Dissertações/Teses

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2024
Dissertações
1
  • MARIA PAULA MEDEIROS DA CUNHA SANTOS
  • Desenvolvimento de um Biossensor baseado em Pontos Quânticos de Grafeno e Lectinas para detecção de Microrganismos Patogênicos

  • Orientador : MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALBERTO GALDINO DA SILVA JUNIOR
  • KLEBER GONCALVES BEZERRA ALVES
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • Data: 23/02/2024

  • Mostrar Resumo
  • As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são uma ameaça
    devido à alta mortalidade, mobilidade e resistência microbiana, afetando
    frequentemente pacientes críticos na UTI. O diagnóstico dessas infecções
    possui um período de espera considerável. Desta forma, os biossensores
    eletroquímicos nanoestruturados surgem como uma solução viável para a
    detecção de microrganismos patogênicos, com base na formação do complexo
    lectina-microorganismos. Esses biossensores, que fazem uso de componentes
    biológicos para detectar substâncias específicas em amostras, oferecem alta
    sensibilidade, especificidade, rapidez e portabilidade. As técnicas
    eletroquímicas, como voltametria cíclica (VC) e impedância eletroquímica (EIE),
    são essenciais para a caracterização desses dispositivos, viabilizando a análise
    das interações biomoleculares na superfície do eletrodo. O presente trabalho
    teve como objetivo realizar a combinação de materiais condutores, como o
    polipirrol (PPy), com nanomateriais, como os pontos quânticos de grafeno
    (GQDs), e a utilização da lectina Concanavalina A (ConA) para o
    desenvolvimento de um biossensor eficaz para identificar Candida sp. e
    bactérias de interesse clínico. Em sua construção, a eletropolimerização do
    PPy foi seguida pela adsorção dos GQDs e imobilização da ConA na superfície
    sensora, e na etapa final o bloqueio dos sítios remanescentes com BSA. Os
    testes de especificidade e sensibilidade envolveram amostras de espécies
    cândidas (Cândida albicans, Cândida glabrata e Cândida tropicalis) e bactérias
    gram negativas e positivas (Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Bacillus
    subtilis) com concentrações variando de 10 -1 a 10 -5 UFC.μL -1 . A avaliação do
    biossensor ocorreu por meio de VC e EIE, revelando uma alta densidade de
    corrente e resposta amperométrica após a eletropolimerização do PPy no
    eletrodo ITO, devido à troca de íons. A adição de GQDs funcionalizados com
    carboxila reduziu a resposta amperométrica decorrente da interação
    eletrostática entre os grupos funcionais. No entanto, a imobilização de ConA
    resultou em uma redução na resposta amperométrica, indicando uma
    diminuição na transferência de elétrons e aumento na resistência e
    transferência de carga após a imobilização da lectina ConA. A introdução de
    BSA reduziu ainda mais a condutividade, bloqueando os sítios remanescentes

    na plataforma. O sistema PPY-QGDs-ConA-Bsa foi avaliado frente aos
    microrganismos Cândida albicans, Cândida glabrata, Cândida tropicalis,
    Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Bacillus subtilis. As análises de VC e
    EIE revelaram uma maior resposta amperomerica e RCT para Cândida
    tropicalis e Bacilus subtilis (bactéria gram positiva), essa interação ocorre
    devido à afinidade da lectina ConA com determinados carboidratos, como N-
    acetilglicosamina, D-glicose, D-manose e glicoconjugados, presentes na
    superfície celular das espécies de Cândida spp, assim como no peptidoglicano,
    ácido lipoteicóico e lipopolissacarídeo das bactérias Gram-positivas e Gram-
    negativas, estabelecendo uma ligação específica. Portanto, o biossensor
    demonstrou precisão no diagnóstico de infecções hospitalares frente a
    detecção de microrganismos, contribuindo como uma importante ferramenta
    para área da saúde.


  • Mostrar Abstract
  • As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) são uma ameaça
    devido à alta mortalidade, mobilidade e resistência microbiana, afetando
    frequentemente pacientes críticos na UTI. O diagnóstico dessas infecções
    possui um período de espera considerável. Desta forma, os biossensores
    eletroquímicos nanoestruturados surgem como uma solução viável para a
    detecção de microrganismos patogênicos, com base na formação do complexo
    lectina-microorganismos. Esses biossensores, que fazem uso de componentes
    biológicos para detectar substâncias específicas em amostras, oferecem alta
    sensibilidade, especificidade, rapidez e portabilidade. As técnicas
    eletroquímicas, como voltametria cíclica (VC) e impedância eletroquímica (EIE),
    são essenciais para a caracterização desses dispositivos, viabilizando a análise
    das interações biomoleculares na superfície do eletrodo. O presente trabalho
    teve como objetivo realizar a combinação de materiais condutores, como o
    polipirrol (PPy), com nanomateriais, como os pontos quânticos de grafeno
    (GQDs), e a utilização da lectina Concanavalina A (ConA) para o
    desenvolvimento de um biossensor eficaz para identificar Candida sp. e
    bactérias de interesse clínico. Em sua construção, a eletropolimerização do
    PPy foi seguida pela adsorção dos GQDs e imobilização da ConA na superfície
    sensora, e na etapa final o bloqueio dos sítios remanescentes com BSA. Os
    testes de especificidade e sensibilidade envolveram amostras de espécies
    cândidas (Cândida albicans, Cândida glabrata e Cândida tropicalis) e bactérias
    gram negativas e positivas (Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Bacillus
    subtilis) com concentrações variando de 10 -1 a 10 -5 UFC.μL -1 . A avaliação do
    biossensor ocorreu por meio de VC e EIE, revelando uma alta densidade de
    corrente e resposta amperométrica após a eletropolimerização do PPy no
    eletrodo ITO, devido à troca de íons. A adição de GQDs funcionalizados com
    carboxila reduziu a resposta amperométrica decorrente da interação
    eletrostática entre os grupos funcionais. No entanto, a imobilização de ConA
    resultou em uma redução na resposta amperométrica, indicando uma
    diminuição na transferência de elétrons e aumento na resistência e
    transferência de carga após a imobilização da lectina ConA. A introdução de
    BSA reduziu ainda mais a condutividade, bloqueando os sítios remanescentes

    na plataforma. O sistema PPY-QGDs-ConA-Bsa foi avaliado frente aos
    microrganismos Cândida albicans, Cândida glabrata, Cândida tropicalis,
    Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Bacillus subtilis. As análises de VC e
    EIE revelaram uma maior resposta amperomerica e RCT para Cândida
    tropicalis e Bacilus subtilis (bactéria gram positiva), essa interação ocorre
    devido à afinidade da lectina ConA com determinados carboidratos, como N-
    acetilglicosamina, D-glicose, D-manose e glicoconjugados, presentes na
    superfície celular das espécies de Cândida spp, assim como no peptidoglicano,
    ácido lipoteicóico e lipopolissacarídeo das bactérias Gram-positivas e Gram-
    negativas, estabelecendo uma ligação específica. Portanto, o biossensor
    demonstrou precisão no diagnóstico de infecções hospitalares frente a
    detecção de microrganismos, contribuindo como uma importante ferramenta
    para área da saúde.

2
  • MARIA EDUARDA DE OLIVEIRA GONÇALVES
  • Investigação dos efeitos imunomodulador e antifibrótico da dexametasona em células de pacientes com esclerose sistêmica e em modelo experimental da doença

  • Orientador : MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDREA TAVARES DANTAS
  • JACINTO DA COSTA SILVA NETO
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • Data: 04/03/2024

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  • A esclerose sistêmica (ES) é uma doença autoimune do tecido conjuntivo, caracterizada por alterações vasculares,
    desregulação imunológica e fibrose da pele e órgãos internos. No tratamento da ES, a indicação de glicocorticoides
    é restrita devido a possibilidade de desenvolvimento de crise renal esclerodérmica. No entanto, na prática clínica,
    pacientes com acometimentos musculoesqueléticos ainda fazem uso, apesar da limitação nas evidências que
    demonstram os efeitos destes medicamentos no tratamento da doença. Dos poucos estudos realizados, os resultados
    obtidos sobre sua atividade frente a ES são controversos. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a atividade
    imunomoduladora e antifibrótica ex vivo da Dexametasona (Dexa) em células de pacientes com ES e in vivo em
    modelo experimental da doença. Foram incluídos no estudo 20 pacientes com ES e 10 voluntários saudáveis. A partir
    do sangue coletado foi realizado o isolamento das células mononucleares do sangue periférico (PBMCs) e em seguida
    o isolamento de macrófagos por meio de aderência e dos linfócitos T CD4±

    através de beads e coluna magnética. As
    células foram estimuladas com 100ng/mL de lipopolissacárideo (LPS) e 300 ng/mL de anti-CD3 e 400 ng/mL de
    anti-CD28, respectivamente, e expostas ou não a Dexa (1.000nM) para cultura celular. Os sobrenadantes de cultura
    foram recolhidos e utilizados para dosagem de citocinas e quimiocinas por ELISA. A ES experimental foi induzida
    em camundongos Balb/c através de injeções intradérmicas de ácido hipocloroso (HOCl) no dorso raspado dos
    camundongos (400 μL). O grupo controle recebeu injeções intradérmicas de PBS nas mesmas condições anteriormente
    descritas. Simultaneamente, os animais tratados (HOCl ou PBS) receberam injeções intraperitoneais de Dexa
    (1mg/Kg), 5 dias na semana por 6 semanas. Ao fim, os animais foram sacrificados. A fibrose dérmica e pulmonar foi
    avaliada por dosagem de hidroxiprolina, análise histopatológica e RT-qPCR. Os parâmetros imunológicos foram
    avaliados por ELISA. Os resultados foram analisados no software GraphPad Prism,versão 8.0 (San Diego, CA). Em
    sobrenadante de cultura de linfócitos T CD4± de pacientes com ES a Dexa reduziu significativamente a produção de

    IL-4 (p<0,0001), IL-6 (p=0,0023), IL-13 (p<0,0001) e TNF (p=0,0005), bem comoas citocinas IL-4 (p=0,0001), IL-
    13 (p=0,0003) e TNF (p=0,0009) em cultura de células de voluntários saudáveis. Ademais, a Dexa reduziu os níveis

    da quimiocina IL-8 (p=0,005) em sobrenadante de cultura de macrófagos de voluntários saudáveis. Os camundongos
    ES apresentaram espessamento dérmico significativamente maior que os animais do grupo controle (PBS) (p<0,0001).
    A Dexa reduziu significativamente a espessura da pele dos camundongos ES+Dexa em comparação aos camundongos
    ES) (p<0,0001). Foi observado aumento significativo da expressão gênica de Col1a1 (p=0,006) e Tgfβ1 (p=0,005) na
    pele e de Tgfβ1 (p=0,0001) nos pulmões dos camundongos ES em comparação ao grupo controle. Verificou-se redução
    significativa na expressão do mRNA de Col1a1 (p=0,002), Tgfβ1 (p<0,0001) e Acta2 (p<0,0001) na pele e de Tgfβ1
    (p=0,005) nos pulmões do grupo de camundongos ES+Dexa quando comparado aos camundongos ES. In vitro, a
    produção de IL-4 foi significativamente menor no sobrenadante de cultura de esplenócitos dos camundongos
    ES+Dexa em comparação ao grupo de camundongos ES (p=0,001). Diante do exposto, demonstra-se que a Dexa
    apresenta atividade imunomoduladora e antifibrótica frente a células de pacientes com ES e modelo experimental da
    doença.


  • Mostrar Abstract
  • A Esclerose Sistêmica (ES) é uma doença autoimune do tecido conjuntivo, caracterizada por alterações vasculares, desregulação imunológica e fibrose da pele e órgãos internos. Os glicocorticoides são utilizados no tratamento da ES, devido ao efeito anti-inflamatório e imunossupressor. No entanto, dos poucos estudos realizados, os resultados obtidos sobre sua atividade frente a doença são controversos. Assim, o trabalho tem como objetivo avaliar a possível atividade imunomoduladora e antifibrótica da Dexametasona (Dexa) ex vivo em células de pacientes com esclerose sistêmica e in vivo em modelo experimental da ES. A ES experimental foi induzida em camundongos Balb/c, através de injeções intradérmicas de ácido hipocloroso (HOCl) e os animais tratados receberam injeções intraperitoneais de Dexa (1mg/Kg). Durante as seis semanas do ensaio, o espessamento da pele do dorso raspado dos camundongos foi avaliado usando um paquímetro digital e expresso em milímetros (mm). Após esse período, os animais foram sacrificados e retirou-se o baço, pulmões e pele. Esplenócitos e macrófagos isolados do baço foram incubados (3x106 /poço) em placa de 24 poços em meio RPMI 1640, suplementado com 10% de Soro Bovino Fetal e estimulados com 5μg/mL de concanavalina A e 100 ng/mL de lipopolissacárideo, respectivamente, por 48 horas a 37° C e 5% de CO2. Após esse tempo, os sobrenadantes da cultura foram recuperados para dosagens de citocinas por ELISA. O RNA da pele e pulmão foram extraídos usando Trizol e a síntese de cDNA foi realizada utilizando o Kit High-Capacity cDNA Reverse Transcription. Em seguida, a expressão gênica de Col1a1, Tgf-β1 e Acta2 foi avaliada por RT-qPCR e a expressão gênica relativa foi calculada por 2 −ΔΔCT. Os resultados foram analisados no software GraphPad Prism, versão 8.0 (San Diego, CA). In vitro, a produção de IL-4 foi significativamente menor no sobrenadante de cultura de esplenócitos dos camundongos ES+Dexa em comparação ao grupo de camundongos ES (p=0,001). E ocorreu aumento significativo de IL-6 no sobrenadante de cultura de macrófagos dos camundongos ES+Dexa em comparação aos camundongos ES (p=0,008). Os camundongos ES apresentaram espessamento dérmico significativamente maior que o animais do grupo controle (PBS) (p<0,0001). A Dexa reduziu significativamente a espessura da pele dos camundongos ES + Dexa em comparação aos camundongos ES (p<0,0001). Foi observado aumento significativo da expressão gênica de Col1a1 (p=0,006) e Tgfβ1(p=0,005) na pele e de Tgfβ1 (p=0,0001) nos pulmões dos camundongos ES em comparação ao grupo controle. Verificou-se redução significativa na expressão de Col1a1 (p=0,002), Tgfβ1 (p<0,0001) e Acta2 (p<0,0001) na pele e de Tgfβ1 (p=0,005) nos pulmões do grupo de camundongos ES + Dexa quando comparado aos camundongos ES. Não ocorreu alteração significativa na expressão gênica de Col1a1 e Acta2 no pulmão dos grupos avaliados. Diante do exposto, sugere-se um perfil imunomodulador da dexametasona frente a produção de IL-4 e antifibrótico ao reduzir espessura dérmica e expressão de genes envolvidos na fibrose de pele e pulmão.

3
  • VALERIA MOURA DE CARVALHO
  • Avaliação do potencial terapêutico de derivados de tiossemicarbazonas em células neoplásicas de pulmão

  • Orientador : MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • IRANILDO JOSE DA CRUZ FILHO
  • MARDONNY BRUNO DE OLIVEIRA CHAGAS
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • Data: 04/03/2024

  • Mostrar Resumo
  • O câncer de pulmão (CP) é a principal causa de morte por câncer, e sua gravidade está associada
    ao diagnóstico tardio, recidiva e resistência aos medicamentos, principalmente à cisplatina.
    Contudo, diante dos efeitos adversos deste fármaco, torna-se fundamental a busca de novas
    alternativas terapêuticas. Nesse contexto, outras moléculas que formam complexos com íons
    metálicos vêm sendo estudadas, sendo as tiossemicarbazonas (TSCs) um exemplo promissor no
    que se refere à atividade antineoplásica. Dessa forma, o presente estudo objetiva investigar a
    atividade antineoplásica in vitro de derivados de TSCs (PR-12, PR-14 e PR-17) em linhagens
    celulares de carcinoma de pulmão de células não pequenas (CPCNP), por meio da avaliação da
    citotoxicidade e dos efeitos dos derivados no ciclo e morte celular, ativação das caspases efetoras
    -3 e -7, bem como na geração de espécies reativas de oxigênio (ROS). A citotoxicidade foi
    analisada por meio do ensaio de MTT em células mononucleares do sangue periférico (PBMCs)
    e em linhagens de CPCNP (A549 e H1299). A análise do ciclo celular, a indução de apoptose e
    necrose, bem como a ativação das caspases e a geração de ROS, foram realizadas por citometria
    de fluxo, mediante marcação com iodeto de propídeo (PI), PI e anexina V-APC, reagente
    CelEvent® Caspase 3/7 Green e dihidroetídio, respectivamente. Os derivados de TSCs não
    apresentaram toxicidade considerável em PBMCs (IC50>100 μM), e foram tóxicos para as
    células neoplásicas. Na linhagem A549, os valores de IC50 variaram de 1,15 a 22 μM. Já na
    linhagem H1299, os derivados apresentaram valores de IC50 entre 7,4 e 12,4 μM. Com relação à
    análise do ciclo celular na linhagem A549, apenas o PR-14 induziu o acúmulo de células na fase
    G2/M. Na linhagem H1299, os compostos PR-12 e PR-14 aumentaram o porcentual de células
    na fase S, enquanto o PR-17 aumentou tanto na fase S como na fase G2/M. No que se refere à

    indução de morte celular na linhagem A549, o PR-12 induziu apenas a necrose, enquanto o PR-
    14 desencadeou apoptose e necrose. Na linhagem H1299, todos os derivados induziram

    apoptose, e o PR-17 também desencadeou a necrose. Ademais, na linhagem A549, apenas o PR-
    14 ativou as caspases -3 e -7, enquanto na linhagem H1299, todos os compostos ativaram estas

    proteases. Em relação à geração de ROS, apenas o PR-14 aumentou sua produção na linhagem
    A549, já na linhagem H1299, todos os derivados elevaram o nível de ROS. As análises
    demonstraram que os derivados de TSCs apresentaram atividade antitumoral frente às linhagens
    neoplásicas de pulmão, indicando que esses compostos podem ser potenciais candidatos a
    fármaco para o tratamento do CPCNP.


  • Mostrar Abstract
  • O câncer de pulmão (CP) representa a principal causa de morte por câncer, sendo sua gravidade atribuída ao diagnóstico tardio, recidiva e desenvolvimento de resistência aos medicamentos utilizados. Os regimes de quimioterápicos empregados no tratamento do CP são à base de platina, principalmente a cisplatina. Contudo, tendo em vista que este fármaco desencadeia diferentes efeitos adversos, é de fundamental importância realizar estudos destinados ao desenvolvimento de novas alternativas terapêuticas. Nessa conjuntura, outras moléculas que formam complexos com íons metálicos vêm sendo estudadas, sendo as tiossemicarbazonas (TSCs) um exemplo promissor no que tange à atividade antineoplásica, visto que possuem propriedades capazes de inibir o crescimento e a proliferação de células tumorais, além de induzirem a morte celular por meio da geração de espécies reativas de oxigênio (EROs). Destarte, o presente estudo objetiva investigar a atividade antineoplásica in vitro de novos derivados de tiossemicarbazonas (PR-12, PR-14 e PR-17) em linhagens celulares de CP de células não pequenas (A549 e H1299), por meio da avaliação da citotoxicidade e dos possíveis efeitos dos derivados na proliferação, ciclo e morte celular, geração de EROs e a capacidade de inibição da migração celular. A citotoxicidade foi analisada por meio do ensaio de MTT utilizando as linhagens neoplásicas de pulmão de células não pequenas A549 e H1299. A análise do ciclo celular, a geração de EROs e a indução de apoptose e necrose nestas linhagens celulares foram realizadas por citometria de fluxo, mediante marcação com iodeto de propídeo (PI), dihidroetídio (DHE), PI e anexina V, respectivamente. Os derivados PR-12, PR-14 e PR-17 apresentaram citotoxicidade significativa na linhagem H1299, cujas concentrações inibitórias (IC50) ± desvio padrão foram: 7,4 μM ± 1,6; 12,4 μM ± 0,9 e 7,8 μM ± 3,8, respectivamente. Enquanto na linhagem A549, o composto PR-12 apresentou IC50 de 5 μM ± 2, o PR-14 (22 μM ± 4,5) e o PR-17 (1,15 μM ± 0,4). No que tange à análise do ciclo e morte celular, apenas o PR-14 aumentou o porcentual de células na fase G0/G1 e induziu a morte celular por necrose na linhagem A549 após 24h de tratamento. Enquanto na linhagem H1299 todos os derivados de TSCs aumentaram de forma significativa a produção de EROs após 24, 48h e 72h de tratamento. As análises preliminares demonstraram resultados promissores para os compostos avaliados. Todavia, para a conclusão do estudo, novos ensaios estão sendo repetidos com o intuito de consolidar os resultados e elucidar o mecanismo de ação dos derivados de TSCs no CP de células não pequenas.

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  • JOÃO ALVES GONÇALVES NETO
  • Perfil De Células T e B e Citocinas Pró e Anti-Inflamatórias Antes E Pós-Vacinação Para Covid-19 Em Profissionais De Saúde Do Estado De Pernambuco

  • Orientador : MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
  • ANDERSON RODRIGUES DE ALMEIDA
  • PRISCILLA STELA SANTANA DE OLIVEIRA
  • Data: 08/03/2024

  • Mostrar Resumo
  • Avaliações imunológicas e o acompanhamento de vacinados contra o SARS-CoV-2 são
    cruciais para obter dados sobre eficácia e segurança, otimizando estratégias de
    imunização local e globalmente. A pesquisa teve como objetivo avaliar o perfil
    imunológico dos Linfócitos T/B e das citocinas pró e anti-inflamatórias em resposta à
    vacinação contra a COVID-19 em amostras de sangue total de profissionais de saúde do
    estado de Pernambuco. De cada participante recrutado foram coletadas, inicialmente,
    amostras para a investigação de infecção prévia pelo SARS-CoV-2 (anti-IgG) à primeira
    dose da vacina (T0), bem como sangue total e plasma para análises por citometria e
    ELISA. Linfócitos totais, TCD3, TCD4 e linfócitos B foram analisados em seis coletas
    (T0 a T5), realizadas ao longo de um ano, até 15 dias após a quarta dose. A dosagem
    das citocinas IL-6, IL-10 e INF-γ foi realizada em três diferentes momentos (T0, T2 e
    T5). As diferenças foram consideradas significativas quando p ≤ 0,05. Informações
    sociodemográficas e sobre efeitos adversos das vacinas também foram coletadas. No
    total, 20 participantes recrutados seguiram até o fim do seguimento. O efeito adverso
    mais relatado foi a dor local após vacinação (80%). Infecção prévia pelo SARS-CoV-2
    foi observada em 25% dos voluntários em T0. O percentual dos linfócitos totais reduziu
    significativamente seis meses após a 2ª coleta (T2; p = 0,0003), voltando a subir após as
    doses de reforço. O mesmo foi observado para T CD3+, porém com redução mais
    acentuada, e significativa em relação a T0 (p &lt; 0,0001). Linfócitos T CD4+ elevaram-se
    significativamente após a quarta dose em relação à coleta após a 3ª dose (p=0.0089). Os
    Linfócitos B demostraram elevação gradativa ao longo das coletas, com diferença
    significativa entre T0 e T5 (p = 0,0050). Não foram observadas diferenças significativas
    para as citocinas analisadas, apesar das variações individuais. Apesar das limitações
    iniciais na amostragem, este estudo oferece uma visão das variações nas células que
    participam da memória imunológica em resposta à vacinação, a partir de espécimes
    coletados de profissionais que atuaram em um centro de testagem durante a pandemia
    da COVID-19. Esta pesquisa acompanhou um número considerável de voluntários
    durante um período significativo, fornecendo perspectivas úteis para futuras
    investigações sobre a resposta imunológica à vacinação contra a COVID-19, neste
    grupo em específico.


  • Mostrar Abstract
  • A rápida disseminação do SARS-CoV-2 levou as organizações de saúde a concentrarem seus esforços na
    pesquisa e inovação, com o objetivo de desenvolver vacinas eficazes contra esse vírus. Até o momento,
    mais de 770 milhões de pessoas foram infectadas em todo o mundo, resultando em mais de 7 milhões de
    óbitos. No Brasil, a população recebeu diferentes tipos de vacinas, incluindo a CoronaVac e a Pfizer, que
    são baseadas em tecnologias como vírus inativados e RNA mensageiro, bem como a Astrazeneca/Oxford
    e a Johnson & Johnson, que utilizam vetores virais ou adenovírus. A avaliação imunológica e o
    acompanhamento de indivíduos vacinados desempenham um papel crucial na obtenção de dados
    concretos sobre a eficácia e a segurança das vacinas. Essas informações são essenciais para a otimização
    das estratégias de imunização, tanto em âmbito local quanto global. O objetivo deste projeto de pesquisa é

    avaliar prospectivamente a resposta imunológica de adultos jovens após a vacinação contra o SARS-CoV-
    2. Isso inclui: (i) Detecção dos níveis de linfócitos T e B no sangue periférico por meio de citometria de

    fluxo. (ii) Determinação da concentração de moléculas anti e pró-inflamatórias no plasma sanguíneo de
    pacientes vacinados utilizando o ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay). (iii) Avaliação da
    memória imunológica (IgG) após a primeira, segunda, terceira e quarta doses das vacinas, com intervalos
    de 1, 3, 6 e 12 meses, por meio do ELISA. (iv) Comparação dos resultados laboratoriais em diferentes
    momentos: antes da vacinação, após a primeira, segunda, terceira e quarta doses. (v) Avaliação das
    reações adversas relatadas pelos voluntários após a vacinação. Para realizar essas análises, inicialmente
    recrutamos 40 voluntários antes da primeira dose da vacina, mas ao longo do estudo, devido a diversas
    circunstâncias, conseguimos acompanhar apenas 23 deles. Amostras de soro e células mononucleares do
    sangue periférico (PBMC) foram coletadas de todos os voluntários. A maioria dos participantes (65%) era
    do sexo feminino, com idades entre 20 e 45 anos, e apenas um relatou ter comorbidades. Também
    coletamos informações sobre a história de infecção por COVID-19, sintomas, fabricante das vacinas
    recebidas e eventuais efeitos adversos. As diferenças foram consideradas significativas quando p ≤ 0,05.
    Nossos resultados demonstraram que os níveis de linfócitos TCD4+ aumentaram significativamente após
    cada dose da CoronaVac, que foi aplicada a todos os voluntários na primeira e segunda doses. A partir da
    terceira dose, a vacina da Pfizer se tornou a principal aplicada. No entanto, observamos que esses níveis
    diminuíram após um período de até seis meses. Resultados semelhantes foram observados nos linfócitos
    TCD3+. Em contrapartida, os níveis de linfócitos B não apresentaram diferenças significativas durante o
    mesmo período avaliado. Estamos atualmente em processo de análise das amostras para avaliar a resposta
    humoral produzida pelas vacinas, bem como para detectar a produção de duas interleucinas relacionadas à
    imunidade induzida, a IL-6 e a IL-10.

5
  • GEDIELMA MARIA DA SILVA MARTINS
  • IDENTIFICAÇÃO DE NOVOS BIOMARCADORES PRESENTES NA SALIVA PARA PROGNÓSTICO DA COVID-19

  • Orientador : MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • AMANDA PINHEIRO DE BARROS ALBUQUERQUE
  • MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
  • ROMULO PESSOA E SILVA
  • Data: 13/03/2024

  • Mostrar Resumo
  • Uma pneumonia viral desconhecida surgiu em Wuhan, China, em dezembro de 2019,
    identificada como COVID-19, em janeiro de 2020. Embora com menor taxa de mortalidade, a
    COVID-19 se espalha rapidamente. Biomarcadores salivares têm se mostrado promissores para o
    diagnóstico e prognóstico da doença, de forma rápida e não invasiva. A detecção de SARS-CoV-
    2 na saliva pode fornecer um método confiável e econômico para o diagnóstico precoce e
    monitoramento dos pacientes durante a pandemia. O principal objetivo desta pesquisa é avaliar a
    expressão de citocinas pró e anti-inflamatórias na saliva de pacientes diagnosticados com
    COVID-19, visando sua utilização como biomarcador de prognóstico clínico. Os pacientes
    maiores de 18 anos, sintomáticos com pelo menos 5 dias de sintomas e que concordaram em
    participar do estudo foram incluídos na pesquisa. Pacientes menores de 18 anos, com mais de 10
    dias de sintomas para COVID-19 e em uso de terapias imunossupressoras ou imunoestimulantes
    foram excluídos. A coleta de saliva foi feita pelos próprios pacientes e as amostras foram
    mantidas sob refrigeração de -80 °C. As análises estatísticas foram conduzidas para verificar
    diferenças entre os grupos e correlações entre as variáveis, utilizando testes t de Student, Mann-
    Whitney e Spearman. Valores de p &lt; 0,05 foram considerados significativos. Foram estudados 76
    pacientes positivos para COVID-19, sendo 60,53% do sexo feminino e 39,47% do sexo
    masculino, com idade média de 37,78 anos. Os sintomas mais comuns foram cefaleia, tosse seca
    e coriza. Além disso, 69 pacientes com sintomas semelhantes, mas negativos para COVID-19,
    foram incluídos no estudo, sendo 75,36% mulheres e 24,64% homens, com idade média de 38,62
    anos. Os principais sintomas foram cefaleia, dor de garganta e coriza. 77 controles saudáveis
    foram incluídos no estudo, sendo 57,14% do sexo feminino e 42,86% do sexo masculino,
    obtendo uma idade média de 49 anos. O estudo analisou os níveis das citocinas IFN-γ, IL-4, IL-
    6, IL-10, IL-1β e TNF-α na saliva de pacientes leves e negativos sintomáticos para COVID-19,
    comparando com um grupo de controle saudável. Observou-se um aumento da expressão de
    IFN-γ (p &lt; 0,0001), IL-4 (p &lt; 0.0001) e IL-6 (p &lt; 0.0004) no grupo dos positivos leves quando
    comparados ao grupo controle. Houve também aumento da expressão de IFN-γ (p &lt; 0.0001), IL-
    4 (p &lt; 0.0001) e IL-6 (p &lt; 0.0001) quando comparamos o grupo dos positivos leves aos
    sintomáticos negativos. Foram identificadas correlações positivas entre as principais condições
    médicas associadas e os sintomas da COVID-19 e os níveis das citocinas examinadas. A análise
    de correlação entre as citocinas IFN-γ, IL-4, IL-6, IL-10, IL-1β e TNF-α durante a fase aguda da
    COVID-19 destacou relações estatisticamente significativas. IL-10 demonstrou associações
    positivas e moderadas com (r=0,3564, p=0,0036) e IFN-γ (r=0,3292, p=0,0151), enquanto IL-6 e
    TNF-α exibiram uma correlação positiva e moderada entre si (r=0,4582, p=0,0033). As
    avaliações das curvas ROC revelaram uma AUC notavelmente alta de 0,9285 para IFN-γ,
    indicando uma excelente capacidade de distinguir entre os grupos com sintomas leves e
    controles, seguido por IL-4 com uma AUC de 0,8226 e IL-6 com 0,7065, demonstrando uma
    capacidade discriminatória satisfatória e aceitável, respectivamente. Esses resultados sugerem o
    potencial do IFN-γ como um marcador distintivo para a COVID-19. Essas descobertas indicam o
    potencial da saliva como meio diagnóstico e fonte de biomarcadores para a COVID-19, mas
    ressaltam a necessidade de pesquisas mais aprofundadas nessa área.


  • Mostrar Abstract
  • Uma pneumonia viral desconhecida surgiu em Wuhan, China, em dezembro de 2019, identificada
    como COVID-19 em janeiro de 2020. Embora com menor taxa de mortalidade que SARS e MERS,
    a COVID-19 se espalha rapidamente. Biomarcadores salivares têm se mostrado promissores para

    o diagnóstico e prognóstico da doença, de forma rápida e não invasiva. A detecção de SARS-CoV-
    2 na saliva pode fornecer um método confiável e econômico para o diagnóstico precoce e

    monitoramento dos pacientes durante a pandemia. O principal objetivo desta pesquisa é avaliar a

    expressão de citocinas pró e anti-inflamatórias na saliva de pacientes diagnosticados com COVID-
    19 visando sua utilização como biomarcador clínico. Os pacientes maiores de 18 anos,

    sintomáticos com pelo menos 5 dias de sintomas e que concordaram em participar do estudo foram
    incluídos na pesquisa. Pacientes menores de 18 anos, com mais de 10 dias de sintomas para
    COVID-19 e em uso de terapias imunossupressoras ou imunoestimulantes foram excluídos. A
    coleta de saliva foi feita pelos próprios pacientes e as amostras foram mantidas sob refrigeração
    de -80 °C. As análises estatísticas foram conduzidas para verificar diferenças entre os grupos e
    correlações entre as variáveis, utilizando testes t de Student, Mann-Whitney e Spearman. Valores
    de p < 0,05 foram considerados significativos. Foram estudados 63 pacientes positivos para
    COVID-19, sendo 60,31% do sexo feminino e 39,69% do sexo masculino, com idade média de
    37,76 anos. Os sintomas mais comuns foram cefaleia, tosse seca e coriza. Além disso, 32 pacientes
    com sintomas semelhantes, mas negativos para COVID-19, foram incluídos no estudo, sendo
    68,75% mulheres e 31,25% homens, com idade média de 38,66 anos. Os principais sintomas foram
    cefaleia, dor de garganta e coriza. Os principais resultados indicaram um aumento significativo
    dos níveis de IFN-γ e IL-6 nos pacientes do grupo leves/moderados de COVID-19 em comparação
    com os sintomáticos negativos. A presença de alguns sintomas, como dor de garganta, dor de
    cabeça, sonolência, perda de apetite e mialgia, apresentou associações positivas significativas com
    os níveis de IFN-γ. Além disso, os níveis de TNF-α mostraram associação significativa com a
    presença de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) no grupo de pacientes leves/moderados, e a
    presença de sintomas como perda de olfato, febre, perda de apetite, tosse seca e mialgia também
    apresentou associações positivas significativas com os níveis de TNF-α. Este estudo destacou a
    saliva como uma opção vantajosa como meio diagnóstico para COVID-19, sendo não invasiva e
    amplamente aceita, permitindo a detecção do RNA e anticorpos do SARS-CoV-2. Portanto,
    pacientes positivos para COVID-19 apresentaram níveis elevados de IFN-y e IL-6 na saliva em
    comparação com os negativos. Outros estudos também encontraram associações entre citocinas
    salivares e a gravidade da doença, embora discrepâncias tenham sido observadas em relação a
    certas citocinas, como IL-1b e TNF. Essas descobertas indicam o potencial da saliva como meio
    diagnóstico e fonte de biomarcadores para a COVID-19, mas ressaltam a necessidade de pesquisas
    mais aprofundadas nessa área.

6
  • TULIO QUEIROGA FAUSTINO
  • INFLUÊNCIA DA FORÇA IÔNICA NA INTERAÇÃO DE CIANOTOXINAS COM O NANOPORO DA ALFA-HEMOLISINA

  • Orientador : CLAUDIO GABRIEL RODRIGUES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO GOMES DE CASTRO NETO
  • CLAUDIO GABRIEL RODRIGUES
  • DIJANAH COTA MACHADO
  • JANILSON JOSE DA SILVA JUNIOR
  • Data: 29/03/2024

  • Mostrar Resumo
  • As microcistinas (MCs) são heptapetídeos cíclicos que são produzidos por
    diferentes tipos de cianobactérias, sendo o gênero Microcystis o principal
    produtor. Diversas variantes de microcistinas já foram documentadas, e suas
    características estruturais influenciam seus perfis de toxicidade. As
    microcistinas afetam principalmente o fígado, mas também podem causar
    danos em outros órgãos. Os métodos tradicionais de detecção, como ELISA,
    HPLC e LC-MS, são amplamente utilizados, porém são dispendiosos e exigem
    equipamentos especializados. Nesse contexto, os biossensores surgem como
    uma abordagem inovadora, oferecendo alta sensibilidade, rapidez e facilidade
    de uso. Um exemplo promissor é o biossensoriamento estocástico via
    nanoporo individual, que permite a detecção unitária de moléculas. O nanoporo
    da α-hemolisina (α-HL) é a proteína mais comumente empregada, uma vez que
    apresenta uma estrutura molecular bem elucidada e um processo de detecção
    de diversos analitos já bem descritos na literatura. Experimentalmente, as
    bicamadas lipídicas planas foram confeccionadas por um método de aposição
    lipídica, com posterior incorporação de um único nanoporo de α-HL na
    membrana. Subsequentemente, foi adicionada a microcistina LR no lado
    TRANS da câmara para realizar a obtenção dos registros através de um
    protocolo de voltagem. As estruturas moleculares foram obtidas do PDB,
    desenhadas no Ketcher Molecular Draw e minimizadas no software Avogadro,
    antes de serem submetidas ao DockThor para análise. Observou-se que a
    utilização de soluções de fluoreto, resultam em menor condutância do
    nanoporo devido à maior viscosidade. Notou-se um padrão de bloqueio
    semelhante nas soluções de cloreto e fluoreto, sugerindo uma consistência no
    comportamento das microcistinas, independentemente do tipo de sal
    utilizado.As análises do comportamento de bloqueio indicam uma relação entre
    a concentração de KCl na solução e a frequência de bloqueios causados pela
    MC-LR, sugerindo que o aumento da concentração de solução está associado
    a um aumento na frequência de bloqueios. Esse aumento na frequência de
    bloqueios melhora a capacidade de detecção estocástica do nanoporo unitário
    da α-HL. De modo geral, as microcistinas RR e a Nodularina apresentaram as
    melhores energias quando associadas ao nanoporo da α-HL, seguidas pela LR

    e YR. Houve uma similaridade entre as energias totais e quantidade total de
    ligações de hidrogênio da MC-LR e Nodularina, fator que pode ser explicado
    por sua semelhança estrutural. Assim, espera-se que apresentem bloqueios
    característicos semelhantes em amplitude, porém, passíveis de serem
    discriminados, uma vez que apresentam ligações e energia distintas.
    Experimentalmente, nota-se uma prevalência no tempo de bloqueio da MC-RR
    em relação a outras MCs, corroborando com os dados obtidos
    computacionalmente. No entanto, variações no potencial elétrico da membrana
    alteram a frequência e o tempo de bloqueio induzidos pelas microcistinas,
    indicando uma relação entre o perfil de carga das moléculas e o nanoporo.
    Assim, pode-se concluir que o aumento da concentração de KCl na solução
    está associado a um aumento na frequência de bloqueios causados pela MC-
    LR, sugerindo uma melhora na capacidade de detecção estocástica do
    nanoporo unitário da α-HL.


  • Mostrar Abstract
  • As microcistinas (MCs) são heptapetídeos cíclicos que são produzidos por diferentes tipos de cianobactérias, sendo o gênero Microcystis o principal produtor. Diversas variantes de microcistinas já foram documentadas, e suas características estruturais influenciam seus perfis de toxicidade. As microcistinas afetam principalmente o fígado, mas também podem causar danos em outros órgãos. Para garantir a segurança da água e proteger a saúde pública, métodos avançados como ELISA, HPLC e LC-MS são amplamente utilizados para a detecção de microcistinas. No entanto, esses métodos são dispendiosos e requerem equipamentos especializados. Nesse sentido, os biossensores surgem como uma abordagem inovadora, oferecendo alta sensibilidade, rapidez e facilidade de uso. Um exemplo promissor é o biossensoriamento estocástico via nanoporo individual, que permite a detecção unitária de moléculas de microcistinas. O nanoporo da α-hemolisina é a proteína mais comumente empregada, uma vez que apresenta uma estrutura molecular bem elucidada e um processo de detecção de diversos analitos já bem descritos na literatura. Desta forma, propomos a aplicação do atracamento molecular para identificar os modos de ligações das microcistinas no nanoporo de α-hemolisina, de forma que possibilite auxiliar na correlação dos bloqueios de corrente iônica. Experimentalmente, as bicamadas lipídicas planas foram confeccionadas por um método de aposição lipídica, com posterior incorporação de um único nanoporo de α-hemolisina na membrana. Subsequentemente, foram adicionadas microcistinas no lado TRANS da câmara para realizar a obtenção dos registros através de um protocolo de voltagem. As estruturas moleculares foram adquiridas a partir do PDB, desenhadas a partir do Ketcher Molecular Draw, e minimizadas pelo software Avogadro. Desta forma, foram aplicadas nas zonas copal, troncular e anelar do nanoporo para as análises de atracamento molecular. Os confôrmeros que apresentaram as melhores energias de interação foram analisados a partir do Discovery Studio Visualizer. De modo geral, as microcistinas RR e a Nodularina apresentaram as melhores energias quando associadas ao nanoporo da alfa-hemolisina, seguidas pela LR e YR. Houve uma similaridade entre as energias totais e quantidade total de ligações de hidrogênio da MC-LR e Nodularina, fator que pode ser explicado por sua semelhança
    estrutural. Assim, espera-se que apresentem bloqueios característicos semelhantes em amplitude, porém, passíveis de serem discriminados, uma vez que apresentam ligações e energia distintas. Experimentalmente, nota-se uma prevalência no tempo de bloqueio da MC-RR em relação a outras MCs, corroborando com os dados obtidos computacionalmente. Porém, com alterações no potencial elétrico da membrana, a frequência e o tempo de bloqueio induzidos pelas MCs se alteram, assim, acredita-se que o comportamento de bloqueios esteja relacionado tanto com o perfil de carga destas moléculas em meio aquoso, bem como o perfil de carga do nanoporo. Portanto, estudos envolvendo a dinâmica molecular, que consideram a flexibilidade de receptores e ligantes, a cinética das reações e a solução banhante, são necessários para elucidar completamente o comportamento de translocação e interação entre as cianotoxinas e nanoporo.

7
  • HERNANDO DE BARROS SIQUEIRA NETO
  • Planejamento, Síntese e Avaliação de Citotoxicidade e Atividade Antiviral de Novos Derivados Imidazolidínicos

  • Orientador : IVAN DA ROCHA PITTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • IRANILDO JOSE DA CRUZ FILHO
  • MICHELLE MELGAREJO DA ROSA
  • PAULO ANDRE TEIXEIRA DE MORAES GOMES
  • Data: 29/04/2024

  • Mostrar Resumo
  • A coronavirus disease (COVID-19), enfermidade respiratória causada pelo vírus SARS-CoV-2, alcançou uma
    pandemia sem precedentes. Em quadros graves, pacientes podem desenvolver pneumonia, síndrome respiratória aguda
    grave (SRAG), além de falha de órgãos. A ausência de um tratamento específico e padronizado sugere a necessidade
    de novas abordagens terapêuticas, como o planejamento de fármacos com estudos in vitro e técnicas computacionais.
    Apresentando importantes atividades biológicas, as imidazolidinas são moléculas com uma porção heterocíclica
    nitrogenada, destacando-se entre elas a hidantoína, componente de diversos fármacos de uso na clínica. Utilizando
    como alvos terapêuticos proteases típicas de coronavírus, foi planejada uma série de novos derivados imidazolidínicos,
    visando a síntese, elucidação estrutural e avaliação de seu potencial antiviral. Após a obtenção do composto
    intermediário AV-1, não foi possível obter os produtos finais seguindo a rota originalmente construída. Houve então
    uma mudança de planejamento sintético, com as seguintes etapas reacionais: 1) produção de compostos JMs por
    condensação de Knoevenagel, utilizando hidantoína e respectivos aldeídos; 2) adição de Michael dos JMs ao composto
    halogenado para formação dos produtos finais. Foram sintetizados nove produtos com graus de pureza entre 95-100%
    (pela técnica de cromatografia líquida de alta eficiência), dos quais oito receberam confirmação estrutural por
    ressonância magnética nuclear de 1H e 13C. Estudos de docagem molecular indicaram que todos os produtos finais
    têm afinidade, e interagem bem, com as proteases virais MPRO e PLPRO, sendo enfim indicados para testes de
    citotoxicidade.


  • Mostrar Abstract
  • A coronavirus disease (COVID-19), enfermidade respiratória causada pelo vírus SARS-CoV-2, alcançou uma
    pandemia sem precedentes. Em quadros graves, pacientes podem desenvolver pneumonia, síndrome respiratória aguda
    grave (SRAG), além de falha de órgãos. A ausência de um tratamento específico e padronizado sugere a necessidade
    de novas abordagens terapêuticas, como o planejamento de fármacos com estudos in vitro e técnicas computacionais.
    Apresentando importantes atividades biológicas, as imidazolidinas são moléculas com uma porção heterocíclica
    nitrogenada, destacando-se entre elas a hidantoína, componente de diversos fármacos de uso na clínica. Utilizando
    como alvos terapêuticos proteases típicas de coronavírus, foi planejada uma série de novos derivados imidazolidínicos,
    visando a síntese, elucidação estrutural e avaliação de seu potencial antiviral. Após a obtenção do composto
    intermediário AV-1, não foi possível obter os produtos finais seguindo a rota originalmente construída. Houve então
    uma mudança de planejamento sintético, com as seguintes etapas reacionais: 1) produção de compostos JMs por
    condensação de Knoevenagel, utilizando hidantoína e respectivos aldeídos; 2) adição de Michael dos JMs ao composto
    halogenado para formação dos produtos finais. Foram sintetizados nove produtos com graus de pureza entre 95-100%
    (pela técnica de cromatografia líquida de alta eficiência), dos quais oito receberam confirmação estrutural por
    ressonância magnética nuclear de 1H e 13C. Estudos de docagem molecular indicaram que todos os produtos finais
    têm afinidade, e interagem bem, com as proteases virais MPRO e PLPRO, sendo enfim indicados para testes de
    citotoxicidade.

Teses
1
  • VANESSA GOUVEIA DE MELO SILVA
  • PLANEJAMENTO ESTRUTURAL, SÍNTESE E AVALIAÇÃO FARMACOLÓGICA DE 1,3-TIAZÓIS

  • Orientador : ANA CRISTINA LIMA LEITE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CRISTINA LIMA LEITE
  • VALERIA PEREIRA HERNANDES
  • ELANY BARBOSA DA SILVA
  • IGNES REGINA DOS SANTOS
  • POLICARPO ADEMAR SALES JUNIOR
  • Data: 26/02/2024

  • Mostrar Resumo
  • As doenças negligenciadas constituem um conjunto de doenças infecciosas que afetam
    regiões tropicais e subtropicais de países com economias em desenvolvimento. Dentre esse
    grupo de afecções, destacam-se a Doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypanosoma
    cruzi, e a Leishmaniose, uma doença infecciosa causada por parasitas do gênero Leishmania. O
    fármaco atualmente utilizado na quimioterapia da doença de chagas é o benznidazol, que em
    estágios mais avançados da doença é ineficaz, já o tratamento para a Leishmania ainda é bastante
    limitado, com sérios inconvenientes em termos de segurança, resistência, estabilidade e custo.
    Logo, existe a necessidade do desenvolvimento de novas terapias contra essas doenças. Nesse
    sentido, a proposta do presente trabalho consistiu em desenvolver uma série de compostos
    bioativos a partir de duas estruturas privilegiadas, as tiossemicarbazonas e os 1,3-tiazóis.
    Inicialmente, planejou-se quinze moléculas, as quais foram sintetizadas e devidamente
    caracterizadas. Após a caracterização, os compostos foram avaliados quanto à atividade anti-T.
    cruzi e leishmanicida. Quanto à atividade anti-T.cruzi, foi utilizada a cepa Tulahuen, e a
    toxicidade avaliada em fibroblastos L929. Os testes anti-Leishmania foram realizados frente
    formas promastigotas e amastigotas das espécies L. amazonensis e L. infantum, e a CC50 contra
    fibroblastos L929. Dentre os compostos testados VM-05, VM-08 e VM-11 se destacaram para a
    atividade frente à forma promastigota da espécie L. infantum, com valores de IC50 12.0, 14.8 e
    14.4 μM, respectivamente. Já o composto VM-12, se destacou na atividade anti-T.cruzi, com
    IC50 15,3 μM.


  • Mostrar Abstract
  • As doenças negligenciadas constituem um conjunto de doenças infecciosas que afetam
    regiões tropicais e subtropicais de países com economias em desenvolvimento. Dentre esse
    grupo de afecções, destacam-se a Doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypanosoma
    cruzi, e a Leishmaniose, uma doença infecciosa causada por parasitas do gênero Leishmania. O
    fármaco atualmente utilizado na quimioterapia da doença de chagas é o benznidazol, que em
    estágios mais avançados da doença é ineficaz, já o tratamento para a Leishmania ainda é bastante
    limitado, com sérios inconvenientes em termos de segurança, resistência, estabilidade e custo.
    Logo, existe a necessidade do desenvolvimento de novas terapias contra essas doenças. Nesse
    sentido, a proposta do presente trabalho consistiu em desenvolver uma série de compostos
    bioativos a partir de duas estruturas privilegiadas, as tiossemicarbazonas e os 1,3-tiazóis.
    Inicialmente, planejou-se quinze moléculas, as quais foram sintetizadas e devidamente
    caracterizadas. Após a caracterização, os compostos foram avaliados quanto à atividade anti-T.
    cruzi e leishmanicida. Quanto à atividade anti-T.cruzi, foi utilizada a cepa Tulahuen, e a
    toxicidade avaliada em fibroblastos L929. Os testes anti-Leishmania foram realizados frente
    formas promastigotas e amastigotas das espécies L. amazonensis e L. infantum, e a CC50 contra
    fibroblastos L929. Dentre os compostos testados VM-05, VM-08 e VM-11 se destacaram para a
    atividade frente à forma promastigota da espécie L. infantum, com valores de IC50 12.0, 14.8 e
    14.4 μM, respectivamente. Já o composto VM-12, se destacou na atividade anti-T.cruzi, com
    IC50 15,3 μM.

2
  • KERIOLAINE LIMA DOS SANTOS
  • Obtenção de derivados 3-(4-metoxifenil)-2-benzilideno-hidrazono-4-fenil-2,3-di-hidrotiazol: avaliação antitumoral, estudo de interação DNA/HSA, estudo preditivo ADME e Docking Molecular

  • Orientador : MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANEKECIA LAURO DA SILVA
  • MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • RICARDO OLIMPIO DE MOURA
  • ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
  • VALÉCIA DE CASSIA MENDONÇA DA COSTA
  • Data: 27/02/2024

  • Mostrar Resumo
  • O câncer é considerado um grave problema de saúde, estimativas indicam o surgimento de 625 mil novos casos a cada ano do triênio 2020-2023 no Brasil. As terapias disponíveis para o tratamento do câncer apresentam algumas limitações como falta de seletividade e indução de efeitos colaterais. Neste sentido, a busca por novas alternativas terapêuticas torna-se relevante. O DNA e a albumina sérica são biomoléculas investigadas para o tratamento do câncer, o DNA atua no controle das funções celulares, e a albumina sérica desempenha funções no transporte de substancias no organismo. Moléculas que possuem a porção tiazol têm sido amplamente investigadas, esse núcleo apresenta inúmeras atividades descritas na literatura, com promissoras atividades antitumorais. Nessa perspectiva, este trabalho propôs a síntese, caracterização estrutural, estudos de interação e avaliação da atividade antitumoral de novos derivados tiazólicos. Foram sintetizados dez derivados tiazólicos inéditos que se diferenciam pelas substituições nas porções R1 e R2 da molécula, ambas tiveram suas estruturas químicas confirmadas pelas técnicas espectroscópicas de RMN 1H, RMN C13, e infravermelho (IV). A investigação das interações com as biomoléculas foi realizada por meio de técnicas espectroscópicas de absorção UV-vis e fluorescência. Nos ensaios de interação com o ssDNA foram observados diferentes efeitos espectroscópicos como hipercrômico, hipocrômico e hipsocrômico, as constantes de afinidade (Kb) obtidas variaram entre 1.0 x 107 e 1.55 x 104, nos ensaios de fluorescência foram observados os efeitos hipocrômico, hipercrômico, hipsocrômico e batocrômico e os valores da constante de supressão fluorescente (Ksv) variaram entre 0.3 x 104 e 1.01 x 104, sugerindo que os compostos se ligam ao DNA pelos modos intercalativos e por ligação ao sulco. Na interação com a BSA no teste de absorção UV-vis foram observados os efeitos hipercrômico e hipsocrômico e os valores de Kb variaram entre 9.70 x 104 e 1.49 x 105, nos ensaios de emissão fluorescente os efeitos observados foram hipocrômico e hipsocrômico, e os valores de Ksv variaram entre 11.34 x 104 e 0.88 x 104, indicando que todos os compostos interagiram à BSA. Se destacaram nas interações os LQIT-KLT’S 01, 03 e 06 que são substituídos na porção
    R1 pelos grupamentos CH3SO2, CF3 e OCF3 respectivamente e na porção R2 pelo grupamento Br (KLT’S 01 e 03). A atividade antiproliferativa foi avaliada frente a linhagem celular de câncer de mama (MCF-7) e a linhagem não transformada de macrófago (J774), por meio da técnica de MTT. Neste ensaio os derivados KLT’S 01, 03 e 06 apresentaram os melhores valores de IC50 frente a linhagem celular MCF-7 com 0,29, 0,52 e 0,60 μM respectivamente. No ensaio de citotoxicidade frente aos macrófagos, os melhores derivados foram os compostos KLT-02 e KLT-08, com valores de viabilidade celular de 100% e 60,16% respectivamente. O destaque deste estudo foi o derivado KLT-01, com valores satisfatórios de interação ao DNA e de citotoxicidade, frente a linhagem tumoral MCF-7, todavia, os resultados mostram que os derivados tiazólicos são promissores agentes antitumorais e que o padrão de substituição influência de forma positiva nos resultados.


  • Mostrar Abstract
  • O câncer é considerado um grave problema de saúde, no Brasil as estimativas indicam o
    surgimento de cerca de 625 mil novos casos a cada ano do triênio 2020-2022. As
    terapias disponíveis para o tratamento do câncer apresentam algumas limitações como
    restrita seletividade e surgimento de muitos efeitos colaterais. Neste sentido, a busca por
    novas alternativas terapêuticas torna-se indispensável. As biomoléculas de DNA e a
    HSA sérica são exemplos de alvos terapêuticos amplamente investigados para o
    tratamento do câncer, uma vez que o DNA participa dos principais processos
    biológicos, controlando as funções celulares, e a albumina sérica desempenha funções
    no transporte de substancias endógenas e exógenas no organismo humano. No campo
    destas investigações, moléculas que possuem em sua estrutura a porção tiazol têm sido
    amplamente estudadas, por causa das inúmeras atividades já descritas na literatura, com
    promissoras atividades antitumorais. Nessa perspectiva, este trabalho propôs a avaliação
    da atividade antitumoral de novos derivados tiazóis e investigação de possíveis
    mecanismos de ação. Desta forma, utilizamos dez moléculas que foram previamente
    sintetizadas no laboratório de Química e Inovação terapêutica –LQIT, onde inicialmente
    foram avaliadas por meio de ensaios in silico de docking molecular e quanto a suas
    propriedades farmacocinéticas de ADME. Nos ensaios de interação com o ssDNA as
    investigações seguiram com a utilização de sondas fluorescentes, para identificar quais
    os modos de interação dos tiazóis com o DNA. Nesta etapa foram observados diferentes
    efeitos espectroscópicos como hipocrômismo e hipsocrômismo e as constantes de
    afinidade (Ksv) variaram entre 3.33 x 10 4 e 5.0 x10 1 para a sonda DAPI, indicando que
    os derivados eram possíveis ligantes do sulco do DNA. Nos ensaios de interação
    utilizando a sonda brometo de etídio (BE), os valores de Ksv são bem inferiores,
    descartando a possibilidade de interação por intercalação. Para os ensaios de interação
    com a HSA, também nos estudos espectroscópicos de fluorescência, foram observados
    os efeitos hipocrômico e hipsocrômico, e os valores de Ksv variaram na magnitude de
    1.079 x10 5 e 2.2 x10 4 , indicando que todos os compostos se ligaram à HSA e que a força
    de ligação é influenciada pelos padrões de substituições dos compostos. Os derivados
    que se destacaram nessas análises foram os LQIT-KLT’S 09, 07 e 02 que são
    substituídos na porção R 1 pelos grupamentos OCH3, (CH 3 ) 2 N, CH 3 SO 2, respectivamente e na porção R 2 pelo grupamento Br (KLT’S 09 e 07) ou H (KLT-02). A atividade citotóxica dos compostos foi avaliada frente a diferentes linhagens celulares de câncer,

    sendo elas, a linhagem DU-145, células T linfoblasticas de leucemia aguda (Jukart),
    câncer de mama da glândula mamaria MCF-7 e T-47D e a linhagem não transformada
    de macrófago (J774), por meio da técnica de MTT em concentrações que variaram entre
    50 e 3,125 µM. Neste ensaio os derivados LQIT/KLT’S 10, 04, 09 apresentaram os
    melhores valores de IC 50 frente as linhagens celulares MCF-7 e T-47D. Em especial o
    KLT-09 com atividade superior aos fármacos padrões frente à duas linhagens celulares
    mencionadas, além disso, o KLT-09 também apresentou os melhores resultados em
    relação a capacidade de interação com DNA. O índice de seletividade também foi
    calculado em relação ás linhagens tumorais e a linhagem não transformada, indicando
    também uma seletividade elevada para o KLT-09. Desta forma, destacamos aqui o
    derivado KLT-09, apresentando-se com valores satisfatórios de interação ao DNA e de
    citotoxicidade, todavia, os resultados mostram que os demais derivados tiazólicos
    testados são promissores agentes antitumorais e que o padrão de substituição desses
    compostos pode influenciar de forma positiva os resultados obtidos.

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  • JOCIMAR DA SILVA SANTOS
  • MODELOS ANALÍTICOS PARA DOSEAMENO DE FÁRMACOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO PEDIÁTRICO DA HANSENÍASE

  • Orientador : MONICA FELTS DE LA ROCA SOARES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MONICA FELTS DE LA ROCA SOARES
  • RODRIGO ROCHA DE OLIVERA
  • CRISTINA MALEGORI
  • LUÍSE LOPES CHAVES
  • WESLLEY FELIX DE OLIVEIRA
  • Data: 05/03/2024

  • Mostrar Resumo
  • A hanseníase é considerada uma doença negligenciada por possuir tratamento eficaz, mas que
    não apresenta no mercado as tecnologias farmacêuticas que ofereçam o melhor do tratamento.
    Esta doença acomete pacientes de todas as faixas etárias, porém, os com idade inferior a 15
    anos a evolução da doença é mais agressiva. No Brasil, o tratamento é realizado pela
    combinação de fármacos como clofazimina e dapsona, que são fabricados e distribuídos nas
    formas farmacêuticas sólidas cápsulas e comprimidos, respectivamente. Isso representa
    dificuldade na adesão de pacientes pediátricos e evidenciam a necessidade de inovações
    farmacêuticas a fim de otimizar a farmacoterapia disponível, bem como fortalecer a área
    produtiva. O primeiro passo no desenvolvimento de uma nova abordagem terapêutica é o
    desenvolvimento de métodos analíticos confiáveis e reprodutíveis. O objetivo deste estudo é
    desenvolver competências inovadoras e métodos analíticos que possam ser utilizados no
    desenvolvimento e controle de qualidade de medicamentos contendo os fármacos dapsona e
    clofazimina. Na busca deste propósito, inicialmente procedeu-se com pesquisas de registros de
    proteções industriais em bases de patentes mundiais, que foram analisadas cientificamente e
    criticamente. Foram construídas formulações para simulação analítica nas formas
    farmacêuticas minicomprimido contendo dapsona e suspensão oral extemporânea contendo a
    associação de dapsona e clofazimina, ambas em dosagem pediátrica. Foram desenvolvidos
    modelos analíticos envolvendo cromatografia líquida de alta eficiência, espectroscopia de
    infravermelho próximo portátil e imagem digital, todas com auxílio da análise de dados
    multivariada da quimiometria, destinada a quantificação dos fármacos. As ferramentas
    quimiométricas utilizadas foram: Partial Least Square, algoritmo de progressões sucessivas,
    pré-processamentos e fusão de dados. Como resultados, sumarizamos as formas farmacêuticas
    pediátricas de acordo com a inovação tecnológica e com as vias de administração, o
    minicomprimido e a suspensão foram indicadas como as melhores formulações do ponto de
    vista técnico e terapêutico destinado a terapia da hanseníase pediátrica. Desenvolvemos um
    modelo analítico alternativo utilizando o infravermelho próximo portátil para quantificar a
    dapsona em comprimidos com 99% de confiança estatística e com um erro de precisão de
    2,54%. Já para o modelo analítico para quantificar os fármacos na formulação com a associação
    dos mesmos foi necessária a combinação dos dados analíticos do infravermelho próximo com
    histogramas de cores oriundos da imagem digital, alcançando um erro de calibração comparável
    as medidas por HPLC. Durante o estudo, observou-se que as características físico-químicas
    como cor e solubilidade dos fármacos são complexas e desafiadoras, mas podem ser úteis no
    desenvolvimento de sistemas de liberação de fármacos e técnicas de doseamento. Os modelos
    analíticos alternativos desenvolvidos representam ferramentas capazes de estimar com acurácia
    o teor de dapsona e clofazimina, oferecendo uma técnica direta, não destrutiva, rápida, baixo
    custo, não poluente e confiável. Os resultados promissores sugerem a continuidade do estudo,
    enfatizando a análise simultânea dos fármacos em matrizes medicamentosas mais complexas,
    bem como a incorporação dos modelos quimiométricos em sistemas informatizados portáteis.


  • Mostrar Abstract
  • A hanseníase é considerada uma doença negligenciada por possuir tratamento eficaz, mas que não apresenta inovações tecnológicas que acompanha o mercado internacional atual. Brasil, Índia e Cuba são os países que possuem o maior número de casos que acomete pacientes de todas as faixas etárias, porém, nos com idade inferior a 15 anos a evolução da doença é mais agressiva. No Brasil, o tratamento é realizado pela combinação de antibióticos como rifampicina, clofazimina e dapsona, contudo, são fabricados e distribuídos apenas nas formas farmacêuticas sólidas monolíticas de cápsulas e comprimidos, representando dificuldade na adesão de pacientes. Estes aspectos evidenciam a necessidade de inovações farmacêuticas a fim de otimizar a farmacoterapia disponível, bem como fortalecer a área produtiva. Portanto, o objetivo deste estudo é desenvolver competências inovadoras e métodos alternativos utilizando ferramentas quimiométricas como instrumento analítico para controle de qualidade de medicamentos contendo fármacos utilizados na terapia da hanseníase. Para isso, procedeu-se com pesquisas de registros de proteções industriais em bases de patentes mundiais, sendo analisadas criticamente. Já para desenvolvimento analítico, foi realizada a aquisição de espectros infravermelho por um nanoNIR portátil com posterior aplicação da ferramenta quimiométrica Partial Least Square para avaliação de comprimidos industrializados e manipulados de dapsona. A análise quimiométrica foi realizada com algoritmo de seleção de variáveis, foram testados seis pré-processamentos e os dados finais correlacionados com a quantificação por cromatografia líquida de alta eficiência. Durante o estudo, observou-se que as características físico-químicas dos fármacos são dificuldades encontradas nas inovações, mesmo assim, diversas formulações apresentaram estabilidade adequada e potencial para estudos posteriores de desenvolvimento de medicamentos. A otimização das formulações citadas acima, nas invenções, favorece a adequação de tratamentos para atender a população pediátrica com hanseníase, visando tanto êxito terapêutico como melhora da qualidade de vida dos mesmos. Por outro lado, os modelos analíticos apresentaram-se como ferramentas capazes de estimar com acurácia o teor de dapsona em comprimidos, oferecendo uma técnica não destrutiva, rápida, de baixo custo e confiável. Os resultados promissores sugerem a continuidade do estudo, enfatizando a análise simultânea dos fármacos em matrizes medicamentosas mais complexas, bem como a incorporação dos modelos em sistemas usuais e informatizados.

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  • MARTON KAIQUE DE ANDRADE CAVALCANTE
  • AVALIAÇÃO IN VITRO DE CÉLULAS NATURAL KILLER, T E DE UM ESFERÓIDE DÉRMICO NA LEISHMANIOSE
    CUTÂNEA

  • Orientador : MARIA CAROLINA ACCIOLY BRELAZ DE CASTRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA CAROLINA ACCIOLY BRELAZ DE CASTRO
  • PATRÍCIA SANTOS LOPES
  • PATRÍCIA XANDER BATISTA
  • POLICARPO ADEMAR SALES JUNIOR
  • WALTER LINS BARBOSA JUNIOR
  • Data: 08/03/2024

  • Mostrar Resumo
  • A Leishmaniose Cutânea (LC) é um grave problema de saúde pública
    mundial, sendo no Brasil as regiões norte e nordeste as que apresentam mais
    casos da doença. A doença caracteriza-se pelo surgimento de lesões que pode
    variar de uma a centenas, sendo 90% dos pacientes portadores de lesões com
    aspecto nódulo-crostoso. O curso da infecção na LC está estritamente ligado a
    resposta imune do hospedeiro, entretanto, ainda existem diversas lacunas sobre
    qual o tipo de resposta imune é necessário. Dentre as diversas células que
    compõem o sistema imune destaque é dado as células natural killer (NK),
    conhecidas pela sua capacidade de matar células infectadas, modificadas e
    autorreativas, sem a necessidade de apresentação prévia. Além disso, essas

    células são conhecidas pela alta produção de citocinas, como interferon-γ (IFN-
    γ), auxiliando assim no recrutamento de outras células, bem como na sua

    ativação. Os linfócitos T fazem parte da resposta imune adaptativa e são
    responsáveis pela resposta imune celular. Embora haja diversos avanços nos
    estudos in vitro para o estudo da LC, o mesmo apresenta diversas limitações,
    como a não semelhança com o ambiente in vivo. Pensando nisso, as culturas
    3D tem sido fortemente recomendadas para estudos, visto que há uma
    mimetização da geometria, ambientação e sinalização entre as células. Porém,
    até o momento, não se tem relatos da utilização desta técnica para estudos na
    LC. Diante disso, o presente trabalha tem como objetivo avaliar as células
    Natural Killer e T em pacientes com lesão ativa da leishmaniose cutânea e
    desenvolver e testar um modelo de esferóide dermo-epidérmico
    imunocompetente em 3D para estudos com a Leishmania spp. Fizeram parte do
    estudo trinta pacientes, sendo 23 pacientes com a forma ativa da doença,
    denominados antes do tratamento (AT) e 7 pacientes com cura clínica,
    denominados pós-tratamento (PT). Além disso, tivemos um terceiro grupo
    composto por indivíduos saudáveis, denominado controle (CT), formado por 17
    pessoas. Foram realizados estudos de imunofenotipagem e dosagem de
    citocinas a partir de sobrenadante de cultura das células mononucleares do
    sangue periférico (PBMCs). Já nos estudos em 3D, fibroblastos e macrófagos

    murinos foram cultivados e para a formação dos esferóides, foi utilizada a técnica
    de magnetização. Os esferóides formados foram avaliados quanto a sua
    formação/compactação e através de análises histológicas. A infecção dos
    esferóides e carga parasitária foi avaliada por rt-PCR. Na avaliação celular,
    observamos uma menor percentual de células NK e de células NKT DN nos
    pacientes com lesão ativa, enquanto, as células NKT CD4+ apresentaram um
    maior percentual nesta população. Não foi observada diferença significativa no
    percentual dos linfócitos T CD4+, CD8+ e DN Além disso, observamos uma
    maior expressão de PD-1, Granzima b, TIGIT e CLTA-4 tanto nas células NK,

    quanto nos linfócitos T dos pacientes. Também foi observada a produção de IL-
    2, IL-4. IL-6, IL-10, IL-17, INF e TNF nos pacientes após estimulação com

    antígeno de L. braziliensis. Nos esferóides, observamos sua formação e
    compactação após 24 horas de cultivo. Além disso, observamos que a proporção
    8 fibroblastos: 1macrófago apresentaram melhor compactação e por isso foi
    escolhido para os demais experimentos. O entendimento da resposta imune na
    LC é fundamental para o desenvolvimento de novas estratégias profiláticas e
    vacinais. Além disso, o desenvolvimento de modelos in vitro que se assemelhem
    aos eventos que ocorrem no in vivo podem contribuir para o entendimento da
    doença.


  • Mostrar Abstract
  • A Leishmaniose Cutânea (LC) é um grave problema de saúde pública
    mundial, sendo no Brasil as regiões norte e nordeste as que apresentam mais
    casos da doença. A doença caracteriza-se pelo surgimento de lesões que pode
    variar de uma a centenas, sendo 90% dos pacientes portadores de lesões com
    aspecto nódulo-crostoso. O curso da infecção na LC está estritamente ligado a
    resposta imune do hospedeiro, entretanto, ainda existem diversas lacunas sobre
    qual o tipo de resposta imune é necessário. Dentre as diversas células que
    compõem o sistema imune destaque é dado as células natural killer (NK),
    conhecidas pela sua capacidade de matar células infectadas, modificadas e
    autorreativas, sem a necessidade de apresentação prévia. Além disso, essas

    células são conhecidas pela alta produção de citocinas, como interferon-γ (IFN-
    γ), auxiliando assim no recrutamento de outras células, bem como na sua

    ativação. Os linfócitos T fazem parte da resposta imune adaptativa e são
    responsáveis pela resposta imune celular. Embora haja diversos avanços nos
    estudos in vitro para o estudo da LC, o mesmo apresenta diversas limitações,
    como a não semelhança com o ambiente in vivo. Pensando nisso, as culturas
    3D tem sido fortemente recomendadas para estudos, visto que há uma
    mimetização da geometria, ambientação e sinalização entre as células. Porém,
    até o momento, não se tem relatos da utilização desta técnica para estudos na
    LC. Diante disso, o presente trabalha tem como objetivo avaliar as células
    Natural Killer e T em pacientes com lesão ativa da leishmaniose cutânea e
    desenvolver e testar um modelo de esferóide dermo-epidérmico
    imunocompetente em 3D para estudos com a Leishmania spp. Fizeram parte do
    estudo trinta pacientes, sendo 23 pacientes com a forma ativa da doença,
    denominados antes do tratamento (AT) e 7 pacientes com cura clínica,
    denominados pós-tratamento (PT). Além disso, tivemos um terceiro grupo
    composto por indivíduos saudáveis, denominado controle (CT), formado por 17
    pessoas. Foram realizados estudos de imunofenotipagem e dosagem de
    citocinas a partir de sobrenadante de cultura das células mononucleares do
    sangue periférico (PBMCs). Já nos estudos em 3D, fibroblastos e macrófagos

    murinos foram cultivados e para a formação dos esferóides, foi utilizada a técnica
    de magnetização. Os esferóides formados foram avaliados quanto a sua
    formação/compactação e através de análises histológicas. Na avaliação célular,
    observamos uma menor percentual de células NK e de células NKT DN nos
    pacientes com lesão ativa, enquanto, as células NKT CD4+ apresentaram um
    maior percentual nesta população. Não foi observada diferença significativa no
    percentual dos linfócitos T CD4+, CD8+ e DN Além disso, observamos uma
    maior expressão de PD-1, Granzima b, TIGIT e CLTA-4 tanto nas células NK,

    quanto nos linfócitos T dos pacientes. Também foi observada a produção de IL-
    2, IL-4. IL-6, IL-10, IL-17, INF e TNF nos pacientes após estimulação com

    antígeno de L. braziliensis. Nos esferóides, observamos sua formação e
    compactação após 24 horas de cultivo. Além disso, observamos que a proporção
    8 fibroblastos: 1macrófago apresentaram melhor compactação e por isso foi
    escolhido para os demais experimentos. O entendimento da resposta imune na
    LC é fundamental para o desenvolvimento de novas estratégias profiláticas e
    vacinais. Além disso, o desenvolvimento de modelos in vitro que se assemelhem
    aos eventos que ocorrem no in vivo podem contribuir para o entendimento da
    doença.

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  • CLEDSON DOS SANTOS MAGALHÃES
  • CARACTERIZAÇÃO MORFOANATÔMICA, HISTOLOCALIZAÇÃO DE CONSTITUINTES QUÍMICOS E PROSPECÇÃO FITOQUÍMICA DE ESPÉCIES DAS FAMÍLIAS CAPPARACEAE A. Juss. E CLEOMACEAE Bercht. & J. Presl

  • Orientador : KARINA PERRELLI RANDAU
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CLAUDIA ULISSES DE CARVALHO SILVA
  • KARINA PERRELLI RANDAU
  • LUIZ PALHARES NETO
  • MARCOS VINICIUS MEIADO
  • RAFAELA DAMASCENO SA
  • Data: 15/03/2024

  • Mostrar Resumo
  • A sistemática das famílias Capparaceae e Cleomaceae é complexa e tem sido objeto de revisões ao longo do tempo. De acordo com estudos moleculares essas famílias são próximas de Brassicaceae, entretanto são reconhecidas separadamente. Destaca-se ainda que na América Latina, as espécies de Capparaceae foram recentemente reclassificadas como "Capparaceas Neotropicais". Além disso, essas famílias são pouco estudadas em termos taxonômicos, anatômicos, químicos e farmacológicos, apesar da necessidade de distinção, por apresentar características mofológicas externas semelhantes, e usos medicinais. Frente a isso, o presente estudo buscou realizar a caracterização morfoanatômica, histolocalização de constituintes químicos e prospecção fitoquímica de espécies das famílias Capparaceae A. Juss. e Cleomaceae Bercht. & J. Presl. Para tanto, foi realizada revisões analisando informações em bases de dados sobre aspectos etnobotânicos, químicos e farmacológicos das famílias. Além disso, foram confeccionadas lâminas de microscópio contendo seções transversais e paradérmicas dos órgãos vegetativos das espécies para análises em microscopia óptica. Para a análise histoquímica, foram utilizados diferentes reagentes, de acordo com o metabólito-alvo, assim como para a fitoquímica. As informações disponíveis sobre as espécies de Capparaceae e Cleomaceae nas bases selecionadas demonstram lacunas científicas sobre a composição química e atividade farmacológica, entretanto, mostrou diferentes espécies exploradas tradicionalmente para diferentes fins. As espécies de Capparacea apresentam características morfológicas distintivas: C. tapia possui folhas compostas 3-folioladas; C. flexuosa possui ramos eretos, folhas elípticas a obtusas, botões florais globosos e frutos em cápsula torulosa; e C. hastata possui ramos suavemente curvados, folhas oblongo-elípticas, inflorescências axilares corimbosas e frutos capsulares cilíndricos. Na família Cleomaceae, T. aculeata possui folhas 3-folioladas e frutos levemente torulosos; T. diffusa apresenta folhas 3-5-folioladas e frutos cápsulares filiformes a fusiformes; e T. spinosa apresenta folhas 5-7 folioladas e frutos síliquos linear-cilíndricos. Na anatomia, C. tapia possui estômatos anisocíticos, tetracíticos e anomocíticos e canais secretores; C. flexuosa apresenta pecíolo plano-convexo, estômatos anisocíticos, tetracíticos e anomocíticos, e colênquima abaixo da epiderme adaxial; C. hastata tem pecíolo côncavo-convexo, estômatos tetracíticos e anomocíticos, e hipoderme abaixo da epiderme adaxial. Para Cleomaceae, os caracteres importantes incluem formato de pecíolo, com células suberizadas apenas em T. aculeata; presença de canais secretores e tricomas glandulares apenas em T. diffusa; tricomas glandulares e não glandulares em T. aculeata e T. spinosa; divergência nos tipos de estômatos; ausência de colênquima em T. aculeata; presença de esclerênquima e cristais do tipo drusas e prisma apenas em T. spinosa. Na análise histoquímica, foram encontrados alcaloides, amido, compostos fenólicos, compostos lipofílicos, lignina, triterpenos e esteroides em Capparaceae, e alcaloides, amido, compostos fenólicos, compostos lipofílicos, flavonoides, mucilagens, mucopolissacarídeos ácidos, pectinas, proteínas e flavonoides em Cleomaceae. Na fitoquímica, Capparaceae apresentou alcaloides, terpenos, flavonoides, derivados cinâmicos, taninos condensados e açúcares redutores, enquanto Cleomaceae mostrou terpenos, flavonoides, derivados cinâmicos, taninos hidrolisados e açúcares redutores. Assim, os resultados trazem dados sobre as espécies e aumentam o conhecimento sobre as famílias estudadas, auxiliando com informações relevantes para a taxonomia e na descoberta de compostos ativos.


  • Mostrar Abstract
  • Os acidentes por animais peçonhentos são considerados um problema de saúde pública e o único tratamento seguro
    e eficaz contra a picada de serpente é a utilização de soro antiofídico, entretanto ainda é ineficaz para mitigar os
    danos locais induzidos pela peçonha. Em consequência disso, é necessário buscar agentes neutralizantes alternativos
    provenientes de diversas fontes naturais com o intuito de complementar e melhorar a soroterapia convencional.
    Tradicionalmente, o uso de plantas medicinais para cura desses acidentes é empregado por diferentes populações
    para complementar a soroterapia tradicional, e dentre as espécies utilizadas destacam-se algumas das famílias
    Capparaceae A. Juss. e Cleomaceae Bercht. & J. Presl. Contudo, vale ressaltar que a sistemática da família
    Capparaceae e por conseguinte suas afinidades com outras famílias são controversas, uma vez que apresentam
    espécies com algumas características morfológicas externas semelhantes, gerando confusões em sua identificação.
    Devido a isso, o uso dessas plantas como recurso medicinal geram questionamentos referentes à segurança e eficácia
    da matéria vegetal, bem como a sua efetividade frente à ação antiofídica devendo ser realizadas pesquisas que
    comprovem esse uso popular. Devido a isso, esta pesquisa busca caracterizar farmacobotanicamente espécies da
    família Capparaceae e Cleomaceae, bem como avaliar os efeitos citotóxicos e avaliar a atividade antiofídica dessas
    espécies. Para tal feito, foi realizada uma revisão integrativa analisando informações disponíveis em bases de dados
    sobre os aspectos botânicos, uso tradicional, estudos químicos e farmacológicos das espécies de Capparaceae e
    Cleomaceae encontradas no Brasil. Além disso, foram confeccionadas lâminas de microscópio contendo seções
    transversais da raiz, caule, pecíolo e lâmina foliar, bem como secções paradérmicas da lâmina foliar. As análises
    foram realizadas em microscopia de luz e luz polarizada. Para a análise histoquímica, foram utilizados diferentes
    reagentes, de acordo com o metabólito-alvo. As informações disponíveis sobre as espécies de Capparaceae e
    Cleomaceae, estruturadas em estudos etnobotânicos, químicos e farmacológicos demonstram lacunas científicas
    sobre a composição química e atividade farmacológica das espécies vegetais, entretanto, mostrou uma gama de
    espécies exploradas tradicionalmente para diferentes fins, principalmente medicinais na cura de diferentes afecções.
    Através da caracterização anatômica, foi possível identificar caracteres que fornecem o diagnóstico das espécies
    estudas: Crateva tapia L. e Cynophalla flexuosa (L) – Capparaceae; e Hemiscola aculeata (L.) Raf. e Tarenaya
    spinosa (Jacq.) Raf. – Cleomaceae. Por meio da histoquímica, foi constatada a presença de diferentes compostos na
    lâmina foliar. Assim, os resultados apresentados contribuem para o controle de qualidade das espécies avaliadas,
    bem como trazem dados sobre as espécies e aumentam o conhecimento sobre as famílias estudadas.

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  • GLICIA MARIA DE OLIVEIRA
  • NANOFIBRAS POLIMÉRICAS ELETROFIADAS NANOESTRUTURADAS PARA APLICAÇÕES BIOTECNOLÓGICAS

  • Orientador : CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALBERTO GALDINO DA SILVA JUNIOR
  • KAREN YASMIM PEREIRA DOS SANTOS AVELINO
  • KLEBER GONCALVES BEZERRA ALVES
  • MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
  • MICHELLE MELGAREJO DA ROSA
  • Data: 18/03/2024

  • Mostrar Resumo
  • As lesões cutâneas de difícil cicatrização configuram um ônus ao sistema de saúde.
    Assim, enquanto as feridas crônicas continuarem sendo um problema global de saúde, o
    desenvolvimento de tratamentos alternativos permanecerá extremamente necessário. A
    eletrofiação é uma técnica versátil e econômica que é utilizada para síntese de nanofibras com

    diâmetro na faixa de nanômetros a partir de substâncias contendo polímeros como o polivinil-
    álcool (PVA) e como a celulose bacteriana (CB). A celulose bacteriana é um polímero

    promissor para aplicação como curativo devido a suas propriedades físico-químicas. A
    prevenção da infecção bacteriana externa no local da ferida é um pré-requisito para o design de
    novos curativos, devendo ser adicionadas substâncias antimicrobianas como nanopartículas de
    prata (AgNps) e peptídeos antimicrobianos como a Clavanina A (ClavA). Desta forma, o
    presente estudo teve como objetivo preparar e caracterizar as nanofibras eletrofiadas compostas
    por PVA-AgNps-Bp-ClavA e avaliar a sua ação antimicrobiana. Inicialmente, foram sintetizadas
    nanofibras eletrofiadas compostas por PVA-AgNps-Bp-ClavA, posteriormente, foi realizada a
    reticulação química. Realizou-se a análise morfológica das amostras através das técnicas de
    microscopia eletrônica de varredura (MEV), além da composição elementar através de
    Espectroscopia de Energia Dispersiva (EDS). A termoestabilidade foi analisada por meio da
    Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC). Os espectros das nanofibras foram registrados
    usando a Espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR). O estudo
    eletroquímico foi realizado aplicando-se a voltametria de onda quadra (SWV). A atividade

    antimicrobiana foi avaliada através do bioensaio in vitro. As micrografias compostas por PVA-
    AgNps-Bp exibiram filamentos nanométricos homogêneos em sua estrutura formando uma

    matriz tridimensional com diâmetros de 555nm a 648nm. O mapeamento elementar revelou a
    dispersão homogênea das AgNps na superfície das nanofibras. O espectro das amostras de PVA
    puro exibiu bandas de vibrações de estiramento O-H a 3332 cm-1 além de evidenciar os picos
    característicos como o pico de vibração detectado em 1366 cm-1 nas amostras contendo o
    biopolímero está relacionado à vibração de flexão das ligações C-H e C-O nos anéis aromáticos
    de polissacarídeos. O termograma revelou um aumento da termoestabilidade de 130,92 °C para
    207,03 °C após a adição das AgNps e da CB à fibra. Constatou-se também o aumento da
    transferência de elétrons após a incorporação das AgNps e da Bp as nanofibras de PVA. Houve
    excelente ação inibitória para bactérias gram-positivas com halo maior que 15mm, além de
    apresentar atividade antifúngica contra C.albicans com halo de inibição medindo 18mm. Os
    picos expressos no espectro de FTIR confirmaram a incorporação dos compostos no filme. As
    micrografias mostraram a morfologia superficial e transversal das nanofibras, que exibiu uma
    distribuição uniforme de AgNps o que melhora as propriedades antimicrobianas do filme. O
    termograma evidenciou aumento na estabilidade térmica das nanofibras. Estes resultados
    demonstraram o potencial das nanofibras possuem características potenciais para aplicações
    biotecnológicas como a regeneração tecidual.


  • Mostrar Abstract
  • INTRODUÇÃO: As lesões complexas e de difícil cicatrização configuram um ônus ao sistema de saúde. Assim, enquanto as feridas crônicas continuarem sendo um problema global de saúde, o desenvolvimento de tratamentos alternativos permanecerá extremamente necessário. A eletrofiação é uma técnica versátil e econômica que é utilizada para síntese de nanofibras com diâmetro na faixa de nanômetros a partir de substâncias contendo polímeros como o polivinil-álcool (PVA) e como a celulose bacteriana (CB). A celulose bacteriana é um polímero promissor para aplicação como curativo devido a suas propriedades físico-químicas. A prevenção da infecção bacteriana externa no local da ferida é um pré-requisito para o design de novos curativos, devendo ser adicionadas substâncias antimicrobianas como nanopartículas de prata (AgNps). OBJETIVO: Preparar e caracterizar as nanofibras eletrofiadas compostas por PVA-AgNps-CB e avaliar a ação antimicrobiana. RESULTADOS: As micrografias exibiram filamentos nanométricos homogêneos em sua estrutura formando uma matriz tridimensional. O mapeamento elementar revelou a dispersão homogênea das AgNps na superfície das nanofibras. O espectro das amostras de PVA puro exibiu bandas de vibrações de estiramento O-H a 3332 cm-1 e vibrações de estiramento C-H a 2925 cm-1. O espectro da amostra de PVA-AgNp apresentou uma banda de absorção intensa em 1376 cm-1, característica do par de íons Ag+NO3-. O pico de vibração detectado em 1366 cm-1 nas amostras contendo o biopolímero está relacionado à vibração de flexão das ligações C-H e C-O nos anéis aromáticos de polissacarídeos. A análise termogravimétrica revelou um aumento da termoestabilidade de 130,92 °C para 207,03 °C após a adição dos componentes a fibra. Houve excelente ação inibitória para bactérias gram-positivas com halo maior que 15mm. CONCLUSÃO: Os resultados da caracterização do FTIR confirmaram o sucesso da preparação do filme. As micrografias mostraram a morfologia superficial e transversal das nanofibras, que exibiu uma distribuição uniforme de AgNps o que melhora as propriedades antibacterianas do filme. O termograma previu a boa resistência térmica das nanofibras. Estes resultados demonstraram o potencial das nanofibras possuem características potenciais para aplicações biotecnológicas como a regeneração tecidual.

2023
Dissertações
1
  • DAYZYANE FARIAS DOS SANTOS MELO
  • INVESTIGAÇÃO DO USO DE PLANTAS MEDICINAIS PARA MANUTENÇÃO DA SAÚDE DA MULHER E PRODUÇÃO DE DISPOSITIVOS DIDÁTICOS PARA USUÁRIOS E PROFISSIONAIS DA SAÚDE

  • Orientador : KARINA PERRELLI RANDAU
  • MEMBROS DA BANCA :
  • IVANISE BRITO DA SILVA
  • KARINA PERRELLI RANDAU
  • RAFAELA DAMASCENO SA
  • Data: 24/02/2023

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  • As plantas medicinais ocupam um espaço distinto na vida humana, principalmente na saúde da mulher. A investigação destas nas comunidades permite uma maior percepção e conhecimento sobre sua utilização favorecendo pesquisas científicas e promovendo maior seguridade do uso, dando subsídio para os profissionais de saúde se integrarem ao conhecimento tradicional estimulando o uso com segurança e racionalidade ao mesmo tempo que incentiva a autogestão do corpo feminino. Com isso, o objetivo do presente estudo foi identificar, delinear e interpretar padrões de uso tradicional de plantas medicinais utilizadas para a manutenção da saúde da mulher, bem como realizar estudo anatômico e histoquímico de espécie selecionada e fornecer informações relativas a essas plantas medicinais através de dispositivos didáticos para as mulheres e profissionais da saúde, principalmente da atenção primária, que atua no primeiro contato com a população usuária. Estudos etnobotânicos de diferentes regiões do mundo foram considerados para gerar a identificação e um padrão de frequência na utilização de plantas que são cultivadas no Brasil. Entrevistas in loco nas unidades e turnês guiadas foram realizadas nas ruas e quintais de uma regional situada em uma zona de franja de Pernambuco para observar a empregabilidade das plantas na prática de vida diária das mulheres frequentadoras das unidades de saúde, de modo a deixar a pesquisa mais fidedigna à aplicação real observada pelos profissionais. Este estudo culminou na criação de um e-book com linguajar regional disponibilizado através de um site indexado no sistema de pesquisa Google e na criação de um aplicativo autodidático de livre acesso através da plataforma Playstore. Conclui-se que dentro de um contexto biocultural, o uso tradicional de plantas aplicado à saúde da mulher precisa ser mais bem compreendido para que haja respeito e valorização cultural e deve ser acrescido de informações que mantenham esse uso seguro e racional.


  • Mostrar Abstract
  • As plantas medicinais ocupam um espaço distinto na vida humana e principalmente na saúde
    da mulher. Nesse sentido, a investigação dessas plantas permite uma maior percepção e
    validação sobre seu uso favorecendo pesquisas científicas e promovendo uma maior garantia
    do uso que está sendo validado de forma empírica pelas populações, sendo um impulso ainda
    maior para os profissionais de saúde se integrar ao conhecimento tradicional estimulando
    ainda mais a autogestão do corpo feminino. Destaca-se ainda que o uso de plantas medicinais
    gera questionamentos referentes à segurança e eficácia da matéria vegetal sendo necessário
    realizar estudos que busquem investigar a qualidade da matéria prima vegetal. Devido a isso,
    o objetivo do presente estudo foi delinear e interpretar padrões de uso tradicional de plantas
    medicinais utilizadas para a manutenção da saúde da mulher, bem como realizar estudo
    anatômico e histoquímico de espécies selecionadas. Para tal, foi realizada uma revisão da
    literatura de artigos publicados entre os anos de 2011 e 2021 nos bancos de dado da
    ScienceDirect, LILACs e ARCA (Fiocruz), em todos os idiomas, utilizando descritores de
    busca selecionados previamente e combinados pelo operador booleado AND, seguindo as
    especificações PRISMA. Através da revisão foram encontrados 1.111 artigos, dos quais 24
    foram selecionados através dos critérios de inclusão respondendo aos objetivos do estudo.
    Estudos etnobotânicos de todo o mundo, foram considerados para gerar a identificação e um
    padrão de frequência na utilização de plantas que são cultivadas no Brasil. Além disso, foram
    confeccionadas lâminas de microscópio contendo seções transversais da raiz, pecíolo e lâmina
    foliar e secções paradérmicas da lâmina foliar. As análises foram realizadas em microscopia
    de luz e luz polarizada. Para a análise histoquímica, foram utilizados diferentes reagentes, de
    acordo com o metabólito-alvo. De acordo com os resultados obtidos a partir da análise,
    verificou-se 1208 citações de plantas utilizadas ao redor do mundo através do conhecimento
    de parteiras, curandeiras, fitoterapeutas , homens e mulheres. Destas citações
    aproximadamente 116 eram relacionadas a 51 plantas que são cultivadas também em solo
    brasileiro sendo descritos no estudo nome popular, nome cientifico, parte utilizada e
    indicações de uso tradicional. Dentre as espécies levantadas, Eryngium foetidum L apresentou
    vasta utilização no Brasil para cólicas e problemas menstruais, entretanto, foram encontrados
    poucos estudos sobre sua caracterização farmacobotânica, embora houvesse muitos sobre sua
    composição fitoquímica. Dessa forma, a espécie foi selecionada para realização do estudo
    anatômico e histoquímico sendo possível identificar caracteres que fornecem o diagnóstico da
    espécie e por meio da histoquímica, foi constatada a presença de diferentes compostos na
    lâmina foliar. Conclui-se que dentro de um contexto biocultural, o uso tradicional de plantas
    por mulheres deve ser pesquisado, compreendido, compilado e divulgado para que haja
    manutenção do reconhecimento e valorização cultural e, como sugerem as políticas vigentes,
    que seja acrescido de conhecimentos, por parte dos profissionais de saúde que atuam
    diretamente com a população, sobre características que garantam a qualidade do uso das
    plantas como identificação, qualidade, forma de cultivo e toxicidade das mesmas. Além disso,
    os estudos anatômico e histoquímico contribuem para o controle de qualidade da espécie
    avaliada.

2
  • DANIEL LOPES ARAÚJO
  • Síntese e avaliação da atividade tripanocida e leishmanicida de novos heterocíclicos híbridos piridil-4-tiazolidinonas

  • Orientador : ANA CRISTINA LIMA LEITE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CRISTINA LIMA LEITE
  • LUIZ ALBERTO BARROS FREITAS
  • VALERIA PEREIRA HERNANDES
  • Data: 03/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • As doenças negligenciadas constituem um conjunto de doenças infecciosas que afetam regiões tropicais e subtropicais de países com economias em desenvolvimento. Dentre esse grupo de infecções, destacam-se a doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, e a Leishmaniose, causada por parasitas do gênero Leishmania. O fármaco atualmente utilizado na quimioterapia da doença de chagas é o benzonidazol, que em estágios mais avançados da doença é ineficaz, já o tratamento para a Leishmania ainda é bastante limitado, com sérios inconvenientes em termos de segurança, resistência, estabilidade e custo. Logo, existe a necessidade do desenvolvimento de novas terapias contra essas doenças. Nesse sentido, a proposta do presente trabalho consistiu em desenvolver uma série de compostos bioativos a partir de duas estruturas privilegiadas, as piridinas e a 4-tiazolidinona. Inicialmente, foi planejado a obtenção de seis moléculas, as quais foram sintetizadas através de duas etapas e devidamente caracterizadas. Após a caracterização, os compostos foram avaliados quanto às atividades tripanocida e leishmanicida. Quanto à atividade anti-T.cruzi, foi utilizada a cepa Cepa Talahuen. Os testes anti-Leishmania foram realizados frente formas promastigotas e amastigotas da espécie L. infantum e a toxicidade avaliada em fibroblastos RAW 264.7. Dentre os compostos testados para verificação da atividade tripanocida, nenhum apresentou resultados significativos. Já em relação a sua toxicidade todos os compostos apresentaram valores de toxicidade em células normais maiores que 200 µM frente as células testadas. Com destaque para os compostos DA-1 com valor de 408,5 µM. Os compostos testados frente à forma promastigota e amastigota da L. infantun, nenhum se apresentou mais ativo que a Miltefosina, que foi utilizado como referência neste experimento. Quanto à toxicidade frente a fibroblastos da linhagem RAW 264.7, é possível notar que todos os compostos se destacaram, evidenciando menor citotoxicidade frente às células testadas. Com destaque para DA-4 com valor de citotoxicidade 402,7µM. Diante do exposto, é possível analisar que nenhum dos compostos apresentaram atividade tripanocida e leishmanicida significativa, entretanto, a maioria dos compostos desta série possuem níveis de citoxicidade satisfatórios.


  • Mostrar Abstract
  • As doenças negligenciadas são um conjunto de doenças que afetam principalmente regiões tropicais que estão em processo de desenvolvimento. Entre o conjunto dessas doenças, destacamos a doença de Chagas, que apresenta uma grande incidência de casos em todo o mundo, sobretudo os países da América Central e América do Sul. A falência terapêutica observada com a quimioterapia para doença de chagas e as reações adversas relacionadas à dose e duração do tratamento apontam para a necessidade de novas estratégias para o tratamento dessa doença. Estudos recentes sobre os efeitos dos compostos das classes piridina e tiazol revelaram uma potencial atividade sobre o T. cruzi. Nesse sentido, levando em consideração a conhecida atividade antiparasitária dos núcleos citados, o presente trabalho propõe a obtenção de inéditos piridil-tiazóis obtidos a partir da hibridização molecular desses núcleos. Considerando os efeitos na infecção por T. cruzi, os compostos serão investigados quanto à atividade tripanocida. Foram sintetizadas e caracterizadas estruturalmente 6 compostos. Estes compostos foram avaliados quanto ao seu potencial anti-T. cruzi, para isso, foi utilizada a cepa Tulahuen, e a toxicidade avaliada em fibroblastos L929. Entre os compostos testados, JAC-2, JAC-4 e JAC-8 tiveram destaque para sua atividade frente à forma tripomastigota do parasito, com valores iguais a 1,3, 0,5 e 0,7 µM, respectivamente. Estes resultados preliminares corroboram a importância destes núcleos para a atividade tripanocida.

3
  • JAMILLY FERNANDA BRITO RODRIGUES
  • AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ADESÃO AO TRATAMENTO DE USUÁRIOS POLIMEDICADOS

  • Orientador : KARINA PERRELLI RANDAU
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FRANCISCA SUELI MONTE MOREIRA
  • KARINA PERRELLI RANDAU
  • MARIA LUSIA DE MORAIS BELO BEZERRA
  • Data: 09/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • A polifarmácia é considerada como um dos fatores de risco à segurança do paciente por favorecer a má adesão ao tratamento. O cuidado farmacêutico, a partir das práticas de educação em saúde, pode contribuir com o processo de adesão. Assim, o objetivo foi avaliar a influência da educação em saúde na adesão ao tratamento de usuários polimedicados de uma Unidade de Saúde da Família. Foi desenvolvido um estudo quali-quantitativo, descritivo e exploratório, do tipo experimental e analítico, de intervenção antes e depois. Na pesquisa foram inclusos: indivíduos com faixa etária entre 40 à 70 anos, adscritos na unidade de saúde, que faziam uso de cinco ou mais medicamentos e possuíam baixa adesão. A captação dos usuários ocorreu a partir dos questionários Brief Medication Questionnaire e WHOQOL BREF, que avaliam a adesão e qualidade de vida, respectivamente. Os indivíduos selecionados participaram dos grupos de educação em saúde, operacionalizados a partir de oficinas. Houve aplicação do questionário Condições que Podem Dificultar a Adesão Medicamentosa, a fim de facilitar o desenvolvimento de um dispositivo educativo. A análise da percepção dos usuários sobre a atividade de educação em saúde e uso do dispositivo foi feita através da análise de conteúdo de Bardin. A reaplicação dos questionários para comparar a adesão e qualidade de vida, antes e após intervenção, foi realizada. A análise dos dados foi feita a partir da estatística comparativa descritiva, utilização do teste t-pareado, análise de variância (ANOVA), e teste Exato de Fisher. O programa estatístico empregado foi o Statistical Package for the Social Sciences – versão 21.0. E o nível de significância foi de 0,05. A amostra populacional foi constituída por 35 participantes. No momento pré, todos os usuários foram classificados como baixo aderentes, e a média da qualidade de vida foi 11,92 (±1,58). Os grupos estimularam a participação ativa e a construção de novos conhecimentos, e os usuários relataram que a atividade educativa e uso do dispositivo favoreceu a autonomia e compreensão do regime terapêutico, o que corrobora com o descrito na literatura. Pós intervenção, apenas 14,3% dos usuários mantiveram-se com baixa adesão; e a média da qualidade de vida subiu para 13.56 (±1,52). A associação entre adesão e qualidade de vida foi considerável. De modo similar, referências confirmam tal achado. Foi evidenciado que os usuários aderentes possuem um melhor conhecimento sobre a condição de saúde, o que foi remetido à atividade educativa. Demais autores também descrevem essa relação. Assim, o estudo comprova a influência positiva da educação em saúde, e uso de tecnologias leves, na melhora da adesão e qualidade de vida de usuários polimedicados.


  • Mostrar Abstract
  • A polifarmácia é uma realidade identificada na Atenção Primária a Saúde (APS), e pode
    ocasionar uma série de efeitos negativos, tanto sob a condição clínica quanto sob a
    qualidade de vida dos usuários, sendo um dos fatores que contribui para a má adesão ao
    tratamento medicamentoso. Sob tal perspectiva, o profissional farmacêutico pode
    realizar o cuidado farmacêutico a partir da promoção das práticas de educação em
    saúde, afim de instigar os usuários a participarem ativamente do processo saúde-doença.
    Objetivou-se evidenciar a importância da realização do cuidado farmacêutico no
    processo de adesão ao tratamento medicamentoso, a relação existente entre paciente e
    medicamento, e sua influência no processo de adesão, com auxílio do suporte da
    antropologia da saúde. E ainda realizar a captação de usuários em uso de
    polimedicamentos e com baixa adesão, na Unidade de Saúde da Família de Jardim
    Piedade II. Para a primeira meta, foi realizada uma revisão integrativa a partir da
    pesquisa nos bancos de dados PubMed, Google Scholar e Literatura Latino-Americana
    e do Caribe em Ciências da Saúde, com o recorte temporal de 2010 a 2021. Seguindo a
    ordem, uma análise observacional das práticas realizadas (individuais e coletivas), na
    unidade de saúde Jardim Piedade II, foi realizada, e sistematizada em eixos temáticos.
    Já o recrutamento dos participantes ocorreu a partir das salas de espera, através da
    dinâmica mitos e verdades, embasada no tema: polimedicação e adesão medicamentosa;
    e a adesão e a qualidade de vida foram verificadas pelos instrumentos Brief Medication
    Questionnaire e WHOQOL BREF. A revisão resultou na seleção de 16 trabalhos. E
    partir destes, foi verificado que o cuidado farmacêutico foi aplicado a diferentes
    condições de saúde, a partir de diferentes tipos de intervenções farmacêuticas, inclusive
    a educação em saúde. Seguindo a ordem, houve a discussão e o aprofundamento dos
    seguintes eixos: busca pelo entendimento das subjetividades na área da saúde e o
    artifício da pesquisa qualitativa; a compreensão do processo saúde-doença pelos
    pacientes; a relação dos pacientes com os medicamentos, e a adesão ao tratamento
    farmacológico. Até o momento, foram selecionados 18 usuários, dos quais, 72,2% é do
    sexo masculino e 27,7%, do sexo masculino. Com relação a faixa etária, o maior
    percentual de indivíduos possui entre 60 a 69 anos, o que corresponde a 44,4% do total.
    A quantidade de medicamentos mais comum foi representada pelo número 6,0. E a
    classe terapêutica mais prescrita, de acordo com a classificação Anatomic Therapeutic
    Chemical Code, foi o sistema cardiovascular. Dos entrevistados, 100% foi classificado
    com o score de baixa adesão, pelo questionário Brief Medicacion Questionnaire. E a

    partir do WHOQOL BREF, foi verificado que 55,55% dos indivíduos não estão nem
    satisfeitos e nem insatisfeitos com sua saúde, e 50% acha que sua qualidade de vida não
    é nem boa e nem ruim, enquanto os outros 22,2% a consideram ruim. É possível
    concluir que o cuidado farmacêutico se mostra como uma prática estratégica e de
    extrema importância para promoção da adesão medicamentosa. De modo respectivo,
    contatou-se que os indivíduos estabelecem relações com os medicamentos, de forma a
    atribuir significados aos mesmos e também os ressignificar, a partir das experiências
    vivenciadas, o que impacta diretamente sobre a existência de uma boa ou má adesão.
    Por fim, as salas de espera têm se demonstrado uma estratégia de educação em saúde
    efetiva para a identificação dos usuários polimedicados, na unidade.

4
  • MARIA BETÂNIA MONTEIRO DE FARIAS
  • PLANTAS MEDICINAIS COMO TRATAMENTO COMPLEMENTAR DA DISMENORREIA PRIMÁRIA POR UNIVERSITÁRIAS

  • Orientador : KARINA PERRELLI RANDAU
  • MEMBROS DA BANCA :
  • IVANISE BRITO DA SILVA
  • KARINA PERRELLI RANDAU
  • RAFAELA DAMASCENO SA
  • Data: 31/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • Os níveis álgicos da dismenorreia primária traz implicações direta na qualidade de vida das mulheres, refletindo na adoção de medidas terapêuticas não farmacológica, como plantas medicinais, que podem comprometer a saúde, e portanto, torna-se importante o embasamento científico que respalde seu uso.

    Diante disso, este trabalho buscou compreender o uso de plantas medicinais por estudantes universitárias no tratamento da dismenorreia primária, e sua aplicação a luz da literatura. A pesquisa foi desenvolvida em quatro etapas: revisão integrativa, estudo transversal, busca de evidência das plantas utilizadas e grupo focal, utilizando análise estatística descritiva e estatística inferencial não paramétrica, através do teste de Kruskal-Wallis e o teste de Mann-Whitney com nível de significância <0,05. Para os dados qualitativos foi utilizado o programa IRAMUTEQ, com análise temática segundo Minayo. Na revisão integrativa, obteve-se dez artigos de estudos clínicos com plantas medicinais apresentando ação antinociceptiva para cólicas menstruais. No estudo transversal, das 178 investigadas, 39,33% referiram uso de 15 plantas medicinais para tratamento da dismenorreia. Destas, entre estudos clínicos e pré-clínicos, doze apresentaram ação anti-inflamatória e/ou analgésica, ou antiespasmódica, sendo as mais frequentes camomila, boldo, erva cidreira e hortelã. A idade média e desvio padrão corresponderam a 22,02 anos ± 2,99. A maioria possuíam ciclo menstrual de 28 dias (35,39%), com menarca menor que doze anos (52,81%) e predominância da dor variando entre moderada (52,25%) e grave (32,02 %). A prática medicamentosa (86,52%) foi maior em relação ao uso de plantas medicinais (39,33%). A média da escala de dor foi maior e significativa em universitária cuja a idade da menarca foi menor que 12 anos (p=0,0494), na interferência nas atividades diárias (p <0,0001), na adoção entre o tratamento com plantas/ medicamentos e só medicamentos (p <0,0001; p= 0,0138, respectivamente), em relação as que não utilizaram nenhuma forma. No grupo focal, verificou-se a presenta da cultura familiar na adoção das plantas medicinais, onde a dor é compreendida como processo biológico normal, exceto na exacerbação dos estímulos álgicos, com adoção de uso por critérios do senso comum, déficit no conhecimento farmacológico e cuidado na manutenção da saúde reprodutiva.  As evidências científicas corroboraram para identificação da ação farmacológica, porém a ausência de estudos com embasamento farmacodinâmico, farmacocinético, taxológico e interação medicamentosa, podem limitar a indicação de uso generalizado sugerindo assim, a necessidade de novas pesquisas. 


  • Mostrar Abstract
  • A dismenorreia primária é caracterizada por manifestação clínica dolorosa de
    intensidade variada, que acomete mulheres jovens, impossibilitando na maioria das
    vezes o desempenho de suas atividades diárias. Atribui-se o seu surgimento ao processo
    inflamatório em cascata por alteração hormonal e liberação de substância pró-
    inflamatórias presentes no ciclo menstrual. Seu tratamento farmacológico baseia-se no
    bloqueio das prostaglandinas através anti-inflamatórios não hormonais (AINH),
    analgésicos, inibidores seletivos e não seletivos do ciclo-oxigenasse (COX-2). Podendo
    também ser tratada por meios não farmacológicos como as terapias integrativas
    complementares, entre elas o uso de plantas medicinais. Diante disso objetivou-se
    compreender a relação entre o conhecimento tradicional das universitárias quanto à
    escolha e uso das plantas medicinais no tratamento da dismenorreia primária e as
    evidências científicas. Trata-se de um estudo transversal descritivo, de abordagem
    quanti-qualitativa. Tendo como primeira etapa, já concluída, uma revisão integrativa da
    literatura sobre as principais plantas medicinais utilizadas no tratamento da
    dismenorreia e suas propriedades farmacológicas para identificação prévia de possíveis
    espécies utilizadas pelo público feminino. A segunda etapa, em andamento, consiste em
    selecionar universitárias para coleta de informações a respeito dos dados demográficos,
    histórico de saúde e forma de tratamento por aplicação de questionário semiestruturado
    e grupo focal. Na última etapa será realizada a associaçãodas principais plantas
    medicinais e formas de uso relatadas, às evidências científicas relacionadas às
    propriedades farmacológicas. Como resultados parciais foram selecionados e analisados
    dez artigos que permitiu identificar dez plantas das famílias Apiaceae, Rosaceae,
    Myrtaceae, Zingiberaceae e Lamiaceae, cujas evidências científicas confirmam o efeito
    nociceptivo, referindo segurança quanto a terapia. Porém o desconhecimento da
    farmacodinâmica reforçam a necessidade de estudos posteriores para uso seguro em
    humanos. Quanto aos dados parciais obtidos através do estudo transversal foi possível
    identificar que, do totalde 56 alunas universitárias com faixa etária média de 20 anos,
    declaram ter dismenorreia primária, referiramdor no baixo ventre, a irritabilidade,
    cefaleia, dor nas pernas, diarreia e dor no quadril (83,9%, 78,6%, 67,9%, 66,1%, 55,4%
    e 33,9%, respectivamente), com intensidade variando entre moderada e intensa antes e
    durante o primeiro dia menstrual. Aproximadamente 49% fazem tratamento
    farmacológico, e 23% usam plantas medicinais, 29% utilizam compressas e11%
    contraceptivos. Foram relatadas 10 plantas para o tratamento da dismenorreia primária,
    que serão identificadas posteriormente. As formas de uso mais referidas foram chás,
    garrafadas e banhos.

5
  • NATHALIA TAVARES FERREIRA
  • VIGILÂNCIA DE SÍNDROMES RESPIRATÓRIAS: CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA, SOCIODEMOGRÁFICA E CLÍNICA DE CASOS SUSPEITOS DE INFECÇÃO RESPIRATÓRIA NA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE.

  • Orientador : MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • ANDRÉ MACHADO DE SIQUEIRA
  • MATHEUS FILGUEIRA BEZERRA
  • RODRIGO FELICIANO DO CARMO
  • Data: 11/04/2023

  • Mostrar Resumo
  • Síndromes respiratórias constituem um problema de saúde pública, com elevado
    impacto econômico e social a nível mundial. A apresentação de sintomas análogos
    associada a circulação simultânea de diferentes patógenos evidenciam a vigilância
    epidemiológica como importante estratégia para adoção de políticas públicas e medidas
    terapêuticas efetivas para o manejo clínico das infecções respiratórias. Neste cenário, o
    presente estudo buscou caracterizar o perfil epidemiológico, clínico e sociodemográfico
    de casos suspeitos de infecção respiratória na Região Metropolitana do Recife (RMR)
    durante agosto de 2021 a dezembro de 2022. Para tal, casos suspeitos de infecção
    respiratória foram recrutados em diferentes distritos sanitários da RMR e, em seguida
    avaliados quanto as suas características sociodemográficas, clínicas e as amostras
    biológicas destinadas ao diagnóstico diferencial por RT-qPCR multiplex. No período
    avaliado, o distrito sanitário 4 da cidade do Recife registrou o maior número de casos,
    correspondendo a 95% da coorte do estudo. Foram diagnosticados casos de
    monoinfecção (55,8%), coinfecção (11,01%) e casos sintomáticos negativos para os 27
    patógenos respiratórios investigados (33,1%). SARS-CoV-2 (67/22%), Rhinovírus
    (37/60%) e Haemophilus influenzae (11/18%) foram os patógenos mais frequentes entre
    os casos de monoinfecção nos meses de junho e março de 2022. Haemophilus
    influenzae foi o patógeno mais frequente entre os casos de coinfecção envolvendo
    outros patógenos respiratórios (OPR) (30%) e àqueles envolvendo SARS-CoV-2 e OPR
    (43%). A ausência dos sintomas anosmia (p= 0,09), inapetência (p= 0,02) e ageusia (p=
    0,01) foi significativamente associada ao diagnóstico de monoinfecção. O sexo
    feminino, a cor da pele parda, o estado civil solteiro e o ensino superior completo foram
    as características mais frequentes, exceto para os casos de coinfecção e monoinfecção
    por OPR onde houve a maior frequência de indivíduos casados (51,6%), com ensino
    médio concluído (41,9%) e cor da pele branca (40,7%), respectivamente. Fadiga (60%)
    e febre (59%) foram os sinais e sintomas mais incidentes nos casos de monoinfecção
    por SARS-CoV-2 enquanto que dor no peito (82%) foi mais incidente nos casos de
    monoinfecção por OPR. Os sinais e sintomas dos casos de coinfecção apresentaram
    frequência relativa acima daquela observada em toda a coorte. Nos casos sintomáticos
    negativos, a maioria dos sintomas avaliados esteve abaixo da frequência relativa
    observada em toda a coorte. O modelo de regressão logística revelou que indivíduos
    com ensino superior completo (p=0,006; OR=20,5; IC 95%: 2.3±177), asmáticos
    (p=0,033; OR=13,82; IC 95%: 1.2±154), com apresentação de dor no peito (p=0,06;
    OR=3,97; IC 95%: 0.9±16) e fadiga (p=0,06; OR=2,12; IC 95%: 0.9±4.7) são mais
    susceptíveis à coinfecção por SARS-CoV-2 e OPR . Além disso, a presença de mialgia
    (p=0,03; OR=0,37; IC 95%: 0.1±0.9) e rash cutâneo (p=0,05; OR=0,12; IC 95%:
    0.1±1.07) foram significativamente identificados como fatores de proteção ao risco de
    coinfecção por SARS-CoV-2 e OPR. Durante o período avaliado, o SARS-CoV-2 foi o
    patógeno mais incidente quer sejam considerados os casos de monoinfecção ou

    coinfecção quando comparada a frequência de infecção por OPR na RMR. Estudos
    futuros são necessários para elucidar o impacto do SARS-CoV-2 sobre o perfil sazonal
    e clínico das infecções respiratórias.


  • Mostrar Abstract
  • Introdução: Com o estado de pandemia decretado pela OMS em 2020 em razão da
    COVID-19, doença causada pelo novo vírus respiratório SARS-CoV-2, demandou-se a maior
    mobilização de recursos financeiros e de políticas públicas dos últimos tempos. Com isso,
    tornou-se ainda mais necessário o diagnóstico e detecção precoce da doença, pois os sinais e
    sintomas clínicos das infecções do trato respiratório são bastante análogos, como febre,
    congestão de vias áreas, tosse seca e falta de ar, dificultando o diagnóstico apenas sustentado
    na apresentação clínica. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi caracterizar os aspectos
    sociodemográficos, epidemiológicos e clínicos dos pacientes atendidos em unidades de saúde
    referenciadas e especializadas para COVID-19 no município de Recife, Pernambuco.
    Metodologia: Foram processadas 415 amostras para construção do painel respiratório e
    detecção de coinfecções através do kit Allplex TM -Respiratory, sistema de RT-PCR one-step
    multiplex em tempo real com quatro painéis, totalizando a detecção de 27 patógenos
    respiratórios e o Kit CDC-Vírus Respiratórios para diagnóstico da COVID-19.
    Resultados: Dentre os patógenos testados, foi possível observar que 89 amostras foram
    simples-positivas para SARS-CoV-2, 29 amostras foram duplo-positivas para COVID-19 e
    outro patógeno respiratório, 137 amostras foram negativas para SARS-CoV-2 e positivas para
    outros patógenos respiratórios (rhinovírus (HRV) 35% (N=48) e haemophilus influenzae (H1)
    22% (N=31)), sendo destas 17 duplo-positivas (mais frequentes: haemophilus influenzae
    35,2% (N=6) e haemophilus influenzae + metaponeumovirus 17,6% (N=3) e 2 triplo-positivas
    (haemophilus influenzae (HI) + coronavírus OC43 + vírus sincicial respiratório A (VSR A) e
    influenza A-H3 + boca vírus 1/2/3/4 (Hbov) + coronavírus OC43). Ainda, 170 amostras
    negativas para todos os patógenos investigados. Em relação aos sinais e sintomas, os sintomas
    mais frequentes em todos os grupos foram: coriza, dor de garganta, tosse e febre. No grupo de
    coinfecção SARS-CoV-2 + patógeno respiratório, haemophilus influenzae (H1) foi o mais
    presente com 39% dos casos.

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  • DAIANE SANTIAGO DA CRUZ OLÍMPIO
  • SÍNTESE E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA DE INÉDITOS DERIVADOS PIRIDIL-TIAZÓIS COMO AGENTES ANTIPARASITÁRIOS

  • Orientador : ANA CRISTINA LIMA LEITE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CRISTINA LIMA LEITE
  • LUIZ ALBERTO BARROS FREITAS
  • VALERIA PEREIRA HERNANDES
  • Data: 16/05/2023

  • Mostrar Resumo
  • A doença de chagas e a leishmaniose pertencem ao grupo das doenças negligenciadas, ocasionadas por agentes infecciosos, que afetam com maior incidencia os países com baixo indice de desenvolvimento, sendo a primeira causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e a segunda pelo parasita do gênero Leishmania. O tratamento utilizado para ambas as doenças possuem limitações; a doença de chagas é atualmente tratada pelo fármaco Benzonidazol, tendo em vista que o mesmo não possui uma boa eficácia na fase avançada da doença, já o tratamento da Leishmaniose apresenta problemáticas como: custo, resistência e segurança. Sendo assim, observa-se a necessidade de novas formas terapêuticas para essas doenças. Desta forma, nosso trabalho tem por objetivo identificar novos protótipos a fármacos com atividade antiparasitária através do planejamento estrutural, síntese e avaliação biológica de inéditos derivados de uma série piridil-1,3-tiazol. Diante disso foi planejada a síntese da série (DS-1A – DS-1B4) com 12 moléculas inéditas de piridil-1,3-tiazol, utilizando diferentes tiossemicarbazidas, as quais foram sintetizadas e devidamente caracterizadas. A elucidação estrutural foi realizada por meio de espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear de Protón (RMN 1 H) e Carbono (RMN 13C). Após a caracterização, os compostos foram avaliados quanto às atividades anti-T. cruzi e leishmanicida. Quanto à atividade anti-T.cruzi, foi utilizada a cepa Tulahuen, e a toxicidade avaliada em fibroblastos L929. Os testes anti-Leishmania foram realizados frente às formas promastigotas e amastigotas das espécies L. amazonensis e L. infantum, e a CC50 contra macrófagos RAW. Dentre os compostos testados DS-3B se destacou para a atividade frente à forma promastigota da espécie L. infantum, com valores de IC50 2,9 μM, enquanto o composto de referência apresenta IC50 de 17,2 μM. Já os compostos DS-3B, DS-1B1 e DS-1B3 se destacaram na atividade anti-T.cruzi, com IC50 4,8 μM, 4,2 μM e 4,4 μM respectivamente.


  • Mostrar Abstract
  • A Doença de Chagas pertence ao grupo das doenças negligenciadas, causada pelo protozoário
    Trypanosoma cruzi. A infecção ocorre, em sua maioria, pela picada do inseto vetor conhecido
    popularmente como barbeiro Após a infecção ela se manifesta na fase aguda que se não tratada
    adequadamente pode evoluir para fase crônica. O fármaco atualmente utilizado no tratamento da doença de chagas é o Benznidazol, que possui eficácia reduzida na fase crônica, evidenciando assim a necessidade do desenvolvimento de novos fármacos. Por outro lado, estudos já realizados no LpQM, mostraram que a hibridação molecular entre os anéis piridinas e tiazol apresentou uma atividade interessante contra trypanosoma cruzi. Desta forma, nosso trabalho tem por objetivo identificar novos protótipos a fármacos com atividade anti-Trypanosoma cruzi através do planejamento estrutural, síntese e avaliação biológica de inéditos derivados de uma série piridil- 1,3-tiazol. Diante disso foi planejada a síntese da série (DS-1A – DS-1B4) com 12 moléculas inéditas de piridil-1,3-tiazol, utilizando diferentes tiossemicarbazidas. Das 12 moléculas planejadas, 08 já foram sintetizadas com sucesso. A elucidação estrutural foi realizada por meio de espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear de Protón (RMN 1 H) e Carbono (RMN 13C). Para analisar os efeitos anti-trypanosoma cruzi das moléculas, as moléculas foram avaliadas frente a atividade antiproliferativa frente a forma tripomastigota e amastigota, além da citotoxicidade, utilizando como fármaco de referência o benznidazol. As demais 4 moléculas estão em processo final de síntese, elucidação estrutural e atividade biológica. A partir dos espectros de RMN 1H e Carbono RMN 13C podemos confirmar as estruturas dos 08 compostos sintetizados. Estamos no aguardo dos resultados das atividades biológicas que estão sendo realizadas por equipe colaboradora da FIOCRUZ.

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  • JOÃO VICTOR DE MELO GOMES
  • Avaliação in vitro da atividade imunomoduladora, antioxidante e antifibrótica de derivados tiazolidínicos como perspectiva de tratamento para esclerose sistêmica

  • Orientador : MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDERSON RODRIGUES DE ALMEIDA
  • ERIKA DA SILVA BEZERRA DE MENEZES
  • MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
  • Data: 30/05/2023

  • Mostrar Resumo
  • A esclerose sistêmica (ES) é uma doença autoimune que tem como
    pilares vasculopatia, autoimunidade e fibrose desregulada, sendo seu
    tratamento focado no controle dos sintomas e prevenção de complicações, pois
    não há cura. As tiazolidinedionas são uma classe de fármacos que ativam o
    receptor ativado por proliferador de peroxissoma-gama (PPARγ) e possuem
    ação anti-inflamatória, antifibrótica e antioxidante, sendo possíveis agentes
    terapêuticos para a ES. A análise in silico mostrou que os derivados possuem
    absorção pelo trato gastrointestinal e não sofrem efluxo pela glicoproteína-P.
    Pelo druglikeness mostrou que o LPSF/JB-3 e LPSF/JB-20 respeitam a regra de
    Lipinski. A predição prevê que ambos derivados possuem probabilidade de
    ligação com PPARy. Os derivados LPSF/JB-3 e LPSF/JB-20 não apresentaram
    atividade citotóxica nas concentrações testadas (10μM, 25μM e 50μM) na
    linhagem 3T3-L1. A quantificação do Oil Red O, apresentou que as células 3T3-
    L1 tratadas com coquetel de estímulo (CE) + LPSF/JB-3 (10μM), CE + LPSF/JB-
    20 (10μM e 25μM) apresentaram conteúdo lipídico (%) maior, significativamente,
    em comparação ao grupo estimulado com CE. Ao comparar células tratadas com
    CE + rosiglitazona (RSG) com CE + LPSF/JB-3 (10μM, 25μM e 50μM) e CE +
    LPSF/JB-20 (10μM) não houve diferença significativa no conteúdo lipídico
    relativo. Porém, o CE + LPSF/JB-20 (25μM) demostrou maior acúmulo de
    lipídeos que células tratadas com CE + RSG. Foi observado que células 3T3-L1
    tratadas apenas com CE tiveram maior expressão, significativa, de RNA
    mensageiro de PPARy do que células tratadas com CE + RSG, CE + LPSF/JB-
    3 e CE + LPSF/JB-20. O sobrenadante de PBMC em tratamento com LPSF/JB-
    20 reduziu os níveis de IFNy em comparação com a PBMCs tratadas apenas
    com fitohemaglutinina. Porém, os derivados não reduziram os níveis de IL-1β,
    IL-6 e IL-13. Em fibroblastos foi observado que o LPSF/JB-3 reduziu
    significativamente a marcação de pSmad2/3 e COL1A2 e reduziu a marcação de
    espécies reativas de oxigênio quando comparado com grupo peróxido de
    hidrogênio. Conforme os resultados, é sugerido que o LPSF/JB-20, apresente
    atividade imunomoduladora, o LPSF/JB-3 possua atividade antifibrótica e
    antioxidante, e ambos derivados com potencial atividade de ligação com PPARγ.


  • Mostrar Abstract
  • Doenças crônicas possuem caráter inflamatório com produção de citocinas e possível
    desregulação da fibrose com produção excessiva de espécies reativas do oxigênio (ROS), esses
    fatores são imprescindíveis na manutenção dessas doenças. A partir desse contexto, a busca de
    novos agentes terapêuticas para o tratamento como as tiazolidinedionas que possuem potencial
    atividade imunomoduladora, reguladora da fibrose progressiva e redutora de ROS através da sua
    atividade agonista ao PPARy, que pode estar hiporregulada em doenças como a esclerose
    sistêmica. Logo, o trabalho possui o objetivo de avaliar as atividades imunomoduladora,
    antifibrótica e antioxidante dos derivados tiazolidínicos LPSF/JB-3 e LPSF/JB-20, possíveis
    agonistas do PPARy. A análise dos derivados in silico foram realizadas pela plataforma
    SwissADME. A princípio foram recrutados 14 voluntários saudáveis para coleta de sangue total,
    para obtenção de células mononucleadas do sangue periférico (PBMC), estimuladas com
    fitohemaglutinina (PHA) e tratadas com LPSF/JB-3 50μM e LPSF/JB-20 50μM para coleta de
    sobrenadante. Após triagem, foram incluídas amostras de 5 voluntários para dosagem das
    citocinas IFNγ, IL-1β, IL-6 e IL-13 através de ELISA sanduíche. Em busca de compreender o
    possível mecanismo de ação do LPSF/JB-3 e LPSF/JB-20 com PPARy, os derivados foram
    combinados com coquetel de estímulo (dexametasona 1μM, insulina 10mg/mL e IBMX 500μM)
    e submetidos a tratamento em pré-adipócitos (3T3-L1) para diferenciá-las em adipócitos
    maduros e quantificar os lipídeos por coloração com Oil Red O. A resposta antioxidante in vitro
    foi realizada de cultura de fibroblastos de pele saudável de um paciente do bloco de cirurgia
    plástica do HC/UFPE, as células foram pré-tratadas com os derivados para então tratamento com
    peróxido de hidrogênio (H202), marcação de ROS através do dihidroetídio. A análise in sílico
    mostrou que ambos os compostos possuem absorção pelo trato gastrointestinal e não sofrem
    efluxo pela glicoproteína P. Já o druglikeness mostrou que o LPSF/JB-3 e LPSF/JB-20 respeitam
    a regra de Lipinski e exibem MLOGP estimado de 2,36 e 3,25, respectivamente. O
    SwissTargetPrediction prevê que ambos compostos possuem probabilidade de ligação com
    PPARy. O tratamento in vitro com LPSF/JB-20 [1082 ± 460,4pg/mL; **p= 0,0079] em
    comparação com PHA [3690 ± 2165 pg/mL] reduziu os níveis de IFNy em sobrenadante de
    PBMC. Após quantificação do Oil Red O, o LPSF/JB-3 10μM [112,5% ± 10,04 **p=0,0076],
    LPSF/JB-20 10μM [146,1% ± 20,97; **p=0,0033] e 25μM [149,3% ±10,47; ***p= 0,0003]
    apresentaram conteúdo lipídico (%) maior significativamente em comparação ao grupo somente
    estímulo [89,08% ± 12,65]. E ao comparar LPSF/JB-3 10μM (p= 0,1664), 25μM (p= 0,4985),
    50μM (p= 0,5864) e LPSF/JB-20 10μM (p= 0,0574) com o grupo rosiglitazona 10μM [112,5% ±
    10,04] não foi observado diferença significativa. Porém, o LPSF/JB-20 25μM (**p= 0,0069) foi
    demonstrado que esse grupo acumulou mais lipídeos que o grupo rosiglitazona. Na avaliação
    antioxidante in vitro, ao comparar o grupo de células que foram tratadas apenas com H202 [14,39 ± 3,39] o LPSF/JB-3 25μM [8,63 ± 0,80; *p= 0,0463] teve redução da intensidade de fluorescência significativa. De acordo com os resultados obtidos, é sugerido que os derivados tiazolidínicos apresentaram atividade imunomoduladora e antioxidante com potencial atividade agonista ao PPARγ.

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  • MAYSE MANUELE FREITAS VIANA LEAL
  • DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO ANALÍTICO BASEADO NO NANOPORO PROTEICO INDIVIDUAL PARA DETECÇÃO DE MADURAMICINA E BIOTOXINAS CAUSADORAS DE INTOXICAÇÕES ALIMENTARES ASSOCIADAS AO CONSUMO DE PEIXES

  • Orientador : CLAUDIO GABRIEL RODRIGUES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ARTUR ALVES RODRIGUES DA SILVA
  • IRANILDO JOSE DA CRUZ FILHO
  • MARIA CAROLINA ACCIOLY BRELAZ DE CASTRO
  • Data: 27/07/2023

  • Mostrar Resumo
  • A intoxicação alimentar representa uma grande preocupação para a saúde pública e, em sua grande maioria, é causada por agentes desconhecidos. A intoxicação alimentar por ingestão de peixe destaca-se, principalmente pela ampla variedade de substâncias potencialmente tóxicas. Neste cerne, tetrodotoxina (TTX) e maduramicina representam substâncias com elevada patogenicidade, cuja intoxicação apresenta expressivo grau de morbimortalidade. Diante desse contexto, métodos rápidos e sensíveis para a detecção e quantificação dessas substâncias tornam-se cada vez mais necessários. Portanto, o presente estudo tem como objetivo utilizar o biossensor baseado no nanoporo proteico para a detecção de maduramicina e tetrodotoxina. Foram utilizadas duas abordagens: i) experimental, utilizando o nanoporo da alfatoxina inserido em bicamada lipídica plana como elemento de reconhecimento molecular para a detecção estocástica das substâncias; seguida por uma ii) abordagem computacional visando compreender a interação entre as toxinas e o nanoporo. Os resultados experimentais apontam que, para ambas as substâncias, o perfil de bloqueio da corrente apresenta dependência de voltagem. Para o TTX, os eventos de bloqueio apresentam maior tempo de residência em comparação aos eventos induzidos pela maduramicina, como também apresentam maior variedade de amplitudes de bloqueio, com até três níveis de bloqueio. Os dados obtidos nas análises in silico, por meio de docagem molecular, indicam maior energia de interação no complexo toxina-nanoporo para a maduramicina, que pode estar relacionado ao seu elevado peso molecular, propiciando maior quantidade de interações de Van der Waals. Além disso, os dados computacionais revelam ainda que o TTX interage com o nanoporo da alfatoxina através dos mesmos tipos de interações intermoleculares que ocorrem entre o TTX e o canal de sódio. O nanoporo foi capaz de detectar concentrações na ordem de micromolar para ambas as toxinas. Também foi possível verificar a relação linear entre as concentrações e o tempo intereventos de bloqueio do nanoporo, o que faz com que este apresente-se como uma ferramenta promissora para a detecção e quantificação dessas substâncias.


  • Mostrar Abstract
  • A intoxicação alimentar representa uma grande preocupação para a saúde pública e, em sua grande maioria, é
    causada por agentes desconhecidos. A intoxicação alimentar por ingestão de peixe destaca-se, principalmente pela
    ampla variedade de substâncias potencialmente tóxicas. Neste cerne, tetrodotoxina (TTX) e maduramicina
    representam substâncias com elevada patogenicidade, cuja intoxicação apresenta expressivo grau de
    morbimortalidade. Diante desse contexto, métodos rápidos e sensíveis para a detecção e quantificação dessas
    substâncias tornam-se cada vez mais necessários. Portanto, o presente estudo tem como objetivo utilizar o
    biossensor baseado no nanoporo proteico para a detecção de maduramicina e tetrodotoxina. Foram utilizadas duas
    abordagens: i) experimental, utilizando o nanoporo da alfatoxina inserido em bicamada lipídica plana como
    elemento de reconhecimento molecular para a detecção estocástica das substâncias; seguida por uma ii) abordagem
    computacional visando compreender a interação entre as toxinas e o nanoporo. Os resultados experimentais apontam
    que, para ambas as substâncias, o perfil de bloqueio da corrente apresenta dependência de voltagem. Para o TTX, os
    eventos de bloqueio apresentam maior tempo de residência em comparação aos eventos induzidos pela
    maduramicina, como também apresentam maior variedade de amplitudes de bloqueio, com até três níveis de
    bloqueio. Os dados obtidos nas análises in silico, por meio de docagem molecular, indicam maior energia de
    interação no complexo toxina-nanoporo para a maduramicina, que pode estar relacionado ao seu elevado peso
    molecular, propiciando maior quantidade de interações de Van der Waals. Além disso, os dados computacionais
    revelam ainda que o TTX interage com o nanoporo da alfatoxina através dos mesmos tipos de interações
    intermoleculares que ocorrem entre o TTX e o canal de sódio. O nanoporo foi capaz de detectar concentrações na
    ordem de micromolar para ambas as toxinas, apresentando-se como uma ferramenta promissora para a detecção e
    quantificação dessas substâncias. O estudo resultou em um manuscrito que está em fase final de confecção e outro
    que está em fase inicial de confecção.

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  • JOSE ARION DA SILVA MOURA
  • DERIVADOS TIAZOLIDÍNICOS ANTIVIRAIS PROMISSORES CONTRA SARS-CoV-2: SÍNTESE, CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO IN SILICO E IN VITRO

  • Orientador : IVAN DA ROCHA PITTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO RODOLFO DE FARIA
  • EDUARDO AUGUSTO VASCONCELOS DE FREITAS RAMALHO
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • ROMULO PESSOA E SILVA
  • Data: 02/08/2023

  • Mostrar Resumo
  • O vírus SARS-CoV-2, causador COVID-19, apresenta RNA de sentido positivo, com
    semelhança genômica com outros coronavírus, SARS-CoV e MERS-CoV. Grandes
    avanços ocorreram para a sua contenção, a partir da ampla vacinação no mundo,
    assim como nos estudos de reposicionamento de fármacos. Contudo, os fármacos
    utilizados atualmente apresentam problemas produtivos, econômicos e logísticos,
    sendo necessário o desenvolvimento de novos fármacos sintéticos voltados para
    inibição da carga viral. Dessa maneira, o objetivo do presente estudo foi desenvolver
    novos derivados tiazolidínicos que apresentem potencial atividade antiviral contra o
    vírus SARS-CoV-2, e que possam atuar no controle da COVID-19. Dessa forma, foram
    produzidas sinteticamente através de reações de substituição nucleofílica de segunda
    ordem e condensação de Knoevenagel, 12 compostos finais da série LPSF/ZKB,
    LPSF/ZKC e LPSF/ZKE e cinco intermediários LPSF/ZKC-1, LPSF/ZKE-1 e LPSF/GQs,
    com rendimentos de 14%-69% para os finais e 50-91% para os intermediários. Também
    foi possível caracterizar suas estruturas através de RMN ¹H e ¹³C, IV, MS e CLAE além
    propriedades físico-químicas. A eficácia foi predita através de docking molecular em
    dois alvos de interesse na inibição da replicação viral, a Mpro e RdRp, obtendo
    destaque para os LPSF/ZKB-4, LPSF/ZKB-5, LPSF/ZKC-14, LPSF/ZKC-17, LPSF/ZKE-
    15 e LPSF/ZKE-21, com as melhores energias de afinidade e interações moleculares.
    A farmacocinética in silico demonstrou que todos os compostos podem ser absorvidos
    pelo trato gastrointestinal, enquanto apenas os LPSF/ZKEs são substratos de PgP. O
    metalismo por CYPs, prediz que nenhum composto é metabolizado pela CYP2D6,
    porém dentre as três séries há diversidade para CYP3A4. Os ensaios in vitro para
    avaliar a citotoxicidade demonstraram que os compostos apresentam IC50 >100μM,
    sendo toleráveis para os ensaios posteriores. Para os próximos passos, será avaliada a
    redução e carga viral de SARS-CoV-2.


  • Mostrar Abstract
  • O vírus SARS-CoV-2, causador COVID-19, apresenta RNA de sentido positivo, com
    semelhança genômica com outros coronavírus, SARS-CoV e MERS-CoV. Grandes
    avanços ocorreram para sua contenção, a partir da ampla vacinação no mundo, assim
    como nos estudos de reposicionamento de fármacos. Contudo, as vacinas e os
    fármacos utilizados atualmente, apresentam problemas produtivos, econômicos e
    logísticos, sendo necessário o desenvolvimento de novos fármacos sintéticos voltados
    para inibição da carga viral. Dessa maneira, é objetivado desenvolver novos derivados
    tiazolidínicos que apresentem potencial atividade antiviral contra o vírus SARS-CoV-2
    podendo atuar na regulação da COVID-19. Dessa forma, foram produzidas
    sinteticamente através de reações de substituição nucleofílica de segunda ordem e
    condensação de Knoevenagel, 12 compostos finais da série LPSF/ZKB, LPSF/ZKC e
    LPSF/ZKE e cinco intermediários LPSF/ZKC-1, LPSF/ZKE-1 e LPSF/GQs, com
    rendimentos de 14%-69% para os finais e 50-91% para os intermediários. Também foi
    possível caracterizar suas estruturas através de RMN ¹H e ¹³C, IV, MS e CLAE além
    propriedades físico-químicas. A eficácia foi predita através de docking molecular em
    dois alvos de interesse na inibição da replicação viral, a Mpro e RdRp, obtendo
    destaque para os LPSF/ZKB-4, LPSF/ZKB-5, LPSF/ZKC-14, LPSF/ZKC-17, LPSF/ZKE-
    15 e LPSF/ZKE-21, com as melhores energias de afinidade e interações moleculares.
    A farmacocinética in silico demonstrou que todos compostos podem ser absorvidos
    pelo trato gastrointestinal, enquanto apenas os LPSF/ZKEs são substratos de PgP. O
    metalismo por CYPs, prediz que nenhum composto é metabolizado pela CYP2D6,
    porém dentre as três séries há diversidade para CYP3A4. Para os próximos passos,
    serão avaliados esses compostos através de ensaios de citotoxicidade e redução e
    carga viral.

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  • RODRIGO SANTIAGO MOREIRA
  • AVALIAÇÃO DE SIGLEC-15 E TYRO3 COMO POSSIVEIS BIOMARCADORES DE PROGNÓSTICO EM CÂNCER DE PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS

  • Orientador : MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDERSON RODRIGUES DE ALMEIDA
  • CESAR FREIRE DE MELO VASCONCELOS
  • MARIA CAROLINA ACCIOLY BRELAZ DE CASTRO
  • Data: 09/08/2023

  • Mostrar Resumo
  • O câncer de pulmão é a principal causa de morte por câncer desde 1985. Foi a principal causa de morte relacionada ao câncer nos Estados Unidos nos últimos anos. Siglec-15 e Tyro 3 possuem potencial como possíveis candidatos, como alvos terapêuticos para a imunoterapia no câncer de pulmão, com características como expressão maior em tecido tumoral; mínima expressão em tecidos normais; participação na evasão imune do tumor. O presente estudo objetivou analisar a expressão dessas moléculas in sílico, in vitro e ex vivo. Amostras séricas e de tecidos com câncer de pulmão não pequenas células foram selecionadas, submetidas a avaliação por imuno-histoquímica e as linhagens celulares foram avaliadas quanto a expressão gênica por RT-qPCR de Siglec-15 e Tyro-3. Até o momento, 51 pacientes com neoplasia pulmonar não pequenas células foram recrutados. A análise por imuno-histoquímica de 9 pacientes para Siglec-15 e 13 pacientes para Tyro 3 sugeriu marcação de maior intensidade em quadros mais avançados, em estágio metastático, tanto para Siglec-15 quanto Tyro 3, com predominância estromal. A análise in sílico para avaliação da expressão gênica mostrou menor sobrevida global para pacientes com maior expressão de Tyro-3 (p 0,045), em pacientes com subtipo escamoso. Resultado semelhante com Siglec-15 (p 0,67). Menor sobrevida global em pacientes com subtipo adenocarcinoma foi encontrada no grupo com maior expressão de Tyro 3 (p 0,11). Assim, a busca de biomarcadores com relevância diagnóstica e prognóstica no câncer de pulmão não pequenas células para promoção de melhor sobrevida do paciente é necessária, além da contribuição com dados para o desenvolvimento de possíveis alternativas de imunoterapias, marcadores prognósticos, tendo como alvos Siglec-15 e/ou Tyro 3.


  • Mostrar Abstract
  • O câncer de pulmão é a principal causa de morte por câncer desde 1985. Foi a principal causa de morte relacionada ao câncer nos Estados Unidos nos últimos anos. Siglec-15 e Tyro 3 possuem potencial como possíveis candidatos, como alvos terapêuticos para a imunoterapia no câncer de pulmão, com características como expressão maior em tecido tumoral; mínima expressão em tecidos normais; participação na evasão imune do tumor. O presente estudo possui o objetivo de analisar a expressão dessas moléculas in sílico e in vitro, em amostras séricas e de tecidos com câncer de pulmão não pequenas células, através de processo de imuno-histoquímica, por processo de desparafinização, Western Blot e Elisa. Até o momento, 30 pacientes com neoplasia pulmonar não pequenas células foram recrutados, e 17 controles saudáveis, para pareamento. Dos pacientes com neoplasia, mais de 60% apresentaram idade superior a 60 anos, sendo metade homens. 80% dos pacientes do estudo foram diagnosticados com estágio III ou IV. 50% dos pacientes foram diagnosticados com tipo células escamosas, com 36,7% adenocarcinoma. Dados preliminares da análise in silico mostraram maior sobrevida para pacientes com adenocarcinoma de pulmão com Siglec-15 (+), 23 meses para Siglec-15 (+) e 19 meses para Siglec-15 (-), p=0,002. Assim, a busca de marcadores com relevância diagnóstica e prognóstica no câncer de pulmão não pequenas células para promoção de melhor sobrevida do paciente é necessária, além da contribuição com dados para o desenvolvimento de possíveis alternativas de imunoterapias, tendo como alvos Siglec-15 e/ou Tyro 3.

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  • JOSUÉ BRITO GONDIM
  • APLICAÇÃO DO SISTEMA DE DUAS FASES AQUOSAS PARA EXTRAÇÃO DE IgG DO PLASMA HUMANO

  • Orientador : ANA CRISTINA LIMA LEITE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CRISTINA LIMA LEITE
  • THIAGO PAJEÚ NASCIMENTO
  • VIVIANE DO NASCIMENTO E SILVA ALENCAR
  • Data: 19/10/2023

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  • As arboviroses são vírus transmitidos por insetos artrópodes e são assim classificados devido á relação dos artrópodes e ao fato de seu ciclo reprodutivo se desenvolver em insetos. Atualmente, as arboviroses tem proporcionado impactos econômicos e sociais significativos no Brasil. O aumento desenfreado das incidências dessas patologias no País, faz-se necessário a urgência de novas estratégias e metodologias de combate e controle dessas patologias. A IgG vem sendo utilizada para tratamento infeccioso ocasionado pela as arbovirose; como é o caso da síndrome de Guillan-Barré. O fracionamento do plasma com etanol frio ainda é o método mais utilizado para a separação da Imunoglobulina G. Porém, devido ao alto índice de concentração de etanol e o baixo teor de pH, essa tecnologia proporciona uma desnaturação dos hemoderivados.  Visando uma aplicação já existente, o presente estudo procurou abordar a separação do plasma através do sistema de duas fases aquosas (SDFA) e com isso, realizar a extração da IgG em bolsas de plasma acometidas pelas as arboviroses de Dengue, Zika e Chikungunya.. Foram utilizadas bolsas de plasma excedentes fornecidas pelo HEMOPE (Hemocentro de Pernambuco). As bolsas foram triadas para a arbovirose do tipo Dengue, Zika e Chikungunya através do teste Elisa utilizando o Kit Panbio e para o teste rápido Kit Abbott. A extração da Imunoglobulina G foi realizada através do SDFA que foi composto por 12,5% de solução de polietilenoglicol (PEG) 3350/mol, 15% de solução de fosfato pH 7,0 e NaCl a 12%. Após a formação do sistema e repouso de 24 horas foi realizada a separação da fase superior (PEG) e inferior (SAL), sendo utilizada para as devidas análises bioquímicas. Ambas as fazes foram submetidas ao procedimento de Eletroforese de SDS-PAGE. Esta metodologia proporcionou uma separação de Imunoglobulina G especifica para as arboviroses do tipo Dengue, Zika e Chikungunya. A demonstração visual pelo o método de eletroforese comprova que a IgG, através do método SFDA foi encontrada apenas na fase PEG. Com essa afirmativa, podemos compreender que o SDFA apresenta uma eficácia para obter a proteína IgG.


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  • As arboviroses são vírus transmitidos por insetos artrópodes (Arthropoborne vírus) e são assim
    classificados devido á vinculação dos artrópodes e ao fato de seu ciclo reprodutivo se desenvolver
    em insetos. Atualmente, as arboviroses tem proprocionado impactos econômicos e sociais
    significativos no Brasil. O aumento desenfreado das incidências no País, faz-se necessario a urgência
    de novas estrategias e metodologias de combate e controle dessas patologias; além de resguardas o
    maximo de indivíduos contra possiveis contaminações.). A Imunoglobulina vem sendo utilizada para
    tratamento patologico ocasionado pela as arbovirose; como é o caso da sindrome de Guillan-Barré.
    O fracionamento do plasma com etanol frio ainda é o método mais utilizado para a separação das
    proteínas.Porém, devido ao alto índice de concentração de etanol e o baixo teor de PH, essa
    tecnologia proporciona uma desnaturação dos hemoderivados. Visando uma nova metodologia, o
    presente estudo procurou abordar uma nova ideia metodologica que porpocione a separação do
    plasma através do sistema de duas fases aquosas (SFDA). Foram utilizadas bolsas de plasma
    excedentes fornecidas pelo HEMOPE (Hemocentro de Pernambuco). As bolsas foram triadas para a
    arbovirose do tipo Dengue através do teste Elisa utilizando o Kit Panbio e para o teste rápido Kit
    Abbott. A extração da Imunoglobulina G foi realizada através do SDFA que foi composto por 12,
    5% de solução de polietilenoglicol (PEG) 3350, 15% de solução de fosfato em pH 7,0 e NaCl a 12%.
    Após a formação do sistema e repouso de 24 horas foi realizada a separação da fase superior (PEG)
    e inferior (SAL), sendo utilizada para as devidas análises bioquímicas. Ambas as fazes foram
    submetidas ao procedimento de Eletroforese de SDS-PAGE. (CAAE:55993122.8.3001.5195). Está
    metologia proporiconou uma separação de para a Imunoglobulina G especifica para a arbovirose do
    tipo Dengue. Pode-se compreender a partir de testes como método de Eliza e o Bradford que quando
    submetido as amostras ao método de SFDA, a IgG sempre encontra-se presente na fase superior do
    sistema (Fase PEG) enquanto a fase inferior (fase SAL). Além disso, a demonstração visual pelo o
    método de eletroforese comprova que a IgG, através do metodo SFDA será encontrada apenas na
    fase PEG. Com essa afirmativa, podemos compreender que que o sistema apresenta uma eficacia
    para obter a proteína IgG sem ocorrér a desnaturação da Imunoglobulina.

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  • RODRIGO GUILHERME GUSMÃO DE MORAIS
  • Avaliação de mediadores solúveis como indicadores de poliartralgia persistente associada à infecção por Chikungunya

  • Orientador : MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VALERIA PEREIRA HERNANDES
  • ANDREA TAVARES DANTAS
  • MATHEUS FILGUEIRA BEZERRA
  • Data: 07/11/2023

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  • As desordens musculoesqueléticas decorrentes da infecção pelo vírus Chikungunya (CHIKV) costumam ser autolimitadas as fases aguda e subaguda da doença em cerca de 60% dos casos diagnosticados. Entretanto, em cerca de 40% as dores articulares incapacitantes persistem por um período superior a 3 meses ou até por anos após a infecção. Apesar do impacto social, econômico, sobre a qualidade de vida e para a saúde pública da Chikungunya (Chika), até o presente não existem biomarcadores preditores do desfecho clínico da doença. Assim, ao considerar o relevante papel das citocinas, quimiocinas e fatores de crescimento durante a progressão e resolução de quadros infecciosos, o objetivo deste estudo foi investigar a potencial utilidade de mediadores solúveis como biomarcadores séricos da artralgia persistente na Chika crônica. Para tal, amostras de soro foram coletadas de indivíduos diagnosticados com Chika (RT-qPCR positivo e/ou Elisa IgM anti-CHIKV) para verificação dos níveis de quimiocinas, citocinas e fatores de crescimento utilizando o ensaio multiplex de Luminex. Análises de componentes principais, associação, correlação e acurácia foram realizadas considerando a resolução (não-crônicos) ou a persistência (crônicos) da artralgia após 90 dias de inicio dos sintomas. Indivíduos autodeclarados saudáveis foram utilizados como grupo controle. A caracterização clínico-sociodemográfica revelou que o desfecho artralgia persistente foi significativamente associado ao sexo feminino (p=0.004), a apresentação dos sintomas cefaleia (p=0.004), parestesia (p=0.004) e turvação visual (p=0.004), a maior frequência de acometimento musculoesquelético (dor articular, fadiga, NAD, NAE, CDAI, DAS-28) e a ausência de condição reumatológica prévia (p=0.039) no momento do diagnóstico. Os níveis séricos das citocinas pró-inflamatórias INF-β, IL-2, IL-5, IL-7, IL-15, IL-17 e TNF-α, das citocinas anti-inflamatórias IL-4 e IL-13, dos fatores de crescimento NGF-β e VEGF-D, e da quimiocina GRO-α foram negativamente correlacionados com indicadores clínicos do acometimento musculoesquelético, bem como se apresentaram significativamente reduzidos em indivíduos com artralgia persistente quando comparados a indivíduos recuperados na Chika crônica. Considerando o desfecho artralgia persistente, a análise de componentes principais revelou clusters definidos dos mediadores solúveis e evidenciou a contribuição das citocinas IL-4, IL-7 e IL-13 para a diferenciação dos grupos avaliados. Os dados de acurácia demonstraram que os níveis séricos das citocinas IL-4 (AUC = 0.8804; IC 0.7856 – 0.9753), IL-7 (AUC = 0.8765; IC 0.7826 – 0.9704) e IL-13 (AUC = 0.8726; IC 0.7760 – 0.9691) apresentaram relevante sensibilidade e especificidade em distinguir indivíduos recuperados e com persistência da artralgia durante a fase aguda/subaguda da Chika. A significativa variação nos níveis séricos dos mediadores EOTAXIN, HGF, IL1RA, IL-5, IP-10, NGFβ, PDGFβ, PIGF1, RANTES e VEGFD na Chika crônica sugerem sua participação na evolução da doença, no entanto análises futuras são necessárias para melhor compreender esse fenômeno. Em conjunto, foi possível concluir que existe uma assinatura de mediadores solúveis na fase aguda/subaguda em indivíduos que apresentam artralgia persistente, e que os mediadores solúveis IL-4, IL-7 e IL-13 são fortes candidatos a biomarcador de cronicidade na Chika crônica.


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  • O vírus Chikungunya (CHIKV) é um vírus transmitido por mosquitos do gênero Alphavirus,
    principalmente Aedes aegypti e Aedes albopictus. A infecção pelo CHIKV causa a febre
    Chikungunya (FCHIKV), que é acompanhada por dor severa nas articulações. Foi isolado pela
    primeira vez na Tanzânia em 1953 e agora está presente em mais de 100 países, sendo
    considerado um patógeno prioritário pela OMS. No Brasil, os primeiros casos foram registrados
    em 2014, e desde então o país tem enfrentado surtos da doença. A fase aguda da infecção
    apresenta febre alta, dor nas articulações e outros sintomas, enquanto a fase subaguda pode durar
    até 3 meses com persistência das dores articulares. Cerca de 30-40% dos pacientes desenvolvem
    a forma crônica da doença. A resposta imune desempenha um papel importante na progressão e
    resolução da doença, com o sistema imunológico inato tendo um efeito protetor na fase aguda,
    enquanto os componentes da imunidade adaptativa podem contribuir para a gravidade da doença
    e o desenvolvimento da artrite crônica. Logo, o trabalho em questão tem como objetivo avaliar a
    frequência fenotípica de monócitos e macrófagos em diferentes fases da febre Chikungunya.
    Inicialmente, através do Ensaio de Luminex Multiplex verificamos os níveis de quimiocinas,
    citocinas e fatores de crescimento em amostras de soro de pacientes infectados pela CHIKV
    dividos em dois grupos, aqueles que cronificaram e os que não cronificaram. Esses grupos foram
    avaliados em dois momento diferentes, no D0, o primeiro momento do paciente no estudo, e o
    D180. Os resultados demonstraram que IL-10, IL-7, KC, IL18, TNF-a, EOTAXIN, GRO-a,
    RANTES, PIGF-1 apresentaram níveis diferenciados muito significativos entre os pacientes
    crônicos e não crônicos. Dentre esses, o IL-7 apresentou um resultado notável, uma vez que na
    análise de curva ROC a área sob a curva para IL-7 (crônicos versus não crônicos) foi de 0.9785,
    no qual 1 é o valor perfeito. No que tange as correlações com dados clínicos, avaliamos o nível
    de citocina ou fator pelo nível de artralgia e observou-se que o IL-7 e NGFb apresentaram
    correlação negativa com a artralgia enquanto PIGF-1 e RANTES apresentaram correlação
    positiva. Observou-se também que IL-18, MIP-1a, MIP-1b, IP-10 apresentaram correlação
    negativa com dias após início dos sintomas. Assim, observamos que o IL-7, assim como outros
    analitos, poderiam ter um papel como um biomarcador preditor de cronicidade para a FCHIKV.

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  • MILENA TEREZA TORRES DO COUTO UCHOA
  • DESENVOLVIMENTO DE NANODISPOSITIVO IMUNOSSENSOR ÓPTICO E ELÉTRICO PARA DETECÇÃO DE BIOMARCADORES DA DENGUE

  • Orientador : CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALBERTO GALDINO DA SILVA JUNIOR
  • CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
  • MARIANA LUIZA DE OLIVEIRA SANTOS RAMOS
  • Data: 10/11/2023

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  • A dengue (DENV) é atualmente o arbovírus mais prevalente globalmente, causando preocupações devido à recorrência da doença, ao aumento das taxas de mortalidade e à gravidade dos sintomas. Os imunossensores eletroquímicos oferecem uma abordagem inovadora para identificar analitos clinicamente relevantes e associar componentes específicos de bioreconhecimento a nanopartículas para aumentar a sensibilidade do sistema. Neste estudo, foi desenvolvido e caracterizado um imunossensor óptico e elétrico para a detecção de antígenos do Dengue, empregando pontos quânticos de telureto de cádmio (CdTe). O imunossensor foi construído em uma superfície de eletrodo de ouro depositando uma monocamada de cisteína, seguida da adsorção física de pontos quânticos de CdTe funcionalizados com radicais carboxílicos e subsequente imobilização de um anticorpo específico do DENV. O imunossensor desenvolvido foi caracterizado usando várias técnicas, incluindo Voltametria Cíclica (CV), Espectroscopia de Impedância Eletroquímica (EIS), Ressonância Plasmônica de Superfície (SPR), Microscopia de Força Atômica (AFM) e Espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR). Diferentes concentrações de antígenos do DENV-1 e DENV-2 (1:50, 1:40, 1:30, 1:20 e 1:10) foram detectadas usando CV e EIS, resultando em valores de ∆I% de 72% para o DENV-1 e 24% para o DENV-2. Ambas as estratégias mostraram uma resposta linear em proporção ao aumento na concentração do biomarcador. Excelentes correlações lineares (com valores de R2 de 0,96 para o DENV-1 e 0,99 para o DENV-2) foram obtidas em uma ampla faixa de concentração. O grau de revestimento da superfície apresentou uma correlação mais forte com o DENV-1 (90%). A caracterização por AFM revelou alturas de pico mais elevadas quando a plataforma foi testada com amostras de DENV-1 (131 nm), confirmando a formação do complexo antígeno-anticorpo. Além disso, o SPR exibiu deslocamentos angulares correspondentes para cada componente, confirmando a funcionalização bem-sucedida da camada de detecção e alinhando-se com os resultados eletroquímicos. A plataforma do sensor Cys-CdTe-IgGDENV-BSA mostrou uma melhor resposta ao DENV-1, destacando sua eficácia na detecção do analito-alvo e emergindo como uma alternativa promissora para a identificação de biomarcadores da dengue.


  • Mostrar Abstract
  • A dengue (DENV) é atualmente o arbovírus mais prevalente globalmente,
    causando preocupações devido à recorrência da doença, ao aumento das
    taxas de mortalidade e à gravidade dos sintomas. Os imunossensores
    eletroquímicos oferecem uma abordagem inovadora para identificar analitos
    clinicamente relevantes e associar componentes específicos de
    bioreconhecimento a nanopartículas para aumentar a sensibilidade do sistema.
    Neste estudo, foi desenvolvido e caracterizado um imunossensor óptico e
    elétrico para a detecção de antígenos do Dengue, empregando pontos
    quânticos de telureto de cádmio (CdTe). O imunossensor foi construído em
    uma superfície de eletrodo de ouro depositando uma monocamada de cisteína,
    seguida da adsorção física de pontos quânticos de CdTe funcionalizados com
    radicais carboxílicos e subsequente imobilização de um anticorpo específico do
    DENV. O imunossensor desenvolvido foi caracterizado usando várias técnicas,
    incluindo Voltametria Cíclica (CV), Espectroscopia de Impedância
    Eletroquímica (EIS), Ressonância Plasmônica de Superfície (SPR),
    Microscopia de Força Atômica (AFM) e Espectroscopia de Infravermelho por
    Transformada de Fourier (FTIR). Diferentes concentrações de antígenos do
    DENV-1 e DENV-2 (1:50, 1:40, 1:30, 1:20 e 1:10) foram detectadas usando CV
    e EIS, resultando em valores de ∆I% de 72% para o DENV-1 e 24% para o
    DENV-2. Ambas as estratégias mostraram uma resposta linear em proporção
    ao aumento na concentração do biomarcador. Excelentes correlações lineares
    (com valores de R2 de 0,96 para o DENV-1 e 0,99 para o DENV-2) foram
    obtidas em uma ampla faixa de concentração. O grau de revestimento da
    superfície apresentou uma correlação mais forte com o DENV-1 (64%). A
    caracterização por AFM revelou alturas de pico mais elevadas quando a
    plataforma foi testada com amostras de DENV-1 (131 nm), confirmando a
    formação do complexo antígeno-anticorpo. Além disso, o SPR exibiu
    deslocamentos angulares correspondentes para cada componente,
    confirmando a funcionalização bem-sucedida da camada de detecção e
    alinhando-se com os resultados eletroquímicos. A plataforma do sensor Cys-
    CdTe-IgGDENV mostrou uma melhor resposta ao DENV-1, destacando sua
    eficácia na detecção do analito-alvo e emergindo como uma alternativa
    promissora para a identificação de biomarcadores da dengue.

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  • DANIEL PEREIRA REIS
  • SÍNTESE, AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES ANTIOXIDANTE, CITOTÓXICA E ANTIMICROBIANA in vitro PROMOVIDAS POR COMPOSTOS TIOSSEMICARBAZÔNICOS

  • Orientador : MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DIJANAH COTA MACHADO
  • IRIS TRINDADE TENÓRIO JACOB
  • MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • Data: 21/11/2023

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  • A descoberta de novos compostos com atividade terapêutica possibilita o desenvolvimento de novos medicamentos para tratamento de doenças já existentes ou ainda desconhecidas, permite a criação de alternativas terapêuticas mais eficazes e seguras e contribui para o tratamento de microrganismos multirresistentes. Os tiazóis e as tiossemicarbazonas têm sido objeto de pesquisas extensas devido as suas atividades farmacológicas potenciais, e atualmente várias moléculas dessas classes se encontram em diferentes fases de desenvolvimento clínico. Este trabalho tem por objetivo propor a síntese e caracterização estrutural de sete novos compostos quinolínicos-tiossemicarbazônicos (CG-1 a CG-7), a avaliação de suas propriedades ADMET in silico, atividade antioxidante e citotóxica e estudo de interação com Albumina Sérica Bovina (BSA). Eles foram obtidos em laboratório através da reação indireta com derivados tiossemicarbazida, por adição nucleofílica entre hidrazina e isotiocianatos correspondentes. Os derivados foram elucidados através de técnicas espectroscópicas (RMN ¹H e RMN ¹³C), e a acerca da previsão ADMET, no geral os compostos apresentam bons resultados, sem nenhuma violação para as regras de Lipinski e Veber. Os compostos apresentaram fraca a moderada atividade antifúngica in vitro. Quanto a atividade antioxidante o CG-1 apresentou a melhor atividade em relação aos outros compostos, com resultados de 38.9% e 99.4% nos testes de DPPH e ABTS respectivamente. Na avaliação da atividade citotóxica in vitro, os compostos apresentaram altos valores de IC50 para diferentes tipos de células e atividade hemolítica >7.0%, indicando que os compostos não são citotóxicos e nem apresentam potencial de causar hemólise. O mecanismo de supressão de fluorescência promovido pelos compostos frente a albumina bovina é de natureza dinâmico e reversível, por interações hidrofóbicas e eletrostáticas, processo espontâneo e com alta probabilidade de transferência de energia.


  • Mostrar Abstract
  • A descoberta de novos compostos com atividade terapêutica possibilita o desenvolvimento de novos medicamentos para tratamento de doenças já existentes ou ainda desconhecidas, permite a criação de alternativas terapêuticas mais eficazes e seguras e contribui para o tratamento de microrganismos multirresistentes. Os tiazóis e as tiossemicarbazonas têm sido objeto de pesquisas extensas devido as suas atividades farmacológicas potenciais, e atualmente várias moléculas dessas classes se encontram em diferentes fases de desenvolvimento clínico. Este trabalho tem por objetivo propor a síntese e caracterização estrutural de sete novos compostos quinolínicos-tiossemicarbazônicos (CG1 a CG7), a avaliação de suas propriedades ADMET in silico, atividade antioxidante e citotóxica e estudo de interação com Albumina Sérica Bovina (BSA). Eles foram obtidos em laboratório através da reação indireta com derivados tiossemicarbazida, por adição nucleofílica entre hidrazina e isotiocianatos correspondentes. Os derivados foram elucidados através de técnicas espectroscópicas (RMN ¹H e RMN ¹³C), e a acerca da previsão ADMET, no geral os compostos apresentam bons resultados, sem nenhuma violação para as regras de Lipinski e Veber. Quanto a atividade antioxidante o CG-1 apresentou a melhor atividade em relação aos outros compostos, com resultados de 38.9% e 99.4% nos testes de DPPH e ABTS respectivamente. Na avaliação da atividade citotóxica in vitro, os compostos apresentaram altos valores de IC50 para diferentes tipos de células e atividade hemolítica >7.0%, indicando que os compostos não são citotóxicos e nem apresentam potencial de causar hemólise. O mecanismo de supressão promovido pelos compostos frente a albumina bovina é de natureza dinâmico, por interações hidrofóbicas e reversíveis, processo espontâneo e com alta probabilidade de transferência de energia. É importante que esses compostos sejam avaliados em vários modelos biológicos, in vivo e protocolos experimentais, para confirmar suas as propriedades e mecanismo de ação.

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  • ANA CLARA SANTOS COSTA
  • AVALIAÇÃO DE METALOPROTEINASES DA MATRIZ E SEUS INIBIDORES COMO BIOMARCADORES DA ARTRALGIA PERSISTENTE EM INDIVÍDUOS COM CHIKUNGUNYA

  • Orientador : MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDERSON RODRIGUES DE ALMEIDA
  • MARIA CAROLINA ACCIOLY BRELAZ DE CASTRO
  • RODRIGO FELICIANO DO CARMO
  • Data: 06/12/2023

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  • A fase crônica da Chikungunya (CHIK) é caracterizada por alterações no microambiente
    articular, que se manifestam clinicamente através de dor e inchaço nas articulações. Fatores
    solúveis como as Metaloproteinases da matriz (MMP) e os Inibidores Teciduais de
    Metaloproteinases (TIMP), podem desempenhar papel fundamental no estabelecimento da
    artralgia persistente, contribuindo para a degradação do tecido articular. Assim, o objetivo
    deste estudo foi identificar a potencial utilidade de MMPs e TIMPs como biomarcadores
    plasmáticos da artralgia persistente na fase crônica em indivíduos diagnosticados com o vírus
    Chikungunya (CHIKV). Para tal foram coletadas amostras de plasma de 102 participantes
    positivos para CHIK, durante as fases aguda ou subaguda da doença, bem como dados
    sociodemográficos, clínicos e reumatológicos, durante acompanhamento ambulatorial
    realizado no setor de reumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de
    Pernambuco. Os indivíduos foram classificados de acordo com a persistência (EVA ≥1-10, n
    = 67) ou resolução (EVA= 0, n = 36) da artralgia na fase crônica da FCHIK (&gt; 89 dias após o
    início dos sintomas). Amostras de indivíduos declaradamente saudáveis foram utilizadas
    como grupo controle (n = 24). Os níveis de MMP-2, MMP-9 e TIMP-2 foram analisados por
    Citometric Beads Array (CBA) através da metodologia multiplex LegendPlex®. E os níveis
    de MMP-1, MMP-3 e TIMP-1 foram analisados pela técnica de ELISA. As análises
    estatísticas foram realizadas através do software GraphPad Prism (versão 9.0), IBM® SPSS®
    Statistics e R. Os valores de p ≤0,05 foram considerados significantes. Não foram observadas
    diferenças nos níveis de produção de MMP-1, MMP-2, MMP-3 e MMP-9 entre os grupos
    analisados. Foi possível verificar que o grupo positivo para CHIKV apresentou maior nível
    de TIMP-1 (p=0,0047) e menor nível do TIMP-2 (p=0,0015) comparado ao grupo controle.
    Em comparação ao controle, indivíduos com artralgia persistente apresentaram maior nível de
    TIMP-1 (p=0,0231) e indivíduos resolvidos da artralgia apresentaram menor nível de TIMP-2
    (p=0,0084), no entanto, não foram observadas diferenças entre os grupos resolução e
    persistência da artralgia. A sensibilidade e especificidade do TIMP-1 (AUC= 0.52; IC 0,4108
    - 0,6489) e TIMP-2 (AUC= 0.57; IC 0,4431 - 0,7097) não foram suficientes para distinguir os
    indivíduos recuperados dos indivíduos com artralgia persistente. Apesar de não possuir
    características de biomarcadores de desfecho clínico, os dados obtidos evidenciam que as
    variações nos níveis plasmáticos de TIMP-1 e TIMP-2 estão envolvidas no acometimento
    articular durante as fases aguda e subaguda da FCHIK. Estudos futuros são necessários para
    investigar o papel desses inibidores nos mecanismos relacionados à cronicidade da artralgia
    na CHIK.


  • Mostrar Abstract
  • A fase crônica da Chikungunya (CHIK) é caracterizada por alterações no microambiente
    articular, que se manifestam clinicamente através de dor e inchaço nas articulações. Fatores
    solúveis como as Metaloproteinases da matriz (MMP) e os Inibidores Teciduais de
    Metaloproteinases (TIMP), podem desempenhar papel fundamental no estabelecimento da
    artralgia persistente, contribuindo para a degradação do tecido articular. Assim, o objetivo
    deste estudo foi identificar a potencial utilidade de MMPs e TIMPs como biomarcadores
    plasmáticos da artralgia persistente na fase crônica em indivíduos diagnosticados com o vírus
    Chikungunya (CHIKV). Para tal foram coletadas amostras de plasma de 102 participantes
    positivos para CHIK, durante as fases aguda ou subaguda da doença, bem como dados
    sociodemográficos, clínicos e reumatológicos, durante acompanhamento ambulatorial
    realizado no setor de reumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de
    Pernambuco. Os indivíduos foram classificados de acordo com a persistência (EVA ≥1-10, n
    = 67) ou resolução (EVA= 0, n = 36) da artralgia na fase crônica da FCHIK (&gt; 89 dias após o
    início dos sintomas). Amostras de indivíduos declaradamente saudáveis foram utilizadas
    como grupo controle (n = 24). Os níveis de MMP-2, MMP-9 e TIMP-2 foram analisados por
    Citometric Beads Array (CBA) através da metodologia multiplex LegendPlex®. E os níveis
    de MMP-1, MMP-3 e TIMP-1 foram analisados pela técnica de ELISA. As análises
    estatísticas foram realizadas através do software GraphPad Prism (versão 9.0), IBM® SPSS®
    Statistics e R. Os valores de p ≤0,05 foram considerados significantes. Não foram observadas
    diferenças nos níveis de produção de MMP-1, MMP-2, MMP-3 e MMP-9 entre os grupos
    analisados. Foi possível verificar que o grupo positivo para CHIKV apresentou maior nível
    de TIMP-1 (p=0,0047) e menor nível do TIMP-2 (p=0,0015) comparado ao grupo controle.
    Em comparação ao controle, indivíduos com artralgia persistente apresentaram maior nível de
    TIMP-1 (p=0,0231) e indivíduos resolvidos da artralgia apresentaram menor nível de TIMP-2
    (p=0,0084), no entanto, não foram observadas diferenças entre os grupos resolução e
    persistência da artralgia. A sensibilidade e especificidade do TIMP-1 (AUC= 0.52; IC 0,4108
    - 0,6489) e TIMP-2 (AUC= 0.57; IC 0,4431 - 0,7097) não foram suficientes para distinguir os
    indivíduos recuperados dos indivíduos com artralgia persistente. Apesar de não possuir
    características de biomarcadores de desfecho clínico, os dados obtidos evidenciam que as
    variações nos níveis plasmáticos de TIMP-1 e TIMP-2 estão envolvidas no acometimento
    articular durante as fases aguda e subaguda da FCHIK. Estudos futuros são necessários para
    investigar o papel desses inibidores nos mecanismos relacionados à cronicidade da artralgia
    na CHIK.

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  • HELOÍSA ISABELA LEÃO
  • PERFIL DE MEDIADORES INFLAMATÓRIOS E SUAS CORRELAÇÕES COM CARACTERÍSTICAS CLÍNICO-LABORATORIAIS EM PACIENTES COM COVID-19

  • Orientador : MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDERSON RODRIGUES DE ALMEIDA
  • ERALDO FONSECA DOS SANTOS JUNIOR
  • MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
  • Data: 06/12/2023

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  • A COVID-19, provocada pelo SARS-CoV-2, já acumula mais de 770 milhões de casos e 6
    milhões de óbitos no mundo. Inicialmente, sintomas como febre, tosse e dispneia podem

    progredir para síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) ou falência orgânica. A
    tempestade de citocinas, desencadeada pela infecção, está ligada à gravidade da doença.
    Trabalhos científicos evidenciam que citocinas como IL-37 e galectina-8 apresentam
    divergências em diferentes fases da COVID-19, demandando estudos adicionais para esclarecer
    seus papéis. Assim, este trabalho objetiva avaliar os níveis circulantes, correlações e associações
    de mediadores inflamatórios com as características clínicas e bioquímicas dos pacientes com
    COVID-19, em relação à gravidade da doença. Coletas de sangue, swab orofaríngeo e saliva
    foram realizadas em indivíduos sintomáticos suspeitos para COVID-19, confirmados por RT-
    qPCR. Os participantes foram categorizados em positivos leves (n=154), positivos graves (n=57)
    e negativos sintomáticos (n=143) para COVID-19, enquanto o grupo controle (n=34)
    compreende voluntários saudáveis. A quantificação de citocinas e marcadores bioquímicos
    ocorreu por ELISA e espectrofotometria, com análise estatística via GraphPad Prism (versão
    9.0), onde o valor de p &lt; 0,05 foi considerado significativo. Os marcadores bioquímicos, AST,
    ALT, colesterol, creatinina, glicose e triglicerídeos, demonstraram níveis elevados significativos
    em pacientes graves em comparação aos leves. Citocinas pró e anti-inflamatórias, incluindo IL-
    37, IL-1β, IL-6, IL-18, IL-18BPA, IL-36, IL-38 e Gal-8, foram avaliadas em pacientes positivos
    e negativos para COVID-19. Os níveis circulantes da IL-37 estavam elevados em indivíduos
    saudáveis comparados aos casos leves (p&lt;0,0001) e graves (p=0,0001). IL-18, IL-18BPA e IL-6
    obtiveram níveis mais elevados em casos graves em relação aos leves (p&lt;0,0001) e negativos
    sintomáticos (p&lt;0,0001). Gal-8 demonstrou níveis elevados nos negativos sintomáticos em
    comparação aos positivos leves (p=0,0055) e graves (p = 0,0029). Análises salivares
    corroboraram os resultados plasmáticos, com níveis mais altos de IL-37 nos indivíduos saudáveis
    e negativos sintomáticos para COVID-19 (p=0,0010), em comparação com grupo leves, e níveis
    de IL-6 mais altos em pacientes com COVID-19, em comparação com pacientes negativos
    sintomáticos e controles. Em positivos leves, IL-37 correlacionou-se moderadamente com Gal-8,
    sugerindo ação anti-inflamatória em conjunto. Além de uma correlação entre IL-37 com IL-1β e
    IL-38, no grupo de positivos graves. O estudo destaca níveis reduzidos da IL-37 em pacientes
    leves e graves em comparação com controles saudáveis, ressaltando a necessidade de
    investigações futuras sobre o papel dessas moléculas na gravidade da doença.


  • Mostrar Abstract
  • A COVID-19, provocada pelo SARS-CoV-2, já acumula mais de 770 milhões de casos e 6 milhões de óbitos. Inicialmente, sintomas como febre, tosse e dispneia podem progredir para síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) ou falência orgânica. A tempestade de citocinas, desencadeada pela infecção, está ligada à gravidade da doença. Citocinas como IL-37 e galectina-8 apresentam divergências em diferentes fases da COVID-19, demandando estudos adicionais para esclarecer seus papéis. Assim, este trabalho objetiva avaliar a correlação entre citocinas circulantes e galectina-8 em pacientes com COVID-19, considerando características clínicas e bioquímicas relacionadas à gravidade. Coletas de sangue, swab orofaríngeo e saliva foram realizadas em indivíduos sintomáticos suspeitos para COVID-19, confirmados por RT-qPCR. Os participantes foram categorizados em positivos leves (n=154), positivos graves (n=57) e sintomáticos negativos (n=143) para COVID-19, enquanto o grupo controle (n=34) compreende voluntários saudáveis. A quantificação de citocinas e marcadores bioquímicos ocorreu por ELISA e espectrofotometria, com análise estatística via GraphPad Prism (versão 9.0). O valor de p < 0,05 foi considerado significativo. Marcadores bioquímicos, como AST, ALT, colesterol, creatinina, glicose e triglicerídeos, demonstraram elevações significativas em casos graves em comparação aos leves. Citocinas pró e anti-inflamatórias, incluindo IL-37, IL-1β, IL-6, IL-18BPA, IL-36, IL-38 e Gal-8, foram avaliadas em pacientes positivos e negativos para COVID-19. IL-37 estava mais alta em indivíduos saudáveis comparados aos casos leves (p<0,0001) e graves (p=0,0001). IL-18BPA e IL-6 foram mais elevadas em casos graves em relação aos leves (p<0,0001) e negativos sintomáticos (p<0,0001). Gal-8 predominou nos negativos sintomáticos em comparação aos positivos leves (p=0,0055) e graves (p = 0,0029). Análises salivares corroboraram os resultados plasmáticos, com níveis mais altos de IL-37 nos negativos sintomáticos para COVID-19 (p=0,0010), em comparação com grupo leves. Em positivos leves, IL-37 correlacionou-se moderadamente com Gal-8, sugerindo ação anti-inflamatória em conjunto. Neste grupo, níveis maiores de IL-37 associou-se à sintomas como dor de garganta, diarreia e ageusia, além de estar correlacionada positivamente com a creatinina, mostrando estar envolvida em funções renais. O estudo destaca a ação anti-inflamatória da IL-37 na COVID-19, regulada negativamente em pacientes leves e graves em comparação com controles saudáveis, ressaltando a necessidade de investigações futuras sobre o papel dessas moléculas na gravidade da doença.

17
  • MANUELA SILVA DE LIMA BARROS DA PAZ
  • DESENVOLVIMENTO ANALÍTICO PARA O CONTROLE DE QUALIDADE: QUANTIFICAÇÃO DO TEOR DE DAPSONA MATÉRIA-PRIMA

  • Orientador : JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • JOSÉ IZAK RIBEIRO DE ARAÚJO
  • LUCAS JOSE DE ALENCAR DANDA
  • Data: 13/12/2023

  • Mostrar Resumo
  • A Hanseníase é uma doença milenar considerada um problema de saúde pública com alta incidência e prevalência em países como Índia e Brasil, o que torna seu enfrentamento interesse sanitário para a Organização Mundial de Saúde. A dapsona integra o tratamento, cuja quantificação é requerida para a produção criteriosa do produto final, conferindo qualidade, segurança e eficácia. Compêndios oficiais disponibilizam métodos convencionais para essa determinação, porém de baixa sensibilidade. O objetivo da pesquisa foi desenvolver e validar um método analítico de quantificação do insumo farmacêutico ativo dapsona utilizada na produção industrial do medicamento destinado a terapia da hanseníase. O método foi desenvolvido pela técnica CLAE-DAD de fase reversa, utilizando uma coluna cromatográfica octadecil silano (15 cm x 4,6 mm, 5 μm), fase móvel composta de solução aquosa com 30% de acetonitrila, em eluição isocrática, fluxo de 1,0 mL/min a temperatura ambiente, volume de injeção de 10 μL e detecção espectrofotométrica de 295 nm. A adequabilidade do sistema, em conformidade às exigências regulatórias nacionais e internacionais, atendeu aos critérios para simetria do pico, eficiência e fator de retenção, com separação cromatográfica da dapsona em 5,6 minutos em tempo de análise de 9 minutos. A seletividade do método demonstrou sua capacidade de quantificar e separar o fármaco e os produtos de degradação obtidos com o estresse oxidativo, atendendo a pureza cromatográfica da dapsona. A análise de variância comprovou a linearidade, alcançada na faixa de 20-30μg/mL. A precisão apresentou erros aleatórios inferiores a 1% e a exatidão variou de 99,78 a 101,04%. O método foi considerado rápido e de fácil execução, apresentando resultados em conformidade aos padrões regulatórios. Além disso, como evidências do controle de qualidade de matérias-primas são requeridas para o processo industrial farmacêutico, um método de CLAE confiável pode ser sensível e seletivo.


  • Mostrar Abstract
  • A Hanseníase é uma doença antiga ainda considerada um problema saúde pública
    com alta incidência e prevalência em muitos países endêmicos, o que torna seu
    enfrentamento interesse sanitário para a Organização Mundial de Saúde. Causada
    pelo Mycobacterium leprae, o tratamento é realizado com poliquimioterapia combinada
    entre os fármacos dapsona, clofazimina e rifampicina, sendo a dapsona considerada a
    base para a terapia. Para assegurar qualidade, segurança e eficácia do medicamento,
    ensaios de controle de qualidade são realizados na indústria farmacêutica, cuja
    quantificação do insumo farmacêutico ativo, por técnicas de alta sensibilidade, é
    requerida para a produção adequada do produto terminado. O objetivo da pesquisa foi
    desenvolver um método analítico de quantificação do insumo farmacêutico ativo
    dapsona, utilizado na produção de medicamentos para o tratamento da hanseníase. O
    estudo foi baseado na monografia individual disponível nos compêndios oficiais e em
    artigos publicados em periódicos relativos ao desenvolvimento do método. Realizou-se
    uma avaliação experimental utilizando a técnica de cromatografia líquida de alta
    eficiência com arranjo de fotodiodo, para definição dos parâmetros cromatográficos,
    seletividade do método com o teste de degradação forçada em ampla faixa de pH,
    oxidação, calor e luz, e ensaios para verificação da robustez com avaliação estatística.
    As condições cromatográficas mais adequadas foram alcançadas com a otimização do
    método analítico, obtendo-se resultados satisfatórios com a coluna cromatográfica
    octadecilsilano (15 cm x 4,6 mm – 5 μm), fase móvel composta de solução aquosa com
    30% de acetonitrila com eluição isocrática, fluxo de 1,0 mL/min a temperatura
    ambiente, volume de injeção de 10 μL e detecção espectrofotométrica de 295nm. A
    adequabilidade do sistema atendeu aos critérios para simetria do pico, eficiência e fator
    de retenção, com separação cromatográfica da dapsona em 5,6 minutos em tempo de
    análise de 9 minutos. A seletividade do método demonstrou a sua capacidade em
    quantificar o fármaco na presença de componentes da matriz, atendendo a pureza
    cromatográfica do sinal do analito. No estudo de degradação ácida, alcalina, neutra,
    termólise e fotólise não foram observados picos de substâncias degradantes, apesar da
    mudança de cor da amostra nos testes de fotoestabilidade. A degradação oxidativa
    promoveu decaimento da dapsona para 81,63% e formação de três produtos de
    degradação, para os quais o método foi capaz de promover a separação
    cromatográfica adequadamente. Adicionalmente, testes estatísticos confirmaram que
    pequenas variações nas condições analíticas, quanto à estabilidade da solução padrão
    por 48 horas, tempo de extração, filtros e lotes de coluna cromatográfica não causaram
    alterações significativas nos resultados analíticos, sem implicações na quantificação do
    teor do fármaco. Portanto, o método proposto foi considerado seletivo, sensível, rápido

    e de fácil execução. Para dar continuidade com o desenvolvimento analítico, pretende-
    se verificar o desempenho do método com a conclusão da validação analítica,

    avaliando os parâmetros de linearidade, precisão e exatidão. Por meio do produto
    desse estudo, deseja-se contribuir com o desenvolvimento tecnológico do parceiro
    público envolvido na pesquisa, o Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco
    Governador Miguel Arraes, com a transferência de tecnologia do Núcleo de Controle de
    Qualidade de Medicamentos e Correlatos da Universidade Federal de Pernambuco.

Teses
1
  • JOAO VICTOR BATISTA CABRAL
  • RECEPTOR DESENCADEANTE EXPRESSO EM CÉLULAS MIELOIDES TIPO 1 (TREM-1) COMO BIOMARCADOR DA SÍNDROME DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA SISTÊMICA (SRIS) E SEPSE NA CIRURGIA CARDÍACA PEDIÁTRICA

  • Orientador : DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA
  • AMANDA TAVARES XAVIER
  • ANA CELIA OLIVEIRA DOS SANTOS
  • FABIO HENRIQUE PORTELLA CORREA DE OLIVEIRA
  • THAYSA MARIA GAMA ALBUQUERQUE LEAO DE MENEZES
  • Data: 06/01/2023

  • Mostrar Resumo
  • As malformações cardíacas constituem um amplo espectro clínico, compreendendo desde defeitos que evoluem de forma assintomática, até aqueles que determinam sintomas importantes e altas taxas de mortalidade. A SRIS e a sepse são graves problemas de saúde pública que impactam negativamente na morbimortalidade e nos resultados cirúrgicos. O TREM-1 é induzido em processos inflamatórios e infecciosos, deste modo, este marcador poderá ser uma ferramenta útil para previsão e evolução da SRIS e da sepse nos pacientes pediátricos submetidos à cirurgia cardíaca. Este estudo objetiva determinar a validade do TREM-1 na SRIS e sepse na cirurgia cardíaca pediátrica. Trata-se de um estudo de método misto. Foram feitas duas revisões (integrativa e sistemática) e o estudo original, translacional com corte transversal e comparação de grupos, com 32 pacientes pediátricos submetidos a cirurgia cardíaca. A dosagem do TREM-1 foi feita através da técnica ELISA (DuoSet®ELISA Development System, R&D Systems® a Bio-techne® Brand USA), por método colorimétrico quantitativo. As revisões demonstraram que o TREM-1 mostrou-se efetivo no diagnóstico e prognóstico da SRIS e sepse em pacientes pediátricos. A cinética do TREM-1 foi avaliada em cada indivíduo, antes e após a cirurgia cardíaca. Os resultados do TREM-1 foram comparados com escalas de gravidade da cardiopatia, de gravidade clínica após a cirurgia e do risco de mortalidade (RACHS, TISS-28 e PRISM-II), com a ocorrência de complicações intra e pós-operatórias e com desfechos, como tempo de ventilação mecânica, tempo de internamento e óbito, através de medidas de associação. O TREM-1 se apresentou como um biomarcador para SRIS e sepse na população pediátrica submetida à cirurgia cardíaca.


  • Mostrar Abstract
  • Introdução: As malformações cardíacas constituem um amplo espectro clínico, compreendendo
    desde defeitos que evoluem de forma assintomática, até aqueles que determinam sintomas
    importantes e altas taxas de mortalidade. A SRIS e a sepse são graves problemas de saúde
    pública que impactam negativamente na morbimortalidade e nos resultados cirúrgicos. O
    TREM-1 é induzido em processos inflamatórios e infecciosos, deste modo, este marcador poderá
    ser uma ferramenta útil para previsão e evolução da SRIS e da sepse nos pacientes pediátricos
    submetidos à cirurgia cardíaca. Objetivo: Determinar a validade do TREM-1 na SRIS e Sepse
    na cirurgia cardíaca pediátrica. Método: Trata-se de um estudo de método misto. Foram feitas
    duas revisões (integrativa e sistemática) e o estudo original: transversal com comparação de
    grupos, com pacientes com SRIS e sepse, submetidas a cirurgia cardíaca. A dosagem do TREM-
    1 será feita através da técnica ELISA, por método colorimétrico quantitativo. Resultados:
    Revisões: TREM-1 mostrou-se efetivo no diagnóstico e prognóstico da SRIS e Sepse em
    pacientes pediátricos. Estudo Original: O estudo é composto por 45 pacientes, 64,4% do sexo
    masculino, com média de idade de 1,8 anos. A cinética do TREM-1 será avaliada em cada
    indivíduo, antes e após a cirurgia cardíaca. Os resultados do TREM-1 serão comparados com
    escalas já validadas de gravidade da cardiopatia, da gravidade após a cirurgia e do risco de
    mortalidade (RACHS, TISS-28 e PRISM-II), parâmetros clínicos que indicam gravidade, com a
    ocorrência de complicações intra e pós-operatórias e com desfechos, como tempo de ventilação
    mecânica, tempo de internamento e óbito, através de medidas de associação. Conclusão:
    TREM-1 se apresentará como um biomarcador diagnóstico e prognóstico de SRIS e sepse, com
    boa sensibilidade e especificidade na população pediátrica no estudo original, fato já
    demonstrado nas revisões.

2
  • WYLMA DANUZZA GUIMARAES BASTOS
  • ANÁLISE DO SISTEMA DE MEDICAMENTOS DE ALTA VIGILÂNCIA DE HOSPITAL PÚBLICO EM RECIFE

  • Orientador : KARINA PERRELLI RANDAU
  • MEMBROS DA BANCA :
  • KARINA PERRELLI RANDAU
  • DANILO CESAR GALINDO BEDOR
  • EMANUELA BATISTA FERREIRA
  • FRANCISCA SUELI MONTE MOREIRA
  • IVANISE BRITO DA SILVA
  • Data: 24/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • Introdução: O número de erros com medicamentos tornou-se um problema de saúde pública mundial, sendo proposta uma campanha pela Organização Mundial de Saúde em 2017 para redução destes erros pela metade nos próximos cinco anos. Os medicamentos de alta vigilância (MAV) são mais propícios ao evento adverso, devido sua composição e potencialidade de causar danos e até o óbito. Objetivo: Analisar o sistema de medicação de alta vigilância acerca da segurança do paciente em hospital da Rede Sentinela em Recife. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa com abordagem quantitativa, exploratória, observacional direta, descritiva, através da observação direta do fenômeno do processo e subprocessos. Para classificação dos resultados foi utilizados o Índice de Positividade (IP) de Carter, que possibilitaram a contabilização das conformidades e não conformidades das práticas avaliadas. Resultados: Foram observados no total de 53 profissionais, 146 observação não participante de preparo e 145 de administrações de MAVs e dos seus registros foram 78 evoluções de enfermagem e 77 prescrições com 21 (27,3%) destas manuais. A UTI pesquisada apresenta iluminação artificial e natural, climatização artificial, presença de ruídos e 22 interrupções foram observadas no processo e não possui farmácia satélite. Todos os profissionais do nível superior e médio relataram ter conhecimento sobre MAV. Existia uma lista de MAVs, porém não divulgada para UTI, sendo o único acesso através da inclusão de medicamentos na prescrição eletrônica. Não há rotina para dupla checagem e acondicionamento, a prescrição medicamentosa foi grande causador de erros de medicamentos. Os processos que envolvem o preparo e administração de MAVs ficaram com uma média global de 65,66% de conformidade, resultando através do IP numa “Assistência Sofrível”, não foi observado nenhum evento grave ou resultando em óbito. Conclusão: a avaliação do sistema de MAV identificou as fragilidades, permitindo ações voltadas para reestruturação da farmacovigilância do estabelecimento, objetivando melhorar o cuidado prestado.


  • Mostrar Abstract
  • Introdução: O número de erros com medicamentos tornou-se um problema de saúde pública mundial, sendo proposta uma campanha pela Organização Mundial de Saúde em 2017 para redução destes erros pela metade nos próximos cinco anos seguintes. Os medicamentos de alta vigilância (MAV) são mais propícios ao evento adverso, devido sua composição e potencialidade de causar danos e até o óbito. Objetivo: Analisar o sistema de medicação de alta vigilância acerca da segurança do paciente em hospitais sentinelas em Recife e como objetivos específicos identificar as estratégias preventivas nas etapas do sistema de medicamentos de alta vigilância e classificar o índice de positividade para qualidade da assistência. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa com abordagem quantitativa, exploratória, observacional direta, descritiva possuindo uma maior integração e o desenvolvimento das questões, desde coleta de dados, análise de dados e interpretação dos resultados, através da observação direta e a descrição do fenômeno do processo e subprocessos analisados. Resultados: Foram observados no total de 53 profissionais, 146 observação não participante de preparo e 145 de administrações de medicamentos de alta vigilância e dos seus registros foram 78 evoluções de enfermagem e 77 prescrições com 21 (27,3%) destas manuais. A UTI pesquisada apresenta iluminação artificial e natural, climatização artificial, presença de ruídos e 22 interrupções no preparo dos medicamentos foram observadas. Não possui farmácia satélite, sendo responsabilidade da farmácia central no suprimento e dispensação dos MAVs. Todos os profissionais do nível superior e médio relataram ter conhecimento sobre MAV. Existe uma lista para este grupo de medicamentos, porém não divulgada aos profissionais da UTI, sendo o único acesso através da inclusão de medicamentos na prescrição eletrônica. Não há rotina para dupla checagem e acondicionamento destes medicamentos, mesmo existindo mobília para finalidade. Conclusão: Como resultados de estratégias de prática segura obtiveram o uso da ferramenta tecnológica a favor da segurança no sistema de prescrição, impressão da prescrição, seleção e dispensação de medicamentos e como inseguras foram às questões estruturais, processuais do sistema de medicação e ausência de treinamento e monitoramento.

3
  • ARTUR ALVES RODRIGUES DA SILVA
  • BIOSSENSORIAMENTO ESTOCÁSTICO VIA NANOPORO PROTÉICO INDIVIDUAL NO DESENVOLVIMENTO DE MÉTODOS ANALÍTICOS PARA MICOTOXINAS

  • Orientador : CLAUDIO GABRIEL RODRIGUES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDBHERGUE VENTURA LOLA COSTA
  • JANILSON JOSE DA SILVA JUNIOR
  • JULIANA PEREIRA DE AGUIAR
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • THIAGO DE SALAZAR E FERNANDES
  • Data: 30/03/2023

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  • As micotoxinas (MTXs) podem acometer grãos e cereais durante as fases de pré e pós colheita.
    Essas substâncias são consideradas como metabólitos secundários produzidos por grupos de
    fungos filamentosos e o acometimento dos alimentos citados acima, podem desencadear
    processos tóxicos, quando consumidos por humanos e animais. Estudos mostram que 25% de
    grãos que são colhidos ao longo do ano estão contaminados resultando em perdas bilionárias
    para a indústria agrícola. Órgãos de controle, dada a importância de controlar as MTXs em
    alimentos, estabelecem diretrizes para a vigilância dos níveis das MTXs mais tóxicas e listando
    os principais alimentos que devem receber essa atenção. O padrão-ouro para determinação e
    rastreio das MTXs em alimentos se concentram na utilização da cromatografia líquida, acoplada
    ao detector de fluorescência ou a espectrometria de massas. No entanto, o uso de matrizes
    complexas e o alto custo operacional que envolvem estas técnicas dificultam o emprego nas
    rotinas de monitoramento analítico. Devido a necessidade de ampliar as possibilidades de novos
    dispositivos analíticos para as MTXs, propomos utilizar o nanoporo da alfatoxina no
    desenvolvimento de um sensor para detecção, quantificação e caracterização das principais
    MTXs de interesse agrícola visando uma metodologia alternativa, menos onerosa e mais rápida
    que as técnicas convencionais utilizadas atualmente. As bicamadas lipídicas planas livres de
    solvente foram confeccionadas de acordo com a técnica adaptada de Montal & Muller, utilizando
    o lipídeo diftanoil fosfatidilcolina Todos os experimentos foram realizados em condições de
    fixação de voltagem (±20 a ±200 mV, Δ=20 mV), com solução banhante composta por KCl 1 M
    ou 4 M, Tris 5 mM, pH 7,5 e temperatura de 25 °C. A adição de ocratoxina A, aflatoxina B1 ou
    fumonisina B1 à solução de KCl no lado trans do nanoporo unitário da alfatoxina resultou em
    eventos de bloqueio reversíveis e característicos da corrente iônica. Através do cálculo dos
    valores de corrente residual (I/I0) foram identificados três perfis com valores de: 0.15 ± 0.001;
    0.326 ± 0.025; 0.443 ± 0.025 (n=3) para ocratoxina, aflatoxina B1 e fumonisina B1,
    respectivamente. Os valores médios do tempo de permanência (τoff) e os valores médios do
    intervalo interbloqueio (τon) foram obtidos a partir de funções exponenciais simples, ajustadas
    dos respectivos histogramas de cada parâmetro. Três valores distintos para o τoff correlacionados
    para cada MTX foram identificados: 0.0311 ± 0.006 ms, 0.059 ± 0.007 ms e 0.0996 ± 0.011 ms
    (n=3), respectivamente. A determinação da corrente residual associada com o τoff permitem, desta
    forma, identificar e discriminar as MTXs em solução aquosa, conforme estudos prévios. Em
    análises com as três MTXs simultaneamente foi possível observar a manutenção nos valores de
    corrente residual e dos tempos de τoff, quando comparado com as análises individuais das MTXs
    com o nanoporo, permitindo identificar na mistura cada MTX, corroborando com a capacidade
    multianalítica da nossa técnica. Também evidenciamos que o fato de aumentar a concentração de
    KCl de 1 M para 4 M, aumenta a sensibilidade do biossensor em até 5 vezes, corroborando com
    estudos anteriores. Por fim, a técnica apresenta a capacidade de detectar as MTXs na ordem de
    nanomolar. Portanto, o nanoporo da alfatoxina mostrou ser capaz de detectar as MTXs, podendo
    se tornar um método analítico alternativo na quantificação e discriminação de MTXs em meio
    aquoso.


  • Mostrar Abstract
  • As micotoxinas (MTXs) podem acometer grãos e cereais durante as fases de pré e pós colheita.
    Essas substâncias são consideradas como metabólitos secundários produzidos por grupos de
    fungos filamentosos e o acometimento dos alimentos citados acima, podem desencadear
    processos tóxicos, quando consumidos por humanos e animais. Estudos mostram que 25% de
    grãos que são colhidos ao longo do ano estão contaminados resultando em perdas bilionárias
    para a indústria agrícola. Órgãos de controle, dada a importância de controlar as MTXs em
    alimentos, estabelecem diretrizes para a vigilância dos níveis das MTXs mais tóxicas e listando
    os principais alimentos que devem receber essa atenção. O padrão-ouro para determinação e
    rastreio das MTXs em alimentos se concentram na utilização da cromatografia líquida, acoplada
    ao detector de fluorescência ou a espectrometria de massas. No entanto, o uso de matrizes
    complexas e o alto custo operacional que envolvem estas técnicas dificultam o emprego nas
    rotinas de monitoramento analítico. Devido a necessidade de ampliar as possibilidades de novos
    dispositivos analíticos para as MTXs, propomos utilizar o nanoporo da alfatoxina no
    desenvolvimento de um sensor para detecção, quantificação e caracterização das principais
    MTXs de interesse agrícola visando uma metodologia alternativa, menos onerosa e mais rápida
    que as técnicas convencionais utilizadas atualmente. As bicamadas lipídicas planas livres de
    solvente foram confeccionadas de acordo com a técnica adaptada de Montal & Muller, utilizando
    o lipídeo diftanoil fosfatidilcolina Todos os experimentos foram realizados em condições de
    fixação de voltagem (±20 a ±200 mV, Δ=20 mV), com solução banhante composta por KCl 1 M
    ou 4 M, Tris 5 mM, pH 7,5 e temperatura de 25 °C. A adição de ocratoxina A, aflatoxina B1 ou
    fumonisina B1 à solução de KCl no lado trans do nanoporo unitário da alfatoxina resultou em
    eventos de bloqueio reversíveis e característicos da corrente iônica. Através do cálculo dos
    valores de corrente residual (I/I0) foram identificados três perfis com valores de: 0.15 ± 0.001;
    0.326 ± 0.025; 0.443 ± 0.025 (n=3) para ocratoxina, aflatoxina B1 e fumonisina B1,
    respectivamente. Os valores médios do tempo de permanência (τoff) e os valores médios do
    intervalo interbloqueio (τon) foram obtidos a partir de funções exponenciais simples, ajustadas
    dos respectivos histogramas de cada parâmetro. Três valores distintos para o τoff correlacionados
    para cada MTX foram identificados: 0.0311 ± 0.006 ms, 0.059 ± 0.007 ms e 0.0996 ± 0.011 ms
    (n=3), respectivamente. A determinação da corrente residual associada com o τoff permitem, desta
    forma, identificar e discriminar as MTXs em solução aquosa, conforme estudos prévios. Em
    análises com as três MTXs simultaneamente foi possível observar a manutenção nos valores de
    corrente residual e dos tempos de τoff, quando comparado com as análises individuais das MTXs
    com o nanoporo, permitindo identificar na mistura cada MTX, corroborando com a capacidade
    multianalítica da nossa técnica. Também evidenciamos que o fato de aumentar a concentração de
    KCl de 1 M para 4 M, aumenta a sensibilidade do biossensor em até 5 vezes, corroborando com
    estudos anteriores. Por fim, a técnica apresenta a capacidade de detectar as MTXs na ordem de
    nanomolar. Portanto, o nanoporo da alfatoxina mostrou ser capaz de detectar as MTXs, podendo
    se tornar um método analítico alternativo na quantificação e discriminação de MTXs em meio
    aquoso.

4
  • DÉBORA DOLORES SOUZA DA SILVA NASCIMENTO
  • DESENVOLVIMENTO DE COMPRIMIDOS MASTIGÁVEIS DE ACEROLA ORGÂNICA LIOFILIZADA

  • Orientador : PEDRO JOSE ROLIM NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSE LOURENCO DE FREITAS NETO
  • LARISSA ARAUJO ROLIM
  • LIDIANY DA PAIXAO SIQUEIRA
  • PEDRO JOSE ROLIM NETO
  • VIVIANE LANSKY XAVIER DE SOUZA LEAO
  • Data: 17/04/2023

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  • A acerola é uma fruta típica de países de clima tropical sendo uma importante fonte de vitamina C, substância com relevante papel antioxidante. A elevada concentração desse bioativo impulsiona o consumo e o seu interesse comercial a nível mundial. A sua conservação após a colheita em temperatura ambiente, no entanto, é curta devido ao elevado teor de umidade que limita a sua utilização e comercialização. Logo, o desenvolvimento de novas técnicas para conservação e utilização da fruta, através do emprego de técnicas de secagem, ampliam sua vida útil e as possibilidades de utilização, sendo a forma de comprimidos mastigáveis, uma alternativa viável de consumo, já que esta formulação apresenta elevada estabilidade, segurança e comodidade na administração. Diante da importância bioativa e comercial da acerola o presente trabalho teve como objetivo desenvolver comprimidos mastigáveis a partir do seu aproveitamento integral, visando manter a estabilidade dos seus constituintes e proporcionar uma alternativa para conservação e utilização da fruta. Sendo assim, foram caracterizados a polpa e sucos concentrados da acerola com diferentes concentrações de sólidos solúveis e o pó da semente da acerola (PSA) que foi obtido. Foi também realizada a secagem da polpa e dos sucos por liofilização e spray drying (SD), bem como a otimização desses processos. A técnica de liofilização foi otimizada analisando a influência do teor de sólidos solúveis, da forma de congelamento e do tempo necessário para a secagem. A técnica de SD foi otimizada a partir da avaliação da influência do teor de sólidos solúveis, da temperatura, do tipo de adjuvante de secagem e a sua concentração. Experimentalmente, os melhores parâmetros para a liofilização foram o congelamento através do ultrafreezer (-80°C), a utilização do suco concentrado (50,5 °Bx) com 20% do PSA e a secagem em 48 horas, enquanto para o SD foi a temperatura de 165 °C utilizando o suco concentrado (21,61°Bx) com 10% de aerosil®. Visando manter o desenvolvimento do comprimido mastigável com aproveitamento integral da acerola, através da reprodução da fruta em sua totalidade, foi identificado, por meio das análises físico-químicas, fitoquímica, tecnológica e da avaliação da capacidade antioxidante, a liofilização como técnica mais segura para preservação dos seus constituintes e o suco concentrado (50,5 °Bx) com 20% da PSA como matéria-prima mais adequada. A estabilidade acelerada, no entanto, demonstrou elevada degradação da vitamina C sugerindo estar relacionada a embalagem de armazenamento, porém se faz necessário a realização de análises mais específicas. Apesar desse resultado, a utilização do liófilo e do PSA no desenvolvimento do comprimido mastigável reforça a originalidade do estudo e a promoção da aplicação do resíduo como matéria prima na indústria alimentícia e farmacêutica, contribuindo com o reaproveitamento agroindustrial e a otimização da logística reversa da indústria. Os resultados obtidos ao longo do trabalha fomentaram o desenvolvimento preliminar de granulados secos em leito fluidizado para a obtenção de mais uma promissora forma farmacêutica com a incorporação do suco concentrado (50,5 °Bx) e do PSA, tal como, realizado com o liófilo, que devido aos excelentes resultados reológicos será desenvolvido em pesquisas futuras.


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  • A acerola (Malpighia emarginata DC) é uma fruta típica de países de clima tropical
    sendo uma importante fonte de fitoquímicos naturais com elevado teor de bioativos, no
    qual se destaca a vitamina C por sua ação antioxidante que contribui no combate dos
    radicais livres presentes no desenvolvimento de algumas doenças crônicas como
    hipertensão e câncer. A fruta em temperatura ambiente possui um curto tempo de vida
    útil pós-colheita devido ao seu elevado teor de umidade que limita sua utilização e
    comercialização. Logo, a aplicação de técnicas de secagem como a liofilização e o
    spray drying auxiliam em sua conservação, além de permitirem o processamento da
    fruta na forma de pó. Diante do seu valor nutritivo e elevado teor de vitamina C o
    presente trabalho teve como objetivo manter a estabilidades dos constituintes através do
    desenvolvimento de uma forma farmacêutica sólida mastigável inovadora, visando à
    produção de um comprimido que possa reproduzir as suas características originais de
    forma 100% natural com a utilização do caroço da acerola na formulação e aplicação da
    liofilização como técnica de secagem da polpa. Sendo assim, foi realizado as
    caracterizações físico-químicas do suco concentrado da acerola de diferentes
    concentrações de sólidos solúveis/Brix (°Bx) e do caroço da acerola na forma de
    farinha, assim como, a otimização dos processos de secagem. A técnica de liofilização
    foi otimizada analisando a influência do Brix, da forma de congelamento e do tempo
    necessário para a secagem. A técnica de spray drying foi otimizada a partir da avaliação
    da influência do Brix, da temperatura, do tipo de adjuvante de secagem e a sua
    concentração. Experimentalmente, os melhores parâmetros para a liofilização foram o
    congelamento através do ultrafreezer, a utilização do suco concentrado de 50,5 °Bx
    com 20% da FCA e a secagem em ciclos de 48 horas, enquanto para o spray
    drying foi a aplicação de temperatura de 165 °C utilizando o suco concentrado
    de 21,61°Bx com 10% de aerosil ® . O nebulizado apesar de apresentar boas
    características físico-químicas, elevado teor de vitamina C, excelente
    composição de bioativos, assim como observado para o liófilo, não foi obtido
    de forma 100% natural. Dessa forma, visando manter o desenvolvimento do
    comprimido mastigável 100% natural através da reprodução da fruta em sua
    totalidade, foi identificado, por meio das análises de composição centesimal,
    físico-química, fitoquímica, tecnológica e da avaliação da capacidade
    antioxidante, a liofilização como técnica mais segura para preservação dos
    seus constituintes e o suco concentrado de 50,5 °Bx com 20% da FCA como
    matéria prima mais adequada. Portanto, a utilização do liófilo (48B50U20C)
    reforça a originalidade do estudo e a promoção da aplicação do resíduo como
    matéria prima na indústria alimentícia e farmacêutica, contribuindo com o
    reaproveitamento agroindustrial e a otimização da logística reversa da
    indústria.

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  • JABSON HERBER PROFIRO DE OLIVEIRA
  • AVALIAÇÃO DO FINANCIAMENTO PÚBLICO EM CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PARA AS DOENÇAS TROPICAIS NEGLIGENCIADAS

  • Orientador : JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • ABRAHAM BENZAQUEN SICSU
  • ZENIA MARIA MACIEL LAVRA
  • FABIO HENRIQUE CAVALCANTI DE OLIVEIRA
  • Data: 27/04/2023

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  • Apesar de ao longo das ultimas decadas a carga global (DALY) das doenças tropicais negligenciadas (DTNs) apresentarem uma tendência de queda na América Latina e Caribe, estas doenças ainda afetam uma significante parcela da população e impactam nos sistemas de saúde. A alocação sistemática de recursos financeiros em ciência e tecnologia para o estudo destas doenças, representa uma importante medida de planejamento e gestão para garantia ao acesso de serviços e tecnologias em saúde. Considerando isto, o objetivo do presente estudo foi investigar se o financiamento destinado para pesquisas em DTNs e zika, foi equivalente ao esperado para a carga global de cada doença. Foram analisados: (i) os projetos financiados pelo CNPq, de 2006 a 2019 e (ii) as publicações dos pesquisadores associadas a temática dos respectivos projetos neste período. Os resutados encontrados mostram que o financiamento destinado ao desenvolvimento de pesquisas envolvendo tuberculose, doença de Chagas, esquistossomose e leishmaniose foi inferior a proporção do DALY. Em contrapartida, o financiamento destinado para zika, malária, hanseníase e dengue foi superior ao esperado para a carga global relativa das doenças. Este estudo mostra como os recursos financeiros foram alocados para o desenvolvimento de CT&I e combate das DTNs. Além disso, mostra a relação quantitativa dos investimentos em pesquisa com a carga global das doenças no período.

     


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  • Apesar de ao longo das ultimas decadas a carga global (DALY) das doenças tropicais negligenciadas (DTNs) apresentarem uma tendência de queda na América Latina e Caribe, estas doenças ainda afetam uma significante parcela da população e impactam nos sistemas de saúde. A alocação sistemática de recursos financeiros em ciência e tecnologia para o estudo destas doenças, representa uma importante medida de planejamento e gestão para garantia ao acesso de serviços e tecnologias em saúde. Considerando isto, o objetivo do presente estudo foi investigar se o financiamento destinado para pesquisas em DTNs e zika, foi equivalente ao esperado para a carga global de cada doença. Foram analisados: (i) os projetos financiados pelo CNPq, de 2006 a 2019 e (ii) as publicações dos pesquisadores associadas a temática dos respectivos projetos neste período. Os resutados encontrados mostram que o financiamento destinado ao desenvolvimento de pesquisas envolvendo tuberculose, doença de Chagas, esquistossomose e leishmaniose foi inferior a proporção do DALY. Em contrapartida, o financiamento destinado para zika, malária, hanseníase e dengue foi superior ao esperado para a carga global relativa das doenças. Este estudo mostra como os recursos financeiros foram alocados para o desenvolvimento de CT&I e combate das DTNs. Além disso, mostra a relação quantitativa dos investimentos em pesquisa com a carga global das doenças no período.

     

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  • AUVANI ANTUNES DA SILVA JUNIOR
  • Avaliação da atividade anticâncer e mecanismo de ação de derivados imidazolidínicos

  • Orientador : MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDERSON RODRIGUES DE ALMEIDA
  • GARDENIA CARMEN GADELHA MILITAO
  • JEANN FABIANN BRANCO JUNIOR
  • MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MARIA CAROLINA ACCIOLY BRELAZ DE CASTRO
  • Data: 28/04/2023

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  • O câncer é uma doença que representa um grave problema de saúde pública em todas as nações do mundo, sua incidência tem aumentado devido à crescente exposição da população a fatores de risco e ao aumento da expectativa de vida. A quimioterapia é a modalidade de tratamento mais empregada, pois possui a vantagem de atuar de forma sistêmica. No entanto, sabe-se que a grande maioria dos agentes quimioterápicos não age exclusivamente em células tumorais, podendo levar a diferentes graus de toxicidade em células normais. Ademais, células neoplásicas adquirem a capacidade de se tornarem resistentes a vários quimioterápicos diminuindo a eficácia do tratamento, a qualidade de vida e a perspectiva de cura dos pacientes. O câncer é a segunda principal causa de morte no mundo, a sua principal forma de tratamento é a quimioterapia esta apresenta a vantagem de possibilitar tratamentos sistêmicos, contudo é sabido que a maioria dos agentes quimioterápicos não agem apenas nas células tumorais, possui por vezes baixa seletividade e alta toxicidade para as células não alteradas, o que torna necessário a busca constante de novos agentes químicos medicinais com maior eficácia terapêutica e capazes de causas menor danos aos pacientes. Nesse contexto os derivados imidazolidínicos são agentes importantes devido a sua capacidade de apresentar efeitos biológicos já conhecidos, como anticâncer. Nesse contexto, o presente estudo avaliou a atividade anticâncer in vitro de dez novos derivados imidazolidínicos e seus mecanismos de ação. As moléculas inovadoras da classe das imidazolidinas nomeadas de LPSF/MG-1, 2, 3, 4, 5, 7, 9, 10, 13, 16; passaram por um screening citotóxico, através do método de MTT, frente células mononucleares do sangue periférico (do inglês peripheral blood mononuclear cell - PBMCS isoladas do sangue de 10 pacientes saudáveis e linhagems tumorais de câncer de próstata (Du145) e câncer de pâncreas (Mia-PACA-2 e Panc-1). Os compostos mais promissores foram selecionados para avaliação de efeitos biológicos como inibição da formação de clones com a variação de tempo de tratamento de 24 e 48 horas e inibição da migração celular no tempo de 12 e 24 horas, citometria de fluxo para avaliação do ciclo celular e perfil de morte celular foram avaliadas no tempo de 48 e 72 horas, e investigação de mecanismos de ação por western blotting. Além destes foram realizados ensaios de estudo in silico e docking molecular. Resultados: Frente as PBMCs todos os derivados imidazolidínicos não apresentaram citotoxicidade com concentrações iguais e menos que 100µM, apresentando viabilidade celular superior a 100%. Frente às células tumorais de câncer de próstata (Du145), câncer de pâncreas (MiaPACA2) o composto LPSF/MG-2 apresentou CI50 entre 17,19 ± 1,11µM a 45,92μM ±1,31, respectivamente. O composto LPSF/MG-3 apresentou CI50 de 65,64μM na linhagem de câncer de pâncreas (Panc-1). A molécula de LPSF/MG-4 apresentou CI50 de 29,9± 2,3µM na linhagem Du145. A molécula LPSF/MG-7 apresentou atividade para todas as linhagens pesquisadas com concentrações CI50 entre 13,92± 2,3µM a 55,93 ± 3,1µM. Sendo observado efeito significativo de retardo da migração celular, redução da formação de clones pelos compostos LPSF/MG-2, LPSF/MG-3 e LPSF/MG-7. Identificou-se ainda que os compostos LPSF/MG-2 e LPSF/MG-7 foram capazes de causar a parada do ciclo celular na fase Sub-G0 e induzir morte celular. Na avaliação in silico através da plataforma SwissADME e SwissTarget, todas as moléculas apresentam alta capacidade de polarização, solubilidade em água, nenhuma das moléculas viola os princípios de Lipinski, e características de bioatividade interessantes para aplicação anticâncer e ainda todas as moléculas possuem alta absorção gastrointestinal e excreção renal, e o principal alvo de afinidade são proteínas do tipo proteínas quinases. No ensaio de docking molecular foi evidenciado a interação da LPSF/MG-7 com sítio ativo da proteína alvo VEGFR2. Assim, os derivados sintetizados e aplicados neste estudo são estruturas com atividade anticâncer importantes para aprofundamento e potencial de aplicação terapêutica como novas moléculas anticâncer.


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  • O câncer é a segunda principal causa de morte no mundo, o que torna necessário a busca
    constante de novos agentes químicos medicinais com maior eficácia terapêutica. Nesse contexto
    os derivados imidazolidínicos são agentes importantes devido a sua capacidade de apresentar
    efeitos biológicos já conhecidos, como anticâncer. Nesse contexto, o presente estudo avaliou a
    atividade anticâncer in vitro de novos derivados imidazolidínicos e seus mecanismos de ação. As
    moléculas inovadoras do tipo imidazolidinas nomeadas de LPSF-1, 2, 3, 4, 5, 7, 9, 10, 13, 16;
    passaram por um screening citotóxico, através do método de MTT, frente células
    polimorfonucleares (do inglês peripheral blood mononuclear cell - PBMCS isoladas do sangue
    de pacientes saudáveis e linhagens tumorais de câncer humano. Os compostos mais promissores
    foram selecionados para avaliação de efeitos biológicos como inibição de formação de clones,
    inibição de migração celular, citometria de fluxo para avaliação do ciclo celular e perfil de morte
    celular, e investigação de mecanismos de ação por western blotting. Além destes foram
    realizados ensaios de estudo in sílico e docking molecular. Resultados: Frente as PBMCs os
    derivados imidazolidínicos não apresentaram citotoxicidade, com viabilidade superior a 100%,
    mesmo na maior concentração de 100 μM. Frente às células tumorais de câncer de próstata
    (Du145), câncer de pâncreas (MiaPACA2) o composto LPSF/MG-2 apresentou CI50 entre 17,19
    ± 1,11µM a 45,92μM ±1,31. O composto LPSF/MG-3 apresentou CI50 de 65,64μM nas
    linhagens de câncer de pâncreas (Panc-1). A molécula de LPSF/MG-4 apresentou CI50 de 29,9±
    2,3µM na linhagen Du145. A molécula LPSF/MG-7 apresentou atividade para todas as linhagens
    pesquisadas com doses CI50 entre 13,92± 2,3µM a 55,93 ± 3,1µM. Sendo observado efeito
    significativo de retardo da migração celular, redução da formação de clones pelos compostos
    LPSF/MG-2, LPSF/MG-3 e LPSF/MG-7. Identificou-se ainda que os compostos LPSF/MG-2 e
    LPSF/MG-7 foram capazes de causar a parada do ciclo celular na fase Sub-G0 e induzir morte
    celular. Na avaliação in silico através da plataforma SwissADME e SwissTarget, todas as
    moléculas apresentam alta capacidade de polarização, solubilidade em água, nenhuma das
    moléculas viola os princípios de Lipinski, e características de bioatividade interessantes para
    aplicação anticâncer e ainda todas as moléculas possuem alta absorção gastrointestinal e
    excreção renal, e o principal alvo de afinidade são proteínas do tipo proteínas quinases. No
    ensaio de docking molecular foi evidenciado a interação da LPSF/MG-7 com sítio ativo da
    proteína alvo VEGFR2. Assim, os derivados sintetizados e aplicados neste estudo são estruturas
    com atividade anticâncer importantes para aprofundamento e potencial de aplicação terapêutica
    como novas moléculas anticâncer. E que são elegíveis a ensaios pré-clínicos necessários ao
    desenvolvimento de medicamentos anticâncer.

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  • ELIAS TIBÚRCIO JÚNIOR
  • INVESTIGAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA DE VARIANTES DO ONCOGENE E7 DO HPV-58 ISOLADOS DE PACIENTES, ATRAVÉS DA VIA NF-KB

  • Orientador : ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • BRENO CALDAS DE ARAUJO
  • MARIA ANGELICA RAMOS DA SILVA
  • PAULO EUZEBIO CABRAL FILHO
  • VANESSA EMANUELLE PEREIRA SANTOS
  • Data: 13/06/2023

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  • A infecção pelo Papilomavirus Humano é o principal fator responsável pela carcinogênese cervical. A oncogenicidade do HPV pode estar associada ao seu tipo viral, variantes virais e a presença de polimorfismos nos seus oncogenes, como é o caso de E6 e E7. Essas variações podem ter papel primordial no grau e velocidade da progressão a malignidade. Em alguns casos, os polimorfismos levam a mudanças na função biológica, resultando em alterações clínicas. Quando presentes em E7, os polimorfismos podem atuar alterando a expressão de genes responsáveis pelo gerenciamento do ciclo celular (pRB), além de levar a possíveis alterações na via inflamatória (NF-kB). O HPV-58 faz parte do grupo de HPVs de alto risco oncogênico, e está entre os tipos mais prevalentes na região nordeste do Brasil. No estudo aqui apresentado, foi descrito a presença das variantes do HPV-58 em pacientes atendidas em hospitais do Recife (PE) e Aracaju (SE). Foi realizada uma análise funcional dessas variantes baseadas na atividade da via NF-kB dos polimorfismos de E7 do HPV-58. Também foi avaliada a expressão de mRNA, do oncogene E7, a partir de cultura celular, utilizando células C33A. Entre as variantes do HPV-58, as linhagens A, C e D foram detectadas, sendo a linhagem A detectada em amostras de lesão cervical de alto grau. Variações de nucleotídeos presentes no oncogene E7 do HPV são importantíssimos, visto que, E7 desempenha um importante papel no desenvolvimento do câncer do colo do útero, devido à sua capacidade de inativar produtos de genes supressores de tumor. A ativação de NF-kB em grau elevado é capaz de aumentar a sobrevivência celular, inibindo a morte celular programada através do estímulo de transcrição de genes antiapoptóticos. As variantes HPV58/UFPE-58SE e HPV58/UFPE-60M apresentaram atividade de ativação da via NF-kB semelhante ao protótipo. A variante HPV58/UFPE-54PE se comportou de modo diferente das demais variantes, observando-se a diminuição da atividade da via NF-kB, quando comparada a referência E7. A variante HPV58/UFPE-54PE foi a que apresentou a menor expressão de mRNA, correlacionando com o nível de ativação da via NF-kB. Esse estudo pode fornecer dados relevantes a respeito de alterações genéticas, no oncogene E7 do HPV-58, e suas possíveis implicâncias na via NF-kB e sua relação com diferentes graus de lesão resultante.


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  • A infecção pelo Papilomavirus Humano é o principal fator responsável pela carcinogênese
    cervical. A oncogenicidade do HPV pode estar associada ao seu tipo viral, variantes virais e a
    presença de polimorfismos nos seus oncogenes, como é o caso de E6 e E7. Essas variações
    podem ter papel primordial no grau e velocidade da progressão maligna. Em alguns casos, os
    polimorfismos levam a mudanças na função biológica, resultando em alterações clínicas. Quando
    presentes em E7, os polimorfismos podem atuar alterando a expressão de genes responsáveis
    pelo gerenciamento do ciclo celular (pRB), além de levar a possíveis alterações na via
    inflamatória (NF-kB), os quais ambos estão associados ao controle antiviral. O HPV-58 é o
    terceiro tipo mais prevalente na região nordeste do Brasil, ficando atrás apenas do HPV-16 e
    HPV-31, respectivamente. No estudo aqui apresentado, foi descrito a presença das variantes do
    HPV-58 em pacientes do Nordeste do Brasil. Foi realizada uma análise funcional dessas
    variantes baseadas na atividade da via NF-kB dos polimorfismos de E7 do HPV-58. Também foi
    avaliada a expressão de mRNA, do oncogene E7, a partir de cultura celular, utilizando células
    C33A. Entre as variantes do HPV-58, as linhagens A, C e D foram detectadas, sendo a linhagem
    A detectada em amostras de lesão cervical de alto grau. Mutações podem promover evasão viral
    do sistema imunológico do hospedeiro, aumentando o grau de patogenicidade. Os resultados de
    ativação da via NF-kB demonstraram que um tipo específico de alteração no oncogene E7 do
    HPV-58 pode exercer um efeito repressor sobre NF-kB, podendo implicar em maior persistência
    e progressão da infecção. Nos resultados de expressão foi observado um mesmo padrão de
    ativação da via NF-kB, com exceção de uma variante específica que, demonstrou uma menor
    ativação da via. Esse estudo pode fornecer dados relevantes a respeito de alterações genéticas, no
    oncogene E7 do HPV-58, e suas possíveis implicâncias na via NF-kB e sua relação com
    diferentes graus de lesão resultante.

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  • FREDERICO TOSCANO BARRETO NOGUEIRA
  • LIMITES E DESAFIOS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA TERRITORIAL DE INOVAÇÃO EM SAÚDE EM ECONOMIA RETARDATÁRIA: O CASO DE PERNAMBUCO

  • Orientador : JOAO POLICARPO RODRIGUES LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ABRAHAM BENZAQUEN SICSU
  • ALEXANDRE STAMFORD DA SILVA
  • BERTRAND ROGER GUILLAUME COZIC
  • JOAO POLICARPO RODRIGUES LIMA
  • LUCIANA ELIZABETH DA MOTA TAVORA
  • Data: 16/06/2023

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  • Um dos maiores polos médicos do Brasil fica em Pernambuco. Áreas como cirurgia, imagem diagnóstica, traumatologia, oncologia e ortopedia colocam a capital pernambucana como um dos locais mais procurados para tratamentos de saúde, por questões de tecnologia, infraestrutura adequada e instrumental avançado. Algumas das mais importantes universidades do Nordeste também se encontram no estado, com excelência reconhecida na formação de recursos humanos para a área de saúde. Pernambuco também tem recebido novas plantas industriais para produção de medicamentos e hemoderivados nos últimos anos. Em suma, uma gama de atores está presente no território do estado, constatando-se a existência de elementos que favorecem a constituição de um sistema de inovação em saúde, que, entretanto, não evolui suficientemente para gerar inovações substanciais com impacto expressivo na economia. Diante desse quadro, a presente tese teve como objetivo geral identificar e analisar os limites e compreender os desafios para o desenvolvimento e consolidação de um sistema territorial de inovação em saúde numa economia retardatária, utilizando-se o estado de Pernambuco como estudo de caso. O estudo possui caráter exploratório e seu desenho metodológico pauta-se no uso de fontes primárias, por meio de entrevistas com roteiro semiestruturado, e fontes secundárias fundamentadas em referencial documental e bibliográfico, com abordagem tanto qualitativa quanto quantitativa. A hipótese levantada e confirmada considerou que, embora o sistema de inovação de saúde em Pernambuco reunisse um conjunto de instituições e atores com funções complementares, sua interação se mostra relativamente fraca pelo baixo grau de articulação existente entre os elementos integrantes do sistema, pela reduzida presença de empresas inovadoras no ambiente produtivo pernambucano e pela incipiente cultura de inovação existente no estado. Além disso, evidenciou-se a ausência de efetiva decisão política para investir nos eixos de desenvolvimento do sistema de inovação em saúde em Pernambuco. Não basta existirem atores das mais diversas categorias necessárias ao eficiente funcionamento de um sistema de inovação. É preciso que estes estejam ativamente integrados a partir de ações governamentais nas diferentes esferas.


  • Mostrar Abstract
  • Sistema nacional de inovação (SNI) pode ser definido como uma construção institucional, produto de uma ação
    planejada ou de decisões não planejadas e desarticuladas, que impulsiona o progresso tecnológico em economias
    capitalistas. Considerando que o setor de saúde pode ser delimitado entre as atividades econômicas em termos da
    dinâmica inovativa, é razoável discutir a ideia de um sistema de inovação no setor saúde. Sistemas de inovação são
    espaços de aprendizado localizado e troca de conhecimento para gerar novos produtos e processos. Na ausência
    deles, devido ao processo histórico de construção do território, a estrutura socioeconômica local não só apresenta
    dificuldades para assimilar inovações, como mais facilmente se subordina a interesses exógenos na forma de
    padrões tecnológicos. A trajetória do Brasil no que diz respeito à inovação confunde-se com a trajetória de
    desenvolvimento de um país com características de industrialização recente. O setor de saúde brasileiro apresenta
    grandes oportunidades e grandes desafios, destacando-se o fato de o país contar com uma base produtiva
    diferenciada na América Latina e a existência de um sistema de saúde universal. O polo médico do Recife é
    considerado um dos mais importantes do Brasil. A cidade conta em alguns ramos da saúde com tecnologia de ponta,
    infraestrutura e profissionais qualificados. Este arranjo produtivo coloca Pernambuco na segunda posição em
    excelência médica no País, atrás apenas de São Paulo. Diante do pressuposto de que se constata a existência de uma
    forte vocação do estado para o desenvolvimento de um sistema de inovação em saúde e que este não evolui
    suficientemente para gerar inovações substanciais com impacto expressivo na economia, o presente trabalho busca
    compreender quais os limites e desafios que se impõem a este processo, de forma a detalhar os aspectos relevantes e
    necessários ao debate acerca da atual situação do setor no estado. Como objetivos específicos, pretende-se
    apresentar a formação histórica dos rudimentos de um sistema de inovação em saúde de Pernambuco, inserindo a
    dimensão territorial; mapear os atores que participam desse contexto; identificar as potencialidades de Pernambuco
    para desenvolver um sistema territorial de inovação em saúde; analisar os limites e quais os principais desafios para
    sua consolidação; e elaborar recomendações para superar os problemas identificados. Constata-se a necessidade de
    se investigar o sistema de inovação em saúde, em seus vários níveis espaciais, dado o enorme impacto positivo do
    progresso científico-tecnológico sobre o bem-estar social e sobre o desenvolvimento econômico, especialmente no
    atual contexto de crise sanitária da covid-19. Além disso, a literatura sobre o tema tem sido pouco explorada nas
    discussões realizadas no Brasil, em particular quanto às suas realidades regionais.

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  • VIVIANE DO NASCIMENTO E SILVA ALENCAR
  • PRODUÇÃO, PURIFICAÇÃO, CARACTERIZAÇÃO E APLICAÇÃO DE PROTEASES FIBRINOLÍTICAS PRODUZIDAS POR Streptomyces parvulus DPUA 1573 e Aspergillus tamarii kita UCP 1279

  • Orientador : ANA CRISTINA LIMA LEITE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALICE MARIA GONÇALVES SANTOS
  • AMANDA EMMANUELLE SALES CONNIFF
  • ANA CRISTINA LIMA LEITE
  • MARLLYN MARQUES DA SILVA
  • VALERIA PEREIRA HERNANDES
  • Data: 29/06/2023

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  • A trombose se destaca como a principal causa subjacente do infarto agudo do
    miocárdio, do acidente vascular cerebral e do tromboembolismo venoso. É
    caracterizada pela formação ou desenvolvimento de um coágulo sanguíneo
    responsável por causar a obstrução e inflamação na parede do vaso. Proteases
    com atividades fibrinolíticas atuam na dissolução desses coágulos sanguíneos a
    partir da “quebra”, por hidrólise, da molécula de fibrina. Devido a esse potencial
    das enzimas fibrinolíticas, essas se tornaram alvos de diversas pesquisas. As
    enzimas de origem microbianas se tornam muito interessantes, já que
    proporcionam fácil manuseio, produtividade alta e menor custo de produção. O
    objetivo deste trabalho foi a produção, purificação, caracterização e avaliação do
    potencial fibrinolítico das proteases produzidas por Streptomyces parvulus
    DPUA 1573 e produção e purificação das proteases produzidas Aspergillus
    tamarii kita UCP 1279. A enzima fibrinolítica obtida do Streptomyces parvulus
    DPUA 1573 foi produzida por fermentação submersa utilizando farinha de
    maracujá à 0,5% como substrato, sendo verificado uma atividade proteásica de
    33,70 U/mL e uma atividade fibrinolítica de 11,49 U/mL. A mesma enzima foi
    extraída utilizando o sistema de duas fases aquosas (SDFA) PEG/Fosfato
    obtendo-se a melhor condição de extração com 17,5% de PEG 8000 g/mol, 15%
    de Fosfato (p/p) e pH 8,0. Nessa condição, a enzima particionou para a fase rica
    em PEG, tendo um coeficiente de partição de 7,33, um fator de purificação na
    fase PEG de 2,10 e uma recuperação de 57,49%. Já a enzima fibrinolítica obtida
    do Aspergillus tamarii Kita UCP1279 foi produzida por fermentação em estado
    sólido utilizando 5g de farelo de trigo umedecido à 40%, sendo verificado uma
    atividade proteásica de 47,26 U/mL e uma atividade fibrinolítica de 25,49 U/mL.
    A enzima também foi extraída utilizando o SDFA PEG/Fosfato obtendo-se a
    melhor condição de extração com 12,5% de PEG 8000 g/mol, 15% de Fosfato
    (p/p) e pH 8,0. Nesta condição, a enzima particionou para a fase rica em sal,
    apresentando um coeficiente de partição de 0,06, um fator de purificação na fase
    Sal de 14,1 e uma recuperação de 487,2%. Quanto a caracterização bioquímica
    da protease fibrinolítica pré-purificada do Streptomyces parvulus DPUA 1573,
    verificou-se um aumento da atividade enzimática na presença de Fe2+ e
    diminuição na presença de β-Mercaptoetanol, fluoreto de fenilmetilsulfonila e
    ácido iodoacético, sendo caracterizada como uma serinoprotease. O pH ótimo
    foi de 7,0 e a temperatura ótima de 40 ºC. Em relação a atividade trombolítica,
    houve uma degradação do trombo sanguíneo pela ação do extrato bruto e da
    protease fibrinolítica pré-purificada de 41,47% e 52,98% respectivamente. A
    protease estudada degradou as frações α, β e γ do fibrinogênio. Na realização
    da atividade amidolítica, a protease fibrinolítica foi considerada uma serina
    protease semelhante à quimotripsina. Na verificação da ação da enzima sobre
    os tempos de coagulação, a enzima prolongou discretamente os tempos
    protrombina e protrombina parcialmente ativada, não afetando o tempo de
    trombina. Além disso, no ensaio realizado para avaliar a biocompatibilidade
    sanguínea demostrou-se que a enzima não foi hemolítica e no ensaio de
    citotoxicidade, a protease fibrinolítica produzida foi atóxica, com viabilidade
    celular foi superior à 80% para as linhagens celulares testadas.


  • Mostrar Abstract
  • A trombose se destaca como a principal causa subjacente do infarto agudo do
    miocárdio, do acidente vascular cerebral e do tromboembolismo venoso. É
    caracterizada pela formação ou desenvolvimento de um coágulo sanguíneo
    responsável por causar a obstrução e inflamação na parede do vaso. Proteases com
    atividades fibrinolíticas atuam na dissolução desses coágulos sanguíneos a partir
    da “quebra”, por hidrólise, da molécula de fibrina. Devido a esse potencial das
    enzimas fibrinolíticas, essas se tornaram alvos de diversas pesquisas. As enzimas
    de origem microbianas se tornam muito interessantes, já que proporcionam fácil
    manuseio, produtividade alta e baixo custo de produção. O objetivo desta pesquisa
    foi a produção de proteases fibrinolíticas a partir de cepas de Streptomyces
    parvulus DPUA 1573 e de Aspergillus tamarii Kita UCP1279, a recuperação
    dessas proteases por sistema de duas fases aquosas e a caracterização bioquímica
    parcial da enzima. O sistema de duas fases aquosas (SDFA) foi realizado de
    acordo com um planejamento fatorial completo 2 4 usando a massa molar de
    polietilenoglicol, concentração de polietilenoglicol, concentração de sais de
    fosfato e pH como variáveis independentes. Foi analisado também o efeito de
    diferentes íons, surfactantes, inibidores de protease, pH e temperatura na atividade
    enzimática da protease fibrinolítica produzida pelo Streptomyces parvulus DPUA
    1573. Como resultados preliminares, as melhores condições para purificação por
    SDFA da enzima produzida pelo Streptomyces parvulus DPUA 1573 foram
    17,5% de polietilenoglicol 8000, 15% de fosfato e pH 8,0, obtendo-se um
    coeficiente de partição de 7,33, rendimento de 57,49% e fator de purificação de
    2,10 vezes. Verificou-se um aumento da atividade enzimática na presença de Fe 2+
    e diminuição na presença de β-Mercaptoetanol, fluoreto de fenilmetilsulfonila e
    ácido iodoacético. O pH ótimo foi de 7,0 e a temperatura ótima foi de 40 ºC. Em
    relação a protease fibrinolítica produzida pelo Aspergillus tamarii Kita UCP1279,
    esta apresentou uma atividade fibrinolítica de 25,49 U/mL. O extrato bruto de
    fermentação foi adicionado ao SDFA e as melhores condições para a purificação
    da enzima foram obtidas com 12,5% de polietilenoglicol 8000, 15% de fosfato e
    pH 8.0, obtendo-se um coeficiente de partição de 0,06, rendimento na fase sal de
    487,2% e fator de purificação de 14,1. Como perspectivas futuras para o
    desenvolvimento da pesquisa pretende-se determinar as condições mais adequadas
    para purificação das enzimas fibrinolíticas por métodos cromatográficos;
    caracterizar o perfil eletroforético e as atividades fibrinogenolítica e amidolítica
    das enzimas purificadas, determinar os tempos de coagulação de sangue tratado
    com as enzimas purificadas, avaliar a frequência de micronúcleos em eritrócitos
    de sangue tratados com as enzimas purificadas e analisar a frequência de danos ao
    DNA em células sanguíneas tratadas com as enzima purificadas.

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  • KAMYLLA CONCEIÇÃO GOMES NASCIMENTO
  • AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DO PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) EM TECIDO MAMÁRIO DE PACIENTES COM CARCINOMA MAMÁRIO

  • Orientador : ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANNA JESSICA DUARTE SILVA
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • ELEONIDAS MOURA LIMA
  • LEYDIANNE LEITE DE SIQUEIRA PATRIOTA
  • MARIA ANGELICA RAMOS DA SILVA
  • Data: 30/08/2023

  • Mostrar Resumo
  • O papel etiológico do HPV em alguns cânceres extragenitais ainda está sob intenso debate. Neste estudo, foi encontrada uma prevalência de 36% de DNA do HPV em amostras de tecido mamário. O HPV-16 foi o genótipo mais comum encontrado nos tumores de mama. A carga viral de HPV encontrada neste estudo foi maior do que a encontrada em estudos anteriores. A forma mista do genoma viral (integrada e episomal) foi predominante nas amostras. A presença do vírus na forma mista, juntamente com uma carga viral elevada, em pacientes com carcinoma mamário, sugere um possível papel dos HPVs de alto risco no câncer de mama. A expressão de receptores hormonais e a super expressão de HER2 são indicadores importantes no câncer de mama, mas este estudo observou um padrão diferente de expressão de receptores em relação a estudos anteriores. Os tumores de mama triplo-negativos, que têm um prognóstico pior e opções terapêuticas limitadas, foram encontrados em 45% dos casos positivos para HPV. A presença das oncoproteínas E5 e E6 do HPV também foi observada nas amostras de carcinoma invasivo de mama. No entanto, não foi possível detectar a oncoproteína E7 nas amostras estudadas. Ainda não está claro como a presença viral pode influenciar o processo carcinogênico mamário, e são necessários mais estudos para uma melhor compreensão do papel do HPV no câncer de mama. No entanto, a detecção do HPV no tecido mamário poderia ser uma alternativa simples e minimamente invasiva para a detecção precoce do câncer de mama, uma vez que seu papel seja mais bem elucidado.


  • Mostrar Abstract
  • O papel etiológico do HPV em alguns cânceres extragenitais ainda está sob intenso debate. Neste estudo, foi encontrada uma prevalência de 36% de DNA do HPV em amostras de tecido mamário, em concordância com pesquisas anteriores que detectaram uma presença viral variando entre 0% e 100%. O HPV-16 foi o genótipo mais comum encontrado nos tumores de mama. A carga viral de HPV encontrada neste estudo foi maior do que a encontrada em estudos anteriores. A forma mista do genoma viral (integrada e episomal) foi predominante nas amostras. A presença do vírus na forma mista, juntamente com uma carga viral elevada, em pacientes com carcinoma mamário, sugere um possível papel dos HPVs de alto risco no câncer de mama. A expressão de receptores hormonais e a super expressão de HER2 são indicadores importantes no câncer de mama, mas este estudo observou um padrão diferente de expressão de receptores em relação a estudos anteriores. Os tumores de mama triplo-negativos, que têm um prognóstico pior e opções terapêuticas limitadas, foram encontrados em 45% dos casos positivos para HPV. A presença das oncoproteínas E5 e E6 do HPV também foi observada nas amostras de carcinoma invasivo de mama. Ainda não está claro como a presença viral pode influenciar o processo carcinogênico mamário, e são necessários mais estudos para uma melhor compreensão do papel do HPV no câncer de mama. No entanto, a detecção do HPV no tecido mamário poderia ser uma alternativa simples e minimamente invasiva para a detecção precoce do câncer de mama, uma vez que seu papel seja mais bem elucidado.

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  • CAMILA GOMES DE MELO
  • Desenvolvimento Tecnológico de Formas Farmacêuticas Líquidas e Sólidas a partir de Momordica charantia L. como opção ao tratamento de geo-helmintíases

  • Orientador : PEDRO JOSE ROLIM NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • HELIDA MARIA DE LIMA MARANHAO BRASILEIRO
  • LIDIANY DA PAIXAO SIQUEIRA
  • PAULO CESAR DANTAS DA SILVA
  • PEDRO JOSE ROLIM NETO
  • Data: 15/09/2023

  • Mostrar Resumo
  • Mais de 1,5 bilhão de pessoas, ou 24% da população global, estão atualmente infectadas por uma ou mais geo-helmintíase e casos de resistência anti-helmíntica têm surgido, em detrimento dos tratamentos em massa, obsoletos. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo de desenvolvimento tecnológico de xaropes, suspensões e comprimidos de liberação imediata à base de Momordica charantia L., como alternativa a estas circunstâncias. Foram executadas caracterizações farmacognósticas para drogas vegetais de caule e folhas de M. charantia de diferentes origens (Pernambuco, Piauí e Rio de Janeiro), de acordo com a Farmacopeia Brasileira. Extratos foram obtidos com etanol a 70%, por maceração estática, durante 96 horas e estes foram secos em estufa de circulação de ar.  Foi realizado um delineamento fitoquímico destes materiais, bem como validação de metodologia analítica para quantificação de Momordicina I a partir deles, através de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), visando dar suporte aos doseamentos e dissolução. Um estudo de toxicidade aguda foi conduzido seguindo as orientações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Os extratos secos apresentaram elevada higroscopicidade quando secos sem adjuvantes, baixa solubilidade aquosa, estabilidade térmica semelhante à droga vegetal e presença dos metabólitos de interesse à atividade anti-helmíntica: compostos fenólicos, taninos, alcaloides e saponinas. O método analítico mostrou-se adequado para as finalidades pretendidas, sendo padronizadas corridas cromatográficas de apenas 15 minutos. Os extratos secos de PE e PI não apresentaram toxicidade aguda quando administrados em dose única em modelos murinos, representando possível comportamento similar, se ofertado a seres humanos. Dentre as formas farmacêuticas líquidas, as suspensões concederam as melhores propriedades de mascaramento de sabor. Das 10 formulações de comprimidos, a última delas apresentou as melhores características quanto à higroscopicidade, além de perfazer resultados de controles de qualidade dentro das especificações farmacopeicas. No ensaios de dissolução in vitro dos comprimidos houve liberação média de 70% do conteúdo declarado de Momordicina I, sem a necessidade de surfactantes na composição do meio empregado. Com base nos resultados alcançados, é possível inferir que o entendimento das características físico-químicas do material vegetal bem como de seus extratos, viabiliza a aplicabilidade de M. charantia sobrea produção de formas farmacêuticas líquidas e sólidas, com qualidade bem definida. Dessa forma, abre-se a oportunidade para expandir as alternativas terapêuticas no tratamento das geo-helmintíases, alinhando-se com o esforço global de combate às doenças negligenciadas.


  • Mostrar Abstract
  • De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), atualmente, mais de 1,5 bilhão de pessoas, o
    que corresponde a 24% da população, estão infectadas por pelo menos uma das geo-helmintíases que
    etiologicamente são causadas por Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiura, Necator americanus e
    Ancylostoma duodenale. A OMS orienta, desde muito tempo, que o controle de infecções causadas por
    geo-helmintos deve ser feito pelo tratamento profilático periódico direcionado a indivíduos em
    situação de risco, que residam em áreas endêmicas, tendo apenas o albendazol e o mebendazol como
    opções farmacológicas para tal. Por se tratarem de esquemas medicamentosos muito antigos, a
    aplicação desenfreada ao longo dos anos hoje já reflete em casos de resistência anti-helmíntica,
    colocando em posição delicada o tratamento efetivo destas DTNs. É sob esta ótica que Momordica
    charantia L., uma espécie vegetal popularmente afamada por “melão-de-São-Caetano” ou “melão
    amargo”, conhecida por apresentar diversas atividades farmacológicas, aparece como alternativa no
    desenvolvimento de novos produtos farmacêuticos, pela sua já relatada atividade anti-helmíntica em
    animais e ampla discussão etnofarmacológica em humanos para esta atividade. Foram realizados
    estudos de caracterizações farmacognóstica para as drogas vegetais oriundas de caule e folhas de M.
    charantia de diferentes origens (Pernambuco, Piauí e Rio de Janeiro), de acordo com os preceitos da
    Farmacopeia Brasileira. Extratos foram obtidos empregando etanol a 70%, por maceração estática,
    durante 96 horas e estes foram secos em estufa de circulação de ar. Ambos os materiais foram
    caracterizados para definição dos parâmetros de qualidade, incluindo estudo de perfil térmico por
    termogravimetria (TG). Foi realizado um delineamento fitoquímico dos extratos secos, bem como
    quantificação de marcador analítico através de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Um
    estudo de toxicidade aguda foi conduzido seguindo as orientações da Organização para a Cooperação
    e Desenvolvimento Econômico (OECD) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
    Formas farmacêuticas líquidas (xaropes e edulitos) foram propostas a partir do extrato seco sem
    adjuvantes, havendo a posteriori aplicação de planejamento fatorial completo. Foram também
    desenvolvidos comprimidos de liberação imediata, utilizando tanto extratos secos brutos quanto
    extratos contendo celulose e dióxido de silício coloidal, havendo também realização de estudo de
    compatibilidade entre estes e os demais excipientes utilizados nas formulações. Os extratos secos
    apresentaram elevada higroscopicidade, solubilidade aquosa baixa, estabilidade térmica semelhante à
    droga vegetal e presença dos metabólitos de interesse à atividade anti-helmíntica: compostos
    fenólicos, taninos, alcaloides e saponinas. De acordo com os parâmetros da OECD e da ANVISA, os
    extratos secos de PE e PI não apresentaram toxicidade aguda quando administrados em dose única em
    modelos murinos, representando possível comportamento similar, se ofertado a seres humanos. Na
    cromatografia líquida de alta eficiência ficou definido que a quercetina foi bem identificada e
    quantificada, assumindo a posição de marcador para futuras análises nas formas farmacêuticas. Para as
    formas líquidas, o xarope do lote 2 apresentou melhor desempenho no mascaramento do sabor amargo
    característico do melão-de-São-Caetano, contendo citrato e cloreto de sódio a 1% de concentração,
    cada. Tal formulação foi então otimizada através de planejamento fatorial completo, de modo a
    entregar uma formulação definitiva com os parâmetros de viscosidade, pH e sabor adequados à
    administração oral. No estudo de compatibilidade, apenas o dióxido de silício coloidal mostrou-se
    compatível considerando apenas as análises térmicas, havendo necessidade de técnicas
    complementares para entender o real comportamento de celulose, estearato de magnésio e
    amidoglicolato de sódio junto aos extratos. Dos 9 lotes de bancada produzidos para os comprimidos de
    liberação imediata, os lotes de número 6 e 9 foram os que demonstraram melhores parâmetros de
    qualidade. Ambos os comprimidos destes lotes foram submetidos a ensaios de dissolução preliminares
    e observou-se a necessidade de ajuste das condições experimentais para que possam ser confrontados
    os dados de extrato bruto liberado versus o tempo de desintegração observado inicialmente para as
    formas farmacêuticas.

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  • WIDSON MICHAEL DOS SANTOS
  • SUPLEMENTAÇÃO INOVADORA: DESENVOLVIMENTO DE PELLETS PARA LIBERAÇÃO MODIFICADA DE MICRONUTRIENTES PARA SAÚDE ÓSSEA

  • Orientador : PEDRO JOSE ROLIM NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANILO AUGUSTO FERREIRA FONTES
  • GIOVANNA MACHADO
  • LARISSA ARAUJO ROLIM
  • PEDRO JOSE ROLIM NETO
  • ZENIA MARIA MACIEL LAVRA
  • Data: 22/09/2023

  • Mostrar Resumo
  • Os suplementos de cálcio (Ca) atualmente comercializados apresentam várias limitações relacionadas à segurança e eficácia. As formulações convencionais liberam uma alta dose desse mineral (500-1000 mg) nos fluidos gástricos, que não é completamente absorvida e frequentemente induz efeitos adversos como dispepsia, flatulência e constipação intestinal. Além disso, ocasiona quadros de hipercalcemia transitória que, a longo prazo, pode desencadear efeitos adversos renais (pedras nos rins) e cardiovasculares (doença coronariana e infarto do miocárdio) em populações vulneráveis. Nesse cenário, é necessário o desenvolvimento de estratégias para contornar essas limitações e, sobretudo, melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Por exemplo, é comprovado que a associação de Ca a outros micronutrientes, como a vitamina D (Vit.D), vitamina K (Vit.K) e magnésio (Mg), pode não só aumentar a eficácia terapêutica, como também reduzir os efeitos adversos supracitados. Ainda, a incorporação desses micronutrientes em sistemas de liberação modificada, como em pellets revestidos, pode constituir uma estratégia eficiente para reduzir os efeitos deletérios desencadeados pela sobrecarga de Ca. Portanto, o objetivo deste trabalho foi desenvolver um suplemento alimentar de liberação modificada à base de pellets de minerais (Ca e Mg) e vitaminas (Vit.D e Vit.K) importantes para a saúde óssea. Inicialmente, foi conduzido um estudo de compatibilidade para investigar possíveis interações entre os IFAs do suplemento e entre os IFAs e os excipientes. Em sequência, um planejamento fatorial Box-Behnken foi realizado para otimizar as condições de produção dos pellets por extrusão-esferonização. Com as condições estabelecidas, uma formulação de pellets de fosfato de cálcio (Fosf.Ca) e óxido de magnésio (MgO) foi preparada e subsequentemente revestida em leito fluidizado aplicando diferentes dispersões à base de etilcelulose (EC). Três formulações de revestimento foram testadas: F1 – dispersão de EC; F2 – dispersão de EC + HPMC (agente formador de poros); e F3 – dispersão de EC + HPMC + ácido oleico (plastificante). Por fim, foi conduzido um ensaio de liberação in vitro em meio ácido para avaliar a performance dos pellets. Os resultados do estudo de compatibilidade não apontaram sinais definitivos de interações IFA-IFA ou IFA-excipiente nas amostras testadas. Entretanto, ainda é necessária a aplicação de análises complementares para obtenção de resultados conclusivos quanto a compatibilidade entre os IFAs de Vit.D3 e Fosf.Ca, e entre a Vit.D3 e os excipientes lactose e polivinilpirrolidona. O planejamento experimental apontou que o volume de líquido de molhagem e o tempo de esferonização têm influência significativa sobre o rendimento dos pellets, enquanto a velocidade de rotação afeta significativamente a circularidade deles. Assim, determinou-se que a aplicação de 119,3 mL de líquido de molhagem/100 g de formulação de pós e esferonização a 800 rpm/40 s são as melhores condições para obtenção dos pellets em questão. Os pellets não-revestidos liberaram a dose de Ca de forma imediata (100% em 45 min), enquanto os revestidos com a dispersão F1 apresentaram uma liberação muito lenta (~30% de Ca em 24 hrs). Em contrapartida, o revestimento com as dispersões F2 e F3 promoveu a liberação prolongada desse Ca, porém entregando ~80% da dose após 12 horas. Diante do exposto, os resultados parciais do presente estudo mostraram-se promissores para a obtenção de um suplemento alimentar de liberação prolongada, que poderá constituir uma alternativa terapêutica com maior eficácia e segurança em relação às formulações convencionais de liberação imediata.


  • Mostrar Abstract
  • Os suplementos de cálcio (Ca) atualmente comercializados apresentam várias limitações relacionadas à segurança e eficácia. As formulações convencionais liberam uma alta dose desse mineral (500-1000 mg) nos fluidos gástricos, que não é completamente absorvida e frequentemente induz efeitos adversos como dispepsia, flatulência e constipação intestinal. Além disso, ocasiona quadros de hipercalcemia transitória que, a longo prazo, pode desencadear efeitos adversos renais (pedras nos rins) e cardiovasculares (doença coronariana e infarto do miocárdio) em populações vulneráveis. Nesse cenário, é necessário o desenvolvimento de estratégias para contornar essas limitações e, sobretudo, melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Por exemplo, é comprovado que a associação de Ca a outros micronutrientes, como a vitamina D (Vit.D), vitamina K (Vit.K) e magnésio (Mg), pode não só aumentar a eficácia terapêutica, como também reduzir os efeitos adversos supracitados. Ainda, a incorporação desses micronutrientes em sistemas de liberação modificada, como em pellets revestidos, pode constituir uma estratégia eficiente para reduzir os efeitos deletérios desencadeados pela sobrecarga de Ca. Portanto, o objetivo deste trabalho foi desenvolver um suplemento alimentar de liberação modificada à base de pellets de minerais (Ca e Mg) e vitaminas (Vit.D e Vit.K) importantes para a saúde óssea. Inicialmente, foi conduzido um estudo de compatibilidade para investigar possíveis interações entre os IFAs do suplemento e entre os IFAs e os excipientes. Em sequência, um planejamento fatorial Box-Behnken foi realizado para otimizar as condições de produção dos pellets por extrusão-esferonização. Com as condições estabelecidas, uma formulação de pellets de fosfato de cálcio (Fosf.Ca) e óxido de magnésio (MgO) foi preparada e subsequentemente revestida em leito fluidizado aplicando diferentes dispersões à base de etilcelulose (EC). Três formulações de revestimento foram testadas: F1 – dispersão de EC; F2 – dispersão de EC + HPMC (agente formador de poros); e F3 – dispersão de EC + HPMC + ácido oleico (plastificante). Por fim, foi conduzido um ensaio de liberação in vitro em meio ácido para avaliar a performance dos pellets. Os resultados do estudo de compatibilidade não apontaram sinais definitivos de interações IFA-IFA ou IFA-excipiente nas amostras testadas. Entretanto, ainda é necessária a aplicação de análises complementares para obtenção de resultados conclusivos quanto a compatibilidade entre os IFAs de Vit.D3 e Fosf.Ca, e entre a Vit.D3 e os excipientes lactose e polivinilpirrolidona. O planejamento experimental apontou que o volume de líquido de molhagem e o tempo de esferonização têm influência significativa sobre o rendimento dos pellets, enquanto a velocidade de rotação afeta significativamente a circularidade deles. Assim, determinou-se que a aplicação de 119,3 mL de líquido de molhagem/100 g de formulação de pós e esferonização a 800 rpm/40 s são as melhores condições para obtenção dos pellets em questão. Os pellets não-revestidos liberaram a dose de Ca de forma imediata (100% em 45 min), enquanto os revestidos com a dispersão F1 apresentaram uma liberação muito lenta (~30% de Ca em 24 hrs). Em contrapartida, o revestimento com as dispersões F2 e F3 promoveu a liberação prolongada desse Ca, porém entregando ~80% da dose após 12 horas. Diante do exposto, os resultados parciais do presente estudo mostraram-se promissores para a obtenção de um suplemento alimentar de liberação prolongada, que poderá constituir uma alternativa terapêutica com maior eficácia e segurança em relação às formulações convencionais de liberação imediata.

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  • VALÉCIA DE CASSIA MENDONÇA DA COSTA
  • AVALIAÇÃO ANTINEOPLÁSICA DE MOLÉCULAS NITROAROMÁTICAS EM MODELOS DE NEOPLASIAS PANCREÁTICAS

  • Orientador : MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO ROBERTO LUCENA DE ARAUJO
  • IRANILDO JOSE DA CRUZ FILHO
  • JAMILE TANIELE DA SILVA
  • MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 26/09/2023

  • Mostrar Resumo
  • O adenocarcinoma ductal pancreático é uma neoplasia altamente agressiva e letal, assim como a maioria dos cânceres, este não apresenta sintomas aparentes, dificultando em um diagnóstico precoce e consequentemente afetando possíveis tratamentos. Entre as opções de tratamentos quimioterápicos a gencitabina segue como fármaco de primeira linha, contudo não se tem muitas opções terapêuticas que possam contribuir para a melhor sobrevida do paciente. Dessa forma, a busca por novas moléculas antineoplásicas continua crescendo. Os derivados nitroaromáticos apresentam atividades antineoplásicas conhecidas e unidos a outros grupos farmacofóricos como tiossemicarbazonas e tiazóis podem potencializar as atividades anticâncer já descritas. Diante do exposto, esta tese buscou avaliar moléculas nitroaromáticas em modelos de neoplasias pancreáticas. Nos ensaios in sílico na verificação de ADME os derivados tiossemicarbazonas e tiazóis aparentam não serem opções para biodisponibilidade oral. Em seguida os compostos foram avaliados quanto a citotoxicidade por MTT em PBMCs e linhagens neoplásicas pancreáticas (BxPC-3, MIA PaCa-2 e PANC-1). Os dados de PBMCs mostraram que os derivados PR-16, PR-19, PR-20 e LAB -2E foram tóxicos e excluídos do estudo. Já nas células neoplásicas os derivados selecionados foram PR-12, PR-13, PR-17 e LAB-1E (três primeiros tiossemicarbazonas e quarto tiazol). Das moléculas tiossemicarbazonas, foi possível avaliar através da marcação com iodeto de propídeo, que o derivado PR-17 que obteve IC50 de 8,9 µM na linhagem MIA PaCa-2, promoveu o aumento de morte e acúmulo de células nas fases S/G2/M e o PR-12 com IC50 de 7,75 µM na linhagem PANC-1 levou apenas ao aumento de morte. Quanto a coloração com cristal violeta, para avaliar formação de colônias, apenas o PR-12 levou a uma diminuição de clones na linhagem MIA PaCa-2. Os resultados referentes ao LAB-1E mostraram que o mesmo foi citotóxico para linhagens de câncer de pâncreas BxPC-3 e MIA PaCa-2 com IC50 de 1,22µM e 5,22µM, respectivamente. Reduziu a proliferação celular verificado pela contagem de células com azul de tripan. Diminuiu a sobrevivência clonogênica, determinado pela coloração com cristal violeta e contagem de clones. Levou a morte celular por apoptose e acúmulo de células nas fases S/G2/M, por meio da marcação com caspase 3/7 e iodeto de propídio, respectivamente. Além de gerar espécies reativas de oxigênio, analisados pela marcação com DHE e H2DCFDA. Por fim o LAB-1E promoveu modificações morfológicas celulares. Assim, os derivados PR-12, PR-17 e principalmente o LAB-1E podem ser considerados como possível estratégia terapêutica no PDAC, contudo novos ensaios devem ser realizados para corroborar com os resultados apresentados.


  • Mostrar Abstract
  • O adenocarcinoma ductal pancreático é uma neoplasia altamente agressiva e letal, assim como a maioria dos cânceres, este não apresenta sintomas aparentes, dificultando em um diagnóstico precoce e consequentemente afetando possíveis tratamentos. Entre as opções de tratamentos quimioterápicos a gencitabina segue como fármaco de primeira linha, contudo não se tem muitas opções terapêuticas que possam contribuir para a melhor sobrevida do paciente. Dessa forma, a busca por novas moléculas antineoplásicas continua crescendo. Os derivados nitroaromáticos apresentam atividades antineoplásicas conhecidas e unidos a outros grupos farmacofóricos como tiossemicarbazonas e tiazóis podem potencializar as atividades anticâncer já descritas. Diante do exposto, esta tese buscou avaliar moléculas nitroaromáticas em modelos de neoplasias pancreáticas. Nos ensaios in sílico na verificação de ADME os derivados tiossemicarbazonas e tiazóis aparentam não serem opções para biodisponibilidade oral. Em seguida os compostos foram avaliados quanto a citotoxicidade por MTT em PBMCs e linhagens neoplásicas pancreáticas (BxPC-3, MIA PaCa-2 e PANC-1). Os dados de PBMCs mostraram que os derivados PR-16, PR-19, PR-20 e LAB -2E foram tóxicos e excluídos do estudo. Já nas células neoplásicas os derivados selecionados foram PR-12, PR-13, PR-17 e LAB-1E (três primeiros tiossemicarbazonas e quarto tiazol). Das moléculas tiossemicarbazonas, foi possível avaliar através da marcação com iodeto de propídeo, que o derivado PR-17 que obteve IC50 de 8,9 µM na linhagem MIA PaCa-2, promoveu o aumento de morte e acúmulo de células nas fases S/G2/M e o PR-12 com IC50 de 7,75 µM na linhagem PANC-1 levou apenas ao aumento de morte. Quanto a coloração com cristal violeta, para avaliar formação de colônias, apenas o PR-12 levou a uma diminuição de clones na linhagem MIA PaCa-2. Os resultados referentes ao LAB-1E mostraram que o mesmo foi citotóxico para linhagens de câncer de pâncreas BxPC-3 e MIA PaCa-2 com IC50 de 1,22µM e 5,22µM, respectivamente. Reduziu a proliferação celular verificado pela contagem de células com azul de tripan. Diminuiu a sobrevivência clonogênica, determinado pela coloração com cristal violeta e contagem de clones. Levou a morte celular por apoptose e acúmulo de células nas fases S/G2/M, por meio da marcação com caspase 3/7 e iodeto de propídio, respectivamente. Além de gerar espécies reativas de oxigênio, analisados pela marcação com DHE e H2DCFDA. Por fim o LAB-1E promoveu modificações morfológicas celulares. Assim, os derivados PR-12, PR-17 e principalmente o LAB-1E podem ser considerados como possível estratégia terapêutica no PDAC, contudo novos ensaios devem ser realizados para corroborar com os resultados apresentados.

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  • CARLOS DANIEL PASSOS LOBO
  • AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DO HPV E EXPRESSÃO DA PROTEÍNA P16INK4a EM TUMORES DE PULMÃO

  • Orientador : ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JAIM SIMÕES DE OLIVEIRA
  • DALMO ALMEIDA DE AZEVEDO
  • JACINTO DA COSTA SILVA NETO
  • MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • THIAGO JOSÉ MATOS ROCHA
  • Data: 28/09/2023

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  • O câncer de pulmão é um dos tumores mais comuns e o maior responsável pelas mortes decorrentes de câncer no mundo. Sabe-se que o principal agente etiológico do câncer de pulmão é o tabaco. Atualmente estudos vêm apresentando evidências a associações entre a presença do Papilomavírus humano (HPV) com diversos outros tipos de câncer, como o de pulmão. Devido à presença do HPV em alguns tumores de pulmão, existe possibilidade de o vírus estar não apenas presente, mas também exercendo sua atividade na carcinogênese pulmonar. Vários estudos são direcionados ao desenvolvimento de biomarcadores que permitam a identificação de alterações e transformações celulares relacionadas à infecção produtiva pelo HPV. Nos cânceres cervicais, o papel do HPV e seus mecanismos oncogênicos se baseiam na alteração do ciclo celular do hospedeiro. A interferência advém da ação das oncoproteínas virais E6 e E7, atuando sobre as proteínas p53 e pRb, respectivamente. Um dos produtos dessa interação é a superexpressão da proteína p16INK4a, em consequência da atividade das oncoproteínas do HPV. Sendo assim, com o objetivo de avaliar a presença do DNA-HPV e a expressão da proteína p16INK4a em tumores de pulmão, foram utilizadas amostras de tumores de pulmão parafinados de 78 pacientes. Constatou-se que o DNA-HPV estava presente em 16,7% das amostras, em que todos apresentaram HPV 16 (100%), 5 (38,5%) foram positivas para o HPV 18 e em alguns tumores foram detectados mais de um tipo de genótipo de HPV. Quanto à presença do vírus nos diferentes tipos histológicos dos tumores, foram encontrados os seguintes resultados: 12,1% (4/33) para carcinoma de células escamosas, 20% (7/35) para adenocarcinoma e 20% (2/10) para outros tumores. Através da técnica de imunohistoquimica, verifica-se que a expressão para p16INK4a foi positiva em 100% das amostras de tumores de pulmão positivos para DNA-HPV. Os resultados demonstram a presença de DNA-HPV nos tumores de pulmão e expressão de p16INK4a, provavelmente desempenhando papel importante na carcinogênese pulmonar.


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  • O câncer de pulmão é um dos tumores mais comuns e o maior responsável pelas
    mortes decorrentes de câncer no mundo. Sabe-se que o principal agente etiológico do
    câncer de pulmão é o tabaco. Atualmente estudos vêm apresentando evidências a
    associações entre a presença do Papilomavírus humano (HPV) com diversos outros
    tipos de câncer, como o de pulmão. Devido à presença do HPV em alguns tumores de
    pulmão, existe possibilidade de o vírus estar não apenas presente, mas também
    exercendo sua atividade na carcinogênese pulmonar. Vários estudos são direcionados
    ao desenvolvimento de biomarcadores que permitam a identificação de alterações e
    transformações celulares relacionadas à infecção produtiva pelo HPV. Nos cânceres
    cervicais, o papel do HPV e seus mecanismos oncogênicos se baseiam na alteração
    do ciclo celular do hospedeiro. A interferência advém da ação das oncoproteínas virais
    E6 e E7, atuando sobre as proteínas p53 e pRb, respectivamente. Um dos produtos
    dessa interação é a superexpressão da proteína p16INK4a, em consequência da
    atividade das oncoproteínas do HPV. Sendo assim, com o objetivo de avaliar a
    presença do DNA-HPV e a expressão da oncoproteína p16INK4a em tumores de
    pulmão, foram utilizadas amostras de tumores de pulmão parafinados de 78 pacientes.
    Constatou-se que o DNA-HPV estava presente em 16,7% das amostras, em que todos
    apresentaram HPV 16 (100%), 5 (38,5%) foram positivas para o HPV 18 e em alguns
    tumores foram detectados mais de um tipo de genótipo de HPV. Quanto à presença do
    vírus nos diferentes tipos histológicos dos tumores, foram encontrados os seguintes
    resultados: 12,1% (4/33) para carcinoma de células escamosas, 20% (7/35) para
    adenocarcinoma e 20% (2/10) para outros tumores. Através da técnica de
    imunohistoquimica, verifica-se que a expressão para p16INK4a foi positiva em 100%
    das amostras de tumores de pulmão positivos para DNA-HPV. Os resultados
    demonstram a presença de DNA-HPV nos tumores de pulmão e expressão de
    p16INK4a, provavelmente desempenhando papel importante na carcinogênese
    pulmonar.

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  • LUCAS GABRIEL SOUSA SANTOS
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTINEOPLÁSICA DE NOVOS COMPOSTOS NITROAROMÁTICOS FRENTE A LINHAGENS DE CÂNCER DE PÂNCREAS EM CONDIÇÕES DE NORMÓXIA E HIPÓXIA

  • Orientador : IVAN DA ROCHA PITTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • ANTONIO FELIX DA SILVA FILHO
  • CLAUDIO CÉSAR MONTENEGRO JÚNIOR
  • LUIZA RAYANNA AMORIM DE LIMA
  • PAULO ANDRE TEIXEIRA DE MORAES GOMES
  • Data: 28/09/2023

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  • O adenocarcinoma ductal pancreático é uma neoplasia do trato gastrointestinal maligna cujos
    altos índices de mortalidade estão associados ao diagnóstico tardio e à resistência terapêutica.
    Devido a desmoplasia tecidual, característica da massa tumoral pancreática, e a um
    microambiente hipóxico, a maioria dos quimioterápicos são ineficazes em combater as células
    transformadas. Neste contexto, os pro-fármacos que são reduzidos e ativados em condições de
    baixas pressões de oxigênio, liberando sua forma ativa e citotóxica, podem ser testados como
    candidatos ao tratamento deste câncer. O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito
    de novas drogas nitrogenadas possivelmente ativadas por hipóxia, buscando alternativas ao
    tratamento do adenocarcinoma ductal pancreático. Ensaios de viabilidade celular por
    citometria de fluxo foram realizados com as linhagens celulares PANC-1 e MIA PaCa-2 para
    a triagem de vinte e seis moléculas nitrogenadas possivelmente ativadas por hipóxia. Uma vez
    determinadas as moléculas com maior citotoxicidade, a análise das consequências do
    tratamento sobre as linhagens foi executada através dos ensaios clonogênico, migração e
    transição epitélio mesenquimal. A análise do percentual de morte provocada pelas moléculas
    escolhidas foi realizada por citometria de fluxo através de marcação de iodeto de propídeo. Os
    resultados revelaram que duas moléculas apresentaram redução do IC50 quando em condições
    hipóxicas. As moléculas que foram ativadas pela atmosfera hipóxica e que consequentemente
    apresentaram redução do IC50 foram os derivados EANB e o EAN 3 . As moléculas EANB e
    EAN 3 foram escolhidas para participarem dos experimentos clonogênico, migração celular, e
    transição epitélio mesenquimal. Ambas as moléculas mostraram boa atividade inibitória na
    formação de novos clones no ensaio clonogênico, com destaque para a condição hipóxica
    principalmente na concentração de 50 µM. O ensaio de migração revelou uma atividade
    antimigratória da molécula EANB na linhagem de PANC principalmente em hipóxia nas duas
    concentrações testadas de 25 µM e 50 µM. No ensaio de transição epitélio-mesenquimal, as
    duas moléculas foram capazes de reduzir a expressão da proteína vimentina em hipoxia,
    principalmente no tempo de 24 horas. As duas moléculas mostraram bons resultados nos
    ensaios realizados. Estudos complementares devem ser elaborados para a comprovação da
    eficácia das duas moléculas, para que possam seguir para estudos in vivo.


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  • O adenocarcinoma ductal pancreático é uma neoplasia do trato gastrointestinal maligna cujos
    altos índices de mortalidade estão associados ao diagnóstico tardio e à resistência terapêutica.
    Devido a desmoplasia tecidual, característica da massa tumoral pancreática, e a um
    microambiente hipóxico, a maioria dos quimioterápicos são ineficazes em combater as células
    transformadas. Neste contexto, os pro-fármacos que são reduzidos e ativados em condições de
    baixas pressões de oxigênio, liberando sua forma ativa e citotóxica, podem ser testados como
    candidatos ao tratamento deste câncer. O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito
    de novas drogas nitrogenadas possivelmente ativadas por hipóxia, buscando alternativas ao
    tratamento do adenocarcinoma ductal pancreático. Ensaios de viabilidade celular por
    citometria de fluxo foram realizados com as linhagens celulares PANC-1 e MIA PaCa-2 para
    a triagem de vinte e seis moléculas nitrogenadas possivelmente ativadas por hipóxia. Uma vez
    determinadas as moléculas com maior citotoxicidade, a análise das consequências do
    tratamento sobre as linhagens foi executada através dos ensaios clonogênico, migração e
    transição epitélio mesenquimal. A análise do percentual de morte provocada pelas moléculas
    escolhidas foi realizada por citometria de fluxo através de marcação de iodeto de propídeo. Os
    resultados revelaram que duas moléculas apresentaram redução do IC50 quando em condições
    hipóxicas. As moléculas que foram ativadas pela atmosfera hipóxica e que consequentemente
    apresentaram redução do IC50 foram os derivados EANB e o EAN 3 . As moléculas EANB e
    EAN 3 foram escolhidas para participarem dos experimentos clonogênico, migração celular, e
    transição epitélio mesenquimal. Ambas as moléculas mostraram boa atividade inibitória na
    formação de novos clones no ensaio clonogênico, com destaque para a condição hipóxica
    principalmente na concentração de 50 µM. O ensaio de migração revelou uma atividade
    antimigratória da molécula EANB na linhagem de PANC principalmente em hipóxia nas duas
    concentrações testadas de 25 µM e 50 µM. No ensaio de transição epitélio-mesenquimal, as
    duas moléculas foram capazes de reduzir a expressão da proteína vimentina em hipoxia,
    principalmente no tempo de 24 horas. As duas moléculas mostraram bons resultados nos
    ensaios realizados. Estudos complementares devem ser elaborados para a comprovação da
    eficácia das duas moléculas, para que possam seguir para estudos in vivo.

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  • RUANY CRISTYNE DE OLIVEIRA SILVA
  • AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO BIOLÓGICA DE VARIANTES DO ONCOGENE E5 DOS PAPILOMAVÍRUS HUMANO TIPOS 16 E 31 ASSOCIADOS À CARCINOGÊNESE CERVICAL EM MULHERES NO ESTADO DE PERNAMBUCO

  • Orientador : ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • BRENO CALDAS DE ARAUJO
  • JACINTO DA COSTA SILVA NETO
  • MARCUS VINICIUS DE ARAGÃO BATISTA
  • MARIA ANGELICA RAMOS DA SILVA
  • Data: 06/10/2023

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  • O câncer cervical é um tumor muito relacionado à infecção crônica do papilomavírus humano de alto risco (hrHPV), cujo papel carcinogênico é atribuído à atividade de seus oncogenes E5, E6 e E7. Para isso, o E5 apresenta funções essenciais, pois é capaz de suportar os efeitos oncogênicos do E6 e do E7 por meio da interação com proteínas-chave para desregular processos celulares centrais, como atividade mitogênica, apoptose, resposta imune e sinalização intracelular. Uma dessas proteínas-alvo é a caveolina-1 (cav-1), capaz de regular vários processos relacionados ao câncer, ligando-se a moléculas de superfície e intracelulares que atuam na sinalização de transdução. A outra proteína é a ciclooxigenase-2 (COX-2), que em níveis elevados estão associados com metástases e à diminuição da taxa de sobrevida total, contribuindo com o desenvolvimento do câncer por causa da sua ação pró-inflamatória. Portanto, o presente estudo investiga variantes do oncogene E5 dos HPV 16 e 31 e seus efeitos funcionais e de expressão, a fim de identificar possíveis repercussões dessas variantes no processo infeccioso e carcinogênico. Nesse sentido, foi realizada cultura e transfecção das células HEK293, para avaliar o efeito da via NF-kB mediada pelo ocogene E5 e suas variantes através da dosagem da luminescência gerada pelo equipamento. O produto da trasfecção também foi usado para avaliar a expressão do gene CAV-1, COX-2 e do oncogene E5 medida por qPCR. Foi observado que em todas as variantes do E5HPV31, a atividade da via NF-kB foi aumentada em comparação ao protótipo. A diferença significativa entre as médias dos grupos analisados resultou em um p-valor: 0,04. O gene CAV-1 foi regulado negativamente quando na presença de E5HPV16 e regulado positivamente quando na presença de E5HPV31. Tem sido relatado que a expressão de CAV-1 muda dependendo do tecido e estágio do tumor. O resultado da expressão de COX-2 foi maior em uma variante derivada de uma amostra com uma lesão de alto grau (NIC III). A expressão do oncogene E5 nos diferentes genótipos (HPV 16 e 31) mostrou que altos níveis do transcrito de E5 pode ser encontrado também em amostras de lesão de alto grau. Este tipo de estudo fornece uma base para a compreensão de possíveis mecanismos associados aos efeitos do E5 na carcinogênese.


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  • O câncer cervical é um tumor muito relacionado à infecção crônica do papilomavírus humano de alto risco (hrHPV), cujo papel carcinogênico é atribuído à atividade de seus oncogenes E5, E6 e E7. Para isso, o E5 apresenta funções essenciais, pois é capaz de suportar os efeitos oncogênicos do E6 e do E7 por meio da interação com proteínas-chave para desregular processos celulares centrais, como atividade mitogênica, apoptose, resposta imune e sinalização intracelular. Uma dessas proteínas-alvo é a caveolina-1 (cav-1), capaz de regular vários processos relacionados ao câncer, ligando-se a moléculas de superfície e intracelulares que atuam na sinalização de transdução. A outra proteína é a ciclooxigenase-2 (COX-2), que em níveis elevados estão associados com metástases e à diminuição da taxa de sobrevida total, contribuindo com o desenvolvimento do câncer por causa da sua ação pró-inflamatória. Portanto, o presente estudo investiga variantes do oncogene E5 dos HPV 16 e 31 e seus efeitos funcionais e de expressão, a fim de identificar possíveis repercussões dessas variantes no processo infeccioso e carcinogênico. Nesse sentido, foi realizada cultura e transfecção das células HEK293, para avaliar o efeito da via NF-kB mediada pelo ocogene E5 e suas variantes através da dosagem da luminescência gerada pelo equipamento. O produto da trasfecção também foi usado para avaliar a expressão do gene CAV-1, COX-2 e do oncogene E5 medida por qPCR. Foi observado que em todas as variantes do E5HPV31, a atividade da via NF-kB foi aumentada em comparação ao protótipo. A diferença significativa entre as médias dos grupos analisados resultou em um p-valor: 0,04. O gene CAV-1 foi regulado negativamente quando na presença de E5HPV16 e regulado positivamente quando na presença de E5HPV31. Tem sido relatado que a expressão de CAV-1 muda dependendo do tecido e estágio do tumor. O resultado da expressão de COX-2 foi maior em uma variante derivada de uma amostra com uma lesão de alto grau (NIC III). A expressão do oncogene E5 nos diferentes genótipos (HPV 16 e 31) mostrou que altos níveis do transcrito de E5 pode ser encontrado também em amostras de lesão de alto grau. Este tipo de estudo fornece uma base para a compreensão de possíveis mecanismos associados aos efeitos do E5 na carcinogênese.

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  • DAFFANY LUANA DOS SANTOS
  • Análise do papel do Papilomavírus Humano no contexto do Microambiente Tumoral do câncer de mama

  • Orientador : ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • JACINTO DA COSTA SILVA NETO
  • PAULO EUZEBIO CABRAL FILHO
  • BRENO CALDAS DE ARAUJO
  • ELEONIDAS MOURA LIMA
  • Data: 01/11/2023

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  • O câncer de mama representa a neoplasia mais comum em todo o mundo. As infecções virais estão envolvidas com a carcinogênese, especialmente aquelas causadas por genótipos oncogênicos do Papilomavírus Humano (HPV). A relação entre o HPV e diversos tipos de câncer, como de mama e de pulmão, ainda requer mais estudos. Após a infecção pelo HPV, ocorre um remodelamento do microambiente tumoral, proporcionando uma alteração pós-infecção com características imunossupressoras. Este estudo buscou avaliar a expressão dos genes JAK2, STAT3, STAT4, STAT6, FOXO4, em amostras de tumores com e sem a presença do HPV, além de analisar o papel do HPV na linhagem celular de adenocarcinoma de mama (MDA-MB-231), transfectada com os oncogenes E5, E6 e E7 do HPV16 e co-cultivada com PBMCs. Foi realizada RT-qPCR e imunofenotipagem.  Na presença do HPV houve menor expressão dos genes STAT4, JAK2, STAT3 e STAT6. Ocorreu maior expressão de STAT4, quando comparado aos demais. Houve aumento no número de células T CD4+ quando estimuladas com MDA-MB-231 não transfectadas e transfectadas, especialmente o perfil Treg. Além disso, citocinas intracelulares pró-inflamatórias, como IFN-γ, TNF-α e IL-17 foram prejudicadas pelas células transfectadas e uma diminuição na atividade citolítica dos linfócitos CD8+ e CD56+ também foi observada na presença de oncogenes do HPV, principalmente com E6 e E7 em células NK e E5 em células TCD8+. Em conclusão, a linhagem de células mamárias MDA-MB-231 transfectadas com oncogenes de HPV pode regular negativamente o número e a função de linfócitos e monócitos.


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  • O câncer de mama representa a neoplasia mais comum em todo o mundo. As
    infecções virais estão envolvidas com a carcinogênese, principalmente aquelas
    causadas por genótipos oncogênicos do Papilomavírus Humano (HPV). A relação entre
    o HPV e diversos tipos de câncer, como o de mama e pulmão, ainda carece de mais
    estudos. Após a infecção pelo HPV, ocorre um remodelamento do microambiente
    tumoral, proporcionando uma alteração pós-infecção com características
    imunossupressoras. Este estudo avaliou o papel do HPV na linhagem de células de
    adenocarcinoma de mama (MDA-MB-231), transfectadas com os oncogenes HPV16
    E5, E6 e E7 e co-cultivadas com PBMC. Foram realizados ensaios de expressão
    gênica e imunofenotipagem. Houve aumento de células T CD4+ quando estimuladas
    com MDA-MB-231 transfectado e não transfectado e maior expressão de CD4+ contra
    E5. Houve aumento de IL-10 por E5 e aumento de TNF-α em monócitos. Também foi
    observada diminuição da atividade citolítica na presença dos genes do HPV,
    principalmente com E6 e E7 nas células NK e E5 nas células TCD8+. Concluímos que
    o E5 demonstrou ser um imunomodulador no câncer de mama infectado pelo HPV. Já
    o E6 e o E7 atuam reduzindo a expressão de monócitos e linfócitos, levando-os a
    produzir altos níveis de TNF e IFN.

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  • JOSE CLEBERSON SANTOS SOARES
  • SÍNTESE, CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIPROLIFERATIVA DE NOVOS DERIVADOS INDOL-TIAZÓLICOS LIVRES E ENCAPSULADOS EM NANOPARTÍCULAS POLIMÉRICAS

  • Orientador : MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANEKECIA LAURO DA SILVA
  • DIJANAH COTA MACHADO
  • MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • RICARDO OLIMPIO DE MOURA
  • ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
  • Data: 14/11/2023

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  • Os núcleos heterocíclicos indol e tiazol ocupam posição de destaque no campo da química medicinal, estando presentes tanto em fármacos já utilizados na clínica como em novas moléculas candidatas à fármaco. São amplamente utilizados e explorados, pois, estão associados ao desempenho de múltiplas atividades biológicas. Nessa perspectiva esse trabalho propôs a síntese de 8 novos derivados indol-tiazólicos. Após obtenção dos compostos dessa série com rendimentos que variaram entre 33% e 76%, as estruturas das moléculas foram todas caracterizadas e comprovadas por meio de técnicas espectroscópicas. As análises das propriedades farmacocinéticas in sílico mostraram que sete dos oito compostos com exceção apenas do CS-06 (p-Ph) apresentam parâmetros correspondentes a uma boa biodisponibilidade via oral. O potencial de interação entre os 8 novos derivados e as biomoléculas DNA e BSA foram avaliados e todos os derivados mostraram ser possíveis intercaladores com o DNA e apresentaram grau de interação com a BSA que indica bons parâmetros farmacocinéticos. Os compostos também foram avaliados quanto ao potencial antioxidante apresentando resultados moderados nos testes com DPPH e bons resultados nos testes com ABTS+ , com destaque para o CS-04 (p-Br). Avaliando-se a atividade antifúngica in vitro foram obtidos valores semelhantes e por vezes superiores ao controle positivo utilizado, que nesse caso foi o Fluconazol, com destaque para o CS03(p-NO2), CS-04(p-Br) e CS-07(p-CF3). A avaliação in vitro quanto a viabilidade celular em macrófagos J774 mostrou que a maioria dos compostos apresentam baixo grau de toxicidade. Quando avaliados nas seguintes células transformadas: MCF-7 (adenocarcinoma de mama humano), T-47D (carcinoma ductal infiltrante de mama), DU-145 (Carcinoma prostático) e Jurkat (Células T de leucemia aguda), o composto que se destacou nesses testes foi o CS-03 (p-NO2), chegando a apresentar índice de seletividade de 113, mas além dessa molécula os compostos CS-01(p-F), , CS-07 (pCF3) e o CS-08 (p-OCH3), apresentaram valores próximos e até superiores a Doxorrubicina que foi utilizada como controle positivo. Foi desenvolvido com sucesso um método de validação para quantificar os compostos em HPLC-UV obtendo-se parâmetros referentes a seletividade, linearidade, limite de detecção, limite de quantificação, carry-over, exatidão, precisão e robustez, o que contribuiu para andamento dos demais experimentos. Foram desenvolvidos e caracterizados dois tipos de nanopartículas que variaram na composição do polissacarídeo utilizado, sendo elas DEX-ETCA e FUC-ETCA, contendo os compostos CS-03(p-NO2) ou CS-08 (p- OCH3), que apresentaram tamanho em torno de 170 - 441nm, PDI de 0,059 a 0,193, carga superficial em torno de -63 a +15mV, e taxa de encapsulamento dos compostos em suas respectivas nanopartículas obtendo-se valores em torno de 70%, o que possibilita a utilização dessas nanopartículas nos experimentos futuros. Os resultados mostram que os scaffolds indol e tiazol são promissores quando condensados em uma única molécula, destacando-se na série sintetizada o composto CS-03 (p-NO2) e que o encapsulamento dos compostos nas nanopartículas propostas, que foi obtido com êxito, pode contribuir para otimização de parâmetros físico-químicos e farmacocinéticos, otimizando as atividades biológicas investigadas.


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  • Os núcleos heterocíclicos indol e tiazol ocupam posição de destaque no campo da
    química medicinal, estando presentes tanto em fármacos já utilizados na clínica como
    em novas moléculas candidatas à fármaco. São amplamente utilizados e explorados,
    pois, exercem atividade antiparasitária, anti-inflamatória, antibacteriana, antifúngica e
    entre outras, uma potencial atividade antitumoral. Nessa perspectiva esse trabalho
    propôs a síntese através da expansão molecular da tiossemicarbazida, seguida por
    restrição molecular da tiossemicarbazona, conduzindo para a formação do tiazol, tendo
    o composto não substituído como referência e outras sete substituições, sendo elas F,
    Cl, NO 2 , Br, Ph, CF 3 , OCH 3 , totalizando 8 novas moléculas. Após obtenção dos
    compostos dessa série com rendimentos que variaram entre 33% e 76%, as estruturas
    das moléculas foram todas caracterizadas e comprovadas por RMN 1 H, RMN 13 C e IV.
    As análises das propriedades farmacocinéticas in sílico mostraram que sete dos oito
    compostos com exceção apenas do CS-06 (p-Ph) apresentam parâmetros
    correspondentes a uma boa biodisponibilidade via oral. O potencial de interação entre
    os 8 novos derivados e as biomoléculas DNA e BSA foram avaliados e todos os
    derivados mostraram ser intercaladores com o DNA e apresentaram bom grau de
    interação com a BSA. Os compostos também foram avaliados quanto ao potencial
    antioxidante apresentando resultados moderados nos testes com DPPH e bons
    resultados nos testes com ABTS + , com destaque para o CS-04 (p-Br). A avaliação
    quanto a viabilidade celular em macrófagos J774 mostrou que os compostos apresentam
    baixo grau de toxicidade. Quando avaliados nas seguintes células transformadas: MCF-
    7 (adenocarcinoma de mama humano), T-47D (carcinoma ductal infiltrante de mama),
    MDA-MB-231 (adenocarcinoma de mama metastático humano) DU-145 (Carcinoma
    prostático) e Jurkat (Células T de leucemia aguda), os compostos que se destacaram
    foram o CS-01(p-F), CS-03(p-NO 2 ), CS-07(p-CF 3 ) e o CS-08(p-OCH 3 ), apresentando
    valores próximos e até superiores a Doxorrubicina que foi utilizada como controle
    positivo. Avaliando-se a atividade antifúngica foram obtidos valores semelhantes e por
    vezes superiores ao controle positivo utilizado, que nesse caso foi o Fluconazol, com
    destaque para o CS-03(p-NO 2 ), CS-04(p-Br) e CS-07(p-CF 3 ). Foi desenvolvido com
    sucesso um método de validação para quantificar os compostos em HPLC-UV obtendo-
    se parâmetros referentes a seletividade, linearidade, limite de detecção, limite de

    quantificação, carry-over, exatidão, precisão e robustez, o que contribuiu para
    andamento dos demais experimentos. Foram desenvolvidos e caracterizados dois tipos
    de nanopartículas que variaram na composição do polímero utilizado, sendo elas DEX-
    ETCA e FUC-ETCA, contendo os compostos CS-03(p-NO 2 ) ou CS-08(p-OCH 3 ), que
    apresentaram tamanho em torno de 170 - 441nm, PDI de 0,059 a 0,193, e carga
    superficial em torno de -63 a +15mV, e taxa de encapsulamento dos compostos em
    suas respectivas nanopartículas obtendo-se valores em torno de 70%, o que possibilita a
    utilização dessas nanopartículas nos experimentos futuros. Os resultados mostram que
    os scaffolds indol e tiazol são promissores quando condensados em uma única molécula
    e que o encapsulamento dos compostos nas nanopartículas propostas foi obtido com
    êxito, o que pode contribuir para otimização de parâmetros físico-químicos e
    farmacocinéticos.

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  • KLEWDMA DE FREITAS ARAUJO
  • ESTUDO IN VITRO DAS ATIVIDADES CITOTÓXICA E ANTI-LEISHMANIA DA FRAXETINA FRENTE ESPÉCIE DE Leishmania (L.) infantum E POTENCIAIS MECANISMOS MOLECULARES

  • Orientador : CLAUDIO GABRIEL RODRIGUES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CLAUDIO GABRIEL RODRIGUES
  • ERWELLY BARROS DE OLIVEIRA
  • FABIANA APARECIDA CAVALCANTE SILVA
  • IRANILDO JOSE DA CRUZ FILHO
  • JANILSON JOSE DA SILVA JUNIOR
  • Data: 12/12/2023

  • Mostrar Resumo
  • A leishmaniose é uma doença tropical negligenciada que atinge milhares de pessoas ao redor do
    mundo, principalmente as populações economicamente vulneráveis. Os tratamentos disponíveis
    são limitados e a letalidade ainda é crescente, especialmente no Brasil com elevada ocorrência da
    forma visceral da doença causada pela espécie Leishmania infantum, que também é responsável
    pelo aparecimento de formas cutâneas (atípicas ou não ulceradas) em alguns países da América
    Central. Logo, tem sido intensificada a busca por novos fitoterápicos com atividade
    antileishmania e com baixa toxicidade através de estudos com metabólitos de plantas. A
    fraxetina (6-metoxi-7,8-dihidroxicumarina) é uma cumarina simples (trissubstituída), que
    apresenta atividades biológicas já estabelecidas, porém a atividade antileishmania ainda não foi
    relatada. O principal objetivo deste trabalho foi estudar a atividade antileishmania da fraxetina
    frente cepa de L. infantum e correlacionar com possíveis mecanismos moleculares. Formas
    promastigotas de L. infantum (2 x 106 parasitas/mL) foram testadas com a fraxetina em
    diferentes concentrações (0,195 a 100 μg/mL) para determinação da IC50 pelo método
    colorimétrico do MTT. Anfotericina B foi utilizada como controle positivo e o DMSO como
    controle negativo. Avaliou-se o efeito da fraxetina (50 μM) sobre a proliferação da linhagem de
    células HeLa. A fraxetina apresentou IC50 de 6,25 μg/mL, com redução do crescimento dos
    parasitos in vitro em função do tempo de cultivo e não foi citotóxica para as células HeLa.
    Quanto à análise proteômica, a realização do estudo do perfil de proteínas acumuladas pelos
    parasitos sob ação da fraxetina (IC50), foi realizada com a extração proteica de amostras tratadas
    e não tratadas aplicadas em quintuplicata em um sistema de mini-gel de poliacrilamida (SDSPAGE)
    e posteriormente coradas com azul de Coomassie. Em seguida esse gel foi cortado e
    submetido a técnica de LC-MS/MS e como resultados, foi obtido um total de 1.565 proteínas,
    destas 359 tiveram diferenças de expressão após o tratamento com a fraxetina, tendo-se
    observado aumento de expressão em 144 proteínas e expressão reprimida em 215. Essas
    proteínas foram analisadas por ontologia genética utilizando-se o programa Blast2GO e
    classificadas em três níveis: componente celular, função molecular e processo biológico. A
    fraxetina foi capaz de induzir importantes alterações com repercussões no metabolismo do
    parasito, embora estudos subsequentes sejam necessários para que se possa considerá-la como
    um potente candidato antileishmania


  • Mostrar Abstract
  • A leishmaniose é uma doença tropical negligenciada que atinge milhares de pessoas ao
    redor do mundo, principalmente as populações economicamente vulneráveis. Os
    tratamentos disponíveis são limitados e a letalidade ainda é crescente, especialmente no
    Brasil com elevada ocorrência da forma visceral da doença causada pela espécie
    Leishmania (L.) infantum, que também é responsável pelo aparecimento de formas
    cutâneas (atípicas ou não ulceradas) em alguns países da América Central. Logo, tem sido
    intensificada a busca por novos fitoterápicos com atividade leishmanicida e com baixa
    toxicidade através de estudos com metabólitos de plantas. A fraxetina (6-metoxi-7,8-
    dihidroxicumarina), é uma cumarina simples (trissubstituída), que apresenta atividades
    biológicas já estabelecidas, porém a atividade antileishmania ainda não foi relatada. O
    principal objetivo deste trabalho foi estudar a atividade leishmanicida da fraxetina frente
    cepa de L. (L.) infantum e correlacionar com possíveis mecanismos moleculares. Formas
    promastigotas de L. (L.) infantum (1 x 106

    parasitas/mL) foram testadas com a fraxetina
    em diferentes concentrações (0,195 a 100 μg/mL) para determinação da IC50 pelo método
    colorimétrico do MTT. Anfotericina B foi utilizada como controle positivo e o DMSO
    como controle negativo. Avaliou-se, pela primeira vez, o efeito da fraxetina (50 μM)sobre
    a proliferação da linhagem de células HeLa. A fraxetina apresentou IC50 de 6,25 μg/mL,
    com redução do crescimento dos parasitos in vitro em função do tempo de cultivo e não
    foi citotóxica para as células HeLa. Quanto à análise proteômica, a realização do estudo
    do perfil de proteínas expressas pelos parasitos sob ação da fraxetina (IC50), foi realizada
    com a extração proteica de amostras tratadas e não tratadas aplicadas em quintuplicata
    em um sistema de mini-gel de poliacrilamida (SDS-PAGE) e posteriormente coradas com
    azul de Coomassie. Em seguida esse gel foi cortado e submetido a técnica de LC-MS/MS
    e como resultados, foi obtido um total de 1.586 proteínas, destas 392 tiveram diferenças
    de expressão após o tratamento com a fraxetina, tendo-se observado aumento de
    expressão em 163 proteínas e expressão reprimida em 229. Essas proteínas foram
    analisadas por ontologia genética utilizando-se o programa Blast2GO e classificadas em
    três níveis: componente celular, função biológica e processo biológico. A fraxetina foi
    capaz de induzir importantes alterações com repercussões no metabolismo do parasito,
    embora estudos subsequentes sejam necessários para que se possa considerá-la como um
    potente candidato leishmanicida.

20
  • AIANY MARIA QUEIROZ FELIX
  • BIOSSENSOR IMPEDIMÉTRICO BASEADO NO NANOCOMPÓSITO METAL-ORGÂNICO ZIF-8/905% COM NANOTUBOS DE CARBONO ASSOCIADOS A CONCANAVALINA A PARA DETECÇÃO DE ALFA FETOPROTEÍNA SÉRICA

  • Orientador : CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
  • FAUSTHON FRED DA SILVA
  • IVANI MALVESTITI
  • MICHELLE MELGAREJO DA ROSA
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • Data: 21/12/2023

  • Mostrar Resumo
  • Evoluções envolvendo aplicação de novas tecnologias na área da saúde se mostram capazes de aprimorar diagnósticos que antes seriam dispendiosos e complexos, melhorando prognósticos. Dispositivos sensores são dessa forma empregados para mensurar com eficiência, sensibilidade e seletividade analitos-alvos, elementos de biorreconhecimento podem ser empregados nestes dispositivos, originando assim os biossensores. Com a evolução dos biossensores, a busca por novos materiais com propriedades adequadas e melhor custo-benefício se mantém constante, destacando-se as estruturas metal-orgânicas (MOFs), nanomateriais cristalinos e porosos, com íons metálicos e ligantes orgânicos interligados, os quais através de ligações coordenadas formam uma rede tridimensional (3D), e sua grande área superficial favorece a imobilização de biomoléculas, como proteínas, a exemplo da Concanavalina A (ConA), que possui propriedades de interação com resíduos de carboidratos, D-glicose e D-manose, detectando diferenças nestes, ainda que sutis. Neste contexto, este trabalho se propôs a desenvolver uma nova plataforma biossensora, construída a partir de um nanocompósito baseado em uma MOF de ligante híbrido (ZIF-8-905%) e nanotubos de carbono de paredes múltiplas funcionalizados com grupos carboxílicos (MWCNTs-COOH), utilizando a ConA como elemento de bioreconhecimento. A MOF foi sintetizada a partir de um método solvotermal, caracterizada estruturalmente empregando as técnicas: espectroscopia de absorção na região do infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) e análise termogravimétrica (TGA), comprovando que o nanomaterial foi obtido. Na etapa seguinte, realizou-se a construção do biossensor com eletrodeposição do nanocompósito ZIF-8/905%/MWCNTs-COOH, seguido de imobilização da lectina Concanavalina A (ConA). Nessa fase foram empregadas como técnicas: microscopia de força atômica (AFM) para avaliação morfológica da plataforma; voltametria cíclica (VC), voltametria de onda quadrada (SWV) e espectroscopia de impedância eletroquímica (EIS) para avaliação eletroquímica. O biossensor foi aplicado com sucesso frente às amostras contendo o analito alfa-fetoproteína (AFP), em soro sintético, diperso em soro de pacientes saudáveis e soro de pacientes portadores de carcinoma pulmonar, demonstrando especificidade, seletividade e sensibilidade, inclusive na presença de interferentes. O eletrodo modificado apresentou resposta na faixa linear 10-100 ng/mL, alcançando o limite de detecção (LOD) 7.98 ng/mL e limite de quantificação (LQ) 24.20 ng/mL.


  • Mostrar Abstract
  • As evoluções ocorridas nos últimos anos envolvendo a aplicação de novas tecnologias na área da
    saúde se mostram capazes de aprimorar os diagnósticos que antes seriam dispendiosos e
    complexos, e consequentemente melhorar prognósticos, sensores são dessa forma empregados
    para mensurar com eficiência, sensibilidade e seletividade um analito-alvo, sobre a superfície
    desses dispositivos podem ser imobilizadas proteínas, funcionando como elementos de
    bioreconhecimento, como por exemplo a Concanavalina A (ConA) que possui propriedades
    específicas de interação com resíduos de carboidratos, D-glicose e D-manose, livres ou
    conjugados, sendo capazes de detectar diferenças, ainda que sutis de sua presença. Com toda a
    evolução dos biossensores, a busca por novos materiais com propriedades adequadas e melhor
    relação custo-benefício se mantém constante, destacando-se as estruturas metal-orgânicas
    (MOFs), nanomateriais cristalinos e porosos, com estrutura consistindo em íons metálicos e
    ligantes orgânicos interligados através de ligações coordenadas formando uma rede
    tridimensional (3D) e grande área superficial favorecendo a imobilização de biomoléculas. Nesta
    Tese, foi desenvolvida uma nova plataforma biossensora construída a partir de um
    nanocompósito baseado em uma MOF de ligante híbrido (ZIF-8-905%) e nanotubos de carbono
    de paredes múltiplas funcionalizados com grupos carboxílicos (MWCNTs-COOH). A MOF foi
    sintetizada a partir de um método solvotermal, caracterizada estruturalmente e morfologicamente

    empregando diferentes técnicas, tais como: espectroscopia de absorção na região do ultravioleta-
    visível (UV-Vis), espectroscopia de absorção na região do infravermelho com transformada de

    Fourier (FTIR), difração de raios-X (DRX) e termogravimetria (TGA), comprovando que o
    nanomaterial híbrido foi obtido de forma adequada, com suas propriedades, como alta
    cristalinidade, porosidade e área superficial, estabilidade térmica e química, preservadas. Na
    etapa seguinte, realizou-se a construção do biossensor por meio de eletrodeposição do
    nanocompósito ZIF-8/905%/MWCNTs-COOH, obtido a partir da associação entre as
    nanoestruturas ZIF-8-905% e MWCNTs-COOH, sobre a superfície do eletrodo de trabalho,
    seguido da imobilização da lectina Concanavalina A (ConA), nessa fase foram empregadas
    técnicas eletroquímicas, como: voltametria cíclica (VC), voltametria de onda quadrada (SWV) e
    espectroscopia de impedância eletroquímica (EIS), além da microscopia de força atômica (AFM)
    para análise topográfica. O biossensor foi aplicado com sucesso frente às amostras contendo o
    analito-alvo alfa-fetoproteína (AFP), sendo possível reconhecer o analito em amostras de soro
    sintético, soro humano contaminado e soro de pacientes portadores de carcinoma pulmonar,
    demonstrando especificidade e sensibilidade inclusive quando na presença de interferentes. O
    eletrodo modificado com ZIF-8/905%/MWCNTs-COOH apresentou resposta na presença de
    AFP, na faixa linear 10-100 ng/mL, com limite de detecção de 7.98 ng/mL e limite de
    quantificação de 24.20 ng/mL. Os resultados demostraram a sensibilidade, especificidade e
    seletividade do biossensor quando exposto ao analito, sendo, portanto, eficiente nas análises
    propostas.

2022
Dissertações
1
  • JÚLIA SAMARA FERREIRA DA SILVA
  • ISOLAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DO POLISSACARÍDEO OBTIDO DE Sterculia foetida L.

  • Orientador : JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • AMANDA DAMASCENO LEÃO
  • JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • KARINA PERRELLI RANDAU
  • Data: 27/01/2022

  • Mostrar Resumo
  • Polímeros são produtos promissores para aplicação industrial nas mais diversas áreas,
    como alimentícia, cosmética e farmacêutica. Entre os diversos materiais existentes,
    estão em destaque os polissacarídeos, que podem ser obtidos a partir de fontes vegetais
    ou animais, apresentam propriedades únicas e diversas vantagens, como
    biodegradabilidade, baixa toxicidade, abundância na natureza e baixo custo de
    obtenção, além de serem obtidos de fontes renováveis. A árvore Sterculia foetida L. é
    uma espécie nativa da Ásia, cultivada em países como Índia e Sri Lanka, introduzida no
    Brasil como árvore ornamental. A partir do exsudato produzido desta árvore, é obtido o
    polissacarídeo goma Sterculia foetida (GSF), que apresenta propriedades gelificantes,
    espessantes, mocoadesivo, estabilizante e aplicado como matriz polimérica em sistemas
    de liberação de fármacos. No entanto, é um polímero pouco explorado na literatura. O
    presente estudo teve como objetivo aprimorar um método de isolamento da goma
    Sterculia foetida e caracterizar o biopolímero obtido, a fim de obter informações a
    respeito deste novo material. Para o isolamento e purificação do material foram
    realizados 3 protocolos: iniciando com a separação do exsudato e cascas, seguido de
    dissolução, agitação, filtração, precipitação e secagem (1); dissolução, agitação,
    aquecimento por curto período (2 h), filtração, precipitação e secagem (2); dissolução,
    agitação, aquecimento por longo período (24 h), filtração, precipitação e secagem (3). O
    protocolo 3 foi o que apresentou maior rendimento (40,5%) e foi selecionado para
    caracterização. O polissacarídeo obtido foi caracterizado por espectroscopia do
    infravermelho por transformada de Fourier (FTIR), análise de textura, determinação de
    tamanho por Cromatografia de permeação em gel (GPC) e foi realizada a identificação
    fitoquímica por métodos colorimétricos de determinação de alcaloides, taninos e fenóis,
    ácidos orgânicos e açúcares redutores. A goma isolada apresentou resultado positivo
    para ácidos orgânicos e açúcares redutores, e ausência de alcaloides, saponinas, taninos
    e fenóis. A espectroscopia do infravermelho mostrou que a goma apresenta
    grupamentos funcionais característicos de gomas naturais (grupos alifáticos) e de gomas
    Sterculia (grupamentos carbonila e acetil). A GSF apresentou Mw de 1,20 x 107 e
    índice de polidispersão (IPD) de 5,8. Na análise de textura, foram identificados dureza
    (11,43 ± 0,13), consistência (136,43 ± 1,40), coesividade (- 7,18 ± 0,18) e índice de
    viscosidade (-8,13 ± 0,75) em solução de 1% p/v. Desta forma, com o protocolo
    utilizado no presente estudo, a goma apresentou um bom rendimento, características
    presentes em gomas Sterculia (grupos funcionais, tamanho, textura) e apresenta
    potencial para aplicação no isolamento do polissacarídeo Sterculia foetida L.


  • Mostrar Abstract
  • Polissacarídeos são materiais promissores para aplicação industrial nas mais diversas
    áreas, como alimentícia, cosmética e farmacêutica. Entre os diversos materiais
    existentes, estão em destaque os polissacarídeos naturais, por suas propriedades únicas e
    diversas vantagens, como biodegradabilidade, atoxicidade, abundância na natureza e
    baixo custo de obtenção. A goma Sterculia foetida (GSF), oriunda do exsudato desta
    espécie de árvore, é um polímero que apresenta tais características, em especial,
    propriedades gelificantes, espessantes e aplicação como matriz polimérica em sistemas
    de liberação de fármacos. O presente estudo teve como objetivo desenvolver um método
    de isolamento da goma Sterculia foetida e realizar a caracterização da goma obtida, a
    fim de obter novas informações a respeito deste novo material. Foram efetuadas 3
    metodologias de isolamento: dissolução, agitação, filtração, precipitação e secagem (1);
    dissolução, agitação, aquecimento por curto período, filtração, precipitação e secagem
    (2); dissolução, agitação, aquecimento por longo período, filtração, precipitação e
    secagem (3). A metodologia 3 obteve maior rendimento (40,5%) e foi selecionada para
    caracterização. O polissacarídeo obtido foi caracterizado quanto a espectroscopia do
    infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) e perfil fitoquímico pela presença de
    alcaloides, taninos e fenóis, ácidos orgânicos e açúcares redutores. A goma apresentou
    resultado positivo para ácidos orgânicos e açúcares redutores. A espectroscopia do
    infravermelho mostrou que a goma apresenta grupamentos funcionais característicos de
    gomas naturais e de gomas Sterculia. Desta forma, o material isolado apresentou
    características presentes em gomas Sterculia e atendeu os requisitos de qualidade quanto
    a análise fitoquímica para aplicação na área alimentícia e farmacêutica.

2
  • ANA CARINE DE MIRANDA RIOS
  • Produção da porção protease da proteína NS3 do vírus da Zika

  • Orientador : ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDRE LUIZ SANTOS DE JESUS
  • ANTONIO CARLOS DE FREITAS
  • CHRISTIAN ROBSON DE SOUZA REIS
  • Data: 28/01/2022

  • Mostrar Resumo
  • O vírus da Zika (ZIKV) foi responsável por surtos da doença nos últimos anos, principalmente no Brasil, associado aos casos de microcefalia e a síndrome de Guillain-Barré. Este cenário apontou para a  necessidade de investigar estratégias vacinais, drogas anti-virais e métodos de diagnóstico, visto que, as medidas profiláticas de controle de disseminação do mosquito- vetor são pouco efetivas, sobretudo em países subdesenvolvidos. A grande maioria das estratégias utilizadas para o vírus da Zika foram oriundas do vírus da Dengue, como por exemplo as estratégias envolvendo a proteína NS3. Esse antígeno vêm sendo estudado como um alvo interessante para diagnóstico e também para vacinas, pela presença de epítopos específicos que induzem a ativação de células T. Estudos têm apontado que esta proteína não induz efeitos de resposta exacerbada da doença, após o indivíduo ter sido contaminado previamente por outro flavívirus e já possuir anticorpos sub-neutralizantes para o mesmo. Bactérias como Escherichia coli, são muito utilizadas como biofábricas, para produção de proteínas heterólogas, com benefícios de rápido crescimento e custo baixo de manutenção. O presente trabalho visou a produção e purificação da porção protease da proteína NS3 do vírus da Zika em E. coli. O gene foi clonado no vetor de expressão pGEX-4T3 e transformado em células de E.coli BL21(DE3). SDS-PAGE e Western Blot foram utilizados para confirmar a produção. Experimentos para  purificação foram realizados através de ensaios com resina de níquel e Glutationa Sepharose, contudo, os resultados obtidos não foram suficientes para prosseguimento dos experimentos in vitro, que possibilitariam a avaliação do potencial imunoestimulatório da proteína. NS3 é apontada como importante alvo terapêutico para controle da doença, e por isso, seu uso deve continuar sendo explorado, afim de elucidar respostas acerca do seu perfil imune, visto que maioria dos estudos acerca da proteína são voltados para a sua estrutura e função.  


  • Mostrar Abstract
  • O vírus da zika foi responsável por alguns surtos da doença nos últimos anos, principalmente no Brasil, associado aos casos de microcefalia e a doença de Guillain-Barré. Com isso, é crescente a necessidade de investigar estratégias vacinais, drogas anti-virais e métodos de diagnóstico, visto que, as medidas profiláticas de controle de disseminação do mosquito- vetor são pouco efetivas. A grande maioria das estratégias utilizadas para o vírus da ZIKA (ZIKV) foram oriundas do vírus da Dengue, como a proteína NS3. Esse antígeno vêm sendo estudado como um alvo interessante para diagnóstico e vacinas, por induzir a proliferação de células T. Bactérias como E.coli, são muito utilizadas como biofábricas, para produção de proteínas heterólogas, com o benefício de possibilitarem um rápido crescimento e um custo baixo de manutenção. O presente trabalho visou a produção da proteína NS3 do vírus da ZIKA Escherichia coli e avaliação do potencial imunoestimulatóro da proteína. O gene foi clonado no vetor de expressão pGEX-4T3 e transformado em células de E.coli BL21(DE3), e o SDS-PAGE e Western Blot foram utilizados para confirmar a produção. O potencial imune e antigênico da proteína irá ser analisado, pois, a maioria dos estudos acerca de NS3 são voltados para a sua estrutura e função, necessitando da compreensão do seu potencial imune, para utilização como medida de controle da doença.  

3
  • RENATA RODRIGUES DE CARVALHO
  • CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA E HISTOQUÍMICA DOS ÓRGÃOS VEGETATIVOS DE ADENIUM OBESUM (FORSSK.) ROEM. & SCHULT, APOCYNACEAE

  • Orientador : KARINA PERRELLI RANDAU
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FLÁVIA CAROLINA LINS DA SILVA
  • KARINA PERRELLI RANDAU
  • RAFAELA DAMASCENO SA
  • Data: 28/01/2022

  • Mostrar Resumo
  • Adenium obesum (Forssk.) Roem. & Schult. pertencente à família Apocynaceae é popularmente conhecida como rosa do deserto. Esta espécie apresenta uso na medicina tradicional para tratar diferentes doenças venéreas como a gonorreia, feridas, infecções e rinite. O líquido isolado da raiz é utilizado para incorporar loções que tratam doenças de pele, assim como para pediculose. Além disso, é utilizada também como pesticida e o látex é utilizado no tratamento de cárie dentária. Devido a essas aplicações e diversidade de características morfológicas que a espécie apresenta, estudos que visam identificar caracteres de diagnose são necessários com o intuito de contribuir para o controle farmacobotânico da espécie. Sendo assim, este estudo teve por objetivo identificar os caracteres anatômicos da raiz, caule e folhas e histoquímicos da lâmina foliar de A. obesum. Para tal, métodos usuais em anatomia vegetal foram utilizados para o preparo e análise, em microscópio de luz e de polarização de lâminas semipermanentes contendo secções transversais e secções paradérmicas de A. obesum. Foram realizados testes histoquímicos a fim de localizar os constituintes químicos em secções transversais da lâmina foliar. A avaliação microscópica óptica de luz e de polarização viabilizou a identificação e caracterização anatômica da raiz, caule e folha da espécie, revelando caracteres de diagnose como disposição do feixe vascular na nervura central, mesofilo dorsiventral, da epiderme bem como presença de cristais do tipo drusa e prisma no caule da espécie. Por meio da técnica histoquímica evidenciou-se a presença de compostos fenólicos, compostos lipofílicos, lignina e cristais de oxalato de cálcio. Portanto, a correta caracterização fornece informações anatômicas essenciais para padronização farmacobotânica, contribuindo para descrição do gênero e da família.


  • Mostrar Abstract
  • Adenium obesum (Forssk.) Roem. &amp;Schult. pertence à família Apocynaceae é popularmente
    conhecida como rosa do deserto. Esta espécie apresenta uso na medicina tradicional para
    tratar diferentes doenças venéreas como a gonorreia, feridas, infecções e rinite. O líquido
    isolado da raiz é utilizado para incorporar loções que tratam doenças de pele, assim como
    contra pediculose. Além disso, é utilizada também como pesticida e o látex é utilizado no
    tratamento de cárie dentária e feridas. Devido a essas aplicações e diversidade de
    características morfológicas que a espécie apresenta, estudos que visam identificar caracteres
    de diagnóstico são necessários com o intuito de contribuir para o controle farmacobotânico da
    espécie. Sendo assim, este estudo teve por objetivo identificar os caracteres anatômicos e
    histoquímicos das folhas de A.obesum. Para tal, métodos usuais em anatomia vegetal foram
    utilizados para o preparo e análise, em microscópio de luz e de polarização de lâminas
    semipermanentes contendo secções transversais e secções paradémicas da lâmina foliar de A.
    obesum e foram realizados testes histoquímicos com objetivo de localizar os constituintes
    químicos em secções transversais da lâmina foliar objetivando identificar e avaliar a presença
    de compostos químicos da espécie vegetal. A avaliação microscópica óptica de luz e de
    polarização viabilizaram a identificação e caracterização anatômicas da lâmina foliar,
    revelando caracteres de diagnose como disposição do feixe vascular na nervura central,
    características do mesofilo, da epiderme bem como presença de cristais do tipo drusa. Por
    meio da técnica histoquímica evidenciou-se a presença de compostos fenólicos, compostos
    lipofílicos, lignina e cristais de oxalato de cálcio. Portanto, a correta caracterização fornece
    informações anatômicas essenciais para padronização farmacobotânica, uma vez que existe
    uma variabilidade nos caracteres de diagnose.

4
  • LUCAS AMADEU GONZAGA DA COSTA
  • DESENVOLVIMENTO DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS A PARTIR DE Momordica charantia L. PARA TRATAMENTO PEDIÁTRICO DE GEO-HELMÍNTIASES

  • Orientador : PEDRO JOSE ROLIM NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • PEDRO JOSE ROLIM NETO
  • ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
  • Data: 23/02/2022

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  • As geo-helmintíases são doenças negligenciadas que atingem mais de 1 bilhão de pessoas no mundo todo e, no Brasil, cerca de 70% da população em idade escolar, em que os casos podem ser ainda mais graves. O tratamento é realizado com o emprego de albendazol ou mebendazol, mas o amplo uso e distribuição estão levando à diminuição de eficácia e desenvolvimento de resistência anti-helmíntica. Novos medicamentos podem ser desenvolvidos para contornar o problema, com emprego plantas medicinais. O melão de São Caetano ou Momordica charantia L., apresenta atividades medicinais diversas, inclusive a anti-helmíntica, demonstrada em literatura. Dessa forma, o objetivo do trabalho é desenvolver formulações pediátricas para o tratamento de geo-helmintíases empregando Momordica charantia L.. Inicialmente foram obtidas e caracterizadas as drogas vegetais através de metodologias presentes na Farmacopeia Brasileira, sendo os extratos hidroalcóolicos produzidos através de maceração com etanol 70%. Os extratos secos foram obtidos por secagem em estufa e caracterizados quanto à higroscopicidade, solubilidade, perfil térmico e perfil fitoquímico. Além disso foram quantificados marcadores por CLAE-DAD e desenvolvido e validado um método colorimétrico para determinação de flavonoides totais. O extrato seco foi utilizado no desenvolvimento de formulações apresentadas como xarope para diabéticos e suspensão, sendo esta submetida a um delineamento experimental. As análises da droga vegetal apresentaram parâmetros aceitáveis, como índice de umidade e estabilidade térmica. Os extratos secos apresentaram alta higroscopicidade, baixa solubilidade, perfil térmico semelhante ao da droga vegetal e presença de metabólitos secundários de interesse, como taninos, alcaloides e saponinas. O doseamento através de CLAE-DAD apresentou baixos valores de isoquercetina e astragalina, mas a quantificação de flavonoides totais demonstrou valor superior para a classe. Os xaropes para diabéticos não apresentaram sabor agradável, enquanto uma das suspensões, sim. A suspensão passou por um processo de otimização e a formulação escolhida apresentou ótimo sabor, pH de 7,32 e viscosidade de 78,4mPa.s. Dessa forma, o produto desenvolvido apresenta-se como uma alternativa natural, economicamente viável e promissora para o tratamento de geo-helmintíases em crianças.


  • Mostrar Abstract
  • As geo-helmintíases são doenças negligenciadas que atingem mais de 1 bilhão de pessoas no mundo todo. No Brasil, afeta cerca de 70% da população em idade escolar, em que os casos podem ser ainda mais graves devido à possibilidade de atrasos no desenvolvimento físico e neurológico. O tratamento é realizado com o emprego de albendazol ou mebendazol, mas o amplo uso e distribuição estão levando à diminuição de eficácia e desenvolvimento de resistência anti-helmíntica. Como solução, é necessário que novos medicamentos sejam desenvolvidos e, através do estudo e emprego plantas medicinais, a questão pode ser resolvida. O melão de São Caetano ou Momordica charantia L., apresenta atividades medicinais diversas, inclusive a antihelmíntica, demonstrada em literatura. Dessa forma, o objetivo do trabalho é desenvolver formulações pediátricas para o tratamento de geo-helmintíases empregando Momordica charantia L.. Inicialmente foram obtidas e caracterizadas as drogas vegetais através de metodologias presentes na Farmacopeia Brasileira, sendo os extratos fluidos produzidos através de maceração com etanol 70ºGL. Os extratos secos foram obtidos por secagem em estufa e caracterizados quanto à higroscopicidade, solubilidade, perfil térmico e perfil fitoquímico. Além disso foram quantificados marcadores por CLAE-DAD e desenvolvido um método colorimétrico para determinação de flavonoides totais. O extrato seco foi utilizado no desenvolvimento de formulações apresentadas como xarope para diabéticos e suspensão. Apesar da escassez de resultados, as análises da droga vegetal apresentaram parâmetros aceitáveis, como índice de umidade e boa estabilidade térmica. Os extratos secos apresentaram alta higroscopicidade, baixa solubilidade, perfil térmico semelhante ao da droga vegetal e presença de metabólitos secundários de interesse, como taninos, alcaloides e saponinas. O doseamento através de CLAE-DAD apresentou baixos valores de isoquercetina e astragalina, motivando o desenvolvimento do método colorimétrico, que será validado. O xarope para diabéticos não obteve sabor satisfatório por ser extremamente amargo e o uso de base de xarope simples tornou o mesmo tolerável na suspensão. A formulação irá agora passar por uma otimização através de delineamento experimental. Dessa forma, o medicamento a ser finalizado apresenta-se como uma alternativa economicamente viável e natural para o tratamento de geohelmintíases em crianças.

5
  • LUCAS SOARES BEZERRA
  • EFICÁCIA DO HCM RISK-SCD COMO ESCORE PREDITOR DE MORTE SÚBITA CARDÍACA NA CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA: REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE


  • Orientador : DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA
  • MARIA CAROLINA ACCIOLY BRELAZ DE CASTRO
  • MARIA HELENA MENEZES ESTEVAM ALVES
  • Data: 15/03/2022

  • Mostrar Resumo
  • A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma patologia incomum, de origem genética, que está atrelada a riscos de complicações como arritmias, progressão para forma dilatada da insuficiência cardíaca e morte súbita. O objetivo deste trabalho é avaliar, a partir de uma revisão sistemática e metanálise, a eficácia do HCM-Risk SCD como escore preditor de morte súbita cardíaca (MSC) em pacientes com CMH. Foram incluídos estudos publicados em português, inglês, espanhol e italiano das seguintes bases de dados: MEDLINE, EMBASE, Scopus, Scielo, ClinicalTrials.gov, OpenGrey e Grey Literature Report. Foram inseridos estudos observacionais, sem limite temporal de publicação. A seleção foi realizada por dois autores, e discordâncias definidas por um terceiro autor. Da pesquisa inicial (n = 1268), 53 artigos foram avaliados integralmente. Após avaliação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 10 artigos para este estudo. Da amostra total de 13676 pacientes com CMH, 2194 (16%) recebeu cardiodesfibrilador implantável, com prevenção de MSC em 643 (29,3%) dos casos. O HCM-Risk SCD demonstra ser uma boa ferramenta para a avaliação prognóstica de pacientes com CMH, principalmente para indivíduos classificados como de alto risco, auxiliando na redução de MSC nesta população.


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  • A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma patologia incomum, de origem genética, que está atrelada a riscos de complicações como arritmias, progressão para forma dilatada da insuficiência cardíaca e morte súbita. O objetivo deste trabalho é avaliar, a partir de uma revisão sistemática e metanálise, a eficácia do HCM-Risk SCD como escore preditor de morte súbita cardíaca (MSC) em pacientes com CMH. Foram incluídos estudos publicados em português, inglês, espanhol e italiano das seguintes bases de dados: MEDLINE, EMBASE, Scopus, Scielo, ClinicalTrials.gov, OpenGrey e Grey Literature Report. Foram inseridos estudos observacionais, sem limite temporal de publicação. A seleção foi realizada por dois autores, e discordâncias definidas por um terceiro autor. Da pesquisa inicial (n = 1268), 53 artigos foram avaliados integralmente. Após avaliação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 10 artigos para este estudo. Da amostra total de 13676 pacientes com CMH, 2194 (16%) recebeu cardiodesfibrilador implantável, com prevenção de MSC em 643 (29,3%) dos casos. O HCM-Risk SCD demonstra ser uma boa ferramenta para a avaliação prognóstica de pacientes com CMH, principalmente para indivíduos classificados como de alto risco, auxiliando na redução de MSC nesta população.

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  • JOSÉ ODIMAR DE CALDAS BRANDÃO FILHO
  • DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO ANALÍTICO PARA DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ÁCIDO OXÁLICO EM Artocarpus altilis (Parkinson) Fosberg

  • Orientador : KARINA PERRELLI RANDAU
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANIELLE CRISTINE ALMEIDA SILVA DE SANTANA
  • JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • KARINA PERRELLI RANDAU
  • Data: 31/05/2022

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  • As espécies vegetais têm alto consumo mundial. As matrizes vegetais são complexas, contendo compostos bioativos com efeitos farmacológicos e/ou toxicológicos. O consumo de ácido oxálico ou oxalato, metabólito presente em altas concentrações em diferentes espécies vegetais, pode causar complicações renais a curto e longo prazo, principalmente se a concentração plasmática for ≥ 0,8-2,5 μmol.L-1 e a concentração urinária for ≥ 20- 30 mg.24h-1. Algumas pessoas predispostas a complicações renais, como aquelas com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) como diabetes e hipertensão, apresentam uma predisposição a desenvolverem distúrbios renais em decorrência de sua condição fisiopatológica e ao mesmo tempo fazem uso de espécies de plantas medicinais como terapia adjuvante, como Artocarpus altilis (parkinson) fosberg Assim, o objetivo deste trabalho foi realizar o desenvolvimento  de um método analítico para determinação do teor de ácido oxálico em Artocarpus altilis (parkinson) fosberg. A separação cromatográfica dos analitos em fase reversa foi obtida em uma coluna C18 (250 x 4,6 mm; 5 μm; 80 Å) em modo isocrático e usando água acidificada com ácido fosfórico:metanol  (99:1) a 0,6 mL.min-1 em pH 2,0como fase móvel (25°C e detecção a 220 nm). O tempo de análise foi de 5 min. Para o preparo da amostra, lâminas foliares de Artocarpus altilis foram coletadas, secas em estufa, trituradas e acondicionadas até o momento de preparo do extrato. O extrato era preparado a cada dia de análise a partir de   1,0 g do triturado com 20 mL de HCl 2 mol.L -1, a 21 ° C, por 15 min (sob agitação), centrifugado e filtrado. O método apresentou intervalos linares de concentração de 5 a 45 µg.mL-1 para ácido oxálico. O método demonstrou boa precisão e exatidão intra e intercorrida com erros relativos inferior a 15%. Ainda, o método foi aplicado em amostras de lâmina foliar de Artocarpus altilis encontrando uma concentração de 1,06 mg.g-1 de ácido oxálico. Os resultados trouxeram dados inéditos a respeito do teor de ácido oxálico contido em Artocarpus altilis. Espera-se que esse método possa contribuir para o desenvolvimento de outros métodos com o mesmo propósito.


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  • As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) são um grupo de doenças que se caracterizam por apresentar as maiores taxas de mortalidade e morbidade do mundo. Apesar do aumento de novas tecnologias farmacêuticas, o uso de plantas medicinais como coadjuvante na terapia dessas doenças é uma realidade bastante difundida. No entanto, a maioria das espécies vegetais contém cristais inorgânicos de oxalato de cálcio, um produto do metabolismo vegetal, que tem determinadas funções nos tecidos vegetais. Não obstante, para a espécie humana, sua ingestão está associada a quadros de intoxicação renal, o que pode agravar ainda mais o estado de pacientes que já são predispostos a desenvolver complicações renais, como diabéticos e hipertensos. Neste cenário, o objetivo deste estudo é realizar o desenvolvimento de um método analítico para determinar o teor de ácido oxálico/oxalato em espécies vegetais medicinais utilizadas pela população no tratamento de DCNTs por meio da cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE).

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  • PAULA REGINA TOCHE DOS SANTOS
  • AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO DA GALECTINA 9 NO SORO, SALIVA E GLÂNDULAS SALIVARES EM PACIENTES PORTADORES DE SÍNDROME DE SJÖGREN PRIMÁRIA

  • Orientador : ANGELA LUZIA BRANCO PINTO DUARTE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GUILHERME SOARES GOMES DA SILVA
  • RAFAELA SILVA GUIMARAES GONCALVES
  • VALERIA PEREIRA HERNANDES
  • Data: 10/06/2022

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  • A Síndrome de Sjogren primária é uma exocrinopatia autoimune crônica e sistêmica, e tem na sua patogênese a participação das imunidades inata e adaptativa. Apesar dos avanços, existe ainda uma escassez de biomarcadores específicos de atividade e prognóstico da doença, além da ausência de terapia específica. Nesse contexto, um grupo de proteínas capazes de se ligar de forma reversível a glicanos chamado galectinas vem sendo estudadas, devido à sua capacidade de executar funções biológicas decorrentes dessas ligações, como adesão, proliferação e morte celular e que podem estar relacionadas à fisiopatologia de várias doenças imunomediadas. Foi realizado um corte transversal de 42 pacientes atendidos no ambulatório de Síndrome de Sjögren do HC-UFPE, dos quais foi feita uma análise, através da comparação com controles saudáveis, dos níveis de galectina-9 (gal-9) no sangue e na saliva através da metodologia ELISA, e realizada imunohistoquímica em biópsias de glândula salivar menor. O objetivo do trabalho foi avaliar os níveis de gal-9 nesses pacientes e estabelecer correlações com variáveis que envolvem atividade da doença, exames complementares, uso de medicações e manifestações extra glandulares, além de avaliar a expressão de gal-9 no tecido glandular desses pacientes. Dos 42 pacientes selecionados, 100% eram mulheres com média de idade de 45,8 anos (DP ± 11,16). A mediana da gal-9 sérica foi de 2264,24pg/ml, comparado a 3622,86pg/ml dos controles com p=0,047. Os níveis de gal-9 salivar apresentaram uma mediana maior do que controles saudáveis (613,58pg/ml x 317,59pg/ml) com p = 0,012.  A correlação entre a gal-9 no soro e na saliva foi positiva quando comparado com o escore de atividade ESSDAI e IgG sérica, e negativa para idade, porém sem significância estatística. Não houve associação estatisticamente significativa entre a gal-9 sérica e salivaras e a positividade do anticorpo Anti Ro/SSa, positividade dos testes de secura, uso ou não de medicamentos imunossupressores. Porém, destaca-se que a mediana da gal-9 na saliva dos pacientes com manifestações extra glandulares foi maior do que os que apenas sintomas glandulares (816,91pg/ml x 328,72) com p=0,002 e a mediana da gal-9 salivar foi estatisticamente diferente entre os grupos que eram Anti-La/SSb positivos (927,80pg/ml) e negativos (526,00pg/ml) com p=0,029. A análise imuno-histoquímica das biópsias de glândula salivar revelou um amento da expressão de gal-9 nas células ductais e do infiltrado inflamatório. Concluiu-se que os níveis séricos e salivares de gal-9 foram estatisticamente diferentes em relação a controles saudáveis, a mediana da gal-9 salivar foi maior na saliva de pacientes com manifestações extra glandulares e que existe a expressão de gal-9 em células ductais e do infiltrado inflamatório de pacientes com SSP. Esses achados inéditos abrem caminhos para que novos estudos com essa galectina sejam realizados em pacientes com SSj a fim de proporcionar um melhor entendimento sobre sua participação no desenvolvimento da doença e sua aplicabilidade como biomarcador.


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  • Introdução: A Síndrome de Sjogren primária é uma exocrinopatia autoimune, com espectro clínico sistêmico e crônico  e tem na sua patogênese participação das resposta imunes inatas e adaptativas. Apesar dos avanços, existem, ainda, carência de biomarcadores específicos de atividade e prognóstico da doença, além da necessidade do desenvolvimento de novos alvos terapêuticos

    Objetivo: avaliar os níveis das galectinas 7 (gal-7) e 9 (gal-9) no sangue e na saliva de pacientes portadores da Síndrome de Sjögren primária (SSp)

    Metodologia: foram analisadas as características clínicas, laboratoriais, perfil dos principais autoanticorpos e achados ultrassonográficos de 42 pacientes com SSp. Além disso, foram realizadas análises entre o nível de gal-9 na saliva e no soro de pacientes. Também foi realizada a imuno-histoquímica (IHQ) de biópsias de glândula salivar menor de pacientes portadores da síndrome para investigar a expressão das gals-7 e 9.

    Resultados: todas os pacientes analisados foram do sexo feminino.  A partir da caracterização clínico laboratorial da amostra pode-se inferir que a média de idade foi de 43 anos, com uma média de idade de 45,8 anos e as principais medicações orais em uso foram colecalciferol (61,9%) hidroxicloroquina (54,7%) Os níveis séricos de gal-9 de pacientes portadores de SSp não se apresentaram diferentes comparados a controles saudáveis; os níveis de gal-9 salivar apresentaram uma tendência de correlação com a classificação ultrassonográfica quanto mais acometida fosse a glândula salivar, apesar de ser sem significância estatística. A análise das biópsias permitiu a observação da expressão de gal-7 nas células ductais de glândula salivar menor de pacientes portadoras de SSp e, de forma mais intensa, a expressão da gal-9 nas células ductais e do infiltrado inflamatório de mesmo tipo histológico. Também foram feitas análises entre a gal-9 sérica e salivar e sua relação com a positividade com os auto-anticorpos, testes de secura e uso de medicações, sendo encontrada associação diretamente proporcional entre a positividade do Anti-La e o nível de gal-9 salivar e também, encontrou-se uma associação indireta entre o uso de hidroxicloroquina e ou metotrexate e o nível de gal-9 salivar.

    Conclusão: Os níveis séricos de gal-9 foram similares em relação a controles saudáveis, porém observou-se que sua expressão encontra-se aumentada em cortes de tecido de glândula salivar menor em pacientes com sialoadenite. Os níveis de gal-9 salivar apresentaram uma tendência de alta, bem como uma tendência de correlação com a classificação ultrassonográfica, apesar de sem significância estatística A gal-7 também pode ser encontrada na IHQ desses pacientes, porém com menor intensidade e, de forma mais intensa, a expressão da gal-9 nas células ductais e do infiltrado inflamatório de mesmo tipo histológico.

    Acreditamos que o conhecimento sobre a participação das galectinas no desenvolvimento da síndrome de sjogren, suas correlações com marcadores clínicos e histológicos é de fundamental importância para que essas lectinas possam ser incorporadas à prática clínica e os pacientes possam se beneficiar de sua atividade terapêutica e/ou diagnóstica.

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  • MARIA LUÍZA CAVALCANTI LUCENA
  • DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA SIMPLIFICADA DE OBTENÇÃO DE SELANTE DE FIBRINA AUTÓLOGO COM INCORPORAÇÃO DE AGENTE ANTIMICROBIANO À FORMULAÇÃO

  • Orientador : ANA CRISTINA LIMA LEITE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CRISTINA LIMA LEITE
  • ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
  • THIERS ARAUJO CAMPOS
  • Data: 27/06/2022

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  • Selantes de fibrina são majoritariamente compostos por fibrinogênio e trombina, que quando misturados mimetizam a etapa final da cascata da coagulação, formando o coágulo de fibrina. Esses selantes são amplamente utilizados em procedimentos cirúrgicos devido a suas propriedades físicas e biológicas, que apresentam vantagens em comparação a materiais de origem sintética utilizados nas suturas tradicionais. Dentre estas vantagens, destacam-se: uma maior compatibilidade fisiológica, biodegradabilidade e uma melhor recuperação do paciente pós-cirurgia. A matriz de fibrina também vem sendo amplamente estudada como um sistema de carreamento e entrega células, fatores de crescimento, genes e fármacos. Essa característica faz com que antibióticos incorporados aos selantes de fibrina venham sendo testados para o combate das Infecções de Sítio Cirúrgico (ISC). No entanto, a produção de selantes de fibrina pela indústria farmacêutica de hemoderivados necessita de um grande aparato tecnológico, o que tende a elevar o custo de sua produção. Nesse sentido, esse trabalho tem como objetivo desenvolver uma metodologia simples e de baixo custo para obter selante de fibrina autólogo e incorporar um agente antimicrobiano à formulação. Para isso, foram fracionadas fontes de fibrinogênio (crioprecipitado) e protrombina (euglobulinas plasmáticas) de unidades individuais de plasma com sorologia negativa, utilizando métodos de precipitação proteica físico-químicos. A viabilidade da protrombina precipitada foi avaliada qualitativamente por meio do teste de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa). A protrombina foi convertida em trombina pela adição de 10 mL de carbonato de cálcio 0,2M. A dosagem de fibrinogênio indicou a presença de 1,5g/dL ± 0,9 dessa proteína no crioprecipitado, enquanto a trombina apresentou uma concentração de 388,66 ± 98,72 UI/mL. À solução de trombina foram incorporados diferentes volumes de agente antimicrobiano (cloridrato de vancomicina 50 mg/mL ou sulfato de gentamicina 40 mg/mL). Promoveu-se a formação do coágulo com a adição de crioprecipitado e foram verificadas suas características macroscópicas. Os coágulos formados a partir da solução de trombina com maiores concentrações de antibiótico apresentaram menores consistência e adesão a parede do tubo em comparação com o controle. Ao final, foi realizado um ensaio microbiológico automatizado BACTECTM FX para avaliação da atividade antimicrobiana do selante de fibrina enriquecido com antibióticos frente a Staphylococcus aureus, uma das principais espécies causadoras das ISC. A matriz foi capaz de inibir o crescimento bacteriano local por até 72 horas. A metodologia desenvolvida nesse trabalho mostrou-se eficaz para a produção de um selante de fibrina, a nível de hemocentro, com capacidade para prevenir ISC. O desenvolvimento de uma metodologia simples e de baixo custo para obtenção de uma matriz de fibrina possui relevância, para além da prática clínica e cirúrgica, nas mais diversas áreas de pesquisa e inovação terapêutica; dado a versatilidade desse material biológico e a grande perspectiva de utilização em estudos de tecnologia farmacêutica e medicina regenerativa.


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  • Selantes de fibrina (também conhecidos como colas de fibrina), são amplamente utilizados na prática médica e procedimentos cirúrgicos devido a suas propriedades físicas e biológicas, que apresentam vantagens em comparação a materiais de origem sintética utilizados nas suturas tradicionais. Dentre estas vantagens, destacam-se: uma maior compatibilidade fisiológica, biodegradabilidade e uma melhor recuperação do paciente pós-cirurgia. A composição dos selantes de fibrina consiste majoritariamente em duas proteínas plasmáticas: fibrinogênio e trombina. As duas proteínas, quando misturadas, mimetizam a etapa final da cascata da coagulação, em que o fibrinogênio é convertido em fibrina pela ação da trombina. Como resultado dessa reação enzimática, há a formação de um gel aderente ao tecido humano: o coágulo de fibrina. A matriz de fibrina também vem sendo amplamente estudada como um sistema de carreamento e entrega células, fatores de crescimento, genes e diferentes fármacos, como antibióticos. Essa característica faz com que antibióticos incorporados aos selantes de fibrina venham sendo testados para o combate das Infecções de Sítio Cirúrgico (ISC). No entanto, a produção de selantes de fibrina pela indústria farmacêutica de hemoderivados necessita de um grande aparato tecnológico, que envolve técnicas de cromatografia de afinidade e troca iônica, o que tende a elevar o custo de sua produção. Nesse sentido, esse trabalho tem como objetivo desenvolver uma metodologia simples e de baixo custo para obter selante de fibrina autólogo e incorporar um agente antimicrobiano à formulação. Para isso, foram fracionados fontes de fibrinogênio (crioprecipitado) e protrombina (euglobulinas plasmáticas) de unidades individuais de plasma, utilizando métodos de precipitação proteica físico-químicos. A viabilidade da protrombina precipitada foi avaliada qualitativamente por meio do teste de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa). A protrombina foi convertida em trombina pela adição de 10 mL de carbonato de cálcio 0,2M. A dosagem de fibrinogênio indicou a presença de 1,5g/dL ± 0,9 dessa proteína no crioprecipitado, enquanto a trombina apresentou uma concentração de 388,66 ± 98,72 UI/mL. As próximas etapas desse estudo consistirão em analisar a pureza da solução de trombina obtida a partir da metodologia desenvolvida, além de incorporar um agente antimicrobiano ao selante de fibrina e realizar o teste de susceptibilidade microbiana para avaliação da eficácia do fármaco na matriz de fibrina frente a espécies bacterianas causadoras de Infecções de Sítio Cirúrgico.

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  • DANIEL MONTEIRO BISPO
  • DIAGNÓSTICO RÁPIDO DA COVID-19 BASEADO NO USO DE FIBRAS ELETROFIADAS E NANOESTRUTURAS

  • Orientador : CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
  • ALBERTO GALDINO DA SILVA JUNIOR
  • KAREN YASMIM PEREIRA DOS SANTOS AVELINO
  • Data: 29/06/2022
    Ata de defesa assinada:

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  • Em 2020 tivemos início a pandemia da COVID-19, sendo esta consequência da Síndrome Respiratória Aguda Grave do Coronavírus 2, o SARS-CoV-2. Sendo uma doença bastante transmissível e com poucas opções de tratamento. A prevenção e o controle do surto são essenciais no combate a transmissão do vírus, identificando o infectado e isolando-o, evitando a propagação do vírus. O padrão-ouro no diagnóstico da COVID-19 é a técnica de RT-PCR, mas ela apresenta algumas desvantagens como insumos limitados, falso-positivos e a necessidade de recursos humanos qualificados, o que dificulta sua aplicação em escala global, gerando uma demanda por novos métodos. A nanotecnologia é uma ferramenta eficaz e inovadora para fornecer soluções para essa problemática através do uso de nanomateriais, como nanofibras e nanopartículas, que apresentam uma boa relação área/volume. Aprimoramos a detecção desses materiais para a produção de biossensores. Os biossensores terão alta sensibilidade, capacidade de miniaturização, possibilitando a criação de biossensores de baixo custo e de alta resposta. Dessa forma, o presente projeto visou a produção de uma plataforma biossensora baseada em nanofibras eletrofiadas de PVA funcionalizadas com AuNPs para o diagnóstico do cDNA do SARS-CoV-2. Para isso, produzimos nanofibras eletrofiadas de álcool polivinico e álcool polivínico com AuNPs através do método de eletrofiação, devido a sua baixa estabilidade em água, as nanofibras foram submetidas a um processo de reticulação química através de uma solução de acetona, onde as nanofibras adquiriram estabilidade em água ou em compostos com água, sendo o primeiro passo para a construção da plataforma biossensora. A construção dessa plataforma acontece através de uma ancoragem de diferentes compostos químicos como o Ácido 11-Mercaptoundecanoico, N-hidroxisuccinimida, N-(3-dimetilaminopropil)-N'-etilcarbodiimida e SONDACOVID-19, sendo a plataforma submetida a avaliação eletroquímica foi realizada através da microscopia de força atômica (AFM), espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) e Espectroscopia de Impedância Eletroquímica (EIS), onde na EIS a cada composto inserido, onde pudemos comprovar a incorporação dos compostos, após isso, submetemos a plataforma a detecção de diferentes diluições de cDNACOVID-19, indo de 101 a 105. A análise das diluições foi feita em triplicata para garantir a reprodutibilidade do experimento, onde conseguimos observar um aumento na resposta da impedância faradaíca e nos valores da resistência a transferência de elétrons a medida em que as concentrações de cDNA presentes nas diluições eram aumentadas. Demonstrando a eficácia da plataforma na detecção de diferentes diluições do cDNACOVID-19.


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  • Neste momento, o mundo enfrenta a pandemia da COVID-19, sendo esta consequência do coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2, o SARS-CoV-2. Apresenta-se como uma doença bastante transmissível e com poucas opções de tratamento. A prevenção e o controle do surto são essenciais no combate a transmissão da doença. Uma das maneiras mais utilizadas para evitar a transmissão do vírus é a identificação da pessoa infectada e posterior isolamento, evitando que o vírus se propague. O padrão-ouro no diagnóstico da COVID-19 é a técnica de RT-PCR, mas essa técnica vai apresentar algumas desvantagens como insumos limitados, resultados falso-positivos e a necessidade de recursos humanos qualificados para a realização da técnica, o que a torna difícil de ser implementada em escala global, fazendo com que novos métodos precisem ser desenvolvidos para atender a demanda. A nanotecnologia se mostra como uma ferramenta eficaz e inovadora para fornecer soluções que possam expandir o diagnóstico da COVID-19 através do uso de nanomateriais, como polímeros, nanofibras e nanopartículas, que vão apresentar uma boa relação área/volume do que materiais em maior escala. É possível explorar essa propriedade de modo a melhorar a detecção química e biológica desses materiais para a produção de biossensores nanoestruturados. Os biossensores eletroquímicos terão uma alta sensibilidade em conjunto com a capacidade de miniaturização, possibilitando a criação de biossensores de baixo custo e de alta resposta. Dessa forma, o presente projeto visou o desenvolvimento de uma plataforma biossensora baseado em nanofibras eletrofiadas de PVA funcionalizadas com nanopartículas de ouro para o diagnóstico do cDNA do SARS-CoV-2. Para isso, construímos nanofibras eletrofiadas de Álcool Polivínico com nanopartículas de ouro que passaram por um processo de reticulação química para garantir a sua estabilidade em água, permitindo a construção da plataforma biossensora. A partir de uma ancoragem de compostos químicos como o Ácido 11-Mercaptoundecanoico, N-hidroxisuccinimida, N-(3-dimetilaminopropil)-N'-etilcarbodiimida e SONDACOVID-19, submetemos a plataforma a detecção de diferentes diluições de cDNACOVID-19, indo de 101 a 106. A avaliação eletroquímica foi realizada por meio da Espectroscopia de Impedância Eletroquímica (EIS), onde foi possível observar um aumento na resposta da impedância faradaica a medida em que as concentrações de cDNA presentes nas diluições eram aumentadas. Demonstrando a eficácia da plataforma na detecção de diferentes diluições do cDNACOVID-19.

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  • JAQUELINE BARBOSA DE SOUZA
  • CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DA CEFTAZIDIMA E ÁCIDO ÚSNICO ENCAPSULADOS EM LIPOSSOMAS REVESTIDOS COM QUITOSANA FRENTE A BACTÉRIAS QUE INDUZEM O CÂNCER COLORRETAL

  • Orientador : MARIA CAROLINA ACCIOLY BRELAZ DE CASTRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ELIS DIONISIO DA SILVA
  • ELISÂNGELA AFONSO DE MOURA KRETZSCHMAR
  • VALERIA PEREIRA HERNANDES
  • Data: 28/07/2022

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  • O câncer colorretal (CCR) representa a terceira neoplasia mais prevalente no Brasil e no mundo. Dentre os vários agentes indutores do CCR, recentemente tem sido relatada a associação da bactéria Escherichia coli, que, através da produção da genotoxina colibactina, induz danos nos enterócitos e a produção de células de proliferação. Assim, uma estratégia terapêutica com espectro de ação frente a esse microrganismo seria a terapia combinada entre produtos naturais como o ácido úsnico (AU), e antibióticos como a ceftazidima (CAZ). Contudo, ambos os fármacos exibem limitações relacionados à biodisponibilidade e hepatotoxicidade. Nesse contexto, os lipossomas são relatados como uma forma de veicular esses fármacos e sobrepor essas limitações. Além disso, a fim de viabilizar a administração desses lipossomas por via oral, esses nanocarreadores podem ser revestidos pela quitosana. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho foi desenvolver, caracterizar e avaliar a atividade antibacteriana e antibiofilme da CAZ e/ou AU encapsulados em lipossomas revestidos com quitosana (Lipo-CAZ-Qui, Lipo-AU-Qui, Lipo-CAZ-AU-Qui e Lipo-CAZ-Qui + Lipo-AU-Qui) frente a E. coli indutora de CCR. Inicialmente, os lipossomas foram preparados através do método de hidratação do filme lipídico seguido por sonicação e com revestimento com quitosana através da técnica drop-wise. Eles foram caracterizados quanto ao tamanho de partícula (Ø), índice de polidispersão (PDI), potencial zeta (ζ), pH e eficiência de encapsulação (%EE), além das caracterizações físico-químicas através de difração de raio X (DRX), espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FTIR), calorimetria exploratória diferencial (DSC) e termogravimetria (TGA). A estabilidade das formulações em dispersão foi avaliada por um período de 120 dias, assim como por 120 minutos em pH gastrointestinais simulados. A concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração bactericida mínima (CBM) foram determinadas pelo método de microdiluição em caldo seguindo o protocolo do Clinical and Laboratory Standards Institute frente às cepas de E. coli ATCC 25922, E. coli NCTC 13846 e E. coli H10407, enquanto os ensaios antibiofilme foram realizados pelo método de cristal violeta. Lipo-CAZ-Qui, Lipo-AU-Qui, Lipo-CAZ-AU-Qui e Lipo-CAZ-Qui + Lipo-AU-Qui apresentaram Ø entre 116,5 ± 5,3 e 240,3 ± 3,5 nm, PDI abaixo de 0,5, ζ entre +16,4 ± 0,6 e +28 ± 0,8 mV, pH entre 5 e 5,2, %EE de 51,5 ± 0,2% para a CAZ e 99,94 ± 0,1% para AU. Além disso, todos os lipossomas desenvolvidos se mostraram estáveis em pH gástrico e intestinal simulados (1,2 e 6,8, respectivamente) e por um período médio de 120 dias. As caracterizações por DRX, FTIR, DSC e TGA indicaram interações químicas entre os componentes da formulação, encapsulação dos fármacos e estabilidade térmica dos lipossomas. As análises microbiológicas de Lipo-CAZ-Qui e Lipo-AU-Qui demonstraram atividade antibacteriana, além de inibição da formação de biofilmes e do biofilme pré-formado de E. coli, contudo, as formulações Lipo-CAZ-AU-Qui e Lipo-CAZ-Qui + Lipo-AU-Qui apresentaram potencialização nessas atividades em decorrência da coencapsulação ou a combinação das formulações. Portanto, com base nos resultados obtidos através do estudo, os lipossomas apresentam características com a potencial para administração oral em futuras aplicações na terapia antibacteriana e antibiofilme frente a bactérias indutoras de CCR.


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  • O câncer colorretal (CCR) representa a terceira neoplasia mais prevalente no Brasil e no mundo. Dentre os vários agentes indutores do CCR, recentemente tem sido relatada a associação da bactéria Escherichia coli, que, através da produção da genotoxina colibactina, induz danos nos enterócitos e a produção de células de proliferação. Assim, uma estratégia terapêutica com espectro de ação frente a esse microrganismo seria a terapia combinada entre produtos naturais como o ácido úsnico (AU), e antibióticos como a ceftazidima (CAZ). Contudo, ambos os fármacos exibem limitações relacionados à biodisponibilidade e hepatotoxicidade. Nesse contexto, os lipossomas são relatados como uma forma de veicular esses fármacos e sobrepor essas limitações. Além disso, a fim de viabilizar a administração desses lipossomas por via oral, esses nanocarreadores podem ser revestidos pela quitosana. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho foi desenvolver, caracterizar e avaliar a atividade antibacteriana e antibiofilme da CAZ e/ou AU encapsulados em lipossomas revestidos com quitosana (Lipo-CAZ-Qui, Lipo-AU-Qui, Lipo-CAZ-AU-Qui e Lipo-CAZ-Qui + Lipo-AU-Qui) frente a E. coli indutora de CCR. Inicialmente, os lipossomas foram preparados através do método de hidratação do filme lipídico seguido por sonicação e com revestimento com quitosana através da técnica drop-wise. Eles foram caracterizados quanto ao tamanho de partícula (Ø), índice de polidispersão (PDI), potencial zeta (ζ), pH e eficiência de encapsulação (%EE), além das caracterizações físico-químicas através de difração de raio X (DRX), espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FTIR), calorimetria exploratória diferencial (DSC) e termogravimetria (TGA). A estabilidade das formulações em dispersão foi avaliada por um período de 120 dias, assim como por 120 minutos em pH gastrointestinais simulados. A concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração bactericida mínima (CBM) foram determinadas pelo método de microdiluição em caldo seguindo o protocolo do Clinical and Laboratory Standards Institute frente às cepas de E. coli ATCC 25922, E. coli NCTC 13846 e E. coli H10407, enquanto os ensaios antibiofilme foram realizados pelo método de cristal violeta. Lipo-CAZ-Qui, Lipo-AU-Qui, Lipo-CAZ-AU-Qui e Lipo-CAZ-Qui + Lipo-AU-Qui apresentaram Ø entre 116,5 ± 5,3 e 240,3 ± 3,5 nm, PDI abaixo de 0,5, ζ entre +16,4 ± 0,6 e +28 ± 0,8 mV, pH entre 5 e 5,2, %EE de 51,5 ± 0,2% para a CAZ e 99,94 ± 0,1% para AU. Além disso, todos os lipossomas desenvolvidos se mostraram estáveis em pH gástrico e intestinal simulados (1,2 e 6,8, respectivamente) e por um período médio de 120 dias. As caracterizações por DRX, FTIR, DSC e TGA indicaram interações químicas entre os componentes da formulação, encapsulação dos fármacos e estabilidade térmica dos lipossomas. As análises microbiológicas de Lipo-CAZ-Qui e Lipo-AU-Qui demonstraram atividade antibacteriana, além de inibição da formação de biofilmes e do biofilme pré-formado de E. coli, contudo, as formulações Lipo-CAZ-AU-Qui e Lipo-CAZ-Qui + Lipo-AU-Qui apresentaram potencialização nessas atividades em decorrência da coencapsulação ou a combinação das formulações. Portanto, com base nos resultados obtidos através do estudo, os lipossomas apresentam características com a potencial para administração oral em futuras aplicações na terapia antibacteriana e antibiofilme frente a bactérias indutoras de CCR.

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  • RYAN CORDEIRO SILVA
  • AVALIAÇÃO DE BIOMARCADORES DE DANO CEREBRAL E ASSOCIAÇÃO COM SINTOMAS NEUROLÓGICOS E GRAVIDADE NA COVID-19

  • Orientador : MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
  • LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
  • ANDERSON RODRIGUES DE ALMEIDA
  • Data: 05/08/2022

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  • As manifestações neurológicas concomitantes à infecção pelo SARS-CoV-2 tem sido
    comumente relatada durante a pandemia da COVID-19 e alertado a sociedade para
    possibilidade de danos neurológicos associados. Para abordagens mais complexas
    sobre as possíveis complicações neurológicas relacionadas à doença destaca-se a
    análise de diversos biomarcadores descritos na literatura como a proteína B de ligação
    ao cálcio (S100B) e enolase específica à neurônios (NSE). Frente a isso, o presente
    estudo visou determinar os níveis sorológicos da S100B e NSE por ELISA em um
    grupo de 141 indivíduos para COVID-19 e 36 controles saudáveis e correlacionar com
    dados clínicos e demográficos dos grupos. Os grupos de estudo foram divididos entre o
    grupo controle (G1), indivíduos positivos para a COVID-19 que apresentaram apenas
    sintomas leves (G2) e os indivíduos positivos para COVID-19 que apresentaram um
    quadro respiratório agudo com necessidade de internação na Unidade de Terapia
    Intensiva (UTI) (G3). Foi realizado um estudo de seguimento com 23 pacientes do G2
    após 14 (D14) e 21 (D21) após o início dos sintomas. Os níveis séricos de NSE e
    S100B foram medidos usando o método de imunoensaio enzimático (ELISA). Os
    resultados revelaram uma associação positiva significativa entre os pacientes G3 e a
    expressão sérica de S100B (p = 0,0403). Os níveis séricos de NSE também foram
    significativamente aumentados no grupo G3 em relação ao controle (p <0,0001) e ao
    grupo G2 (p < 0,0001). Entretanto, nenhuma associação foi encontrada entre os
    sintomas neurológicos e a expressão sérica de NSE ou S100B. Análises de associação
    com o sexo demonstraram níveis séricos de NSE maiores para indivíduos do sexo
    masculino quando comparados ao sexo feminino (p = 0.0473). O estudo de seguimento
    demonstrou uma diminuição ao longo do tempo (21 dias) na expressão sérica de NSE
    (p &lt; 0,0001). Os resultados sugeriram que o dano cerebral é seguido por exposição
    aguda ao vírus, sem efeitos a longo prazo. Trabalhos futuros examinando a
    recuperação do COVID-19 esclarecerão os danos neurológicos crônicos da infecção
    pelo COVID-19.


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  •                      Diferentes pesquisas investigam a associação dos sintomas induzidos pela contaminação pelo vírus SARS-CoV2 e as consequências ao metabolismo.  Alguns dos sintomas da COVID-19 são leves, como tosse seca, febre, até quadros mais graves de pneumonia viral, com insuficiência respiratória aguda. É      recorrente os relatos de casos da doença com manifestações neurológicas associadas como dor de cabeça, perda de olfato e paladar, confusão mental, dificuldade na concentração, encefalite, entre outros. Para abordagens mais complexas sobre as complicações neurológicas dessa doença destaca-se a análise de diversos biomarcadores descritos na literatura nos últimos anos como a proteína B de ligação ao cálcio (S100B) e enolase específica à neurônios (NSE). A NSE é uma enzima glicolítica localizada no citoplasma de células neurológicas e neuroendócrinas. Já a S100B é encontrada em células do sistema nervoso como os astrócitos, e possui um valor preditivo como biomarcador de algumas patologias neurais. Frente a isso, o presente estudo visou determinar os níveis sorológicos da S100B e NSE por Elisa em um grupo de 141 indivíduos para COVID-19 e 36 controles saudáveis e correlacionar com dados clínicos e demográficos dos grupos. Os grupos de estudo foram divididos entre o grupo controle (G1), indivíduos positivos para a COVID-19 que apresentaram apenas sintomas leves (G2) e os indivíduos positivos para COVID-19 que apresentaram um quadro respiratório agudo com necessidade de internação na UTI (G3). Foi visto que indivíduos do G3 obtiveram um aumento significativo da NSE e S100B quando comparados aos indivíduos dos grupos G2 e G1. Esses aumentos não tiveram correlação com os sintomas neurológicos (dor de cabeça, mialgia, anosmia, ageusia) e respiratório (dispneia) analisados. Indivíduos do sexo masculino apresentaram maiores valores para NSE, enquanto que valores da S100B aumentaram significativamente com a idade no grupo de positivos para COVID-19. Foi possível realizar um estudo de coorte segmentado com 23 desses pacientes positivos para COVID-19. O estudo de segmento      apontou uma diminuição dos níveis da NSE em um período de 21 dias após a fase aguda da COVID-19.

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  • ANDRÉ LUIZ DA SILVA DO NASCIMENTO
  • AVALIAÇÃO DA IMUNOFENOTIPAGEM DE CÉLULAS DO SANGUE PERIFÉRICO COMO INDICADORES DE CRONIFICAÇÃO PARA PACIENTES COM CHIKUNGUNYA

  • Orientador : MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ERALDO FONSECA DOS SANTOS JUNIOR
  • MARIA CAROLINA ACCIOLY BRELAZ DE CASTRO
  • SAYONARA MARIA CALADO GONCALVES
  • Data: 31/08/2022

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  • O vírus da Chikungunya (CHIKV), pertencente ao gênero Alphaviridae e à família Togaviridae, é transmitido por mosquitos vetores do gênero Aedes sp., levando a uma doença caracterizada principalmente por febre alta, dor de cabeça, mialgia, erupção cutânea e dor articular. Sabe-se que diversas células do sistema imune inato e adaptativo agem a fim de promover a eliminação viral e retornar à homeostase do indivíduo, dentre elas as células T, B e Natural Killers (NK). Essas células são caracterizadas por apresentarem diversos mecanismos de supressão do sistema imune. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi caracterizar o perfil imunofenotípico das células T, B e NK no sangue periférico de pacientes com Chikungunya, nos estágios agudo e crônico, avaliando suas associações clínicas e sua possível utilização como indicadores de cronificação. Para tal, amostras do sangue periférico de indivíduos controles (n=72), pacientes agudos (n=56), subagudos (n= 85) e pacientes crônicos (n=42) foram coletadas e avaliadas por citometria de fluxo para caracterizar as células (TCD3+, TCD4+, TCD8+, BCD19+, NKtotal e NKT CD56+CD3+). Foi observado uma maior frequência de TCD3+, TCD8+ e NKTotalCD56+CD3+ no grupo controle frente ao grupo caso, porém com associação estatisticamente significante (p-valor<0.05) apenas para TCD3+, BCD19+ e NKTCD56+CD3+. Também foi observada uma menor frequência de TCD3+, TCD4+, TCD8+ e BCD19+ no grupo agudo frente ao crônico, apresentando valores de associação estatisticamente significantes (p<0.05) apenas para TCD8+, BCD19+ e NKTCD56+CD3+. Quando comparadas as frequências celular (células T, B e NK e subgrupos) de pacientes agudos e crônicos com as variáveis (estágio da doença, atividade da doença pelo medico e pelo paciente, dor reumática, avaliação global de saúde e fadiga) foi observada uma maior frequência de TCD3+, TCD8+ e BCD19+ e NKTOTAL.


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  • O vírus da Chikungunya (CHIKV), pertencente ao gênero Alphaviridae e à família Togaviridae, é transmitido por mosquitos vetores do gênero Aedes sp., levando a uma doença caracterizada principalmente por febre, dor de cabeça, mialgia, erupção cutânea e dor articular. Sabe-se que diversas células do sistema imune inato e adaptativo agem a fim de promover a eliminação viral e retornar à homeostase do indivíduo, dentre elas as células T, B e Natural Killers (NK). Essas células são caracterizadas por apresentarem diversos mecanismos de supressão do sistema imune. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi caracterizar o perfil imunofenotípico das células T, B e NK no sangue periférico de pacientes com Chikungunya, nos estágios agudo e crônico, avaliando suas associações clínicas e sua possível utilização como indicadores de cronificação. Para tal, amostras do sangue periférico de indivíduos controles (n=72), pacientes agudos (n=56), subagudos (n= 85) e pacientes crônicos (n=42) foram coletadas e avaliadas por citometria de fluxo para caracterizar as células (TCD3+, TCD4+, TCD8+, BCD19+, NKTotal NKTCD56+CD3+). Foi observado: 1) maior frequência de TCD3+, TCD8+ e NKTotalCD56+CD3+ no grupo controle frente ao grupo caso, porém com associação estatisticamente significante (p<0.05) apenas para as celulas TCD3+, BCD19+ e NKTCD56+CD3+. 2) menor frequência de TCD3+, TCD4+, TCD8+ e BCD19+ no grupo agudo frente ao crônico, apresentando valores de associação estatisticamente significantes (p<0.05) para as célular TCD8+, BCD19+ e NKTCD56+CD3+. 3) maior frequência de TCD3+, TCD8+ e BCD19+ e NKTOTAL. 3) fracacorrelação (r<0,8) da frequência celular (células T, B e NK e subgrupos) de pacientes agudos e crônicos com as variáveis, estágio da doença, atividade da doença pelo paciente e pelo médico, dor reumática, fadiga e Avaliacao Global de saúde.

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  • LÉONY SOARES DE OLIVEIRA
  • DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPOS GENOSSENSORES NANOESTRUTURADOS COM POLÍMEROS CONDUTORES E QUANTUM DOTS PARA DETECÇÃO DE ONCOGENESES DE INTERESSE NA LEUCEMIA INFANTIL

  • Orientador : MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
  • MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
  • NORMA LUCENA CAVALCANTI LICINIO DA SILVA
  • Data: 26/09/2022

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  • As leucemias são neoplasias hematológicas que constituem um grupo heterogêneo de doenças que afetam os progenitores hematopoiéticos. A determinação da alteração genética associada a leucemia é de extrema importância para o prognóstico dos pacientes. Neste contexto, a população infanto-juvenil merece considerável atenção pois nessa faixa etária a leucemia é o tipo de câncer mais recorrente e com elevada taxa de mortalidade. Para investigação desses oncomarcadores são ultizadas técnicas da biologia molecular como FISH, RT-PCR e sua variante RTq-PCR. Essas técnicas são eficientes no rastreio entretanto ainda apresentam protocolos extensos, complexos e de alto custo. Diante disso os genossensores se destacam por serem biodispositivos que realizam quantificação de variantes genéticas de forma confiável, rápida e de baixo custo. Entretanto a implantação de biossensores DNA-sensíveis na rotina laboratorial ainda é um desafio importante devido à falta de portabilidade e miniaturização dos biodispositivos desenvolvidos sobre substratos convencionais. Quando esses biodispositivos são associados a técnicas eletroquímicas são agregadas características essenciais como detecção rápida e reversível da hibridização além da possibilidade de sistemas miniaturizados de avaliação. Diante disso o presente estudo traz o desenvolvimento de protótipos genossensores nanoestruturados com polímeros condutores e pontos quânticos para detecção de oncogenes de interesse na leucemia infantil. Duas categorias de nanodispositivos foram desenvolvidos um em formato de eletrodo de trabalho e outro em desing de célula eletroquímica com três eletrodos um eletrodo de trabalho, referência e auxiliar. Ambos dispositivos foram confeccionados em superfície de ITO flexível por meio de uma impressora de corte automatizada. Polipirrol (PPy), polianilina (PANI) e pontos quânticos de grafeno (GQDs) foram utilizados para a nanoestruturação e imobilização de sequências de fita simples de DNA (ssDNA) sobre a superfície dos biodispositivos desenvolvidos. Os nanodispositivos desenvolvidos foram voltados a detecção das translocações 1;19, 4;11; 12;21, 15;17 e 17;19. Todas as etapas de construção e ensaios de bioatividade dos dispositivos bioanalíticos foram caracterizadas por voltametria cíclica (VC), voltametria de pulso diferencial (DPV), espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE) e microscopia de força atômica (AFM). Ao avaliar a performance analítica dos genossensores frente a amostras plasmideais e de pacientes com leucemia alterações eletroquímicas características de biorreconhecimento foram detectadas com diminuição das correntes de picos voltamétricas e elevação da resistência a transferência de carga (RCT) do sistema. Na avaliação de especificidade dos biossensores de DNA não foram detectadas alterações de reconhecimento. Desta forma os nanodispositivos desenvolvidos apresentam a características promissoras para o diagnóstico de oncogenes de interesse na leucemia infantil.


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  • As leucemias são neoplasias hematológicas que constituem um grupo heterogêneo de
    doenças que afetam os progenitores hematopoiéticos. A determinação da alteração genética
    associada a leucemia é de extrema importância para o prognóstico dos pacientes. Neste contexto,
    a população infanto-juvenil merece considerável atenção pois nessa faixa etária a leucemia é o tipo
    de câncer mais recorrente e com elevada taxa de mortalidade. Para investigação desses
    oncomarcadores são ultizadas técnicas da biologia molecular como FISH, RT-PCR e sua variante
    RTq-PCR. Essas técnicas são eficientes no rastreio entretanto ainda apresentam protocolos
    extensos, complexos e de alto custo. Diante disso os genossensores se destacam por serem
    biodispositivos que realizam quantificação de variantes genéticas de forma confiável, rápida e de
    baixo custo. Entretanto a implantação de biossensores DNA-sensíveis na rotina laboratorial ainda
    é um desafio importante devido à falta de portabilidade e miniaturização dos biodispositivos
    desenvolvidos sobre substratos convencionais. Quando esses biodispositivos são associados a
    técnicas eletroquímicas são agregadas características essenciais como detecção rápida e reversível
    da hibridização além da possibilidade de sistemas miniaturizados de avaliação. Portanto o presente
    estudo traz o desenvolvimento de protótipos genossensores nanoestruturados com polímeros
    condutores e pontos quânticos para detecção de oncogenes de interesse na leucemia infantil.

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  • JULIA MELO CARONE
  • DETERMINAÇÃO DA POSITIVIDADE DO FATOR ANTINÚCLEO EM PACIENTES COM FEBRE CHIKUNGUNYA AGUDA E SUBAGUDA E SUA ASSOCIAÇÃO COM MANIFESTAÇÕES MUSCULOESQUELÉTICAS

  • Orientador : ANGELA LUZIA BRANCO PINTO DUARTE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDREA TAVARES DANTAS
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • RAFAELA SILVA GUIMARAES GONCALVES
  • Data: 28/09/2022

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  • Introdução: A Febre Chikungunya (FC) é uma doença infecciosa introduzida recentemente no Brasil que cursa com marcante quadro articular, responsável por incapacidade laboral.  Os vírus são os agentes ambientais mais importantes para o desenvolvimento de autoimunidade. Ainda é desconhecida a prevalência e influência que poderia ter os autoanticorpos antinucleares (FAN) na evolução dos pacientes com FC. Objetivos: Avaliar o perfil de FAN em pacientes com FC, nas fases aguda e subaguda. Metodologia: Foram incluídos 73 pacientes provenientes do Projeto Replick – Estudo Multicêntrico da História Natural e Resposta Terapêutica de Chikungunya com foco nas Manifestações Musculoesqueléticas Agudas e Crônicas. A pesquisa do FAN foi realizada através da imunofluorescência indireta (IFI) em células HEp-2 e os resultados foram associados a variáveis clínicas, índices de atividade articular e qualidade de vida. Resultados: Identificamos 68,5% do sexo feminino e média de idade de 47±15 anos. As comorbidades mais prevalentes foram IMC ³ 25 (71,4%) e hipertensão arterial sistêmica (32,9%). Observamos 67,1% com rigidez matinal, 41,1% com moderado a grave impacto na capacidade funcional pelo Health Assessment Questionnaire (HAQ) e 47,9% com Clinical Disease Activity Index (CDAI) alto. Identificamos em 39,7% o FAN positivo; o padrão pela IFI mais prevalente foi o nuclear pontilhado grosso (31,1%). Não foi observada relação entre rigidez matinal, índices de atividade articular e a positividade do FAN. Dos pacientes com rigidez matinal, um menor número (18,8%) apresentava o padrão nuclear pontilhado fino quando comparado com o nuclear homogêneo (37,4%) (p=0,03). Não houve relação estatisticamente significativa entre CDAI, HAQ e os padrões do FAN. Pacientes com padrão nuclear pontilhado fino possuíam escore médio menor de dor neuropática, pelo questionário DN4 (3,0±2,4), quando comparado a pacientes com padrão nuclear homogêneo (6,5±2,5) (p= 0,03). Conclusão: Encontramos um percentual significativo de pacientes com FAN positivo e o padrão pela IFI mais frequente foi o nuclear pontilhado grosso. Não pudemos estabelecer relação estatisticamente significativa entre rigidez matinal, índices de atividade da doença e a positividade do FAN na FC aguda/subaguda. O padrão nuclear pontilhado fino esteve menos associado a rigidez matinal e dor neuropática quando comparado com o padrão nuclear homogêneo.


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  • Introdução: A Febre Chikungunya (FC) é uma doença infecciosa introduzida recentemente no Brasil que cursa com marcante quadro articular responsável por incapacidade laboral ampliando ainda mais a magnitude do problema. Sabe-se que os vírus são considerados agentes ambientais mais importantes para o desenvolvimento de autoimunidade. Neste contexto ainda é desconhecida a prevalência e influência que poderia ter os autoanticorpos antinucleares na evolução dos pacientes com FC. Objetivos: Avaliar o perfil de anticorpos antinucleares (FAN) em pacientes com febre Chikungunya (FC). Metodologia: Foram incluídos 82 pacientes provenientes do Projeto Replick – Estudo Multicêntrico da História Natural e Resposta Terapêutica de Chikungunya com foco nas Manifestações Musculosqueléticas Agudas e Crônicas. A pesquisa do FAN foi realizada através da técnica da IFI em células de HEp-2 e seus resultados associados com variáveis clínicas, índices de atividade e qualidade de vida. Resultados: Em nosso estudo, observamos que 68% eram do sexo feminino, com média de idade de 47±15anos e a maioria 96,4% era procedente de Recife e Região Metropolitana. As comorbidades mais prevalentes foram hipertensão arterial sistêmica (32,9%), diabetes mellitus (13,4%) e doenças reumatológicas prévias (19,5%). Encontramos 92,7% nas fases aguda ou subaguda da FC. Observamos que 65,9% referiam rigidez matinal, 40,2% apresentaram um moderado impacto da doença na capacidade funcional medido pelo HAQ e a que a maior parte dos pacientes apresentaram CDAI alto (46,4%) ou moderado (30,5%). Nos pacientes com FC, encontramos 41,5% com fator antinuclear (FAN) positivo. Os padrões do FAN pela imunofluorescência indireta (IFI) mais prevalentes foram nuclear pontilhado fino e nuclear pontilhado grosso, igualmente presentes em 32,4% da amostra. Observamos que a maioria dos pacientes no curso da fase crônica tinham o FAN positivo (83,3%) quando comparados com pacientes em outras fases da FC (p=0,03). Na fase aguda da FC, encontramos uma predominância do padrão nuclear grosso (66,6%) e na fase crônica houve prevalência do padrão nuclear pontilhado fino (p=0,337). Não houve associação significativa entre rigidez matinal, CDAI e os padrões do FAN. Foi verificado que pacientes com padrão nuclear homogêneo apresentaram um HAQ maior em relação aos que tinham padrão nuclear pontilhado fino, com significância estatística (p=0,02).

    Conclusão: Uma maior parcela dos pacientes na fase crônica (83,3%) tinha FAN positivo em relação as outras fases da FC, sendo importante avaliar a associação da positividade e padrões do FAN com as manifestações musculoesqueléticas da fase crônica isoladamente. 41,5% apresentaram FAN positivo e os padrões mais frequentes foram o nuclear pontilhado fino e o nuclear pontilhado grosso. Não houve associação significativa entre rigidez matinal, CDAI e os padrões do FAN, porém pacientes com padrão nuclear homogêneo apresentaram um HAQ maior em relação a pacientes com o padrão nuclear pontilhado fino, com significância estatística.

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  • THAINÁ DOS SANTOS DANTAS
  • Avaliação da Toxicidade Aguda, Atividade Gastroprotetora e Antifúngica de Extrato Seco de Folhas de Croton blanchetianus Baill e Estudo de Pré-formulação de Grânulo Efervescente

  • Orientador : LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • TATIANE PEREIRA DE SOUZA
  • IVONE ANTONIA DE SOUZA
  • LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
  • Data: 30/09/2022

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  • Os compostos bioativos, presentes em espécies vegetais, são utilizados na indústria
    de cosméticos, alimentícia, bem como na indústria farmacêutica, fazendo parte de diversos
    medicamentos. Croton blanchetianus é uma espécie encontrada na caatinga com o clima seco
    e quente predominante do semiárido, conhecida popularmente como marmeleiro. Visando
    obter mais conhecimentos sobre a espécie, o trabalho tem como objetivo avaliar o perfil
    fitoquímico, propriedades físico-químicas, toxicidade e atividade gastroprotetora e
    antimicrobiana de pré-formulação efervescente contendo extrato das folhas de C.
    blanchetianus. O material vegetal (folhas) foi obtido em Pernambuco, foram secas em estufa
    (40 °C) e em seguida trituradas em moinho de facas. As análises físico-químicas (umidade,
    cinzas totais e granulometria) foram realizadas de acordo com a Farmacopeia Brasileira.
    Posteriormente, o método por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) foi validado
    para a matéria-prima vegetal. O estudo de sazonalidade também foi realizado, avaliando as
    propriedades fitoquimicas e físico-químicas. Os extratos foram obtidos por turbólise
    utilizando planejamento de misturas, utilizando etanol, água e acetona, e, suas misturas
    binárias e terciária. Os extratos foram avaliados por cromatografia camada delgada (CCD) e
    CLAE, bem como o teor de polifenóis (TPT) e flavonoides (TFT) totais e o resíduo seco (RS).
    Após a escolha do solvente, o processo de secagem por spray dryer foi estudado, em primeiro
    momento quanto aos adjuvantes (dióxido de sílico coloidal/maltodextrina/mistura 1:1, em
    relação ao RS). Em seguida, os parâmetros de secagem foram avaliados a partir de um fatorial
    2 2 com ponto central, considerando o fluxo de alimentação (L/h) e temperatura de entrada
    (°C) como fatores, com vazão de ar de 30 L/min. As respostas analisadas foram perfil por
    CCD e CLAE, TPT, TFT, bem como as propriedades tecnológicas (densidade aparente e
    compactada, ângulo de repouso e umidade). Diante da escolha do melhor ESA, foi realizado o
    ensaio de toxicidade aguda, utilizando a metodologia da OECD (2001). As pré-formulações
    foram obtidas em 4 formulações efervescente, utilizando o extrato seco otimizado de C.
    blanchetianus, lactose, bicarbonato de sódio, ácido cítrico, ácido tartárico e PVP em
    diferentes proporções. Após obtido o ESA e o G.E., o teste de atividade gastroprotetora foi
    realizado, utilizando-se o álcool para indução das úlceras e três concentrações do ESA para
    tratamento, realizou-se a medição das lesões, analise histopatológica dos estômagos e
    estatística. Por fim, foi realizada a covalidação do método por CLAE para o ESA, EL e a
    formulação efervescente escolhida. O material vegetal apresentou as análises físico-químicas
    dentro dos valores recomendados pela Farmacopeia Brasileira. O método por CLAE foi
    validado, apresentando-se linear, robusto, exato e preciso, estando dentro dos parâmetros da
    resolução vigente. O perfil por CCD evidenciou a presença de flavonoides, derivados
    cinâmicos, saponinas e taninos condensados. A amostra de junho do estudo de sazonalidade
    foi a que apresentou melhores teores de flavonoides e polifenóis, bem como nas análises
    físico-químicas. O melhor solvente extrativo foi a mistura água e acetona (1:1), com melhor
    extração de flavonoides, e melhores respostas para o RS e o TPT, observados no
    planejamento de misturas. Em relação ao processo de secagem, o adjuvante maltodextrina não
    apresentou interferência na extração de flavonoides. A respeito das propriedades tecnológicas,
    os extratos secos por aspersão (ESA) mostraram-se pobres em relação ao fluxo, e a utilização
    de maltodextrina favoreceu alguns parâmetros. Na análise térmica, o ESA com maltodextrina
    foi o que apresentou melhor estabilidade térmica. Na microscopia eletrônica, os extratos
    apresentaram partículas irregulares, de tamanhos diferentes. Com a utilização de
    planejamento fatorial foi possível obter um extrato seco com melhores características
    reológicas, com vazão de 0,5L/h e temperatura de 150 °C, sem ocorrer prejuízo ao perfil
    químico do extrato. A formulação efervescente escolhida para prosseguir com o ensaio
    farmacológico apresentou melhora nas propriedades reológicas após a obtenção dos grânulos.
    Por fim, a utilização de PVP nas formulações evidenciou a perda de alguns flavonoides, sendo
    retirado da formulação final. No teste da gastroproteção, o ESA apresentou efeito na
    concentração de 50 e 200 mg/kg. Além disso, o ESA e o G.E. apresentaram atividades
    antimicrobianas para cepas de Candida spp. A covalidação do método para o ESA, EL e a
    formulação efervescente foi considerada precisa e exata. Diante dos resultados, é possível
    deferir que os extratos das folhas de C. blanchetianus se mostraram eficientes quanto a
    extração de polifenóis, principalmente flavonoides; além de apresentar boas propriedades

    reológicas, estabilidade térmica, dose segura, efeito gastroprotetor e antimicrobiano,
    possibilitando a obtenção do granulado como insumo em futuras formulações farmacêuticas.


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  • Os compostos bioativos, presentes em espécies vegetais, são utilizados na indústria de cosméticos, alimentícia, bem como na indústria farmacêutica, fazendo parte de diversos medicamentos. Croton blanchetianus é uma espécie encontrada na caatinga com o clima seco e quente predominante do semiárido, conhecida popularmente como marmeleiro. Possui propriedades farmacológicas associadas a presença dos compostos fenólicos que auxiliam no processo curativo de distúrbios no organismo, como a ação anti-inflamatória. Visando obter mais conhecimentos sobre a espécie, o trabalho tem como objetivo avaliar o perfil fitoquímico, propriedades físico-químicas, toxicidade e atividade gastroprotetora de pré-formulação efervescente contendo extrato das folhas de C. blanchetianus. O material vegetal (folhas) foi obtido no agreste de Pernambuco, foram secas em estufa (40 °C) e em seguida trituradas em moinho de facas. As análises físico-químicas (umidade, cinzas totais e granulometria) foram realizadas de acordo com a Farmacopeia Brasileira. Posteriormente, o método por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) foi validado pra a matéria-prima vegetal (MPV). Os extratos foram obtidos por turbólise utilizando planejamento de misturas, utilizando etanol, água e acetona, e, suas misturas binárias e terciária. Os extratos foram avaliados por cromatografia camada delgada (CCD) e CLAE, bem como o teor de polifenóis (TPT) e flavonoides (TFT) totais e o resíduo seco (RS). Após a escolha do solvente, o processo de secagem por spray dryer foi estudado, em primeiro momento quanto aos adjuvantes (dióxido de sílico coloidal/maltodextrina/mistura 1:1, em relação ao RS). Em seguida, os parâmetros de secagem foram avaliados a partir de um fatorial 22 com ponto central, considerando o fluxo de alimentação (L/h) e temperatura de entrada (°C) como fatores, com vazão de ar de 30 L/min. As respostas analisadas foram perfil por CCD e CLAE, TPT, TFT, bem como as propriedades tecnológicas (densidade aparente e compactada, ângulo de repouso e umidade). Diante da escolha do melhor ESA, foram obtidas 4 formulações efervescente, utilizando o extrato seco otimizado de C. blanchetianus, lactose, bicarbonato de sódio, ácido cítrico, ácido tartárico e PVP em diferentes proporções. Por fim, foi realizada a covalidação do método por CLAE para o ESA e a formulação efervescente escolhida. O material vegetal apresentou as análises físico-químicas dentro dos valores recomendados pela Farmacopeia Brasileira. O método por CLAE foi validado, apresentando-se linear, robusto, exato e preciso, estando dentro dos parâmetros da resolução vigente. O perfil por CCD evidenciou a presença de flavonoides, derivados cinâmicos, saponinas e taninos condensados. O melhor solvente extrativo foi a mistura água e acetona (1:1), com melhor extração de flavonoides, e melhores respostas para o RS e o TPT, observados no planejamento de misturas. Em relação ao processo de secagem, o adjuvante maltodextrina não apresentou interferência na extração de flavonoides. A respeito das propriedades tecnológicas, os extratos secos por aspersão (ESA) mostraram-se pobres em relação ao fluxo, e a utilização de maltodextrina favoreceu alguns parâmetros. Com a utilização de planejamento fatorial foi possível obter um extrato seco com melhores características reológicas, com vazão de 0,5L/h e temperatura de 150 °C, sem ocorrer prejuízo ao perfil químico do extrato. A formulação efervescente escolhida para prosseguir com o ensaio farmacológico apresentou melhora nas propriedades reológicas após a obtenção dos grânulos. Por fim, a utilização de PVP nas formulações evidenciou a perda de alguns flavonoides, sendo retirado da formulação final. A covalidação do método para o ESA e a formulação efervescente foi considerada precisa e exata. Diante dos resultados, é possível deferir que os extratos das folhas de C. blanchetianus se mostraram eficientes quanto a extração de polifenóis, principalmente flavonoides; além de apresentar boas propriedades reológicas, possibilitando a obtenção do granulado como insumo em futuras formulações farmacêuticas.

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  • SUELLEN KARLA SILVA GUERRA
  • ANÁLISE DE ADESÃO AO TRATAMENTO DE INDIVÍDUOS SUBMETIDOS A TRANSPLANTE RENAL EM UM HOSPITAL DE RECIFE

  • Orientador : KARINA PERRELLI RANDAU
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FRANCISCA SUELI MONTE MOREIRA
  • JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • KARINA PERRELLI RANDAU
  • Data: 01/11/2022

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  • O Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro se destaca a nível mundial pela cobertura gratuita que fornece suporte assistencial completo e de qualidade para pacientes portadores de doença renal crônica. O Sistema Nacional de Transplantes é conhecido em todo o mundo por ter planejamento, logística, tratamento medicamentoso e acompanhamento efetivos para os indivíduos deste grupo. Na fase pós realização do transplante, os pacientes necessitam de tratamento com medicamentos imunossupressores como a azatioprina, ciclosporina, tacrolimo e prednisona, os quais são fornecidos em sua integralidade por programas do Ministério da Saúde a fim de evitar rejeição do órgão. Os custos gerados com o processo cirúrgico, acompanhamento clínico multidisciplinar e tratamento contínuo após o transplante são mensurados por meio de bases de dados que possuem valores pré-fixados e são utilizadas para levantamento dos valores agregados aos atendimentos de cada paciente, em que posteriormente é faturado e repassado para as instituições. Este estudo teve como objetivo avaliar a adesão ao tratamento dos pacientes submetidos à transplante renal. O método do estudo quantitativo retrospectivo foi desenvolvido através de consultas farmacêuticas periódicas após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, com aplicação de questionário semiestruturado e análise de variáveis como sexo, idade, composição de renda, frequência de consultas, diagnóstico que levou à indicação do transplante, comorbidades, medicamentos utilizados e adesão ao tratamento. Os resultados trouxeram dados de que não há uma relação direta entre a não adesão ao tratamento e as variáveis analisadas, contudo vê-se a necessidade de aprimorar ações e acompanhamento para este grupo de pacientes, bem como o fornecimento de ferramentas que possibilitem informações seguras para o período pós alta destes pacientes.


  • Mostrar Abstract
  • O Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro se destaca a nível mundial pela cobertura gratuita que fornece suporte assistencial completo e de qualidade para pacientes portadores de doença renal crônica. O Sistema Nacional de Transplantes é conhecido em todo o mundo por ter planejamento, logística, tratamento medicamentoso e acompanhamento efetivos para os indivíduos deste grupo. Na fase pós realização do transplante, os pacientes necessitam de tratamento com medicamentos imunossupressores como a azatioprina, ciclosporina, tacrolimo e prednisona, os quais são fornecidos em sua integralidade por programas do Ministério da Saúde a fim de evitar rejeição do órgão, bem como acompanhamento clínico multidisciplinar. Este estudo teve como objetivo avaliar a adesão ao tratamento dos pacientes na fase após transplante renal, realizar revisão narrativa sobre o transplante renal no Brasil e montagem de cartilha informativa para utilização do paciente após alta. O método do estudo qualitativo foi desenvolvido através de consultas farmacêuticas periódicas após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, com aplicação de questionário semiestruturado e análise de variáveis como sexo, idade, nível social, comorbidades, medicamentos utilizados em tratamento e interações medicamentosas que possam ocorrer. Até o momento, foram avaliados mediante acompanhamento 20 pacientes pós-transplante renal. Os resultados trouxeram dados que permitem aprimorar ações de acompanhamento para este grupo de pacientes, bem como o fornecimento de ferramentas que possibilitem informações seguras para o período pós alta desses pacientes.

Teses
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  • ANDERSON RODRIGUES DE ALMEIDA
  • INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL IMUNOMODULADOR E ANTIFIBRÓTICO EX VIVO E IN VIVO DE MOLÉCULAS SINTÉTICAS E DO PERFIL DE CITOCINAS NA ESCLEROSE SISTÊMICA

  • Orientador : MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • ANGELA LUZIA BRANCO PINTO DUARTE
  • MARIA CAROLINA ACCIOLY BRELAZ DE CASTRO
  • ANDREA TAVARES DANTAS
  • SANDRA HELENA POLISELLI FARSKY
  • Data: 23/02/2022

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  • A esclerose sistêmica (ES) é uma doença autoimune do tecido conjuntivo caracterizada por alterações vasculares, desregulação imunológica e fibrose progressiva da pele e de órgão internos. A fisiopatogênese da ES é complexa e incompletamente compreendida, o que reflete na heterogeneidade clínica da doença e dificulta a descoberta de terapias eficazes. Atualmente há poucas opções de tratamento para doença, e as que estão disponíveis não têm impacto significativo em sua progressão, havendo uma necessidade considerável por estudos que busquem a melhor compreensão da doença e que explorem novas alternativas terapêuticas. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o perfil de citocinas em pacientes com ES e a atividade imunomoduladora e antifibrótica de derivados tiazolidínicos (LPSF/CR-35 e LPSF/GQ-16) e do híbrido IBPA in vitro e in vivo. Na primeira etapa do estudo foram incluídos 84 pacientes com diagnóstico de ES e 84 voluntários saudáveis pareados por sexo e idade. A quantificação das citocinas no soro dos participantes foi realizada através da técnica de ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay). Na etapa seguinte, os efeitos imunomoduladores e antifibróticos dos derivados tiazolidínicos e do híbrido IBPA foram avaliados em células mononucleares do sangue periférico (PBMC) de pacientes com ES e em modelo de ES induzido por ácido hipocloroso (HOCl) em camundongos BALB/c. Observou-se que pacientes com ES quando comparados com voluntários saudáveis apresentaram aumento nos níveis séricos da IL (Interleucina) -27 e da IL-18, além de diminuição da isoforma a da proteína ligadora da IL-18 (IL-18 BPa). Além disso, os pacientes com ES apresentaram aumento significativo nos níveis séricos do receptor solúvel da oncostatina M (sOSM-R) e da glicoproteína 130 solúvel (sgp130), quando comparados com voluntários saudáveis. As citocinas e receptores desregulados no soro dos pacientes com ES foram correlacionados e/ou associados com manifestações da doença. Os tratamentos com as moléculas sintéticas in vitro promoveram a modulação na secreção de diferentes citocinas em cultivos de PBMC de pacientes com ES (IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, IL-13, IL-17, IFN-γ e TNF). Os efeitos imunomoduladores in vivo também foram evidenciados em modelo de ES induzido pelo HOCl, os diferentes tratamentos reduziram a expressão de marcadores de ativação em células T CD4+ (CD69) e células B (MHC-II e CD40), e a expressão do marcador de macrófagos M2 (CD206), em células isoladas do baço dos camundongos. A expressão do marcador de macrófagos M1 (CD86) foi aumentada após os diferentes tratamentos com os derivados tiazolidínicos e com o IBPA. A ação antifibrótica das moléculas foi avaliada in vivo na pele e pulmões dos camundongos com ES induzida pelo HOCl. Observou-se que os tratamentos regularam negativamente a expressão de mRNA de marcadores fibróticos na pele e pulmões (α-SMA, TGF-β, Colágeno tipo I, IL-4 e IL-13), além de terem reduzido o acúmulo de colágeno na pele e o espessamento dérmico. Adicionalmente, o IBPA reduziu significativamente o acúmulo de colágeno nos pulmões dos animais. As análises histopatológicas de fragmentos de pele e pulmões corados com Hematoxilina & Eosina e Sirius Red evidenciaram que as moléculas atuaram impedindo o desenvolvimento da fibrose dérmica e pulmonar nos camundongos. Os resultados apresentados no presente estudo indicaram diferentes citocinas e receptores solúveis que podem estar associados com a ES e identificaram três diferentes moléculas sintéticas com potencial terapêutico para a doença.


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  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE IMUNOMODULADORA E ANTIFIBRÓTICA DE NOVOS DERIVADOS TIAZOLIDÍNICOS E PERFIL DE CITOCINAS EM PACIENTES COM ESCLEROSE SISTÊMICA

2
  • ANA CATARINA CRISTOVÃO SILVA
  • AVALIAÇÃO IN SILICO E IN VITRO DOS MECANISMOS CELULARES E MOLECULARES DE DERIVADOS FENOXI-HIDRAZINO-TIAZÓIS CANDIDATOS A FÁRMACOS TRIPANOCIDAS

  • Orientador : MARCELO ZALDINI HERNANDES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ELIS DIONISIO DA SILVA
  • FABIO ROCHA FORMIGA
  • LUIZ FELIPE GOMES REBELLO FERREIRA
  • MARCELO ZALDINI HERNANDES
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • Data: 03/03/2022

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  • A doença de Chagas é considerada negligenciada e possui como agente etiológico o Trypanosoma cruzi. O tratamento é baseado no benzonidazol (Bzn), que é muito tóxico e mais efetivo na fase aguda da doença.  A descoberta de fármacos mais seguros, eficazes e menos tóxicos constitui portanto um desafio. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi investigar a ação tripanocida e imunomoduladora de 13 novos compostos fenoxi-hidrazino-tiazois. Para avaliação in silico, foram utilizadas plataformas (ProTox-II, SEA e SwissADME) para busca de possíveis alvos de citotoxicidade, farmacocinética e farmacodinâmica, além de características físico-químicas dos compostos. Além disso, foi realizado o docking molecular frente a alvos de T. cruzi, de citotoxicidade e do sistema imune. Para a citotoxicidade, diferentes tipos celulares foram utilizados; a atividade tripanocida foi avaliada frente a epimastigotas, tripomastigotas e amastigotas; para investigar a produção de óxido nítrico (ON) foram utilizados macrófagos; para investigar a morte celular, tripomastigotas foram utilizados; para avaliar a imunomodulação, foram utilizados esplenócitos. Após execução do docking molecular em diferentes alvos de T. cruzi, foi verificado que os valores de score para a esqualeno sintase e a 14-alfa demetilase foram maiores do que para os outros alvos (cruzaína e tripanotiona redutase). Após o docking com as enzimas monoamina oxidase A e B, verificou-se a afinidade de JM-13 por esses alvos, corroborando com achados das plataformas SEA e Protox-II. No docking com alvos do sistema imune, foi possível verificar uma afinidade maior dos compostos por TLR2 e TLR4, com afinidades semelhantes entre os receptores de citocinas. Os compostos da série JM demonstraram afinidade in silico para os alvos imunológicos, estando sempre entre os 10 melhores ranqueados para todos os alvos. Destaca-se JM-13 que foi o melhor ranqueado pra 7 dos 9 alvos. No geral, os compostos foram pouco tóxicos para todos os tipos celulares testados, com destaque para os compostos da série JM. O composto mais ativo para epimastigotas foi LIZ-531 (2,8 µM), para tripomastigotas foi LIZ-311 (8,6 µM) e para amastigotas foi LIZ-331 (1,9 µM). Houve indução da produção de ON na concentração de 200 µg/mL por LIZ-311 (2,5µM), LIZ-431 (4,1 µM) e LIZ-531 (5 µM). O composto JM-14 induziu a produção de ON nas 3 maiores concentrações testadas e houve relação dose-dependente. Na produção de citocinas, LIZ-331 induziu a produção de TNF e IL-6, já LIZ-311 foi indutor de TNF, IFN-γ, IL-2, IL-4, IL-10, IL-17. O composto LIZ-311 induziu morte celular principalmente por apoptose, além de diminuição de compartimentos ácidos e de potencial de membrana mitocondrial. Diante do exposto, fica claro o potencial do composto LIZ-311, pois além da atividade antiparasitária, foi pouco tóxico para as células testadas, com potencial imunomodulador in silico e in vitro (balanço Th1/Th2 e produção de ON), além de induzir a morte parasitária por via apoptótica.


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  • AVALIAÇÃO IN SILICO E IN VITRO DOS MECANISMOS CELULARES E MOLECULARES DE DERIVADOS FENOXI-HIDRAZINO-TIAZÓIS CANDIDATOS A FÁRMACOS TRIPANOCIDAS

3
  • INES EUGENIA RIBEIRO DA COSTA
  • EFICIÊNCIA TÉCNICA DOS HOSPITAIS DA REDE ESTADUAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO

  • Orientador : MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • RODRIGO GOMES DE ARRUDA
  • JOSE DE ARIMATEA ROCHA FILHO
  • LUSANIRA MARIA DA FONSECA DE SANTA CRUZ
  • Data: 15/03/2022

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  • Esta pesquisa empírica de recorte transversal fez avaliação da eficiência técnica da rede hospitalar estadual de Pernambuco. Aplicou-se a Análise Envoltória de Dados- DEA para retornos constantes e variáveis de escala,a fim de construir a fronteira de eficiência. Os dados do estudo são da rede hospitalar do estado de Pernambuco – Brasil, extraídos do Sistema de Informação Hospitalar e do Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde para o período de 2008 a 2019. Os hospitais foram classificados segundo porte, natureza jurídica e, àqueles sob gestão estadual segundo modelo de gerência – Administração Direta e Organização Social de Saúde. Realizaram-se, também, análises segundo classificação gerencial adotada pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. Foram construídos os indicadores: Taxa de Mortalidade Hospitalar, Tempo Médio de Permanência (em dias) e Taxa de Cirurgias para cada uma das unidades e para cada ano do estudo. Criou-se uma variável de agrupamento Porte, para análise da eficiência Técnica. Para estabelecer a comparação entre os modelos de gerência dos hospitais públicos e àqueles especificamente sob gestão estadual, foi aplicada a estatística descritiva através da análise de frequência, utilizando-se os testes de Shapiro Wilk e Man-Whitney. Os testes demonstraram que as variáveis selecionadas para o estudo não apresentaram distribuição normal e observou–se diferença estatisticamente significante entre as médias dos estabelecimentos gerenciados por Organizações Sociais de Saúde e Administração Direta. Os resultados obtidos a partir do desenvolvimento do Modelo DEA–CRS e VRS demonstraram que os hospitais de natureza pública foram mais eficientes, seguidos dos filantrópicos e privados. As Unidades Hospitalares gerenciadas pelas Organizações Sociais se apresentaram mais eficientes, com tendência negativa de crescimento. Já os hospitais de Administração Direta apresentaram um comportamento de busca pela eficiência, com tendência de crescimento. Os resultados da pesquisa permitem concluir que, para Pernambuco, a natureza jurídica afetou a eficiência técnica das unidades hospitalares, assim como o Modelo de gerência e o porte.


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  • EFICIÊNCIA TÉCNICA DOS HOSPITAIS DA REDE ESTADUAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO

4
  • JÉSSICA DE ANDRADE GOMES SILVA
  • Avaliação das Atividades Antimicrobiana, Antioxidante e Gastroprotetora das folhas do Croton heliotropiifolius Kunth

  • Orientador : TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CYNTHIA LAYSE FERREIRA DE ALMEIDA
  • ERYVELTON DE SOUZA FRANCO
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • VALERIA PEREIRA HERNANDES
  • VANDA LUCIA DOS SANTOS
  • Data: 25/03/2022

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  • Croton heliotropiifolius (velame) é uma espécie encontrada na vegetação da caatinga do nordeste brasileiro, e constitui um dos principais representantes do gênero Croton que vem sendo usado pela população no alívio da dor de estômago. As úlceras gástricas são lesões caracterizadas por injúria no tecido e afetam milhares de pessoas no mundo. Deste modo, uma alternativa na busca de novas terapias para a prevenção e tratamento das doenças gástricas está na utilização de produtos naturais. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar in vitro o potencial antimicrobiano, antioxidante e a citotoxicidade dos extratos das folhas C. heliotropiifolius, bem como a toxicidade aguda e o efeito gastroprotetor em modelos de úlcera experimental in vivo. Os extratos hexânico (EHCh), acetato de etila (EACh) e etanólico (EECh) foram preparados e submetidos a análises por cromatografia em camada delgada e por cromatografia gasosa acoplada a espectrômetro de massas, onde foi possível a identificação de compostos como flavonoides, triterpenos, esteroides, monoterpenos, sesquiterpenos, proantocianidinas, leucoantocianidinas e como majoritários, compostos da classe dos esteroides e ácidos graxos. Posteriormente, foi realizado o doseamento de fenóis totais, flavonoides e proantocianidinas, por serem as principais classes de compostos identificadas nas análises cromatográficas. Na avaliação da atividade antibacteriana, foi observada fraca ação do EHCh frente ao Bacillus subtilis e inatividade para as cepas de Staphylococcus aureus, Acinetobacter baumannii, Enterobacter aerogenes, Pseudomonas aeruginosa e Helicobacter pylori. O EACh e o EECh não apresentaram atividade antibacteriana contra as cepas testadas. A atividade antioxidante pelos métodos DPPH, ABTS, redução do íon férrico (FRAP) e capacidade antioxidante total apontaram o EECh como o extrato de melhor efeito antioxidante. Quanto à citotoxicidade frente a linhagem de fibroblastos de camundongos (L919) e atividade tóxica aguda, não se observou toxicidade nos extratos nas doses testadas (1,56 – 50 µg no ensaio de citotoxicidade in vitro e 2000 mg/kg para o ensaio de toxicidade aguda). Na atividade gastroprotetora, no modelo agudo de úlcera induzido por etanol absoluto, o EHCh, nas concentrações de 50, 100 e 200 mg/kg, respectivamente, promoveu uma redução significativa das lesões em 85,16; 86,75 e 87,68 %, quando comparadas ao controle, que apresentou um índice de lesão ulcerativa (ILU) de 73,84%. O EACh reduziu em 86,69; 87,95 e 88,28 % as lesões nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg, respectivamente. O controle lesionado apresentou ILU de 72,23 %. O EECh, também nas concentrações 50, 100 e 200 mg/Kg reduziu respectivamente as lesões em 89,49 %,92,92% e 89,32%, sendo este extrato considerado o mais ativo. No modelo de indução por indometacina, o EECh nas concentrações de 50, 100 e 200 mg/kg, apresentou respectivamente, área de lesão ulcerativa de 11,18 mm2, 7,39 mm2 e 8,51 mm2, enquanto o controle lesionado apresentou área 23,11 mm2. Com as dosagens de óxido nítrico (NO), glutationa reduzida (GSH), malondialdeído (MDA) e mieloperoxidase (MPO) no tecido estomacal, foi possível observar a melhora desses parâmetros antioxidante e anti-inflamatórios após os tratamentos, sugerindo que a ação gastroprotetora dos extratos envolva múltiplos fatores. A investigação do NO como mecanismo de ação, comprovou efeito parcial na ação gastroprotora do EECh. Contudo, é possível sugerir que os extratos apresentam atividade antiulcerogênica promissora.


  • Mostrar Abstract
  • Croton heliotropiifolius é uma espécie encontrada na vegetação da caatinga do nordeste brasileiro, e constitui um dos principais representantes do gênero Croton que vem sendo usado pela população no alívio da dor de estômago. As úlceras gástricas são lesões caracterizadas por injúria no tecido e afetam milhares de pessoas no mundo, o que ameaça a economia global. Deste modo, uma alternativa na busca de novas terapias para a prevenção e tratamento das doenças gástricas está na utilização de produtos naturais. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar in vitro o potencial antimicrobiano, antioxidante e a citotoxicidade dos extratos das folhas C. heliotropiifolius, bem como o seu efeito gastroprotetor em modelos de úlcera experimental in vivo. Extratos hexânico (EHCh), acetato de etila (EACh) e etanólico (EECh) foram preparados e submetidos a análises por cromatografia em camada delgada e por cromatografia gasosa acoplada a espectrômetro de massas, onde foi possível a identificação de compostos como flavonoides, triterpenos, esteroides, monoterpenos, sesquiterpenos, proantocianidinas, leucoantocianidinas e como majoritários, compostos da classe dos esteroides e ácidos graxos. Posteriormente, foi realizado o doseamento de fenóis totais, flavonoides e proantocianidinas, por serem as principais classes de compostos identificadas nas análises cromatográficas. Na avaliação da atividade antibacteriana, foi observada fraca ação do EHCh frente ao Bacillus subtilis e inatividade para as cepas de Staphylococcus aureus, Acinetobacter baumannii, Enterobacter aerogenes e Pseudomonas aeruginosa. O EACh e o EECh não apresentaram atividade antibacteriana contra as cepas testadas. A atividade antioxidante pelos métodos DPPH, ABTS, redução do íon férrico (FRAP) e capacidade antioxidante total apontaram o EECh como o extrato de melhor efeito antioxidante. Quanto à citotoxicidade frente a linhagem de fibroblastos de camundongos (L919) e atividade tóxica aguda, não se observou toxicidade nos extratos nas doses testadas (1,56 – 50 µg no ensaio de citotoxicidade in vitro e 2000 mg/Kg para o ensaio de toxicidade aguda). Na atividade gastroprotetora, avaliada em modelo agudo de úlcera induzido por etanol absoluto, o EHCh, nas concentrações de 50, 100 e 200 mg/Kg promoveu a melhora das lesões em 85,16; 86,75 e 87,68 %, respectivamente. O EACh reduziu em 86,69; 87,95 e 88,28 % as lesões nas doses de 50, 100 e 200 mg/Kg, respectivamente. O EECh, na concentração de 50 mg/Kg reduziu as lesões em 89,49 %, na concentração de 100 mg/Kg reduziu as lesões em 92,92% e na concentração de 200 mg/Kg reduziu 89,32%, apresentando um comportamento dose não dependente, entretanto foi considerado o extrato mais ativo. No modelo de indução por indometacina, o EECh nas concentrações de 50, 100 e 200 mg/Kg, apresentou área de lesão ulcerativa de 11,18 mm2, 7,39 mm2 e 8,51 mm2, respectivamente. Quanto aos parâmetros antioxidante e anti-inflamatórios de NO, GSH, MDA e MPO do tecido estomacal, também foi possível observar a melhora após os tratamentos com o EHCh, EACH e com o EECh, sugerindo que a ação gastroprotetora dos extratos envolva múltiplos fatores.

5
  • ANDREA VIRGINIA CHAVES MARKMAN
  • MicroRNAs na variante cardíaca da doença de Fabry: novo biomarcador?

  • Orientador : DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLOS GUN
  • DARIO CELESTINO SOBRAL FILHO
  • DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA
  • LUCIA HELENA DE OLIVEIRA CORDEIRO
  • SIMONE CRISTINA SOARES BRANDAO
  • Data: 13/05/2022

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  • A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma doença genética caracterizada por hipertrofia ventricular esquerda (HVE) na ausência de outra condição cardíaca, sistêmica ou metabólica. A investigação molecular através dos painéis genéticos possibilita a identificação de fenocópias que cursam com HVE, dentre as quais a doença de Fabry (DF).  A forma clássica da DF, causada por mutações patogênicas, não apresenta controvérsias quanto à instituição do tratamento, porém as apresentações tardias, com variantes de significado incerto (VUS), são objeto de discussão quanto ao início da terapia e à utilização do liso-Gb3 como marcador de patogenicidade.  Novos biomarcadores estão sendo estudados, dentre os quais os microRNAs (miRNAs). O objetivo deste estudo é a pesquisa de miRNAs como marcadores de patogenicidade nos pacientes (pcts) com a variante cardíaca da DF. Foram incluídos 131 pcts com o diagnóstico ecocardiográfico de CMH submetidos à investigação genética para a DF, dos quais 76 através do sequenciamento do gene GLA e 55 pelo painel genético para CMH. Em sete pcts (5,34%) foram encontradas mutações no gene GLA e identificadas as seguintes variantes: uma c.967C>A(p.Pro323Thr), quatro  c.352C>T(p.Arg118Cys) e duas  c.937G>T(p.Asp313Tyr). Os pcts com mutações no gene GLA que haviam realizado, apenas, o sequenciamento do gene, foram submetidos ao painel para CMH (18 genes). Três pcts (todos com a variante p.Arg118Cys)  apresentaram mutações em outros genes.  Nos quatro restantes, a investigação foi ampliada através da coleta do painel para as cardiomiopatias (206 genes),  não tendo sido detectadas variantes em outros genes. A triagem familiar revelou 17 indivíduos com mutações no gene GLA, sendo identificados dois irmãos com HVE com a variante c.937G>T(p.Asp313Tyr). O painel para cardiomiopatias hereditárias foi coletado em um deles e nenhuma mutação foi detectada em outro gene. Os pcts e os portadores de variantes no gene GLA foram submetidos à dosagem do liso-Gb3 e à análise dos seguintes miRNAs: miR-1291, miR-214 e miR-505, tendo sido avaliadas as suas expressões diferenciais. Na comparação entre indivíduos com HVE e sem HVE, não houve diferença significativa para os miR-1291, miR-214 e miR-505, entretanto houve tendência a super expressão nos indivíduos que apresentam HVE, principalmente para o miR-1291. Diferentemente, a expressão do miR-214 em indivíduos com HVE foi significativamente menor do que em indivíduos sem HVE (p=0,0416), tendo a expressão relativa de indivíduos saudáveis como referência. Para o miR-505 houve uma expressão significativamente maior tanto nos portadores das variantes no gene GLA sem HVE quanto nos pcts com variantes no GLA com HVE,  quando comparados a indivíduos saudáveis (p=0,0195).  O miR-505 também apresentou uma correlação significativa e diretamente proporcional com o liso-Gb3 no grupo dos pcts com GLA com  HVE (p=0.0353; r=-0.9647). Todos os indivíduos apresentaram os níveis do liso-Gb3 normais. Neste estudo a frequência de mutação no gene GLA em pcts com CMH foi 5,34%. A coleta do painel molecular para cardiomiopatias hereditárias não detectou outras variantes que justifiquem a HVE em pcts com as mutações c.967C>A(p.Pro323Thr) e  c.937G>T(p.Asp313Tyr), até então classificadas como VUS. Tratando-se de uma doença rara este estudo contribui com evidências de que o aumento na expressão do miR-505, o aumento na expressão de miR-1291 e sub expressão de miR-214 naqueles com HVE podem ser marcadores de patogenicidade na DF. No entanto, são necessárias maiores investigações destes microRNAs com um número maior de indivíduos.


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  • A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma doença genética, caracterizada por hipertrofia
    ventricular esquerda (HVE) na ausência de outra condição cardíaca, sistêmica ou
    metabólica. A investigação molecular através dos painéis genéticos, possibilita a
    identificação de fenocópias que cursam com HVE, dentre as quais a doença de Fabry
    (DF). A forma clássica da DF, causada por mutações patogênicas, não apresenta
    controvérsias quando à instituição do tratamento, porém apresentações tardias, com
    acometimento cardíaco e variantes de significado incerto (VUS) são objetos de discussão
    quanto ao início da terapia. O liso-Gb3 é utilizado como marcador de patogenicidade nas
    formas clássicas da DF, embora apresente resultados conflitantes nas formas tardias e
    ainda classificadas como VUS. Novos biomarcadores estão sendo estudados, dentre os
    quais os microRNAs (miRNAs). O objetivo deste estudo é a pesquisa dos miRNAs como
    marcador de patogenicidade nos pacientes (pcts) com a variante cardíaca da DF. Foram
    incluídos, 131 pcts com o diagnóstico ecocardiográfico de CMH, destes 76 realizaram o
    sequenciamento do gene GLA e 55 o painel genético para CMH. Naqueles que foi
    coletado o painel para CMH, as mutações mais frequentes foram nos genes da cadeia
    pesada de miosina (MYH7) em dez pcts (22,2%), proteína C ligante de miosina
    (MYBPC3) em sete pcts (15,5%) e filamina C (FLNC) em seis pcts (13,3%). Em sete pcts
    (5,34%) foram encontradas mutações no gene GLA e identificadas as seguintes variantes:
    c.967C&gt;A(p.Pro323Thr), c.352C&gt;T(p.Arg118Cys) e c.937G&gt;T(p.Asp313Tyr), todas
    classificadas como VUS. O nível do biomarcador liso-Gb3 foi normal em todos os pcts. Os
    sete pcts coletaram o painel genético para CMH, e em três foram encontradas mutações
    no sarcômero cardíaco. A triagem familiar identificou 17 indivíduos com mutações no
    gene GLA, dos quais dois do sexo masculino e da mesma família, com a mutação
    p.Asp313Tyr, apresentam hipertrofia miocárdica. O painel para CMH foi coletado em um
    deles e nenhuma outra mutação foi encontrada. Os pcts e os portadores de variantes no
    gene GLA serão submetidos à análise do miRNA.

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  • MARIA DE FÁTIMA DEODATO DE SOUZA
  • Galectinas 1,4 e 9  em pacientes com Adenocarcinoma Gástrico: Associações clinicas e parâmetros de acurácia

  • Orientador : MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • CRISTIANO APARECIDO CHAGAS
  • MICHELLE MELGAREJO DA ROSA
  • MARIANNE DE VASCONCELOS CARVALHO
  • MARINA FERRAZ CORDEIRO
  • Data: 15/06/2022

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  • O câncer gástrico (CG) é uma das malignidades mais comum do trato gastrointestinal,
    com sobrevida desfavorável nos estágios mais avançados. Na prática clínica, os
    marcadores tumorais séricos utilizados não apresentam parâmetros de acurácia
    suficientes para serem totalmente confiáveis. As galectinas são proteínas com afinidade
    aos β-galactosídeos que desempenham papéis importantes no processo carcinogênico.
    Por conseguinte, emergem como moléculas promissoras para novos marcadores
    biológicos. A partir dessa premissa, o presente estudo objetivou quantificar os níveis
    circulantes de galectina-1, galectina-4 e galectina-9 para distinguir pacientes com câncer
    gástrico de indivíduos saudáveis, e avaliar sua possível associação aos parâmetros
    clínico-patológicos. Os pacientes foram recrutados do serviço de oncologia do Hospital
    das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Sociedade
    Pernambucana de Combate ao Câncer (SPCC). Um total de 69 pacientes com
    diagnóstico de adenocarcinoma gástrico e 67 indivíduos saudáveis foram incluídos no
    estudo. Os níveis circulantes dessas galectinas foram determinados por ELISA, e os
    dados da expressão do mRNA dos genes LGALS1, LGALS4 e LGALS9 foram
    extraídos da plataforma cBioPortal for cancer genomics. As análises estatísticas foram
    realizadas pelo teste de Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e Pearson; p&lt; 0,05 foi
    considerado significativo. As características operacionais do receptor (ROC),
    sensibilidade, especificidade e razão de verossimilhança (LR) foram plotadas utilizando
    o software GraphPad Prisma. Os níveis circulantes de galectina-1, 4 e 9 foram maiores
    nos pacientes com adenocarcinoma gástrico comparado aos indivíduos saudáveis. O
    ponto de corte dos níveis circulantes de galectina-1 para distinguir pacientes com
    adenocarcinoma gástrico de indivíduos saudáveis foi de 22935 pg/ml (sensibilidade
    61,90%, especificidade 96,08%, LR: 15,79) (AUC: 0,9153, p &lt; 0,0001). Os níveis
    circulantes de galectina-1 foram associados a invasão angiolinfática (p = 0,0496). Já o
    ponto de corte de galectina-4 para distinguir pacientes dos indivíduos saudáveis foi de
    572,3 pg/ml (sensibilidade 98,55%, especificidade 84,62%, LR: 6,406) (AUC: 0,9632, p
    &lt;0,0001). A expressão do mRNA do LGALS4 foi associada ao grau histológico (p &lt;
    0,0001), classificação de Lauren (p = 0,0406) e infecção por H. pylori (p = 0,0479).
    Complementarmente, o ponto de corte de galectina-9 para distinguir os grupos
    avaliados foi de 5517 pg/ml (sensibilidade 80,60%, especificidade 97,01%, LR: 27,00)(AUC: 0,9414, p &lt;0,0001). Os níveis circulantes de galectina-9 foram associados ao sexo (p = 0,0033), idade (p = 0,0158), grau histológico (p = 0,0013) e a estratégia cirúrgica (p = 0,0497). Além disso, os níveis de Gal-9 apresentaram uma correlação moderada com o número absoluto de neutrófilos desses pacientes (r = 0,4228; p = 0,0053). De maneira inédita, nossos dados apresentam parâmetros de acurácia capazes de distinguir pacientes com adenocarcinoma gástrico de indivíduos saudáveis. Dessa forma, essas moléculas surgem como potenciais marcadores biológicos.


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  • O câncer gástrico (CG) é uma das malignidades mais comum do trato gastrointestinal,
    com sobrevida desfavorável nos estágios mais avançados. Na prática clínica, os
    marcadores tumorais séricos utilizados não apresentam parâmetros de acurácia
    suficientes para serem totalmente confiáveis. As galectinas são proteínas com afinidade
    aos β-galactosídeos que desempenham papéis importantes no processo carcinogênico.
    Por conseguinte, emergem como moléculas promissoras para novos marcadores
    biológicos. A partir dessa premissa, o presente estudo objetivou quantificar os níveis
    circulantes de galectina-1, galectina-4 e galectina-9 para distinguir pacientes com câncer
    gástrico de indivíduos saudáveis, e avaliar sua possível associação aos parâmetros
    clínico-patológicos. Os pacientes foram recrutados do serviço de oncologia do Hospital
    das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Sociedade
    Pernambucana de Combate ao Câncer (SPCC). Um total de 69 pacientes com
    diagnóstico de adenocarcinoma gástrico e 67 indivíduos saudáveis foram incluídos no
    estudo. Os níveis circulantes dessas galectinas foram determinados por ELISA, e os
    dados da expressão do mRNA dos genes LGALS1, LGALS4 e LGALS9 foram
    extraídos da plataforma cBioPortal for cancer genomics. As análises estatísticas foram
    realizadas pelo teste de Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e Pearson; p&lt; 0,05 foi
    considerado significativo. As características operacionais do receptor (ROC),
    sensibilidade, especificidade e razão de verossimilhança (LR) foram plotadas utilizando
    o software GraphPad Prisma. Os níveis circulantes de galectina-1, 4 e 9 foram maiores
    nos pacientes com adenocarcinoma gástrico comparado aos indivíduos saudáveis. O
    ponto de corte dos níveis circulantes de galectina-1 para distinguir pacientes com
    adenocarcinoma gástrico de indivíduos saudáveis foi de 22935 pg/ml (sensibilidade
    61,90%, especificidade 96,08%, LR: 15,79) (AUC: 0,9153, p &lt; 0,0001). Os níveis
    circulantes de galectina-1 foram associados a invasão angiolinfática (p = 0,0496). Já o
    ponto de corte de galectina-4 para distinguir pacientes dos indivíduos saudáveis foi de
    572,3 pg/ml (sensibilidade 98,55%, especificidade 84,62%, LR: 6,406) (AUC: 0,9632, p
    &lt;0,0001). A expressão do mRNA do LGALS4 foi associada ao grau histológico (p &lt;
    0,0001), classificação de Lauren (p = 0,0406) e infecção por H. pylori (p = 0,0479).
    Complementarmente, o ponto de corte de galectina-9 para distinguir os grupos
    avaliados foi de 5517 pg/ml (sensibilidade 80,60%, especificidade 97,01%, LR: 27,00)(AUC: 0,9414, p &lt;0,0001). Os níveis circulantes de galectina-9 foram associados ao sexo (p = 0,0033), idade (p = 0,0158), grau histológico (p = 0,0013) e a estratégia cirúrgica (p = 0,0497). Além disso, os níveis de Gal-9 apresentaram uma correlação moderada com o número absoluto de neutrófilos desses pacientes (r = 0,4228; p = 0,0053). De maneira inédita, nossos dados apresentam parâmetros de acurácia capazes de distinguir pacientes com adenocarcinoma gástrico de indivíduos saudáveis. Dessa forma, essas moléculas surgem como potenciais marcadores biológicos.

7
  • MAYARA SOUZA BARBALHO
  • Investigação da atividade tripanocida e imunomoduladora de derivados 1,3 tiazóis substituídos

  • Orientador : VALERIA PEREIRA HERNANDES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • POLICARPO ADEMAR SALES JUNIOR
  • ELIS DIONISIO DA SILVA
  • MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
  • MARIA EDLEUZA FELINTO DE BRITO
  • VALERIA PEREIRA HERNANDES
  • Data: 30/06/2022

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  • O Brasil lidera o número de casos na América Latina ao se tratar de doença de Chagas, estimando-se 2 milhões de pessoas acometidas pela doença em nosso país. O tratamento da doença ainda é baseado no benzonidazol, porém essa droga é mais efetiva na fase aguda e possui alta toxicidade. Além disso, é sabido que o envolvimento do sistema imune de hospedeiros infectados com Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença, pode desempenhar um importante papel na eficácia da quimioterapia. Diante disso, uma nova série de 1,3-tiazóis (2-17), derivados de 2,4-diclorofenil tiossemicarbazona ou 2,3,4-triclorofenil-tiossemicarbazona, foram investigados em ensaios in vitro sobre as formas evolutivas do T. cruzi, in silico e quanto ao potencial imunomodulador. Em paralelo, visando a melhoria do screening de novos compostos, o presente estudo propõe o desenvolvimento de uma linhagem transgênica de T. cruzi que expressa luciferase, reduzindo o tempo de análise em comparação aos métodos convencionais. Contra a forma tripomastigota, alguns derivados de 1,3-tiazol apresentaram valores de IC50 que foram pelo menos 10 vezes mais potentes que o benznidazol, como os compostos 8 (2,64M), 4 (3,27M), 10 (4,08 M) e 16 (4,82 M). Contra a forma amastigota, o composto 15 apresentou o melhor valor de IC50 (3,65M) sendo mais ativo que o fármaco padrão, benznidazol (5,64M). Os compostos 11 (5,96M) e 12 (4,46M) exibiram atividade equipotente quando comparados ao benzonidazol. Em relação à citotoxicidade em macrófagos, alguns dos tiazóis apresentaram baixa citotoxicidade (os compostos 6, 8, 9, 14, 16 e 17 apresentam CC50 > 44,18 M). Os resultados de docking molecular sugerem que os compostos que possuem anéis aromáticos como substituintes, como fenil (compostos 8 e 17) ou naftil (composto 9), apresentaram maior afinidade prevista para o sítio de ligação da cruzaína quando comparados com as moléculas com substituintes não aromáticos. Quanto a avaliação do perfil de morte celular por citometria de fluxo, apenas um composto induziu necrose de maneira significativa no tratamento de 2xIC50 em relação ao sem tratamento e ao benzonidazol. Até o momento, a amplificação e clonagem do gene da luciferase para obtenção da cepa transgênica está na fase inicial. Portanto, essa nova série de 1,3-tiazóis apresentou compostos com potencial promissor para o avanço de estudos pré-clínicos contra doença de Chagas


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  • INVESTIGAÇÃO DA ATIVIDADE TRIPANOCIDA E IMUNOMODULADORA DE DERIVADOS 1,3 TIAZÓIS SUBSTITUÍDOS

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  • LUCAS PORTELA SILVA
  • AVALIAÇÃO DE TESTES SOROLÓGICOS PARA ESTIMAR A PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO ASSINTOMÁTICA POR Leishmania spp. EM DOADORES DE SANGUE

  • Orientador : VALERIA PEREIRA HERNANDES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • KAMILA GAUDÊNCIO DA SILVA SALES
  • MARIA CAROLINA ACCIOLY BRELAZ DE CASTRO
  • POLICARPO ADEMAR SALES JUNIOR
  • VALERIA PEREIRA HERNANDES
  • WALTER LINS BARBOSA JUNIOR
  • Data: 18/08/2022

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  • As leishmanioses são um grupo de doenças parasitárias causadas por protozoários do gênero Leishmania. A forma visceral da doença é ocasionada pelas espécies do complexo Leishmania donovani - Leishmania (Leishmania) donovani e L. (L.) infantum que acometem os órgãos internos e podem apresentar-se de forma assintomática, o que é preocupante, visto que esses assintomáticos podem atuar como reservatórios do parasito e em uma eventual transfusão sanguínea podem contribuir para na transmissão. No Brasil, ente os anos de 2001 a 2014, foram notificados 47.859 novos casos da doença, o estado de Pernambuco é um dos que mais notificam, sendo a região do sertão responsável por 49,6% das notificações do 6 estado. Diante disso, faz-se necessária a triagem laboratorial para a detecção da Leishmania spp. em bancos de sangue para garantir a segurança no processo de doação, principalmente em regiões endêmicas. Portanto, este estudo teve como objetivo estimar a soroprevalência da infecção assintomática por L. infantum em doadores de sangue. Selecionamos as amostras (n=500) da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (HEMOPE), localizada em Recife, região nordeste do Brasil. Ao todo 495 amostras de soro foram avaliadas pelos testes ELISA, utilizando o extrato solúvel de L.infantum e os antígenos recombinantes, Q5, Lci2 e rK39. A soroprevalência foi de 30,69% (ELISA com antígeno solúvel de L.infantum), 23,43% (ELISA - Q5), 5,65% (ELISA-Lci2) e 0% (ELISA- rK39) . Na avaliação de diferentes técnicas sorológicas para a identificação de assintomáticos, obtivemos uma positividade de 22,6% (CF- Citometria de Fluxo), 9,7% (DAT - Direct Agglutination Test), 22,6% (ELISA-Antígeno solúvel L.infantum), 12,7% (ELISA-Q5), 0% (ELISA-rK39) e 6,4% (ELISA-Lci2). Diante dos resultados, podemos concluir que para a triagem de indivíduos assintomáticos para LV é necessária uma associação entre técnicas sorológicas convencionais e antígenos recombinantes e com base na prevalência dada pelos antígenos aplicados nos testes de ELISA, observamos uma incidência preocupante de LV em doadores de sangue de um banco do nordeste brasileiro.


  • Mostrar Abstract
  • As leishmanioses são um grupo de doenças parasitárias causadas por um protozoário
    do gênero Leishmania. Considerada como grave, a infecção pode apresentar diversos
    sinais e sintomas clínicos, destacando-se a forma visceral que acomete os órgãos
    internos e pode apresentar-se de forma assintomática. A forma assintomática da
    doença é preocupante, visto que os pacientes podem atuar como reservatórios do
    parasito e, em uma eventual transfusão sanguínea, contribuirão para transmitir a
    Leishmaniose. Diante disso, faz-se necessário a triagem laboratorial para a detecção
    da Leishmania infantum em bancos de sangue, para garantir a segurança no processo
    de doação, principalmente em regiões endêmicas. Portanto, este estudo teve como
    objetivo estimar a soroprevalência da infecção assintomática por Leishmania sp. em
    doadores de sangue. Selecionamos as amostras da Fundação de Hematologia e
    Hemoterapia de Pernambuco (HEMOPE), localizada em Recife, capital do estado de
    Pernambuco, região nordeste do Brasil. Ao total 495 amostras de doadores de soro
    foram avaliadas pelos testes ELISA, utilizando o extrato solúvel de L.infantum e os
    antígenos recombinantes, utilizando a proteína Q5, o antígeno rK39 e a proteína Lci2.
    A soroprevalência foi de 30,69% (ELISA com antígeno solúvel de L.infantum), 23,43%
    (ELISA - Q5), 0% (ELISA- rK39) e 5,65% (ELISA-Lci2). Na avaliação de diferentes
    técnicas sorológicas para a identificação de assintomáticos, utilizando assintomáticos
    (n=31), obtivemos uma positividade de 22,6% (CF- Citometria de Fluxo), 9,7% (DAT -
    Direct Agglutination Test), 22,6% (ELISA-Antígeno solúvel L.infantum), 12,7%
    (ELISA-Q5), 0% (ELISA-rK39) e 6,4% (ELISA-Lci2). Verificamos que a combinação de
    diferentes métodos é a melhor forma de estimar a soroprevalência de infecção
    assintomática por Leishmania.

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  • LILIAN DAVID DE AZEVEDO VALADARES
  • AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA SINVASTATINA NA MODULAÇÃO DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA NA ESCLEROSE SISTÊMICA: um ensaio clínico randomizado

  • Orientador : ANGELA LUZIA BRANCO PINTO DUARTE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDERSON RODRIGUES DE ALMEIDA
  • ANGELA LUZIA BRANCO PINTO DUARTE
  • HENRIQUE DE ATAIDE MARIZ
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • RAFAELA SILVA GUIMARAES GONCALVES
  • VALERIA PEREIRA HERNANDES
  • Data: 19/08/2022

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  • A Esclerose Sistêmica (ES) é uma doença reumatológica autoimune, progressiva, que se
    caracteriza pelo comprometimento vascular, pela produção de auto anticorpos com inflamação, e
    fibrose. Atualmente dada a sua variabilidade clínica e fenotípica não possui um tratamento
    eficaz, capaz de promover o controle da doença, o que atualmente dispomos, visa diminuir o
    impacto na qualidade de vida desses pacientes, visando uma maior e melhor sobrevida. As
    estatinas, substâncias utilizadas há décadas na prevenção e tratamento das doenças
    cardiovasculares, através de estudos in vitro, têm sido observado um possível perfil
    imunomodulador dessas substâncias na ES. Esse ensaio clínico randomizado, triplo cego,
    placebo controlado, avaliou o efeito nos níveis séricos das citocinas IL-4, IL-6, IL-8, IL-13, IL-
    17A, CCL-2, IL-29 e IP-10, nos desfechos clínicos utilizados, o health assessment questionnaire
    (HAQ), o scleroderma health assessment questionnaire (S-HAQ), e o modified Rodnan skin
    score (mRSS), em 32 pacientes portadores de ES, sendo 16 do grupo da intervenção, que
    utilizaram a sinvastatina 20 mg ao dia, e 16 pacientes do grupo placebo por um período de 180
    dias. A quantificação da expressão das citocinas no soro desses pacientes, foi realizada através
    da técnica enzyme linked immunosorbent assay (ELISA). Dentre as citocinas e quimiocinas
    investigadas, constatamos que a sinvastatina foi capaz de diminuir significativamente os níveis
    séricos da IL-6 (p=0,009) de oito dos pacientes (50%) do grupo de intervenção ao compará-los
    com dois do grupo placebo (12,5%), conforme a categorização dos pacientes que apresentaram
    diminuição da secreção de acordo com os valores da mediana durante o tempo do estudo. As
    análises estatísticas do grupo que apresentou a redução, demostraram que, esse resultado pode
    estar relacionado ao uso da sinvastatina por esses pacientes. O ensaio clínico randomizado
    avaliando o uso da sinvastatina em pacientes ES demostrou que, essa intervenção precisa ser
    mais profundamente investigada para melhor compreender esse efeito. Além disso, novos
    Página 2 de 3direcionamentos são necessários para confirmar essa hipótese, através de pesquisas
    multicêntricas que possibilitem incluir um maior número de pacientes, além de outros desfechos.


  • Mostrar Abstract
  • A Esclerose Sistêmica (ES) é uma doença reumatológica autoimune, crônica,
    progressiva, que se caracteriza pelo comprometimento vascular, pela produção
    de auto-anticorpos com inflamação, e pela fibrose. Por conta do forte impacto na
    qualidade de vida decorrente do acometimento dos órgãos alvo dos indivíduos
    acometidos, apresenta prognóstico reservado. A sua fisiopatologia engloba,
    manifestações vasculares, fibrose e produção de citocinas e quimiocinas. A ES
    não possui atualmente, um tratamento eficaz capaz de promover o controle da
    doença, o que dispomos, visa diminuir o impacto na qualidade de vida desses
    pacientes, promovendo uma maior e melhor sobrevida. As estatinas são
    substâncias há décadas utilizadas no tratamento e prevenção das doenças
    cardiovasculares. Estudos in vitro, observaram um efeito antifibrótico e
    antinflamatório dessas substâncias na ES. Esse trabalho randomizado, triplo
    cego, placebo controlado, avaliou o papel e o perfil das citocinas IL-4, IL-6, IL-8,
    IL-13, IL-17A, IL-29 e IP-10, em 32 pacientes portadores de ES, sendo 16 do
    grupo da intervenção, que utilizam a sinvastatina, e 16 pacientes do grupo
    placebo. O período de intervenção e acompanhamento dos pacientes perdurou
    por 180 dias. A quantificação da expressão das citocinas no soro desses
    pacientes foi realizada através da técnica enzyme linked immunosorbent assay
    (ELISA). As análises estatísticas demostraram que a randomização dos
    pacientes foi eficiente ao ponto de não apresentarem diferença significativa entre
    os grupos em relação aos desfechos clínicas e uso de medicamentos
    concomitantes a intervenção. Dentre as citocinas e quimiocinas investigadas
    constatamos que a sinvastatina foi capaz de diminuir significativamente a
    secreção da IL-6 (p=0,009) de oito dos pacientes do grupo de intervenção ao
    compará-los em grupos dicotomizados de acordo com o valores da mediana. As
    análises estatísticas do grupo que diminuiu demostraram que está redução está
    diretamente relacionada a sinvastatina e não aos demais tratamentos utilizados
    pelos pacientes. O ensaio clínico randomizado avaliando o uso da sinvastatina
    em pacientes ES demostrou que essa intervenção precisa ser mais
    profundamente investigada para entender os mecanismos envolvidos. Além
    disso, novos direcionamentos são necessários para confirmar ou infirmar essa
    hipótese através de pesquisas multicêntricas que possam abarcar um maior
    número de intervenções e desfechos.

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  • SABRINA STEFANNE BARBOZA
  • INFLUÊNCIA DOS PADRÕES DE INTERLEUCINAS NA SÍNDROME CORONARIANA AGUDA

  • Orientador : DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ESMERALCI FERREIRA
  • MARIA ANDREZA BEZERRA CORREIA
  • MARIA DE FÁTIMA DEODATO DE SOUZA
  • MICHELLE MELGAREJO DA ROSA
  • MILENA MARCIA DA SILVA
  • Data: 31/08/2022

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  • A síndrome coronariana aguda (SCA) é caracterizada por um conjunto de manifestações clínicas
    que incluem a isquemia silenciosa até o infarto agudo do miocárdio. Patologicamente, os
    mecanismos inflamatórios medeiam as etapas iniciais da aterogênese, bem como, a progressão
    da doença. Nesse contexto, as citocinas são importantes moléculas que participam do controle
    tanto do desenvolvimento quanto a recuperação do processo inflamatório. Dessa forma, o
    presente estudo objetivou avaliar possíveis associações das IL-36 (α, β, γ), IL-37 e IL-38 com a
    doença arterial coronariana de pacientes com SCA. Trata-se de estudo transversal, prospectivo,
    descritivo e analítico. Os pacientes foram recrutados do ambulatório de cardiologia no setor da
    hemodinâmica do Hospital Hapvida de acordo com os critérios de elegibilidade. Um total de 101
    síndrome coronariana aguda (SCA), 100 pacientes com síndrome coronariana crônica (SCC) e
    70 controles saudáveis foram incluídos no estudo. Dos prontuários médicos e questionários
    foram obtidas as variáveis clínicas. Os níveis séricos dessas interleucinas foram quantificados
    por ELISA. As análises estatísticas foram realizadas pelo teste de Mann-Whitney, teste exato de
    Fisher, Pearson´s e Spearman; p&lt; 0,05 foi considerado significativo. A análise comparativa
    entre os grupos de pacientes SCA e SCC demonstrou associações significativas com IAM (p =
    0,019), ATC/Stent (p = 0,007) e hábito do etilismo (p = 0,041). Os níveis séricos de IL-36 β
    foram maiores nos pacientes com SCA e SCC comparado aos controles saudáveis (p&lt;0,05). Já os
    níveis séricos de IL-36 γ foram maiores nos pacientes com SCA comparado aos pacientes com
    SCC (p&lt;0,05). Os níveis séricos de IL-37 foram maiores nos pacientes com SCA quando
    comparados aos pacientes com SCC (p&lt; 0,05). Além disso, os níveis séricos de Il-38 foram
    maiores nos grupos de pacientes com SCA e SCC quando comparados ao grupo controle
    (p&lt;0,05). Dessa forma, estes dados podem alavancar novos estudos acerca da compreensão do
    papel dessas moléculas na patogênese da doença.


  • Mostrar Abstract
  • A síndrome coronariana aguda (SCA) é caracterizada por um conjunto de manifestações clínicas
    que incluem a isquemia silenciosa até o infarto agudo do miocárdio. Patologicamente, os
    mecanismos inflamatórios medeiam as etapas iniciais da aterogênese, bem como, a progressão
    da doença. Nesse contexto, as citocinas são importantes moléculas que participam do controle
    tanto do desenvolvimento quanto a recuperação do processo inflamatório. Dessa forma, o
    presente estudo objetivou avaliar possíveis associações das IL-36 (α, β, γ), IL-37 e IL-38 com a
    doença arterial coronariana de pacientes com SCA. Trata-se de estudo transversal, prospectivo,
    descritivo e analítico. Os pacientes foram recrutados do ambulatório de cardiologia no setor da
    hemodinâmica do Hospital Hapvida de acordo com os critérios de elegibilidade. Um total de 101
    síndrome coronariana aguda (SCA), 100 pacientes com síndrome coronariana crônica (SCC) e
    70 controles saudáveis foram incluídos no estudo. Dos prontuários médicos e questionários
    foram obtidas as variáveis clínicas. Os níveis séricos dessas interleucinas foram quantificados
    por ELISA. As análises estatísticas foram realizadas pelo teste de Mann-Whitney, teste exato de
    Fisher, Pearson´s e Spearman; p&lt; 0,05 foi considerado significativo. A análise comparativa
    entre os grupos de pacientes SCA e SCC demonstrou associações significativas com IAM (p =
    0,019), ATC/Stent (p = 0,007) e hábito do etilismo (p = 0,041). Os níveis séricos de IL-36 β
    foram maiores nos pacientes com SCA e SCC comparado aos controles saudáveis (p&lt;0,05). Já os
    níveis séricos de IL-36 γ foram maiores nos pacientes com SCA comparado aos pacientes com
    SCC (p&lt;0,05). Os níveis séricos de IL-37 foram maiores nos pacientes com SCA quando
    comparados aos pacientes com SCC (p&lt; 0,05). Além disso, os níveis séricos de Il-38 foram
    maiores nos grupos de pacientes com SCA e SCC quando comparados ao grupo controle
    (p&lt;0,05). Dessa forma, estes dados podem alavancar novos estudos acerca da compreensão do
    papel dessas moléculas na patogênese da doença.

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  • WANIA BELO MAIA
  • ASSOCIAÇÃO DA SÍNDROME DE SJÖGREN PRIMÁRIA COM HIPOVITAMINOSE D E QUIMIOCINAS IL8, IP10 e CCL2,

  • Orientador : TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDERSON RODRIGUES DE ALMEIDA
  • JOELSON GERMANO CRISPIM
  • MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • SAYONARA MARIA CALADO GONCALVES
  • Data: 31/08/2022

  • Mostrar Resumo
  • A Síndrome de Sjögren Primária (SSp) é uma doença autoimune reumática com incidência
    estimada em 1/1000. Exibe amplas complicações, entre elas, o envolvimento de múltiplos órgãos
    e um risco de 5% do desenvolvimento de linfoma não Hodgkin. Na SSp geralmente ocorre um
    aumento dos níveis de várias quimiocinas e uma redução dos níveis de vitamina D. Esta pesquisa
    verificou através de um estudo de coorte retrospectivo, correlações entre as quimiocinas CCL2,
    IP10, IL8 e a vitamina D com a gravidade da SSp. Também fez parte do objetivo um estudo
    descritivo para verificar o envolvimento da deficiência de vitamina D com o risco da doença em
    uma população. Para averiguar as correlações entre quimiocinas e vitamina D fizeram parte da
    pesquisa, pacientes do sexo feminino do ambulatório de SSp, do Serviço de Reumatologia do
    HC/UFPE, diagnosticadas segundo critérios ESSDAI/EULAR (n=43) e voluntárias sem a doença
    (grupo controle n=46). Para verificar a correlação entre a SSp e a deficiência de vitamina D
    foram obtidos dados de vitamina D de 2977 pacientes cadastrados no mesmo hospital, residentes
    em 127 municípios de Pernambuco. No estudo de coorte foi observado um aumento dos níveis
    séricos das três quimiocinas no grupo SSp, com diferenças estatisticamente significantes, nas
    quimiocinas CCL2 (p = 0,0006) e IL8 (p = 0,004). A análises das variáveis mostrou que a
    maioria das pacientes (66,7%) apresentava comorbidades e artralgia (52,4%). O corticoide era o
    medicamento mais utilizado pelas pacientes da amostra (45,2%), seguido do metotrexato
    (23,8%). A dosagem de vitamina D dos pacientes SSp, foi em média de 46,5 ± 15,5 (26,1 – 92,6)
    ng/mL, sendo considerada normal de acordo com os valores de referência para níveis séricos
    (Normal ≥ 30ng/mL). Na associação entre as quimiocinas e a vitamina D em pacientes SSp, com
    doenças sistêmicas, foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre todas as
    quimiocinas estudadas e o envolvimento neurológico (CCL2, p=0,049; IL-8, p=0,038 e IP-10,
    p=0,05). A CCL2 (p=0,049) e IP-10 (p=0,05) apresentavam valores aumentados em pacientes
    com envolvimento neurológico quando comparados com pacientes não acometidos. No estudo
    descritivo o índice de pacientes portadores de SSp na amostra foi de 14,5% e apenas 12,6% dos
    municípios apresentaram média de vitamina D normal (D≥30ng/ml). Foi observado 100% de
    hipovitaminose D (D&lt;30ng/ml) na amostra feminina de Recife e cidades circunvizinhas, onde
    20,3% exibiam deficiência de vitamina D e 79,7 insuficiência.(p&lt;0.0001 (Tukey)). Entre os
    municípios com SSp 34,7% apresentavam insuficiência de vitamina D (D≥20ng/mL&lt;30ng/mL) e
    65,3% deficiência (D&lt;20ng/mL). Várias evidências dão suporte à premissa de que estas
    quimiocinas e a vitamina D exercem relevantes papeis na SSp. Contudo é importante ressaltar
    que interpretar a regulação e a expressão das quimiocinas e da vitamina D nesta doença é um
    grande desafio. No entanto no que se refere à associação da deficiência de vitamina D com o
    risco da SSp o aumento da prevalência da deficiência desta vitamina na população pode estar
    contribuindo com o aumento do número de casos de SSp.


  • Mostrar Abstract
  • A Síndrome de Sjögren Primária (SSp) é uma doença autoimune com incidência estimada em
    1/1000. Esta doença exibe amplas manifestações que vão desde os primeiros sinais: fadiga
    crônica, fraqueza e mialgia; aos sintomas mais específicos, como Sicca (secura ocular e
    bucal); e o envolvimento de múltiplos órgãos, com complicações neurológicas, pulmonares,
    cardiovasculares, renais, e um risco de 5% do desenvolvimento de linfoma não Hodgkin.
    Evidências indicam que as quimiocinas são capazes de direcionar essa e outras
    imunopatologias, estando envolvidas com o desenvolvimento e a progressão de lesões na
    SSp. Do mesmo modo, estudos adicionais revelam a importância da vitamina D no sistema
    imunológico e demonstram suas funções no aprimoramento da resposta imunológica, na
    regulação, na tolerância e na diminuição da probabilidade do desenvolvimento de muitas
    enfermidades, inclusive de doenças autoimunes. O primeiro capítulo da tese “Correlações
    entre Quimiocinas e Hipovitaminose D na Síndrome de Sjögren Primária” elucida os
    papeis das quimiocinas CCL2, IP10, IL-8 e da vitamina D na SSp; e ao mesmo tempo, é
    coadjuvante de pesquisas que esclarecem melhor a doença. Nessa pesquisa, foi realizado um
    estudo de coorte com pacientes SSp e controles, em que as quimiocinas CCL2, IP10, IL8 e a
    vitamina D foram correlacionadas, levando em consideração alguns fatores, como a idade do
    paciente, tempo de diagnóstico da doença, complicações da doença (linfoma, artralgia,
    distúrbios neurológicos e dispneia), medicamentos em uso (metrotexato, corticoide,
    rituximabe e azatioprina) e ausência ou existência de comorbidades. Além disso, foram
    realizadas as dosagens sorológicas das quimiocinas e vitamina D das amostras (n=86). Os
    resultados estatísticos das comparações e cruzamentos deste capítulo estão sendo processados
    no momento. O segundo capítulo, “Hipovitaminose D: Conexões com Doenças
    Autoimunes e Conveniência Econômica da Prevenção”, assevera a gravidade da
    hipovitaminose D em uma população feminina, verificando sua correlação com as doenças
    autoimunes e buscando advertir sobre os benefícios econômicos da prevenção deste distúrbio.
    Este capítulo surgiu da premissa de que a deficiência ou insuficiência de vitamina D tem sido
    um sério problema de saúde pública, particularmente pela sua relação com os processos
    imunes. Sob outra perspectiva, as doenças autoimunes vêm se expandindo na população,
    elevando os custos em saúde e diminuindo os recursos para o controle das demais doenças.
    Este capítulo foi dividido em três instâncias: a primeira, incluiu um estudo de coorte analítico
    para verificar o perfil de vitamina D de uma população feminina (ANOVA); a segunda,
    procurou apreender correlações entre a hipovitaminose D e doenças autoimunes; e a terceira,
    explorou a conveniência econômica da prevenção da hipovitaminose D como um fator de
    risco para doenças autoimunes. A priori foram obtidos os resultados das dosagens de
    vitamina D de pacientes do sexo feminino na faixa etária de 0 a 75 anos (n=1651). A
    deficiência de vitamina D (≤20 ng/mL) foi identificada em 20,3% dos pacientes e 79,7%,
    apresentaram insuficiência de vitamina D (≥ 20ng/mL e &lt; 30ng/mL). Toda a população
    analisada apresentou hipovitaminose D (&lt; 30ng/mL), independentemente da idade. O nível
    de significância foi de p &lt; 0.0001 (Tukey). Na pesquisa bibliográfica sobre as conexões entre
    a hipovitaminose D e as doenças autoimunes foram encontrados 19 artigos científicos de

    cinco doenças autoimunes: Sìndrome de Sjogren primária, Artrite Reumatóide, Diabetes
    Mellitus tipo 1, Lupus Eritematoso Sistêmico e Doença autoimune da Tireóide, que incluíam
    três correspondências - hipovitaminose D como fator de risco da doença; prevalência da
    hipovitaminose D na doença; e hipovitaminose D como fator ativador da doença. Houve
    controvérsias nos desfechos dos autores sobre estas conexões e, para diminuir os pontos
    discordantes, foi realizada uma avaliação do grau de evidência científica dos artigos
    encontrados para a excisão daqueles com o maior risco de viés. Os novos resultados
    apresentaram menores discordâncias. No que se refere ao risco de doença na hipovitaminose
    D, 100% dos artigos consideraram positiva esta conexão. Sobre a prevalência da
    hipovitaminose D na doença, 93% consideraram a conexão positiva e 7%, negativa (produto
    de viés). Quanto ao envolvimento da hipovitaminose D com a atividade da doença, 63,6%
    dos artigos consideraram positiva, 27,3% negativa e 9,1% controversa. As duas últimas
    correlações continuaram controversas, requerendo maiores estudos para elucidação. A
    correlação entre o risco da doença autoimune na hipovitaminose D foi confirmada por todos
    os autores. Sob outra ótica, os artigos encontrados na pesquisa literária em economia da
    saúde, afirmaram que as expensas médicas por paciente estão aumentando significativamente,
    com alta prevalência de doenças autoimunes. As avaliações econômicas revelaram resultados
    promissores na prevenção de fatores de risco para doenças e evidenciaram os inúmeros
    benefícios destas ações. A hipovitaminose D está se agravando progressivamente na
    população como um fator de risco para doenças autoimunes e para outras doenças graves. É
    importante que se invista em abordagens preventivas, direcionadas a esse e outros fatores de
    risco controláveis. Esse caminho pode ser eficaz na redução dos custos e sustentabilidade
    em saúde. Em suma, é importante reverter o quadro da prevalência das doenças autoimunes
    para aprimorar a economia e melhorar a qualidade de vida da população.

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  • JEANN FABIANN BRANCO JUNIOR
  • SÍNTESE, ELUCIDAÇÃO ESTRUTURAL, AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTICONVULSIVANTE E MECANISMO DE AÇÃO DE NOVOS DERIVADOS TIAZOLIDÍNICOS E IMIDAZOLIDÍNICOS

  • Orientador : IVAN DA ROCHA PITTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO FELIX DA SILVA FILHO
  • MARINA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MICHELLE MELGAREJO DA ROSA
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • PAULO ANDRE TEIXEIRA DE MORAES GOMES
  • Data: 26/10/2022

  • Mostrar Resumo
  • A epilepsia é uma doença neurológica crônica caracterizada pelo desencadeamento de crises convulsivas espontâneas com alta probabilidade de recorrência. O planejamento de moléculas com ação multialvo é uma alternativa que visa preencher as lacunas deixadas no atual protocolo terapêutico, propondo que novos compostos atuem através da modulação combinada de canais sódio dependentes de voltagem (NaV) e fatores pró-epileptogênicos, como a inflamação, diretamente envolvida com o receptor PPARγ. O presente trabalho faz uso da estratégia de hibridização no planejamento e síntese de novas moléculas candidatas a fármacos, tomando como base os núcleos tiazolidina (LPSF/NA) ou imidazolidina (LPSF/NI) hibridizados ao núcleo naftaleno, estruturas essas com comprovada atuação em canais de sódio dependentes de voltagem α2 (Nav1.2) e receptor ativado por proliferador de peroxissomos gama (PPARγ). Os derivados tiazolidínicos (LPSF/NA) e imidazolidínicos (LPSF/NI) foram sintetizados a partir de duas etapas reacionais: 1- Substituição nucleofílica (Sn); 2 – condensação de Knoevenagel. A exceção foi o LPSF/NA-11, obtido através de uma adição de Michael na segunda etapa. Foram obtidas 11 moléculas, das quais 9 são da série LPSF/NA (Rdt = 39-77,5%) e 2 da série LPSF/NI (Rdt = 19,54-73,85%). Com exceção da série LPSF/NI, todas as moléculas sintetizadas foram submetidas à avaliação da afinidade predita por docking molecular, citotoxicidade em células PBMCs e teste de solubilidade em DMSO, sendo seus resultados utilizados em conjunto para definir o LPSF/NA-7 (R1 = 4-OH) e o LPSF/NA-9 (R1 = 3-indol) como as moléculas com maior potencial terapêutico para serem avaliadas in vivo. Na dose de 300mg/kg, ambas as moléculas apresentaram aumento do tempo de latência para a primeira crise generalizada induzida por PTZ e redução na sua duração, com destaque para o LPSF/NA-9. De acordo com os testes de campo aberto, transição claro-escuro e chaminé, as duas moléculas também apresentaram atividade ansiolítica sem efeito sedativo, com resultados equiparáveis ao do Diazepam (controle positivo). Os derivados tiazolidínicos citados não se mostraram bons imunomoduladores para citocina TNFα, com redução significativa da secreção de citocina somente na maior dose (100μM). Ainda assim, os compostos LPSF/NA-7 e LPSF/NA-9 continuam com grande potencial multialvo, visto que o mecanismo de ação das suas atividades biológicas pode incluir a modulação de Nav1.2 e ação agonista seletiva do GABAA com subunidade α2.


  • Mostrar Abstract
  • SÍNTESE, AVALIAÇÃO ESTRUTURAL, AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTICONVULSIVANTE E MECANISMO DE AÇÃO DE NOVOS DERIVADOS TIAZOLIDÍNICOS E IMIDAZOLIDÍNICOS

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  • MARIA MARIANA BARROS MELO DA SILVEIRA
  • IMPACTO DOS POLIMORFISMOS GENÉTICOS E GALECTINA-3 NA FIBROSE DO ÁTRIO ESQUERDO EM PACIENTES COM FIBRILAÇÃO ATRIAL

  • Orientador : DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA
  • MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • AMANDA TAVARES XAVIER
  • AUGUSTO CEZAR LACERDA BRASILEIRO
  • TACIANA FURTADO DE MENDONÇA BELMONT
  • Data: 31/10/2022

  • Mostrar Resumo
  • A fibrilação atrial (FA) é a arritmia sustentada mais comum na prática clínica. Além de sua importância epidemiológica, a FA é destacada por suas repercussões incluindo fenômenos tromboembólicos, hospitalizações e maior taxa de mortalidade. Seu mecanismo fisiopatológico é complexo, envolvendo uma associação de fatores hemodinâmicos, estruturais, eletrofisiológicos e autonômicos. Os mecanismos de manutenção da FA são conhecidos por incluir fibrose. Como possível biomarcador, a Galectina-3 (Gal-3) uma lectina de ligação à β-galactosidase, foi descrita como um mediador de fibrose cardíaca e aparece elevada em algumas cardiopatias. Os biomarcadores podem ser úteis para melhorar a precisão da avaliação clínica, dentre eles, os polimorfismos descritos na literatura que envolvem o processo fisiopatológico da FA como, CAV1, HCN4 e KCNN3, além do LGALS3 envolvido no processo fibrótico. Existem alguns parâmetros eletrocardiográficos bem estabelecidos, mas poucos marcadores sorológicos, genéticos e ecocardiográficos definidos para fibrose atrial e FA. O objetivo desse estudo foi verificar a associação entre os níveis séricos e expressão gênica da Gal-3, a presença de polimorfismos em genes envolvidos no processo fibrótico e canais iônicos com os parâmetros ecocardiográficos sugestivos de fibrose atrial. Estudo do tipo corte transversal, com comparação de grupos, foram incluídos 206 pacientes com FA permanente e 70 com FA paroxística. Os SNPs rs4652 e 4644 do gene LGALS3, bem como genes envolvidos com os canais iônicos foram estudados usando o sistema de PCR em tempo real TaqMan. Os níveis séricos de GAL-3 foram medidos por ELISA e foi realizado ecocardiograma speckle-tracking (EST). Os valores estatísticos foram significantes quando p<0,05. Como resultados, os indivíduos com FA permanente apresentaram média de idade de 66.56±12 anos, 50.5% eram do sexo masculino. Os parâmetros ecocardiográficos no grupo FA permanente quando comparados ao grupo FA paroxística apresentaram significância estatística, diâmetro de átrio esquerdo (AE) (p=0.007), volume de AE (p=0.02) e volume indexado pela superfície corpórea (p=0.04), além dos valores de strain longitudinal de átrio esquerdo (SLAE) (p=0.002). Não houve associação entre os genótipos dos genes HCN4, KCNN3, CAV1 e LGALS3 dos SNPs rs4652 e rs4644 e o tipo de FA. A expressão de mRNA da Gal-3, quando comparada entre os tipos de FA não apresentou associação, o grupo FA permanente teve correlação com níveis séricos de Gal-3 quando comparado ao SLAE (r=0.24; p=0.01). Nesse estudo o diâmetro de AE, volume de AE, volume de AE/superfície corpórea e o strain longitudinal de AE tiveram associação quando comparados entre os grupos de FA permanente e paroxística. O EST pode ser usado para avaliar a fibrose atrial como marcador de remodelação e para detectar disfunção precoce do AE mesmo antes das alterações estruturais. A distribuição das frequências alélicas, genotípicas e dos haplótipos do polimorfismo LGALS3 rs4652 e rs4644 não apresentou variação estatística, o que sugere que estes SNPs não possuem associação com as formas clínicas da FA (permanente e paroxística).


  • Mostrar Abstract
  • A fibrilação atrial é a arritmia mais comum na prática clínica. Os mecanismos de manutenção da FA são conhecidos por incluir fibrose. Faz-se necessário a detecção de possíveis marcadores para predizer/ acompanhar a fibrose. Como possível marcador da fibrose, a Galectina-3 (Gal-3) aparece elevada em algumas cardiopatias, bem como a presença de polimorfismos genéticos. Objetivo: Verificar a associação entre a fibrose atrial com os níveis séricos de galectina-3 e a presença de polimorfismos em genes envolvidos no processo fibrótico e canais iônicos nos pacientes com fibrilação atrial. Método: Foi realizado um estudo do tipo corte transversal, com grupos de comparação. Foram incluídos no estudo 328 pacientes com FA e 30 controles. Genotipagem dos genes CAV1 (rs3807989) e HCN4 (rs7164883) foram realizadas no grupo com FA, através de PCR em tempo real utilizando sondas Taqman. O ecocardiograma speckle-tracking para avaliar deformação (strain) atrial foi realizado em 50 pacientes com FA e 30 do grupo controle. Resultados: Os pacientes com FA apresentaram média de idade de 65,36±12,2 anos, 52,1% eram do sexo feminino e com a autodescrição de cor predominantemente pardo (62,5%). Os pacientes do grupo controle, composto por 30 pessoas, apresentaram média de idade de 42,2±15,7, sem comorbidades. Quanto aos polimorfismos, à frequência do genótipo variante AG/GG para o CAV1 foi de 71%) no grupo caso e AG/GG foi de 46% para o HCN4. Quanto aos parâmetros ecocardiográficos no grupo FA quando comparado ao grupo controle, chama atenção as alterações no diâmetro de AE (46,2±9,46 vs. 29,9±3,83, p<0,0001), diâmetro diastólico de ventrículo esquerdo (DdVE) (50,82±8,43 vs. 45,87±4,24, p 0,001), diâmetro sistólico de ventrículo esquerdo (DsVE) (35,86±9,59 vs. 29±2,93, p <0,0001), volume de AE (94; P25: 74,5, P75: 129,5 vs. 34,77±10,42, p<0,0001) e volume indexado pela superfície corpórea (53,6; P25: 39,4, P75: 73,3 vs. 20,61±5,27, p<0,0001), além dos valores de strain longitudinal de átrio esquerdo (SLAE) (11,05; P25: 7,83, P75: 16,98 vs. 43,94±12,17, p<0,0001) e strain longitudinal global de ventrículo esquerdo (VE) (14,9±3,66 vs. 22,33±2,32, p<0,0001).

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  • MYLA LÔBO DE SOUZA
  • CARREADOR LIPÍDICO NANOESTRUTURADO CONTENDO ANTIMONIATO DE MEGLUMINA COMO ALTERNATIVA TERAPÊUTICA DE USO ORAL CONTRA A LEISHMANIOSE

  • Orientador : PEDRO JOSE ROLIM NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • IVONE ANTONIA DE SOUZA
  • JOÃO AUGUSTO OSHIRO JUNIOR
  • MARCELO MONTENEGRO RABELLO
  • MONICA FELTS DE LA ROCA SOARES
  • PEDRO JOSE ROLIM NETO
  • Data: 25/11/2022

  • Mostrar Resumo
  • A leishmaniose é uma doença tropical negligenciada causada por protozoários Leishmania spp., prevalente em 98 países no mundo. Entre 2018 e 2020, o Brasil ficou entre os três países com maior número de casos, os quais representam cerca de 90%. No Brasil, os medicamentos disponíveis não são totalmente eficazes, possuem uso parenteral e exibem vários efeitos adversos graves e muito frequentes, resultando em má adesão ao tratamento. Entre as alternativas que podem contornar esses problemas estão os Carreadores lipídicos nanoestruturados (CLN), que podem conferir aumento da solubilidade de fármacos, liberação prolongada e/ou controlada, maior absorção intestinal e biodisponibilidade oral. Nesse contexto, esse trabalho visa desenvolver CLNs contendo antimoniato de meglumina (AM) como alternativa terapêutica de uso oral para a leishmaniose. Inicialmente, ensaios de compatibilidade entre os insumos e o fármaco foram realizados. Otimizações de formulação e de processo foram feitas através de planejamento experimental, que possibilitou a escolha da nanopartícula com melhor tamanho, índice de polidispersão (PdI), potencial zeta (PZ) e eficiência de encapsulamento (EE). Os CLNs escolhidos também foram caracterizados por valor de pH, Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC), Espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR), Difração de raios-X (DRX), estabilidade simulando condições gastrointestinais, estabilidade de armazenamento, bem como foram liofilizados. Além disso, foram realizados testes in vitro de cinética de liberação, citotoxicidade em macrófagos RAW 264.7, e atividade em promastigotas e amastigotas das espécies L. infantum e L. amazonensis. Os resultados mostraram que não houve incompatibilidade entre o fármaco e os excipientes. O planejamento experimental resultou em um CLN com tamanho de 41,13 nm, PdI de 0,227, PZ de -27,9 mV, EE de 62,43% e pH 5,23. O FTIR confirmou a incorporação do AM no CLN, o DSC mostrou redução de cristalinidade da matriz da nanopartícula, que foi ratificado no DRX. O CLN foi estável simulando pH do trato gastrointestinal e também durante armazenamento sob refrigeração. Os liófilos obtidos mostraram estabilidade de tamanho e EE no período estudado. A liberação do AM no CLN em dispersão e liofilizado foi adequada ao modelo Peppas-Sahlin, com cinética de liberação por transporte anômalo. Não houve citotoxicidade em macrófagos pelo AM, enquanto os CLNs foram citotóxicos nas concentrações acima de 50 µg/mL. O AM também não apresentou atividade em promastigotas da L. infantum, mas o CLNb e CLN4 apresentaram IC50 104,7 µg/mL e 96,9 µg/mL respectivamente, enquanto nas amastigotas nenhuma das amostras foram citotóxicas. Já na L. amazonensis, os IC50 foram 278,7 µg/mL para o AM, 150,6 µg/mL para CLN-B e 115 µg/mL para CLN-AM nas formas amastigotas. Portanto, foi possível obter CLNs com propriedades físico-químicas e estabilidade adequadas, com cinética de liberação prolongada e atividade contra a forma infectante de L. amazonensis, os quais são resultados encorajadores quanto ao potencial do sistema para uso oral. Estudos de farmacocinética estão sendo desenvolvidos para elucidação da biodisponibilidade oral.


  • Mostrar Abstract
  • A leishmaniose é uma doença tropical negligenciada causada por protozoários Leishmania spp.,
    prevalente em 98 países no mundo, principalmente nas regiões pobres. Entre 2018 e 2020, o
    Brasil ficou entre os três primeiros países com maior número de casos. No Brasil, os
    medicamentos disponíveis não são totalmente eficazes, possuem uso parenteral e exibem vários
    efeitos adversos graves e muito frequentes, resultando em má adesão ao tratamento. Entre as
    alternativas que podem contornar esses problemas estão os Carreadores lipídicos
    nanoestruturados (CLN), que podem conferir aumento da solubilidade e permeabilidade de
    fármacos, liberação prolongada e/ou controlada, maior absorção intestinal e biodisponibilidade
    oral. Nesse contexto, esse trabalho visa desenvolver CLNs contendo antimoniato de meglumina
    (AM) como alternativa terapêutica de uso oral para a leishmaniose. Ensaios de compatibilidade
    entre os insumos e o fármaco foram realizados. Otimizações de formulação e de processo foram
    feitas através de planejamento experimental, que possibilitou a escolha do CLN com melhor
    tamanho, índice de polidispersão (PdI), potencial zeta (PZ) e eficiência de encapsulamento (EE).
    Os CLNs escolhidos também foram caracterizados por valor de pH, Calorimetria Exploratória
    Diferencial (DSC), Espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR),
    Difração de raios-X (DRX), estabilidade simulando condições gastrointestinais, estabilidade de
    armazenamento, e testes in vitro de cinética de liberação e viabilidade celular. Não houve
    incompatibilidade entre o fármaco e os excipientes. O planejamento experimental resultou em
    um CLN com tamanho de 41,13 nm, PdI de 0,227, PZ de -27,9 mV, EE de 62,43% e pH 5,23. O
    FTIR confirmou a incorporação do AM no CLN, o DSC mostrou redução de cristalinidade da
    matriz da nanopartícula, que foi ratificado no DRX. O CLN foi estável simulando pH do trato
    gastrointestinal e também durante armazenamento sob refrigeração. A liberação do AM no CLN
    foi adequada ao modelo Peppas-Sahlin, com cinética de liberação por transporte anômalo. Não
    houve citotoxicidade em células Vero nas concentrações estudadas. Portanto, foi possível obter
    CLNs com propriedades físico-químicas e estabilidade adequadas e cinética de liberação
    prolongada, resultados encorajadores quanto ao potencial do sistema para uso oral. Mais estudos
    são necessários quanto à eficácia e toxicidade apropriados.

15
  • FABIANA CARNEIRO SILVA DE HOLANDA
  • POLÍTICA NACIONAL DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA: EVOLUÇÃO, IMPACTOS E PERSPECTIVAS

  • Orientador : JOAO POLICARPO RODRIGUES LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ABRAHAM BENZAQUEN SICSU
  • ANA PAULA TROVATTI UETANABARO
  • GESIL SAMPAIO AMARANTE SEGUNDO
  • JOAO POLICARPO RODRIGUES LIMA
  • LUAN CARLOS SILVA
  • Data: 28/11/2022

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  • Este trabalho tem como objetivo investigar os impactos causados pelas Políticas Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) na área da Biotecnologia, tanto no ambiente das Instituições de Ciência e Tecnologia quanto do ambiente da atividade empresarial. O estudo possui caráter exploratório e seu desenho metodológico pauta-se no uso de fontes primárias, por meio de entrevistas com roteiro semi-estruturado, e fontes secundárias fundamentadas em referencial documental e bibliográfico, com abordagem tanto qualitativo quanto quantitativo. No que tange às Políticas Nacionais de C,T&I, de maneira geral, os desafios ainda se repetem ao longo dos anos, apensar dos avanços recentes, sejam estes históricos de desigualdades regionais, políticos, geopolítico, cultural ou organizacional. Já no que se refere aos impactos das políticas de C,T&I no campo da biotecnologia, em especial no ambiente acadêmico, as políticas recentes promoveram um aumento no número de grupos de pesquisa ligados à área biotecnológica, bem como conseguiram reduzir as concentrações regionais no eixo sul e sudeste, embora ainda haja grande concentração de recursos para essas regiões. Em relação ao ambiente empresarial, as políticas recentes contribuíram para o fortalecimento das empresas de biotecnologia existentes, porém não conseguiram garantir o crescimento do setor, impulsionando substancialmente o surgimento de novas empresas. Apesar dos avanços recentes no cenário da biotecnologia, o retrocesso nas políticas de investimento e de estímulo à C,T&I, a descontinuidade dos programas e políticas dedicadas à biotecnologia comprometem a possibilidade do fortalecimento do setor no país, tanto no âmbito acadêmico quanto empresarial, diminuindo as oportunidades de cooperação Universidade-Empresa, de ganho de competitividade nacional e de menor dependência internacional de produtos e insumos biotecnológicos.


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  • BIOTECNOLOGIA E POLÍTICA NACIONAL DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO: EVOLUÇÃO, IMPACTOS E PERSPECTIVAS

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  • YURI BASÍLIO GOMES PATRIOTA
  • Desenvolvimento e caracterização de sistemas de liberação nanoparticulados destinados à administração oral de enoxaparina sódica

  • Orientador : JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • BOLÍVAR PONCIANO GOULART DE LIMA DAMASCENO
  • FABIO ROCHA FORMIGA
  • LIVIO CESAR CUNHA NUNES
  • LUÍSE LOPES CHAVES
  • Data: 21/12/2022

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  • A enoxaparina é uma molécula biológica efetiva para prevenção e tratamento de distúrbios da coagulação. No entanto, ela é pouco absorvida no trato gastrointestinal. Ela está disponível apenas como solução aquosa parenteral (por via intravenosa ou subcutânea), o que limita sua aplicabilidade clínica. Além disso, ela é inativada em meio ácido e apresenta baixa permeabilidade através da parede intestinal devido ao seu alto peso molecular, sua hidrofilicidade e sua alta carga negativa e, consequentemente, baixa biodisponibilidade oral. Vários sistemas de liberação de fármacos a base de enoxaparina têm sido explorados para melhorar sua eficácia terapêutica e reduzir sua toxicidade oral, incluindo lipossomas, micropartículas, sistemas de liberação de fármacos autoemulsionáveis e nanopartículas poliméricas. O desenvolvimento de uma formulação oral efetiva de enoxaparina seria essencial para a terapia anticoagulante prolongada em condições crônicas, pois superaria os inconvenientes das injeções diárias (por exemplo, dor associada à agulha, infecções, hospitalização, hematomas etc.), reduzindo os efeitos colaterais e, assim, melhorando a adesão do paciente ao tratamento. O objetivo deste trabalho foi desenvolver e caracterizar sistemas de liberação nanoparticulados destinados à administração oral de enoxaparina sódica. Desenvolvemos nanopartículas núcleo/coroa de quitosana revestidas com Eudragit® L100 para administração oral de enoxaparina através de um método completamente ecológico sem empregar nenhuma técnica de homogeneização de alta energia e quaisquer solventes orgânicos. Nanocarreadores esféricos foram preparados com sucesso, com tamanho de partícula menor que 300 nm, índice de polidispersão em torno de 0,12 e potencial Zeta maior que +25 mV, eficiência de encapsulação maior que 95% e comportamento de liberação in vitro que indica a boa estabilidade coloidal e o sucesso do revestimento com Eudragit® L100, processo demonstrado pela liberação cumulativa de enoxaparina insignificante (<10%) quando as partículas são submetidas as condições de fluido gástrico simulado. Demonstramos que a estrutura núcleo/coroa da partícula influenciou o mecanismo de liberação do fármaco das formulações, mais uma vez indicando a presença do Eudragit® L100 na superfície das partículas. E por fim, as nanoformulações se mostraram não-tóxicas (viabilidade celular > 90%) e com atividade anticoagulante consistente. Esses resultados sugerem que a abordagem de revestimento entérico e a nanotecnologia de liberação de fármacos podem ser exploradas com sucesso como ferramentas potenciais para a liberação oral de enoxaparina.


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  • DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS DE LIBERAÇÃO NANOPARTICULADOS DESTINADOS À ADMINISTRAÇÃO ORAL DE ENOXAPARINA SÓDICA

2021
Dissertações
1
  • EDIVALDO BEZERRA MENDES FILHO
  • INTERLEUCINA 17 EM PACIENTES COM SÍNDROMES CORONARIANAS AGUDA E CRÔNICA

  • Orientador : DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA
  • ESMERALCI FERREIRA
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • Data: 28/07/2021

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  • As Doenças Cardiovasculares (DCV) são as principais causas de óbito em todo o mundo, independentemente do nível de renda dos países. A doença isquêmica do coração configura a principal causa mundial isolada de morte e perda de qualidade de vida sendo a principal o Infarto Agudo do Miocárdio. Este estudo foi observacional do tipo caso controle, prospectivo e analítico realizado em um Hospital assistencial terciário e um laboratório de ciências básicas de uma Universidade Federal. Os critérios de inclusão foram: idade maior 18 anos, diagnóstico de SCA sem supra do ST de alto risco, SCC com sintomas refratários ou isquemia grave em teste funcional não invasivo. Para ser incluído o paciente deveria ter um dos critérios de inclusão, e por outro lado a presença de um dos critérios de exclusão como apresentar doença reumatológica, câncer ou outra doença imunológica o retira do estudo. Para termos a referência dos valores considerados normais das IL-17 foram recrutados 100, controles (pareamento por gênero e idade ± 5 anos) que eram pessoas saudáveis. As variáveis clínicas de interesse do estudo foram coletadas através da aplicação de questionários previamente validados. Foi definida pelos pesquisadores como amostra do estudo 101 pacientes com SCA, 100 pacientes como SCC e 100 controles. Os estudos na literatura em comparação com o nosso quando analisados em conjunto sugerem que a quantidade circulante de IL-17 A em pacientes com SCA sofre variações consideráveis, não havendo um padrão uniforme que permita generalização e padronização. As explicações para tais variações precisam serem mais bem compreendidas, assim como o impacto clínico da presença ou não dessa interleucina no sangue periférico de pacientes que sofreram uma SCA, porém não é possível descartar sua alteração em pacientes com alto perfil inflamatório de DAC.


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  • As Doenças Cardiovasculares (DCV) são as principais causas de óbito em todo o mundo, independentemente do nível de renda dos países. A doença isquêmica do coração configura a principal causa mundial isolada de morte e perda de qualidade de vida sendo a principal o Infarto Agudo do Miocárdio. Este estudo foi observacional do tipo caso controle, prospectivo e analítico realizado em um Hospital assistencial terciário e um laboratório de ciências básicas de uma Universidade Federal. Os critérios de inclusão foram: idade maior 18 anos, diagnóstico de SCA sem supra do ST de alto risco, SCC com sintomas refratários ou isquemia grave em teste funcional não invasivo. Para ser incluído o paciente deveria ter um dos critérios de inclusão, e por outro lado a presença de um dos critérios de exclusão como apresentar doença reumatológica, câncer ou outra doença imunológica o retira do estudo. Para termos a referência dos valores considerados normais das IL-17 foram recrutados 100, controles (pareamento por gênero e idade ± 5 anos) que eram pessoas saudáveis. As variáveis clínicas de interesse do estudo foram coletadas através da aplicação de questionários previamente validados. Foi definida pelos pesquisadores como amostra do estudo 101 pacientes com SCA, 100 pacientes como SCC e 100 controles. Os estudos na literatura em comparação com o nosso quando analisados em conjunto sugerem que a quantidade circulante de IL-17 A em pacientes com SCA sofre variações consideráveis, não havendo um padrão uniforme que permita generalização e padronização. As explicações para tais variações precisam serem mais bem compreendidas, assim como o impacto clínico da presença ou não dessa interleucina no sangue periférico de pacientes que sofreram uma SCA, porém não é possível descartar sua alteração em pacientes com alto perfil inflamatório de DAC.

2
  • BEATRIZ SANTIAGO GUERRA
  • Desenvolvimento de um imunossensor eletroquímico para a identificação de alfatoxina B1 a partir do uso de nanopartículas de óxido de zinco

  • Orientador : MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
  • KLEBER GONCALVES BEZERRA ALVES
  • MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • Data: 30/07/2021

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  • Aflatoxina B1 (AFB1), é uma micotoxina proveniente de metabolismo fúngico, sendo considerada potente agente carcinogênico, teratogênico, mutagênico e imunossupressor, que contamina principalmente o milho, amendoim, cereais antes ou após a colheita, e apresenta maior toxicidade quando comparada a outras micotoxinas. Os imunossensores eletroquímicos são biossensores que utilizam o sinal da biointeração entre antígeno e anticorpo. A construção de imunossensores é baseada em modificações químicas no eletrodo, através da formação de monocamadas automontadas (SAM), que tem por finalidade o favorecimento da transferência de elétrons, biocompatibilidade, sensibilidade e reprodutibilidade. O objetivo deste estudo foi o desenvolvimento de um imunossensor para detecção de AFB1 em alimentos, processo este caraterizado por meio da técnica eletroquímica de voltametria cíclica (VC) e espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE). Para o desenvolvimento deste sensor foi utilizado o aminoácido cisteína (Cys), 1-[3-(dimetilamino) propil]-3-etilcarbodiimida (EDC), N-hidroxissuccinimida (NHS), anticorpo anti-AFB1 e o soro de albumina bovina (BSA). Cada etapa de desenvolvimento do imunossensor foi caracterizada utilizando-se uma varredura de potencial de -0,2 a 0,7 V e velocidade de varredura de 50 mV.s-1 em solução de ferro-ferricianeto de potássio a 10mM (1:1). A plataforma imunossensora foi construída sobre a superfície de um eletrodo de ouro. Nas primeiras etapas da montagem, foram realizadas a adsorção do aminoácido cisteína e imobilização das nanopartículas de óxido de zinco (NPsZnO). Posteriormente, o anticorpo monoclonal anti-aflatoxina B1 foi imobilizado quimicamente sobre o eletrodo por meio de acoplamento químico via EDC:NHS. A seguir, foram realizados ensaios de seletividade e sensibilidade com amostras de AFB1 (0,01 ng.mL-1 a 1mg/mL-1). Por meio das alterações no perfil voltamétrico e impedimétrico, foi possível caracterizar o comportamento eletroquímico do imunossensor. Durante os ensaios de bioatividade com amostras de AFB1, foram verificados um aumento da resposta impedimétrica e uma redução da resposta amperométrica do sistema, evidenciando o processo de formação do complexo anticorpo-antígeno. Inicialmente o eletrodo de ouro limpo demonstrou um comportamento eletroquímico limitado por difusão apresentando picos anódicos (ipa) e catódicos (ipc) bem definidos. Após a modificação do eletrodo com cisteína houve uma discreta diminuição das ipa e ipc. No entanto, a imobilização das NPsZnO, demonstraram um aumento na condutividade do eletrodo, característica essencial para visualização dos processos eletroquímicos de bioreconhecimento do biossensor. Foi comprovado o bioreconhecimento do biossensor ao seu analito através da modificação do Rct (Resistência a Transferência de Carga), refletido no aumento do diâmetro do semicírculo no EIE e queda da resposta amperométrica total do sistema. Entretanto, a resposta eletroquímica do biossensor não foi alterada após avaliação com a micotoxina ocratoxina A, indicando a seletividade do sistema. Portanto, o biodispositivo demonstra ser uma ferramenta sensível e seletiva que pode favorecer a detecção de aflatoxina B1 em alimentos contaminados.


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  • Aflatoxina B1 (AFB1), é uma micotoxina proveniente de metabolismo fúngico, sendo considerada potente agente carcinogênico, teratogênico, mutagênico e imunossupressor, que contamina principalmente o milho, amendoim, cereais antes ou após a colheita, e apresenta maior toxicidade quando comparada a outras micotoxinas. Os imunossensores eletroquímicos são biossensores que utilizam o sinal da biointeração entre antígeno e anticorpo. A construção de imunossensores é baseada em modificações químicas no eletrodo, através da formação de monocamadas automontadas (SAM), que tem por finalidade o favorecimento da transferência de elétrons, biocompatibilidade, sensibilidade e reprodutibilidade. O objetivo deste estudo foi o desenvolvimento de um imunossensor para detecção de AFB1 em alimentos, processo este caraterizado por meio da técnica eletroquímica de voltametria cíclica (VC) e espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE). Para o desenvolvimento deste sensor foi utilizado o aminoácido cisteína (Cys), 1-[3-(dimetilamino) propil]-3-etilcarbodiimida (EDC), N-hidroxissuccinimida (NHS), anticorpo anti-AFB1 e o soro de albumina bovina (BSA). Cada etapa de desenvolvimento do imunossensor foi caracterizada utilizando-se uma varredura de potencial de -0,2 a 0,7 V e velocidade de varredura de 50 mV.s-1 em solução de ferro-ferricianeto de potássio a 10mM (1:1). A plataforma imunossensora foi construída sobre a superfície de um eletrodo de ouro. Nas primeiras etapas da montagem, foram realizadas a adsorção do aminoácido cisteína e imobilização das nanopartículas de óxido de zinco (NPsZnO). Posteriormente, o anticorpo monoclonal anti-aflatoxina B1 foi imobilizado quimicamente sobre o eletrodo por meio de acoplamento químico via EDC:NHS. A seguir, foram realizados ensaios de seletividade e sensibilidade com amostras de AFB1 (0,01 ng.mL-1 a 1mg/mL-1). Por meio das alterações no perfil voltamétrico e impedimétrico, foi possível caracterizar o comportamento eletroquímico do imunossensor. Durante os ensaios de bioatividade com amostras de AFB1, foram verificados um aumento da resposta impedimétrica e uma redução da resposta amperométrica do sistema, evidenciando o processo de formação do complexo anticorpo-antígeno. Inicialmente o eletrodo de ouro limpo demonstrou um comportamento eletroquímico limitado por difusão apresentando picos anódicos (ipa) e catódicos (ipc) bem definidos. Após a modificação do eletrodo com cisteína houve uma discreta diminuição das ipa e ipc. No entanto, a imobilização das NPsZnO, demonstraram um aumento na condutividade do eletrodo, característica essencial para visualização dos processos eletroquímicos de bioreconhecimento do biossensor. Foi comprovado o bioreconhecimento do biossensor ao seu analito através da modificação do Rct (Resistência a Transferência de Carga), refletido no aumento do diâmetro do semicírculo no EIE e queda da resposta amperométrica total do sistema. Entretanto, a resposta eletroquímica do biossensor não foi alterada após avaliação com a micotoxina ocratoxina A, indicando a seletividade do sistema. Portanto, o biodispositivo demonstra ser uma ferramenta sensível e seletiva que pode favorecer a detecção de aflatoxina B1 em alimentos contaminados.

3
  • ALEXANDRA DEBORA LEITE BORBA
  • AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTIOXIDANTE, ANTIMICROBIANA E CICATRIZANTE DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DAS FOLHAS DE TERMINALIA CATAPPA L. (COMBRETACEAE)

  • Orientador : TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CYNTHIA LAYSE FERREIRA DE ALMEIDA
  • MARCIA SILVA DO NASCIMENTO
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • Data: 04/08/2021

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  • A espécie Terminalia catappa L. (Combretaceae), popularmente conhecida como castanhola ou amendoeira, é utilizada pelas comunidades tradicionais para o tratamento de inflamações, infecções e diabetes. Neste contexto, o objetivo do estudo foi analisar o perfil fitoquímico e avaliar as atividades antioxidante, antimicrobiana e cicatrizante do extrato hidroalcoólico das folhas de Terminalia catappa (EHTc). O perfil fitoquímico do extrato foi analisado por meio de cromatografia em camada delgada (CCD) e os compostos foram identificados por cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada à espectrometria de massas (UPLC-DAD-QTOF MS), sendo também quantificados os teores de fenóis totais, taninos totais e flavonoides. A capacidade antioxidante foi avaliada pelos testes do DPPH, ABTS e fosfomolibdênio. A citotoxicidade foi testada frente às linhagens de hemácias, fibroblastos, macrófagos e queratinócitos, enquanto a atividade antimicrobiana foi determinada pelos testes de microdiluição em caldo e por inibição e remoção de biofilmes. Para a avaliação da atividade cicatrizante in vivo foram preparados os hidrogéis de EHTc 5% e 10%, que foram caracterizados e testados em modelo de excisão por um período de 3, 7 e 14 dias. As classes de metabólitos secundários encontrados foram os taninos hidrolisáveis, alcaloides, flavonoides, triterpenos e esteroides, confirmados através da análise em UPLC-DAD-QTOF MS. O EHTc apresentou teores relevantes de fenóis totais, taninos totais e flavonoides, bem como atividade antioxidante nos diferentes métodos analisados. O EHTc não foi capaz de induzir hemólise e não apresentou toxicidade frente às células L929 e macrófagos peritoneais murinos, enquanto que para HaCat apresentou CI50 > 50 μg/mL, demonstrando baixa citotoxicidade. No ensaio de microdiluição em caldo, o EHTc apresentou inibição moderada frente às bactérias Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis, e para o fungo Candida albicans. Os biofilmes de Candida spp., apresentaram atividade metabólica reduzida quando em contato com o EHTc em concentrações ≥ 124 μg/mL. No modelo de cicatrização in vivo, os animais tratados com o EHTc 5% apresentaram grau de contração significativo no período de 7 dias (84,81%) comparado ao controle de 72,07%. Após 14 dias, o grau de contração foi significativo para o EHTc 5% (91, 83%) e EHTc 10% (90,13%) comparado ao controle de 82, 39%. Nas análises histopatológicas, o grupo tratado com o EHTc 5% promoveu melhor reepitelização tecidual com restauração do tecido conjuntivo e rearranjo das fibras de colágeno. Desta forma, o estudo mostrou que o EHTc apresenta propriedades antioxidante, antimicrobiana e cicatrizante, com baixa citotoxicidade, sugerindo que estas propriedades podem estar associadas à presença dos compostos fenólicos.


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  • A espécie Terminalia catappa L. (Combretaceae), popularmente conhecida como castanhola ou amendoeira, é utilizada pelas comunidades tradicionais para o tratamento de inflamações, infecções urinárias e diabetes. Neste contexto, o objetivo do estudo foi analisar o perfil fitoquímico e avaliar as atividades antimicrobiana e cicatrizante do extrato hidroalcoólico das folhas de Terminalia catappa (EHTc). O extrato foi preparado pelo método de maceração. O perfil fitoquímico foi analisado por meio de cromatografia em camada delgada (CCD) e os compostos foram identificados por cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada à espectrometria de massas (UPLC-DAD-QTOF MS), sendo também quantificados os teores de fenóis totais, taninos totais e flavonoides. A capacidade antioxidante foi avaliada pelos ensaios de sequestro dos radicais livres DPPH e ABTS e formação do fosfomolibdênio. A citotoxicidade foi testada frente às linhagens de hemácias, fibroblastos, macrófagos e queratinócitos. A atividade antimicrobiana foi determinada pelos ensaios de microdiluição em caldo e por inibição e remoção de biofilmes. Posteriormente, foram preparados os hidrogéis de EHTc 5% e 10% para avaliação do potencial cicatrizante in vivo e em seguida caracterizados quanto aos parâmetros organolépticos, pH e viscosidade. As classes de metabólitos secundários encontrados foram os taninos hidrolisáveis, alcaloides, flavonoides, triterpenos e esteroides, confirmados através da análise em UPLC-DAD-QTOF MS. O EHTc apresentou teores de fenóis totais (3,79 g EAG/g), taninos totais (2,16 g EAT/g) e flavonoides (2,34 g EQ/g), bem como atividade antioxidante nos diferentes métodos analisados. O EHTc não foi capaz de induzir hemólise e não apresentou toxicidade frente às células L929 e macrófagos peritoneais murinos, enquanto que para HaCat apresentou CI50 > 50 μg/mL, demonstrando baixa toxicidade. No ensaio de microdiluição em caldo, o EHTc apresentou inibição moderada frente às bactérias Gram-positivas Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis e as Gram-negativas Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis (CMI e CMB de 1024 µg/mL) e para o fungo Candida albicans (CMI de 512 µg/mL e CMB de 1024 µg/mL). Os biofilmes de Candida spp., apresentaram atividade metabólica reduzida quando em contato com o EHTc em concentrações iguais ou superiores a 124 μg/mL, sendo mais eficaz na inibição da formação dos biofilmes de C. tropicalis e C. parapsilosis. Os hidrogéis desenvolvidos apresentaram os parâmetros apropriados para formulações tópicas. Desta forma, este estudo mostrou que o EHTc apresentou propriedades antioxidante e antimicrobiana, com baixa citotoxicidade, sugerindo que estas propriedades podem estar associadas à presença dos compostos fenólicos.

4
  • AYSA CESAR PINHEIRO
  • AVALIAÇÃO DAS GALECTINAS 1 E 3 SÉRICAS E SALIVARES EM PACIENTES COM SÍNDROME DE SJÖGREN PRIMÁRIA E SUA ASSOCIAÇÃO COM MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA DOENÇA

  • Orientador : ANGELA LUZIA BRANCO PINTO DUARTE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • HENRIQUE DE ATAIDE MARIZ
  • LUIZ ALCINO MONTEIRO GUEIROS
  • MARIA CAROLINA ACCIOLY BRELAZ DE CASTRO
  • Data: 06/08/2021

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  • Introdução: A Síndrome de Sjögren Primária (SSP) é uma doença autoimune complexa e heterogênea caracterizada por infiltração linfocítica principalmente em glândulas salivares e lacrimais.

    Objetivos: Analisar os níveis de galectinas 1 (Gal-1) e 3 (Gal-3) séricas e salivares em SSP e sua associação com manifestações clínicas da doença.

    Metodologia: Foi analisado o perfil clínico de 43 pacientes portadores de SSP do Serviço de Reumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, incluindo os critérios classificatórios e índices de atividade de doença como o ESSDAI (EULAR Sjögren’s Syndrome Disease Activity Index) e o ESSPRI (Eular Sjögren’s Syndrome Patient Reported Index), além do índice de dano SSDDI (Sjogren’s Syndrome Disease Damage Index). Foram analisados os resultados de Gal-1 e Gal-3 séricas e salivares pelo ELISA e correlacionados com variáveis clínicas e laboratoriais. Além disso, as Gal-1 e Gal-3 foram avaliadas por imunohistoquímica nas 24 biópsias salivares menores.

    Resultados: Das 43 pacientes selecionadas, todas foram do sexo feminino, com média de idade de 45,28 anos. O valor da mediana da Gal-1 no soro foi de 33338,30 pg/ml comparada com os controles 2002,86 pg/ml com p < 0,001 e a mediana  da Gal-3 no soro foi de 4452,50 pg/ml  e dos controles foi de 2004,00 pg/ml  com p < 0,001. O valor da mediana da Gal-1 salivar também foi mais elevada em relação ao grupo controle  (701,53 x0 pg/ml) com p =0,038, porém maiores níveis não foram encontrados nos pacientes em relação aos controles para a Gal-3 salivar.Observou-se uma maior mediana nos níveis de Gal-3 salivar nos pacientes que desenvolveram manifestações glandulares da doença ( p=0,015)  e houve correlação direta moderada (r = 0,64 com p = 0,025) entre os níveis de Gal-3 salivar e o número de linfócitos. Observou-se maior marcação da Gal-3 nos ductos de tecido glandular das biópsias de glândulas salivares menores, comparado com a pouca expressão da Gal-1. Não houve associação estatisticamente significante entre os níveis das galectinas (Gals) e provas de atividade inflamatória ( PCR , VHS e dosagem de IgG sérica).

    Conclusão: Observou-se o aumento dos níveis de Gal-1 e Gal-3 séricas e de Gal-1 salivar em pacientes com SSP comparados com os indivíduos saudáveis, além de maiores níveis da Gal-3 salivar nos pacientes que pontuaram no domínio glandular do ESSDAI, como também maior expressão de Gal-3 nas biópsias de glândulas salivares menores.


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  • Introdução: A Síndrome de Sjögren Primária (SSP) é uma doença autoimune complexa e
    heterogênea caracterizada por infiltração linfocítica principalmente em glândulas salivares e
    lacrimais.
    Objetivos: Analisar os níveis de galectinas 1 e 3 séricos e salivares em SSP e sua
    associação com manifestações clínicas da doença.
    Metodologia: Foi analisado o perfil clínico de 43 pacientes portadores de SSP do Serviço
    de Reumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco,
    incluindo os critérios classificatórios e índices de atividade de doença como o ESSDAI e o
    ESPRI, além do índice de dano SSDDI. Foram analisados os resultados de galectinas 1 e 3
    séricas e salivares pelo ELISA e correlacionados com variáveis clínicas e laboratoriais.
    Além disso, as galectinas 1 e 3 foram avaliadas por imunohistoquímica nas 24 biópsias
    salivares menores. O grupo controle foi composto de 43 indivíduos pareados por sexo e
    idade.
    Resultados: Das 43 pacientes selecionadas, todas foram do sexo feminino, com média de
    idade de 45,28 anos. Os valores médios da Gal 1 no soro foram de 42971,79pg/ml
    comparada com os controles 5323,11pg/ml com p &lt; 0,001 e a média da Gal 3 no soro foi de
    4817,03pg/ml e dos controles foi de 2291,46pg/ml com p &lt; 0,001. Observou-se uma maior
    mediana nos níveis de galectina 3 salivar nos pacientes que desenvolveram manifestações
    glandulares da doença ( p=0,015) e houve correlação direta moderada (rp = 0,64 com p =
    0,025) entre os níveis de galectina 3 salivar e o número de linfócitos. Observou-se maior
    expressão da galectina 3 nos ductos de tecido glandular das biópsias de glândulas salivares
    menores comparado com a marcação da galectina 1 . Não houve associação estatisticamente
    significante entre os níveis das galectinas e os valores dos índices de avaliação de dano e de
    atividade de doença, bem como provas de atividade inflamatória ( PCR , VHS e dosagem de
    IgG sérica).
    Conclusão: Observou-se o aumento dos níveis de galectinas 1 e 3 séricas e galectina 1
    salivar em pacientes com SSP comparados com os indivíduos saudáveis, além de maiores
    níveis da galectina 3 salivar nos pacientes ques pontuaram no domínio glandular do
    ESSDAI, como também maior expressão de galectina 3 nas biópsias de glândulas salivares
    menores.

5
  • MARCELO ANTONIO OLIVEIRA SANTOS VELOSO
  • MARCADORES PROGNÓSTICOS E ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO NÃO INVASIVA EM PACIENTES COM CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA

  • Orientador : DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDREA BEZERRA DE MELO DA SILVEIRA LORDSLEEM
  • DARIO CELESTINO SOBRAL FILHO
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • Data: 13/08/2021

  • Mostrar Resumo
  • Fundamentos: cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é a principal causa de morte
    súbita cardíaca (MS). As recomendações de cardioversores-desfibriladores
    implantáveis profiláticos (CDI) são divergentes. Objetivo: avaliar a concordância
    na indicação de CDI na CMH, segundo recomendações da European Society of
    Cardiology (ESC) 2014 e American Heart Association (AHA) 2020, e a correlação
    com fibrose miocárdica e QRS fragmentado (fQRS). Metodologia: coorte
    retrospectiva com 81 pacientes, entre 2019 e 2021. Incluídos pacientes com
    CMH ≥ 16 anos. Critérios de exclusão: miocardiopatia secundária, seguimento
    <1 ano. Kappa foi utilizado para determinar a concordância. A sobrevida foi
    estimada pelas curvas de Kaplan-Meier. Foi considerado significativo p ≤ 0,05.
    Resultados: QRSf foi identificado em 44,4% dos pacientes. Não houve
    diferenças entre pacientes com e sem QRSf quanto a parâmetros clínicos,
    ecocardiográficos, fibrose e risco de MS. Durante seguimento de 4,8 ± 3,4 anos,
    não houve MS, mas 20,6% dos pacientes com CDI tiveram pelo menos um
    choque apropriado. A prevalência de hospitalizações por insuficiência cardíaca
    de eventos cerebrovasculares não fatais foi 4,9% e 7,4%, respectivamente. Três

    dos sete choques apropriados ocorreram em pacientes com risco baixo-a-
    moderado da ESC. Três choques ocorreram em pacientes de risco moderado e

    quatro nos de alto risco pela AHA. A concordância das recomendações foi 64%
    com Kappa 0,270 (p = 0,007). Não houve diferenças de choques apropriados por
    estatística C (p = 0,644). Conclusão: os algoritmos de estratificação de risco de
    MS apresentam discrepâncias na indicação do CDI, ambos com baixa acurácia.
    QRSf foi associado a uma tendência de pior desfecho.


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  • MARCADORES PROGNÓSTICOS E ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO NÃO INVASIVA EM PACIENTES COM CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA

6
  • VANESSA NUNES DOS SANTOS SILVA
  • AVALIAÇÃO IN VITRO DA ATIVIDADE LEISHMANICIDA, CITOTOXICIDADE E CAPACIDADE IMUNOMODULADORA DE NOVAS PIRIDINA TIAZÓIS

  • Orientador : MARIA CAROLINA ACCIOLY BRELAZ DE CASTRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ELIS DIONISIO DA SILVA
  • MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • RAFAEL DE FREITAS E SILVA
  • Data: 18/08/2021

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  • As leishmanioses são doenças negligenciadas causada por diversas espécies de
    protozoários flagelados do gênero Leishmania. Afetam milhões de pessoas em todo mundo,
    sendo considerado um grave problema de saúde pública. O tratamento existente apresenta alta
    toxicidade, diversos efeitos colaterais e casos de resistência, tornando evidente a necessidade de
    novas abordagens terapêuticas. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a atividade
    leishmanicida, a citotoxicidade e a capacidade imunomoduladora de novas piridinas tiazóis.
    Testes in vitro foram realizados com nove compostos, para investigar a atividade leishmanicida
    sobre diferentes formas evolutivas promastigotas e amastigotas selvagens e transgênicas de
    Leishmania amazonensis e L. infantum. A atividade citotóxica foi avaliada sobre esplenócitos
    murinos, células HepG2 e RAW264.7. O potencial imunomodulador foi avaliado mediante a
    dosagem da produção de Óxido nítrico (ON) em macrófagos J774 e a dosagem de citocinas em
    sobrenadantes de culturas de cultura de esplenócitos murinos através do kit CBA. Sobre a
    atividade leishmanicida para as formas promastigotas de Leishmania amazonensis e L. infantum,
    os compostos que apresentaram melhores valores de IC 50 para as duas espécies, considerando as
    cepas selvagens e transgênicas foram, respectivamente: PF-04 (3,28 μM / 6,25 μM) (1,67 μM,
    6,80 μM), AT-07 (3,74 μM, 7,40 μM) (4,54 μM, 6,71 μM) e AT-13 (7,38 μM) (1,01 μM, 8,59
    μM) quando comparado a miltefosina (15,80 μM, 8,42 μM) e (26,44 μM, 38,20 μM). Os
    compostos não apresentaram inibição de crescimento quando as formas amastigotas foram
    avaliadas. Foi possível observar que os compostos mostraram ser menos tóxicos frente as células
    HepG2 em relação a miltefosina, droga de referência. Para as células esplênicas apenas
    compostos PF-01 e PF-02 se destacaram em relação a miltefosina, enquanto para os macrófagos
    RAW 264.7 apenas o AT-13 mostrou-se ser menos tóxico. Não foi observada a produção de ON
    induzido pelos compostos. Quanto a produção de citocinas observou-se a indução de citocinas
    relacionadas ao perfil Th1 (TNF, IFN-y e IL-6) que desempenham papel importante para
    resolução da doença. De acordo com os resultados obtidos os compostos PF- 04, AT-07 E AT-13
    se destacaram entre os demais como potenciais candidatos a novos fármacos, apresentando
    atividades leishmanicidas relevantes frente as promastigotas, bons índices de seletividade e
    pouca toxicidade. Além de induzirem citocinas importantes que compõem um perfil de resposta
    imunológica que auxilia no combate da infecção. Apresentando-se como promissores nos
    estudos de novas drogas para o tratamento das leishmanioses.


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  • AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE, MUTAGÊNICIDADE E CAPACIDADE IMUNOMODULADORA DE NOVAS PIRIDINA TIAZÓIS COM POTENCIAL LEISHMANICIDA

7
  • LOUISE FERNANDES CAETANO
  • Avaliação da Oncostatina M e seus receptores como possíveis biomarcadores para a artrite reumatoide

  • Orientador : MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • AMANDA PINHEIRO DE BARROS ALBUQUERQUE
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • SAYONARA MARIA CALADO GONCALVES
  • Data: 19/11/2021

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  • A artrite reumatoide é uma das doenças reumatológicas mais
    prevalentes atingindo cerca de 1% da população mundial, sendo as mulheres
    três vezes mais atingidas do que os homens. No que diz respeito a
    fisiopatologia, a presença da sinovite se mostra como uma característica
    marcante da doença, além da atuação de autoanticorpos. As citocinas
    apresentam também papel de destaque, sendo TNF-α, IL-6 e IL-17 já bem
    descritas. A Oncostatina M (OSM) é uma citocina integrante da família da IL-6
    que apresenta como funções a produção de outras citocinas, proliferação
    celular e degradação óssea e cartilaginosa. O objetivo do trabalho foi avaliar os
    níveis de OSM, sgp130, sOSMR e sLIFR no soro de pacientes, e correlacioná-
    los com parâmetros clínicos da doença. Também foram objetivos do estudo a
    determinação de parâmetros de acurácia dos níveis da citocina e seu receptor
    sOSMR. Foi coletado e processado o sangue de 69 pacientes e controles
    saudáveis para obtenção do soro. Posteriomente avaliamos por ELISA os
    níveis séricos de OSM, sgp130, sOSMR e sLIFR. A presença de OSM não foi
    observada em pacientes e grupo controle. Os níveis de sOSMR foram
    identificados em pacientes e controles, sendo estes últimos em níveis maiores.
    Quando correlacionados com parâmetros clínicos, sOSMR mostrou correlação
    com o Clinical Disease Activity Index (CDAI) e Questionário de Avaliação de
    Saúde (HAQ) dos pacientes. Os níveis de sgp130 foram detectados em
    pacientes e controles saudáveis, sendo níveis maiores observados em
    pacientes. Foi visto que sgp130 apresentou correlação com a Velocidade de
    Hemossedimentação (VHS) dos pacientes. Os níveis de sLIFR se mostraram
    elevados em pacientes quando comparados com o grupo controle. Não foram
    achados correlações significativas entre LIFR e parâmetros da doença.
    Estudos de acurácia foram realizados para identificar a capacidade de distinção
    de sOSMR para AR e pacientes com esclerose sistêmica (ES), espondilite
    anquilosante (EA), lúpus eritematoso sistêmico (LES) e controles saudáveis. O
    sOSMR apresentou uma área sob a curva (AUC) boa para distinguir AR e ES e
    AUC moderada na distinção entre AR e indíviduos saudáveis. Nossos achados
    indicam os receptores sOSMR e sgp130 como candidatos a biomarcadores na
    artrite reumatoide.


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  • AVALIAÇÃO DA ONCOSTATINA M E SEUS RECEPTORES COMO POSSÍVEIS BIOMARCADORES PARA A ARTRITE REUMATOIDE

Teses
1
  • ALBERTO GALDINO DA SILVA JUNIOR
  • DESENVOLVIMENTO DE BIODISPOSITIVOS A PARTIR DE MOLÉCULAS BIOINSPIRADAS DO PANTANAL PARA APLICAÇÕES EM MICRORGANISMOS

  • Orientador : CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
  • KLEBER GONCALVES BEZERRA ALVES
  • MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
  • REGINALDO GONCALVES DE LIMA NETO
  • Data: 23/06/2021

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  • Infecções causadas por água contaminada por microrganismos são umas das principais causas de mortalidade em países considerados de terceiro mundo e no Brasil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. A rápida identificação se torna imprescindível para a aplicação da terapêutica mais apropriada. Diante dos métodos tradicionais de diagnóstico, os biossensores têm se destacado por serem dispositivos sensores de baixo custo e elevada sensibilidade, se tornando uma opção salutar por unir tais características à nanotecnologia. Visando a detecção de microrganismos em plataformas sensoras, peptídeos antimicrobianos e lectinas demonstraram ser uma inovadora opção de elementos de biorreconhecimento. Dessa forma, o presente projeto visou o desenvolvimento de plataformas biossensoras baseadas em nanopartículas magnéticas sintetizadas pelo método de co-precipitação do Fe2+ e Fe3+, o qual tiveram a superfície funcionalizada por quitosana ou nanopartículas de ouro, seguido da ancoragem dos peptídeos antimicrobianos Clavanina A (ClavA), Temporina-PTA (T-PTA) e Synoeca-MP (Syno-MP), além da lectina concanavalina A (ConA), submetendo a plataforma à detecção de bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e leveduras em suspensões variando de 101 a 106 unidades formadoras de colônias por mL (UFC mL). A avaliação eletroquímica realizada por meio da voltametria cíclica (VC) e espectroscopia de impedância eletroquímica (EIS) revelou que os sensores com peptídeos apresentaram maior afinidade frente a bactérias Gram-negativas, com destaque à Klebsiella pneumoniae, cuja interação se deu por interações via atração eletrostática seguida da inserção na parede celular. A lectina ConA indicou maior resposta eletroquímica frente espécies Gram-positivas, cuja interação se deu pela afinidade da lectina com carboidratos como a N-acetilglicosamina, D-glicose, D-manose e glicoconjugados. Tais sacarídeos estão presentes no peptidoglicano, ácido lipoteicóico e lipopolissacarídeo das bactérias Gram-positivas Gram-negativas, respectivamente. Com limite de detecção de 101 UFC mL apresentadas por todos os sensores desenvolvidos, eles podem se caracterizar como uma promissora opção de análise e diagnóstico laboratorial de microrganismos.


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  • Infecções causadas por água contaminada por microrganismos são umas das principais causas de mortalidade em países considerados de terceiro mundo e no Brasil, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. A rápida identificação se torna imprescindível para a aplicação da terapêutica mais apropriada. Diante dos métodos tradicionais de diagnóstico, os biossensores têm se destacado por serem dispositivos sensores de baixo custo e elevada sensibilidade, se tornando uma opção salutar por unir tais características à nanotecnologia. Visando a detecção de microrganismos em plataformas sensoras, peptídeos antimicrobianos e lectinas demonstraram ser uma inovadora opção de elementos de biorreconhecimento. Dessa forma, o presente projeto visou o desenvolvimento de plataformas biossensoras baseadas em nanopartículas magnéticas sintetizadas pelo método de co-precipitação do Fe2+ e Fe3+, o qual tiveram a superfície funcionalizada por quitosana ou nanopartículas de ouro, seguido da ancoragem dos peptídeos antimicrobianos Clavanina A (ClavA), Temporina-PTA (T-PTA) e Synoeca-MP (Syno-MP), além da lectina concanavalina A (ConA), submetendo a plataforma à detecção de bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e leveduras em suspensões variando de 101 a 106 unidades formadoras de colônias por mL (UFC mL). A avaliação eletroquímica realizada por meio da voltametria cíclica (VC) e espectroscopia de impedância eletroquímica (EIS) revelou que os sensores com peptídeos apresentaram maior afinidade frente a bactérias Gram-negativas, com destaque à Klebsiella pneumoniae, cuja interação se deu por interações via atração eletrostática seguida da inserção na parede celular. A lectina ConA indicou maior resposta eletroquímica frente espécies Gram-positivas, cuja interação se deu pela afinidade da lectina com carboidratos como a N-acetilglicosamina, D-glicose, D-manose e glicoconjugados. Tais sacarídeos estão presentes no peptidoglicano, ácido lipoteicóico e lipopolissacarídeo das bactérias Gram-positivas Gram-negativas, respectivamente. Com limite de detecção de 101 UFC mL apresentadas por todos os sensores desenvolvidos, eles podem se caracterizar como uma promissora opção de análise e diagnóstico laboratorial de microrganismos.

2
  • KAREN YASMIM PEREIRA DOS SANTOS AVELINO
  • DESENVOLVIMENTO DE BIOSSENSORES ELETROQUÍMICOS DE DNA BASEADOS EM TECNOLOGIA DE ELETRODOS FLEXÍVEIS E PLATAFORMAS POLIMÉRICAS NANOESTRUTURADAS PARA O DIAGNÓSTICO CLÍNICO DE PAPILOMAVÍRUS HUMANO

  • Orientador : MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
  • KLEBER GONCALVES BEZERRA ALVES
  • MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
  • NORMA LUCENA CAVALCANTI LICINIO DA SILVA
  • Data: 18/08/2021

  • Mostrar Resumo
  • O Papilomavírus humano (HPV) é considerado um dos principais fatores
    etiológicos do câncer cervical. Considerando a baixa sensibilidade dos exames
    citológicos e os elevados custos dos métodos moleculares, o desenvolvimento de testes
    efetivos para o diagnóstico de HPV é uma prioridade. Objetivando-se desenvolver e
    aprimorar a performance analítica de biodispositivos utilizáveis na identificação de
    genótipos de HPV, uma série de biossensores eletroquímicos inter-relacionados foram
    fabricados. Primariamente, duas plataformas nanoestruturadas foram construídas sobre
    um transdutor de ouro, constituídas por: i) compósito híbrido de nanopartículas de ouro e
    polianilina (AuNP/PANI) e ii) polipirrol (PPy), nanopartículas de ouro (AuNPs) e
    cisteamina (Cys). Posteriormente, para otimização do estudo, tiras flexíveis de óxido de
    índio dopado com estanho (ITO) foram utilizadas no desenvolvimento de eletrodos de
    trabalho miniaturizados. Através destas estratégias nanotecnológicas, biossensores
    ultrassensíveis foram elaborados para avaliação da presença de HPV e identificação de
    famílias genotípicas, mediante ancoragem química de sequências específicas de DNA
    funcionalizadas com o grupo -NH2 na terminação 3’ (NH2-ssDNA) (sondas MY11,
    BSH6, BHS16, BSH18, BSH26, BSH53 e BSH61). As técnicas de voltametria cíclica
    (VC) e espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE) foram usadas para análise das
    modificações eletródicas e monitoramento da hibridização molecular. A microscopia de
    força atômica (AFM) possibilitou a caracterização topográfica dos sistemas
    nanoestruturados DNA. Alterações nas correntes amperométricas e nos valores de
    resistência à transferência de carga (RCT) foram observadas após exposição dos
    biossensores a amostras plasmidiais e espécimes cervicais contendo o genoma viral. As
    ferramentas propostas foram capazes de identificar a presença de HPV em concentrações
    mínimas, na ordem de fentograma por microlitro. Além disso, através do emprego da
    sonda MY11 foi possível verificar diferentes perfis de resposta eletroquímica para os
    genótipos de alto (HPV16, 18, 31, 33, 45 e 58) e baixo risco oncogênico (HPV6, 11, 53

    e 54), sugerindo assim, um diagnóstico diferencial de HPV. Em pacientes com
    diagnóstico positivo para HPV, ensaios de triagem permitiram a determinação da família
    viral responsável pela infecção e o monitoramento do biomarcador para tumorigênese,
    gene p53. As respostas analíticas foram obtidas rapidamente, em um intervalo de 15
    minutos, sem marcadores adicionais e com elevada reprodutibilidade, sensibilidade,
    especificidade, seletividade. Destarte, verifica-se que os biodispositivos eletroquímicos
    de DNA apresentam vantagens apreciáveis para o diagnóstico de papilomavírus em
    estágios iniciais da infecção, contribuindo para a prevenção do câncer e implementação
    de estratégias terapêuticas eficazes.


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  • DESENVOLVIMENTO DE BIOSSENSORES ELETROQUÍMICOS DE DNA BASEADOS EM TECNOLOGIA DE ELETRODOS FLEXÍVEIS E PLATAFORMAS POLIMÉRICAS NANOESTRUTURADAS PARA O DIAGNÓSTICO DE PAPILOMAVÍRUS HUMANO

3
  • JOSE DE ARIMATEA ROCHA FILHO
  • ANÁLISE SOBRE A SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA PARA GARANTIA DO ACESSO INTEGRAL AOS MEDICAMENTOS ONCOLÓGICOS

  • Orientador : MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MARIA ANDREZA BEZERRA CORREIA
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • RAFAEL RAMOS DA SILVA
  • VALDEMIR CORDEIRO DE PAULA
  • Data: 30/11/2021

  • Mostrar Resumo
  • A alta incidência dos casos de câncer tornou-o evidente problema de saúde
    pública em todo o mundo. Entre as formas de tratamento desta enfermidade está a
    quimioterapia, que em sua totalidade possui um custo elevado. Atualmente, apenas cerca
    de 30% dos brasileiros possuem convênio com planos de saúde, indicando assim a
    dependência da população do Sistema Único de Saúde. Nesse contexto, o financiamento
    do tratamento oncológico vem se tornando um desafio para os gestores. Este trabalho
    busca avaliar a sustentabilidade financeira de um estabelecimento sob a gestão pública
    direta para garantir o acesso aos medicamentos quimioterápicos e apresentar um
    panorama do serviço ofertado pelo SUS na rede de atenção oncológica em Pernambuco.
    Tratou-se de um estudo observacional, analítico e retrospectivo, realizado no período de
    2015 a 2020, disponíveis no sistema TabWin do Ministério da Saúde. Avaliou-se o custo
    dos medicamentos para o tratamento do câncer de mama em um hospital referência e
    foram analisadas as incorporações de novos tratamentos pela CONITEC durante o
    mesmo período. Foram realizados 343.585 procedimentos quimioterápicos nos
    estabelecimentos avaliados e observou-se que o câncer de mama foi a neoplasia mais
    onerosa. Observou-se ainda que o financiamento dos tratamentos oncológicos manteve-se
    estável, apesar da evolução inflacionária e epidemiológica, havendo prejuízo na
    incorporação de tecnologias. Verificou-se que os custos com quimioterápicos para
    câncer de mama comprometeram 31,23% do valor pago pelo MS, e atualmente, com os
    reajustes do período, este passou a comprometer 100,75%. Ao projetar os reajustes para
    os próximos anos, verificou-se que o orçamento estaria comprometido em 121,6%,
    levando em conta o mesmo cenário inflacionário. Concluiu-se que a atual forma de
    financiamento do tratamento quimioterápico para o câncer de mama não se mostrou
    financeiramente sustentável no cenário avaliado e que se novos investimentos não forem
    aportados, os pacientes do SUS não serão beneficiados com as novas tecnologias de
    tratamento.


  • Mostrar Abstract
  • O número de casos de câncer no Brasil vem crescendo consideravelmente ao longo dos anos. Entre as formas de tratamento desta enfermidade está a quimioterapia, que em sua totalidade possui
    um custo elevado. Atualmente, apenas cerca de 30% dos brasileiros possuem convênio com planos de saúde, indicando assim a dependência da população do Sistema Único de Saúde. Nesse
    contexto, o financiamento do tratamento oncológico vem se tornando um desafio para os gestores. Este trabalho busca avaliar a sustentabilidade financeira de um estabelecimento sob a gestão
    pública direta para garantir o acesso aos medicamentos quimioterápicos e apresentar um panorama do serviço ofertado pelo SUS na rede de atenção oncológica em Pernambuco. Trata-se de um
    estudo observacional, analítico e retrospectivo, no qual foi analisada a realização e os custos dos procedimentos em quimioterapia de 10 dos 13 estabelecimentos da Rede de Atenção em
    Oncologia do Estado de Pernambuco, credenciados no período de 2015 a 2020, disponíveis no sistema TabWin do Ministério da Saúde. Ademais foi avaliado o custo dos medicamentos para o
    tratamento do câncer de mama no hospital referência HC, durante o mesmo período de tempo e foram analisadas as incorporações de novos tratamentos para câncer de mama na base de dados da
    CONITEC. Durante o período analisado, foram realizados 343.585 procedimentos quimioterápicos nos estabelecimentos avaliados, relacionados a diferentes tipos de cânceres. Dentre estes, o
    HCP foi o estabelecimento que mais realizou quimioterapias no período, totalizando em 87.424 (27,25%) procedimentos do total de 321.286. Já o IMIP apresenta a segunda maior prevalência
    (20,69%), seguido do HUOC (14,16%), do HEMOPE (13,96%) e do HC-UFPE (6,54%). Referente à monetização destes procedimentos, o HCP continua possuindo maior predomínio
    quantitativo, acumulando o total de R$ 105.777.799,19 (30,27%). Foi verificado que o câncer de mama foi a neoplasia mais onerosa para a Rede avaliada. Foi observado ainda que ao longo dos
    anos, os repasses para o financiamento dos tratamentos oncológicos se mantiveram em estabilidade, apesar da evolução inflacionária e do aumento crescente no número de casos [MP1] . Com
    isso, houve prejuízo na incorporação de tecnologias modernas e adequadas que venham melhorar a qualidade do serviço prestado, já que as últimas incorporações de tecnologias relacionadas ao
    tratamento desta patologia aconteceram em 2017. Conclui-se que a atual forma de financiamento do tratamento quimioterápico para o câncer de mama não se mostra financeiramente sustentável.

4
  • PAULA ROBERTA DA SILVA
  • ATIVIDADE BIOLÓGICA DE DERIVADOS INDÓLICOS-TIOSSEMICARBAZÔNICOS FRENTE OS PROTOZOÁRIOS TRIPANOSOMATÍDEOS DO GÊNERO LEISHMANIA E TRIPANOSSOMA

  • Orientador : MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA PAULA SAMPAIO FEITOSA
  • ANEKECIA LAURO DA SILVA
  • JAMERSON FERREIRA DE OLIVEIRA
  • MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • RICARDO OLIMPIO DE MOURA
  • Data: 10/12/2021

  • Mostrar Resumo
  • As doenças parasitárias são um grave problema se saúde pública, acometendo uma população com baixo poder socioeconômico, ocasionando altas taxas de morbidade e mortalidade. Nesse contexto, enquadra-se a leishmaniose, doença infecciosa, não contagiosa, causada por diferentes espécies de parasitos do gênero Leishmania sp., dependendo da espécie infectante essa patologia pode manifestar-se de duas formas clinicas a leishmaniose visceral e tegumentar. Atingindo diversos países ao longo mundo, aproximadamente 616 milhões de pessoas vivem em áreas com risco de infecção por leishmaniose visceral, e mais de 431 milhões para leishmaniose cutânea. Indivíduos acometidos com a leishmaniose são tratados com antimoniatos pentavalentes, que são fármacos de primeira escolha, como fármacos de segunda escolha temos a anfotericina B, pentamidina, paromicina ou miltefosina. Porém os fármacos possuem diversos efeitos colaterais, administração parenteral, alto custo e por serem utilizados durante décadas a presença de cepas resistentes, inviabilizando assim o tratamento adequado. Diante disso é necessário a busca de novos compostos leishmanicidas que tenham como características baixa toxicidade, seletividade para o parasito, bom custo benefício e uma via de administração mais adequada. As tiossemicarbazonas apresentam-se como moléculas com ampla atividade biológica e boas propriedades químicas, o núcleo indól por sua vez faz parte da composição de diversas moléculas presentes na natureza e com compostos sintéticos utilizados para tratamento de diversas patologias. Portanto, o presente trabalho teve como objetivo desenvolver compostos indólicos-tiossemicarbazônicos avaliar a viabilidade celular e ultraestrutural frente a formas promastigotas de Leishmania infantum, Leishmania amazonensis. e tripomastigotas. Além de avaliar sua citotoxicidade em macrófagos (J774) e sua atividade frente a formas promastigotas de L. amazonensis a fim de se obter potenciais candidatos a fármacos leishmanicidas e anti-T.cruzi. A atividade leishmanicida mostrou-se promissora, a microscopia eletrônica mostrou que os compostos testados LQIT/PR-02 e LQIT/PR-09 foram capazes de alterar a forma do corpo, o tamanho flagelo, além de causar alterações em organelas como a mitocôndria, podendo assim inviabilizar a atividade celular das formas promastigotas de L. infantum. Na avaliação leishmanicida frente a formas promastigotas de L. amazonensis todos os compostos foram capazes de inibir as formas promastigotas do parasito com IC50 que variaram entre 12,31 a >481,52 μM, onde os índices de seletividade das melhores moléculas foram de LQIT/PR-01 de 4,67; LQIT/PR-06 de 6,91; LQIT/PR-08 de 14,97 e LQIT/PR-09 de 4,32. Dessa maneira, os compostos indólicos-tiossemicarbazônicos apresentam atividades leishmanicida e devem formar a base para futuros estudos experimentais.


  • Mostrar Abstract
  • ATIVIDADE BIOLÓGICA DE DERIVADOS INDÓLICOS-TIOSSEMICARBAZÔNICOS SOBRE FORMAS PROMASTIGOTAS LEISHMANIA INFANTUM E LEISHMANIA AMAZONENSIS

2020
Dissertações
1
  • ROSANA MARIA DA CONCEIÇÃO SILVA
  • OBTENÇÃO, CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL, ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E LEISHMANICIDA DE DERIVADOS HETEROCÍCLICOS PENTAGONAIS

  • Orientador : MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • JAMERSON FERREIRA DE OLIVEIRA
  • RICARDO OLIMPIO DE MOURA
  • Data: 22/07/2020

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  • A leishmaniose tegumentar americana (LTA) trata-se de uma doença negligenciada que acomete a pele e as mucosas dos indivíduos infectados, podendo causar deformações. Essa doença é causada por protozoários dos subgêneros Leishmania e Viannia, sendo transmitida por flebotomineos. No Brasil, são registrados cerca de 19 mil novos casos de LTA anualmente e, em Pernambuco foram registrados 1.535 novos casos dessa doença no período de 2013 a 2017, sendo assim considerada um grave problema de saúde pública. Para o tratamento de LTA, são disponibilizados os seguintes fármacos: antimoniato de N-metil-meglumina, anfotericina B (desoxicolato ou lipossomal), pentamidina e miltefosina. Além do alto custo, esses fármacos possuem graves efeitos adversos, dificuldades na administração e relatos de resistência do parasito. Devido a essa situação, existe uma necessidade de inserção de novos fármacos eficazes para o tratamento de LTA. O núcleo tiazolidin-2,4-diona, além de sua versatilidade na síntese de novos compostos, trata-se de uma estrutura privilegiada na química medicinal e na literatura, há relatos de atividade antiparasitária promissora de compostos contendo esse núcleo. A partir dessa premissa, o presente trabalho propor-se a realizar a síntese, elucidação estrutural, avaliação leishmanicida e perfil de citotoxicidade de novos derivados indol-tiazolidínicos e tioxo-tiazolidínicos. Os sete compostos da série LqIT/LYS e LqIT/MOG foram sintetizados a partir de reações simples de N-alquilação, condensação de Knoevenagel e tionação via reação de Wittig, através de uma rota de síntese bem-sucedida e de fácil purificação, apresentando rendimento reacional satisfatório (63 a 84,99%). As estruturas químicas dos sete compostos foram elucidadas com sucesso através de técnicas convencionais, tals como Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C, Espectroscopia de Absorção no Infravermelho e Espectrometria de Massas, realizadas em laboratórios parceiros. No teste in vitro de citotoxicidade em macrófagos J774, os sete compostos apresentaram valores de CC50 distintos e variaram entre 13,86 ± 0,02 a 34,78 ± 0,63 μM, nesse teste, verificamos que a adição do halogênio bromo no composto LqIT/LYS-04 e a substituição do oxigênio por enxofre no composto LqIT/MOG-06 contribuíram para a diminuição da citotoxicidade em relação aos demais. Já na avaliação leishmanicida em formas promastigotas de Leishmania (Leishmania) amazonensis, os compostos, exceto o LqIT/MOG-06, apresentaram valores de IC50 distintos e variaram de 7,83 ± 0,6 a 133,92 ± 2,6 μM. Após a análise dos resultados e cálculo do índice de seletividade, o composto LqIT/LYS-04 apresentou atividade leishmanicida promissora, apresentando índice de seletividade igual a 3,30, sendo escolhido para avaliação leishmanicida em formas evolutivas amastigotas axênicas de L. (L) amazonensis e análise morfológica e ultraestrutural de sua ação em promastigotas metacíclicas.


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  • SÍNTESE, CARACTERIZAÇÃO ESTRUTIRAL E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA DE DERIVADOS INDOL-TIOXO-TIAZOLIDINAS

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