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Dissertações |
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DEYSE VIANA DOS SANTOS
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MICOBIOTA ENDOFÍTICA FOLIAR EM ÁRVORES DE SOMBRA DE UM PLANTIO DE CACAU (CABRUCA) NO SUL DA BAHIA
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Orientador : JOSÉ LUIZ BEZERRA
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MEMBROS DA BANCA :
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GLADSTONE ALVES DA SILVA
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JOSÉ LUIZ BEZERRA
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REJANE MARIA FERREIRA DA SILVA
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Data: 26/05/2021
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Os fungos endofíticos são microrganismos encontrados no interior de tecidos vegetais de modo assintomático, estudados em uma grande variedade de plantas de interesse econômico. No sul da Bahia em sistema agroflorestal, o cacau (Theobroma cacao L.) é cultivado sob a sombra de espécies arbóreas nativas de Mata Atlântica após o raleamento do sub-bosque da floresta, no entanto, os agricultores veem substituindo as árvores sombreadoras nativas por espécies exóticas de valor econômico. Além disso trabalhos sobre a comunidade dos fungos endofíticos em agrofloretas no mundo são escassos. Este estudo teve por objetivo conhecer a comunidade de fungos endofíticos em folhas saudáveis de Cariniana legalis, Paubrasilia echinata e Guarea macrophylla presentes em sistema agroflorestal de cultivo de cacau (cabruca) na Bahia. As folhas foram lavadas em água corrente e detergente neutro e posteriormente fragmentadas em discos foliares (6 mm de diâmetro) e submetidas à desinfestação superficial com álcool 70% (1 min), hipoclorito de sódio 3% (NaOCl) (2 min e 30 s), novamente com álcool 70% (30 s) e a seguir lavadas com água destilada esterilizada. Os discos foram transferidos para placas de Petri contendo (Malte-Dextrose-Ágar) mais cloranfenicol (50 mg L-1). A análise morfológica foi realizada através de literatura especializada, posteriormente foi realizado o sequenciamento dos genes ITS (Internal Transcribed Spacer), TUB2 (β-tubulina) e GAPDH (Gliceraldeído-3- fosfato-desidrogenase) e as análises filogenéticas para confirmação das espécies. Foram obtidos 662 isolados fúngicos distribuídos em 21 gêneros e 43 espécies, principalmente encontrados no filo Ascomycota. Colletotrichum representou o grupo com maior número de isolados, enquanto Diaporthe apresentou o maior número de espécies, sendo C. siamense (15,86%) a espécie mais frequente. Alguns isolados obtiveram baixas similaridades quando comparadas com outras sequências recuperadas do GenBank. Além disso, este é o primeiro relato de N. lacticolonia na região Neotropical isolada de folhas saudáveis de Guarea macrophylla. Ressaltamos a importância de mais estudos sobre a comunidade de fungos endofíticos em sistemas agroflorestais no mundo.
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Os fungos endofíticos são microrganismos encontrados no interior de tecidos vegetais de modo assintomático, estudados em uma grande variedade de plantas de interesse econômico. No sul da Bahia em sistema agroflorestal, o cacau (Theobroma cacao L.) é cultivado sob a sombra de espécies arbóreas nativas de Mata Atlântica após o raleamento do sub-bosque da floresta, no entanto, os agricultores veem substituindo as árvores sombreadoras nativas por espécies exóticas de valor econômico. Além disso trabalhos sobre a comunidade dos fungos endofíticos em agrofloretas no mundo são escassos. Este estudo teve por objetivo conhecer a comunidade de fungos endofíticos em folhas saudáveis de Cariniana legalis, Paubrasilia echinata e Guarea macrophylla presentes em sistema agroflorestal de cultivo de cacau (cabruca) na Bahia. As folhas foram lavadas em água corrente e detergente neutro e posteriormente fragmentadas em discos foliares (6 mm de diâmetro) e submetidas à desinfestação superficial com álcool 70% (1 min), hipoclorito de sódio 3% (NaOCl) (2 min e 30 s), novamente com álcool 70% (30 s) e a seguir lavadas com água destilada esterilizada. Os discos foram transferidos para placas de Petri contendo (Malte-Dextrose-Ágar) mais cloranfenicol (50 mg L-1). A análise morfológica foi realizada através de literatura especializada, posteriormente foi realizado o sequenciamento dos genes ITS (Internal Transcribed Spacer), TUB2 (β-tubulina) e GAPDH (Gliceraldeído-3- fosfato-desidrogenase) e as análises filogenéticas para confirmação das espécies. Foram obtidos 662 isolados fúngicos distribuídos em 21 gêneros e 43 espécies, principalmente encontrados no filo Ascomycota. Colletotrichum representou o grupo com maior número de isolados, enquanto Diaporthe apresentou o maior número de espécies, sendo C. siamense (15,86%) a espécie mais frequente. Alguns isolados obtiveram baixas similaridades quando comparadas com outras sequências recuperadas do GenBank. Além disso, este é o primeiro relato de N. lacticolonia na região Neotropical isolada de folhas saudáveis de Guarea macrophylla. Ressaltamos a importância de mais estudos sobre a comunidade de fungos endofíticos em sistemas agroflorestais no mundo.
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NICOLE HELENA DE BRITO GONDIM
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XYLARIA (SORDARIOMYCETES, ASCOMYCOTA) NO BRASIL
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Orientador : LEONOR COSTA MAIA
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MEMBROS DA BANCA :
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JADERGUDSON PEREIRA
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LARISSA TRIERVEILER PEREIRA
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LEONOR COSTA MAIA
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Data: 14/06/2021
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Xylaria Hill ex Schrank (Xylariaceae, Xylariales) é um gênero cosmopolita de ascomicetos, caracterizado pela formação de peritécios de perídio espesso em estromas carbonáceos usualmente eretos. Devido à sua abundância nos trópicos e fácil preservação, ao longo dos anos muitos exemplares foram coletados no Brasil por naturalistas estrangeiros, porém em alguns casos sem informações adequadas sobre o local de coleta dos exemplares. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi investigar a diversidade de Xylaria no Brasil, elucidando sua taxonomia, aspectos ecológicos e posicionamento filogenético das espécies estudadas. Para ampliar o conhecimento sobre o gênero no país, foi elaborado um 'checklist' com dados preexistentes, contendo: 853 registros; 663 espécimes estão depositados em herbários brasileiros e 190 em acervos estrangeiros. Há 81 táxons válidos, 20 com nomes duvidosos e 10 com nomes inválidos. Foi realizada também a revisão de 264 exsicatas de Xylaria depositadas no Herbário URM. Dessas, 162 espécimes foram mantidos no gênero, 80 não foram passíveis de identificação (material degradado ou imaturo), 10 estavam indisponíveis no acervo, nove pertenciam a outros gêneros (Ampelomyces Ces. ex Schltdl., Phylacia Lév., Podosordaria Ellis & Holw. e Puccinia Pers.) e três não são fungos. Além disso, foram realizadas coletas em três fragmentos de Mata Atlântica em Pernambuco e adicionados espécimes oriundos de incursões realizadas por outrem nos estados de Alagoas e Minas Gerais, contabilizando 157 espécimes. Foram identificadas 26 espécies, das quais se destacam: Xylaria cubensis, com 24 (15%) registros, X. feejeensis com 10 (6,2%), além de X. longipes e X. multiplex ambas com 10 registros cada (6,2%). Este estudo também contribuiu com novos registros: X. escharoidea e X. ruginosa constituem-se como primeiro registro para o Brasil; X. digitata, X. euphorbiicola e X. nigripes, com os primeiros registros para o nordeste; X. allantoidea, X. nisopleura, X. arbuscula, X. comosa, X. curta, X. feejeensis, X. grammica, X. hypoxylon, X. longipes, X. myosurus, X. obovata, X. poitei, X. polymorpha, X. telfairii e X. scruposa tiveram os primeiros registros para Alagoas; X. grammica, X. hypoxylon, X. ianthino-velutina e X. scruposa para Minas Gerais. Chaves para os principais gêneros de Xylariaceae e das espécies de Xylaria registradas no Brasil são apresentadas.
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Xylaria Hill ex Schrank (Xylariaceae, Xylariales) é um gênero cosmopolita de ascomicetos, caracterizado pela formação de peritécios de perídio espesso em estromas carbonáceos usualmente eretos. Devido à sua abundância nos trópicos e fácil preservação, ao longo dos anos muitos exemplares foram coletados no Brasil por naturalistas estrangeiros, porém em alguns casos sem informações adequadas sobre o local de coleta dos exemplares. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi investigar a diversidade de Xylaria no Brasil, elucidando sua taxonomia, aspectos ecológicos e posicionamento filogenético das espécies estudadas. Para ampliar o conhecimento sobre o gênero no país, foi elaborado um 'checklist' com dados preexistentes, contendo: 853 registros; 663 espécimes estão depositados em herbários brasileiros e 190 em acervos estrangeiros. Há 81 táxons válidos, 20 com nomes duvidosos e 10 com nomes inválidos. Foi realizada também a revisão de 264 exsicatas de Xylaria depositadas no Herbário URM. Dessas, 162 espécimes foram mantidos no gênero, 80 não foram passíveis de identificação (material degradado ou imaturo), 10 estavam indisponíveis no acervo, nove pertenciam a outros gêneros (Ampelomyces Ces. ex Schltdl., Phylacia Lév., Podosordaria Ellis & Holw. e Puccinia Pers.) e três não são fungos. Além disso, foram realizadas coletas em três fragmentos de Mata Atlântica em Pernambuco e adicionados espécimes oriundos de incursões realizadas por outrem nos estados de Alagoas e Minas Gerais, contabilizando 157 espécimes. Foram identificadas 26 espécies, das quais se destacam: Xylaria cubensis, com 24 (15%) registros, X. feejeensis com 10 (6,2%), além de X. longipes e X. multiplex ambas com 10 registros cada (6,2%). Este estudo também contribuiu com novos registros: X. escharoidea e X. ruginosa constituem-se como primeiro registro para o Brasil; X. digitata, X. euphorbiicola e X. nigripes, com os primeiros registros para o nordeste; X. allantoidea, X. nisopleura, X. arbuscula, X. comosa, X. curta, X. feejeensis, X. grammica, X. hypoxylon, X. longipes, X. myosurus, X. obovata, X. poitei, X. polymorpha, X. telfairii e X. scruposa tiveram os primeiros registros para Alagoas; X. grammica, X. hypoxylon, X. ianthino-velutina e X. scruposa para Minas Gerais. Chaves para os principais gêneros de Xylariaceae e das espécies de Xylaria registradas no Brasil são apresentadas.
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CAMILA ESTELITA VOGELEY ALVES DE SA
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MYXOMYCETES COMO POSSÍVEL BIO-INDICADOR E POTENCIAL ANTAGONISTA NO BIO-CONTROLE DE FUNGOS FITOPATOGÊNICOS A COCOS NUCIFERA L.
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Orientador : LAISE DE HOLANDA CAVALCANTI ANDRADE
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MEMBROS DA BANCA :
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LAISE DE HOLANDA CAVALCANTI ANDRADE
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LEANDRO DE ALMEIDA NEVES NEPOMUCENO AGRA
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NORMA BUARQUE DE GUSMAO
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Data: 16/07/2021
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Cocos nucifera L. (Arecaceae) apresenta grande importância econômica e social, sendo a região Nordeste a maior produtora de coco do Brasil. Os mixomicetos (Myxogastria) compõem, juntamente com os fungos de interesse agronômico, a microbiota presentes nos coqueiros e nas palmeiras em geral. Os potenciais bio-indicativo e antagônico destes organismos ainda são pouco estudados, principalmente quando relacionados a espécies de fungos fitopatogênicos. O trabalho teve o objetivo de ampliar o conhecimento acerca da mixobiota associada ao coqueiro, apresentar o potencial dos mixomicetos como bio- indicadores de sanidade foliar e demonstrar seu potencial antagônico a espécie de interesse agronômico. Investigou-se a mixobiota presente em coqueiros da variedade Anã com diferentes níveis de sanidade em coqueiral no município de Bonito (Pernambuco, Brasil) e testou-se a atividade predatória da espécie Diderma chondrioderma (de Bary & Rostaf) G. Lister para o fungo Neopestalotiopsis foedans (Sacc. & Ellis) Maharachch. patógeno a Cocos nucifera. A incidência de mixomicetos nos coqueiros e substratos, composição da mixobiota, riqueza, diversidade taxonômica, constância, abundância e diversidade das espécies foram analisadas em 60 indivíduos que apresentavam diferentes níveis de doenças foliares causadas por fungos. Foram analisados estipe, estopa , bráctea da inflorescência e bainha da folha em 30 indivíduos apresentando no máximo uma folha sintomática, com até 25% da superfície comprometida (grupo1) e 30 indivíduos com quatro ou mais folhas com comprometimento >25% da superfície foliar (grupo 2). Para o teste de predação in vitro foi realizado o cultivo do plasmódio de D. chondrioderma e o isolamento do fungo N. foedans de folhas sintomáticas de coqueiro. A patogenicidade do isolado fúngico foi testada em mudas assintomáticas. Foram obtidos 128 espécimes com maior incidência na estopa (63%) seguido do estipe (31%), bainha foliar (4%) e bráctea (2%) representando 14 espécies, pertencentes às ordens Physarales e Trichiales, com diversidade taxonômica no grupo G1 maior (S/G=2,25) que a observada no G2 (S/G=2,80). Hemitrichia serpula, Physarum decipiens e Diderma effusum caracterizam a mixobiota. O coeficiente de comunidade (72,7%) e a porcentagem de similaridade (78,3%) evidenciaram semelhança na composição da mixobiota, porém 66,4% dos espécimes e 93% das espécies foram registrados no grupo G2. A espécie de fungo foi identificada como Neopestlaotiopsis foedans e confirmada sua patogenicidade. Observou-se a predação do micélio e conídios de N. foedans, fitopatógeno isolado de C. nucifera, pelo plasmódio de D. chondrioderma, com inviabilidade confirmada. O nível de comprometimento foliar não selecionou as espécies, mas influiu na incidência, abundância, riqueza e diversidade da mixobiota, que podem ser empregadas como parâmetro indicativo do nível de sanidade de coqueiros. O potencial bio controlador de D. chondrioderma em relação a fungo fitopatogênico de interesse agronômico é referido pela primeira vez. Constituindo o primeiro relato de bio-controle para N. foedans.
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Cocos nucifera L. (Arecaceae) apresenta grande importância econômica e social, sendo a região Nordeste a maior produtora de coco do Brasil. Os mixomicetos (Myxogastria) compõem, juntamente com os fungos de interesse agronômico, a microbiota presentes nos coqueiros e nas palmeiras em geral. Os potenciais bio-indicativo e antagônico destes organismos ainda são pouco estudados, principalmente quando relacionados a espécies de fungos fitopatogênicos. O trabalho teve o objetivo de ampliar o conhecimento acerca da mixobiota associada ao coqueiro, apresentar o potencial dos mixomicetos como bio- indicadores de sanidade foliar e demonstrar seu potencial antagônico a espécie de interesse agronômico. Investigou-se a mixobiota presente em coqueiros da variedade Anã com diferentes níveis de sanidade em coqueiral no município de Bonito (Pernambuco, Brasil) e testou-se a atividade predatória da espécie Diderma chondrioderma (de Bary & Rostaf) G. Lister para o fungo Neopestalotiopsis foedans (Sacc. & Ellis) Maharachch. patógeno a Cocos nucifera. A incidência de mixomicetos nos coqueiros e substratos, composição da mixobiota, riqueza, diversidade taxonômica, constância, abundância e diversidade das espécies foram analisadas em 60 indivíduos que apresentavam diferentes níveis de doenças foliares causadas por fungos. Foram analisados estipe, estopa , bráctea da inflorescência e bainha da folha em 30 indivíduos apresentando no máximo uma folha sintomática, com até 25% da superfície comprometida (grupo1) e 30 indivíduos com quatro ou mais folhas com comprometimento >25% da superfície foliar (grupo 2). Para o teste de predação in vitro foi realizado o cultivo do plasmódio de D. chondrioderma e o isolamento do fungo N. foedans de folhas sintomáticas de coqueiro. A patogenicidade do isolado fúngico foi testada em mudas assintomáticas. Foram obtidos 128 espécimes com maior incidência na estopa (63%) seguido do estipe (31%), bainha foliar (4%) e bráctea (2%) representando 14 espécies, pertencentes às ordens Physarales e Trichiales, com diversidade taxonômica no grupo G1 maior (S/G=2,25) que a observada no G2 (S/G=2,80). Hemitrichia serpula, Physarum decipiens e Diderma effusum caracterizam a mixobiota. O coeficiente de comunidade (72,7%) e a porcentagem de similaridade (78,3%) evidenciaram semelhança na composição da mixobiota, porém 66,4% dos espécimes e 93% das espécies foram registrados no grupo G2. A espécie de fungo foi identificada como Neopestlaotiopsis foedans e confirmada sua patogenicidade. Observou-se a predação do micélio e conídios de N. foedans, fitopatógeno isolado de C. nucifera, pelo plasmódio de D. chondrioderma, com inviabilidade confirmada. O nível de comprometimento foliar não selecionou as espécies, mas influiu na incidência, abundância, riqueza e diversidade da mixobiota, que podem ser empregadas como parâmetro indicativo do nível de sanidade de coqueiros. O potencial bio controlador de D. chondrioderma em relação a fungo fitopatogênico de interesse agronômico é referido pela primeira vez. Constituindo o primeiro relato de bio-controle para N. foedans.
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ARTHUR VINICIUS DA SILVA
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FUNGOS ENDOFÍTICOS EM MIMOSA TENUIFLORA, ESPÉCIE NATIVA DA CAATINGA
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Orientador : LEONOR COSTA MAIA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDRÉ WILSON CAMPOS ROSADO
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LEONOR COSTA MAIA
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RAFAEL JOSE VILELA DE OLIVEIRA
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Data: 29/07/2021
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Fungos endofíticos compõem uma diversidade de microrganismos que não causam dano aparente ao hospedeiro. São importantes na proteção da planta contra fatores bióticos e abióticos e apresentam potencial biotecnológico. A Caatinga está em uma das mais diversas regiões semiáridas do planeta com muitas espécies endêmicas/nativas de plantas, animais e também de fungos, como mais recentemente demonstrado. Mimosa tenuiflora (Fabaceae-Mimosoideae), nativa da Caatinga, possui papel importante na conservação do ambiente natural, mas não se tem conhecimento da sua relação com fungos endofíticos. O objetivo do presente estudo foi estimar a diversidade de fungos endofíticos em amostras de M. tenuiflora coletadas no Raso da Catarina, Bahia, em área de preservação da Caatinga. Foram coletados folíolos e ramos de seis indivíduos de M. tenuiflora e utilizados 270 fragmentos para estudo. Fungos endofíticos foram isolados e identificados com base em características morfológicas e de filogenia utilizando sequencias de DNA. No total, 17 (6,3%) fragmentos de folíolos e 124 (45,9%) de ramos foram colonizados, o que permitiu o isolamento de18 endófitos dos folíolos e 163 dos ramos. Readeriella e Leptosillia, isolados exclusivamente de ramos, foram os gêneros mais frequentes no estudo. Endófitos identificados como Sporormiella minima foram os mais frequentes em folhas. Neste estudo também foi descrita uma nova espécie de Leptosillia. Além de possuir um rico micobioma, as plantas nativas da Caatinga constituem ainda fonte de novas espécies para a ciência.
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Fungos endofíticos compõem uma diversidade de microrganismos que não causam dano aparente ao hospedeiro. São importantes na proteção da planta contra fatores bióticos e abióticos e apresentam potencial biotecnológico. A Caatinga está em uma das mais diversas regiões semiáridas do planeta com muitas espécies endêmicas/nativas de plantas, animais e também de fungos, como mais recentemente demonstrado. Mimosa tenuiflora (Fabaceae-Mimosoideae), nativa da Caatinga, possui papel importante na conservação do ambiente natural, mas não se tem conhecimento da sua relação com fungos endofíticos. O objetivo do presente estudo foi estimar a diversidade de fungos endofíticos em amostras de M. tenuiflora coletadas no Raso da Catarina, Bahia, em área de preservação da Caatinga. Foram coletados folíolos e ramos de seis indivíduos de M. tenuiflora e utilizados 270 fragmentos para estudo. Fungos endofíticos foram isolados e identificados com base em características morfológicas e de filogenia utilizando sequencias de DNA. No total, 17 (6,3%) fragmentos de folíolos e 124 (45,9%) de ramos foram colonizados, o que permitiu o isolamento de18 endófitos dos folíolos e 163 dos ramos. Readeriella e Leptosillia, isolados exclusivamente de ramos, foram os gêneros mais frequentes no estudo. Endófitos identificados como Sporormiella minima foram os mais frequentes em folhas. Neste estudo também foi descrita uma nova espécie de Leptosillia. Além de possuir um rico micobioma, as plantas nativas da Caatinga constituem ainda fonte de novas espécies para a ciência.
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MAYARA LUIZA DE SOUSA PEREIRA
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MICOBIOTA DA CAVERNA FURNA DOS MORCEGOS EM ÁREA DE CAATINGA, PERNAMBUCO
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Orientador : CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA
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MEMBROS DA BANCA :
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CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA
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DIOGO XAVIER LIMA
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EDER SILVA BARBIER
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Data: 30/07/2021
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Os fungos são componentes importantes das cavernas já que participam das estratégias alimentares da fauna deste ambiente e da decomposição de matéria orgânica, desenvolvendo assim um papel ecológico importante na estruturação da comunidade cavernícola. A caverna estudada foi a Furna do Morcego, localizada no Parque Nacional do Catimbau, no município de Ibimirim-PE, na Caatinga nordestina e é considerada uma bat cave, Pteronotus gymnonotus a foi espécie de morcego insetívoro presente nessa na hora da coleta das amostras. Nesta caverna foram coletas amostras do ar, do guano dos morcegos e do corpo (asa, pelo e cavidade oral) de 6 espécimes dos morcegos. As amostras do ar foram obtidas por sedimentação passiva e as do guano e do corpo foram manipuladas em condições assépticas para o isolamento dos fungos em meios de cultura. Para identificação, foram realizadas análises morfológicas e filogenéticas. Representantes dos Ascomycota e dos Basidiomycota foram encontrados, sendo Ascomycota o filo dominante. Os gêneros mais frequentes foram Cladosporium, incluindo duas novas espécies (C. cavernicola e C. pernambucoensis), Aspergillus, Penicillium, Diaporthe e Fusarium. Poucos gêneros pertenceram ao filo Basidiomycota, como Sakaguchia, e Rhodotorula. Também foram isoladas espécies usadas no controle biológico, Beauveria bassiana e na bioprospecção, Wickerhamomyces anomalus. A presença de fungos nas cavernas pode representar riscos à saúde humana, podem ser utilizados na biotecnologia e contribuir com a descoberta de espécies novas para a ciência.
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Os fungos são componentes importantes das cavernas já que participam das estratégias alimentares da fauna deste ambiente e da decomposição de matéria orgânica, desenvolvendo assim um papel ecológico importante na estruturação da comunidade cavernícola. A caverna estudada foi a Furna do Morcego, localizada no Parque Nacional do Catimbau, no município de Ibimirim-PE, na Caatinga nordestina e é considerada uma bat cave, Pteronotus gymnonotus a foi espécie de morcego insetívoro presente nessa na hora da coleta das amostras. Nesta caverna foram coletas amostras do ar, do guano dos morcegos e do corpo (asa, pelo e cavidade oral) de 6 espécimes dos morcegos. As amostras do ar foram obtidas por sedimentação passiva e as do guano e do corpo foram manipuladas em condições assépticas para o isolamento dos fungos em meios de cultura. Para identificação, foram realizadas análises morfológicas e filogenéticas. Representantes dos Ascomycota e dos Basidiomycota foram encontrados, sendo Ascomycota o filo dominante. Os gêneros mais frequentes foram Cladosporium, incluindo duas novas espécies (C. cavernicola e C. pernambucoensis), Aspergillus, Penicillium, Diaporthe e Fusarium. Poucos gêneros pertenceram ao filo Basidiomycota, como Sakaguchia, e Rhodotorula. Também foram isoladas espécies usadas no controle biológico, Beauveria bassiana e na bioprospecção, Wickerhamomyces anomalus. A presença de fungos nas cavernas pode representar riscos à saúde humana, podem ser utilizados na biotecnologia e contribuir com a descoberta de espécies novas para a ciência.
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JOANA DARC ALVES LEITÃO LUNDGREN
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INFLUÊNCIA DO GRADIENTE ALTITUDINAL NA DIVERSIDADE DE MUCOROMYCOTA EM BREJOS DE ALTITUDE DE PERNAMBUCO
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Orientador : ANDRE LUIZ CABRAL MONTEIRO DE AZEVEDO SANTIAGO
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MEMBROS DA BANCA :
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DIOGO PAES DA COSTA
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ANDRE LUIZ CABRAL MONTEIRO DE AZEVEDO SANTIAGO
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RAFAEL JOSE VILELA DE OLIVEIRA
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Data: 15/12/2021
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Os brejos de altitudes são encraves de florestas úmidas, formados a partir de mudanças biogeográficas, com até 1.100 m de altitude. Esses ecossistemas são refúgios ecológicos para espécies da mata úmida dentro do semiárido nordestino. Até o presente, não form realizados estudos sobre a influência da altitude na diversidade e riqueza de espécies de Mucoromycota nos brejos. Dessa forma esse trabalho teve como objetivo geral conhecer influência da altitude na comunidade de Mucoromycota de solo em dois brejos de altitude localizados no semiárido de Pernambuco. Foram realizadas três coletas de solo em diferentes gradientes de altitude no brejo de altitude da RPPN do Benedito e três na Serra do Comunaty, localizados nos municípios de Gravatá e Águas Belas, respectivamente. Para o isolamento dos fungo, foram espalhados três miligramas de solo no meio de cultura ágar gérmen de trigo, acrescido de cloranfenicol, contido em placas de Petri, em triplicata. Foram isoladas 49 espécies pertencentes aos gêneros Absidia, Backusella, Cunninghamella, Gongronella, Mucor, Syncephalastrum, Rhizopus e Umbelopsis. Mucor fragilis e M. circinelloides são as espécies mais frequentes na RPPN do Benedito e A. cornuta, Mucor circinelloides e C. bertholletiae são frequentes na Serra do Comunaty. A altitude influencia na diversidade de Mucoromycota na RPPN do Benedito, embora não influencie na abundância desses fungos. Tanto a altitude, como a e a sazonalidade, influenciam na composição de espécies, frequência relativa e riqueza dos Mucoromycota na RPPN do Benedito. Para a serra do Comunaty, verificou-se que altitude não influencia na diversidade e abundância dos Mucoromycota, equanto a sazonalidade influencia na composição, frequência relativa e riqueza de espéceis. Absidia aguabelensis é uma nova espécie, enquanto Backusella sp. 1, Mucor sp. 7, 8, 11, 12, 13, 14, 15 e 16 são provavéis novas espécies. Mucor pseudocircinelloides, M. pseudolusitanicus e U. nana ocorrem no Brasil.
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Os brejos de altitudes são encraves de florestas úmidas, formados a partir de mudanças biogeográficas, com até 1.100 m de altitude. Esses ecossistemas são refúgios ecológicos para espécies da mata úmida dentro do semiárido nordestino. Até o presente, não form realizados estudos sobre a influência da altitude na diversidade e riqueza de espécies de Mucoromycota nos brejos. Dessa forma esse trabalho teve como objetivo geral conhecer influência da altitude na comunidade de Mucoromycota de solo em dois brejos de altitude localizados no semiárido de Pernambuco. Foram realizadas três coletas de solo em diferentes gradientes de altitude no brejo de altitude da RPPN do Benedito e três na Serra do Comunaty, localizados nos municípios de Gravatá e Águas Belas, respectivamente. Para o isolamento dos fungo, foram espalhados três miligramas de solo no meio de cultura ágar gérmen de trigo, acrescido de cloranfenicol, contido em placas de Petri, em triplicata. Foram isoladas 49 espécies pertencentes aos gêneros Absidia, Backusella, Cunninghamella, Gongronella, Mucor, Syncephalastrum, Rhizopus e Umbelopsis. Mucor fragilis e M. circinelloides são as espécies mais frequentes na RPPN do Benedito e A. cornuta, Mucor circinelloides e C. bertholletiae são frequentes na Serra do Comunaty. A altitude influencia na diversidade de Mucoromycota na RPPN do Benedito, embora não influencie na abundância desses fungos. Tanto a altitude, como a e a sazonalidade, influenciam na composição de espécies, frequência relativa e riqueza dos Mucoromycota na RPPN do Benedito. Para a serra do Comunaty, verificou-se que altitude não influencia na diversidade e abundância dos Mucoromycota, equanto a sazonalidade influencia na composição, frequência relativa e riqueza de espéceis. Absidia aguabelensis é uma nova espécie, enquanto Backusella sp. 1, Mucor sp. 7, 8, 11, 12, 13, 14, 15 e 16 são provavéis novas espécies. Mucor pseudocircinelloides, M. pseudolusitanicus e U. nana ocorrem no Brasil.
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Teses |
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ATHALINE GONÇALVES DINIZ
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PATOGENICIDADE DE ISOLADOS DO COMPLEXO DE ESPÉCIES Fusarium incarnatum-equiseti CONTRA INSETOS-PRAGA EM LABORATÓRIO E NO CAMPO
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Orientador : PATRICIA VIEIRA TIAGO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA CARLA DA SILVA SANTOS
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MARIELE PORTO CARNEIRO LEÃO
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PATRICIA VIEIRA TIAGO
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ROGER FAGNER RIBEIRO MELO
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VIRGINIA MICHELLE SVEDESE
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Data: 30/08/2021
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Nasutitermes corniger é considerado uma importante praga urbana, que causa danos a edificações históricas, construções urbanas, árvores ornamentais e frutíferas. Spodoptera frugiperda e Dactylopius opuntiae são pragas agrícolas do milho e palma forrageira, respectivamente, que também podem atacar diferentes culturas. O controle dos referidos insetos é feito com o uso agrotóxicos, que causa danos ao agroecossistema, saúde do homem e de animais. Como forma de reduzir este tipo de controle, fungos e extratos vegetais vem sendo estudados. Neste estudo avaliamos a patogenicidade de 27 isolados do Complexo de Espécies Fusarium incarnatum-equiseti (FIESC) contra N. corniger e S. frugiperda: quatro Fusarium sulawesiense (= FIESC 16), seis Fusarium pernambucanum (= FIESC 17) e dezessete Fusarium caatingaense (= FIESC 20). Avaliamos também o efeito da combinação de URM 6778 e URM 6779 de F. caatingaense combinados aos extratos aquosos de Ricinnus communis e Nicotiana tabacum no controle de D. opuntiae no campo. Para os testes de patogenicidade contra N. corniger e S. frugiperda foram utilizadas suspensões de 1 × 107
conídios/mL. A mesma concentração de esporos foi utilizada no estudo de campo contra D. opuntiae, para URM 6778 e URM 6779 combinados aos extratos de R. communis a 5% e N. tabacum a 10% respectivamente. Os compostos químicos biologicamente ativos dos extratos foram identificados após triagem fitoquímica. Os dados de mortalidade de N. corniger acumulada ao quinto dia foram submetidos a análise de variância (ANOVA) e as médias comparadas pelo teste de Scott – Knott (p ≤.05). As variáveis (isolado e tempo) foram submetidos à análise de regressão. Os dados de mortalidade de D. opuntiae foram corrigidos pela fórmula de Schneider-Orelli, submetidos a análise de variância (ANOVA) e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5%. A interação dos agentes de controle combinados foi avaliada pela fórmula de Koppenhöfer et al. (2000). Os resultados do estudo revelaram a ausência de patogenicidade dos isolados de Fusarium contra S. frugiperda. Contudo, todos os isolados testados contra N. corniger foram patogênicos, com mortalidade acumulada confirmada de 38,22 – 96%. Os maiores valores de mortalidade acumulada confirmada foram observados para URM 7560 de F. sulawesiense (88,89%), URM 7556 de F. pernambucanum (96%) e URM 6783 de F. caatingaense (84,89%). No estudo de campo os tratamentos combinados apresentaram interação aditiva e foram eficazes no controle de D. opuntiae, com mortalidade corrigida de 90,82% para URM 6779 + N. tabacum a 10% e 82,11% para URM 6778 + R. communis a 5%.
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HUGO MARQUES GALINDO
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PRODUÇÃO DE QUITOSANA POR FUNGOS MUCORALES EM MEIOS ALTERNATIVOS CONTENDO ÓLEOS PÓS-FRITURA E MILHOCINA
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Orientador : NEIVA TINTI DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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NEIVA TINTI DE OLIVEIRA
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CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA
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THAYZA CHRISTINA MONTENEGRO STAMFORD
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MARCOS ANTONIO BARBOSA DE LIMA
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ADRIANA FERREIRA DE SOUZA
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Data: 30/08/2021
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ERIK JONNE VIEIRA DE MELO
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Otimização do tratamento de efluente de lavanderia industrial têxtil por consórcios de micro-organismos
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Orientador : NORMA BUARQUE DE GUSMAO
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MEMBROS DA BANCA :
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JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
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KEILA APARECIDA MOREIRA
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LEONOR ALVES DE OLIVEIRA DA SILVA
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LUCIANA DE OLIVEIRA FRANCO
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NORMA BUARQUE DE GUSMAO
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Data: 30/08/2021
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