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Dissertações |
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JOÃO LUCAS VITÓRIO RIBEIRO CARVALHO
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PEGANDO CARONA: FUNGOS TRANSPORTADOS POR ECTOPARASITOS DE MORCEGOS CAVERNÍCOLAS
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Orientador : CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA
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MEMBROS DA BANCA :
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VÂNIA APARECIDA VICENTE
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CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA
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EDER SILVA BARBIER
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Data: 17/02/2022
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A mais de 100 anos, estudos buscam identificar fungos associados a moscas ectoparasitas de morcegos. Essas moscas hematófagas normalmente referidas como bat flies são exclusivamente associadas aos morcegos. A maioria dos estudos envolvendo fungos em bat flies tem considerado a identificação de fungos parasitas da ordem Laboulbeniales, todavia, faltam estudos que avaliam as bat flies como vetores de propágulos fúngicos não parasitas aos morcegos. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi conhecer a diversidade de fungos associados as bat flies coletadas de morcegos em uma caverna localizada no ecossistema Caatinga, no Parque Nacional do Catimbau, estado de Pernambuco. Para isso, 98 bat flies foram coletadas de dez morcegos capturados na entrada da caverna Furna do Morcego, no município de Ibimirim. A fim de se conhecer a comunidade fúngica das bat flies, foram utilizadas cinco metodologias de isolamento em três meios de cultura. Foram obtidos 37 isolados pertencentes a cinco ordens em Ascomycota (Pleosporales, Eurotiales, Capnodiales, Hypocreales, Microascales), e um isolado da ordem Tremellales em Basidiomycota. A riqueza total dos fungos associados as bat flies foi de 13 taxa. Com base em análises morfológicas e filogenéticas multilocus, duas possíveis novas espécies de Ascomycota foram descritas. Também foi construído uma lista de mundial de estudos que identificaram fungos associados as bat flies, demonstrando que esses insetos podem ser um grupo especioso de vetores para fungos e enfatizando a necessidade de avaliar a diversidade fúngica associada a esses ectoparasitas.
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A mais de 100 anos, estudos buscam identificar fungos associados a moscas ectoparasitas de morcegos. Essas moscas hematófagas normalmente referidas como bat flies são exclusivamente associadas aos morcegos. A maioria dos estudos envolvendo fungos em bat flies tem considerado a identificação de fungos parasitas da ordem Laboulbeniales, todavia, faltam estudos que avaliam as bat flies como vetores de propágulos fúngicos não parasitas aos morcegos. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi conhecer a diversidade de fungos associados as bat flies coletadas de morcegos em uma caverna localizada no ecossistema Caatinga, no Parque Nacional do Catimbau, estado de Pernambuco. Para isso, 98 bat flies foram coletadas de dez morcegos capturados na entrada da caverna Furna do Morcego, no município de Ibimirim. A fim de se conhecer a comunidade fúngica das bat flies, foram utilizadas cinco metodologias de isolamento em três meios de cultura. Foram obtidos 37 isolados pertencentes a cinco ordens em Ascomycota (Pleosporales, Eurotiales, Capnodiales, Hypocreales, Microascales), e um isolado da ordem Tremellales em Basidiomycota. A riqueza total dos fungos associados as bat flies foi de 13 taxa. Com base em análises morfológicas e filogenéticas multilocus, duas possíveis novas espécies de Ascomycota foram descritas. Também foi construído uma lista de mundial de estudos que identificaram fungos associados as bat flies, demonstrando que esses insetos podem ser um grupo especioso de vetores para fungos e enfatizando a necessidade de avaliar a diversidade fúngica associada a esses ectoparasitas.
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GLÍCIA SILVA DE MORAES
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Filogenia e morfologia de Pseudoperonospora associada a cucurbitáceas no Brasil
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Orientador : ALEXANDRE REIS MACHADO
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXANDRE REIS MACHADO
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NEIVA TINTI DE OLIVEIRA
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ANDRÉ ANGELO MEDEIROS GOMES
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Data: 22/02/2022
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Dentre os gêneros de oomicetos causadores de míldios, Pseudoperonospora se destaca devido ao impacto gerado na agricultura mundial. Uma das espécies mais importantes desse gênero é a espécie Pseudoperonospora cubensis, conhecida por causar o míldio das cucurbitáceas, doença relatada em aproximadamente 70 países e que atinge culturas comerciais importantes da família Cucurbitaceae como o pepino (Cucumis sativus), a melancia (Citrullus lanatus), as abóboras (Cucurbita máxima, C. moschata e C. pepo) e o melão (Cucumis melo). Estudos sobre a diversidade e filogenia de Pseudoperonopsora apontam que a epidemia que ocorreu em 2004 nos EUA, e as epidemias em outras partes do mundo como Israel e parte da Europa, podem estar relacionadas ao surgimento de uma nova espécie críptica de Pseudoperonospora. O conhecimento sobre essa nova possível espécie é o ponto de partida para o desenvolvimento de cultivares de cucurbitáceas resistentes e para o manejo eficiente da doença. Portanto, o objetivo deste estudo foi determinar a filogenia de Pseudoperonospora associada ao míldio das cucurbitáceas em áreas de diferentes regiões do Brasil. Para isso, foram realizadas coletas de folhas com sintomas de míldios em áreas de produção de Cucurbitáceas nos estados de Pernambuco, Minas Gerais, Ceará, Goiás e no Distrito Federal. Para as análises filogenéticas foi realizada a extração de DNA, depois as reações de PCR utilizando primers DC-6 e LR-0; Cox2-F e Cox2-RC4; Ypt1F e Ypt4R, para amplificação da região espaçador transcrito interno (ITS), da região mitocondrial citocromo c oxidase subunidade II (cox2) e proteína relacionada a Ras (Ypt1), respectivamente. Os produtos de PCR foram sequenciados e as sequências de nucleotídeos foram analisadas, editadas e alinhadas para realização da análise filogenética de Inferência Bayesiana (BI). Para análises morfológicas as estruturas do patógeno foram montados em lactoglicerol para visualização em microscópio de luz e foram realizadas 30 medições de todos os caracteres morfológicos relevantes. Foram obtidas 36 amostras de DNA de Pseudoperonospora e o sequenciamento resultou em 26 sequencias da região Cox2 e 25 sequencias de ITS (totalizando 51 sequencias). As análises filogenéticas das regiões genicas Cox2 e ITS foram realizadas separadamente e em conjunto, o que gerou uma árvore filogenética de ITS que apresentou um grande grupo monofilético com todos as amostras. Na análise filogenética de sequências de Cox2 assim como na árvore concatenada (Cox2/ITS)
as amostras do presente estudo foram separadas em dois grupos. A existência desses dois agrupamentos sugere que no Brasil ocorre diversidade filogenética entre as linhagens de P. cubensis, reforçando a possibilidade de existirem espécies crípticas causadoras do míldio das Cucurbitáceas. Porém as análises não apresentam dados robustos o suficiente para a proposição de uma espécie críptica de P. cubensis. Como consequência da intima relação filogenética existente nesse grupo são necessárias análises de genes adicionais com alto sinal filogenético.
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Dentre os gêneros de oomicetos causadores de míldios, Pseudoperonospora se destaca devido ao impacto gerado na agricultura mundial. Uma das espécies mais importantes desse gênero é a espécie Pseudoperonospora cubensis, conhecida por causar o míldio das cucurbitáceas, doença relatada em aproximadamente 70 países e que atinge culturas comerciais importantes da família Cucurbitaceae como o pepino (Cucumis sativus), a melancia (Citrullus lanatus), as abóboras (Cucurbita máxima, C. moschata e C. pepo) e o melão (Cucumis melo). Estudos sobre a diversidade e filogenia de Pseudoperonopsora apontam que a epidemia que ocorreu em 2004 nos EUA, e as epidemias em outras partes do mundo como Israel e parte da Europa, podem estar relacionadas ao surgimento de uma nova espécie críptica de Pseudoperonospora. O conhecimento sobre essa nova possível espécie é o ponto de partida para o desenvolvimento de cultivares de cucurbitáceas resistentes e para o manejo eficiente da doença. Portanto, o objetivo deste estudo foi determinar a filogenia de Pseudoperonospora associada ao míldio das cucurbitáceas em áreas de diferentes regiões do Brasil. Para isso, foram realizadas coletas de folhas com sintomas de míldios em áreas de produção de Cucurbitáceas nos estados de Pernambuco, Minas Gerais, Ceará, Goiás e no Distrito Federal. Para as análises filogenéticas foi realizada a extração de DNA, depois as reações de PCR utilizando primers DC-6 e LR-0; Cox2-F e Cox2-RC4; Ypt1F e Ypt4R, para amplificação da região espaçador transcrito interno (ITS), da região mitocondrial citocromo c oxidase subunidade II (cox2) e proteína relacionada a Ras (Ypt1), respectivamente. Os produtos de PCR foram sequenciados e as sequências de nucleotídeos foram analisadas, editadas e alinhadas para realização da análise filogenética de Inferência Bayesiana (BI). Para análises morfológicas as estruturas do patógeno foram montados em lactoglicerol para visualização em microscópio de luz e foram realizadas 30 medições de todos os caracteres morfológicos relevantes. Foram obtidas 36 amostras de DNA de Pseudoperonospora e o sequenciamento resultou em 26 sequencias da região Cox2 e 25 sequencias de ITS (totalizando 51 sequencias). As análises filogenéticas das regiões genicas Cox2 e ITS foram realizadas separadamente e em conjunto, o que gerou uma árvore filogenética de ITS que apresentou um grande grupo monofilético com todos as amostras. Na análise filogenética de sequências de Cox2 assim como na árvore concatenada (Cox2/ITS)
as amostras do presente estudo foram separadas em dois grupos. A existência desses dois agrupamentos sugere que no Brasil ocorre diversidade filogenética entre as linhagens de P. cubensis, reforçando a possibilidade de existirem espécies crípticas causadoras do míldio das Cucurbitáceas. Porém as análises não apresentam dados robustos o suficiente para a proposição de uma espécie críptica de P. cubensis. Como consequência da intima relação filogenética existente nesse grupo são necessárias análises de genes adicionais com alto sinal filogenético.
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MATHEUS DE JESUS SÁ SILVA
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COMUNIDADES DE HIFOMICETOS DE FOLHEDO SUBMERSO EM ÁREAS DE MATA ATLÂNTICA EM PERNAMBUCO E NA PARAÍBA, NORDESTE BRASILEIRO
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Orientador : ELAINE MALOSSO
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MEMBROS DA BANCA :
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ELAINE MALOSSO
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IRACEMA HELENA SCHOENLEIN CRUSIUS
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JOSIANE SANTANA MONTEIRO
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Data: 22/02/2022
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Hifomicetos aquáticos, também conhecidos como fungos Ingoldianos, desempenham papéis fundamentais nos ecossistemas aquáticos e estudos relacionados à sua diversidade e ecologia
são essenciais para entendimento da estrutura de suas comunidades e do papel desses micro- organismos no funcionamento de tais ecossistemas. A Mata Atlântica é o domínio ecológico
mais diverso do Brasil, no entanto, as atividades antrópicas estão reduzindo cada vez mais as áreas verdes. O objetivo geral deste trabalho é (i) caracterizar e comparar a diversidade, estrutura e dinâmica das comunidades de hifomicetos aquáticos em folhedo submerso em duas áreas de Mata Atlântica, sendo uma a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Serra do Contente, Gravatá (PE), e a outra a Reserva Biológica (REBIO) Guaribas, Mamanguape (PB). Nos locais foram coletadas amostras de folhedo submerso e água, em seis pontos de amostragem, entre os períodos de nov. 2020 e nov. 2021, sendo 2 coletas na RPPN Serra do Contente e 4 coletas na REBIO Guaribas. A avaliação dos hifomicetos se deu por meio da confecção de lâminas para identificação dos táxons. As variáveis abióticas temperatura, condutividade elétrica, pH, oxigênio dissolvido e pluviosidade foram avaliadas. Foram identificados 24 táxons, sendo Xylomyces acerosisporus M.S. Oliveira, Malosso & R.F. Castañeda a espécie que foi registrada em todas as coletas de ambas as áreas de estudo, seguida por Flagellospora sp. que foi registrada em quase todas as coletas. Xylomyces acerosisporus foi também a espécie com a maior frequência relativa para a RPPN Serra do Contente (42,86%) e na REBIO Guaribas (34,36%), seguida por Blodgettia indica Subram. na RPPN Serra do Contente (20%). Na REBIO Guaribas, o esforço amostral permitiu recuperar 81% da riqueza estimada e na RPPN Serra do Contente, o mesmo esforço amostral permitiu recuperar 78% da riqueza. Blodgettia indica também foi a espécie indicadora para a área da RPPN Serra do Contente. Entre a primeira coleta (nov. 2020) na RPPN Serra do Contente e a segunda coleta (mar. 2021) na REBIO Guaribas foi registrado mais de 70% de similaridade. Também houve correlação moderadamente positiva do oxigênio dissolvido (OD) com o pH e a condutividade elétrica (CE). Essas mesmas variáveis foram as que diferiram significativamente entre algumas coletas. Com relação à análise da comunidade pelos componentes principais, as duas primeiras componentes juntas explicaram 63% da variação dos dados, fazendo com que ocorra um agrupamento das coletas. Dessa forma, a busca por relacionar variáveis abióticas com a comunidade de hifomicetos de folhedo é essencial para o entendimento da ecologia desses
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fungos. Em nossa pesquisa, pudemos demonstrar por meio de análises uni- e multivariadas como as variáveis abióticas moldam as comunidades de fungos em diferentes períodos.
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Hifomicetos aquáticos, também conhecidos como fungos Ingoldianos, desempenham papéis fundamentais nos ecossistemas aquáticos e estudos relacionados à sua diversidade e ecologia
são essenciais para entendimento da estrutura de suas comunidades e do papel desses micro- organismos no funcionamento de tais ecossistemas. A Mata Atlântica é o domínio ecológico
mais diverso do Brasil, no entanto, as atividades antrópicas estão reduzindo cada vez mais as áreas verdes. O objetivo geral deste trabalho é (i) caracterizar e comparar a diversidade, estrutura e dinâmica das comunidades de hifomicetos aquáticos em folhedo submerso em duas áreas de Mata Atlântica, sendo uma a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Serra do Contente, Gravatá (PE), e a outra a Reserva Biológica (REBIO) Guaribas, Mamanguape (PB). Nos locais foram coletadas amostras de folhedo submerso e água, em seis pontos de amostragem, entre os períodos de nov. 2020 e nov. 2021, sendo 2 coletas na RPPN Serra do Contente e 4 coletas na REBIO Guaribas. A avaliação dos hifomicetos se deu por meio da confecção de lâminas para identificação dos táxons. As variáveis abióticas temperatura, condutividade elétrica, pH, oxigênio dissolvido e pluviosidade foram avaliadas. Foram identificados 24 táxons, sendo Xylomyces acerosisporus M.S. Oliveira, Malosso & R.F. Castañeda a espécie que foi registrada em todas as coletas de ambas as áreas de estudo, seguida por Flagellospora sp. que foi registrada em quase todas as coletas. Xylomyces acerosisporus foi também a espécie com a maior frequência relativa para a RPPN Serra do Contente (42,86%) e na REBIO Guaribas (34,36%), seguida por Blodgettia indica Subram. na RPPN Serra do Contente (20%). Na REBIO Guaribas, o esforço amostral permitiu recuperar 81% da riqueza estimada e na RPPN Serra do Contente, o mesmo esforço amostral permitiu recuperar 78% da riqueza. Blodgettia indica também foi a espécie indicadora para a área da RPPN Serra do Contente. Entre a primeira coleta (nov. 2020) na RPPN Serra do Contente e a segunda coleta (mar. 2021) na REBIO Guaribas foi registrado mais de 70% de similaridade. Também houve correlação moderadamente positiva do oxigênio dissolvido (OD) com o pH e a condutividade elétrica (CE). Essas mesmas variáveis foram as que diferiram significativamente entre algumas coletas. Com relação à análise da comunidade pelos componentes principais, as duas primeiras componentes juntas explicaram 63% da variação dos dados, fazendo com que ocorra um agrupamento das coletas. Dessa forma, a busca por relacionar variáveis abióticas com a comunidade de hifomicetos de folhedo é essencial para o entendimento da ecologia desses
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fungos. Em nossa pesquisa, pudemos demonstrar por meio de análises uni- e multivariadas como as variáveis abióticas moldam as comunidades de fungos em diferentes períodos.
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MATEUS OLIVEIRA DA CRUZ
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ASPECTOS TAXONÔMICOS E ECOLÓGICOS DE FUNGOS ZIGOSPÓRICOS COPRÓFILOS DO RECIFE, PE, BRASIL
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Orientador : ANDRE LUIZ CABRAL MONTEIRO DE AZEVEDO SANTIAGO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDRE LUIZ CABRAL MONTEIRO DE AZEVEDO SANTIAGO
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DIOGO PAES DA COSTA
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MARIA HELENA ALVES
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Data: 09/03/2022
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Os fungos zigospóricos são encontrados no solo, em folhas, flores, frutos, grãos estocados e em excrementos de animais herbívoros. Os estudos sobre fungos zigospóricos coprófilos são escassos e pouco se conhece sobre a estruturação das comunidades desses fungos em excrementos de mamíferos herbivoros. Considerando como hipóteses que: 1 - A diversidade e riqueza de fungos zigospóricos variam entre os tipos de excrementos de animais herbívoros; 2 – A diversidade e riqueza de fungos zigospóricos nos excrementos de mamíferos roedores são diferentes das dos excrementos de não roedores; 3 - A alimentação dos animais em cativeiro reflete nas comunidades de fungos zigospóricos em seus excrementos; 4 – Os excrementos de mamíferos herbívoros do Recife são reservatórios para novas espécies de fungos zigospóricos e para espécies ainda não registradas no Brasil, e mesmo na América do Sul, esse trabalho teve como objetivos principais entender como as comunidades de fungos zigospóricos são estruturadas nos excrementos de mamíferos herbívoros, roedores e não rodedores, coletados no Recife-PE, e fornecer informações ecológicas sobre esse fungos considerando a influência da alimentação dos animais na estruturação das comunidades dos fungos zigospóricos. Esse trabalho reporta três espécies novas e aborda os aspectos taxonômicos de primeiras ocorrências para a América do Sul. Foram realizadas seis coletas de excrementos de anta, coelho, ouriço, paca, porco-da-índia, veado-catingueiro, no Parque Estadual de Dois Irmãos, e de excrementos de boi e cavalo, no Departamento de Zootecnia da Universidade Federal Rural de Pernambuco, localizados no Recife. As amostras foram acondicionadas em sacos pláticos e levadas ao laboratório para serem incubadas em câmaras úmidas, por 12 dias, para o acompanhamento do desenvolvimento dos fungos zigospóricos. Os espécimes foram identificados com base na morfologoia e, quando necessário, na biologia molecular (regiões ITS e LSU rDNA). As comunidades de fungos zigospóricos coprófilos foram exploradas quanto à riqueza, diversidade, equitabilidade, frequência de ocorrência e dissimilaridade. A estrutura das comunidades foi analisada por NMDS. A correlação de Spearman foi usada a fim de observar a correlação entre o alimento e a ocorrência dos fungos. Quarenta táxons, distribuídos entre as ordens Mucorales, Kickxellales e Zoopagales, incluindo novas espécies e novas ocorrências para América do Sul, foram isolados. Maiores riqueza e diversidade (Simpson) de fungos zigospóricos foram verificadas nas fezes de porco-
da-índia, mas ambas não variaram para a maioria dos excrementos dos diferentes animais. A diversidade (Shannon-Wiener) de fungos zigospóricos não variou entre os excrementos de nenhum dos animais. Não foram verificadas diferenças na riqueza, diversidade e equitabilidade de fungos zigospóricos entre os excrementos de roedores e não roedores, mas foi observado que a alimentação dos animais influencia na estruturação das comunidades dos fungos zigospóricos nos seus excrementos, sendo Thamnostyllum piriforme, Pilobolus crystalinus e Circinella umbellata as espécies que mais contribuem para a dissimilaridade entre as comunidades de fungos zigospóricos.
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Os fungos zigospóricos são encontrados no solo, em folhas, flores, frutos, grãos estocados e em excrementos de animais herbívoros. Os estudos sobre fungos zigospóricos coprófilos são escassos e pouco se conhece sobre a estruturação das comunidades desses fungos em excrementos de mamíferos herbivoros. Considerando como hipóteses que: 1 - A diversidade e riqueza de fungos zigospóricos variam entre os tipos de excrementos de animais herbívoros; 2 – A diversidade e riqueza de fungos zigospóricos nos excrementos de mamíferos roedores são diferentes das dos excrementos de não roedores; 3 - A alimentação dos animais em cativeiro reflete nas comunidades de fungos zigospóricos em seus excrementos; 4 – Os excrementos de mamíferos herbívoros do Recife são reservatórios para novas espécies de fungos zigospóricos e para espécies ainda não registradas no Brasil, e mesmo na América do Sul, esse trabalho teve como objetivos principais entender como as comunidades de fungos zigospóricos são estruturadas nos excrementos de mamíferos herbívoros, roedores e não rodedores, coletados no Recife-PE, e fornecer informações ecológicas sobre esse fungos considerando a influência da alimentação dos animais na estruturação das comunidades dos fungos zigospóricos. Esse trabalho reporta três espécies novas e aborda os aspectos taxonômicos de primeiras ocorrências para a América do Sul. Foram realizadas seis coletas de excrementos de anta, coelho, ouriço, paca, porco-da-índia, veado-catingueiro, no Parque Estadual de Dois Irmãos, e de excrementos de boi e cavalo, no Departamento de Zootecnia da Universidade Federal Rural de Pernambuco, localizados no Recife. As amostras foram acondicionadas em sacos pláticos e levadas ao laboratório para serem incubadas em câmaras úmidas, por 12 dias, para o acompanhamento do desenvolvimento dos fungos zigospóricos. Os espécimes foram identificados com base na morfologoia e, quando necessário, na biologia molecular (regiões ITS e LSU rDNA). As comunidades de fungos zigospóricos coprófilos foram exploradas quanto à riqueza, diversidade, equitabilidade, frequência de ocorrência e dissimilaridade. A estrutura das comunidades foi analisada por NMDS. A correlação de Spearman foi usada a fim de observar a correlação entre o alimento e a ocorrência dos fungos. Quarenta táxons, distribuídos entre as ordens Mucorales, Kickxellales e Zoopagales, incluindo novas espécies e novas ocorrências para América do Sul, foram isolados. Maiores riqueza e diversidade (Simpson) de fungos zigospóricos foram verificadas nas fezes de porco-
da-índia, mas ambas não variaram para a maioria dos excrementos dos diferentes animais. A diversidade (Shannon-Wiener) de fungos zigospóricos não variou entre os excrementos de nenhum dos animais. Não foram verificadas diferenças na riqueza, diversidade e equitabilidade de fungos zigospóricos entre os excrementos de roedores e não roedores, mas foi observado que a alimentação dos animais influencia na estruturação das comunidades dos fungos zigospóricos nos seus excrementos, sendo Thamnostyllum piriforme, Pilobolus crystalinus e Circinella umbellata as espécies que mais contribuem para a dissimilaridade entre as comunidades de fungos zigospóricos.
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VITORIA CRISTINA SANTIAGO ALVES
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RIQUEZA DE FUNGOS ANEMÓFILOS DA CAVERNA ABRIGO DO LETREIRO DO PARQUE NACIONAL DA FURNA FEIA – RN.
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Orientador : JADSON DIOGO PEREIRA BEZERRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDRE LUIZ FIRMINO
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DIEGO DE MEDEIROS BENTO
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JADSON DIOGO PEREIRA BEZERRA
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Data: 10/03/2022
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As cavernas são cavidades naturais rochosas que abrigam uma grande biodiversidade e permitem o acesso exploratório de seres humanos; são ecossistemas frágeis e delicados caracterizados pela ausência parcial ou total de luz. Apesar de suas características excepcionais como baixa disponibilidade de nutrientes e temperatura e umidade estáveis, as cavernas abrigam uma riqueza de organismos capazes de sobreviver em tais condições, como os fungos. Diante disso, este estudo teve como objetivo identificar as espécies de fungos presentes no ar da Caverna Abrigo do Letreiro, que faz parte de um complexo de cavernas da Caatinga, localizada no Parque Nacional da Furna Feia – RN. Além disso, fornecer dados micológicos para a elaboração do plano de manejo da caverna. A caverna foi tratada como uma única câmara com três pontos de coleta a partir da entrada principal: ponto 1 (5,7m), ponto 2 (5,2m) e ponto 3 (9,1m). Os fungos foram isolados por meio da exposição de placas de Petri com meio de cultura e posterior incubação a 28 °C durante 7-14 dias no escuro. Após isso, foi contabilizado o número de UFC e as colônias selecionadas foram isoladas. A identificação foi realizada utilizando dados morfológicos e análise filogenética de sequências de rDNA (ex. ITS, LSU, TEF1-α, ACT, CAL e β-TUB, a depender do gênero previamente identificado morfologicamente). No total, foram obtidas 526 UFC, sendo o ponto 3 o que apresentou mais colônias (UFC = 261), seguido pelos pontos 1 (UFC = 146) e 2 (UFC = 119). Foram selecionados 40 isolados, que foram identificados como pertencentes a 13 gêneros do filo Ascomycota e um gênero de Basidiomycota (Sympodiomycopsis). O gênero Aspergillus foi o mais comumente relatado (nove espécies), seguido por Cladosporium (três espécies). A maior riqueza de fungos foi observada no ponto 1. Do total de isolados (40) foram identificadas 25 espécies, das quais cinco (20%) foram consideradas como possíveis novidades taxonômicas dos gêneros Aspergillus, Auxarthron, Humicola, Lecanicillium e Talaromyces. Este estudo demonstra o potencial das cavernas da Caatinga para a descoberta de uma riqueza de fungos (já conhecidos ou não pela ciência) e contribui para que dados micológicos sejam incluídos no plano de manejo das cavernas que também podem ser consideradas um “hotspots” da diversidade de fungos no Brasil.
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As cavernas são cavidades naturais rochosas que abrigam uma grande biodiversidade e permitem o acesso exploratório de seres humanos; são ecossistemas frágeis e delicados caracterizados pela ausência parcial ou total de luz. Apesar de suas características excepcionais como baixa disponibilidade de nutrientes e temperatura e umidade estáveis, as cavernas abrigam uma riqueza de organismos capazes de sobreviver em tais condições, como os fungos. Diante disso, este estudo teve como objetivo identificar as espécies de fungos presentes no ar da Caverna Abrigo do Letreiro, que faz parte de um complexo de cavernas da Caatinga, localizada no Parque Nacional da Furna Feia – RN. Além disso, fornecer dados micológicos para a elaboração do plano de manejo da caverna. A caverna foi tratada como uma única câmara com três pontos de coleta a partir da entrada principal: ponto 1 (5,7m), ponto 2 (5,2m) e ponto 3 (9,1m). Os fungos foram isolados por meio da exposição de placas de Petri com meio de cultura e posterior incubação a 28 °C durante 7-14 dias no escuro. Após isso, foi contabilizado o número de UFC e as colônias selecionadas foram isoladas. A identificação foi realizada utilizando dados morfológicos e análise filogenética de sequências de rDNA (ex. ITS, LSU, TEF1-α, ACT, CAL e β-TUB, a depender do gênero previamente identificado morfologicamente). No total, foram obtidas 526 UFC, sendo o ponto 3 o que apresentou mais colônias (UFC = 261), seguido pelos pontos 1 (UFC = 146) e 2 (UFC = 119). Foram selecionados 40 isolados, que foram identificados como pertencentes a 13 gêneros do filo Ascomycota e um gênero de Basidiomycota (Sympodiomycopsis). O gênero Aspergillus foi o mais comumente relatado (nove espécies), seguido por Cladosporium (três espécies). A maior riqueza de fungos foi observada no ponto 1. Do total de isolados (40) foram identificadas 25 espécies, das quais cinco (20%) foram consideradas como possíveis novidades taxonômicas dos gêneros Aspergillus, Auxarthron, Humicola, Lecanicillium e Talaromyces. Este estudo demonstra o potencial das cavernas da Caatinga para a descoberta de uma riqueza de fungos (já conhecidos ou não pela ciência) e contribui para que dados micológicos sejam incluídos no plano de manejo das cavernas que também podem ser consideradas um “hotspots” da diversidade de fungos no Brasil.
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JANAINA DIAS FERREIRA
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DIVERSIDADE DE FUNGOS CONIDIAIS DE FOLHEDO TERRESTRE EM ÁREA DE MATA ATLÂNTICA RURAL E URBANA DE PERNAMBUCO
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Orientador : ELAINE MALOSSO
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MEMBROS DA BANCA :
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ELAINE MALOSSO
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IRACEMA HELENA SCHOENLEIN CRUSIUS
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ROGER FAGNER RIBEIRO MELO
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Data: 11/07/2022
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Nas florestas, em áreas de mata ciliar, são depositadas grandes quantidades de matéria orgânica, composta principalmente por folhas mortas. A matéria orgânica garante nutrientes para a manutenção desse ecossistema. Entre os organismos capazes de decompor a matéria orgânica estão os fungos conidiais, cuja principal importância para os ecossistemas é promover a ciclagem dos nutrientes a partir da decomposição. O objetivo deste estudo foi comparar a diversidade de fungos conidiais de folhedo terrestre entre duas áreas de floresta úmida, uma na área rural e a outra em uma área urbana de Pernambuco. Para isso, foram observados 864 fragmentos de folhas em decomposição, coletadas em oito expedições, que resultaram em 51 taxons de fungos. Destes, 48 espécies foram observadas na ESEC (Estação Ecológica de Caetés), com 25 espécies exclusivas e 23 espécies em comum com a outra área, a RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Trapiche cujo total foi 25 taxons. O número de ocorrências para a ESEC Caetés foi de 454 e para a RPPN Trapiche foi de 275. As espécies com maior número de ocorrências foram: Beltraniella portoricensis, com 70 ocorrências, seguida de Cryptophiale kakombensis (39), Chalara alabamensis e Gyrothrix circinata (37 cada). As curvas de acumulação de espécies nas duas áreas foram consideradas tendendo ao equilíbrio, revelando a cobertura pelo esforço amostral de 96,8% e 96,4% dos taxons estimados para a ESEC Caetés e a RPPN Trapiche, respectivamente. A similaridade entre as coletas e áreas, neste trabalho, foi de aproximadamente 70% e considerada alta. Com relação à constância das espécies, a maioria foi constante nas duas áreas de estudo (72% na RPPN Trapiche e 67% na ESEC Caetés). Os dados de correlação de Pearson entre o conteúdo de ergosterol do folhedo, no período de coleta (chuvoso ou seco), com a ocorrência das espécies mostram que, no período seco o ergosterol apresentou moderada correlação positiva com a ocorrência na ESEC Caetés enquanto na RPPN Trapiche houve forte correlação negativa nesse período. No período chuvoso, na ESEC Caetés houve correlação moderada negativa e na RPPN Trapiche, forte correlação negativa entre essas variáveis. O teor de ergosterol no folhedo, que representa a biomassa de fungos neste substrato, foi maior na área rural da RPPN Trapiche, em relação à área urbana da ESEC Caetés. Na análise de componentes principais (PCA), não foi observada estrutura definida da comunidade de fungos conidiais entre áreas ou pontos de coleta na área, ou ainda entre períodos de amostragem, com a primeira e segunda componentes explicando apenas 17% da variação dos dados. Do ponto de vista climático, as duas áreas de estudo são consideradas similares, no entanto, quando consideradas as comunidades de fungos, a área rural reflorestada é mais impactada e tem menor riqueza e menor ocorrência de fungos conidiais.
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Nas florestas, em áreas de mata ciliar, são depositadas grandes quantidades de matéria orgânica, composta principalmente por folhas mortas. A matéria orgânica garante nutrientes para a manutenção desse ecossistema. Entre os organismos capazes de decompor a matéria orgânica estão os fungos conidiais, cuja principal importância para os ecossistemas é promover a ciclagem dos nutrientes a partir da decomposição. O objetivo deste estudo foi comparar a diversidade de fungos conidiais de folhedo terrestre entre duas áreas de floresta úmida, uma na área rural e a outra em uma área urbana de Pernambuco. Para isso, foram observados 864 fragmentos de folhas em decomposição, coletadas em oito expedições, que resultaram em 51 taxons de fungos. Destes, 48 espécies foram observadas na ESEC (Estação Ecológica de Caetés), com 25 espécies exclusivas e 23 espécies em comum com a outra área, a RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Trapiche cujo total foi 25 taxons. O número de ocorrências para a ESEC Caetés foi de 454 e para a RPPN Trapiche foi de 275. As espécies com maior número de ocorrências foram: Beltraniella portoricensis, com 70 ocorrências, seguida de Cryptophiale kakombensis (39), Chalara alabamensis e Gyrothrix circinata (37 cada). As curvas de acumulação de espécies nas duas áreas foram consideradas tendendo ao equilíbrio, revelando a cobertura pelo esforço amostral de 96,8% e 96,4% dos taxons estimados para a ESEC Caetés e a RPPN Trapiche, respectivamente. A similaridade entre as coletas e áreas, neste trabalho, foi de aproximadamente 70% e considerada alta. Com relação à constância das espécies, a maioria foi constante nas duas áreas de estudo (72% na RPPN Trapiche e 67% na ESEC Caetés). Os dados de correlação de Pearson entre o conteúdo de ergosterol do folhedo, no período de coleta (chuvoso ou seco), com a ocorrência das espécies mostram que, no período seco o ergosterol apresentou moderada correlação positiva com a ocorrência na ESEC Caetés enquanto na RPPN Trapiche houve forte correlação negativa nesse período. No período chuvoso, na ESEC Caetés houve correlação moderada negativa e na RPPN Trapiche, forte correlação negativa entre essas variáveis. O teor de ergosterol no folhedo, que representa a biomassa de fungos neste substrato, foi maior na área rural da RPPN Trapiche, em relação à área urbana da ESEC Caetés. Na análise de componentes principais (PCA), não foi observada estrutura definida da comunidade de fungos conidiais entre áreas ou pontos de coleta na área, ou ainda entre períodos de amostragem, com a primeira e segunda componentes explicando apenas 17% da variação dos dados. Do ponto de vista climático, as duas áreas de estudo são consideradas similares, no entanto, quando consideradas as comunidades de fungos, a área rural reflorestada é mais impactada e tem menor riqueza e menor ocorrência de fungos conidiais.
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MARILIA PEREIRA RODRIGUES DE MELO
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Patogenicidade da micobiota nativa contra o cupim arborícola Nasutitermes corniger (BlattodeA: Termitidae)
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Orientador : PATRICIA VIEIRA TIAGO
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MEMBROS DA BANCA :
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ATHALINE GONÇALVES DINIZ
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PATRICIA VIEIRA TIAGO
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VIRGINIA MICHELLE SVEDESE
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Data: 18/07/2022
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MAYARA GOES KETTNER
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AVALIAÇÃO DA FITOPATOGENICIDADE DE ISOLADOS ENTOMOPATOGÊNICOS DOS COMPLEXOS DE ESPÉCIES Fusarium incarnatum-equiseti E Fusarium fujikuroi
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Orientador : PATRICIA VIEIRA TIAGO
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXANDRE REIS MACHADO
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ANA PAULA DE ALMEIDA PORTELA DA SILVA
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PATRICIA VIEIRA TIAGO
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Data: 31/08/2022
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O uso de fungos entomopatogênicos pode reduzir significativamente as populações de insetos em várias culturas importantes como feijões, fava e laranjeiras, sendo uma prática viável e segura. O gênero Fusarium é de grande importância para o controle de pragas por ter ampla gama de insetos hospedeiros. Os esforços para utilizar espécies de Fusarium no controle biológico têm sido limitados pela preocupação de liberar inadvertidamente fitopatógenos, que em larga escala poderiam contaminar o ambiente. Em razão disso, o objetivo do presente estudo foi determinar a fitopatogenicidade de isolados
entomopatogênicos pertencentes aos complexos de espécies Fusarium incarnatum- equiseti (Fusarium sulawesiense e Fusarium pernambucanum) e Fusarium fujikuroi
(Fusarium proliferatum, Fusarium volatile e Fusarium verticillioides) em plantas do feijão comum (Phaseolus vulgaris), fava (Phaseolus lunatus), feijão-caupi (Vigna unguiculata) e laranjeira (Citrus sinensis). A fitopatogenicidade dos isolados foi testada nas leguminosas utilizando três formas de inoculação: imersão das raízes em suspensão de conídios, pulverização nas folhas e corte de colo com deposição de discos de micélio. Para as mudas de laranja pera, foram aplicadas duas metodologias de inoculação, corte de colo com deposição de discos de micélio e pulverização das folhas. A avaliação dos bioensaios ocorreu aos 30 dias após a inoculação, medindo-se o comprimento das plantas, o número de folíolos e o peso da matéria seca da parte área. Os isolados entomopatogênicos não expressaram potencial fitopatogênicos nas plantas testadas. Os métodos de inoculação dos fungos por corte de colo e pulverização das folhas não manifestaram nenhuma mudança significativa nos tamanhos, número de folíolos, na aparência (ausência de sintomas de fusariose) e massa seca dos feijões, da fava e da laranjeira. No método por corte de raiz, os isolados F. sulawesiense URM 7560, F. proliferatum URM 8049 e F. volatile URM 8050 causaram uma diminuição no tamanho somente das plantas do feijão-caupi. Os isolados do gênero Fusarium são seguros e podem ser utilizados como um agente de biocontrole.
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O uso de fungos entomopatogênicos pode reduzir significativamente as populações de insetos em várias culturas importantes como feijões, fava e laranjeiras, sendo uma prática viável e segura. O gênero Fusarium é de grande importância para o controle de pragas por ter ampla gama de insetos hospedeiros. Os esforços para utilizar espécies de Fusarium no controle biológico têm sido limitados pela preocupação de liberar inadvertidamente fitopatógenos, que em larga escala poderiam contaminar o ambiente. Em razão disso, o objetivo do presente estudo foi determinar a fitopatogenicidade de isolados
entomopatogênicos pertencentes aos complexos de espécies Fusarium incarnatum- equiseti (Fusarium sulawesiense e Fusarium pernambucanum) e Fusarium fujikuroi
(Fusarium proliferatum, Fusarium volatile e Fusarium verticillioides) em plantas do feijão comum (Phaseolus vulgaris), fava (Phaseolus lunatus), feijão-caupi (Vigna unguiculata) e laranjeira (Citrus sinensis). A fitopatogenicidade dos isolados foi testada nas leguminosas utilizando três formas de inoculação: imersão das raízes em suspensão de conídios, pulverização nas folhas e corte de colo com deposição de discos de micélio. Para as mudas de laranja pera, foram aplicadas duas metodologias de inoculação, corte de colo com deposição de discos de micélio e pulverização das folhas. A avaliação dos bioensaios ocorreu aos 30 dias após a inoculação, medindo-se o comprimento das plantas, o número de folíolos e o peso da matéria seca da parte área. Os isolados entomopatogênicos não expressaram potencial fitopatogênicos nas plantas testadas. Os métodos de inoculação dos fungos por corte de colo e pulverização das folhas não manifestaram nenhuma mudança significativa nos tamanhos, número de folíolos, na aparência (ausência de sintomas de fusariose) e massa seca dos feijões, da fava e da laranjeira. No método por corte de raiz, os isolados F. sulawesiense URM 7560, F. proliferatum URM 8049 e F. volatile URM 8050 causaram uma diminuição no tamanho somente das plantas do feijão-caupi. Os isolados do gênero Fusarium são seguros e podem ser utilizados como um agente de biocontrole.
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ALBA TAINNA COELHO TAVARES
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ATRIBUTOS MICROBIOLÓGICOS COMO INDICADORES DE REGENERAÇÃO DO SOLO NA MATA ATLÂNTICA
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Orientador : LEONOR COSTA MAIA
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MEMBROS DA BANCA :
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CAROLINA LINS E SILVA
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CARLOS ALBERTO FRAGOSO DE SOUZA
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LEONOR COSTA MAIA
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Data: 29/11/2022
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A Mata Atlântica apresenta altos índices de biodiversidade, é um dos biomas mais ameaçados do planeta e encontra-se sob forte pressão antrópica, o que resulta em perda florestal e impacto nos solos. A recomposição das características edáficas está relacionada ao estabelecimento das comunidades vegetais e da atividade biológica do solo ao longo do tempo, sendo importante acompanhar esse processo, que reflete a regeneração natural da área. O objetivo deste trabalho foi avaliar as propriedades microbiológicas do solo em fragmentos de Floresta Atlântica com três estágios de sucessão vegetal: inicial, intermediário e maduro. O estudo foi realizado no Parque Estadual de Dois Irmãos (PEDI), estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Os fragmentos apresentaram diferenças edáficas significativas entre os estágios de sucessão, sendo os estágios inicial e intermediário mais semelhantes entre si, enquanto o estágio maduro se mostrou o mais distinto dos outros fragmentos. Propriedades biológicas do solo como a atividade enzimática, o carbono da biomassa microbiana, a respiração basal ou induzida pelo substrato, variaram significativamente em função do tempo de regeneração, exceto as proteínas do solo relacionadas à glomalina. Observou-se que a recuperação gradual da estrutura e do funcionamento microbiano do solo nas áreas estudadas vem ocorrendo ao longo do tempo. Os fragmentos inicial e intermediário estudados encontram-se em evolução na recuperação da qualidade do solo em direção ao estágio maduro, com tendência à estabilidade, enquanto o fragmento maduro apresenta comportamento microbiológico distinto das demais áreas, apresentando boa resiliência. As florestas secundárias tropicais refletem seu potencial de armazenamento de carbono e previsão para outros serviços ecossistêmicos, necessitando de medidas urgentes de proteção.
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A Mata Atlântica apresenta altos índices de biodiversidade, é um dos biomas mais ameaçados do planeta e encontra-se sob forte pressão antrópica, o que resulta em perda florestal e impacto nos solos. A recomposição das características edáficas está relacionada ao estabelecimento das comunidades vegetais e da atividade biológica do solo ao longo do tempo, sendo importante acompanhar esse processo, que reflete a regeneração natural da área. O objetivo deste trabalho foi avaliar as propriedades microbiológicas do solo em fragmentos de Floresta Atlântica com três estágios de sucessão vegetal: inicial, intermediário e maduro. O estudo foi realizado no Parque Estadual de Dois Irmãos (PEDI), estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Os fragmentos apresentaram diferenças edáficas significativas entre os estágios de sucessão, sendo os estágios inicial e intermediário mais semelhantes entre si, enquanto o estágio maduro se mostrou o mais distinto dos outros fragmentos. Propriedades biológicas do solo como a atividade enzimática, o carbono da biomassa microbiana, a respiração basal ou induzida pelo substrato, variaram significativamente em função do tempo de regeneração, exceto as proteínas do solo relacionadas à glomalina. Observou-se que a recuperação gradual da estrutura e do funcionamento microbiano do solo nas áreas estudadas vem ocorrendo ao longo do tempo. Os fragmentos inicial e intermediário estudados encontram-se em evolução na recuperação da qualidade do solo em direção ao estágio maduro, com tendência à estabilidade, enquanto o fragmento maduro apresenta comportamento microbiológico distinto das demais áreas, apresentando boa resiliência. As florestas secundárias tropicais refletem seu potencial de armazenamento de carbono e previsão para outros serviços ecossistêmicos, necessitando de medidas urgentes de proteção.
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JAILMA ALVES DA SILVA
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Estrutura de comunidades de fungos micorrízicos arbusculares em estágios de sucessão vegetal na Mata Atlântica.
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Orientador : LEONOR COSTA MAIA
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MEMBROS DA BANCA :
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ADRIANA MAYUMI YANO DE MELO
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DANIELLE KARLA ALVES DA SILVA
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LEONOR COSTA MAIA
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Data: 30/11/2022
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Composta por diversas formações florestais e ecossistemas associados, a Mata Atlântica compreende cerca de 32 milhões de ha de áreas naturais, proporcionando inúmeros serviços ecossistêmicos. Porém, o desmatamento vem reduzindo a floresta a pequenos fragmentos que levam à perda de biodiversidade. Atualmente, paisagens florestais secundárias são prevalentes no mundo e surgem após uma área ter sofrer alguma perturbação de origem natural ou humana. Como resposta, ocorre substituição progressiva das espécies vegetais ao longo do tempo, caracterizando uma sucessão ecológica. Os fungos micorrízicos arbusculares (FMA) formam associação mutualística com as plantas e contribuindo para o avanço sucessional nos ecossistemas, pelo maior aporte nutricional aos hospedeiros e benefícios à estrutura do solo. Considerando o papel dos FMA na manutenção das comunidades vegetais e ecossistemas, objetivou-se determinar: estrutura, diversidade, composição e fatores estruturadores das comunidades de FMA em áreas de sucessão na Mata Atlântica, testando as seguintes hipóteses: (1) áreas de floresta madura têm maior diversidade de espécies de FMA do que as de sucessão inicial; (2) nessas áreas iniciais há maior abundância de FMA com estratégia de vida ruderal, em comparação com áreas em estágio mais avançado de sucessão. Amostras de solo e raízes foram coletadas em três áreas (floresta madura, florestas secundárias: inicial e tardia) sendo três subáreas para cada estágio de sucessão. Em cada subárea foi estabelecido um grid de 30x30 m, e coletadas cinco amostras simples de solo rizosférico, totalizando 45 unidades amostrais. Foram identificados 38 táxons de FMA em amostras de campo e mais três em culturas armadilha, distribuídas em 10 famílias e 15 gêneros, com maior riqueza de táxons de Acaulospora e Glomus. Foi acessada 70% da riqueza de espécies de FMA com base no estimador de riqueza Jackknife 1. Registraram-se maiores taxas de colonização radicular e de glomerosporos nas áreas de floresta secundária inicial. Com base no índice de Shannon a diversidade de espécies de FMA diferiu apenas entre as áreas de floresta secundária inicial e tardia. Os principais fatores influenciando a distribuição das comunidades de FMA foram: areias grossa, areia fina, silte, alumínio, fósforo, sódio, pH e saturação por bases. Maior número de espécies exclusivas foi registrado nas áreas maduras, que teve três espécies de FMA indicadoras. A formação acaulosporoide foi indicadors das áreas de floresta madura e secundária inicial. A distribuição das comunidades de FMA foi influenciada pelos diferentes estágios sucessionais e por diversos atributos do solo.
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Composta por diversas formações florestais e ecossistemas associados, a Mata Atlântica compreende cerca de 32 milhões de ha de áreas naturais, proporcionando inúmeros serviços ecossistêmicos. Porém, o desmatamento vem reduzindo a floresta a pequenos fragmentos que levam à perda de biodiversidade. Atualmente, paisagens florestais secundárias são prevalentes no mundo e surgem após uma área ter sofrer alguma perturbação de origem natural ou humana. Como resposta, ocorre substituição progressiva das espécies vegetais ao longo do tempo, caracterizando uma sucessão ecológica. Os fungos micorrízicos arbusculares (FMA) formam associação mutualística com as plantas e contribuindo para o avanço sucessional nos ecossistemas, pelo maior aporte nutricional aos hospedeiros e benefícios à estrutura do solo. Considerando o papel dos FMA na manutenção das comunidades vegetais e ecossistemas, objetivou-se determinar: estrutura, diversidade, composição e fatores estruturadores das comunidades de FMA em áreas de sucessão na Mata Atlântica, testando as seguintes hipóteses: (1) áreas de floresta madura têm maior diversidade de espécies de FMA do que as de sucessão inicial; (2) nessas áreas iniciais há maior abundância de FMA com estratégia de vida ruderal, em comparação com áreas em estágio mais avançado de sucessão. Amostras de solo e raízes foram coletadas em três áreas (floresta madura, florestas secundárias: inicial e tardia) sendo três subáreas para cada estágio de sucessão. Em cada subárea foi estabelecido um grid de 30x30 m, e coletadas cinco amostras simples de solo rizosférico, totalizando 45 unidades amostrais. Foram identificados 38 táxons de FMA em amostras de campo e mais três em culturas armadilha, distribuídas em 10 famílias e 15 gêneros, com maior riqueza de táxons de Acaulospora e Glomus. Foi acessada 70% da riqueza de espécies de FMA com base no estimador de riqueza Jackknife 1. Registraram-se maiores taxas de colonização radicular e de glomerosporos nas áreas de floresta secundária inicial. Com base no índice de Shannon a diversidade de espécies de FMA diferiu apenas entre as áreas de floresta secundária inicial e tardia. Os principais fatores influenciando a distribuição das comunidades de FMA foram: areias grossa, areia fina, silte, alumínio, fósforo, sódio, pH e saturação por bases. Maior número de espécies exclusivas foi registrado nas áreas maduras, que teve três espécies de FMA indicadoras. A formação acaulosporoide foi indicadors das áreas de floresta madura e secundária inicial. A distribuição das comunidades de FMA foi influenciada pelos diferentes estágios sucessionais e por diversos atributos do solo.
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Teses |
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GISLAINE CRISTINA DE SOUZA MELANDA
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CONTRIBUIÇÕES À TAXONOMIA E FILOGENIA DE PHALLALES E. FISCH. (BASIDIOMYCOTA, AGARICOMYCETES)
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Orientador : IURI GOULART BASEIA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXANDRE GONÇALVES DOS SANTOS SILVA FILHO
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ANA CLARISSA MOURA RODRIGUES
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BIANCA DENISE BARBOSA DA SILVA
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IURI GOULART BASEIA
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RENATO JUCIANO FERREIRA
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Data: 08/06/2022
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Fungos da ordem Phallales são conhecidos como chifres fedorentos que exalam odor e atraem insetos, responsáveis pela dispersão dos basidiosporos. Estudos aplicados foram desenvolvidos com Phallales destacando-se a descoberta de ações antitumorais, antifúngicas e inseticidas, além de serem utilizados como alimento. Em 2006 foi publicado o primeiro trabalho com filogenia molecular que representou a ordem dividida em seis famílias: Clatraceae, Claustulaceae, Lysuraceae, Phallaceae, Protophallaceae e Trappeaceae. Gastrosporiaceae é incorporada à ordem em 2014, e mesmo assim tal filogenia não representou todas as sete famílias, o que trouxe dúvidas em relação ao real posicionamento das famílias em Phallales. Além disso alguns gêneros da ordem ainda não haviam sido estudados por molecular. Diante disso, o objetivo geral da tese é reconhecer as relações filogenéticas das famílias de Phallales e contribuir para a taxonomia e sistemática do grupo. Por meio de análises morfológicas e moleculares, com materiais oriundos de empréstimo e coletados por parceiros, foram desenvolvidos cinco artigos que ampliaram o conhecimento do grupo. A filogenia com as sete ordens de Phallales foi representada; foram descritas quatro novas espécies de Staheliomyces, novos registros foram publicados para o Brasil e foi desenvolvida uma revisão do tipo de Colus schellenbergiae e materiais de localidade tipo de Clathrus columnatus. Nesta tese foi possível constatar que a diversidade de Phallales está subestimada e ressaltar a importância de trabalhos de base para a construção do conhecimento do grupo.
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Fungos da ordem Phallales são conhecidos como chifres fedorentos que exalam odor e atraem insetos, responsáveis pela dispersão dos basidiosporos. Estudos aplicados foram desenvolvidos com Phallales destacando-se a descoberta de ações antitumorais, antifúngicas e inseticidas, além de serem utilizados como alimento. Em 2006 foi publicado o primeiro trabalho com filogenia molecular que representou a ordem dividida em seis famílias: Clatraceae, Claustulaceae, Lysuraceae, Phallaceae, Protophallaceae e Trappeaceae. Gastrosporiaceae é incorporada à ordem em 2014, e mesmo assim tal filogenia não representou todas as sete famílias, o que trouxe dúvidas em relação ao real posicionamento das famílias em Phallales. Além disso alguns gêneros da ordem ainda não haviam sido estudados por molecular. Diante disso, o objetivo geral da tese é reconhecer as relações filogenéticas das famílias de Phallales e contribuir para a taxonomia e sistemática do grupo. Por meio de análises morfológicas e moleculares, com materiais oriundos de empréstimo e coletados por parceiros, foram desenvolvidos cinco artigos que ampliaram o conhecimento do grupo. A filogenia com as sete ordens de Phallales foi representada; foram descritas quatro novas espécies de Staheliomyces, novos registros foram publicados para o Brasil e foi desenvolvida uma revisão do tipo de Colus schellenbergiae e materiais de localidade tipo de Clathrus columnatus. Nesta tese foi possível constatar que a diversidade de Phallales está subestimada e ressaltar a importância de trabalhos de base para a construção do conhecimento do grupo.
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VALERIA FERREIRA DA SILVA COSTA SANTANA
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DESCOLORAÇÃO DO CORANTE ÍNDIGO CARMIM POR AGARICOMYCETES COLETADOS NO NORTE E NORDESTE DO BRASIL
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Orientador : NORMA BUARQUE DE GUSMAO
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MEMBROS DA BANCA :
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CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA
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NEIVA TINTI DE OLIVEIRA
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NELSON MANUEL VIANA DA SILVA LIMA
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NORMA BUARQUE DE GUSMAO
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RITA DE CASSIA MENDONCA DE MIRANDA
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Data: 01/07/2022
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A micorremediação surge como alternativa para minimizar a poluição causada por compostos recalcitrantes descartados no ambiente (solo e água). Considerando o potencial de representantes de Agaricomycetes na degradação e mineralização da lignina, este trabalho teve por objetivo identificar linhagens promissoras à utilização em processos de remoção do corante índigo carmim utilizado na coloração do denim e detectar a produção de enzimas ligninolíticas, lacase (Lac), lignina peroxidase (LiP) e manganês peroxidase (MnP) em espécies de Agaricomycetes coletadas no Norte e Nordeste do Brasil, tendo em vista a escassez de conhecimento sobre espécies tropicais do Brasil. Cento e quarenta e cinco espécimes foram utilizadas para o cultivo. O teste de Bavendamm selecionou as linhagens produtoras das fenoloxidases. Dez espécimes foram selecionadas e utilizadas em ensaios de descoloração do índigo carmim. Os testes ocorreram em caldo Kirk, sem esterilização a ± 28°C sob condição estática, durante 5 dias. Testes de detecção para as enzimas Lac, MnP e LiP foram realizados de acordo com protocolo para cada enzima. Os percentuais de descoloração variaram entre 56% a 96,11%, sendo os mais significativos para as linhagens de Trametes: T. lactinea URM 8350 (81,40%), T. lactinea URM 8354 (85,09%) e T. villosa URM 8022 (96,11%). Polyporus philippinensis URM 87927 e Polyporus aff. thailandensis URM 8351 apresentaram percentuais de descoloração de 78% e 72% e, provavelmente, são os primeiros estudos dessas espécies em testes de descoloração. Atividade de Lac e MnP foi detectada nas linhagens de Pleurotus djamor URM 8113, Schizophyllum commune URM 8549, T. lactinea URM 8350, T. lactinea URM 8354 e T. villosa URM 8022. A LiP foi detectada apenas em Perenniporia centrali-africana. Os resultados obtidos evidenciam a importância de estudos de triagem para identificar linhagens promissoras, possibilitando a aplicação em processos de biorremediação e biotecnologia. Entretanto, a continuidade e o desenvolvimento de novas pesquisas permitirão compreender a fisiologia e os mecanismos enzimáticos de cada linhagem.
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A micorremediação surge como alternativa para minimizar a poluição causada por compostos recalcitrantes descartados no ambiente (solo e água). Considerando o potencial de representantes de Agaricomycetes na degradação e mineralização da lignina, este trabalho teve por objetivo identificar linhagens promissoras à utilização em processos de remoção do corante índigo carmim utilizado na coloração do denim e detectar a produção de enzimas ligninolíticas, lacase (Lac), lignina peroxidase (LiP) e manganês peroxidase (MnP) em espécies de Agaricomycetes coletadas no Norte e Nordeste do Brasil, tendo em vista a escassez de conhecimento sobre espécies tropicais do Brasil. Cento e quarenta e cinco espécimes foram utilizadas para o cultivo. O teste de Bavendamm selecionou as linhagens produtoras das fenoloxidases. Dez espécimes foram selecionadas e utilizadas em ensaios de descoloração do índigo carmim. Os testes ocorreram em caldo Kirk, sem esterilização a ± 28°C sob condição estática, durante 5 dias. Testes de detecção para as enzimas Lac, MnP e LiP foram realizados de acordo com protocolo para cada enzima. Os percentuais de descoloração variaram entre 56% a 96,11%, sendo os mais significativos para as linhagens de Trametes: T. lactinea URM 8350 (81,40%), T. lactinea URM 8354 (85,09%) e T. villosa URM 8022 (96,11%). Polyporus philippinensis URM 87927 e Polyporus aff. thailandensis URM 8351 apresentaram percentuais de descoloração de 78% e 72% e, provavelmente, são os primeiros estudos dessas espécies em testes de descoloração. Atividade de Lac e MnP foi detectada nas linhagens de Pleurotus djamor URM 8113, Schizophyllum commune URM 8549, T. lactinea URM 8350, T. lactinea URM 8354 e T. villosa URM 8022. A LiP foi detectada apenas em Perenniporia centrali-africana. Os resultados obtidos evidenciam a importância de estudos de triagem para identificar linhagens promissoras, possibilitando a aplicação em processos de biorremediação e biotecnologia. Entretanto, a continuidade e o desenvolvimento de novas pesquisas permitirão compreender a fisiologia e os mecanismos enzimáticos de cada linhagem.
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EDUARDO MARQUES DE ARAUJO
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DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA RESISTÊNCIA FÚNGICA EM ISOLADOS CLÍNICOS E AMBIENTAIS DE Aspergillus spp.
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Orientador : REGINALDO GONCALVES DE LIMA NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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REGINALDO GONCALVES DE LIMA NETO
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ANA MARIA RABELO DE CARVALHO PARAHYM
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CLAUDIA ELISE FERRAZ SILVA
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MARIA DANIELA SILVA BUONAFINA PAZ
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WENDELL WONS NEVES
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Data: 30/08/2022
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Mostrar Resumo
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Os fungos do gênero Aspergillus são patógenos oportunistas que são facilmente encontrados no ar que nos cerca, sendo constantemente inalados, podem causar infecções fúngicas invasivas (IFI) e em alguns casos também infecções resistentes a antifungicos. O diagnóstico, para este tipo de infecção é difícil, pois os sinais clínicos e sintomas, bem como os achados radiológicos, são muitas vezes inespecíficos, e os métodos convencionais de cultura apresentam baixas sensibilidades. No estado de Pernambuco, nenhum centro médico utiliza técnicas de detecção sorológica para estes fungos, nem rastreio de surgimento de fungos resistentes, tornando evidente a necessidade da implantação de métodos de diagnósticos e sensibilidade antifúngica na rotina hospitalar para esta infecção, e complementarmente o desenvolvimento e implementação de novas técnicas de detecção do antígeno, para um diagnóstico rápido e conclusivo no estado. Com isto, objetivamos diagnosticar casos de aspergilose em hospitais terciários no estado de Pernambuco, adicionando na rotina hospitalar, diagnósticos específicos para aspergilose e caracterização da resistência fúngica de isolados clínicos e ambientais de Aspergillus spp.. Com os resultados desse estudo, foi possível concluir que existe infecções por fungos do gênero Aspergillus potencialmente letais, sendo subnotificadas no estado de Pernambuco, e que o uso generalizado de fungicidas azólicos na agricultura está acoplado ao isolamento generalizado de fungos do gênero Aspergillus resistente a antifúngicos no estado de Pernambuco.
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Os fungos do gênero Aspergillus são patógenos oportunistas que são facilmente encontrados no ar que nos cerca, sendo constantemente inalados, podem causar infecções fúngicas invasivas (IFI) e em alguns casos também infecções resistentes a antifungicos. O diagnóstico, para este tipo de infecção é difícil, pois os sinais clínicos e sintomas, bem como os achados radiológicos, são muitas vezes inespecíficos, e os métodos convencionais de cultura apresentam baixas sensibilidades. No estado de Pernambuco, nenhum centro médico utiliza técnicas de detecção sorológica para estes fungos, nem rastreio de surgimento de fungos resistentes, tornando evidente a necessidade da implantação de métodos de diagnósticos e sensibilidade antifúngica na rotina hospitalar para esta infecção, e complementarmente o desenvolvimento e implementação de novas técnicas de detecção do antígeno, para um diagnóstico rápido e conclusivo no estado. Com isto, objetivamos diagnosticar casos de aspergilose em hospitais terciários no estado de Pernambuco, adicionando na rotina hospitalar, diagnósticos específicos para aspergilose e caracterização da resistência fúngica de isolados clínicos e ambientais de Aspergillus spp.. Com os resultados desse estudo, foi possível concluir que existe infecções por fungos do gênero Aspergillus potencialmente letais, sendo subnotificadas no estado de Pernambuco, e que o uso generalizado de fungicidas azólicos na agricultura está acoplado ao isolamento generalizado de fungos do gênero Aspergillus resistente a antifúngicos no estado de Pernambuco.
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BRUNA RODRIGUES DE SOUSA
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CARACTERIZAÇÃO POLIFÁSICA, DESCRIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E ANÁLISE DE MECANISMOS DE REVERSÃO DE RESISTÊNCIA FÚNGICA A TRIAZÓLICOS DE ISOLADOS CLÍNICOS DE Candida sp. A PARTIR DE DERIVADOS PIRIDIL-TIAZOLIDINONAS
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Orientador : REGINALDO GONCALVES DE LIMA NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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GUILHERME MARANHAO CHAVES
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MANOEL MARQUES EVANGELISTA DE OLIVEIRA
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PAULO SERGIO RAMOS DE ARAUJO
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REGINALDO GONCALVES DE LIMA NETO
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SYLVIA MARIA DE LEMOS HINRICHSEN
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Data: 30/09/2022
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A Candidíase Invasiva (CI) representa um grave problema de saúde pública devido as altas taxas de morbimortalidade. Os triazólicos são comumente utilizados na terapia desta infecção, o que fez com que nos últimos anos, Candida spp. tenham desenvolvido resistência. A resistência fúngica limita as opções terapêuticas e o tratamento combinado é considerado uma ferramenta relevante. Neste sentido, Derivados Piridil-tiazolidinonas (DPT) surgem como uma opção devido seus farmacóforos possuírem atividade antimicrobiana descrita. Assim, o estudo teve como objetivo caracterizar isolados clínicos de Candida por abordagem polifásica, descrever o perfil clínico-epidemiológico dos casos envolvidos e analisar os mecanismos de reversão da resistência fúngica a triazólicos a partir de DPT para propor uma nova alternativa terapêutica. O diagnóstico da CI foi realizado por metodologia convencional. As colônias de Candida spp. isoladas e puras foram identificadas utilizando ágar cromogênico, sistema automatizado e proteômica. O mapeamento epidemiológico dos pacientes envolvidos na pesquisa foi realizado por análise de prontuário. O perfil de susceptibilidade das cepas a Fluconazol (FLC), Voriconazol (VRC), Isavuconazol (ISA) e DPT foi avaliado por microdiluição em caldo. A reversão da resistência foi avaliada por teste tipo tabuleiro de xadrez com os triazólicos e o composto DPT mais bioativo isoladamente. O nível de expressão relativa de ERG11, CDR1, CDR2 e MDR1 foi avaliado em dois isolados de Candida resistentes a FLC e VRC sob diferentes condições de exposição antifúngica. A CI foi confirmada em 24 pacientes, onde treze (53%) eram mulheres. Hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, câncer, uso de antibioticoterapia, de dispositivos invasivos e cirurgia prévia foram associados a esta infecção. Foram incorporados a pesquisa 48 cepas de Candida spp., onde a proteômica identificou com maior prevalência 14 (29%) C. albicans. Onze cepas emergentes de C. auris (23%), e uma (2%) cepa de cada espécie a seguir: C. duobushaemulonii, C. guilliermondii, C. lusitaniae, C. nivariensis e C. pelliculosa. Sete (14%), 12 (25%) e oito (17%) cepas se apresentaram como Resistentes (R) ou Non-Wild Type (NWT) ao FLC, VRC e ISA respectivamente. Cinco entre os DPTs avaliados foram eficientes, onde o composto ((Z)-2-((E)-(1-(pyridin-2-yl)ethylidene)hydrazono)thiazolidin-4-one) (JA2- 21a) apresentou destaque com uma média de concentração inibitória mínima de 4
μg/mL. Em cinco (71%) isolados R ou NWT ao FLC foi observado Interação Sinérgica Fungistática (ISF50) com o JA2-21a. Para o VRC, cinco (42%) isolados R ou NWT apresentaram ISF50 e dois (17%) Interação Sinérgica Fungicida (ISF100). Seis (75%) isolados NWT ao ISA apresentaram ISF50 e dois (25%) ISF100. A resistência de C. tropicalis (BS 06) foi confirmada por superexpressão do ERG11, CDR1 e CDR2; em C. albicans (BS 36) por upregulation do CDR2. O composto JA2- 21a promoveu a reversão da resistência em ambos os isolados por downregulation do ERG11, CDR1 e CDR2. Em suma, este estudo relatou a segunda ocorrência de C. nivariensis no Brasil e a primeira de C. auris em Pernambuco. Além do que, demonstrou a capacidade antifúngica e moduladora do composto JA2-21a sob genes ligados a resistência fúngica, o que pode contribuir para o desenvolvimento de uma nova terapia complementar para a CI.
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A Candidíase Invasiva (CI) representa um grave problema de saúde pública devido as altas taxas de morbimortalidade. Os triazólicos são comumente utilizados na terapia desta infecção, o que fez com que nos últimos anos, Candida spp. tenham desenvolvido resistência. A resistência fúngica limita as opções terapêuticas e o tratamento combinado é considerado uma ferramenta relevante. Neste sentido, Derivados Piridil-tiazolidinonas (DPT) surgem como uma opção devido seus farmacóforos possuírem atividade antimicrobiana descrita. Assim, o estudo teve como objetivo caracterizar isolados clínicos de Candida por abordagem polifásica, descrever o perfil clínico-epidemiológico dos casos envolvidos e analisar os mecanismos de reversão da resistência fúngica a triazólicos a partir de DPT para propor uma nova alternativa terapêutica. O diagnóstico da CI foi realizado por metodologia convencional. As colônias de Candida spp. isoladas e puras foram identificadas utilizando ágar cromogênico, sistema automatizado e proteômica. O mapeamento epidemiológico dos pacientes envolvidos na pesquisa foi realizado por análise de prontuário. O perfil de susceptibilidade das cepas a Fluconazol (FLC), Voriconazol (VRC), Isavuconazol (ISA) e DPT foi avaliado por microdiluição em caldo. A reversão da resistência foi avaliada por teste tipo tabuleiro de xadrez com os triazólicos e o composto DPT mais bioativo isoladamente. O nível de expressão relativa de ERG11, CDR1, CDR2 e MDR1 foi avaliado em dois isolados de Candida resistentes a FLC e VRC sob diferentes condições de exposição antifúngica. A CI foi confirmada em 24 pacientes, onde treze (53%) eram mulheres. Hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, câncer, uso de antibioticoterapia, de dispositivos invasivos e cirurgia prévia foram associados a esta infecção. Foram incorporados a pesquisa 48 cepas de Candida spp., onde a proteômica identificou com maior prevalência 14 (29%) C. albicans. Onze cepas emergentes de C. auris (23%), e uma (2%) cepa de cada espécie a seguir: C. duobushaemulonii, C. guilliermondii, C. lusitaniae, C. nivariensis e C. pelliculosa. Sete (14%), 12 (25%) e oito (17%) cepas se apresentaram como Resistentes (R) ou Non-Wild Type (NWT) ao FLC, VRC e ISA respectivamente. Cinco entre os DPTs avaliados foram eficientes, onde o composto ((Z)-2-((E)-(1-(pyridin-2-yl)ethylidene)hydrazono)thiazolidin-4-one) (JA2- 21a) apresentou destaque com uma média de concentração inibitória mínima de 4
μg/mL. Em cinco (71%) isolados R ou NWT ao FLC foi observado Interação Sinérgica Fungistática (ISF50) com o JA2-21a. Para o VRC, cinco (42%) isolados R ou NWT apresentaram ISF50 e dois (17%) Interação Sinérgica Fungicida (ISF100). Seis (75%) isolados NWT ao ISA apresentaram ISF50 e dois (25%) ISF100. A resistência de C. tropicalis (BS 06) foi confirmada por superexpressão do ERG11, CDR1 e CDR2; em C. albicans (BS 36) por upregulation do CDR2. O composto JA2- 21a promoveu a reversão da resistência em ambos os isolados por downregulation do ERG11, CDR1 e CDR2. Em suma, este estudo relatou a segunda ocorrência de C. nivariensis no Brasil e a primeira de C. auris em Pernambuco. Além do que, demonstrou a capacidade antifúngica e moduladora do composto JA2-21a sob genes ligados a resistência fúngica, o que pode contribuir para o desenvolvimento de uma nova terapia complementar para a CI.
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WELLMA DE OLIVEIRA SILVA
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ASPECTOS NA PRODUÇÃO DE L-ASPARAGINASE POR Trichoderma hamatum URM 8207 e Penicillium citrinum URM 8543.
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Orientador : NORMA BUARQUE DE GUSMAO
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MEMBROS DA BANCA :
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NORMA BUARQUE DE GUSMAO
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NEIVA TINTI DE OLIVEIRA
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JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
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ESTER RIBEIRO DE ANDRADE
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GRACIELY GOMES CORREA
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Data: 27/10/2022
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Entre os bioprodutos enzimáticos de origem fúngica, está a L-asparaginase (L- ASNase), utilizada não somente no tratamento de alguns tipos de câncer, como também na indústria alimentícia. Nesse contexto, no primeiro capítulo desta tese, 19 fungos foram testados qualitativamente quanto a produção de L- ASNase e as cepas que se destacaram foram avaliadas quantitativamente em relação à produção de L-ASNase extracelular. O fungo Trichoderma hamatun URM 8207 se destacou e foi selecionado para etapas posteriores de otimização por meio da abordagem “um fator por vez”, seguido da caracterização parcial da enzima. A melhor atividade enzimática foi obtida em pH 7,0, a 30°C com 1% de L-asparagina, após 120 horas de fermentação, ainda, a L-ASNase oriunda de T. hamatun 8207 quanto a caracterização parcial, demonstrou melhor desempenho em temperatura ótima de 50°C e em pH fisiológico. O segundo capítulo, objetivou a produção e otimização de L- ASNase extracelular por Penicillium citrinum URM 8543, cepa fúngica entre as testadas quantitativamente no capítulo anterior. A melhor atividade enzimática (2,3303 U/mL) entre os planejamentos fatoriais 2 3 realizados, foi obtida com meio de pH inicial 5,0, concentração de 0,5% de L-asparagina a 25 °C. Finalmente, no terceiro capítulo, foi realizada uma revisão sistemática, dos últimos cincos anos a respeito dos temas abordados nesta tese. A pesquisa realizada resultou em 465 trabalhos acadêmicos, entre os quais 47 atenderam aos critérios de inclusão previamente definidos e foram estudados nesta revisão.
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Entre os bioprodutos enzimáticos de origem fúngica, está a L-asparaginase (L- ASNase), utilizada não somente no tratamento de alguns tipos de câncer, como também na indústria alimentícia. Nesse contexto, no primeiro capítulo desta tese, 19 fungos foram testados qualitativamente quanto a produção de L- ASNase e as cepas que se destacaram foram avaliadas quantitativamente em relação à produção de L-ASNase extracelular. O fungo Trichoderma hamatun URM 8207 se destacou e foi selecionado para etapas posteriores de otimização por meio da abordagem “um fator por vez”, seguido da caracterização parcial da enzima. A melhor atividade enzimática foi obtida em pH 7,0, a 30°C com 1% de L-asparagina, após 120 horas de fermentação, ainda, a L-ASNase oriunda de T. hamatun 8207 quanto a caracterização parcial, demonstrou melhor desempenho em temperatura ótima de 50°C e em pH fisiológico. O segundo capítulo, objetivou a produção e otimização de L- ASNase extracelular por Penicillium citrinum URM 8543, cepa fúngica entre as testadas quantitativamente no capítulo anterior. A melhor atividade enzimática (2,3303 U/mL) entre os planejamentos fatoriais 2 3 realizados, foi obtida com meio de pH inicial 5,0, concentração de 0,5% de L-asparagina a 25 °C. Finalmente, no terceiro capítulo, foi realizada uma revisão sistemática, dos últimos cincos anos a respeito dos temas abordados nesta tese. A pesquisa realizada resultou em 465 trabalhos acadêmicos, entre os quais 47 atenderam aos critérios de inclusão previamente definidos e foram estudados nesta revisão.
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ANA CLAUDIA TENORIO DO AMARAL
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"CARACTERIZAÇÃO E BIOCONTROLE DE ESPÉCIES DO COMPLEXO Fusarium oxysporum ORIUNDAS DE Vigna unguiculata"
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Orientador : NEIVA TINTI DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXANDRE REIS MACHADO
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JOSÉ LUIZ BEZERRA
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LUCIANA GONÇALVES DE OLIVEIRA
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NEIVA TINTI DE OLIVEIRA
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RENATO JUCIANO FERREIRA
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Data: 13/12/2022
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RESUMO GERAL
Espécies do gênero Fusarium podem acometer diversas culturas de importância econômica. O objetivo deste estudo foi determinar o perfil molecular de isolados do complexo de espécies Fusarium oxysporum (FOSC) obtidos de Vigna unguiculata e avaliar o potencial de controle biológico destes patógenos utilizando a combinação entre isolados de Trichoderma e fungos micorrízicos arbusculares (FMA). Os isolados de Fusarium foram obtidos de culturas de feijão-caupi com sintomas característicos de murcha. Os patógenos obtidos foram identificados molecularmente com base nas regiões gênicas TEF1, RPB2, Cal e também morfologicamente. Para as análises de variabilidade genética entre os isolados de FOSC, foram testados 17 primers do marcador molecular ISSR. Os ensaios in vitro foram realizados utilizando 50 isolados de Trichoderma contra oito isolados de FOSC por meio da técnica de cultura pareada. Os ensaios de biocontrole in vivo foram realizados por meio da aplicação de suspensão de conídios dos isolados patogênicos e dos antagonistas no solo, ao redor de sementes de feijão-caupi e a avaliação realizada 45 dias após a semeadura. O efeito de 50 isolados de Trichoderma sobre a biomassa de feijão-caupi também analisada e avaliados após 22 e 40 dias após a inoculação. Para verificar o potencial antagonista da combinação entre isolados de FMA e Trichoderma foram utilizados 100 glomerosporos dos isolados de FMA Gisgaspora albida e Acaulospora longula e adicionado ao solo uma suspensão contendo 107 conídios
mL-1 de T. asperelloides (URM7898) e do isolado ST2 de FOSC após a germinação das sementes. Neste estudo foram obtidos 44 isolados patogênicos oriundos de plantas de V. unguiculata com sintomas característicos de murcha de Fusarium. A partir da análise das sequências de fragmentos amplificados das regiões gênicas TEF1 e RPB2, constatou-se que os isolados estão inseridos no complexo de espécies F. oxysporum. As análises filogenéticas baseadas na combinação do conjunto de dados dos dois genes indicaram o registro da espécie F. nirenbergiae e apoiaram a ocorrência de novas espécies pertencente
ao FOSC. Nas análises de variabilidade genética entre os isolados por ISSR, constatou- se que o primer UBC 856 possibilitou a amplificação de todos os produtos dos isolados
avaliados e gerou o maior número de bandas polimórficas. Para os testes de patogenicidade, constatou-se que a maioria dos isolados são patogênicos. Verificou-se a partir dos ensaios in vitro que houve redução no crescimento micelial de todos os isolados
do fitopatógeno variando entre 50,00 % a 76,29%. Também foram constatadas reduções significativas da severidade da doença na maioria dos tratamentos que variou de 4,62% a 43,88%. Os isolados de Trichoderma testados quanto ao potencial de promoção de crescimento de plantas de V. unguiculata promoveram aumentos na biomassa após 22 e 40 dias de inoculação dos isolados que variou de 25,07% a 48,62%, respectivamente. Também foram constatadas reduções significativas de sintomas de murcha nos ensaios envolvendo o efeito combinado de Trichoderma e FMA. O estudo relata novas espécies do complexo FOSC associadas à cultura de V. unguiculata no Brasil e demonstra potencial de uso de T. asperelloides (URM7898), G. albida (URM FMA 11) e A. longula (URM FMA 07) para o controle da murcha de Fusarium.
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RESUMO GERAL
Espécies do gênero Fusarium podem acometer diversas culturas de importância econômica. O objetivo deste estudo foi determinar o perfil molecular de isolados do complexo de espécies Fusarium oxysporum (FOSC) obtidos de Vigna unguiculata e avaliar o potencial de controle biológico destes patógenos utilizando a combinação entre isolados de Trichoderma e fungos micorrízicos arbusculares (FMA). Os isolados de Fusarium foram obtidos de culturas de feijão-caupi com sintomas característicos de murcha. Os patógenos obtidos foram identificados molecularmente com base nas regiões gênicas TEF1, RPB2, Cal e também morfologicamente. Para as análises de variabilidade genética entre os isolados de FOSC, foram testados 17 primers do marcador molecular ISSR. Os ensaios in vitro foram realizados utilizando 50 isolados de Trichoderma contra oito isolados de FOSC por meio da técnica de cultura pareada. Os ensaios de biocontrole in vivo foram realizados por meio da aplicação de suspensão de conídios dos isolados patogênicos e dos antagonistas no solo, ao redor de sementes de feijão-caupi e a avaliação realizada 45 dias após a semeadura. O efeito de 50 isolados de Trichoderma sobre a biomassa de feijão-caupi também analisada e avaliados após 22 e 40 dias após a inoculação. Para verificar o potencial antagonista da combinação entre isolados de FMA e Trichoderma foram utilizados 100 glomerosporos dos isolados de FMA Gisgaspora albida e Acaulospora longula e adicionado ao solo uma suspensão contendo 107 conídios
mL-1 de T. asperelloides (URM7898) e do isolado ST2 de FOSC após a germinação das sementes. Neste estudo foram obtidos 44 isolados patogênicos oriundos de plantas de V. unguiculata com sintomas característicos de murcha de Fusarium. A partir da análise das sequências de fragmentos amplificados das regiões gênicas TEF1 e RPB2, constatou-se que os isolados estão inseridos no complexo de espécies F. oxysporum. As análises filogenéticas baseadas na combinação do conjunto de dados dos dois genes indicaram o registro da espécie F. nirenbergiae e apoiaram a ocorrência de novas espécies pertencente
ao FOSC. Nas análises de variabilidade genética entre os isolados por ISSR, constatou- se que o primer UBC 856 possibilitou a amplificação de todos os produtos dos isolados
avaliados e gerou o maior número de bandas polimórficas. Para os testes de patogenicidade, constatou-se que a maioria dos isolados são patogênicos. Verificou-se a partir dos ensaios in vitro que houve redução no crescimento micelial de todos os isolados
do fitopatógeno variando entre 50,00 % a 76,29%. Também foram constatadas reduções significativas da severidade da doença na maioria dos tratamentos que variou de 4,62% a 43,88%. Os isolados de Trichoderma testados quanto ao potencial de promoção de crescimento de plantas de V. unguiculata promoveram aumentos na biomassa após 22 e 40 dias de inoculação dos isolados que variou de 25,07% a 48,62%, respectivamente. Também foram constatadas reduções significativas de sintomas de murcha nos ensaios envolvendo o efeito combinado de Trichoderma e FMA. O estudo relata novas espécies do complexo FOSC associadas à cultura de V. unguiculata no Brasil e demonstra potencial de uso de T. asperelloides (URM7898), G. albida (URM FMA 11) e A. longula (URM FMA 07) para o controle da murcha de Fusarium.
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