpo como problema, suas mutações e visível declínio. As cenas amalgamaram a proximidade com os poetas Mau e Gleison Nascimento, em seus atravessamentos e performances com a escrita poética; com as drags Márcia Pantera e Maria Luisão, através da subversão performativa da identidade; e com a Gangrena, pela desvirtuação da encenação e do corpo como possibilidade insurgente. Os lampejos incendiários de pensamento – engendrados pela potência do encontro – mobilizaram-nos, por fim, a intuir a tese de que a performance pode ser pensada – em meio a sua polissemia – como uma prática anárquica e possibilidade educativa. Tecemos com isso – de maneira contingente e provisória – a acepção de que algumas ações performáticas e/ou performativas mobilizam a reverberação/difusão de: I) práticas de contradisciplina que tensionam a relação corpo-saber-disciplina; II) desvirtuamentos de medidas que visem naturalizar qualquer enquadramento unitário e imutável à conformidade do visível para o corpo; III) o aditamento de insubordinação corporal mediante práticas – decididas ou não – de contracondutas, denunciando certas formas pelas quais ainda somos governamentalizados; IV) e a construção e proliferação de saberes sobre a performance desprovidos de qualquer captura pedagogizadora.
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GEYZA DAVILA ARRUDA
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(RE)CONSTRUÇÃO DO CURRÍCULO E A EMPREGABILIDADE NO BRASIL.
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Orientador : ALFREDO MACEDO GOMES
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MEMBROS DA BANCA :
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ALFREDO MACEDO GOMES
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IVOR FREDERICK GOODSON
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JESUS MARIA SOUSA
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JOANA RAQUEL FARIA DE SOUSA
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JOSE AUGUSTO PACHECO
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Data: 31/05/2022
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Partindo da problemática entre formação acadêmica e inserção no mercado de trabalho, materializada na educação por competências e na possibilidade de esta ser vetor de empregabilidade, o projeto de tese intitulado (Re)construção do currículo e a empregabilidade no Brasil, em ciências da educação, especialidade de Desenvolvimento Curricular, da Universidade do Minho, tem como proposta a investigação para identificar as possibilidades e os limites do currículo como veículo de formação da empregabilidade no curso de graduação em Administração, no Brasil. A revisão da literatura incide em termos-chave como mercado, mercado de trabalho, empregabilidade, competências, educação superior e currículo, cujo desenvolvimento é realizado a partir de uma abordagem interdisciplinar. Especificamente sobre currículo, o trabalho se debruça sobre as concepções presentes na literatura contemporânea, considerando a relação entre currículo, formação acadêmica e mercado, além de considerar o caráter das determinações estatais sobre currículo como política pública de regulação da educação superior. A metodologia é de natureza qualitativa e quantitativa. Em relação ao paradigma qualitativo, buscou-se, na análise dos dados, uma aproximação das técnicas de análise crítica do discurso e da análise de conteúdo, com destaque para a análise documental, a partir de um corpus documental extraídos da organização curricular de um curso de ensino superior no Brasil. Em nexo ao paradigma quantitativo, foram aplicados métodos de estatística descritiva para organizar, resumir e descrever os aspectos importantes do conjunto de dados coletados, por meio de médias e indicadores de proporcionalidade. As entrevistas estruturadas foram realizadas com 3 gestores acadêmicos, 3 sujeitos de agências integradoras, 6 sujeitos do âmbito mercado e de questionário aplicado a 155 alunos do Curso de Administração, assim como, ao nível das técnicas de análise de resultados. O estudo empírico realizado considera sujeitos vinculados à academia e ao mercado, incluído a análise das possibilidades de organizar, numa instituição de ensino superior, um currículo baseado em competências direcionadas com a empregabilidade. Como principais conclusões destacam-se: a polissemia do conceito de competência, implicando em dificuldade de sua delimitação teórica; a possibilidade potencial do currículo ser um transmissor de empregabilidade; a assimetria da relação entre mercado e educação em termos de autonomia, indicando o predomínio do primeiro em relação ao segundo; desafios para a efetivação de uma prática pedagógica, visando a formação baseada em competências no ensino superior. O trabalho aponta, ainda, pistas para ações institucionais na perspectiva de reformas amplas, com total integração do corpo docente, tanto nas diretrizes curriculares, quanto na prática pedagógica das unidades curriculares no curso de Administração
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EMANUELLE DE SOUZA BARBOSA
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OS SIGNIFICADOS DAS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO DO ENSINO MÉDIO NA REDE ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE PERNAMBUCO.
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Orientador : KATHARINE NINIVE PINTO SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ADDA DANIELA LIMA FIGUEIREDO ECHALAR
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EDSON FRANCISCO DE ANDRADE
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JOANA PEIXOTO
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KATHARINE NINIVE PINTO SILVA
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RAQUEL GOULART BARRETO
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SÉBASTIEN ANTOINE
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Data: 03/06/2022
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Esta pesquisa tem como objeto de estudo a inserção de inovações tecnológicas, especialmente Tecnologias Digitais na organização do trabalho pedagógico das escolas estaduais de Pernambuco que ofertam o Ensino Médio. Seu objetivo geral foi compreender quais são os significados atribuídos às inovações tecnológicas na organização do trabalho pedagógico do ensino médio na rede estadual de educação de Pernambuco. Para alcançar o objetivo proposto, a pesquisa se orientou pela perspectiva teórico metodológica crítico-dialética em associação com a Análise de Discurso (AD) pecheutiana. Conduzimos um estudo de natureza bibliográfica e empírica voltado a compreensão das relações estabelecidas entre trabalho, educação e tecnologia e seus desdobramentos na organização do trabalho pedagógico. Tomou-se como ponto de partida a identificação de tendências de intensificação e precarização do trabalho docente em curso na política de reestruturação do ensino médio em Pernambuco apontadas em trabalhos como os de Benites (2014) e Santos (2016). A delimitação do objetivo de pesquisa resultou da identificação de discursos apologéticos sobre a incorporação de recursos tecnológicos na organização do trabalho pedagógico que, no plano discursivo, posicionam as tecnologias digitais como as grandes protagonistas das transformações almejadas na educação em consonância com as novas determinações políticas e socioeconômicas impostas pelo modo de produção capitalista, principalmente a partir dos anos de 1970. Assim, a partir de Harvey (2013, 2016, 2018); Barreto (2016, 2018, 2020) pesquisa desenvolvida parte de uma leitura contra-hegemônica sobre a inserção de tecnologias digitais no contexto escolar, defende a necessidade de pensar essa relação levando-se em conta que as transformações do modo de produção capitalista são o fundamento material de onde partem as reformas impostas à educação e com elas a expropriação do trabalho docente. A partir das contribuições de Alves (2011) a pesquisa demonstrou ainda como o modelo de organização gerencial baseado no Toyotismo atua para “capturar” a subjetividade dos trabalhadores a fim de torná-la produtiva ao Capital e qual o papel atribuído as tecnologias nesse cenário. Nesse processo de caracterização dos mecanismos utilizados para produzir as formas de adesão dos trabalhadores a lógica imposta nos valemos de autores do campo da psicanálise como Safatle (2018, 2020) e Dunker (2017). Com a pesquisa realizada compreendemos que as reformas e novas determinações prescritas para a inserção de tecnologias digitais no ensino médio pernambucano: a. respondem a um processo de substituição do trabalho docente ao mesmo tempo em que intensifica o trabalho através da diluição das barreiras já porosas entre vida profissional e vida pessoal; b. contribuem para que os recursos tecnológicos inseridos na escola sejam utilizados em favor de uma flexibilização do trabalho pedagógico promovendo novas formas de gestão desse trabalho em consonância com os processos de precarização do trabalho; c. viabilizam formas de organização do trabalho como controle e vigilância que impulsionam os sujeitos a construir identificações cada vez mais profundas com as tarefas propostas, em busca de uma alta performance e para tanto, orientando-os a demostrar capacidade para inovar, modernizar e propor soluções aos desafios presentes.
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Esta pesquisa tem como objeto de estudo a inserção de inovações tecnológicas, especialmente Tecnologias Digitais na organização do trabalho pedagógico das escolas estaduais de Pernambuco que ofertam o Ensino Médio. Seu objetivo geral foi compreender quais são os significados atribuídos às inovações tecnológicas na organização do trabalho pedagógico do ensino médio na rede estadual de educação de Pernambuco. Para alcançar o objetivo proposto, a pesquisa se orientou pela perspectiva teórico metodológica crítico-dialética em associação com a Análise de Discurso (AD) pecheutiana. Conduzimos um estudo de natureza bibliográfica e empírica voltado a compreensão das relações estabelecidas entre trabalho, educação e tecnologia e seus desdobramentos na organização do trabalho pedagógico. Tomou-se como ponto de partida a identificação de tendências de intensificação e precarização do trabalho docente em curso na política de reestruturação do ensino médio em Pernambuco apontadas em trabalhos como os de Benites (2014) e Santos (2016). A delimitação do objetivo de pesquisa resultou da identificação de discursos apologéticos sobre a incorporação de recursos tecnológicos na organização do trabalho pedagógico que, no plano discursivo, posicionam as tecnologias digitais como as grandes protagonistas das transformações almejadas na educação em consonância com as novas determinações políticas e socioeconômicas impostas pelo modo de produção capitalista, principalmente a partir dos anos de 1970. Assim, a partir de Harvey (2013, 2016, 2018); Barreto (2016, 2018, 2020) pesquisa desenvolvida parte de uma leitura contra-hegemônica sobre a inserção de tecnologias digitais no contexto escolar, defende a necessidade de pensar essa relação levando-se em conta que as transformações do modo de produção capitalista são o fundamento material de onde partem as reformas impostas à educação e com elas a expropriação do trabalho docente. A partir das contribuições de Alves (2011) a pesquisa demonstrou ainda como o modelo de organização gerencial baseado no Toyotismo atua para “capturar” a subjetividade dos trabalhadores a fim de torná-la produtiva ao Capital e qual o papel atribuído as tecnologias nesse cenário. Nesse processo de caracterização dos mecanismos utilizados para produzir as formas de adesão dos trabalhadores a lógica imposta nos valemos de autores do campo da psicanálise como Safatle (2018, 2020) e Dunker (2017). Com a pesquisa realizada compreendemos que as reformas e novas determinações prescritas para a inserção de tecnologias digitais no ensino médio pernambucano: a. respondem a um processo de substituição do trabalho docente ao mesmo tempo em que intensifica o trabalho através da diluição das barreiras já porosas entre vida profissional e vida pessoal; b. contribuem para que os recursos tecnológicos inseridos na escola sejam utilizados em favor de uma flexibilização do trabalho pedagógico promovendo novas formas de gestão desse trabalho em consonância com os processos de precarização do trabalho; c. viabilizam formas de organização do trabalho como controle e vigilância que impulsionam os sujeitos a construir identificações cada vez mais profundas com as tarefas propostas, em busca de uma alta performance e para tanto, orientando-os a demostrar capacidade para inovar, modernizar e propor soluções aos desafios presentes.
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ELICIA BARROS GUERRA SOUZA
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ENTRE O CONVENTO E O CÁRCERE: A FUNÇÃO EDUCATIVA DA COLÔNIA PENAL FEMININA DO BOM PASTOR - RECIFE/PE (1945 E 1990)
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Orientador : JOSE LUIS SIMOES
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA PAULA RODRIGUES FIGUEIROA
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AURENEA MARIA DE OLIVEIRA
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JOAQUIM LUÍS MEDEIROS ALCOFORADO
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JOSE LUIS SIMOES
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MARCIA REGINA BARBOSA
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Data: 15/06/2022
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Essa pesquisa, inserida no campo das identidades e memórias da Educação, teve por objetivo compreender a função educativa da Colônia Penal Feminina do Recife no período em que essa instituição foi administrada pela Congregação do Bom Pastor, entre os anos de 1945 e 1990, sobretudo no que diz respeito à percepção da sociedade acerca desse regime educativo proposto pelas religiosas às mulheres em situação de privação de liberdade. Como marco teórico do estudo utilizamos Goffman (1974), Goffman (2004), Becker (2012) e Foucault (1987). A pesquisa seguiu os parâmetros qualitativo-descritivo segundo Minayo (2002), utilizando os documentos, no seu sentido mais amplo, como fonte para a pesquisa historiográfica conforme defendido por Le Goff (1994) e tratando as fontes encontradas, predominantemente, com o uso da análise documental conforme Ludke; André (2018) e Bacellar (2008). Os resultados obtidos nos mostraram que a função educativa se manifesta em dois pilares distintos, mas complementares. De um lado se buscava uma regeneração moral e de outro se buscava a formação profissional da detenta. Além disso, verificou-se que tal modelo, ao menos aos olhos da mídia impressa à época, era bastante prestigiado sendo as críticas sofridas pela Congregação do Bom Pastor motivadas antes pela precariedade material que se instalou na Unidade do que por divergências essenciais em relação à filosofia de trabalho das irmãs. Sendo assim, concluímos que a despeito das dificuldades de ordem prática, a Congregação do Bom Pastor teve o mérito de manter uma constância de objetivos, métodos e princípios capaz de dar concretude e solidez a um desafiador projeto de prisão que não se mostrou tão duradouro em várias outras regiões do país.
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Essa pesquisa, inserida no campo das identidades e memórias da Educação, teve por objetivo compreender a função educativa da Colônia Penal Feminina do Recife no período em que essa instituição foi administrada pela Congregação do Bom Pastor, entre os anos de 1945 e 1990, sobretudo no que diz respeito à percepção da sociedade acerca desse regime educativo proposto pelas religiosas às mulheres em situação de privação de liberdade. Como marco teórico do estudo utilizamos Goffman (1974), Goffman (2004), Becker (2012) e Foucault (1987). A pesquisa seguiu os parâmetros qualitativo-descritivo segundo Minayo (2002), utilizando os documentos, no seu sentido mais amplo, como fonte para a pesquisa historiográfica conforme defendido por Le Goff (1994) e tratando as fontes encontradas, predominantemente, com o uso da análise documental conforme Ludke; André (2018) e Bacellar (2008). Os resultados obtidos nos mostraram que a função educativa se manifesta em dois pilares distintos, mas complementares. De um lado se buscava uma regeneração moral e de outro se buscava a formação profissional da detenta. Além disso, verificou-se que tal modelo, ao menos aos olhos da mídia impressa à época, era bastante prestigiado sendo as críticas sofridas pela Congregação do Bom Pastor motivadas antes pela precariedade material que se instalou na Unidade do que por divergências essenciais em relação à filosofia de trabalho das irmãs. Sendo assim, concluímos que a despeito das dificuldades de ordem prática, a Congregação do Bom Pastor teve o mérito de manter uma constância de objetivos, métodos e princípios capaz de dar concretude e solidez a um desafiador projeto de prisão que não se mostrou tão duradouro em várias outras regiões do país.
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SILVIA DE SOUSA AZEVEDO ARAGAO
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CONHECIMENTOS SOBRE A ESCRITA ALFABÉTICA REVELADOS POR CRIANÇAS AO FINAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL
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Orientador : ARTUR GOMES DE MORAIS
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXSANDRO DA SILVA
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ANA CAROLINA PERRUSI ALVES BRANDAO
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ARTUR GOMES DE MORAIS
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LEILA NASCIMENTO DA SILVA
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SILVANNE RIBEIRO SANTOS
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Data: 20/06/2022
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Nosso objetivo geral foi investigar, longitudinalmente, a aprendizagem das crianças em relação ao sistema de escrita alfabética (SEA) nos dois últimos anos da Educação Infantil, em três escolas (uma privada e duas públicas). Os objetivos específicos foram: i) Identificar e acompanhar a evolução das hipóteses de escrita e a aprendizagem de conhecimentos sobre letras, e de habilidades de consciência fonológica (CF); ii) Comparar o desempenho das crianças em cada escola em diferentes momentos dos anos; iii) Identificar possíveis efeitos da origem sociocultural sobre aquelas aprendizagens e iv) Comparar o desempenho nas diferentes habilidades de CF e de conhecimentos de letras, considerando as diferentes hipóteses de escrita. A pesquisa foi organizada em dois estudos. No estudo 1, analisamos os resultados coletados no penúltimo ano da Educação Infantil. As atividades, aplicadas em duas ocasiões foram: Escrita espontânea de palavras, atividades de CF (Contagem de Sílabas; Identificação das palavras com a mesma sílaba inicial; Identificação da palavra maior; Identificação das palavras que rimam) e de conhecimento das letras (Nomeação de letras e Produção de palavras a partir de letras apresentadas). Constatamos que as crianças progrediram nas três escolas. Nas escritas, identificamos uma variedade de hipóteses em uma mesma ocasião para a maioria das crianças. Entre as escolas, houve aproximações no decorrer do ano. Na aprendizagem das letras, ao encerrarem o Infantil 4, não houve diferenças significativas entre as escolas. Quanto às habilidades de CF, aquelas envolvendo a contagem de sílabas, foram mais fáceis para todas. Entre as escolas, houve diferenças que se mantiveram ou aumentaram na Contagem de sílabas e na Identificação de Palavras que rimam. A análise qualitativa das atividades de CF revelou: i) a presença da análise fonológica mesmo quando as crianças erravam; ii) que o tipo de justificativa verbal geralmente evoluiu quanto à explicitação consciente, iii) porém, os acertos nem sempre estiveram relacionados à explicitação verbal dos segmentos sonoros analisados. No estudo 2, analisamos os dados coletados nos dois últimos anos da Educação Infantil. Durante o último ano, aplicamos as mesmas atividades, no início e final do ano, e acrescentamos a Identificação de palavras com o mesmo fonema inicial. Analisamos os dados, comparando dois grupos sociais: Escola privada e Escolas públicas. Os resultados indicaram que as crianças continuaram progredindo, porém, em relação à escrita, as distâncias entre os grupos sociais aumentaram a favor da Escola Privada, na qual a maioria das crianças alcançou uma hipótese alfabética. Na aprendizagem das letras não houve diferenças significativas ao final da Educação Infantil entre os grupos sociais. Porém, os acertos indicadores de conhecimento das letras nem sempre se relacionavam a um avanço na hipótese de escrita. Quanto às habilidades de CF, houve aproximações entre os grupos sociais apenas nas habilidades envolvendo o número de sílabas, as diferenças aumentaram em relação a todas as demais habilidades. Vimos ainda que os acertos nas habilidades de CF nem sempre garantiram hipóteses de escrita mais elaboradas. Assim, se por um lado, concordamos que não devemos ter como foco central, na Educação infantil, o processo de alfabetização, entendemos que muitos saberes podem ser aprendidos sobre a escrita nessa etapa. Porém, reconhecemos a complexidade da interação dos diversos conhecimentos envolvidos nesse processo e, com isso, defendemos que o treinode letras isoladas ou de habilidades fonêmicas não deve ser o foco da Educação Infantil e destacamos a importância de diferentes oportunidades de reflexão pelas professoras sobre esse objeto de estudo.
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Nosso objetivo geral foi investigar, longitudinalmente, a aprendizagem das crianças em relação ao sistema de escrita alfabética (SEA) nos dois últimos anos da Educação Infantil, em três escolas (uma privada e duas públicas). Os objetivos específicos foram: i) Identificar e acompanhar a evolução das hipóteses de escrita e a aprendizagem de conhecimentos sobre letras, e de habilidades de consciência fonológica (CF); ii) Comparar o desempenho das crianças em cada escola em diferentes momentos dos anos; iii) Identificar possíveis efeitos da origem sociocultural sobre aquelas aprendizagens e iv) Comparar o desempenho nas diferentes habilidades de CF e de conhecimentos de letras, considerando as diferentes hipóteses de escrita. A pesquisa foi organizada em dois estudos. No estudo 1, analisamos os resultados coletados no penúltimo ano da Educação Infantil. As atividades, aplicadas em duas ocasiões foram: Escrita espontânea de palavras, atividades de CF (Contagem de Sílabas; Identificação das palavras com a mesma sílaba inicial; Identificação da palavra maior; Identificação das palavras que rimam) e de conhecimento das letras (Nomeação de letras e Produção de palavras a partir de letras apresentadas). Constatamos que as crianças progrediram nas três escolas. Nas escritas, identificamos uma variedade de hipóteses em uma mesma ocasião para a maioria das crianças. Entre as escolas, houve aproximações no decorrer do ano. Na aprendizagem das letras, ao encerrarem o Infantil 4, não houve diferenças significativas entre as escolas. Quanto às habilidades de CF, aquelas envolvendo a contagem de sílabas, foram mais fáceis para todas. Entre as escolas, houve diferenças que se mantiveram ou aumentaram na Contagem de sílabas e na Identificação de Palavras que rimam. A análise qualitativa das atividades de CF revelou: i) a presença da análise fonológica mesmo quando as crianças erravam; ii) que o tipo de justificativa verbal geralmente evoluiu quanto à explicitação consciente, iii) porém, os acertos nem sempre estiveram relacionados à explicitação verbal dos segmentos sonoros analisados. No estudo 2, analisamos os dados coletados nos dois últimos anos da Educação Infantil. Durante o último ano, aplicamos as mesmas atividades, no início e final do ano, e acrescentamos a Identificação de palavras com o mesmo fonema inicial. Analisamos os dados, comparando dois grupos sociais: Escola privada e Escolas públicas. Os resultados indicaram que as crianças continuaram progredindo, porém, em relação à escrita, as distâncias entre os grupos sociais aumentaram a favor da Escola Privada, na qual a maioria das crianças alcançou uma hipótese alfabética. Na aprendizagem das letras não houve diferenças significativas ao final da Educação Infantil entre os grupos sociais. Porém, os acertos indicadores de conhecimento das letras nem sempre se relacionavam a um avanço na hipótese de escrita. Quanto às habilidades de CF, houve aproximações entre os grupos sociais apenas nas habilidades envolvendo o número de sílabas, as diferenças aumentaram em relação a todas as demais habilidades. Vimos ainda que os acertos nas habilidades de CF nem sempre garantiram hipóteses de escrita mais elaboradas. Assim, se por um lado, concordamos que não devemos ter como foco central, na Educação infantil, o processo de alfabetização, entendemos que muitos saberes podem ser aprendidos sobre a escrita nessa etapa. Porém, reconhecemos a complexidade da interação dos diversos conhecimentos envolvidos nesse processo e, com isso, defendemos que o treinode letras isoladas ou de habilidades fonêmicas não deve ser o foco da Educação Infantil e destacamos a importância de diferentes oportunidades de reflexão pelas professoras sobre esse objeto de estudo.
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CAMILA FERREIRA DA SILVA
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AS MARCAS DA MEMÓRIA HEGEMÔNICA E VIVIDA NA PRÁTICA DOCENTE DE PROFESSORAS NEGRAS DO TERRITÓRIO CAMPESINO
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Orientador : JANSSEN FELIPE DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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DENISE MARIA BOTELHO
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JANSSEN FELIPE DA SILVA
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MARIA DA CONCEICAO DOS REIS
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MICHELE GUERREIRO FERREIRA
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ROSANGELA TENORIO DE CARVALHO
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Data: 21/06/2022
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Esta tese parte do pressuposto que a autoidentificação das Professoras como Mulher Negra é um diferencial que pode possibilitar uma ação pautada em uma Prática Docente de enfrentamento do Racismo Educacional. Dessa forma, nos propomos a responder o seguinte questionamento: como a identificação étnico-racial de Professoras Negras pode e/ou tem mobilizado o desenvolvimento de uma Prática Docente Antirracista no espaço educacional? Para responder a esta questão tomamos como objetivo geral: Compreender as marcas da Memória Hegemônica e da Memória Vivida na construção identitária de Professoras Negras e sua influência em Práticas Docentes Antirracistas em escolas situadas no Território Campesino. E como objetivos específicos elencamos: a) identificar e caracterizar o processo de construção da identidade étnico-racial das Professoras Negras; b) analisar as concepções de Educação Antirracista das Professoras Negras; c) identificar e caracterizar as estratégias das Práticas Antirracista das Professoras Negras. Esta pesquisa se vale das Abordagens Teórico-Metodológica do Feminismo Negro Latino-Americano e dos Estudos Pós-Coloniais que tecem movimentos de resistência propositiva com a exterioridade colonial e em especial com a Memória e o Corpo Feminino Negro. Tivemos como campo de pesquisa quatro escolas do Território Campesino de Caruaru – PE e como Colaboradoras de pesquisa 04 Professoras Negras. A análise dos dados se deu através da Análise de Conteúdo, via análise temática, e apresenta como resultado as tensões vivenciadas pelas Colaboradoras no nível interno e externo. No Primeiro, temos a identificação Étnico-Racial dessas Colaboradoras, suas opções formativas, sociais, culturais, políticas e epistêmicas no desenvolvimento de Práticas Docentes Antirracistas. No segundo, temos as instituições de ensino a qual estão vinculadas, seus pares, a equipe docente, a própria comunidade escolar que por vezes evidenciam resistência. Por tal, compreendemos que a Prática Docente Antirracista desenvolvida é constituída por fios de resistência, de afirmação e de tensionamentos que se integram, constantemente, no chão da escola. O caminho percorrido, até aqui, nos permite inferir que as Colaboradoras desenvolvem uma educação epistemologicamente desobediente com enraizamentos na Memória Vivida. Isto porque o contexto da Prática Docente delas vem, paulatinamente, fragmentando os postulados da Memória Hegemônica, construída em torno da Racialização e da Racionalização e fazendo florescer nessas rachaduras marcas da Memória Vivida em direção à Ancestralidade.
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Esta tese parte do pressuposto que a autoidentificação das Professoras como Mulher Negra é um diferencial que pode possibilitar uma ação pautada em uma Prática Docente de enfrentamento do Racismo Educacional. Dessa forma, nos propomos a responder o seguinte questionamento: como a identificação étnico-racial de Professoras Negras pode e/ou tem mobilizado o desenvolvimento de uma Prática Docente Antirracista no espaço educacional? Para responder a esta questão tomamos como objetivo geral: Compreender as marcas da Memória Hegemônica e da Memória Vivida na construção identitária de Professoras Negras e sua influência em Práticas Docentes Antirracistas em escolas situadas no Território Campesino. E como objetivos específicos elencamos: a) identificar e caracterizar o processo de construção da identidade étnico-racial das Professoras Negras; b) analisar as concepções de Educação Antirracista das Professoras Negras; c) identificar e caracterizar as estratégias das Práticas Antirracista das Professoras Negras. Esta pesquisa se vale das Abordagens Teórico-Metodológica do Feminismo Negro Latino-Americano e dos Estudos Pós-Coloniais que tecem movimentos de resistência propositiva com a exterioridade colonial e em especial com a Memória e o Corpo Feminino Negro. Tivemos como campo de pesquisa quatro escolas do Território Campesino de Caruaru – PE e como Colaboradoras de pesquisa 04 Professoras Negras. A análise dos dados se deu através da Análise de Conteúdo, via análise temática, e apresenta como resultado as tensões vivenciadas pelas Colaboradoras no nível interno e externo. No Primeiro, temos a identificação Étnico-Racial dessas Colaboradoras, suas opções formativas, sociais, culturais, políticas e epistêmicas no desenvolvimento de Práticas Docentes Antirracistas. No segundo, temos as instituições de ensino a qual estão vinculadas, seus pares, a equipe docente, a própria comunidade escolar que por vezes evidenciam resistência. Por tal, compreendemos que a Prática Docente Antirracista desenvolvida é constituída por fios de resistência, de afirmação e de tensionamentos que se integram, constantemente, no chão da escola. O caminho percorrido, até aqui, nos permite inferir que as Colaboradoras desenvolvem uma educação epistemologicamente desobediente com enraizamentos na Memória Vivida. Isto porque o contexto da Prática Docente delas vem, paulatinamente, fragmentando os postulados da Memória Hegemônica, construída em torno da Racialização e da Racionalização e fazendo florescer nessas rachaduras marcas da Memória Vivida em direção à Ancestralidade.
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ESTEPHANE PRISCILLA DOS SANTOS MENDES
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A ORALIDADE NOS LIVROS DIDÁTICOS E NAS SALAS DE AULA DE ALFABETIZAÇÃO: COMPREENSÕES DOCENTES E USO DO LIVRO DIDÁTICO PARA ESSE ENSINO.
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Orientador : ANA CLAUDIA RODRIGUES GONCALVES PESSOA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXSANDRO DA SILVA
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ANA CLAUDIA RODRIGUES GONCALVES PESSOA
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CLECIO DOS SANTOS BUNZEN JUNIOR
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DEBORA AMORIM GOMES DA COSTA MACIEL
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MARIA LUCIA FERREIRA DE FIGUEIREDO BARBOSA
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Data: 30/06/2022
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Este trabalho tomou os exemplares de obras aprovadas pelo PNLD e as salas de aula de Alfabetização (através da fala das professoras) como fonte de produção e interpretação de dados, partindo da seguinte pergunta: quais as práticas de professoras alfabetizadoras no que se refere ao eixo de ensino oralidade, e qual o uso do Livro Didático de Alfabetização para a realização do trabalho com o oral em sala de aula? Tendo como objetivo geral, analisar as concepções de ensino da oralidade de professoras alfabetizadoras e o uso e conteúdo do Livro Didático para o ensino desse eixo no Ciclo de Alfabetização. Os objetivos específicos desse estudo seguiram por dois blocos: o primeiro voltado para a análise da coleção de Livro Didático adotado no munícipio de Caruaru para as turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental, onde buscou-se: identificar as atividades voltadas para o ensino do eixo oralidade em Livros Didáticos do 1º ao 3º ano, de acordo com seus objetivos; identificar as dimensões de ensino do eixo oral contempladas na coleção de Livros Didáticos analisadas; e analisar a progressão das atividades propostas para o ensino do oral nos três livros da coleção selecionada. O segundo bloco de objetivos tomou como foco a análise das percepções das professoras alfabetizadoras em relação ao uso do Livro Didático para o ensino de oralidade, objetivando interpretar as concepções de ensino de professoras alfabetizadoras no que se refere ao eixo de oralidade; verificar quais os recursos didáticos são utilizados pelas professoras alfabetizadoras para o ensino da oralidade; e, investigar a relevância do Livro Didático para as docentes no trabalho com a oralidade, nas turmas de 1º a 3º ano. Para dar conta de tais objetivos, fizemos uso de duas técnicas de produção de dados: (1) Análise Documental – analisamos exemplares dos livros didáticos utilizados na rede municipal de ensino de Caruaru; (2) Entrevista semiestruturada – realizamos entrevistas com professoras alfabetizadoras da rede de ensino de Caruaru. Os resultados apontam que na coleção analisada foram encontradas atividades que promovem situações de aprendizagem em relação a regras de convivência em sala de aula, características da conversação espontânea, identificação de aspectos não linguísticos (paralinguísticos) e trabalho com gêneros orais, no entanto, o foco da coleção ainda está em atividades de uso do oral em situações informais. Em relação a fala das professoras, percebeu-se que as concepções de ensino de oralidade trazidas, enfatizam o oral como uma forma de expressão, comunicação, desenvoltura para falar em público ou como ponte para outras aprendizagens, reduzindo e limitando o trabalho com oralidade as situações mais informais e cotidianas da sala de aula. No que se refere ao uso do livro didático para ensinar oralidade, percebemos que quanto mais explícita e detalhada for a atividade proposta pelos livros, mais habilidades de oralidade as professoras conseguem mobilizar com as crianças em sala de aula.
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Este trabalho tomou os exemplares de obras aprovadas pelo PNLD e as salas de aula de Alfabetização (através da fala das professoras) como fonte de produção e interpretação de dados, partindo da seguinte pergunta: quais as práticas de professoras alfabetizadoras no que se refere ao eixo de ensino oralidade, e qual o uso do Livro Didático de Alfabetização para a realização do trabalho com o oral em sala de aula? Tendo como objetivo geral, analisar as concepções de ensino da oralidade de professoras alfabetizadoras e o uso e conteúdo do Livro Didático para o ensino desse eixo no Ciclo de Alfabetização. Os objetivos específicos desse estudo seguiram por dois blocos: o primeiro voltado para a análise da coleção de Livro Didático adotado no munícipio de Caruaru para as turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental, onde buscou-se: identificar as atividades voltadas para o ensino do eixo oralidade em Livros Didáticos do 1º ao 3º ano, de acordo com seus objetivos; identificar as dimensões de ensino do eixo oral contempladas na coleção de Livros Didáticos analisadas; e analisar a progressão das atividades propostas para o ensino do oral nos três livros da coleção selecionada. O segundo bloco de objetivos tomou como foco a análise das percepções das professoras alfabetizadoras em relação ao uso do Livro Didático para o ensino de oralidade, objetivando interpretar as concepções de ensino de professoras alfabetizadoras no que se refere ao eixo de oralidade; verificar quais os recursos didáticos são utilizados pelas professoras alfabetizadoras para o ensino da oralidade; e, investigar a relevância do Livro Didático para as docentes no trabalho com a oralidade, nas turmas de 1º a 3º ano. Para dar conta de tais objetivos, fizemos uso de duas técnicas de produção de dados: (1) Análise Documental – analisamos exemplares dos livros didáticos utilizados na rede municipal de ensino de Caruaru; (2) Entrevista semiestruturada – realizamos entrevistas com professoras alfabetizadoras da rede de ensino de Caruaru. Os resultados apontam que na coleção analisada foram encontradas atividades que promovem situações de aprendizagem em relação a regras de convivência em sala de aula, características da conversação espontânea, identificação de aspectos não linguísticos (paralinguísticos) e trabalho com gêneros orais, no entanto, o foco da coleção ainda está em atividades de uso do oral em situações informais. Em relação a fala das professoras, percebeu-se que as concepções de ensino de oralidade trazidas, enfatizam o oral como uma forma de expressão, comunicação, desenvoltura para falar em público ou como ponte para outras aprendizagens, reduzindo e limitando o trabalho com oralidade as situações mais informais e cotidianas da sala de aula. No que se refere ao uso do livro didático para ensinar oralidade, percebemos que quanto mais explícita e detalhada for a atividade proposta pelos livros, mais habilidades de oralidade as professoras conseguem mobilizar com as crianças em sala de aula.
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