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Dissertações |
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MAYARA BÁRBARA DA SILVA
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DESCRIÇÃO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICA DA ESPOROTRICOSE HUMANA E AVALIAÇÃO DE HÍBRIDOS MOLECULARES DE 2-ISOXAZOLINA AZABICÍCLICA COM POTENCIAL ANTI-SPOROTHRIX
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Orientador : REGINALDO GONCALVES DE LIMA NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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BRUNA RODRIGUES DE SOUSA
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FELIPE NEVES COUTINHO
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REGINALDO GONCALVES DE LIMA NETO
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Data: 27/02/2023
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A esporotricose é uma doença endêmica de regiões tropicais e subtropicais causada por espécies do clado clínico de Sporothrix schenckii. Em Pernambuco, S. brasiliensis é a espécie mais prevalente. Essa micose se desenvolve a partir da inoculação do agente etiológico por meio de um trauma transcutâneo e suas principais manifestações são divididas em cutânea fixa, cutânea linfática, cutânea disseminada e extracutânea. Atualmente, a ocorrência da esporotricose humana está intimamente relacionada à esporotricose animal, sobretudo a felina. A transmissão zoonótica acontece principalmente em centros metropolitanos. Para tratar a esporotricose, os principais medicamentos são o itraconazol e a anfotericina B. Apesar de ambos apresentarem boa resposta terapêutica, eles possuem uma série de efeitos adversos e toxicidade acentuada. Além disso, casos de falha terapêutica e resistência a esses fármacos já foram reportados na literatura. Sendo assim, faz-se necessária a busca por alternativas para incorporar o tratamento da esporotricose. Híbridos moleculares contendo isoxazolina e hidrazonas são candidatos potenciais, uma vez que possuem ação antifúngica frente a diferentes espécies. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o perfil clínico-epidemiológico da esporotricose humana em Pernambuco e identificar um híbrido molecular de 2-isoxazolina azabicíclica com elevado potencial inibitório, isoladamente ou em combinação com a anfotericina B, frente a isolados clínicos de Sporothrix spp. Para isto, a aprovação do comitê de ética em pesquisa com seres humanos foi obtida. A partir de então, isolados de Sporothrix sp. foram coletados de 30 pacientes no Serviço de Dermatologia do Hospital das Clínicas da UFPE. Os dados clínico-epidemiológicos também foram analisados. Os isolados foram identificados, primeiramente, mediante isolamento do fungo em meio de cultura e, posteriormente, identificados a nível de espécie via sequenciamento parcial do gene da calmodulina e análise filogenética. Também foi realizado o teste de sensibilidade antifúngica segundo o protocolo M38-A2 do CLSI com itraconazol, anfotericina B e 10 híbridos moleculares de 2-isoxazolina azabicíclica-hidrazona. Após a obtenção do perfil de sensibilidade, os híbridos R-128, R-142, R-154 e R-155 foram selecionados para serem submetidos ao teste de interação híbrido/anfotericina B por meio da
metodologia de tabuleiro de xadrez. Os resultados obtidos foram analisados via Epi info v7 e Microsoft Excel. Todos os 30 isolados coletados foram identificados como S. brasiliensis. O perfil clínico-demográfico obtido revelou maior frequência da esporotricose em indivíduos adultos, com distribuição similar entre os sexos, predomínio das manifestações clínicas cutâneas, e destaque para a forma extracutânea ocular. A esporotricose ocorreu em sua maioria em Recife e região metropolitana e o contato com gato infectado por Sporothrix sp. foi um importante fator de risco para o desenvolvimento da doença nos pacientes estudados. Quanto ao perfil de sensibilidade, todas as cepas foram caracterizadas como selvagens para itraconazol e 10 cepas se enquadraram como não-selvagens para anfotericina B. Todos os híbridos moleculares testados apresentaram inibição de mais de 90% do crescimento fúngico em alguma das doses testadas. O híbrido R-128 apresentou atividade sinérgica com a anfotericina B, sendo assim capaz de reverter a resistência encontrada. Portanto, híbridos moleculares de isoxazolina azabicíclica-hidrazonas são compostos promissores para incorporar o tratamento da esporotricose devido à sua ação anti-Sporothrix.
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A esporotricose é uma doença endêmica de regiões tropicais e subtropicais causada por espécies do clado clínico de Sporothrix schenckii. Em Pernambuco, S. brasiliensis é a espécie mais prevalente. Essa micose se desenvolve a partir da inoculação do agente etiológico por meio de um trauma transcutâneo e suas principais manifestações são divididas em cutânea fixa, cutânea linfática, cutânea disseminada e extracutânea. Atualmente, a ocorrência da esporotricose humana está intimamente relacionada à esporotricose animal, sobretudo a felina. A transmissão zoonótica acontece principalmente em centros metropolitanos. Para tratar a esporotricose, os principais medicamentos são o itraconazol e a anfotericina B. Apesar de ambos apresentarem boa resposta terapêutica, eles possuem uma série de efeitos adversos e toxicidade acentuada. Além disso, casos de falha terapêutica e resistência a esses fármacos já foram reportados na literatura. Sendo assim, faz-se necessária a busca por alternativas para incorporar o tratamento da esporotricose. Híbridos moleculares contendo isoxazolina e hidrazonas são candidatos potenciais, uma vez que possuem ação antifúngica frente a diferentes espécies. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o perfil clínico-epidemiológico da esporotricose humana em Pernambuco e identificar um híbrido molecular de 2-isoxazolina azabicíclica com elevado potencial inibitório, isoladamente ou em combinação com a anfotericina B, frente a isolados clínicos de Sporothrix spp. Para isto, a aprovação do comitê de ética em pesquisa com seres humanos foi obtida. A partir de então, isolados de Sporothrix sp. foram coletados de 30 pacientes no Serviço de Dermatologia do Hospital das Clínicas da UFPE. Os dados clínico-epidemiológicos também foram analisados. Os isolados foram identificados, primeiramente, mediante isolamento do fungo em meio de cultura e, posteriormente, identificados a nível de espécie via sequenciamento parcial do gene da calmodulina e análise filogenética. Também foi realizado o teste de sensibilidade antifúngica segundo o protocolo M38-A2 do CLSI com itraconazol, anfotericina B e 10 híbridos moleculares de 2-isoxazolina azabicíclica-hidrazona. Após a obtenção do perfil de sensibilidade, os híbridos R-128, R-142, R-154 e R-155 foram selecionados para serem submetidos ao teste de interação híbrido/anfotericina B por meio da
metodologia de tabuleiro de xadrez. Os resultados obtidos foram analisados via Epi info v7 e Microsoft Excel. Todos os 30 isolados coletados foram identificados como S. brasiliensis. O perfil clínico-demográfico obtido revelou maior frequência da esporotricose em indivíduos adultos, com distribuição similar entre os sexos, predomínio das manifestações clínicas cutâneas, e destaque para a forma extracutânea ocular. A esporotricose ocorreu em sua maioria em Recife e região metropolitana e o contato com gato infectado por Sporothrix sp. foi um importante fator de risco para o desenvolvimento da doença nos pacientes estudados. Quanto ao perfil de sensibilidade, todas as cepas foram caracterizadas como selvagens para itraconazol e 10 cepas se enquadraram como não-selvagens para anfotericina B. Todos os híbridos moleculares testados apresentaram inibição de mais de 90% do crescimento fúngico em alguma das doses testadas. O híbrido R-128 apresentou atividade sinérgica com a anfotericina B, sendo assim capaz de reverter a resistência encontrada. Portanto, híbridos moleculares de isoxazolina azabicíclica-hidrazonas são compostos promissores para incorporar o tratamento da esporotricose devido à sua ação anti-Sporothrix.
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PEDRO SÉRGIO DE ALCÂNTARA MOURA DA CÂMARA
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MIXOBIOTA DO PARQUE NACIONAL E HISTÓRICO DE MONTE PASCOAL, UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA (PORTO SEGURO, BAHIA).
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Orientador : LAISE DE HOLANDA CAVALCANTI ANDRADE
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MEMBROS DA BANCA :
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JOSÉ LUIZ BEZERRA
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LAISE DE HOLANDA CAVALCANTI ANDRADE
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LARISSA TRIERVEILER PEREIRA
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Data: 27/02/2023
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O Parque Nacional e Histórico de Monte Pascoal é uma unidade de conservação de Mata Atlântica situada no município de Porto Seguro, sul da Bahia, nordeste do Brasil. Um estudo sobre a composição da mixobiota do PARNAH (16° 55' S 39° 16' O) e a influência da antropização na abundância e diversidade de mixomicetos nele ocorrentes foi desenvolvido em quatro das sete zonas de manejo, com diferentes níveis de antropização, distinguidas como áreas Antropizada e Preservada. O estudo obteve os primeiros registros de mixomicetos para a unidade de conservação, sendo identificados representantes de todas as ordens, predominando Physarales e Stemonitales (esporos escuros). Os esporocarpos coletados em campo (145 espécimes), os obtidos em câmara-úmida (84 espécimes) e três registros em imagem representaram 46 espécies, 22 gêneros e nove famílias, sendo Physarum decipiens M.A. Curtis, Physarum roseum Berk e Tubifera dimorphotheca Nann.-Bremek. & Loer. novos registros para a Bahia e Symphytocarpus amaurochetoides Nann.-Bremek para o nordeste do Brasil. Em câmara-úmida, dez espécies esporularam nas montadas com lianas vivas e em decomposição e seis sobre fragmentos de troncos mortos e folhedo de solo. O índice de diversidade taxonômica da mixobiota do PARNAH (S/G= 1,95) foi considerado elevado, provavelmente devido a influência da antropização nas comunidades de mixomicetos do PARNAH Monte Pascoal. Não houve diferenças significativas na abundância e diversidade de espécies entre as áreas de estudo. Os resultados obtidos elevaram para 120 o número de espécies conhecidas para o estado da Bahia e para 224 os registros de mixomicetos presentes na Floresta Atlântica brasileira.
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O Parque Nacional e Histórico de Monte Pascoal é uma unidade de conservação de Mata Atlântica situada no município de Porto Seguro, sul da Bahia, nordeste do Brasil. Um estudo sobre a composição da mixobiota do PARNAH (16° 55' S 39° 16' O) e a influência da antropização na abundância e diversidade de mixomicetos nele ocorrentes foi desenvolvido em quatro das sete zonas de manejo, com diferentes níveis de antropização, distinguidas como áreas Antropizada e Preservada. O estudo obteve os primeiros registros de mixomicetos para a unidade de conservação, sendo identificados representantes de todas as ordens, predominando Physarales e Stemonitales (esporos escuros). Os esporocarpos coletados em campo (145 espécimes), os obtidos em câmara-úmida (84 espécimes) e três registros em imagem representaram 46 espécies, 22 gêneros e nove famílias, sendo Physarum decipiens M.A. Curtis, Physarum roseum Berk e Tubifera dimorphotheca Nann.-Bremek. & Loer. novos registros para a Bahia e Symphytocarpus amaurochetoides Nann.-Bremek para o nordeste do Brasil. Em câmara-úmida, dez espécies esporularam nas montadas com lianas vivas e em decomposição e seis sobre fragmentos de troncos mortos e folhedo de solo. O índice de diversidade taxonômica da mixobiota do PARNAH (S/G= 1,95) foi considerado elevado, provavelmente devido a influência da antropização nas comunidades de mixomicetos do PARNAH Monte Pascoal. Não houve diferenças significativas na abundância e diversidade de espécies entre as áreas de estudo. Os resultados obtidos elevaram para 120 o número de espécies conhecidas para o estado da Bahia e para 224 os registros de mixomicetos presentes na Floresta Atlântica brasileira.
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MAYARA ALICE CORREIA DE MÉLO
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COMUNIDADE DE FUNGOS ENDOFÍTICOS EM FOLHAS DE TOMATEIRO CEREJA (Solanum lycopersicon var. cerasiforme) SOB MANEJO ORGÂNICO E CONVENCIONAL
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Orientador : GLADSTONE ALVES DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA
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GLADSTONE ALVES DA SILVA
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RAFAEL JOSE VILELA DE OLIVEIRA
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Data: 28/02/2023
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Os fungos endofíticos são caracterizados por habitarem o interior dos tecidos vegetais, sem causar dano aparente ao hospedeiro e sem produzir estrutura externa visível. Esses fungos podem conferir melhor desenvolvimento ao vegetal e resistência contra doenças e pragas. O tomateiro (Solanum lycopersicon L. = Lycopersicon esculentum Mill.), é considerada uma espécie cosmopolita, e tem como origem a américa do sul. O tomate é um dos vegetais mais cultivados no mundo, sendo o Brasil um dos maiores produtores mundiais dessa olerícola segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Devido a importância dos fungos endofíticos em culturas agronômicas, este trabalho teve por objetivo determinar a diversidade de fungos endofíticos em folhas de tomate cereja Carolina em cultivos orgânico e convencional, no município de Lagoa de Itaenga e Chã Grande, respectivamente. As folhas coletadas foram fragmentadas, lavadas com água corrente, desinfestadas e posteriormente lavadas três vezes em água destilada esterilizada. Após a desinfestação, fragmentos foliares foram colocados em placas de Petri, contendo meio de cultura batata dextrose ágar (BDA). As placas foram incubadas (28 ± 2oC) por até quinze dias. Qualquer tipo de colônia fúngica observada foi isolada, purificada e identificada. Análises morfológicas e moleculares foram realizadas para identificação das espécies. Foram obtidos 415 isolados fúngicos, representados por 76 espécies, das quais 34 estavam associadas exclusivamente ao tomateiro em sistema orgânico, 28 associadas exclusivamente ao tomateiro em sistema convencional e 14 foram compartilhadas entre os tomateiros nos dois sistemas de cultivo. As espécies estão distribuídas em 10 ordens (Pleosporales, Xylariales, Eurotiales, Capnodiales, Hypocreales, Glomerellales, Diaporthales, Trichosphaeriales, Botryosphaeriales e Sporidiobolales). As ordens que possuíram mais espécies foram Glomerellales, Trichosphaeriales e Pleosporales. A espécie Nigrospora sp. 2, a qual foi encontrada apenas em folhas de tomateiro em sistema de cultivo orgânico, é uma nova espécie para a ciência.
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Os fungos endofíticos são caracterizados por habitarem o interior dos tecidos vegetais, sem causar dano aparente ao hospedeiro e sem produzir estrutura externa visível. Esses fungos podem conferir melhor desenvolvimento ao vegetal e resistência contra doenças e pragas. O tomateiro (Solanum lycopersicon L. = Lycopersicon esculentum Mill.), é considerada uma espécie cosmopolita, e tem como origem a américa do sul. O tomate é um dos vegetais mais cultivados no mundo, sendo o Brasil um dos maiores produtores mundiais dessa olerícola segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Devido a importância dos fungos endofíticos em culturas agronômicas, este trabalho teve por objetivo determinar a diversidade de fungos endofíticos em folhas de tomate cereja Carolina em cultivos orgânico e convencional, no município de Lagoa de Itaenga e Chã Grande, respectivamente. As folhas coletadas foram fragmentadas, lavadas com água corrente, desinfestadas e posteriormente lavadas três vezes em água destilada esterilizada. Após a desinfestação, fragmentos foliares foram colocados em placas de Petri, contendo meio de cultura batata dextrose ágar (BDA). As placas foram incubadas (28 ± 2oC) por até quinze dias. Qualquer tipo de colônia fúngica observada foi isolada, purificada e identificada. Análises morfológicas e moleculares foram realizadas para identificação das espécies. Foram obtidos 415 isolados fúngicos, representados por 76 espécies, das quais 34 estavam associadas exclusivamente ao tomateiro em sistema orgânico, 28 associadas exclusivamente ao tomateiro em sistema convencional e 14 foram compartilhadas entre os tomateiros nos dois sistemas de cultivo. As espécies estão distribuídas em 10 ordens (Pleosporales, Xylariales, Eurotiales, Capnodiales, Hypocreales, Glomerellales, Diaporthales, Trichosphaeriales, Botryosphaeriales e Sporidiobolales). As ordens que possuíram mais espécies foram Glomerellales, Trichosphaeriales e Pleosporales. A espécie Nigrospora sp. 2, a qual foi encontrada apenas em folhas de tomateiro em sistema de cultivo orgânico, é uma nova espécie para a ciência.
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NATALIA JULIANE ARAUJO DE SANTANA ALBUQUERQUE GALVAO
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AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE L-ASPARAGINASE POR FUNGOS FILAMENTOSOS ESTOCADOS NA MICOTECA URM, UFPE
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Orientador : ANDRE LUIZ CABRAL MONTEIRO DE AZEVEDO SANTIAGO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDRE LUIZ CABRAL MONTEIRO DE AZEVEDO SANTIAGO
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KEILA APARECIDA MOREIRA
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LUCIA RAQUEL RAMOS BERGER
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Data: 28/02/2023
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CIBELE QUEIROZ
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ATIVIDADE ANTIFÚNGICA E ALTERAÇÕES MORFOESTRUTURAIS DE DERIVADOS DE TIOFENO FRENTE A ISOLADOS DE Candida
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Orientador : REJANE PEREIRA NEVES
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIA DANIELA SILVA BUONAFINA PAZ
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OLIANE MARIA CORREIA MAGALHAES
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REJANE PEREIRA NEVES
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Data: 28/02/2023
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O crescente aumento da taxa de infecções fúngicas hospitalares têm levantado um alerta à comunidade científica. Devido à gravidade do assunto, a OMS emitiu um relatório listando os patógenos prioritários para infecções fúngicas de importância à saúde pública, e pede por ações de fomento à pesquisa e desenvolvimento da promoção de medidas de combate. O gênero Candida corresponde a cerca de 80% das infecções fúngicas documentadas, e as duas espécies de maior incidência são C. albicans, seguido de C. tropicalis. Este trabalho teve como compromisso, avaliar o perfil farmacológico de novas moléculas derivadas de tiofeno frente a isolados clínicos de Candida albicans e Candida tropicalis, possibilitando uma nova abordagem de tratamento, bem como, auxiliará futuros trabalhos na área. Para a análise, os isolados foram submetidos a testes de sensibilidade antifúngicas pelo método de microdiluição em caldo para a determinação da Concentração Inibitória Mínima; e microscopia eletrônica de transmissão (MET) para verificar prováveis aspectos da influência sobre as ultraestruturas celulares fúngicas provocados pelos derivados de tiofeno. Dos oito compostos testados, três apresentaram atividade antifúngicas. As análises ultraestruturais mostraram a incidência de alterações como invaginações na membrana plasmática, aparecimento de uma morfologia incomum na parede celular, entre outras. Finalmente, os resultados obtidos são úteis para o melhor entendimento do perfil de ação antifúngica desta classe de moléculas estudada, e podem auxiliar no desenvolvimento de novos tratamentos para essas infecções.
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O crescente aumento da taxa de infecções fúngicas hospitalares têm levantado um alerta à comunidade científica. Devido à gravidade do assunto, a OMS emitiu um relatório listando os patógenos prioritários para infecções fúngicas de importância à saúde pública, e pede por ações de fomento à pesquisa e desenvolvimento da promoção de medidas de combate. O gênero Candida corresponde a cerca de 80% das infecções fúngicas documentadas, e as duas espécies de maior incidência são C. albicans, seguido de C. tropicalis. Este trabalho teve como compromisso, avaliar o perfil farmacológico de novas moléculas derivadas de tiofeno frente a isolados clínicos de Candida albicans e Candida tropicalis, possibilitando uma nova abordagem de tratamento, bem como, auxiliará futuros trabalhos na área. Para a análise, os isolados foram submetidos a testes de sensibilidade antifúngicas pelo método de microdiluição em caldo para a determinação da Concentração Inibitória Mínima; e microscopia eletrônica de transmissão (MET) para verificar prováveis aspectos da influência sobre as ultraestruturas celulares fúngicas provocados pelos derivados de tiofeno. Dos oito compostos testados, três apresentaram atividade antifúngicas. As análises ultraestruturais mostraram a incidência de alterações como invaginações na membrana plasmática, aparecimento de uma morfologia incomum na parede celular, entre outras. Finalmente, os resultados obtidos são úteis para o melhor entendimento do perfil de ação antifúngica desta classe de moléculas estudada, e podem auxiliar no desenvolvimento de novos tratamentos para essas infecções.
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ANA MARGARITA CARRASCOSA PAREDES
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Análise molecular de grupos de organismos na rizosfera de goiabeiras suplementadas com bioinsumos
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Orientador : ADRIANA MAYUMI YANO DE MELO
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MEMBROS DA BANCA :
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JOÃO JOSÉ DE SIMONI GOUVEIA
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ADRIANA MAYUMI YANO DE MELO
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GLADSTONE ALVES DA SILVA
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Data: 18/04/2023
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Mais do que um meio de produção agrícola, o solo é um ecossistema complexo que varia de acordo com características abióticas e bióticas. Entre os componentes bióticos, a microbiota é composta por diversos grupos de organismos, dentre os quais destacam-se organismos benéficos como os Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMA) e as Rizobactérias Promotoras do Crescimento de Plantas (RPCP) e patogênicos, como os nematoides. Estes organismos podem ser afetados, tanto positiva quanto negativamente, por fatores abióticos, tais como as condições climáticas e o uso do solo, bem como por fatores bióticos, interagindo entre si. O uso de bioinsumos à base da BPCP Bacillus subtillis tem sido proposto como uma técnica para melhorar a qualidade biológica do solo e aumentar o rendimento das culturas, com consequente redução de algumas pragas, entre as quais os fitonematoides do gênero Meloidogyne. Por outro lado, o monitoramento no solo muitas vezes é oneroso e impreciso e algumas técnicas vêm sendo propostas para detecção desses organismos e diagnóstico da qualidade edáfica. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da aplicação de doses crescentes de bioinsumo comercial composto por Bacillus subtillis em plantio de goiabeiras (Psidium guajava L. var Paluma) sobre alguns organismos do solo, utilizando a técnica de PCR em tempo real (qPCR). Este estudo foi conduzido na região do Vale do São Francisco (VSF), conhecido pela fruticultura irrigada no semiárido brasileiro. Foram coletadas amostras de solo de uma área de referência com vegetação nativa de Caatinga e de uma área com cultivo de goiabeira sob aplicação de doses crescentes do bioinsumo. Após extração do DNA
genômico e análise de qualidade das amostras, um conjunto de primers foi utilizado para avaliar a presença e abundância de: bactérias totais e de Bacillus subtilis, fungos totais e membros do filo Glomeromycota, além de espécies de Meloidogyne. As análises estatísticas demonstraram maior abundância do grupo de fungos totais (primer ITS) após a aplicação do bioinsumo, seguidos pelos grupos de FMA (primers AML2-NS31 e AMV4.5NF-AMDGR) e de bactérias totais (primer 16S-rRNA), e em menor abundância, o grupo de Bacillus subtilis (primer BacSub). A comparação entre a área com vegetação nativa de Caatinga e a cultivada com goiaba diferiu apenas para um dos primers utilizados para FMA (AML2-NS31), que revelou menor abundância do grupo na área nativa em relação à cultivada. Os resultados indicam que a aplicação do bioinsumo nas doses testadas não acarreta mudanças na abundância dos grupos estudados e sugerem um baixo impacto sobre a microbiota estudada.
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Mais do que um meio de produção agrícola, o solo é um ecossistema complexo que varia de acordo com características abióticas e bióticas. Entre os componentes bióticos, a microbiota é composta por diversos grupos de organismos, dentre os quais destacam-se organismos benéficos como os Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMA) e as Rizobactérias Promotoras do Crescimento de Plantas (RPCP) e patogênicos, como os nematoides. Estes organismos podem ser afetados, tanto positiva quanto negativamente, por fatores abióticos, tais como as condições climáticas e o uso do solo, bem como por fatores bióticos, interagindo entre si. O uso de bioinsumos à base da BPCP Bacillus subtillis tem sido proposto como uma técnica para melhorar a qualidade biológica do solo e aumentar o rendimento das culturas, com consequente redução de algumas pragas, entre as quais os fitonematoides do gênero Meloidogyne. Por outro lado, o monitoramento no solo muitas vezes é oneroso e impreciso e algumas técnicas vêm sendo propostas para detecção desses organismos e diagnóstico da qualidade edáfica. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da aplicação de doses crescentes de bioinsumo comercial composto por Bacillus subtillis em plantio de goiabeiras (Psidium guajava L. var Paluma) sobre alguns organismos do solo, utilizando a técnica de PCR em tempo real (qPCR). Este estudo foi conduzido na região do Vale do São Francisco (VSF), conhecido pela fruticultura irrigada no semiárido brasileiro. Foram coletadas amostras de solo de uma área de referência com vegetação nativa de Caatinga e de uma área com cultivo de goiabeira sob aplicação de doses crescentes do bioinsumo. Após extração do DNA
genômico e análise de qualidade das amostras, um conjunto de primers foi utilizado para avaliar a presença e abundância de: bactérias totais e de Bacillus subtilis, fungos totais e membros do filo Glomeromycota, além de espécies de Meloidogyne. As análises estatísticas demonstraram maior abundância do grupo de fungos totais (primer ITS) após a aplicação do bioinsumo, seguidos pelos grupos de FMA (primers AML2-NS31 e AMV4.5NF-AMDGR) e de bactérias totais (primer 16S-rRNA), e em menor abundância, o grupo de Bacillus subtilis (primer BacSub). A comparação entre a área com vegetação nativa de Caatinga e a cultivada com goiaba diferiu apenas para um dos primers utilizados para FMA (AML2-NS31), que revelou menor abundância do grupo na área nativa em relação à cultivada. Os resultados indicam que a aplicação do bioinsumo nas doses testadas não acarreta mudanças na abundância dos grupos estudados e sugerem um baixo impacto sobre a microbiota estudada.
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APARECIDA CLÉBIA DA SILVA
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FUNGOS ENDOFÍTICOS DE Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan DE ÁREA DE CAATINGA: DIVERSIDADE E POTENCIAL ANTIFÚNGICO CONTRA ESPÉCIES DE Sporothrix
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Orientador : JADSON DIOGO PEREIRA BEZERRA
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MEMBROS DA BANCA :
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JADSON DIOGO PEREIRA BEZERRA
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LAURA MESQUITA PAIVA
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RAFAEL JOSE VILELA DE OLIVEIRA
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Data: 27/07/2023
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Fungos endofíticos são microrganismos que habitam o interior dos tecidos sadios de plantas em alguma ou toda parte do seu ciclo de vida sem causar danos aparentes aos seus hospedeiros. Esses fungos podem contribuir com as condições adequadas para que os vegetais sobrevivam a diversos tipos de estresses ambientais. Além disso, são um importante objeto de estudo em relação a diversidade e potencial biotecnológico, incluindo a produção de antifúngicos. Contudo, a complexidade dessas interações ainda é bastante questionada, principalmente em ambientes secos como a Caatinga. O objetivo desse estudo foi estimar a diversidade de fungos endofíticos em folíolos e ramos de Anadenanthera colubrina da Caatinga e avaliar o efeito antifúngico dos endófitos contra os agentes etiológicos da esporotricose. Foram coletadas amostras de ramos e folíolos de três indivíduos de A. colubrina, que foram desinfestadas em sua superfície e fragmentadas para isolamento de endófitos. Para os testes contra os agentes etiológicos da esporotricose (S. mexicana URM301, S. chilensis URM 2439, S. shenckii URM 4252 e de S. brasiliensis URM 8233 e URM 8248) foi utilizado o método de bloco de gelose das culturas de fungos e discos impregnados com antifúngicos (itraconazol e anfotericina B) foram utilizados como controle positivo. A partir dos 406 fragmentos analisados, foram obtidos 126 isolados agrupados em 37 morfoespécies de fungos endofíticos distribuídas em 21 gêneros com base nas análises morfológicas, sequências ITS e LSU rDNA e de outros genes (calmodulina, β-tubulina, actina, TEF-1α, histona, RPB1, RPB2 e GAPDH). A taxa de colonização (TC%) foi maior para os ramos (53,88%) do que para folíolos (5,55%). O gênero Diaporthe foi o mais frequente seguido de Didymella e Rhytidhysteron. Os valores dos índices de diversidade de Shannon-Wiener foram de H’=1,15 e 2,71 para folíolos e ramos, respectivamente. Todos os endófitos isolados foram utilizados para o teste contra agentes etiológicos de esporotricose, porém não obtivemos resultados positivos. Este estudo é pioneiro em relação a fungos endofíticos associados aos ramos e aos folíolos de A. colubrina em área de conservação da Caatinga e demonstra uma importante riqueza de fungos associados com esta planta e que contribuem com estimativas nacionais e internacionais de estimativa da diversidade micológica.
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Mostrar Abstract
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Fungos endofíticos são microrganismos que habitam o interior dos tecidos sadios de plantas em alguma ou toda parte do seu ciclo de vida sem causar danos aparentes aos seus hospedeiros. Esses fungos podem contribuir com as condições adequadas para que os vegetais sobrevivam a diversos tipos de estresses ambientais. Além disso, são um importante objeto de estudo em relação a diversidade e potencial biotecnológico, incluindo a produção de antifúngicos. Contudo, a complexidade dessas interações ainda é bastante questionada, principalmente em ambientes secos como a Caatinga. O objetivo desse estudo foi estimar a diversidade de fungos endofíticos em folíolos e ramos de Anadenanthera colubrina da Caatinga e avaliar o efeito antifúngico dos endófitos contra os agentes etiológicos da esporotricose. Foram coletadas amostras de ramos e folíolos de três indivíduos de A. colubrina, que foram desinfestadas em sua superfície e fragmentadas para isolamento de endófitos. Para os testes contra os agentes etiológicos da esporotricose (S. mexicana URM301, S. chilensis URM 2439, S. shenckii URM 4252 e de S. brasiliensis URM 8233 e URM 8248) foi utilizado o método de bloco de gelose das culturas de fungos e discos impregnados com antifúngicos (itraconazol e anfotericina B) foram utilizados como controle positivo. A partir dos 406 fragmentos analisados, foram obtidos 126 isolados agrupados em 37 morfoespécies de fungos endofíticos distribuídas em 21 gêneros com base nas análises morfológicas, sequências ITS e LSU rDNA e de outros genes (calmodulina, β-tubulina, actina, TEF-1α, histona, RPB1, RPB2 e GAPDH). A taxa de colonização (TC%) foi maior para os ramos (53,88%) do que para folíolos (5,55%). O gênero Diaporthe foi o mais frequente seguido de Didymella e Rhytidhysteron. Os valores dos índices de diversidade de Shannon-Wiener foram de H’=1,15 e 2,71 para folíolos e ramos, respectivamente. Todos os endófitos isolados foram utilizados para o teste contra agentes etiológicos de esporotricose, porém não obtivemos resultados positivos. Este estudo é pioneiro em relação a fungos endofíticos associados aos ramos e aos folíolos de A. colubrina em área de conservação da Caatinga e demonstra uma importante riqueza de fungos associados com esta planta e que contribuem com estimativas nacionais e internacionais de estimativa da diversidade micológica.
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SILVIO FRANCISCO DA SILVA
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PRODUÇÃO DE INULINASE POR ASPERGILLUS ALABAMENSIS UTILIZANDO MEIO DE CULTURA ALTERNATIVO
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Orientador : KEILA APARECIDA MOREIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA
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JOSÉ ERICK GALINDO GOMES
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POLYANNA NUNES HERCULANO
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Data: 27/07/2023
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As inulinases são enzimas que hidrolisam a inulina, tento como subproduto final frutooligossacarídeos (FOS), frutose e um pouco de glicose. A indústria alimentícia utiliza-se dos xaropes de frutose como adoçante no preparo de seus alimentos, tornando-se o xarope de frutose um produto amplamente utilizado por apresentar características benéficas à saúde. A frutose obtida através da inulinase sobre a inulina, produz quantidades significativas, com uma única reação enzimática. O presente trabalho, utilizou isolados do fungo Aspergillus alabamensis, como microrganismo produtor da enzima inulinase, tendo como substrato a batata yacon (Smallanthus sonchifolius) e a alcachofra de Jerusalém (Helianthus tuberosus). A pesquisa foi realizada com 20 isolados de A. alabamensis, procedentes da Micoteca URM da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Para a produção enzimática, foi utilizado um meio alternativo, sendo acrescidos tubérculos de duas plantas ricas em inulina, principal fonte de carbono, para o crescimento fúngico. Após a reativação dos fungos em meio MEA (ágar extrato de malte), os isolados foram transferidos para o meio alternativo, para o processo de fermentação durante 96 h sob agitação constante a 200 rpm, a 28 ºC. Após o período de fermentação a massa microbiana foi separada por filtração para posterior secagem a 105 ºC por 24 h e o líquido, denominado de extrato enzimático bruto, centrifugado e armazenado para a caracterização bioquímica da inulinase (pH, temperatura e íons). Foram selecionados os cinco maiores produtores de inulinase. O pH ótimo para todos estes isolados foi pH 4,8, apresentando estabilidade em uma faixa de pH entre 4,0 e 5,6, após 180 min. A temperatura da inulinase de todos os isolados foi de 90 ºC, permanecendo estável entre 80 e 90 ºC durante 180 min. O íon Mn 2+ , foi capaz de aumentar a atividade enzimática da inulinase produzida por todos os isolados selecionados. Dessa forma, a inulisase produzida por Aspergillus alabamensis, apresenta potencial para sua utilização em diferentes processos industriais.
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As inulinases são enzimas que hidrolisam a inulina, tento como subproduto final frutooligossacarídeos (FOS), frutose e um pouco de glicose. A indústria alimentícia utiliza-se dos xaropes de frutose como adoçante no preparo de seus alimentos, tornando-se o xarope de frutose um produto amplamente utilizado por apresentar características benéficas à saúde. A frutose obtida através da inulinase sobre a inulina, produz quantidades significativas, com uma única reação enzimática. O presente trabalho, utilizou isolados do fungo Aspergillus alabamensis, como microrganismo produtor da enzima inulinase, tendo como substrato a batata yacon (Smallanthus sonchifolius) e a alcachofra de Jerusalém (Helianthus tuberosus). A pesquisa foi realizada com 20 isolados de A. alabamensis, procedentes da Micoteca URM da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Para a produção enzimática, foi utilizado um meio alternativo, sendo acrescidos tubérculos de duas plantas ricas em inulina, principal fonte de carbono, para o crescimento fúngico. Após a reativação dos fungos em meio MEA (ágar extrato de malte), os isolados foram transferidos para o meio alternativo, para o processo de fermentação durante 96 h sob agitação constante a 200 rpm, a 28 ºC. Após o período de fermentação a massa microbiana foi separada por filtração para posterior secagem a 105 ºC por 24 h e o líquido, denominado de extrato enzimático bruto, centrifugado e armazenado para a caracterização bioquímica da inulinase (pH, temperatura e íons). Foram selecionados os cinco maiores produtores de inulinase. O pH ótimo para todos estes isolados foi pH 4,8, apresentando estabilidade em uma faixa de pH entre 4,0 e 5,6, após 180 min. A temperatura da inulinase de todos os isolados foi de 90 ºC, permanecendo estável entre 80 e 90 ºC durante 180 min. O íon Mn 2+ , foi capaz de aumentar a atividade enzimática da inulinase produzida por todos os isolados selecionados. Dessa forma, a inulisase produzida por Aspergillus alabamensis, apresenta potencial para sua utilização em diferentes processos industriais.
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BRUNO MICAEL CARDOSO BARBOSA
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ESTUDOS SOBRE A FAMÍLIA TRYPETHELIACEAE (ASCOMYCOTA) NO NORDESTE E SUDESTE DO BRASIL
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Orientador : MARCELA EUGENIA DA SILVA CACERES
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MEMBROS DA BANCA :
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ALINE ANJOS DE MENEZES
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MARCELA EUGENIA DA SILVA CACERES
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MARIA DE LOURDES LACERDA BURIL
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Data: 29/08/2023
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Trypetheliaceae é a família de fungos liquenizados mais abundante já encontrada nos trópicos, além de ser uma das mais antigas do Filo Ascomycota. Compreende liquens pirenocárpicos, caracterizados pela formação de peritécios na forma de estruturas reprodutivas, representando um dos principais componentes da liquenobiota tropical, e tem como fotobionte algas verdes do gênero Trentepohlia Mart. Após os estudos de filogenia molecular, foram propostas diversas mudanças relacionadas à circunscrição da família e delimitação de seus gêneros. Atualmente, são conhecidas mais de 400 espécies e aceitos formalmente 18 gêneros, sendo Astrothelium o mais especioso, com distribuição intimamente ligada à Bacia Amazônica, enquanto Polymeridium está relacionado as florestas secas do Brasil, como a Caatinga, considerada o centro mundial de dispersão do gênero. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a morfologia e realizar análises moleculares de espécies de Trypetheliaceae registrados em localidades do Nordeste e Sudeste do Brasil. Foi realizada a identificação morfológica e extraído o DNA genômico das amostras encontradas, amplificada a região ITS. Posteriormente, os produtos foram enviados para sequenciamento e 71 sequências da região ITS foram obtidas. As sequências geradas foram alinhadas com aquelas disponíveis no GenBank, foram formados novos ramos para as espécies novas assim como para espécies conhecidas. Dois novos registros foram encontrados para o Brasil, e 27 para os estados estudados. Nove espécies foram consideradas novas para a ciência, dos gêneros Astrothelium (7 spp.), Architrypethelium (1 espécie) e Polymeridium (1 espécie). Os resultados desse trabalho demonstram a importância da combinação de caracteres morfológicos e análise molecular para o grupo estudado, além de ampliar o conhecimento da diversidade e distribuição de liquens da família Trypetheliaceae para o Brasil.
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Trypetheliaceae é a família de fungos liquenizados mais abundante já encontrada nos trópicos, além de ser uma das mais antigas do Filo Ascomycota. Compreende liquens pirenocárpicos, caracterizados pela formação de peritécios na forma de estruturas reprodutivas, representando um dos principais componentes da liquenobiota tropical, e tem como fotobionte algas verdes do gênero Trentepohlia Mart. Após os estudos de filogenia molecular, foram propostas diversas mudanças relacionadas à circunscrição da família e delimitação de seus gêneros. Atualmente, são conhecidas mais de 400 espécies e aceitos formalmente 18 gêneros, sendo Astrothelium o mais especioso, com distribuição intimamente ligada à Bacia Amazônica, enquanto Polymeridium está relacionado as florestas secas do Brasil, como a Caatinga, considerada o centro mundial de dispersão do gênero. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a morfologia e realizar análises moleculares de espécies de Trypetheliaceae registrados em localidades do Nordeste e Sudeste do Brasil. Foi realizada a identificação morfológica e extraído o DNA genômico das amostras encontradas, amplificada a região ITS. Posteriormente, os produtos foram enviados para sequenciamento e 71 sequências da região ITS foram obtidas. As sequências geradas foram alinhadas com aquelas disponíveis no GenBank, foram formados novos ramos para as espécies novas assim como para espécies conhecidas. Dois novos registros foram encontrados para o Brasil, e 27 para os estados estudados. Nove espécies foram consideradas novas para a ciência, dos gêneros Astrothelium (7 spp.), Architrypethelium (1 espécie) e Polymeridium (1 espécie). Os resultados desse trabalho demonstram a importância da combinação de caracteres morfológicos e análise molecular para o grupo estudado, além de ampliar o conhecimento da diversidade e distribuição de liquens da família Trypetheliaceae para o Brasil.
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DAYANE DE OLIVEIRA LIMA
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ESTUDO SOBRE O GÊNERO COENOGONIUM EHRENB. (COENOGONIACEAE, OSTROPALES) EM ÁREAS DE FLORESTA ATLÂNTICA BRASILEIRAS
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Orientador : MARCELA EUGENIA DA SILVA CACERES
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MEMBROS DA BANCA :
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ALINE ANJOS DE MENEZES
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MARCELA EUGENIA DA SILVA CACERES
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MARIA DE LOURDES LACERDA BURIL
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Data: 29/08/2023
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Coenogonium é o único gênero da família Coenogoniaceae. Mundialmente, são conhecidas, aproximadamente, 130 espécies e cerca de 50 são conhecidas aqui no Brasil. São geralmente encontrados em regiões tropicais e subtropicais. Possuem apotécios com coloração que varia de amarelos a alaranjados até amarelo amarronzados, ascósporos unisepatados ou, raramente, simples. Anteriormente, as espécies crostosas pertenciam a outro gênero, Dimerella. No entanto, estudos fenotípicos baseados em análises filogenéticas revelaram que a morfologia deste grupo é bastante diversa e os táxons propostos para Coenogonium formam várias linhagens, não sustentando sua separação entre espécies de talo filamentoso e crostoso. Este trabalho teve como objetivos: definir filogeneticamente o gênero Coenogonium, utilizando amostras da Mata Atlântica; definir a posição taxonômica/filogenética das espécies estudadas com base na região ITS; identificar táxons de Coenogonium ocorrentes em áreas de Mata Atlântica; contribuir com banco de dados moleculares deste grupo de liquens; e descrever espécies novas pertencentes ao gênero, quando encontradas. Os espécimes foram coletados em áreas de Mata Atlântica localizadas nos estados de Sergipe, Minas Gerais e Bahia. Foi realizado a identificação morfológica e, posteriormente, extração, purificação e sequenciamento do DNA das amostras selecionadas. Após a análise morfológica, obteve-se um total de 21 espécies e mais quatro espécies consideradas novas para a ciência. Foram registrados novos registros para os estados de Sergipe (C. confervoides; C. subfalaciosum; C. zonatum), Minas Gerais (C. acrocephalum; C. aff. congense; C. confervoides; C. geralense; C. strigosum), Bahia (C. saepicola), Paraíba (C. minidenticulatum) e Rio de Janeiro (C. nepalense). Coenogonium é um dos grupos de liquens mais difíceis de sequenciar, visto que, a quantidade de espécimes que foram extraídos de DNA, aproximadamente 100, resultou em poucas sequências boas, entretanto, foi possível observar algumas relações filogenéticas das espécies sequenciadas. C. estrigosum ficou posicionado em um ramo próximo de C. luteum, fortemente relacionadas. Outras espécies que compartilham caracteres morfológicos também ficaram posicionadas em clados fortemente suportado. A biologia molecular, juntamente com a taxonomia, é uma ferramenta que pode auxiliar na identificação de espécies de Coenogonium, já que este grupo apresenta algumas dificuldades na identificação de alguns caracteres que são importantes para separar espécies.
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Coenogonium é o único gênero da família Coenogoniaceae. Mundialmente, são conhecidas, aproximadamente, 130 espécies e cerca de 50 são conhecidas aqui no Brasil. São geralmente encontrados em regiões tropicais e subtropicais. Possuem apotécios com coloração que varia de amarelos a alaranjados até amarelo amarronzados, ascósporos unisepatados ou, raramente, simples. Anteriormente, as espécies crostosas pertenciam a outro gênero, Dimerella. No entanto, estudos fenotípicos baseados em análises filogenéticas revelaram que a morfologia deste grupo é bastante diversa e os táxons propostos para Coenogonium formam várias linhagens, não sustentando sua separação entre espécies de talo filamentoso e crostoso. Este trabalho teve como objetivos: definir filogeneticamente o gênero Coenogonium, utilizando amostras da Mata Atlântica; definir a posição taxonômica/filogenética das espécies estudadas com base na região ITS; identificar táxons de Coenogonium ocorrentes em áreas de Mata Atlântica; contribuir com banco de dados moleculares deste grupo de liquens; e descrever espécies novas pertencentes ao gênero, quando encontradas. Os espécimes foram coletados em áreas de Mata Atlântica localizadas nos estados de Sergipe, Minas Gerais e Bahia. Foi realizado a identificação morfológica e, posteriormente, extração, purificação e sequenciamento do DNA das amostras selecionadas. Após a análise morfológica, obteve-se um total de 21 espécies e mais quatro espécies consideradas novas para a ciência. Foram registrados novos registros para os estados de Sergipe (C. confervoides; C. subfalaciosum; C. zonatum), Minas Gerais (C. acrocephalum; C. aff. congense; C. confervoides; C. geralense; C. strigosum), Bahia (C. saepicola), Paraíba (C. minidenticulatum) e Rio de Janeiro (C. nepalense). Coenogonium é um dos grupos de liquens mais difíceis de sequenciar, visto que, a quantidade de espécimes que foram extraídos de DNA, aproximadamente 100, resultou em poucas sequências boas, entretanto, foi possível observar algumas relações filogenéticas das espécies sequenciadas. C. estrigosum ficou posicionado em um ramo próximo de C. luteum, fortemente relacionadas. Outras espécies que compartilham caracteres morfológicos também ficaram posicionadas em clados fortemente suportado. A biologia molecular, juntamente com a taxonomia, é uma ferramenta que pode auxiliar na identificação de espécies de Coenogonium, já que este grupo apresenta algumas dificuldades na identificação de alguns caracteres que são importantes para separar espécies.
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VICTORIA SOUZA ALVES
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MICROFUNGOS ASSOCIADOS À DECOMPOSIÇÃO DE Paubrasilia echinata Gagnon, H. C. Lima & G. P. Lewis DA REGIÃO DE FEIRA DE SANTANA, BAHIA
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Orientador : LUÍS FERNANDO PASCHOLATI GUSMÃO
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MEMBROS DA BANCA :
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LUÍS FERNANDO PASCHOLATI GUSMÃO
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PATRÍCIA OLIVEIRA FIUZA
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TAIMY CANTILLO PÉREZ
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Data: 30/08/2023
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A árvore do pau-brasil (Paubrasilia echinata Gagnon, H. C. Lima & G. P. Lewis) é uma espécie nativa da Mata Atlântica brasileira, pertencente à família Fabaceae, que atualmente encontra-se registrada na lista vermelha, de plantas ameaçadas de extinção e incluídas na categoria de perigo desde a criação da Portaria IBAMA n.37 –N de 03 de abril de 1992. O presente trabalho teve como objetivo: identificar, ilustrar e descrever novas espécies e novos registros taxonômicos de microfungos decompositores do pau-brasil a partir de um levantamento feito em um bosque, em Feira de Santana, Bahia, Brasil. Foram realizadas seis expedições de coleta no bosque do pau-brasil, localizado na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), onde foram coletadas amostras vegetais em estado de decomposição de folíolos, galhos, pecíolos, frutos e cascas. As amostras foram encaminhadas para o Laboratório de Micologia (LAMIC), da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e submetidas ao processo de lavagem sucessiva e incubadas em câmaras úmidas (placa de Petri + papel filtro + água destilada). As lâminas dos espécimes fúngicos foram confeccionadas de forma permanentes (resina PVL) e/ou semi-permanentes (ácido lático ou lactofenol) e observadas em estereomicroscópio no período de coleta dos microfungos a cada 30 dias, para a identificação dos táxons, através de literatura específica. As lâminas identificadas foram depositadas no Herbário da UEFS (HUEFS). Este trabalho contribui com a apresentação de um checklist com 149 táxons, distribuídos em 94 gêneros relacionados a Ascomycota, Basidiomycota e Mucoromycota. Duas novas espécies são propostas: Camposporium sp. nov. e Xylomyces sp. nov. e oito novos registros, incluindo um para as Américas: Vermiculariopsiella arcicula Pasqual. & Zucconi; dois para América do Sul: Junewangia lamma Baker & Morgan-Jones, Sporidesmium altum (Preuss) M.B. Ellis quatro novos registros descritos pela primeira vez ao substrato estudado:Chaetomella sp., Phaeocandelabrum joseiturriagae R.F. Castañeda, Iturriaga, Heredia & M. Stadler, Sarcopodium circinatum Ehrenberg, Monodictys abuensis (Chouhan & Panwar) V. Rao & de Hoog e Tetraploa ellisii Cooke. As relações ecológicas e a distribuição geográfica dos microfungos associados ao pau-brasil no Brasil estão incluídas. Os dados do checklist foram baseados em registros da literatura e compilação de dados online.
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A árvore do pau-brasil (Paubrasilia echinata Gagnon, H. C. Lima & G. P. Lewis) é uma espécie nativa da Mata Atlântica brasileira, pertencente à família Fabaceae, que atualmente encontra-se registrada na lista vermelha, de plantas ameaçadas de extinção e incluídas na categoria de perigo desde a criação da Portaria IBAMA n.37 –N de 03 de abril de 1992. O presente trabalho teve como objetivo: identificar, ilustrar e descrever novas espécies e novos registros taxonômicos de microfungos decompositores do pau-brasil a partir de um levantamento feito em um bosque, em Feira de Santana, Bahia, Brasil. Foram realizadas seis expedições de coleta no bosque do pau-brasil, localizado na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), onde foram coletadas amostras vegetais em estado de decomposição de folíolos, galhos, pecíolos, frutos e cascas. As amostras foram encaminhadas para o Laboratório de Micologia (LAMIC), da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e submetidas ao processo de lavagem sucessiva e incubadas em câmaras úmidas (placa de Petri + papel filtro + água destilada). As lâminas dos espécimes fúngicos foram confeccionadas de forma permanentes (resina PVL) e/ou semi-permanentes (ácido lático ou lactofenol) e observadas em estereomicroscópio no período de coleta dos microfungos a cada 30 dias, para a identificação dos táxons, através de literatura específica. As lâminas identificadas foram depositadas no Herbário da UEFS (HUEFS). Este trabalho contribui com a apresentação de um checklist com 149 táxons, distribuídos em 94 gêneros relacionados a Ascomycota, Basidiomycota e Mucoromycota. Duas novas espécies são propostas: Camposporium sp. nov. e Xylomyces sp. nov. e oito novos registros, incluindo um para as Américas: Vermiculariopsiella arcicula Pasqual. & Zucconi; dois para América do Sul: Junewangia lamma Baker & Morgan-Jones, Sporidesmium altum (Preuss) M.B. Ellis quatro novos registros descritos pela primeira vez ao substrato estudado:Chaetomella sp., Phaeocandelabrum joseiturriagae R.F. Castañeda, Iturriaga, Heredia & M. Stadler, Sarcopodium circinatum Ehrenberg, Monodictys abuensis (Chouhan & Panwar) V. Rao & de Hoog e Tetraploa ellisii Cooke. As relações ecológicas e a distribuição geográfica dos microfungos associados ao pau-brasil no Brasil estão incluídas. Os dados do checklist foram baseados em registros da literatura e compilação de dados online.
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FRANCISCA ROBERVÂNIA SOARES DOS SANTOS
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DIVERSIDADE DE FUNGOS MUCORACÉOS EM DOIS BREJOS DE ALTITUDE DA MESOREGIÃO AGRESTE PERNAMBUCANO
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Orientador : ANDRE LUIZ CABRAL MONTEIRO DE AZEVEDO SANTIAGO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDRE LUIZ CABRAL MONTEIRO DE AZEVEDO SANTIAGO
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CATARINA LETICIA FERREIRA DE LIMA
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DIOGO XAVIER LIMA
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Data: 11/09/2023
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Mucorales abriga o maior número de espécies dentre as três ordens pertencentes ao filo Mucoromycota, com mais de 320 espécies descritas. A maioria dos fungos mucoráceos exibe crescimento rápido, mesmo em meios de cultura pobres em nutrientes, sendo a maioria das espécies sapróbias do solo, podendo também ser encontradas em serrapilheira, excrementos de animais e alimentos estocados. Embora alguns inventários desses fungos tenham sido realizados no Brasil, pouco se conhece sobre a distribuição e ecologia desse grupo no solo de áreas de brejo de altitude, que são ilhas de matas úmidas no semiárido nordestino. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo principal conhecer como as comunidades de fungos mucoráceos estão estruturadas no solo de dois diferentes brejos de altitude de Pernambuco, avaliando as possíveis influências dos atributos químicos do solo, da pluviosidade e temperaturas do solo e do ar na estruturação dessas comunidades. Foram realizadas quatro expedições para coleta de solo nos brejos de Brejão e de Jenipapo, em Pernambuco. Para o isolamento, cinco miligramas de solo foram espalhados sobre o meio de cultura ágar gérmen de trigo, adicionado de cloranfenicol, contido em placas de Petri, em quintuplicata. As colônias foram purificadas e estocadas em tubos de ensaio contendo o meio batata dextrose ágar e identificados com base na literatura específica. Foram identificadas 35 espécies e duas variedades de fungos mucoráceos, incluindo uma primeira ocorrência para a América do Sul e duas novas espécies. Cunninghamella bertholletiae, Absidia saloaensis e A. pernambucoensis foram as espécies mais abundantes e frequentes nos brejos de Brejão e do brejo de Jenipapo. De acordo com os resultados, os dois brejos estudados não diferiram com relação à diversidade e riqueza de espécies de fungos mucoráceos, o que indica que a precipitação e temperaturas do solo e do ar, bem como as variáveis químicas do solo não influenciam nesses parâmetros ecológicos para esses fungos, nas áreas de estudo. No entanto, foi verificado que os dois brejos diferem com relação à composição das comunidades dos fungos mucoráceos, e que essa composição varia com relação às coletas realizadas no brejo de Brejão, indicando que os fatores supracitados, com exceção da temperatura do solo, influenciam as comunidades de fungos mucoráceos nesses brejos, embora essa influência tenha sido limitada no brejo de Jenipapo. Os atributos do solo influenciam a comunidade de fungos mucoráceos de forma específica, ou seja, o grau influência dessas variáveis variou de acordo com a espécie do fungo.
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Mucorales abriga o maior número de espécies dentre as três ordens pertencentes ao filo Mucoromycota, com mais de 320 espécies descritas. A maioria dos fungos mucoráceos exibe crescimento rápido, mesmo em meios de cultura pobres em nutrientes, sendo a maioria das espécies sapróbias do solo, podendo também ser encontradas em serrapilheira, excrementos de animais e alimentos estocados. Embora alguns inventários desses fungos tenham sido realizados no Brasil, pouco se conhece sobre a distribuição e ecologia desse grupo no solo de áreas de brejo de altitude, que são ilhas de matas úmidas no semiárido nordestino. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo principal conhecer como as comunidades de fungos mucoráceos estão estruturadas no solo de dois diferentes brejos de altitude de Pernambuco, avaliando as possíveis influências dos atributos químicos do solo, da pluviosidade e temperaturas do solo e do ar na estruturação dessas comunidades. Foram realizadas quatro expedições para coleta de solo nos brejos de Brejão e de Jenipapo, em Pernambuco. Para o isolamento, cinco miligramas de solo foram espalhados sobre o meio de cultura ágar gérmen de trigo, adicionado de cloranfenicol, contido em placas de Petri, em quintuplicata. As colônias foram purificadas e estocadas em tubos de ensaio contendo o meio batata dextrose ágar e identificados com base na literatura específica. Foram identificadas 35 espécies e duas variedades de fungos mucoráceos, incluindo uma primeira ocorrência para a América do Sul e duas novas espécies. Cunninghamella bertholletiae, Absidia saloaensis e A. pernambucoensis foram as espécies mais abundantes e frequentes nos brejos de Brejão e do brejo de Jenipapo. De acordo com os resultados, os dois brejos estudados não diferiram com relação à diversidade e riqueza de espécies de fungos mucoráceos, o que indica que a precipitação e temperaturas do solo e do ar, bem como as variáveis químicas do solo não influenciam nesses parâmetros ecológicos para esses fungos, nas áreas de estudo. No entanto, foi verificado que os dois brejos diferem com relação à composição das comunidades dos fungos mucoráceos, e que essa composição varia com relação às coletas realizadas no brejo de Brejão, indicando que os fatores supracitados, com exceção da temperatura do solo, influenciam as comunidades de fungos mucoráceos nesses brejos, embora essa influência tenha sido limitada no brejo de Jenipapo. Os atributos do solo influenciam a comunidade de fungos mucoráceos de forma específica, ou seja, o grau influência dessas variáveis variou de acordo com a espécie do fungo.
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POLLYANA RUBEM DA SILVA
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ASCOMICETOS ASSEXUAIS ASSOCIADOS À GALHOS EM DECOMPOSIÇÃO DA FAIXA DA DEIXA DE MARÉ EM PRAIAS FLUVIAIS NA ILHA DO MOSQUEIRO, BELÉM, PA
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Orientador : LUÍS FERNANDO PASCHOLATI GUSMÃO
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MEMBROS DA BANCA :
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TASCIANO DOS SANTOS SANTA IZABEL
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ALISSON CARDOSO RODRIGUES DA CRUZ
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LUÍS FERNANDO PASCHOLATI GUSMÃO
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Data: 30/10/2023
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Ascomicetos assexuais encontram-se distribuídos amplamente no meio ambiente e destacam-se como importantes decompositores de materiais vegetais mortos. Há poucas informações sobre esses fungos na Amazônia, principalmente em ambientes aquáticos, onde os trabalhos apesar de pouquíssimos são limitados a rios, riacho, lagos, corpos de água e córregos. Assim, a presente pesquisa teve como objetivo realizar um estudo taxonômico de ascomicetos assexuais que agem na degradação de galhos em decomposição deixados em praias da Ilha do Mosqueiro, uma região estuarina localizado em Belém/Pará, pela ação das marés. As atividades desse trabalho compreenderam a identificação dos espécimes previamente coletados, porém, as etapas anteriores serão aqui mencionadas para uma melhor compreensão da pesquisa. Expedições de coletas foram realizadas nas praias de Baía do Sol, Farol, São Francisco, Marahú e Paraiso entre agosto de 2017 a janeiro de 2019. As amostras coletadas foram levadas para o Laboratório de Micologia (LAMIC) da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) onde passaram pelo processo de triagem seguida por lavagem em água corrente e secagem. Em seguida os galhos foram colocados em câmaras úmidas e incubados por até 30 dias em temperatura ambiente, sendo nesse período revisados semanalmente em estereomicroscópio. Lâminas permanentes e semipermanentes montadas em resina PVL (álcool polivinilico+acidolático+fenol) foram confeccionadas com as estruturas reprodutivas dos fungos para posterior identificação observando os caracteres morfológicos e antogênicos sob microscópio óptico. Após essa etapa as lâminas foram depositadas no Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS) e no Herbário da Universidade Federal de Pernambuco (URM). Durante o estudo foram encontrados 18 táxons distribuídos em 13 gêneros, dentre estes, há primeiros registros para o estado do Pará (Monotosporella rhizoide, Cacumisporium sigmoideum, Mycoenterolobium platysporum, Pseudoxylomyces elegans, Virgaria boninensis), uma segunda ocorrência para o mundo (Virgariella caribensis) nova ocorrência para as Américas (Cumulospora marina) e são propostas três novas espécies em Bactrodesmium, Craspedodydymum e Cancellidium. Os dados apresentados por este estudo, contribui para o conhecimento da distribuição dos ascomicetos assexuais no estado do Pará.
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Ascomicetos assexuais encontram-se distribuídos amplamente no meio ambiente e destacam-se como importantes decompositores de materiais vegetais mortos. Há poucas informações sobre esses fungos na Amazônia, principalmente em ambientes aquáticos, onde os trabalhos apesar de pouquíssimos são limitados a rios, riacho, lagos, corpos de água e córregos. Assim, a presente pesquisa teve como objetivo realizar um estudo taxonômico de ascomicetos assexuais que agem na degradação de galhos em decomposição deixados em praias da Ilha do Mosqueiro, uma região estuarina localizado em Belém/Pará, pela ação das marés. As atividades desse trabalho compreenderam a identificação dos espécimes previamente coletados, porém, as etapas anteriores serão aqui mencionadas para uma melhor compreensão da pesquisa. Expedições de coletas foram realizadas nas praias de Baía do Sol, Farol, São Francisco, Marahú e Paraiso entre agosto de 2017 a janeiro de 2019. As amostras coletadas foram levadas para o Laboratório de Micologia (LAMIC) da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) onde passaram pelo processo de triagem seguida por lavagem em água corrente e secagem. Em seguida os galhos foram colocados em câmaras úmidas e incubados por até 30 dias em temperatura ambiente, sendo nesse período revisados semanalmente em estereomicroscópio. Lâminas permanentes e semipermanentes montadas em resina PVL (álcool polivinilico+acidolático+fenol) foram confeccionadas com as estruturas reprodutivas dos fungos para posterior identificação observando os caracteres morfológicos e antogênicos sob microscópio óptico. Após essa etapa as lâminas foram depositadas no Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS) e no Herbário da Universidade Federal de Pernambuco (URM). Durante o estudo foram encontrados 18 táxons distribuídos em 13 gêneros, dentre estes, há primeiros registros para o estado do Pará (Monotosporella rhizoide, Cacumisporium sigmoideum, Mycoenterolobium platysporum, Pseudoxylomyces elegans, Virgaria boninensis), uma segunda ocorrência para o mundo (Virgariella caribensis) nova ocorrência para as Américas (Cumulospora marina) e são propostas três novas espécies em Bactrodesmium, Craspedodydymum e Cancellidium. Os dados apresentados por este estudo, contribui para o conhecimento da distribuição dos ascomicetos assexuais no estado do Pará.
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Teses |
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THALLINE RAFHAELLA LEITE CORDEIRO
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DIVERSIDADE DE MUCOROMYCOTA NO SOLO DE GRADIENTES DE ALTITUDE EM BREJOS DO SEMIÁRIDO DE PERNAMBUCO
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Orientador : ANDRE LUIZ CABRAL MONTEIRO DE AZEVEDO SANTIAGO
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MEMBROS DA BANCA :
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LUCIANA MELO SARTORI GURGEL
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ANDRE LUIZ CABRAL MONTEIRO DE AZEVEDO SANTIAGO
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ANGELINA DE MEIRAS OTTONI
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CARLOS ALBERTO FRAGOSO DE SOUZA
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DIOGO PAES DA COSTA
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Data: 27/02/2023
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Os fungos do filo Mucoromycota são em maioria sapróbios do solo e excrementos de animais. No Brasil, espécies de Mucoromycota têm sido isoladas nos domínios Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado. No entanto, são raros os estudos ecológicos sobre esses fungos em brejos de altitude de Pernambuco. Considerando que elevada diversidade e riqueza de fungos são esperadas em ecossistemas tropicais, esse trabalho teve como objetivo principal conhecer como as comunidades de Mucoromycota são estruturadas no solo de diferentes gradientes atitudinais, avaliando de que formas a altitude, os atributos químicos do solo e a pluviosidade influenciam na estruturação dessas comunidades nos brejos de altitude da RPPN Reserva Natural Brejo e de Taquaritinga do Norte. Foram isoladas 54 espécies e seis variedades de Mucoromycota do solo da RPPN Reserva Natural Brejo, incluindo nove espécies novas, sendo Mucor jansseni a espécie que apresentou maiores números de UFC, frequência de ocorrência e abundância relativa. Do solo do brejo de Taquaritinga do Norte foram isoladas 32 espécies e quatro variedades de Mucoromycota, incluindo uma nova espécie, sendo Absidia pernambucoensis a espécie com maiores números de UFC, frequência e abundância. A altitude não influenciou na riqueza, equitabilidade e diversidade de fungos mucoraleanos em ambos os brejos, embora essa tenha influenciado na composição de espécies desses fungos. Os resultados apontaram
que influência de determinados atributos do solo nas comunidades de Mucoromycota varia de acordo com cada espécie de fungo.
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ANDERLECHI BARBOSA DA SILVA
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CONTRIBUIÇÕES À TAXONOMIA E SISTEMÁTICA DE FUNGOS BOLETOIDES (BOLETALES) EM ÁREAS DO NORDESTE BRASILEIRO
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Orientador : FELIPE WARTCHOW
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MEMBROS DA BANCA :
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MARCELO ALOISIO SULZBACHER
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FELIPE WARTCHOW
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JOSÉ LUIZ BEZERRA
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LAISE DE HOLANDA CAVALCANTI ANDRADE
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RENATO JUCIANO FERREIRA
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Data: 27/03/2023
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Os fungos com morfologia boletoide são caracterizados por seu corpo de frutificação pileado-estipitado, contexto carnoso e himenóforo tubular. Eles têm uma história nomenclatural rica e foram classificados pela primeira vez por Fries em seu SystemaMycologicum em dois gêneros Boletus L. e Fistulina Bull. que se distinguem pelas características macromorfológicas do himenóforo, ou seja, tubos interligados ou livres. Chevallier foi o primeiro a propor que os fungos boletoides fossem colocados em uma nova família, Boletaceae, e a distingui-los dos fungos com himenóforos lamelares. Gilbert propôs uma nova ordem, Boletales, com duas subordens, Boletineae, compreendendo a família Boletaceae, e Strobilomycetineae, compreendendo a família Strobilomycetaceae. Todo esse trabalho foi baseado apenas em caracteres morfológicos, mas com o advento das análises moleculares e filogenéticas para classificar o grupo, surgiu uma nova perspectiva sobre a taxonomia e sistemática dos fungos boletoides. Estes e posteriores estudos em áreas temperadas e tropicais, bem como uma revisão filogenética dos grupos conhecidos, mostraram que a riqueza do grupo é muito alta, e numerosos táxons foram descritos até então desconhecidos da ciência ou inseridos anteriormente em complexos de espécies. No entanto, a maioria dos conceitos relacionados à morfologia e filogenia dos cogumelos porcini (como são popularmente conhecidos os cogumelos com morfologia boletoide) são de táxons da América do Norte, Europa e Australásia, enquanto táxons da América do Sul são pouco representados. No Brasil, os trabalhos sobre porcini têm sido esporádicos, muitos dos quais datam do século passado e referem-se a estudos de inventários micológicos locais ou com fungos ectomicorrízicos que eventualmente incluíram representantes do grupo. Atualmente, os porcini são pouco citados no Nordeste do Brasil. Esta tese foi baseada na coleta de cogumelos porcini em áreas do bioma Mata Atlântica e Caatinga no nordeste do Brasil, nos estados da Bahia, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, bem como na revisão de espécimes de cogumelos porcini de da região e comparação com material dos Herbários do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), JPB, UFRN-Fungos e URM, e dos herbários estrangeiros DUKE, F e HSU. Assim, a proposta deste trabalho teve como objetivo coletar e revisar espécimes de porcini de áreas do Nordeste brasileiro por meio de revisões de espécimes e coleções, a fim de ampliar e aprimorar a sistemática dos porcini por meio de análises morfológicas, moleculares e filogenéticas de materiais do Nordeste região do Brasil. Como resultado deste estudo, foram descritos cerca de sete táxons, que são novas espécies, variedades e primeiros registros para a região Nordeste. Este trabalho realizou uma ampla revisão da literatura, com a apresentação dos trabalhos mais importantes e os mais recentes acréscimos ao conhecimento sobre cogumelos porcini no Brasil, que permitem mostrar que a biodiversidade de cogumelos porcini na região Nordeste e neste país é escassa e subestimado. Desta forma, fica claro que são necessários mais estudos para aumentar o conhecimento sobre o cogumelo porcini neste país.
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Os fungos com morfologia boletoide são caracterizados por seu corpo de frutificação pileado-estipitado, contexto carnoso e himenóforo tubular. Eles têm uma história nomenclatural rica e foram classificados pela primeira vez por Fries em seu SystemaMycologicum em dois gêneros Boletus L. e Fistulina Bull. que se distinguem pelas características macromorfológicas do himenóforo, ou seja, tubos interligados ou livres. Chevallier foi o primeiro a propor que os fungos boletoides fossem colocados em uma nova família, Boletaceae, e a distingui-los dos fungos com himenóforos lamelares. Gilbert propôs uma nova ordem, Boletales, com duas subordens, Boletineae, compreendendo a família Boletaceae, e Strobilomycetineae, compreendendo a família Strobilomycetaceae. Todo esse trabalho foi baseado apenas em caracteres morfológicos, mas com o advento das análises moleculares e filogenéticas para classificar o grupo, surgiu uma nova perspectiva sobre a taxonomia e sistemática dos fungos boletoides. Estes e posteriores estudos em áreas temperadas e tropicais, bem como uma revisão filogenética dos grupos conhecidos, mostraram que a riqueza do grupo é muito alta, e numerosos táxons foram descritos até então desconhecidos da ciência ou inseridos anteriormente em complexos de espécies. No entanto, a maioria dos conceitos relacionados à morfologia e filogenia dos cogumelos porcini (como são popularmente conhecidos os cogumelos com morfologia boletoide) são de táxons da América do Norte, Europa e Australásia, enquanto táxons da América do Sul são pouco representados. No Brasil, os trabalhos sobre porcini têm sido esporádicos, muitos dos quais datam do século passado e referem-se a estudos de inventários micológicos locais ou com fungos ectomicorrízicos que eventualmente incluíram representantes do grupo. Atualmente, os porcini são pouco citados no Nordeste do Brasil. Esta tese foi baseada na coleta de cogumelos porcini em áreas do bioma Mata Atlântica e Caatinga no nordeste do Brasil, nos estados da Bahia, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, bem como na revisão de espécimes de cogumelos porcini de da região e comparação com material dos Herbários do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), JPB, UFRN-Fungos e URM, e dos herbários estrangeiros DUKE, F e HSU. Assim, a proposta deste trabalho teve como objetivo coletar e revisar espécimes de porcini de áreas do Nordeste brasileiro por meio de revisões de espécimes e coleções, a fim de ampliar e aprimorar a sistemática dos porcini por meio de análises morfológicas, moleculares e filogenéticas de materiais do Nordeste região do Brasil. Como resultado deste estudo, foram descritos cerca de sete táxons, que são novas espécies, variedades e primeiros registros para a região Nordeste. Este trabalho realizou uma ampla revisão da literatura, com a apresentação dos trabalhos mais importantes e os mais recentes acréscimos ao conhecimento sobre cogumelos porcini no Brasil, que permitem mostrar que a biodiversidade de cogumelos porcini na região Nordeste e neste país é escassa e subestimado. Desta forma, fica claro que são necessários mais estudos para aumentar o conhecimento sobre o cogumelo porcini neste país.
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LIDIANE ALVES DOS SANTOS
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ESTUDO TAXONÔMICO E FILOGENÉTICO DE LIQUENS LECANOROIDES DO BRASIL: LECANORA, TEPHROMELA E VAINIONORA (LECANORALES, ASCOMYCOTA)
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Orientador : MARCELA EUGENIA DA SILVA CACERES
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MEMBROS DA BANCA :
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MANUELA DAL FORNO
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JOSÉ LUIZ BEZERRA
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MARCELA EUGENIA DA SILVA CACERES
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MARIA DE LOURDES LACERDA BURIL
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ROGER FAGNER RIBEIRO MELO
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Data: 18/04/2023
Ata de defesa assinada:
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Os liquens lecanoroides são caracterizados por apresentarem apotécios com margem talina. Um dos principais representantes, o gênero Lecanora Ach., é um grupo heterogêneo que tem sido dividido em diferentes gêneros, tais como Tephromela M. Choisy e Vainionora Kalb. Tephromela foi proposto para acomodar uma espécie de Lecanora que apresentava himênio inteiramente purpúreo e conídios retos,
eVanionora, para acomodar espécies de apotécios mais largos, hipotécio vermelho- amarronzado, conídios baciliformes e presença de xantonas. No Brasil, ainda há
poucos dados filogenéticos moleculares para Lecanora e Tephromela, já para Vainionora, não há dados nem no contexto mundial. Assim, este trabalho tem como objetivo compreender o posicionamento filogenético das espécies dentro dos gêneros Lecanora, Vainionora e Tephromela, com base em características morfológicas, químicas e moleculares. Foram analisados espécimes coletados em 10 estados brasileiros e espécimes depositados nos Herbários ISE e TUR. Foram obtidas 212 sequências da região ITS e 25 região mitochondrial SSU. Para Lecanora ̧ foram identificadas 33 espécies, sendo 10 novas para a ciência: Lecanora flavocaesia L.A. Santos et al., em prep., L. fluorosaxicola L.A. Santos et al., em prep., L. irregularis L.A. Santos et al., em prep., L. neohelva L.A. Santos et al., em prep., L. nigrilobulata L.A. Santos et al., em prep., L. notactria L.A. Santos et al., em prep., L. pallidachroa L.A. Santos et al., em prep., L. parahelva L.A. Santos et al., em prep., L. saepiphila L.A. Santos et al., em prep., L. xanthoverrucosa L.A. Santos et al., e duas subespécies foram elevadas a espécie: Lecanora glaucomodes Nyl. e L. neomerrillii L.A. Santos et al., em prep. Lecanora orosthea (Ach.) Ach. é registrada pela primeira vez para o Brasil e L. oreinoides (Körb.) Hertel & Rambold, para Pernambuco. Para Vainionora foram identificadas oito espécies, sendo três espécies novas: Vainionora sp. nov A, Vainionora sp. nov B, Vainionora sp. nov C, Vainionora sp. nov D e duas novas combinações: Vainionora hypocrocea and V. atroviridis. Para Tephromela, foram descritas três espécies novas: Tephromela vinacea L.A. Santos et al., T. obesimarginata L.A. Santos et al., e T. xanthonica Guzmán-Guillermo, está última descrita com base na espécie tipo coletada no México e em Minas Gerais em 2021. A investigação de materiais tipos do Herbário TUR evidenciou duas novas combinações: Tephromela carassensis e T. epichrorina. A quantidade de dados gerados neste
trabalho foi muito relevante para o estudo das relações filogenéticas dentro de cada gênero, com ênfase em espécies neotropicais, ainda pouco estudados.
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CATARINA LETICIA FERREIRA DE LIMA
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COMUNIDADES DE FUNGOS MUCORÁCEOS EM DIFERENTES BREJOS DE ALTITUDE DE PERNAMBUCO
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Orientador : ANDRE LUIZ CABRAL MONTEIRO DE AZEVEDO SANTIAGO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDRE LUIZ CABRAL MONTEIRO DE AZEVEDO SANTIAGO
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CARLOS ALBERTO FRAGOSO DE SOUZA
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CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA
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DIOGO PAES DA COSTA
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TATIANA BAPTISTA GIBERTONI
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Data: 28/04/2023
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Os fungos mucoráceos são aqueles, em sua maioria, sapróbios, isolados de solo, excrementos de herbívoros, frutas e grãos estocados. São agrupados em Mucoromycota, ordem Mucorales. Os principais relatos sobre esse grupo de fungos no Brasil são de solos de Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, sendo poucos os registros em solo de brejos de altitude. Com base na importância ecológica dos fungos mucoráceos, esse estudo teve como objetivo conhecer como as comunidades desses fungos são estruturadas em brejos de altitude localizados em diferentes municípios de Pernambuco. Foram realizadas seis expedições para coleta de solo nos brejos de Mimoso, Serra do Comunaty, Serra do Ororubá e Serra de Poção. Foram identificadas 706 espécimes de fungos pertencentes a 48 espécies e quatro variedades de Mucorales, distribuídos em 10 gêneros: Absidia, Backusella, Cunninghamella, Gongronella, Isomucor, Lichtheimia, Mucor, Rhizopus, Syncephalastrum e Thamnostylum, incluindo duas novas espécies, descritas e publicadas. Dentre os isolados, Absidia cornuta, A. pernambucoensis e Cunninghamella bertholletiae foram as espécies mais frequentes e abundantes nossolos estudados. Não houve diferença significativa na diversidade e riqueza desses fungos.
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Os fungos mucoráceos são aqueles, em sua maioria, sapróbios, isolados de solo, excrementos de herbívoros, frutas e grãos estocados. São agrupados em Mucoromycota, ordem Mucorales. Os principais relatos sobre esse grupo de fungos no Brasil são de solos de Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, sendo poucos os registros em solo de brejos de altitude. Com base na importância ecológica dos fungos mucoráceos, esse estudo teve como objetivo conhecer como as comunidades desses fungos são estruturadas em brejos de altitude localizados em diferentes municípios de Pernambuco. Foram realizadas seis expedições para coleta de solo nos brejos de Mimoso, Serra do Comunaty, Serra do Ororubá e Serra de Poção. Foram identificadas 706 espécimes de fungos pertencentes a 48 espécies e quatro variedades de Mucorales, distribuídos em 10 gêneros: Absidia, Backusella, Cunninghamella, Gongronella, Isomucor, Lichtheimia, Mucor, Rhizopus, Syncephalastrum e Thamnostylum, incluindo duas novas espécies, descritas e publicadas. Dentre os isolados, Absidia cornuta, A. pernambucoensis e Cunninghamella bertholletiae foram as espécies mais frequentes e abundantes nossolos estudados. Não houve diferença significativa na diversidade e riqueza desses fungos.
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LAUREANA DE VASCONCELOS SOBRAL
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FUNGOS ANEMÓFILOS DE AMBIENTE HOSPITALAR: PERFIL DE SUSCETIBILIDADE ANTIFÚNGICA E ALERGENICIDADE
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Orientador : CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA
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MEMBROS DA BANCA :
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BRUNA RODRIGUES DE SOUSA
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CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA
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FRANZ DE ASSIS GRACIANO DOS SANTOS
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NEIVA TINTI DE OLIVEIRA
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RENAN DO NASCIMENTO BARBOSA
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Data: 28/06/2023
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Fungos anemófilos são uma preocupação em todo mundo e uma das principais causas de infecções relacionadas à assistência à saúde em ambientes hospitalares do Brasil. Exposição e sensibilização fúngica em ambientes fechados podem exacerbar doenças alérgicas. O estudo teve por objetivo determinar a diversidade de fungos filamentosos anemófilos no centro cirúrgico (CC) e unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital terciário de Caruaru, Pernambuco, Brasil e avaliar o perfil de suscetibilidade antifúngica e alergenicidade de isolados com base no perfil de virulência e capacidade de causar infecção. As amostras foram coletadas em quatro áreas do hospital: CC, corredor do centro cirúrgico (CCC), UTI e área externa da UTI, por técnica de sedimentação passiva. As colônias fúngicas foram purificadas e identificadas por morfologia e molecular. Espécies termofílicas foram selecionadas para o perfil de suscetibilidade in vitro avaliado por microdiluição em caldo frente a anfotericina B (AMB), isavuconazol (ISA), itraconazol (ITR) e voriconazol, e para detecção in vitro de alérgenos utilizando o tampão CHAPS como reagente de extração e o kit IgE Elisa MyBioSource®. Aspergillus, Penicillium e Cladosporium foram os gêneros mais prevalentes entre os ambientes estudados. O CC apresentou maior riqueza e similaridade com o CCC. Espécies patogênicas de Aspergillus, Purpureocillium e Rhizomucor foram isoladas, a maior parte concentrada no CC (64,7%; n=11/17). O ITR foi mais atuante contra as espécies de Aspergillus. AMB foi o único capaz de combater A. costaricensis URM 8569 e 8570 e A. neoafricanus URM 8574 não foi responsivo a nenhum antifúngico avaliado. O ISA foi mais eficaz frente a P. lilacinum URM 8582 e R. pusillus URM 8583 respondeu melhor a AMB. Oito isolados não responderam bem a um ou mais antifúngicos entre polieno e azólicos, concomitantemente. O tampão CHAPS utilizado para proteólise celular se mostrou eficiente. A. costaricensis URM 8569, A. terreus URM 8578 e P. lilacinum URM 8582 apresentaram potencial elevado para alergenicidade. Documentou-se a primeira ocorrência de P. costaricense URM 8341 para a América do Sul, seu primeiro relato como anemófilo e o segundo registro mundial. Este estudo contribuiu para o conhecimento da distribuição geográfica dos fungos anemófilos em ambiente hospitalar, bem como para a conscientização da higiene ambiental em saúde e alertou para o surgimento de espécies com perfis patogênicos ou alergênicos presentes nesses ambientes.
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Fungos anemófilos são uma preocupação em todo mundo e uma das principais causas de infecções relacionadas à assistência à saúde em ambientes hospitalares do Brasil. Exposição e sensibilização fúngica em ambientes fechados podem exacerbar doenças alérgicas. O estudo teve por objetivo determinar a diversidade de fungos filamentosos anemófilos no centro cirúrgico (CC) e unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital terciário de Caruaru, Pernambuco, Brasil e avaliar o perfil de suscetibilidade antifúngica e alergenicidade de isolados com base no perfil de virulência e capacidade de causar infecção. As amostras foram coletadas em quatro áreas do hospital: CC, corredor do centro cirúrgico (CCC), UTI e área externa da UTI, por técnica de sedimentação passiva. As colônias fúngicas foram purificadas e identificadas por morfologia e molecular. Espécies termofílicas foram selecionadas para o perfil de suscetibilidade in vitro avaliado por microdiluição em caldo frente a anfotericina B (AMB), isavuconazol (ISA), itraconazol (ITR) e voriconazol, e para detecção in vitro de alérgenos utilizando o tampão CHAPS como reagente de extração e o kit IgE Elisa MyBioSource®. Aspergillus, Penicillium e Cladosporium foram os gêneros mais prevalentes entre os ambientes estudados. O CC apresentou maior riqueza e similaridade com o CCC. Espécies patogênicas de Aspergillus, Purpureocillium e Rhizomucor foram isoladas, a maior parte concentrada no CC (64,7%; n=11/17). O ITR foi mais atuante contra as espécies de Aspergillus. AMB foi o único capaz de combater A. costaricensis URM 8569 e 8570 e A. neoafricanus URM 8574 não foi responsivo a nenhum antifúngico avaliado. O ISA foi mais eficaz frente a P. lilacinum URM 8582 e R. pusillus URM 8583 respondeu melhor a AMB. Oito isolados não responderam bem a um ou mais antifúngicos entre polieno e azólicos, concomitantemente. O tampão CHAPS utilizado para proteólise celular se mostrou eficiente. A. costaricensis URM 8569, A. terreus URM 8578 e P. lilacinum URM 8582 apresentaram potencial elevado para alergenicidade. Documentou-se a primeira ocorrência de P. costaricense URM 8341 para a América do Sul, seu primeiro relato como anemófilo e o segundo registro mundial. Este estudo contribuiu para o conhecimento da distribuição geográfica dos fungos anemófilos em ambiente hospitalar, bem como para a conscientização da higiene ambiental em saúde e alertou para o surgimento de espécies com perfis patogênicos ou alergênicos presentes nesses ambientes.
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FERNANDO CEZAR SEBASTIÃO SILVA FABRINI
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TAXONOMIA E SISTEMÁTICA DE Gymnopilus P. Karst. (AGARICALES) NO BRASIL
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Orientador : FELIPE WARTCHOW
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXANDRE GONÇALVES DOS SANTOS SILVA FILHO
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FELIPE WARTCHOW
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GISLAINE CRISTINA DE SOUZA MELANDA
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JOSÉ LUIZ BEZERRA
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LAISE DE HOLANDA CAVALCANTI ANDRADE
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Data: 26/07/2023
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AMANDA CUPERTINO DE QUEIROZ BRITO
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BOTRYOSPHAERIACEAE E OS FUNGOS ENDOFÍTICOS DA MANDIOCA: TAXONOMIA, ECOLOGIA E TERMOTERAPIA PARA O CONTROLE DA PODRIDÃO SECA DE MANIVAS
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Orientador : ALEXANDRE REIS MACHADO
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MEMBROS DA BANCA :
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EMANNUELLE RODRIGUES ARAÚJO
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ALEXANDRE REIS MACHADO
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JADSON DIOGO PEREIRA BEZERRA
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NEIVA TINTI DE OLIVEIRA
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RAFAEL JOSE VILELA DE OLIVEIRA
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Data: 31/07/2023
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A cultura da mandioca é uma das mais importantes do mundo, principalmente nas faixas tropical e subtropical de países em desenvolvimento. Por ser uma das principais fontes de amido e ser uma cultura dependente de mão-de-obra humana, a mandiocultura atua na geração de emprego e renda e no combate à fome e a pobreza nas localidades mais carentes do Brasil e no mundo. O Brasil está entre os principais produtores mundiais desse insumo, com a região nordeste ocupando a vice-liderança na produção nacional de mandioca. Apesar da importância da cultura pouco se sabe à respeito de suas comunidades endofíticas, e nem se há ocorrência de possíveis patógenos latentes integrando essas comunidades. O presente estudo teve como objetivos verificar a composição das comunidades de fungos endofíticos e a presença de patógenos latentes da família Botryosphaeriaceae em manivas de mandioca oriundas das regiões da Zona da Mata, Agreste e Sertão do estado de Pernambuco, identificar espécies de Botryosphaeriaceae relacionadas à podridão seca de maniva e à podridão negra da raiz de mandioca, avaliar a patogenicidade dos isolados Botryosphaeriaceae endofíticos em mudas e raízes de mandioca e avaliar a termoterapia como medida de controle desses fungos em manivas (material propagativo da cultura). Manivas sadias foram coletas em 12 plantações de mandioca e enviadas ao laboratório para o isolamento dos fungos endofíticos. Os isolados foram identificados na categoria de gênero por meio da morfologia e/ou sequências de DNA. Análises filogenéticas foram realizadas para a identificação de novas espécies de Nigrospora, e para a elucidação da identidade dos isolados de Botryosphaeriaceae utilizando o MEGA v.7 e o MAFFT v.7. Com o auxílio do sistema R v.3.5.3 foram estimados a quantidade, a abundância e a frequência de ocorrência dos gêneros fúngicos nas regiões amostradas. Uma análise de Permanova foi realizada para verificar se houve diferença na composição das comunidades endofíticas entre as regiões coletadas. Para testar a patogenicidade dos isolados Botryosphaeriaceae endofíticos os mesmos foram inoculados em mudas e raízes de mandioca da variedade Santo Estevão. Para a avaliação da termoterapia manivas da variedade Santo Estevão foram submetidas a tratamento com calor úmido, em banho-maria, sob diferentes temperaturas e tempo. Como principais resultados, foram obtidos 41 gêneros fúngicos, duas famílias e uma subclasse. Nigrospora e Diaporthe foram os gêneros mais abundantes. As espécies Lasiodiplodia theobromae, L. euphorbiaceicola e Neoscytalidium dimidiatum (Botryosphaeriaceae) associados à podridão seca de maniva e podridão negra de raiz em mandioca foram identificados em amostras da Zona da Mata e tiveram sua patogenicidade comprovada em raízes e mudas de mandioca. A composição das comunidades endofíticas diferiram significativamente entre as amostras da Zona da Mata e o Sertão pernambucano. Três novas espécies de Nigrospora foram identificadas e descritas (N. endophytica, N. manihoticola e N. pernambucoensis). A termoterapia não foi eficaz como forma de tratamento de manivas visando o controle de Botryosphaeriaceae.
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JULIANA FERREIRA DE MELLO
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"FILOGENIA E IDENTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES DE Fusarium, Neocosmospora E Geotrichum ASSOCIADAS À CULTURA DA BATATA-DOCE"
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Orientador : ALEXANDRE REIS MACHADO
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXANDRE REIS MACHADO
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JADSON DIOGO PEREIRA BEZERRA
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NEIVA TINTI DE OLIVEIRA
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ANA CARLA DA SILVA SANTOS
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ANTONIO FÉLIX DA COSTA
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Data: 14/08/2023
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Ipomoea batatas (L.) Lam) é uma espécie de cultivo altamente disseminado no Brasil e no mundo apresentando grande importância socioeconômica. Todavia, apesar das diversificações das tecnologias aplicadas em sua produção, existem fatores que atuam limitando o seu cultivo. Dentre estes fatores, as doenças causadas por fungos são bastante relevantes quando levamos em consideração que os fungos representam o maior grupo de organismos causadores de doenças nas plantas. As podridões radiculares e das ramas causadas por fungos estão entre as doenças mais comuns e possuem grande importância, devido às perdas que podem ocasionar antes e após a colheita. O presente trabalho teve como objetivo a identificação de espécies pertencentes a gêneros fusarióides provenientes de ramas e de raízes com sintomas de podridão e ramas sadias de batata-doce em Pernambuco e relatar a espécie Geotrichum candidum causando podridão azeda em batata-doce no Brasil. A identificação dos gêneros fusarióides baseou-se na análise filogenética das regiões gênicas tef1-α, rpb2, rpb1 e cmdA de acordo com a singularidade de cada complexo e no estudo da morfologia das estruturas reprodutivas, o que resultou em um total de 51 isolados. A identificação das espécies de Geotrichum foi baseada nas análises filogenéticas da região amplificada do rDNA-ITS e do domínio D1/D2 da subunidade grande do gene rRNA e no estudo das estruturas morfológicas, resultando em um total de 7 isolados obtidos. A análise filogenética dos gêneros fusarióides resultou na formação de três árvores com dez espécies do gênero Fusarium distribuídas nos complexos de espécies Fusarium incarnatum-equiseti (FIESC), complexo de espécies Fusarium fujikuroi (FFSC) e complexo de espécies Fusarium oxysporum (FOSC) com uma novidade taxonômica e uma árvore filogenética apresentando duas espécies pertencentes ao gênero fusarióide Neocosmospora. A análise filogenética para o gênero Geotrichum resultou na formação de uma árvore filogenética com os 7 isolados presentes no mesmo clado pertencente a espécie Geotrichum candidum. Para o teste de patogenicidade em raízes para os gêneros fusarióides, um isolado representativo de cada espécie isolado como endofítico e patogênico foi utilizado. Após 20 dias, o experimento foi avaliado e lesões necróticas foram observadas em raízes nas cinco repetições testadas, o teste evidenciou que 13 dos 14 isolados testados isolados de raízes e ramas foram capazes de reproduzir os sintomas observados em campo e foram associados à podridão radicular de batata-doce. No teste de patogenicidade em ramas após 30 dias foi possível observar o surgimento de lesões necróticas na região do colo das mudas em todos os tratamentos, no local onde os grãos de arroz colonizados com fungos foram depositados desse
modo, os 14 isolados fúngicos foram associados a podridão das ramas de batata-doce. No teste de patogenicidade em raízes para Geotrichum, foram realizados cortes transversais nas raízes após 7 dias de inoculação, o tecido doente ao redor da ferida estava escurecido e macio com lesões levemente afundadas em todas as repetições. Este trabalho corresponde ao primeiro relato das espécies Fusarium pernambucanum, Fusarium caatingaense, Fusarium annulatum, Fusarium pseudocircinatum, Fusarium agrestense., Fusarium elaeidis, Neocosmospora
falciformis e Neocosmospora suttoniana associadas a podridão das raízes e ramas da batata- doce no Brasil e no mundo. Além disso, este trabalho relata pela primeira vez G. candidum
causando a podridão azeda da batata-doce no Brasil.
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Ipomoea batatas (L.) Lam) é uma cultura de cultivo altamente disseminado no Brasil e no mundo e que possui grande importância socioeconômica. Todavia, apesar das diversificações das tecnologias aplicadas em sua produção, existem fatores que atuam limitando o seu cultivo. Dentre estes fatores, as doenças causadas por fungos são bastante relevantes quando levamos em consideração que os fungos representam o maior grupo de organismos causadores de doenças nas plantas. As podridões radiculares e das ramas causadas por fungos estão entre as doenças mais comuns e possuem grande importância, devido às perdas que podem ocasionar antes e após a colheita. Dentre os patógenos associados como causadores de doenças radiculares da batata-doce, os fungos pertencentes ao gênero Fusarium têm grande destaque devido à diversidade de espécies que o gênero possui e o potencial patogênico em seus diversos hospedeiros. O presente trabalho teve como objetivo a identificação de espécies do gênero Fusarium associadas às podridões das ramas e de raízes de batata-doce em Pernambuco. A identificação dos
fungos baseou-se na análise filogenética das regiões gênicas tef1-α, rpb2, rpb1 e cmdA de acordo com cada complexo e no estudo da morfologia das estruturas reprodutivas, o que resultou em um total de 47 isolados pertencentes ao gênero. As analises filogenéticas dessas regiões resultaram em quatro árvores com 7 espécies do gênero Fusarium distribuídas nos complexos de espécies Fusarium incarnatum-equiseti (FIESC), Complexo de espécies Gibberella fujikuroi (GFC), Complexo de espécies Fusarium oxysporum (FOSC) e Complexo de espécies Fusarium solani (FSSC).
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SARAH SIGNE DO NASCIMENTO
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OTIMIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO BIOQUÍMICA DE L-GLUTAMINASE PRODUZIDA POR FUNGOS
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Orientador : NEIVA TINTI DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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NEIVA TINTI DE OLIVEIRA
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ATHALINE GONÇALVES DINIZ
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JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
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RENAN DO NASCIMENTO BARBOSA
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ADRIANA FERREIRA DE SOUZA
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Data: 24/08/2023
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A L-glutaminase apresenta potencial antitumoral, em canceres hematológicos e não hematológicos, pois a privação de glutamina causa degeneração as células dependentes desse aminoácido. A enzima é produzida por diversos organismos micro e macroscópicos, porém, são os microrganismos que apresentam potencial para a produção industrial alimentícia e farmacêutico. Nesse contexto, o presente estudo objetivou a otimização da produção de L-glutaminase de origem fúgngica. No capítulo primeiro dessa tese, inicialmente revisamos fontes microbianas produtoras da L-glutaminase, destacando a produção, métodos de purificação usualmente utilizados e a ação enzimática para fins farmacêuticos. Essa revisão narrativa abrange os estudos dos últimos 157 anos, que descrevem desde os primeiros experimentos e descoberta da enzima publicados em inglês nas plataformas Google Acadêmico, periódicos CAPES, Scielo e PubMED. No segundo capítulo, foi realizada uma revisão de literatura sistemática sobre L-glutaminase fúngica com potencial para aplicação farmacêutica. A busca foi realizada em cinco bases de dados: MEDLINE/PubMed, Science Direct, LILACS e SCOPUS e Web of Science, com as palavras-chave AND l-glutaminase AND production of enzymes AND fungi. Dos 213 artigos, 11 atenderam aos critérios de inclusão/exclusão. Cinco gêneros foram relatados como produtores de L-glutaminase: Aspergillus, Fusarium, Hypocrea, Thichoderma e Rhodotorula, dos quais cinco apresentaram tratamento estatístico visando o aumento da produção da enzima. A fonte de nitrogênio que potencializa a produção da L-glutaminase é a glutamina. Seis relataram processos de purificação e a precipitação com Sulfato de Amônia é a técnica comum entre eles, a enzima purificada possui peso estimado entre 45 a 83.2 kDa e quatro descrevem aplicações com efeito antitumoral, antioxidante e antibacteriano. No terceiro capítulo, 19 cepas compreendidas entre os gêneros: Aspergillus, Penicillium, Curvularia, Monascus, Paecelomyces, Trichorderma, Exophiala, Rhodosporium e Syncephalastrum, foram testadas em Fermentação Submersa (Czapek’s Dox modificado), o melhor produtor enzimático foi o Monascus sp., em seguida a cepa foi submetida a diferentes tipos de fermentações. O melhor rendimento do Monascus sp. foi em Fermentação Submersa suplementada com glutamina (1% v/v), glicose (1% v/v) e extrato de carne (1% v/v), no pH 7,0 a 30°C por 72h com extração extracelular. A purificação parcial do extrato bruto por cromatografia de troca iônica (DEAE SP), resultou em 19 frações que foram avaliadas quanto a capacidade de hidrolisar glutamina e asparagina. O IC50 da atividade antioxidante foi de 11,83 mg/mL e 2,87 mg/mL para DPPH e ABTS, respectivamente. Por fim, no quarto capítulo, foi realizada a identificação por taxonomia morfológica e sequenciamento parcial dos genes para β-tubulina e Calmodulina, o isolado foi identificado como Monascus ruber URM 8542. A cepa apresentou rendimento de produção enzimático extracelular 11,4 vezes maior quando comparado a extração intracelular. Na otimização da produção por planejamento fatorial 23, os principais efeitos e suas interações revelaram-se significativamente melhores nas concentrações da L-glutamina maiores que 1% (R2=0,9077). Na caracterização enzimática o pH ótimo foi o 7,0, com estabilidade no perfil alcalino na temperatura de 30°C e estável até 60°C por 1h. Portanto, com base nesses experimentos preliminares a L-glutaminase de M. ruber URM 8542 apresenta-se com um perfil que possui inclinação para aplicação farmacológica, porém, novos estudos precisam ser realizados.
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CAROLINA RIBEIRO SILVA
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ASCOMICETOS LIGNÍCOLAS AQUÁTICOS NA DEIXA DE MARÉ EM PRAIAS FLUVIAIS NA ILHA DO MOSQUEIRO, BELÉM, PA, BRASIL
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Orientador : LUÍS FERNANDO PASCHOLATI GUSMÃO
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MEMBROS DA BANCA :
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JOSIANE SANTANA MONTEIRO
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LUÍS FERNANDO PASCHOLATI GUSMÃO
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NADJA SANTOS VITÓRIA
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PATRÍCIA OLIVEIRA FIUZA
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TAIMY CANTILLO PÉREZ
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Data: 28/08/2023
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Os estuários são considerados ambientes promissores para a presença de fungos marinhos e de água doce devido a sua condição ambiental dinâmica. Os estudos de ascomicetos aquáticos no Brasil são mais direcionados aos ambientes de água doce, sendo limitados em áreas estuarinas. De tal modo este estudo teve o objetivo de ampliar o conhecimento taxonômico sobre os ascomicetos aquáticos em substratos lignícolas encontrados na deixa de maré (zona intermaré) na região de estuário na ilha do Mosqueiro, Estado do Pará, com a descrição de novas espécies e novos registros. Para realização das coletas no período entre março de 2018 a agosto de 2021 foram escolhidas seis praias fluviais da Ilha: Farol, Murubira, São Francisco, Marahú, Paraíso e Baia do Sol. Os galhos em estágio de decomposição avançados foram coletados na zona intermaré, processadas de acordo com Castañeda-Ruiz et al. (2016) e examinadas regularmente por 6-12 meses. Durante o estudo foram encontrados 19 táxons, destes um representa uma nova espécie de Jahnula e outra de Aquastroma, novos relatos de Boerlagiomyces websteri, Corollospora pseudopulchella, Falciformispora lignatilis e Savoryella lignicola para a América do Sul e Annulusmagnus triseptatus para o Brasil também foram publicadas. Os dados apresentados por este estudo contribuíram para ampliar o conhecimento sobre ascomicetos aquáticos de regiões amazônicas estuarinas.
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MAIARA ARAUJO LIMA DOS SANTOS
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ASCOMYCOTA SEXUAIS NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA RASO DA CATARINA, BIOMA CAATINGA, BRASIL
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Orientador : JOSÉ LUIZ BEZERRA
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MEMBROS DA BANCA :
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EDNA DORA MARTINS NEWMAN LUZ
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JADERGUDSON PEREIRA
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JOSÉ LUIZ BEZERRA
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MARCELA EUGENIA DA SILVA CACERES
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OLINTO LIPARINI PEREIRA
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Data: 28/08/2023
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O bioma Caatinga, por apresentar uma grande diversidade de ambientes, caracterizados segundo os diferentes tipos vegetacionais e de solos e a disponibilidade de água, foi dividido em oito ecorregiões. A ESEC Raso da Catarina está inserida na ecorregião Raso da Catarina, que compreende porções dos estados da Bahia e Pernambuco, ocupando uma área de 30.800 km2. A ESEC Raso da Catarina possui clima semiárido quente, sendo caracterizado por longos períodos de seca e períodos chuvosos mais curtos. Apesar das condições climáticas, a Unidade de Conservação encontra-se inserida em uma região de grande importância biológica, apresentando uma considerável riqueza de espécies e endemismos, com registros de espécies da fauna e flora raros e ameaçados de extinção. O conhecimento sobre ascomicetos sexuais nessa região ainda é limitado, e objetivando ampliar os números de táxons conhecidos para ESEC Raso da Catarina realizou-se um estudo taxonômico. Foram procedidas coletas em duas áreas da Unidade de Conservação: Mata da Pororoca e uma área próxima à sede, nos meses de 12/2018, 07/2019 e 12/2020, que correspondem aos períodos chuvoso e seco. Para o levantamento da micota foram coletados folhas e galhos ainda presos às plantas, como também serapilheira de substratos variados. Neste estudo foram identificados 31 táxons distribuídos em 11 ordens e 19 famílias. Os táxons estudados compreendem uma espécie nova para a ciência, cinco novos registros para a América do Sul, duas novas ocorrências para o Brasil e duas para o estado da Bahia. São incrementados 24 táxons para ESEC Raso da Catarina, ampliando o conhecimento sobre os ascomicetos sexuais na Unidade de Conservação.
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O bioma Caatinga, por apresentar uma grande diversidade de ambientes, caracterizados segundo os diferentes tipos vegetacionais e de solos e a disponibilidade de água, foi dividido em oito ecorregiões. A ESEC Raso da Catarina está inserida na ecorregião Raso da Catarina, que compreende porções dos estados da Bahia e Pernambuco, ocupando uma área de 30.800 km2. A ESEC Raso da Catarina possui clima semiárido quente, sendo caracterizado por longos períodos de seca e períodos chuvosos mais curtos. Apesar das condições climáticas, a Unidade de Conservação encontra-se inserida em uma região de grande importância biológica, apresentando uma considerável riqueza de espécies e endemismos, com registros de espécies da fauna e flora raros e ameaçados de extinção. O conhecimento sobre ascomicetos sexuais nessa região ainda é limitado, e objetivando ampliar os números de táxons conhecidos para ESEC Raso da Catarina realizou-se um estudo taxonômico. Foram procedidas coletas em duas áreas da Unidade de Conservação: Mata da Pororoca e uma área próxima à sede, nos meses de 12/2018, 07/2019 e 12/2020, que correspondem aos períodos chuvoso e seco. Para o levantamento da micota foram coletados folhas e galhos ainda presos às plantas, como também serapilheira de substratos variados. Neste estudo foram identificados 31 táxons distribuídos em 11 ordens e 19 famílias. Os táxons estudados compreendem uma espécie nova para a ciência, cinco novos registros para a América do Sul, duas novas ocorrências para o Brasil e duas para o estado da Bahia. São incrementados 24 táxons para ESEC Raso da Catarina, ampliando o conhecimento sobre os ascomicetos sexuais na Unidade de Conservação.
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LETICIA FRANCISCA DA SILVA
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PRODUÇÃO, CARACTERIZAÇÃO E PURIFICAÇÃO PARCIAL DE L- ASPARAGINASE POR FUNGO ENDOFÍTICO UTILIZANDO FARINHA DE Opuntia ficus-indica E Nopalea cochenillifera COMO SUBSTRATO
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Orientador : CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA
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MEMBROS DA BANCA :
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CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA
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JOSÉ ERICK GALINDO GOMES
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NEIVA TINTI DE OLIVEIRA
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POLYANNA NUNES HERCULANO
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TALITA CAMILA EVARISTO DA SILVA NASCIMENTO
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Data: 30/08/2023
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L-Asparaginase é uma enzima que catalisa a hidrólise da L-asparagina em amônia e ácido L- aspártico. Possui importância para a indústria farmacêutica pela aplicação no tratamento do
câncer e para a indústria alimentícia para reduzir a formação de acrilamida em alimentos. Os fungos endofíticos, microrganismos que colonizam o interior de tecidos vegetais sem causar danos visíveis ao hospedeiro, apresentam o potencial de produzir L-asparaginase. O objetivo desse estudo foi selecionar fungos endofíticos quanto à produção de L-asparaginase, selecionar a farinha de cactácea mais promissora como substrato para otimizar a produção da enzima e extrair, caracterizar e purificar parcialmente a L-asparaginase. Para isso, 17 fungos endofíticos foram avaliados quanto à capacidade de produzir L-asparaginase por fermentação submersa em meio Czapek Dox’s modificado (CDM). O isolado mais promissor foi testado quanto ao potencial enzimático intracelular e extracelular utilizando os substratos farinhas de Opuntia ficus-indica e de Nopalea cochenillifera, como substitutos a L-prolina em meio CDM. A farinha selecionada foi utilizada nas etapas de análise dos perfis de crescimento e produção da enzima, e para otimizar a produção enzimática. Foram avaliados métodos para ruptura celular e extração da L-asparaginase. O extrato enzimático bruto intracelular obtido foi caracterizado quanto ao efeito do pH e temperatura para a atividade e estabilidade da enzima. A L-asparaginase foi parcialmente purificada utilizando as técnicas de precipitação (sulfato de amônia – 40%), ultrafiltração (100 kDa) e cromatografia de troca aniônica. Colletotrichum annellatum URM 8538 (0,74 U/g), Diaporthe ueckerae URM 8321 (0,87 U/g) e Penicillium decaturense URM 7966 (0,76 U/g) apresentaram potencial enzimático. Diaporthe ueckerae URM 8321 produziu apenas L-asparaginase intracelular utilizando as farinhas de O. ficus-indica (0,90 U/g) e de N. cochenillifera (0,72 U/g). O período de 120h foi ideal para produção tanto da biomassa (1,00 g/mL) quanto da enzima (1,0 U/g). Após a otimização parcial da produção enzimática foi observado um aumento de 46,11% (1,67 U/g) sob as condições concentração do inóculo de 1%, pH inicial 4,0 e concentração da farinha de O. ficus-indica de 0,2%. A concentração do inóculo e o pH foram significativos para a produção de L-asparaginase (p<0,05), porém a concentração do substrato não (p=0,3). O método de congelamento e trituração associado à utilização do coquetel inibidor+PMSF+EDTA foram eficazes para extrair a L-asparaginase da biomassa de D. ueckerae URM 8321. Após a caracterização do extrato enzimático intracelular foi verificada maior atividade relativa em pH 8,0 e em 60 °C e estabilidade >70% frente aos pH avaliados (3,0 – 10,0) e estabilidade >100% entre 20 °C e 50 °C durante 120 minutos. Após a purificação parcial foram obtidos um fator de purificação de 7,4 e rendimento de 48,64%. Fungos
endofíticos são fontes promissoras de L-asparaginase, inclusive com a utilização de substratos de baixo custo como a farinha de O. ficus-indica. A enzima produzida por D. ueckerae URM 8321 apresenta atividade e estabilidade em ampla faixa de pH e temperatura, tornando-a uma candidata promissora para futuros estudos visando aprimorar seu potencial de aplicação na indústria.
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Resumo
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MARIA TAMARA DE CALDAS FELIPE
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Aspergillus seção Flavi DA MICOTECA URM/UFPE: requalificação taxonômica e seleção quanto a produção de ácido kójico
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Orientador : CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA
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MEMBROS DA BANCA :
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ADRIANA FERREIRA DE SOUZA
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ANA CARLA DA SILVA SANTOS
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CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA
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GLADSTONE ALVES DA SILVA
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JOSÉ ERICK GALINDO GOMES
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Data: 31/08/2023
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As espécies de Aspergillus seção Flavi possuem distribuição global e são reconhecidas por sua capacidade de produzir metabólitos de grande importância econômica, como as micotoxinas, incluindo as aflatoxinas e ácidos, como o ácido kójico. Este último, tem conquistado o mercado devido principalmente à sua capacidade de clarear manchas na pele. Devido à importância deste grupo é imprescindível a sua correta identificação e preservação em coleções de culturas. O presente estudo teve como objetivo requalificar taxonomicamente as culturas de Aspergillus seção Flavi, isoladas de diferentes substratos e hospedeiros e que estão preservadas na MICOTECA URM (WFCC n° 604), por meio da abordagem polifásica, incluindo macro e micro morfologia, biologia molecular, dados fisiológicos e análise da capacidade de produção de ácido kójico. Inicialmente, 199 culturas pertencentes a Aspergillus seção Flavi, preservadas sob óleo mineral e liofilizadas, foram revisadas combinando sequências gênicas de BenA e CaM, e dados morfológicos e fisiológicos. Entre as culturas estudadas, foram identificadas onze espécies conhecidas, com 65,13% delas mantendo sua identificação inicial. Além disso, algumas linhagens desviaram dos padrões morfológicos conhecidos e juntamente com base em dados do sequenciamento são descritas como novas. Um total de 101 culturas foram avaliadas quanto a capacidade de produzir ácido kójico utilizando o meio batata dextrose ágar, incubadas por 5 dias e reveladas com 2 ml da solução de cloreto férrico a 3%. No total, 46 culturas apresentaram potencial de produção de ácido kójico demonstrado pela mudança de cor do meio de cultura para tons avermelhados. Um representante de cada espécie foi selecionado para avaliar a produção de ácido kójico, por meio da fermentação submersa, utilizando melaço de cana e milhocina, como as principais fontes de carbono e nitrogênio. Aspergillus caelatus URM 4242 apresentou a maior produção de ácido kójico (10,65 g/L). Nossos resultados destacam a importância das coleções de culturas e dos estudos de requalificação taxonômica com base em técnicas modernas, como também da avaliação do potencial biotecnológico de culturas depositadas nesses biobancos. Além disso, nosso estudo contribui com o conhecimento sobre a diversidade fúngica e com a descoberta de novas culturas com potencial para produção de metabolitos de interesse econômico.
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