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Dissertações |
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JÚLIA SAMARA FERREIRA DA SILVA
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ISOLAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DO POLISSACARÍDEO OBTIDO DE Sterculia foetida L.
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Orientador : JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
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MEMBROS DA BANCA :
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AMANDA DAMASCENO LEÃO
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JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
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KARINA PERRELLI RANDAU
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Data: 27/01/2022
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Polímeros são produtos promissores para aplicação industrial nas mais diversas áreas, como alimentícia, cosmética e farmacêutica. Entre os diversos materiais existentes, estão em destaque os polissacarídeos, que podem ser obtidos a partir de fontes vegetais ou animais, apresentam propriedades únicas e diversas vantagens, como biodegradabilidade, baixa toxicidade, abundância na natureza e baixo custo de obtenção, além de serem obtidos de fontes renováveis. A árvore Sterculia foetida L. é uma espécie nativa da Ásia, cultivada em países como Índia e Sri Lanka, introduzida no Brasil como árvore ornamental. A partir do exsudato produzido desta árvore, é obtido o polissacarídeo goma Sterculia foetida (GSF), que apresenta propriedades gelificantes, espessantes, mocoadesivo, estabilizante e aplicado como matriz polimérica em sistemas de liberação de fármacos. No entanto, é um polímero pouco explorado na literatura. O presente estudo teve como objetivo aprimorar um método de isolamento da goma Sterculia foetida e caracterizar o biopolímero obtido, a fim de obter informações a respeito deste novo material. Para o isolamento e purificação do material foram realizados 3 protocolos: iniciando com a separação do exsudato e cascas, seguido de dissolução, agitação, filtração, precipitação e secagem (1); dissolução, agitação, aquecimento por curto período (2 h), filtração, precipitação e secagem (2); dissolução, agitação, aquecimento por longo período (24 h), filtração, precipitação e secagem (3). O protocolo 3 foi o que apresentou maior rendimento (40,5%) e foi selecionado para caracterização. O polissacarídeo obtido foi caracterizado por espectroscopia do infravermelho por transformada de Fourier (FTIR), análise de textura, determinação de tamanho por Cromatografia de permeação em gel (GPC) e foi realizada a identificação fitoquímica por métodos colorimétricos de determinação de alcaloides, taninos e fenóis, ácidos orgânicos e açúcares redutores. A goma isolada apresentou resultado positivo para ácidos orgânicos e açúcares redutores, e ausência de alcaloides, saponinas, taninos e fenóis. A espectroscopia do infravermelho mostrou que a goma apresenta grupamentos funcionais característicos de gomas naturais (grupos alifáticos) e de gomas Sterculia (grupamentos carbonila e acetil). A GSF apresentou Mw de 1,20 x 107 e índice de polidispersão (IPD) de 5,8. Na análise de textura, foram identificados dureza (11,43 ± 0,13), consistência (136,43 ± 1,40), coesividade (- 7,18 ± 0,18) e índice de viscosidade (-8,13 ± 0,75) em solução de 1% p/v. Desta forma, com o protocolo utilizado no presente estudo, a goma apresentou um bom rendimento, características presentes em gomas Sterculia (grupos funcionais, tamanho, textura) e apresenta potencial para aplicação no isolamento do polissacarídeo Sterculia foetida L.
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Polissacarídeos são materiais promissores para aplicação industrial nas mais diversas áreas, como alimentícia, cosmética e farmacêutica. Entre os diversos materiais existentes, estão em destaque os polissacarídeos naturais, por suas propriedades únicas e diversas vantagens, como biodegradabilidade, atoxicidade, abundância na natureza e baixo custo de obtenção. A goma Sterculia foetida (GSF), oriunda do exsudato desta espécie de árvore, é um polímero que apresenta tais características, em especial, propriedades gelificantes, espessantes e aplicação como matriz polimérica em sistemas de liberação de fármacos. O presente estudo teve como objetivo desenvolver um método de isolamento da goma Sterculia foetida e realizar a caracterização da goma obtida, a fim de obter novas informações a respeito deste novo material. Foram efetuadas 3 metodologias de isolamento: dissolução, agitação, filtração, precipitação e secagem (1); dissolução, agitação, aquecimento por curto período, filtração, precipitação e secagem (2); dissolução, agitação, aquecimento por longo período, filtração, precipitação e secagem (3). A metodologia 3 obteve maior rendimento (40,5%) e foi selecionada para caracterização. O polissacarídeo obtido foi caracterizado quanto a espectroscopia do infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) e perfil fitoquímico pela presença de alcaloides, taninos e fenóis, ácidos orgânicos e açúcares redutores. A goma apresentou resultado positivo para ácidos orgânicos e açúcares redutores. A espectroscopia do infravermelho mostrou que a goma apresenta grupamentos funcionais característicos de gomas naturais e de gomas Sterculia. Desta forma, o material isolado apresentou características presentes em gomas Sterculia e atendeu os requisitos de qualidade quanto a análise fitoquímica para aplicação na área alimentícia e farmacêutica.
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ANA CARINE DE MIRANDA RIOS
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Produção da porção protease da proteína NS3 do vírus da Zika
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Orientador : ANTONIO CARLOS DE FREITAS
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDRE LUIZ SANTOS DE JESUS
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ANTONIO CARLOS DE FREITAS
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CHRISTIAN ROBSON DE SOUZA REIS
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Data: 28/01/2022
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O vírus da Zika (ZIKV) foi responsável por surtos da doença nos últimos anos, principalmente no Brasil, associado aos casos de microcefalia e a síndrome de Guillain-Barré. Este cenário apontou para a necessidade de investigar estratégias vacinais, drogas anti-virais e métodos de diagnóstico, visto que, as medidas profiláticas de controle de disseminação do mosquito- vetor são pouco efetivas, sobretudo em países subdesenvolvidos. A grande maioria das estratégias utilizadas para o vírus da Zika foram oriundas do vírus da Dengue, como por exemplo as estratégias envolvendo a proteína NS3. Esse antígeno vêm sendo estudado como um alvo interessante para diagnóstico e também para vacinas, pela presença de epítopos específicos que induzem a ativação de células T. Estudos têm apontado que esta proteína não induz efeitos de resposta exacerbada da doença, após o indivíduo ter sido contaminado previamente por outro flavívirus e já possuir anticorpos sub-neutralizantes para o mesmo. Bactérias como Escherichia coli, são muito utilizadas como biofábricas, para produção de proteínas heterólogas, com benefícios de rápido crescimento e custo baixo de manutenção. O presente trabalho visou a produção e purificação da porção protease da proteína NS3 do vírus da Zika em E. coli. O gene foi clonado no vetor de expressão pGEX-4T3 e transformado em células de E.coli BL21(DE3). SDS-PAGE e Western Blot foram utilizados para confirmar a produção. Experimentos para purificação foram realizados através de ensaios com resina de níquel e Glutationa Sepharose, contudo, os resultados obtidos não foram suficientes para prosseguimento dos experimentos in vitro, que possibilitariam a avaliação do potencial imunoestimulatório da proteína. NS3 é apontada como importante alvo terapêutico para controle da doença, e por isso, seu uso deve continuar sendo explorado, afim de elucidar respostas acerca do seu perfil imune, visto que maioria dos estudos acerca da proteína são voltados para a sua estrutura e função.
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O vírus da zika foi responsável por alguns surtos da doença nos últimos anos, principalmente no Brasil, associado aos casos de microcefalia e a doença de Guillain-Barré. Com isso, é crescente a necessidade de investigar estratégias vacinais, drogas anti-virais e métodos de diagnóstico, visto que, as medidas profiláticas de controle de disseminação do mosquito- vetor são pouco efetivas. A grande maioria das estratégias utilizadas para o vírus da ZIKA (ZIKV) foram oriundas do vírus da Dengue, como a proteína NS3. Esse antígeno vêm sendo estudado como um alvo interessante para diagnóstico e vacinas, por induzir a proliferação de células T. Bactérias como E.coli, são muito utilizadas como biofábricas, para produção de proteínas heterólogas, com o benefício de possibilitarem um rápido crescimento e um custo baixo de manutenção. O presente trabalho visou a produção da proteína NS3 do vírus da ZIKA Escherichia coli e avaliação do potencial imunoestimulatóro da proteína. O gene foi clonado no vetor de expressão pGEX-4T3 e transformado em células de E.coli BL21(DE3), e o SDS-PAGE e Western Blot foram utilizados para confirmar a produção. O potencial imune e antigênico da proteína irá ser analisado, pois, a maioria dos estudos acerca de NS3 são voltados para a sua estrutura e função, necessitando da compreensão do seu potencial imune, para utilização como medida de controle da doença.
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RENATA RODRIGUES DE CARVALHO
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CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA E HISTOQUÍMICA DOS ÓRGÃOS VEGETATIVOS DE ADENIUM OBESUM (FORSSK.) ROEM. & SCHULT, APOCYNACEAE
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Orientador : KARINA PERRELLI RANDAU
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MEMBROS DA BANCA :
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FLÁVIA CAROLINA LINS DA SILVA
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KARINA PERRELLI RANDAU
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RAFAELA DAMASCENO SA
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Data: 28/01/2022
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Adenium obesum (Forssk.) Roem. & Schult. pertencente à família Apocynaceae é popularmente conhecida como rosa do deserto. Esta espécie apresenta uso na medicina tradicional para tratar diferentes doenças venéreas como a gonorreia, feridas, infecções e rinite. O líquido isolado da raiz é utilizado para incorporar loções que tratam doenças de pele, assim como para pediculose. Além disso, é utilizada também como pesticida e o látex é utilizado no tratamento de cárie dentária. Devido a essas aplicações e diversidade de características morfológicas que a espécie apresenta, estudos que visam identificar caracteres de diagnose são necessários com o intuito de contribuir para o controle farmacobotânico da espécie. Sendo assim, este estudo teve por objetivo identificar os caracteres anatômicos da raiz, caule e folhas e histoquímicos da lâmina foliar de A. obesum. Para tal, métodos usuais em anatomia vegetal foram utilizados para o preparo e análise, em microscópio de luz e de polarização de lâminas semipermanentes contendo secções transversais e secções paradérmicas de A. obesum. Foram realizados testes histoquímicos a fim de localizar os constituintes químicos em secções transversais da lâmina foliar. A avaliação microscópica óptica de luz e de polarização viabilizou a identificação e caracterização anatômica da raiz, caule e folha da espécie, revelando caracteres de diagnose como disposição do feixe vascular na nervura central, mesofilo dorsiventral, da epiderme bem como presença de cristais do tipo drusa e prisma no caule da espécie. Por meio da técnica histoquímica evidenciou-se a presença de compostos fenólicos, compostos lipofílicos, lignina e cristais de oxalato de cálcio. Portanto, a correta caracterização fornece informações anatômicas essenciais para padronização farmacobotânica, contribuindo para descrição do gênero e da família.
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Adenium obesum (Forssk.) Roem. &Schult. pertence à família Apocynaceae é popularmente conhecida como rosa do deserto. Esta espécie apresenta uso na medicina tradicional para tratar diferentes doenças venéreas como a gonorreia, feridas, infecções e rinite. O líquido isolado da raiz é utilizado para incorporar loções que tratam doenças de pele, assim como contra pediculose. Além disso, é utilizada também como pesticida e o látex é utilizado no tratamento de cárie dentária e feridas. Devido a essas aplicações e diversidade de características morfológicas que a espécie apresenta, estudos que visam identificar caracteres de diagnóstico são necessários com o intuito de contribuir para o controle farmacobotânico da espécie. Sendo assim, este estudo teve por objetivo identificar os caracteres anatômicos e histoquímicos das folhas de A.obesum. Para tal, métodos usuais em anatomia vegetal foram utilizados para o preparo e análise, em microscópio de luz e de polarização de lâminas semipermanentes contendo secções transversais e secções paradémicas da lâmina foliar de A. obesum e foram realizados testes histoquímicos com objetivo de localizar os constituintes químicos em secções transversais da lâmina foliar objetivando identificar e avaliar a presença de compostos químicos da espécie vegetal. A avaliação microscópica óptica de luz e de polarização viabilizaram a identificação e caracterização anatômicas da lâmina foliar, revelando caracteres de diagnose como disposição do feixe vascular na nervura central, características do mesofilo, da epiderme bem como presença de cristais do tipo drusa. Por meio da técnica histoquímica evidenciou-se a presença de compostos fenólicos, compostos lipofílicos, lignina e cristais de oxalato de cálcio. Portanto, a correta caracterização fornece informações anatômicas essenciais para padronização farmacobotânica, uma vez que existe uma variabilidade nos caracteres de diagnose.
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LUCAS AMADEU GONZAGA DA COSTA
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DESENVOLVIMENTO DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS A PARTIR DE Momordica charantia L. PARA TRATAMENTO PEDIÁTRICO DE GEO-HELMÍNTIASES
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Orientador : PEDRO JOSE ROLIM NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
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PEDRO JOSE ROLIM NETO
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ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
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Data: 23/02/2022
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As geo-helmintíases são doenças negligenciadas que atingem mais de 1 bilhão de pessoas no mundo todo e, no Brasil, cerca de 70% da população em idade escolar, em que os casos podem ser ainda mais graves. O tratamento é realizado com o emprego de albendazol ou mebendazol, mas o amplo uso e distribuição estão levando à diminuição de eficácia e desenvolvimento de resistência anti-helmíntica. Novos medicamentos podem ser desenvolvidos para contornar o problema, com emprego plantas medicinais. O melão de São Caetano ou Momordica charantia L., apresenta atividades medicinais diversas, inclusive a anti-helmíntica, demonstrada em literatura. Dessa forma, o objetivo do trabalho é desenvolver formulações pediátricas para o tratamento de geo-helmintíases empregando Momordica charantia L.. Inicialmente foram obtidas e caracterizadas as drogas vegetais através de metodologias presentes na Farmacopeia Brasileira, sendo os extratos hidroalcóolicos produzidos através de maceração com etanol 70%. Os extratos secos foram obtidos por secagem em estufa e caracterizados quanto à higroscopicidade, solubilidade, perfil térmico e perfil fitoquímico. Além disso foram quantificados marcadores por CLAE-DAD e desenvolvido e validado um método colorimétrico para determinação de flavonoides totais. O extrato seco foi utilizado no desenvolvimento de formulações apresentadas como xarope para diabéticos e suspensão, sendo esta submetida a um delineamento experimental. As análises da droga vegetal apresentaram parâmetros aceitáveis, como índice de umidade e estabilidade térmica. Os extratos secos apresentaram alta higroscopicidade, baixa solubilidade, perfil térmico semelhante ao da droga vegetal e presença de metabólitos secundários de interesse, como taninos, alcaloides e saponinas. O doseamento através de CLAE-DAD apresentou baixos valores de isoquercetina e astragalina, mas a quantificação de flavonoides totais demonstrou valor superior para a classe. Os xaropes para diabéticos não apresentaram sabor agradável, enquanto uma das suspensões, sim. A suspensão passou por um processo de otimização e a formulação escolhida apresentou ótimo sabor, pH de 7,32 e viscosidade de 78,4mPa.s. Dessa forma, o produto desenvolvido apresenta-se como uma alternativa natural, economicamente viável e promissora para o tratamento de geo-helmintíases em crianças.
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As geo-helmintíases são doenças negligenciadas que atingem mais de 1 bilhão de pessoas no mundo todo. No Brasil, afeta cerca de 70% da população em idade escolar, em que os casos podem ser ainda mais graves devido à possibilidade de atrasos no desenvolvimento físico e neurológico. O tratamento é realizado com o emprego de albendazol ou mebendazol, mas o amplo uso e distribuição estão levando à diminuição de eficácia e desenvolvimento de resistência anti-helmíntica. Como solução, é necessário que novos medicamentos sejam desenvolvidos e, através do estudo e emprego plantas medicinais, a questão pode ser resolvida. O melão de São Caetano ou Momordica charantia L., apresenta atividades medicinais diversas, inclusive a antihelmíntica, demonstrada em literatura. Dessa forma, o objetivo do trabalho é desenvolver formulações pediátricas para o tratamento de geo-helmintíases empregando Momordica charantia L.. Inicialmente foram obtidas e caracterizadas as drogas vegetais através de metodologias presentes na Farmacopeia Brasileira, sendo os extratos fluidos produzidos através de maceração com etanol 70ºGL. Os extratos secos foram obtidos por secagem em estufa e caracterizados quanto à higroscopicidade, solubilidade, perfil térmico e perfil fitoquímico. Além disso foram quantificados marcadores por CLAE-DAD e desenvolvido um método colorimétrico para determinação de flavonoides totais. O extrato seco foi utilizado no desenvolvimento de formulações apresentadas como xarope para diabéticos e suspensão. Apesar da escassez de resultados, as análises da droga vegetal apresentaram parâmetros aceitáveis, como índice de umidade e boa estabilidade térmica. Os extratos secos apresentaram alta higroscopicidade, baixa solubilidade, perfil térmico semelhante ao da droga vegetal e presença de metabólitos secundários de interesse, como taninos, alcaloides e saponinas. O doseamento através de CLAE-DAD apresentou baixos valores de isoquercetina e astragalina, motivando o desenvolvimento do método colorimétrico, que será validado. O xarope para diabéticos não obteve sabor satisfatório por ser extremamente amargo e o uso de base de xarope simples tornou o mesmo tolerável na suspensão. A formulação irá agora passar por uma otimização através de delineamento experimental. Dessa forma, o medicamento a ser finalizado apresenta-se como uma alternativa economicamente viável e natural para o tratamento de geohelmintíases em crianças.
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LUCAS SOARES BEZERRA
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EFICÁCIA DO HCM RISK-SCD COMO ESCORE PREDITOR DE MORTE SÚBITA CARDÍACA NA CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA: REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE
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Orientador : DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA
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MARIA CAROLINA ACCIOLY BRELAZ DE CASTRO
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MARIA HELENA MENEZES ESTEVAM ALVES
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Data: 15/03/2022
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A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma patologia incomum, de origem genética, que está atrelada a riscos de complicações como arritmias, progressão para forma dilatada da insuficiência cardíaca e morte súbita. O objetivo deste trabalho é avaliar, a partir de uma revisão sistemática e metanálise, a eficácia do HCM-Risk SCD como escore preditor de morte súbita cardíaca (MSC) em pacientes com CMH. Foram incluídos estudos publicados em português, inglês, espanhol e italiano das seguintes bases de dados: MEDLINE, EMBASE, Scopus, Scielo, ClinicalTrials.gov, OpenGrey e Grey Literature Report. Foram inseridos estudos observacionais, sem limite temporal de publicação. A seleção foi realizada por dois autores, e discordâncias definidas por um terceiro autor. Da pesquisa inicial (n = 1268), 53 artigos foram avaliados integralmente. Após avaliação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 10 artigos para este estudo. Da amostra total de 13676 pacientes com CMH, 2194 (16%) recebeu cardiodesfibrilador implantável, com prevenção de MSC em 643 (29,3%) dos casos. O HCM-Risk SCD demonstra ser uma boa ferramenta para a avaliação prognóstica de pacientes com CMH, principalmente para indivíduos classificados como de alto risco, auxiliando na redução de MSC nesta população.
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A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma patologia incomum, de origem genética, que está atrelada a riscos de complicações como arritmias, progressão para forma dilatada da insuficiência cardíaca e morte súbita. O objetivo deste trabalho é avaliar, a partir de uma revisão sistemática e metanálise, a eficácia do HCM-Risk SCD como escore preditor de morte súbita cardíaca (MSC) em pacientes com CMH. Foram incluídos estudos publicados em português, inglês, espanhol e italiano das seguintes bases de dados: MEDLINE, EMBASE, Scopus, Scielo, ClinicalTrials.gov, OpenGrey e Grey Literature Report. Foram inseridos estudos observacionais, sem limite temporal de publicação. A seleção foi realizada por dois autores, e discordâncias definidas por um terceiro autor. Da pesquisa inicial (n = 1268), 53 artigos foram avaliados integralmente. Após avaliação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 10 artigos para este estudo. Da amostra total de 13676 pacientes com CMH, 2194 (16%) recebeu cardiodesfibrilador implantável, com prevenção de MSC em 643 (29,3%) dos casos. O HCM-Risk SCD demonstra ser uma boa ferramenta para a avaliação prognóstica de pacientes com CMH, principalmente para indivíduos classificados como de alto risco, auxiliando na redução de MSC nesta população.
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JOSE ODIMAR DE CALDAS BRANDAO FILHO
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DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO ANALÍTICO PARA DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ÁCIDO OXÁLICO EM Artocarpus altilis (Parkinson) Fosberg
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Orientador : KARINA PERRELLI RANDAU
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MEMBROS DA BANCA :
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DANIELLE CRISTINE ALMEIDA SILVA DE SANTANA
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JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
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KARINA PERRELLI RANDAU
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Data: 31/05/2022
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As espécies vegetais têm alto consumo mundial. As matrizes vegetais são complexas, contendo compostos bioativos com efeitos farmacológicos e/ou toxicológicos. O consumo de ácido oxálico ou oxalato, metabólito presente em altas concentrações em diferentes espécies vegetais, pode causar complicações renais a curto e longo prazo, principalmente se a concentração plasmática for ≥ 0,8-2,5 μmol.L-1 e a concentração urinária for ≥ 20- 30 mg.24h-1. Algumas pessoas predispostas a complicações renais, como aquelas com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) como diabetes e hipertensão, apresentam uma predisposição a desenvolverem distúrbios renais em decorrência de sua condição fisiopatológica e ao mesmo tempo fazem uso de espécies de plantas medicinais como terapia adjuvante, como Artocarpus altilis (parkinson) fosberg Assim, o objetivo deste trabalho foi realizar o desenvolvimento de um método analítico para determinação do teor de ácido oxálico em Artocarpus altilis (parkinson) fosberg. A separação cromatográfica dos analitos em fase reversa foi obtida em uma coluna C18 (250 x 4,6 mm; 5 μm; 80 Å) em modo isocrático e usando água acidificada com ácido fosfórico:metanol (99:1) a 0,6 mL.min-1 em pH 2,0como fase móvel (25°C e detecção a 220 nm). O tempo de análise foi de 5 min. Para o preparo da amostra, lâminas foliares de Artocarpus altilis foram coletadas, secas em estufa, trituradas e acondicionadas até o momento de preparo do extrato. O extrato era preparado a cada dia de análise a partir de 1,0 g do triturado com 20 mL de HCl 2 mol.L -1, a 21 ° C, por 15 min (sob agitação), centrifugado e filtrado. O método apresentou intervalos linares de concentração de 5 a 45 µg.mL-1 para ácido oxálico. O método demonstrou boa precisão e exatidão intra e intercorrida com erros relativos inferior a 15%. Ainda, o método foi aplicado em amostras de lâmina foliar de Artocarpus altilis encontrando uma concentração de 1,06 mg.g-1 de ácido oxálico. Os resultados trouxeram dados inéditos a respeito do teor de ácido oxálico contido em Artocarpus altilis. Espera-se que esse método possa contribuir para o desenvolvimento de outros métodos com o mesmo propósito.
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As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) são um grupo de doenças que se caracterizam por apresentar as maiores taxas de mortalidade e morbidade do mundo. Apesar do aumento de novas tecnologias farmacêuticas, o uso de plantas medicinais como coadjuvante na terapia dessas doenças é uma realidade bastante difundida. No entanto, a maioria das espécies vegetais contém cristais inorgânicos de oxalato de cálcio, um produto do metabolismo vegetal, que tem determinadas funções nos tecidos vegetais. Não obstante, para a espécie humana, sua ingestão está associada a quadros de intoxicação renal, o que pode agravar ainda mais o estado de pacientes que já são predispostos a desenvolver complicações renais, como diabéticos e hipertensos. Neste cenário, o objetivo deste estudo é realizar o desenvolvimento de um método analítico para determinar o teor de ácido oxálico/oxalato em espécies vegetais medicinais utilizadas pela população no tratamento de DCNTs por meio da cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE).
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PAULA REGINA TOCHE DOS SANTOS
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AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO DA GALECTINA 9 NO SORO, SALIVA E GLÂNDULAS SALIVARES EM PACIENTES PORTADORES DE SÍNDROME DE SJÖGREN PRIMÁRIA
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Orientador : ANGELA LUZIA BRANCO PINTO DUARTE
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MEMBROS DA BANCA :
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GUILHERME SOARES GOMES DA SILVA
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RAFAELA SILVA GUIMARAES GONCALVES
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VALERIA PEREIRA HERNANDES
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Data: 10/06/2022
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A Síndrome de Sjogren primária é uma exocrinopatia autoimune crônica e sistêmica, e tem na sua patogênese a participação das imunidades inata e adaptativa. Apesar dos avanços, existe ainda uma escassez de biomarcadores específicos de atividade e prognóstico da doença, além da ausência de terapia específica. Nesse contexto, um grupo de proteínas capazes de se ligar de forma reversível a glicanos chamado galectinas vem sendo estudadas, devido à sua capacidade de executar funções biológicas decorrentes dessas ligações, como adesão, proliferação e morte celular e que podem estar relacionadas à fisiopatologia de várias doenças imunomediadas. Foi realizado um corte transversal de 42 pacientes atendidos no ambulatório de Síndrome de Sjögren do HC-UFPE, dos quais foi feita uma análise, através da comparação com controles saudáveis, dos níveis de galectina-9 (gal-9) no sangue e na saliva através da metodologia ELISA, e realizada imunohistoquímica em biópsias de glândula salivar menor. O objetivo do trabalho foi avaliar os níveis de gal-9 nesses pacientes e estabelecer correlações com variáveis que envolvem atividade da doença, exames complementares, uso de medicações e manifestações extra glandulares, além de avaliar a expressão de gal-9 no tecido glandular desses pacientes. Dos 42 pacientes selecionados, 100% eram mulheres com média de idade de 45,8 anos (DP ± 11,16). A mediana da gal-9 sérica foi de 2264,24pg/ml, comparado a 3622,86pg/ml dos controles com p=0,047. Os níveis de gal-9 salivar apresentaram uma mediana maior do que controles saudáveis (613,58pg/ml x 317,59pg/ml) com p = 0,012. A correlação entre a gal-9 no soro e na saliva foi positiva quando comparado com o escore de atividade ESSDAI e IgG sérica, e negativa para idade, porém sem significância estatística. Não houve associação estatisticamente significativa entre a gal-9 sérica e salivaras e a positividade do anticorpo Anti Ro/SSa, positividade dos testes de secura, uso ou não de medicamentos imunossupressores. Porém, destaca-se que a mediana da gal-9 na saliva dos pacientes com manifestações extra glandulares foi maior do que os que apenas sintomas glandulares (816,91pg/ml x 328,72) com p=0,002 e a mediana da gal-9 salivar foi estatisticamente diferente entre os grupos que eram Anti-La/SSb positivos (927,80pg/ml) e negativos (526,00pg/ml) com p=0,029. A análise imuno-histoquímica das biópsias de glândula salivar revelou um amento da expressão de gal-9 nas células ductais e do infiltrado inflamatório. Concluiu-se que os níveis séricos e salivares de gal-9 foram estatisticamente diferentes em relação a controles saudáveis, a mediana da gal-9 salivar foi maior na saliva de pacientes com manifestações extra glandulares e que existe a expressão de gal-9 em células ductais e do infiltrado inflamatório de pacientes com SSP. Esses achados inéditos abrem caminhos para que novos estudos com essa galectina sejam realizados em pacientes com SSj a fim de proporcionar um melhor entendimento sobre sua participação no desenvolvimento da doença e sua aplicabilidade como biomarcador.
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Introdução: A Síndrome de Sjogren primária é uma exocrinopatia autoimune, com espectro clínico sistêmico e crônico e tem na sua patogênese participação das resposta imunes inatas e adaptativas. Apesar dos avanços, existem, ainda, carência de biomarcadores específicos de atividade e prognóstico da doença, além da necessidade do desenvolvimento de novos alvos terapêuticos
Objetivo: avaliar os níveis das galectinas 7 (gal-7) e 9 (gal-9) no sangue e na saliva de pacientes portadores da Síndrome de Sjögren primária (SSp)
Metodologia: foram analisadas as características clínicas, laboratoriais, perfil dos principais autoanticorpos e achados ultrassonográficos de 42 pacientes com SSp. Além disso, foram realizadas análises entre o nível de gal-9 na saliva e no soro de pacientes. Também foi realizada a imuno-histoquímica (IHQ) de biópsias de glândula salivar menor de pacientes portadores da síndrome para investigar a expressão das gals-7 e 9.
Resultados: todas os pacientes analisados foram do sexo feminino. A partir da caracterização clínico laboratorial da amostra pode-se inferir que a média de idade foi de 43 anos, com uma média de idade de 45,8 anos e as principais medicações orais em uso foram colecalciferol (61,9%) hidroxicloroquina (54,7%) Os níveis séricos de gal-9 de pacientes portadores de SSp não se apresentaram diferentes comparados a controles saudáveis; os níveis de gal-9 salivar apresentaram uma tendência de correlação com a classificação ultrassonográfica quanto mais acometida fosse a glândula salivar, apesar de ser sem significância estatística. A análise das biópsias permitiu a observação da expressão de gal-7 nas células ductais de glândula salivar menor de pacientes portadoras de SSp e, de forma mais intensa, a expressão da gal-9 nas células ductais e do infiltrado inflamatório de mesmo tipo histológico. Também foram feitas análises entre a gal-9 sérica e salivar e sua relação com a positividade com os auto-anticorpos, testes de secura e uso de medicações, sendo encontrada associação diretamente proporcional entre a positividade do Anti-La e o nível de gal-9 salivar e também, encontrou-se uma associação indireta entre o uso de hidroxicloroquina e ou metotrexate e o nível de gal-9 salivar.
Conclusão: Os níveis séricos de gal-9 foram similares em relação a controles saudáveis, porém observou-se que sua expressão encontra-se aumentada em cortes de tecido de glândula salivar menor em pacientes com sialoadenite. Os níveis de gal-9 salivar apresentaram uma tendência de alta, bem como uma tendência de correlação com a classificação ultrassonográfica, apesar de sem significância estatística A gal-7 também pode ser encontrada na IHQ desses pacientes, porém com menor intensidade e, de forma mais intensa, a expressão da gal-9 nas células ductais e do infiltrado inflamatório de mesmo tipo histológico.
Acreditamos que o conhecimento sobre a participação das galectinas no desenvolvimento da síndrome de sjogren, suas correlações com marcadores clínicos e histológicos é de fundamental importância para que essas lectinas possam ser incorporadas à prática clínica e os pacientes possam se beneficiar de sua atividade terapêutica e/ou diagnóstica.
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MARIA LUIZA CAVALCANTI LUCENA
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DESENVOLVIMENTO DE METODOLOGIA SIMPLIFICADA DE OBTENÇÃO DE SELANTE DE FIBRINA AUTÓLOGO COM INCORPORAÇÃO DE AGENTE ANTIMICROBIANO À FORMULAÇÃO
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Orientador : ANA CRISTINA LIMA LEITE
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA CRISTINA LIMA LEITE
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ANA LUCIA FIGUEIREDO PORTO
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THIERS ARAUJO CAMPOS
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Data: 27/06/2022
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Selantes de fibrina são majoritariamente compostos por fibrinogênio e trombina, que quando misturados mimetizam a etapa final da cascata da coagulação, formando o coágulo de fibrina. Esses selantes são amplamente utilizados em procedimentos cirúrgicos devido a suas propriedades físicas e biológicas, que apresentam vantagens em comparação a materiais de origem sintética utilizados nas suturas tradicionais. Dentre estas vantagens, destacam-se: uma maior compatibilidade fisiológica, biodegradabilidade e uma melhor recuperação do paciente pós-cirurgia. A matriz de fibrina também vem sendo amplamente estudada como um sistema de carreamento e entrega células, fatores de crescimento, genes e fármacos. Essa característica faz com que antibióticos incorporados aos selantes de fibrina venham sendo testados para o combate das Infecções de Sítio Cirúrgico (ISC). No entanto, a produção de selantes de fibrina pela indústria farmacêutica de hemoderivados necessita de um grande aparato tecnológico, o que tende a elevar o custo de sua produção. Nesse sentido, esse trabalho tem como objetivo desenvolver uma metodologia simples e de baixo custo para obter selante de fibrina autólogo e incorporar um agente antimicrobiano à formulação. Para isso, foram fracionadas fontes de fibrinogênio (crioprecipitado) e protrombina (euglobulinas plasmáticas) de unidades individuais de plasma com sorologia negativa, utilizando métodos de precipitação proteica físico-químicos. A viabilidade da protrombina precipitada foi avaliada qualitativamente por meio do teste de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa). A protrombina foi convertida em trombina pela adição de 10 mL de carbonato de cálcio 0,2M. A dosagem de fibrinogênio indicou a presença de 1,5g/dL ± 0,9 dessa proteína no crioprecipitado, enquanto a trombina apresentou uma concentração de 388,66 ± 98,72 UI/mL. À solução de trombina foram incorporados diferentes volumes de agente antimicrobiano (cloridrato de vancomicina 50 mg/mL ou sulfato de gentamicina 40 mg/mL). Promoveu-se a formação do coágulo com a adição de crioprecipitado e foram verificadas suas características macroscópicas. Os coágulos formados a partir da solução de trombina com maiores concentrações de antibiótico apresentaram menores consistência e adesão a parede do tubo em comparação com o controle. Ao final, foi realizado um ensaio microbiológico automatizado BACTECTM FX para avaliação da atividade antimicrobiana do selante de fibrina enriquecido com antibióticos frente a Staphylococcus aureus, uma das principais espécies causadoras das ISC. A matriz foi capaz de inibir o crescimento bacteriano local por até 72 horas. A metodologia desenvolvida nesse trabalho mostrou-se eficaz para a produção de um selante de fibrina, a nível de hemocentro, com capacidade para prevenir ISC. O desenvolvimento de uma metodologia simples e de baixo custo para obtenção de uma matriz de fibrina possui relevância, para além da prática clínica e cirúrgica, nas mais diversas áreas de pesquisa e inovação terapêutica; dado a versatilidade desse material biológico e a grande perspectiva de utilização em estudos de tecnologia farmacêutica e medicina regenerativa.
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Selantes de fibrina (também conhecidos como colas de fibrina), são amplamente utilizados na prática médica e procedimentos cirúrgicos devido a suas propriedades físicas e biológicas, que apresentam vantagens em comparação a materiais de origem sintética utilizados nas suturas tradicionais. Dentre estas vantagens, destacam-se: uma maior compatibilidade fisiológica, biodegradabilidade e uma melhor recuperação do paciente pós-cirurgia. A composição dos selantes de fibrina consiste majoritariamente em duas proteínas plasmáticas: fibrinogênio e trombina. As duas proteínas, quando misturadas, mimetizam a etapa final da cascata da coagulação, em que o fibrinogênio é convertido em fibrina pela ação da trombina. Como resultado dessa reação enzimática, há a formação de um gel aderente ao tecido humano: o coágulo de fibrina. A matriz de fibrina também vem sendo amplamente estudada como um sistema de carreamento e entrega células, fatores de crescimento, genes e diferentes fármacos, como antibióticos. Essa característica faz com que antibióticos incorporados aos selantes de fibrina venham sendo testados para o combate das Infecções de Sítio Cirúrgico (ISC). No entanto, a produção de selantes de fibrina pela indústria farmacêutica de hemoderivados necessita de um grande aparato tecnológico, que envolve técnicas de cromatografia de afinidade e troca iônica, o que tende a elevar o custo de sua produção. Nesse sentido, esse trabalho tem como objetivo desenvolver uma metodologia simples e de baixo custo para obter selante de fibrina autólogo e incorporar um agente antimicrobiano à formulação. Para isso, foram fracionados fontes de fibrinogênio (crioprecipitado) e protrombina (euglobulinas plasmáticas) de unidades individuais de plasma, utilizando métodos de precipitação proteica físico-químicos. A viabilidade da protrombina precipitada foi avaliada qualitativamente por meio do teste de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa). A protrombina foi convertida em trombina pela adição de 10 mL de carbonato de cálcio 0,2M. A dosagem de fibrinogênio indicou a presença de 1,5g/dL ± 0,9 dessa proteína no crioprecipitado, enquanto a trombina apresentou uma concentração de 388,66 ± 98,72 UI/mL. As próximas etapas desse estudo consistirão em analisar a pureza da solução de trombina obtida a partir da metodologia desenvolvida, além de incorporar um agente antimicrobiano ao selante de fibrina e realizar o teste de susceptibilidade microbiana para avaliação da eficácia do fármaco na matriz de fibrina frente a espécies bacterianas causadoras de Infecções de Sítio Cirúrgico.
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DANIEL MONTEIRO BISPO
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DIAGNÓSTICO RÁPIDO DA COVID-19 BASEADO NO USO DE FIBRAS ELETROFIADAS E NANOESTRUTURAS
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Orientador : CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
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ALBERTO GALDINO DA SILVA JUNIOR
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KAREN YASMIM PEREIRA DOS SANTOS AVELINO
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Data: 29/06/2022
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Em 2020 tivemos início a pandemia da COVID-19, sendo esta consequência da Síndrome Respiratória Aguda Grave do Coronavírus 2, o SARS-CoV-2. Sendo uma doença bastante transmissível e com poucas opções de tratamento. A prevenção e o controle do surto são essenciais no combate a transmissão do vírus, identificando o infectado e isolando-o, evitando a propagação do vírus. O padrão-ouro no diagnóstico da COVID-19 é a técnica de RT-PCR, mas ela apresenta algumas desvantagens como insumos limitados, falso-positivos e a necessidade de recursos humanos qualificados, o que dificulta sua aplicação em escala global, gerando uma demanda por novos métodos. A nanotecnologia é uma ferramenta eficaz e inovadora para fornecer soluções para essa problemática através do uso de nanomateriais, como nanofibras e nanopartículas, que apresentam uma boa relação área/volume. Aprimoramos a detecção desses materiais para a produção de biossensores. Os biossensores terão alta sensibilidade, capacidade de miniaturização, possibilitando a criação de biossensores de baixo custo e de alta resposta. Dessa forma, o presente projeto visou a produção de uma plataforma biossensora baseada em nanofibras eletrofiadas de PVA funcionalizadas com AuNPs para o diagnóstico do cDNA do SARS-CoV-2. Para isso, produzimos nanofibras eletrofiadas de álcool polivinico e álcool polivínico com AuNPs através do método de eletrofiação, devido a sua baixa estabilidade em água, as nanofibras foram submetidas a um processo de reticulação química através de uma solução de acetona, onde as nanofibras adquiriram estabilidade em água ou em compostos com água, sendo o primeiro passo para a construção da plataforma biossensora. A construção dessa plataforma acontece através de uma ancoragem de diferentes compostos químicos como o Ácido 11-Mercaptoundecanoico, N-hidroxisuccinimida, N-(3-dimetilaminopropil)-N'-etilcarbodiimida e SONDACOVID-19, sendo a plataforma submetida a avaliação eletroquímica foi realizada através da microscopia de força atômica (AFM), espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) e Espectroscopia de Impedância Eletroquímica (EIS), onde na EIS a cada composto inserido, onde pudemos comprovar a incorporação dos compostos, após isso, submetemos a plataforma a detecção de diferentes diluições de cDNACOVID-19, indo de 101 a 105. A análise das diluições foi feita em triplicata para garantir a reprodutibilidade do experimento, onde conseguimos observar um aumento na resposta da impedância faradaíca e nos valores da resistência a transferência de elétrons a medida em que as concentrações de cDNA presentes nas diluições eram aumentadas. Demonstrando a eficácia da plataforma na detecção de diferentes diluições do cDNACOVID-19.
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Neste momento, o mundo enfrenta a pandemia da COVID-19, sendo esta consequência do coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2, o SARS-CoV-2. Apresenta-se como uma doença bastante transmissível e com poucas opções de tratamento. A prevenção e o controle do surto são essenciais no combate a transmissão da doença. Uma das maneiras mais utilizadas para evitar a transmissão do vírus é a identificação da pessoa infectada e posterior isolamento, evitando que o vírus se propague. O padrão-ouro no diagnóstico da COVID-19 é a técnica de RT-PCR, mas essa técnica vai apresentar algumas desvantagens como insumos limitados, resultados falso-positivos e a necessidade de recursos humanos qualificados para a realização da técnica, o que a torna difícil de ser implementada em escala global, fazendo com que novos métodos precisem ser desenvolvidos para atender a demanda. A nanotecnologia se mostra como uma ferramenta eficaz e inovadora para fornecer soluções que possam expandir o diagnóstico da COVID-19 através do uso de nanomateriais, como polímeros, nanofibras e nanopartículas, que vão apresentar uma boa relação área/volume do que materiais em maior escala. É possível explorar essa propriedade de modo a melhorar a detecção química e biológica desses materiais para a produção de biossensores nanoestruturados. Os biossensores eletroquímicos terão uma alta sensibilidade em conjunto com a capacidade de miniaturização, possibilitando a criação de biossensores de baixo custo e de alta resposta. Dessa forma, o presente projeto visou o desenvolvimento de uma plataforma biossensora baseado em nanofibras eletrofiadas de PVA funcionalizadas com nanopartículas de ouro para o diagnóstico do cDNA do SARS-CoV-2. Para isso, construímos nanofibras eletrofiadas de Álcool Polivínico com nanopartículas de ouro que passaram por um processo de reticulação química para garantir a sua estabilidade em água, permitindo a construção da plataforma biossensora. A partir de uma ancoragem de compostos químicos como o Ácido 11-Mercaptoundecanoico, N-hidroxisuccinimida, N-(3-dimetilaminopropil)-N'-etilcarbodiimida e SONDACOVID-19, submetemos a plataforma a detecção de diferentes diluições de cDNACOVID-19, indo de 101 a 106. A avaliação eletroquímica foi realizada por meio da Espectroscopia de Impedância Eletroquímica (EIS), onde foi possível observar um aumento na resposta da impedância faradaica a medida em que as concentrações de cDNA presentes nas diluições eram aumentadas. Demonstrando a eficácia da plataforma na detecção de diferentes diluições do cDNACOVID-19.
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ANDERSON RODRIGUES DE ALMEIDA
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INVESTIGAÇÃO DO POTENCIAL IMUNOMODULADOR E ANTIFIBRÓTICO EX VIVO E IN VIVO DE MOLÉCULAS SINTÉTICAS E DO PERFIL DE CITOCINAS NA ESCLEROSE SISTÊMICA
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Orientador : MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
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MEMBROS DA BANCA :
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MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
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ANGELA LUZIA BRANCO PINTO DUARTE
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MARIA CAROLINA ACCIOLY BRELAZ DE CASTRO
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ANDREA TAVARES DANTAS
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SANDRA HELENA POLISELLI FARSKY
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Data: 23/02/2022
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A esclerose sistêmica (ES) é uma doença autoimune do tecido conjuntivo caracterizada por alterações vasculares, desregulação imunológica e fibrose progressiva da pele e de órgão internos. A fisiopatogênese da ES é complexa e incompletamente compreendida, o que reflete na heterogeneidade clínica da doença e dificulta a descoberta de terapias eficazes. Atualmente há poucas opções de tratamento para doença, e as que estão disponíveis não têm impacto significativo em sua progressão, havendo uma necessidade considerável por estudos que busquem a melhor compreensão da doença e que explorem novas alternativas terapêuticas. Assim, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o perfil de citocinas em pacientes com ES e a atividade imunomoduladora e antifibrótica de derivados tiazolidínicos (LPSF/CR-35 e LPSF/GQ-16) e do híbrido IBPA in vitro e in vivo. Na primeira etapa do estudo foram incluídos 84 pacientes com diagnóstico de ES e 84 voluntários saudáveis pareados por sexo e idade. A quantificação das citocinas no soro dos participantes foi realizada através da técnica de ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay). Na etapa seguinte, os efeitos imunomoduladores e antifibróticos dos derivados tiazolidínicos e do híbrido IBPA foram avaliados em células mononucleares do sangue periférico (PBMC) de pacientes com ES e em modelo de ES induzido por ácido hipocloroso (HOCl) em camundongos BALB/c. Observou-se que pacientes com ES quando comparados com voluntários saudáveis apresentaram aumento nos níveis séricos da IL (Interleucina) -27 e da IL-18, além de diminuição da isoforma a da proteína ligadora da IL-18 (IL-18 BPa). Além disso, os pacientes com ES apresentaram aumento significativo nos níveis séricos do receptor solúvel da oncostatina M (sOSM-R) e da glicoproteína 130 solúvel (sgp130), quando comparados com voluntários saudáveis. As citocinas e receptores desregulados no soro dos pacientes com ES foram correlacionados e/ou associados com manifestações da doença. Os tratamentos com as moléculas sintéticas in vitro promoveram a modulação na secreção de diferentes citocinas em cultivos de PBMC de pacientes com ES (IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, IL-13, IL-17, IFN-γ e TNF). Os efeitos imunomoduladores in vivo também foram evidenciados em modelo de ES induzido pelo HOCl, os diferentes tratamentos reduziram a expressão de marcadores de ativação em células T CD4+ (CD69) e células B (MHC-II e CD40), e a expressão do marcador de macrófagos M2 (CD206), em células isoladas do baço dos camundongos. A expressão do marcador de macrófagos M1 (CD86) foi aumentada após os diferentes tratamentos com os derivados tiazolidínicos e com o IBPA. A ação antifibrótica das moléculas foi avaliada in vivo na pele e pulmões dos camundongos com ES induzida pelo HOCl. Observou-se que os tratamentos regularam negativamente a expressão de mRNA de marcadores fibróticos na pele e pulmões (α-SMA, TGF-β, Colágeno tipo I, IL-4 e IL-13), além de terem reduzido o acúmulo de colágeno na pele e o espessamento dérmico. Adicionalmente, o IBPA reduziu significativamente o acúmulo de colágeno nos pulmões dos animais. As análises histopatológicas de fragmentos de pele e pulmões corados com Hematoxilina & Eosina e Sirius Red evidenciaram que as moléculas atuaram impedindo o desenvolvimento da fibrose dérmica e pulmonar nos camundongos. Os resultados apresentados no presente estudo indicaram diferentes citocinas e receptores solúveis que podem estar associados com a ES e identificaram três diferentes moléculas sintéticas com potencial terapêutico para a doença.
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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE IMUNOMODULADORA E ANTIFIBRÓTICA DE NOVOS DERIVADOS TIAZOLIDÍNICOS E PERFIL DE CITOCINAS EM PACIENTES COM ESCLEROSE SISTÊMICA
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ANA CATARINA CRISTOVAO SILVA
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AVALIAÇÃO IN SILICO E IN VITRO DOS MECANISMOS CELULARES E MOLECULARES DE DERIVADOS FENOXI-HIDRAZINO-TIAZÓIS CANDIDATOS A FÁRMACOS TRIPANOCIDAS
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Orientador : MARCELO ZALDINI HERNANDES
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MEMBROS DA BANCA :
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ELIS DIONISIO DA SILVA
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FABIO ROCHA FORMIGA
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LUIZ FELIPE GOMES REBELLO FERREIRA
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MARCELO ZALDINI HERNANDES
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TERESINHA GONCALVES DA SILVA
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Data: 03/03/2022
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A doença de Chagas é considerada negligenciada e possui como agente etiológico o Trypanosoma cruzi. O tratamento é baseado no benzonidazol (Bzn), que é muito tóxico e mais efetivo na fase aguda da doença. A descoberta de fármacos mais seguros, eficazes e menos tóxicos constitui portanto um desafio. Sendo assim, o objetivo do trabalho foi investigar a ação tripanocida e imunomoduladora de 13 novos compostos fenoxi-hidrazino-tiazois. Para avaliação in silico, foram utilizadas plataformas (ProTox-II, SEA e SwissADME) para busca de possíveis alvos de citotoxicidade, farmacocinética e farmacodinâmica, além de características físico-químicas dos compostos. Além disso, foi realizado o docking molecular frente a alvos de T. cruzi, de citotoxicidade e do sistema imune. Para a citotoxicidade, diferentes tipos celulares foram utilizados; a atividade tripanocida foi avaliada frente a epimastigotas, tripomastigotas e amastigotas; para investigar a produção de óxido nítrico (ON) foram utilizados macrófagos; para investigar a morte celular, tripomastigotas foram utilizados; para avaliar a imunomodulação, foram utilizados esplenócitos. Após execução do docking molecular em diferentes alvos de T. cruzi, foi verificado que os valores de score para a esqualeno sintase e a 14-alfa demetilase foram maiores do que para os outros alvos (cruzaína e tripanotiona redutase). Após o docking com as enzimas monoamina oxidase A e B, verificou-se a afinidade de JM-13 por esses alvos, corroborando com achados das plataformas SEA e Protox-II. No docking com alvos do sistema imune, foi possível verificar uma afinidade maior dos compostos por TLR2 e TLR4, com afinidades semelhantes entre os receptores de citocinas. Os compostos da série JM demonstraram afinidade in silico para os alvos imunológicos, estando sempre entre os 10 melhores ranqueados para todos os alvos. Destaca-se JM-13 que foi o melhor ranqueado pra 7 dos 9 alvos. No geral, os compostos foram pouco tóxicos para todos os tipos celulares testados, com destaque para os compostos da série JM. O composto mais ativo para epimastigotas foi LIZ-531 (2,8 µM), para tripomastigotas foi LIZ-311 (8,6 µM) e para amastigotas foi LIZ-331 (1,9 µM). Houve indução da produção de ON na concentração de 200 µg/mL por LIZ-311 (2,5µM), LIZ-431 (4,1 µM) e LIZ-531 (5 µM). O composto JM-14 induziu a produção de ON nas 3 maiores concentrações testadas e houve relação dose-dependente. Na produção de citocinas, LIZ-331 induziu a produção de TNF e IL-6, já LIZ-311 foi indutor de TNF, IFN-γ, IL-2, IL-4, IL-10, IL-17. O composto LIZ-311 induziu morte celular principalmente por apoptose, além de diminuição de compartimentos ácidos e de potencial de membrana mitocondrial. Diante do exposto, fica claro o potencial do composto LIZ-311, pois além da atividade antiparasitária, foi pouco tóxico para as células testadas, com potencial imunomodulador in silico e in vitro (balanço Th1/Th2 e produção de ON), além de induzir a morte parasitária por via apoptótica.
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AVALIAÇÃO IN SILICO E IN VITRO DOS MECANISMOS CELULARES E MOLECULARES DE DERIVADOS FENOXI-HIDRAZINO-TIAZÓIS CANDIDATOS A FÁRMACOS TRIPANOCIDAS
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INES EUGENIA RIBEIRO DA COSTA
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EFICIÊNCIA TÉCNICA DOS HOSPITAIS DA REDE ESTADUAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO
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Orientador : MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
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MEMBROS DA BANCA :
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MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
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ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
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RODRIGO GOMES DE ARRUDA
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JOSE DE ARIMATEA ROCHA FILHO
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LUSANIRA MARIA DA FONSECA DE SANTA CRUZ
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Data: 15/03/2022
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Esta pesquisa empírica de recorte transversal fez avaliação da eficiência técnica da rede hospitalar estadual de Pernambuco. Aplicou-se a Análise Envoltória de Dados- DEA para retornos constantes e variáveis de escala,a fim de construir a fronteira de eficiência. Os dados do estudo são da rede hospitalar do estado de Pernambuco – Brasil, extraídos do Sistema de Informação Hospitalar e do Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde para o período de 2008 a 2019. Os hospitais foram classificados segundo porte, natureza jurídica e, àqueles sob gestão estadual segundo modelo de gerência – Administração Direta e Organização Social de Saúde. Realizaram-se, também, análises segundo classificação gerencial adotada pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. Foram construídos os indicadores: Taxa de Mortalidade Hospitalar, Tempo Médio de Permanência (em dias) e Taxa de Cirurgias para cada uma das unidades e para cada ano do estudo. Criou-se uma variável de agrupamento Porte, para análise da eficiência Técnica. Para estabelecer a comparação entre os modelos de gerência dos hospitais públicos e àqueles especificamente sob gestão estadual, foi aplicada a estatística descritiva através da análise de frequência, utilizando-se os testes de Shapiro Wilk e Man-Whitney. Os testes demonstraram que as variáveis selecionadas para o estudo não apresentaram distribuição normal e observou–se diferença estatisticamente significante entre as médias dos estabelecimentos gerenciados por Organizações Sociais de Saúde e Administração Direta. Os resultados obtidos a partir do desenvolvimento do Modelo DEA–CRS e VRS demonstraram que os hospitais de natureza pública foram mais eficientes, seguidos dos filantrópicos e privados. As Unidades Hospitalares gerenciadas pelas Organizações Sociais se apresentaram mais eficientes, com tendência negativa de crescimento. Já os hospitais de Administração Direta apresentaram um comportamento de busca pela eficiência, com tendência de crescimento. Os resultados da pesquisa permitem concluir que, para Pernambuco, a natureza jurídica afetou a eficiência técnica das unidades hospitalares, assim como o Modelo de gerência e o porte.
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EFICIÊNCIA TÉCNICA DOS HOSPITAIS DA REDE ESTADUAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO
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JESSICA DE ANDRADE GOMES SILVA
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Avaliação das Atividades Antimicrobiana, Antioxidante e Gastroprotetora das folhas do Croton heliotropiifolius Kunth
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Orientador : TERESINHA GONCALVES DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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CYNTHIA LAYSE FERREIRA DE ALMEIDA
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ERYVELTON DE SOUZA FRANCO
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TERESINHA GONCALVES DA SILVA
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VALERIA PEREIRA HERNANDES
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VANDA LUCIA DOS SANTOS
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Data: 25/03/2022
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Croton heliotropiifolius (velame) é uma espécie encontrada na vegetação da caatinga do nordeste brasileiro, e constitui um dos principais representantes do gênero Croton que vem sendo usado pela população no alívio da dor de estômago. As úlceras gástricas são lesões caracterizadas por injúria no tecido e afetam milhares de pessoas no mundo. Deste modo, uma alternativa na busca de novas terapias para a prevenção e tratamento das doenças gástricas está na utilização de produtos naturais. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar in vitro o potencial antimicrobiano, antioxidante e a citotoxicidade dos extratos das folhas C. heliotropiifolius, bem como a toxicidade aguda e o efeito gastroprotetor em modelos de úlcera experimental in vivo. Os extratos hexânico (EHCh), acetato de etila (EACh) e etanólico (EECh) foram preparados e submetidos a análises por cromatografia em camada delgada e por cromatografia gasosa acoplada a espectrômetro de massas, onde foi possível a identificação de compostos como flavonoides, triterpenos, esteroides, monoterpenos, sesquiterpenos, proantocianidinas, leucoantocianidinas e como majoritários, compostos da classe dos esteroides e ácidos graxos. Posteriormente, foi realizado o doseamento de fenóis totais, flavonoides e proantocianidinas, por serem as principais classes de compostos identificadas nas análises cromatográficas. Na avaliação da atividade antibacteriana, foi observada fraca ação do EHCh frente ao Bacillus subtilis e inatividade para as cepas de Staphylococcus aureus, Acinetobacter baumannii, Enterobacter aerogenes, Pseudomonas aeruginosa e Helicobacter pylori. O EACh e o EECh não apresentaram atividade antibacteriana contra as cepas testadas. A atividade antioxidante pelos métodos DPPH, ABTS, redução do íon férrico (FRAP) e capacidade antioxidante total apontaram o EECh como o extrato de melhor efeito antioxidante. Quanto à citotoxicidade frente a linhagem de fibroblastos de camundongos (L919) e atividade tóxica aguda, não se observou toxicidade nos extratos nas doses testadas (1,56 – 50 µg no ensaio de citotoxicidade in vitro e 2000 mg/kg para o ensaio de toxicidade aguda). Na atividade gastroprotetora, no modelo agudo de úlcera induzido por etanol absoluto, o EHCh, nas concentrações de 50, 100 e 200 mg/kg, respectivamente, promoveu uma redução significativa das lesões em 85,16; 86,75 e 87,68 %, quando comparadas ao controle, que apresentou um índice de lesão ulcerativa (ILU) de 73,84%. O EACh reduziu em 86,69; 87,95 e 88,28 % as lesões nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg, respectivamente. O controle lesionado apresentou ILU de 72,23 %. O EECh, também nas concentrações 50, 100 e 200 mg/Kg reduziu respectivamente as lesões em 89,49 %,92,92% e 89,32%, sendo este extrato considerado o mais ativo. No modelo de indução por indometacina, o EECh nas concentrações de 50, 100 e 200 mg/kg, apresentou respectivamente, área de lesão ulcerativa de 11,18 mm2, 7,39 mm2 e 8,51 mm2, enquanto o controle lesionado apresentou área 23,11 mm2. Com as dosagens de óxido nítrico (NO), glutationa reduzida (GSH), malondialdeído (MDA) e mieloperoxidase (MPO) no tecido estomacal, foi possível observar a melhora desses parâmetros antioxidante e anti-inflamatórios após os tratamentos, sugerindo que a ação gastroprotetora dos extratos envolva múltiplos fatores. A investigação do NO como mecanismo de ação, comprovou efeito parcial na ação gastroprotora do EECh. Contudo, é possível sugerir que os extratos apresentam atividade antiulcerogênica promissora.
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Croton heliotropiifolius é uma espécie encontrada na vegetação da caatinga do nordeste brasileiro, e constitui um dos principais representantes do gênero Croton que vem sendo usado pela população no alívio da dor de estômago. As úlceras gástricas são lesões caracterizadas por injúria no tecido e afetam milhares de pessoas no mundo, o que ameaça a economia global. Deste modo, uma alternativa na busca de novas terapias para a prevenção e tratamento das doenças gástricas está na utilização de produtos naturais. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar in vitro o potencial antimicrobiano, antioxidante e a citotoxicidade dos extratos das folhas C. heliotropiifolius, bem como o seu efeito gastroprotetor em modelos de úlcera experimental in vivo. Extratos hexânico (EHCh), acetato de etila (EACh) e etanólico (EECh) foram preparados e submetidos a análises por cromatografia em camada delgada e por cromatografia gasosa acoplada a espectrômetro de massas, onde foi possível a identificação de compostos como flavonoides, triterpenos, esteroides, monoterpenos, sesquiterpenos, proantocianidinas, leucoantocianidinas e como majoritários, compostos da classe dos esteroides e ácidos graxos. Posteriormente, foi realizado o doseamento de fenóis totais, flavonoides e proantocianidinas, por serem as principais classes de compostos identificadas nas análises cromatográficas. Na avaliação da atividade antibacteriana, foi observada fraca ação do EHCh frente ao Bacillus subtilis e inatividade para as cepas de Staphylococcus aureus, Acinetobacter baumannii, Enterobacter aerogenes e Pseudomonas aeruginosa. O EACh e o EECh não apresentaram atividade antibacteriana contra as cepas testadas. A atividade antioxidante pelos métodos DPPH, ABTS, redução do íon férrico (FRAP) e capacidade antioxidante total apontaram o EECh como o extrato de melhor efeito antioxidante. Quanto à citotoxicidade frente a linhagem de fibroblastos de camundongos (L919) e atividade tóxica aguda, não se observou toxicidade nos extratos nas doses testadas (1,56 – 50 µg no ensaio de citotoxicidade in vitro e 2000 mg/Kg para o ensaio de toxicidade aguda). Na atividade gastroprotetora, avaliada em modelo agudo de úlcera induzido por etanol absoluto, o EHCh, nas concentrações de 50, 100 e 200 mg/Kg promoveu a melhora das lesões em 85,16; 86,75 e 87,68 %, respectivamente. O EACh reduziu em 86,69; 87,95 e 88,28 % as lesões nas doses de 50, 100 e 200 mg/Kg, respectivamente. O EECh, na concentração de 50 mg/Kg reduziu as lesões em 89,49 %, na concentração de 100 mg/Kg reduziu as lesões em 92,92% e na concentração de 200 mg/Kg reduziu 89,32%, apresentando um comportamento dose não dependente, entretanto foi considerado o extrato mais ativo. No modelo de indução por indometacina, o EECh nas concentrações de 50, 100 e 200 mg/Kg, apresentou área de lesão ulcerativa de 11,18 mm2, 7,39 mm2 e 8,51 mm2, respectivamente. Quanto aos parâmetros antioxidante e anti-inflamatórios de NO, GSH, MDA e MPO do tecido estomacal, também foi possível observar a melhora após os tratamentos com o EHCh, EACH e com o EECh, sugerindo que a ação gastroprotetora dos extratos envolva múltiplos fatores.
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ANDREA VIRGINIA CHAVES MARKMAN
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MicroRNAs na variante cardíaca da doença de Fabry: novo biomarcador?
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Orientador : DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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CARLOS GUN
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DARIO CELESTINO SOBRAL FILHO
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DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA
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LUCIA HELENA DE OLIVEIRA CORDEIRO
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SIMONE CRISTINA SOARES BRANDAO
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Data: 13/05/2022
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A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma doença genética caracterizada por hipertrofia ventricular esquerda (HVE) na ausência de outra condição cardíaca, sistêmica ou metabólica. A investigação molecular através dos painéis genéticos possibilita a identificação de fenocópias que cursam com HVE, dentre as quais a doença de Fabry (DF). A forma clássica da DF, causada por mutações patogênicas, não apresenta controvérsias quanto à instituição do tratamento, porém as apresentações tardias, com variantes de significado incerto (VUS), são objeto de discussão quanto ao início da terapia e à utilização do liso-Gb3 como marcador de patogenicidade. Novos biomarcadores estão sendo estudados, dentre os quais os microRNAs (miRNAs). O objetivo deste estudo é a pesquisa de miRNAs como marcadores de patogenicidade nos pacientes (pcts) com a variante cardíaca da DF. Foram incluídos 131 pcts com o diagnóstico ecocardiográfico de CMH submetidos à investigação genética para a DF, dos quais 76 através do sequenciamento do gene GLA e 55 pelo painel genético para CMH. Em sete pcts (5,34%) foram encontradas mutações no gene GLA e identificadas as seguintes variantes: uma c.967C>A(p.Pro323Thr), quatro c.352C>T(p.Arg118Cys) e duas c.937G>T(p.Asp313Tyr). Os pcts com mutações no gene GLA que haviam realizado, apenas, o sequenciamento do gene, foram submetidos ao painel para CMH (18 genes). Três pcts (todos com a variante p.Arg118Cys) apresentaram mutações em outros genes. Nos quatro restantes, a investigação foi ampliada através da coleta do painel para as cardiomiopatias (206 genes), não tendo sido detectadas variantes em outros genes. A triagem familiar revelou 17 indivíduos com mutações no gene GLA, sendo identificados dois irmãos com HVE com a variante c.937G>T(p.Asp313Tyr). O painel para cardiomiopatias hereditárias foi coletado em um deles e nenhuma mutação foi detectada em outro gene. Os pcts e os portadores de variantes no gene GLA foram submetidos à dosagem do liso-Gb3 e à análise dos seguintes miRNAs: miR-1291, miR-214 e miR-505, tendo sido avaliadas as suas expressões diferenciais. Na comparação entre indivíduos com HVE e sem HVE, não houve diferença significativa para os miR-1291, miR-214 e miR-505, entretanto houve tendência a super expressão nos indivíduos que apresentam HVE, principalmente para o miR-1291. Diferentemente, a expressão do miR-214 em indivíduos com HVE foi significativamente menor do que em indivíduos sem HVE (p=0,0416), tendo a expressão relativa de indivíduos saudáveis como referência. Para o miR-505 houve uma expressão significativamente maior tanto nos portadores das variantes no gene GLA sem HVE quanto nos pcts com variantes no GLA com HVE, quando comparados a indivíduos saudáveis (p=0,0195). O miR-505 também apresentou uma correlação significativa e diretamente proporcional com o liso-Gb3 no grupo dos pcts com GLA com HVE (p=0.0353; r=-0.9647). Todos os indivíduos apresentaram os níveis do liso-Gb3 normais. Neste estudo a frequência de mutação no gene GLA em pcts com CMH foi 5,34%. A coleta do painel molecular para cardiomiopatias hereditárias não detectou outras variantes que justifiquem a HVE em pcts com as mutações c.967C>A(p.Pro323Thr) e c.937G>T(p.Asp313Tyr), até então classificadas como VUS. Tratando-se de uma doença rara este estudo contribui com evidências de que o aumento na expressão do miR-505, o aumento na expressão de miR-1291 e sub expressão de miR-214 naqueles com HVE podem ser marcadores de patogenicidade na DF. No entanto, são necessárias maiores investigações destes microRNAs com um número maior de indivíduos.
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A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma doença genética, caracterizada por hipertrofia ventricular esquerda (HVE) na ausência de outra condição cardíaca, sistêmica ou metabólica. A investigação molecular através dos painéis genéticos, possibilita a identificação de fenocópias que cursam com HVE, dentre as quais a doença de Fabry (DF). A forma clássica da DF, causada por mutações patogênicas, não apresenta controvérsias quando à instituição do tratamento, porém apresentações tardias, com acometimento cardíaco e variantes de significado incerto (VUS) são objetos de discussão quanto ao início da terapia. O liso-Gb3 é utilizado como marcador de patogenicidade nas formas clássicas da DF, embora apresente resultados conflitantes nas formas tardias e ainda classificadas como VUS. Novos biomarcadores estão sendo estudados, dentre os quais os microRNAs (miRNAs). O objetivo deste estudo é a pesquisa dos miRNAs como marcador de patogenicidade nos pacientes (pcts) com a variante cardíaca da DF. Foram incluídos, 131 pcts com o diagnóstico ecocardiográfico de CMH, destes 76 realizaram o sequenciamento do gene GLA e 55 o painel genético para CMH. Naqueles que foi coletado o painel para CMH, as mutações mais frequentes foram nos genes da cadeia pesada de miosina (MYH7) em dez pcts (22,2%), proteína C ligante de miosina (MYBPC3) em sete pcts (15,5%) e filamina C (FLNC) em seis pcts (13,3%). Em sete pcts (5,34%) foram encontradas mutações no gene GLA e identificadas as seguintes variantes: c.967C>A(p.Pro323Thr), c.352C>T(p.Arg118Cys) e c.937G>T(p.Asp313Tyr), todas classificadas como VUS. O nível do biomarcador liso-Gb3 foi normal em todos os pcts. Os sete pcts coletaram o painel genético para CMH, e em três foram encontradas mutações no sarcômero cardíaco. A triagem familiar identificou 17 indivíduos com mutações no gene GLA, dos quais dois do sexo masculino e da mesma família, com a mutação p.Asp313Tyr, apresentam hipertrofia miocárdica. O painel para CMH foi coletado em um deles e nenhuma outra mutação foi encontrada. Os pcts e os portadores de variantes no gene GLA serão submetidos à análise do miRNA.
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MARIA DE FATIMA DEODATO DE SOUZA
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Galectinas 1,4 e 9 em pacientes com Adenocarcinoma Gástrico: Associações clinicas e parâmetros de acurácia
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Orientador : MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
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MEMBROS DA BANCA :
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MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
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CRISTIANO APARECIDO CHAGAS
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MICHELLE MELGAREJO DA ROSA
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MARIANNE DE VASCONCELOS CARVALHO
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MARINA FERRAZ CORDEIRO
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Data: 15/06/2022
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O câncer gástrico (CG) é uma das malignidades mais comum do trato gastrointestinal, com sobrevida desfavorável nos estágios mais avançados. Na prática clínica, os marcadores tumorais séricos utilizados não apresentam parâmetros de acurácia suficientes para serem totalmente confiáveis. As galectinas são proteínas com afinidade aos β-galactosídeos que desempenham papéis importantes no processo carcinogênico. Por conseguinte, emergem como moléculas promissoras para novos marcadores biológicos. A partir dessa premissa, o presente estudo objetivou quantificar os níveis circulantes de galectina-1, galectina-4 e galectina-9 para distinguir pacientes com câncer gástrico de indivíduos saudáveis, e avaliar sua possível associação aos parâmetros clínico-patológicos. Os pacientes foram recrutados do serviço de oncologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Sociedade Pernambucana de Combate ao Câncer (SPCC). Um total de 69 pacientes com diagnóstico de adenocarcinoma gástrico e 67 indivíduos saudáveis foram incluídos no estudo. Os níveis circulantes dessas galectinas foram determinados por ELISA, e os dados da expressão do mRNA dos genes LGALS1, LGALS4 e LGALS9 foram extraídos da plataforma cBioPortal for cancer genomics. As análises estatísticas foram realizadas pelo teste de Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e Pearson; p< 0,05 foi considerado significativo. As características operacionais do receptor (ROC), sensibilidade, especificidade e razão de verossimilhança (LR) foram plotadas utilizando o software GraphPad Prisma. Os níveis circulantes de galectina-1, 4 e 9 foram maiores nos pacientes com adenocarcinoma gástrico comparado aos indivíduos saudáveis. O ponto de corte dos níveis circulantes de galectina-1 para distinguir pacientes com adenocarcinoma gástrico de indivíduos saudáveis foi de 22935 pg/ml (sensibilidade 61,90%, especificidade 96,08%, LR: 15,79) (AUC: 0,9153, p < 0,0001). Os níveis circulantes de galectina-1 foram associados a invasão angiolinfática (p = 0,0496). Já o ponto de corte de galectina-4 para distinguir pacientes dos indivíduos saudáveis foi de 572,3 pg/ml (sensibilidade 98,55%, especificidade 84,62%, LR: 6,406) (AUC: 0,9632, p <0,0001). A expressão do mRNA do LGALS4 foi associada ao grau histológico (p < 0,0001), classificação de Lauren (p = 0,0406) e infecção por H. pylori (p = 0,0479). Complementarmente, o ponto de corte de galectina-9 para distinguir os grupos avaliados foi de 5517 pg/ml (sensibilidade 80,60%, especificidade 97,01%, LR: 27,00)(AUC: 0,9414, p <0,0001). Os níveis circulantes de galectina-9 foram associados ao sexo (p = 0,0033), idade (p = 0,0158), grau histológico (p = 0,0013) e a estratégia cirúrgica (p = 0,0497). Além disso, os níveis de Gal-9 apresentaram uma correlação moderada com o número absoluto de neutrófilos desses pacientes (r = 0,4228; p = 0,0053). De maneira inédita, nossos dados apresentam parâmetros de acurácia capazes de distinguir pacientes com adenocarcinoma gástrico de indivíduos saudáveis. Dessa forma, essas moléculas surgem como potenciais marcadores biológicos.
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O câncer gástrico (CG) é uma das malignidades mais comum do trato gastrointestinal, com sobrevida desfavorável nos estágios mais avançados. Na prática clínica, os marcadores tumorais séricos utilizados não apresentam parâmetros de acurácia suficientes para serem totalmente confiáveis. As galectinas são proteínas com afinidade aos β-galactosídeos que desempenham papéis importantes no processo carcinogênico. Por conseguinte, emergem como moléculas promissoras para novos marcadores biológicos. A partir dessa premissa, o presente estudo objetivou quantificar os níveis circulantes de galectina-1, galectina-4 e galectina-9 para distinguir pacientes com câncer gástrico de indivíduos saudáveis, e avaliar sua possível associação aos parâmetros clínico-patológicos. Os pacientes foram recrutados do serviço de oncologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Sociedade Pernambucana de Combate ao Câncer (SPCC). Um total de 69 pacientes com diagnóstico de adenocarcinoma gástrico e 67 indivíduos saudáveis foram incluídos no estudo. Os níveis circulantes dessas galectinas foram determinados por ELISA, e os dados da expressão do mRNA dos genes LGALS1, LGALS4 e LGALS9 foram extraídos da plataforma cBioPortal for cancer genomics. As análises estatísticas foram realizadas pelo teste de Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e Pearson; p< 0,05 foi considerado significativo. As características operacionais do receptor (ROC), sensibilidade, especificidade e razão de verossimilhança (LR) foram plotadas utilizando o software GraphPad Prisma. Os níveis circulantes de galectina-1, 4 e 9 foram maiores nos pacientes com adenocarcinoma gástrico comparado aos indivíduos saudáveis. O ponto de corte dos níveis circulantes de galectina-1 para distinguir pacientes com adenocarcinoma gástrico de indivíduos saudáveis foi de 22935 pg/ml (sensibilidade 61,90%, especificidade 96,08%, LR: 15,79) (AUC: 0,9153, p < 0,0001). Os níveis circulantes de galectina-1 foram associados a invasão angiolinfática (p = 0,0496). Já o ponto de corte de galectina-4 para distinguir pacientes dos indivíduos saudáveis foi de 572,3 pg/ml (sensibilidade 98,55%, especificidade 84,62%, LR: 6,406) (AUC: 0,9632, p <0,0001). A expressão do mRNA do LGALS4 foi associada ao grau histológico (p < 0,0001), classificação de Lauren (p = 0,0406) e infecção por H. pylori (p = 0,0479). Complementarmente, o ponto de corte de galectina-9 para distinguir os grupos avaliados foi de 5517 pg/ml (sensibilidade 80,60%, especificidade 97,01%, LR: 27,00)(AUC: 0,9414, p <0,0001). Os níveis circulantes de galectina-9 foram associados ao sexo (p = 0,0033), idade (p = 0,0158), grau histológico (p = 0,0013) e a estratégia cirúrgica (p = 0,0497). Além disso, os níveis de Gal-9 apresentaram uma correlação moderada com o número absoluto de neutrófilos desses pacientes (r = 0,4228; p = 0,0053). De maneira inédita, nossos dados apresentam parâmetros de acurácia capazes de distinguir pacientes com adenocarcinoma gástrico de indivíduos saudáveis. Dessa forma, essas moléculas surgem como potenciais marcadores biológicos.
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MAYARA SOUZA BARBALHO
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Investigação da atividade tripanocida e imunomoduladora de derivados 1,3 tiazóis substituídos
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Orientador : VALERIA PEREIRA HERNANDES
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MEMBROS DA BANCA :
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POLICARPO ADEMAR SALES JUNIOR
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ELIS DIONISIO DA SILVA
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MARIA DANIELLY LIMA DE OLIVEIRA
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MARIA EDLEUZA FELINTO DE BRITO
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VALERIA PEREIRA HERNANDES
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Data: 30/06/2022
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O Brasil lidera o número de casos na América Latina ao se tratar de doença de Chagas, estimando-se 2 milhões de pessoas acometidas pela doença em nosso país. O tratamento da doença ainda é baseado no benzonidazol, porém essa droga é mais efetiva na fase aguda e possui alta toxicidade. Além disso, é sabido que o envolvimento do sistema imune de hospedeiros infectados com Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença, pode desempenhar um importante papel na eficácia da quimioterapia. Diante disso, uma nova série de 1,3-tiazóis (2-17), derivados de 2,4-diclorofenil tiossemicarbazona ou 2,3,4-triclorofenil-tiossemicarbazona, foram investigados em ensaios in vitro sobre as formas evolutivas do T. cruzi, in silico e quanto ao potencial imunomodulador. Em paralelo, visando a melhoria do screening de novos compostos, o presente estudo propõe o desenvolvimento de uma linhagem transgênica de T. cruzi que expressa luciferase, reduzindo o tempo de análise em comparação aos métodos convencionais. Contra a forma tripomastigota, alguns derivados de 1,3-tiazol apresentaram valores de IC50 que foram pelo menos 10 vezes mais potentes que o benznidazol, como os compostos 8 (2,64M), 4 (3,27M), 10 (4,08 M) e 16 (4,82 M). Contra a forma amastigota, o composto 15 apresentou o melhor valor de IC50 (3,65M) sendo mais ativo que o fármaco padrão, benznidazol (5,64M). Os compostos 11 (5,96M) e 12 (4,46M) exibiram atividade equipotente quando comparados ao benzonidazol. Em relação à citotoxicidade em macrófagos, alguns dos tiazóis apresentaram baixa citotoxicidade (os compostos 6, 8, 9, 14, 16 e 17 apresentam CC50 > 44,18 M). Os resultados de docking molecular sugerem que os compostos que possuem anéis aromáticos como substituintes, como fenil (compostos 8 e 17) ou naftil (composto 9), apresentaram maior afinidade prevista para o sítio de ligação da cruzaína quando comparados com as moléculas com substituintes não aromáticos. Quanto a avaliação do perfil de morte celular por citometria de fluxo, apenas um composto induziu necrose de maneira significativa no tratamento de 2xIC50 em relação ao sem tratamento e ao benzonidazol. Até o momento, a amplificação e clonagem do gene da luciferase para obtenção da cepa transgênica está na fase inicial. Portanto, essa nova série de 1,3-tiazóis apresentou compostos com potencial promissor para o avanço de estudos pré-clínicos contra doença de Chagas
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INVESTIGAÇÃO DA ATIVIDADE TRIPANOCIDA E IMUNOMODULADORA DE DERIVADOS 1,3 TIAZÓIS SUBSTITUÍDOS
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