PPGBF PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA DE FUNGOS - CB DEPARTAMENTO DE MICOLOGIA - CB Telefone/Ramal: Não informado
Dissertações/Teses

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2023
Dissertações
1
  • MAYARA BARBARA DA SILVA
  • DESCRIÇÃO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICA DA ESPOROTRICOSE HUMANA E AVALIAÇÃO DE HÍBRIDOS MOLECULARES DE 2-ISOXAZOLINA AZABICÍCLICA COM POTENCIAL ANTI-SPOROTHRIX

  • Orientador : REGINALDO GONCALVES DE LIMA NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BRUNA RODRIGUES DE SOUSA
  • FELIPE NEVES COUTINHO
  • REGINALDO GONCALVES DE LIMA NETO
  • Data: 27/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • A esporotricose é uma doença endêmica de regiões tropicais e subtropicais causada
    por espécies do clado clínico de Sporothrix schenckii. Em Pernambuco, S.
    brasiliensis é a espécie mais prevalente. Essa micose se desenvolve a partir da
    inoculação do agente etiológico por meio de um trauma transcutâneo e suas
    principais manifestações são divididas em cutânea fixa, cutânea linfática, cutânea
    disseminada e extracutânea. Atualmente, a ocorrência da esporotricose humana
    está intimamente relacionada à esporotricose animal, sobretudo a felina. A
    transmissão zoonótica acontece principalmente em centros metropolitanos. Para
    tratar a esporotricose, os principais medicamentos são o itraconazol e a anfotericina
    B. Apesar de ambos apresentarem boa resposta terapêutica, eles possuem uma
    série de efeitos adversos e toxicidade acentuada. Além disso, casos de falha
    terapêutica e resistência a esses fármacos já foram reportados na literatura. Sendo
    assim, faz-se necessária a busca por alternativas para incorporar o tratamento da
    esporotricose. Híbridos moleculares contendo isoxazolina e hidrazonas são
    candidatos potenciais, uma vez que possuem ação antifúngica frente a diferentes
    espécies. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o perfil clínico-epidemiológico da
    esporotricose humana em Pernambuco e identificar um híbrido molecular de
    2-isoxazolina azabicíclica com elevado potencial inibitório, isoladamente ou em
    combinação com a anfotericina B, frente a isolados clínicos de Sporothrix spp. Para
    isto, a aprovação do comitê de ética em pesquisa com seres humanos foi obtida. A
    partir de então, isolados de Sporothrix sp. foram coletados de 30 pacientes no
    Serviço de Dermatologia do Hospital das Clínicas da UFPE. Os dados
    clínico-epidemiológicos também foram analisados. Os isolados foram identificados,
    primeiramente, mediante isolamento do fungo em meio de cultura e, posteriormente,
    identificados a nível de espécie via sequenciamento parcial do gene da calmodulina
    e análise filogenética. Também foi realizado o teste de sensibilidade antifúngica
    segundo o protocolo M38-A2 do CLSI com itraconazol, anfotericina B e 10 híbridos
    moleculares de 2-isoxazolina azabicíclica-hidrazona. Após a obtenção do perfil de
    sensibilidade, os híbridos R-128, R-142, R-154 e R-155 foram selecionados para
    serem submetidos ao teste de interação híbrido/anfotericina B por meio da

    metodologia de tabuleiro de xadrez. Os resultados obtidos foram analisados via Epi
    info v7 e Microsoft Excel. Todos os 30 isolados coletados foram identificados como
    S. brasiliensis. O perfil clínico-demográfico obtido revelou maior frequência da
    esporotricose em indivíduos adultos, com distribuição similar entre os sexos,
    predomínio das manifestações clínicas cutâneas, e destaque para a forma
    extracutânea ocular. A esporotricose ocorreu em sua maioria em Recife e região
    metropolitana e o contato com gato infectado por Sporothrix sp. foi um importante
    fator de risco para o desenvolvimento da doença nos pacientes estudados. Quanto
    ao perfil de sensibilidade, todas as cepas foram caracterizadas como selvagens para
    itraconazol e 10 cepas se enquadraram como não-selvagens para anfotericina B.
    Todos os híbridos moleculares testados apresentaram inibição de mais de 90% do
    crescimento fúngico em alguma das doses testadas. O híbrido R-128 apresentou
    atividade sinérgica com a anfotericina B, sendo assim capaz de reverter a
    resistência encontrada. Portanto, híbridos moleculares de isoxazolina
    azabicíclica-hidrazonas são compostos promissores para incorporar o tratamento da
    esporotricose devido à sua ação anti-Sporothrix.


  • Mostrar Abstract
  • A esporotricose é uma doença endêmica de regiões tropicais e subtropicais causada
    por espécies do clado clínico de Sporothrix schenckii. Em Pernambuco, S.
    brasiliensis é a espécie mais prevalente. Essa micose se desenvolve a partir da
    inoculação do agente etiológico por meio de um trauma transcutâneo e suas
    principais manifestações são divididas em cutânea fixa, cutânea linfática, cutânea
    disseminada e extracutânea. Atualmente, a ocorrência da esporotricose humana
    está intimamente relacionada à esporotricose animal, sobretudo a felina. A
    transmissão zoonótica acontece principalmente em centros metropolitanos. Para
    tratar a esporotricose, os principais medicamentos são o itraconazol e a anfotericina
    B. Apesar de ambos apresentarem boa resposta terapêutica, eles possuem uma
    série de efeitos adversos e toxicidade acentuada. Além disso, casos de falha
    terapêutica e resistência a esses fármacos já foram reportados na literatura. Sendo
    assim, faz-se necessária a busca por alternativas para incorporar o tratamento da
    esporotricose. Híbridos moleculares contendo isoxazolina e hidrazonas são
    candidatos potenciais, uma vez que possuem ação antifúngica frente a diferentes
    espécies. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o perfil clínico-epidemiológico da
    esporotricose humana em Pernambuco e identificar um híbrido molecular de
    2-isoxazolina azabicíclica com elevado potencial inibitório, isoladamente ou em
    combinação com a anfotericina B, frente a isolados clínicos de Sporothrix spp. Para
    isto, a aprovação do comitê de ética em pesquisa com seres humanos foi obtida. A
    partir de então, isolados de Sporothrix sp. foram coletados de 30 pacientes no
    Serviço de Dermatologia do Hospital das Clínicas da UFPE. Os dados
    clínico-epidemiológicos também foram analisados. Os isolados foram identificados,
    primeiramente, mediante isolamento do fungo em meio de cultura e, posteriormente,
    identificados a nível de espécie via sequenciamento parcial do gene da calmodulina
    e análise filogenética. Também foi realizado o teste de sensibilidade antifúngica
    segundo o protocolo M38-A2 do CLSI com itraconazol, anfotericina B e 10 híbridos
    moleculares de 2-isoxazolina azabicíclica-hidrazona. Após a obtenção do perfil de
    sensibilidade, os híbridos R-128, R-142, R-154 e R-155 foram selecionados para
    serem submetidos ao teste de interação híbrido/anfotericina B por meio da

    metodologia de tabuleiro de xadrez. Os resultados obtidos foram analisados via Epi
    info v7 e Microsoft Excel. Todos os 30 isolados coletados foram identificados como
    S. brasiliensis. O perfil clínico-demográfico obtido revelou maior frequência da
    esporotricose em indivíduos adultos, com distribuição similar entre os sexos,
    predomínio das manifestações clínicas cutâneas, e destaque para a forma
    extracutânea ocular. A esporotricose ocorreu em sua maioria em Recife e região
    metropolitana e o contato com gato infectado por Sporothrix sp. foi um importante
    fator de risco para o desenvolvimento da doença nos pacientes estudados. Quanto
    ao perfil de sensibilidade, todas as cepas foram caracterizadas como selvagens para
    itraconazol e 10 cepas se enquadraram como não-selvagens para anfotericina B.
    Todos os híbridos moleculares testados apresentaram inibição de mais de 90% do
    crescimento fúngico em alguma das doses testadas. O híbrido R-128 apresentou
    atividade sinérgica com a anfotericina B, sendo assim capaz de reverter a
    resistência encontrada. Portanto, híbridos moleculares de isoxazolina
    azabicíclica-hidrazonas são compostos promissores para incorporar o tratamento da
    esporotricose devido à sua ação anti-Sporothrix.

2
  • PEDRO SÉRGIO DE ALCÂNTARA MOURA DA CÂMARA
  • MIXOBIOTA DO PARQUE NACIONAL E HISTÓRICO DE MONTE PASCOAL, UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DA MATA ATLÂNTICA (PORTO SEGURO, BAHIA).

  • Orientador : LAISE DE HOLANDA CAVALCANTI ANDRADE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSÉ LUIZ BEZERRA
  • LAISE DE HOLANDA CAVALCANTI ANDRADE
  • LARISSA TRIERVEILER PEREIRA
  • Data: 27/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • O Parque Nacional e Histórico de Monte Pascoal é uma unidade de conservação de Mata Atlântica situada no município de Porto Seguro, sul da Bahia, nordeste do Brasil. Um estudo sobre a composição da mixobiota do PARNAH (16° 55' S 39° 16' O) e a influência da antropização na abundância e diversidade de mixomicetos nele ocorrentes foi  desenvolvido em quatro das sete zonas de manejo, com diferentes níveis de antropização, distinguidas como áreas Antropizada e Preservada. O estudo obteve os primeiros registros de mixomicetos para a unidade de conservação, sendo identificados representantes de todas as ordens, predominando Physarales e Stemonitales (esporos escuros). Os esporocarpos coletados em campo (145 espécimes), os obtidos em câmara-úmida (84 espécimes) e três registros em imagem representaram 46 espécies, 22 gêneros e nove famílias, sendo Physarum decipiens M.A. Curtis, Physarum roseum Berk e Tubifera dimorphotheca Nann.-Bremek. & Loer. novos registros para a Bahia e Symphytocarpus amaurochetoides Nann.-Bremek para o nordeste do Brasil. Em câmara-úmida, dez espécies esporularam nas montadas com lianas vivas e em decomposição e seis sobre fragmentos de troncos mortos e folhedo de solo. O índice de diversidade taxonômica da mixobiota do PARNAH (S/G= 1,95) foi considerado elevado, provavelmente devido a influência da antropização nas comunidades de mixomicetos do PARNAH Monte Pascoal. Não houve diferenças significativas na abundância e  diversidade de espécies entre as áreas de estudo. Os resultados obtidos elevaram para 120 o número de espécies conhecidas para o estado da Bahia e para 224 os registros de mixomicetos presentes na Floresta Atlântica brasileira.


  • Mostrar Abstract
  • O Parque Nacional e Histórico de Monte Pascoal é uma unidade de conservação de Mata Atlântica situada no município de Porto Seguro, sul da Bahia, nordeste do Brasil. Um estudo sobre a composição da mixobiota do PARNAH (16° 55' S 39° 16' O) e a influência da antropização na abundância e diversidade de mixomicetos nele ocorrentes foi  desenvolvido em quatro das sete zonas de manejo, com diferentes níveis de antropização, distinguidas como áreas Antropizada e Preservada. O estudo obteve os primeiros registros de mixomicetos para a unidade de conservação, sendo identificados representantes de todas as ordens, predominando Physarales e Stemonitales (esporos escuros). Os esporocarpos coletados em campo (145 espécimes), os obtidos em câmara-úmida (84 espécimes) e três registros em imagem representaram 46 espécies, 22 gêneros e nove famílias, sendo Physarum decipiens M.A. Curtis, Physarum roseum Berk e Tubifera dimorphotheca Nann.-Bremek. & Loer. novos registros para a Bahia e Symphytocarpus amaurochetoides Nann.-Bremek para o nordeste do Brasil. Em câmara-úmida, dez espécies esporularam nas montadas com lianas vivas e em decomposição e seis sobre fragmentos de troncos mortos e folhedo de solo. O índice de diversidade taxonômica da mixobiota do PARNAH (S/G= 1,95) foi considerado elevado, provavelmente devido a influência da antropização nas comunidades de mixomicetos do PARNAH Monte Pascoal. Não houve diferenças significativas na abundância e  diversidade de espécies entre as áreas de estudo. Os resultados obtidos elevaram para 120 o número de espécies conhecidas para o estado da Bahia e para 224 os registros de mixomicetos presentes na Floresta Atlântica brasileira.

3
  • MAYARA ALICE CORREIA DE MELO
  • COMUNIDADE DE FUNGOS ENDOFÍTICOS EM FOLHAS DE TOMATEIRO CEREJA (Solanum lycopersicon var. cerasiforme) SOB MANEJO ORGÂNICO E CONVENCIONAL

  • Orientador : GLADSTONE ALVES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA
  • GLADSTONE ALVES DA SILVA
  • RAFAEL JOSE VILELA DE OLIVEIRA
  • Data: 28/02/2023

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  • Os fungos endofíticos são caracterizados por habitarem o interior dos tecidos
    vegetais, sem causar dano aparente ao hospedeiro e sem produzir estrutura
    externa visível. Esses fungos podem conferir melhor desenvolvimento ao
    vegetal e resistência contra doenças e pragas. O tomateiro (Solanum
    lycopersicon L. = Lycopersicon esculentum Mill.), é considerada uma espécie
    cosmopolita, e tem como origem a américa do sul. O tomate é um dos vegetais
    mais cultivados no mundo, sendo o Brasil um dos maiores produtores mundiais
    dessa olerícola segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –
    IBGE. Devido a importância dos fungos endofíticos em culturas agronômicas,
    este trabalho teve por objetivo determinar a diversidade de fungos endofíticos
    em folhas de tomate cereja Carolina em cultivos orgânico e convencional, no
    município de Lagoa de Itaenga e Chã Grande, respectivamente. As folhas
    coletadas foram fragmentadas, lavadas com água corrente, desinfestadas e
    posteriormente lavadas três vezes em água destilada esterilizada. Após a
    desinfestação, fragmentos foliares foram colocados em placas de Petri,
    contendo meio de cultura batata dextrose ágar (BDA). As placas foram
    incubadas (28 ± 2oC) por até quinze dias. Qualquer tipo de colônia fúngica
    observada foi isolada, purificada e identificada. Análises morfológicas e
    moleculares foram realizadas para identificação das espécies. Foram obtidos
    415 isolados fúngicos, representados por 76 espécies, das quais 34 estavam
    associadas exclusivamente ao tomateiro em sistema orgânico, 28 associadas
    exclusivamente ao tomateiro em sistema convencional e 14 foram
    compartilhadas entre os tomateiros nos dois sistemas de cultivo. As espécies
    estão distribuídas em 10 ordens (Pleosporales, Xylariales, Eurotiales,
    Capnodiales, Hypocreales, Glomerellales, Diaporthales, Trichosphaeriales,
    Botryosphaeriales e Sporidiobolales). As ordens que possuíram mais espécies
    foram Glomerellales, Trichosphaeriales e Pleosporales. A espécie Nigrospora
    sp. 2, a qual foi encontrada apenas em folhas de tomateiro em sistema de
    cultivo orgânico, é uma nova espécie para a ciência.


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  • Os fungos endofíticos são caracterizados por habitarem o interior dos tecidos
    vegetais, sem causar dano aparente ao hospedeiro e sem produzir estrutura
    externa visível. Esses fungos podem conferir melhor desenvolvimento ao
    vegetal e resistência contra doenças e pragas. O tomateiro (Solanum
    lycopersicon L. = Lycopersicon esculentum Mill.), é considerada uma espécie
    cosmopolita, e tem como origem a américa do sul. O tomate é um dos vegetais
    mais cultivados no mundo, sendo o Brasil um dos maiores produtores mundiais
    dessa olerícola segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –
    IBGE. Devido a importância dos fungos endofíticos em culturas agronômicas,
    este trabalho teve por objetivo determinar a diversidade de fungos endofíticos
    em folhas de tomate cereja Carolina em cultivos orgânico e convencional, no
    município de Lagoa de Itaenga e Chã Grande, respectivamente. As folhas
    coletadas foram fragmentadas, lavadas com água corrente, desinfestadas e
    posteriormente lavadas três vezes em água destilada esterilizada. Após a
    desinfestação, fragmentos foliares foram colocados em placas de Petri,
    contendo meio de cultura batata dextrose ágar (BDA). As placas foram
    incubadas (28 ± 2oC) por até quinze dias. Qualquer tipo de colônia fúngica
    observada foi isolada, purificada e identificada. Análises morfológicas e
    moleculares foram realizadas para identificação das espécies. Foram obtidos
    415 isolados fúngicos, representados por 76 espécies, das quais 34 estavam
    associadas exclusivamente ao tomateiro em sistema orgânico, 28 associadas
    exclusivamente ao tomateiro em sistema convencional e 14 foram
    compartilhadas entre os tomateiros nos dois sistemas de cultivo. As espécies
    estão distribuídas em 10 ordens (Pleosporales, Xylariales, Eurotiales,
    Capnodiales, Hypocreales, Glomerellales, Diaporthales, Trichosphaeriales,
    Botryosphaeriales e Sporidiobolales). As ordens que possuíram mais espécies
    foram Glomerellales, Trichosphaeriales e Pleosporales. A espécie Nigrospora
    sp. 2, a qual foi encontrada apenas em folhas de tomateiro em sistema de
    cultivo orgânico, é uma nova espécie para a ciência.

4
  • NATALIA JULIANE ARAUJO DE SANTANA ALBUQUERQUE GALVAO
  • AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE L-ASPARAGINASE POR FUNGOS FILAMENTOSOS ESTOCADOS NA MICOTECA URM, UFPE

  • Orientador : ANDRE LUIZ CABRAL MONTEIRO DE AZEVEDO SANTIAGO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDRE LUIZ CABRAL MONTEIRO DE AZEVEDO SANTIAGO
  • KEILA APARECIDA MOREIRA
  • LUCIA RAQUEL RAMOS BERGER
  • Data: 28/02/2023

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5
  • CIBELE QUEIROZ
  • ATIVIDADE ANTIFÚNGICA E ALTERAÇÕES MORFOESTRUTURAIS DE DERIVADOS DE TIOFENO FRENTE A ISOLADOS DE Candida

  • Orientador : REJANE PEREIRA NEVES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANIELLE PATRICIA CERQUEIRA MACEDO
  • MARIA DANIELA SILVA BUONAFINA PAZ
  • REJANE PEREIRA NEVES
  • Data: 28/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • O crescente aumento da taxa de infecções fúngicas hospitalares têm levantado um alerta à
    comunidade científica. Devido à gravidade do assunto, a OMS emitiu um relatório listando os
    patógenos prioritários para infecções fúngicas de importância à saúde pública, e pede por ações
    de fomento à pesquisa e desenvolvimento da promoção de medidas de combate. O gênero
    Candida corresponde a cerca de 80% das infecções fúngicas documentadas, e as duas espécies
    de maior incidência são C. albicans, seguido de C. tropicalis. Este trabalho teve como
    compromisso, avaliar o perfil farmacológico de novas moléculas derivadas de tiofeno frente a
    isolados clínicos de Candida albicans e Candida tropicalis, possibilitando uma nova
    abordagem de tratamento, bem como, auxiliará futuros trabalhos na área. Para a análise, os
    isolados foram submetidos a testes de sensibilidade antifúngicas pelo método de microdiluição
    em caldo para a determinação da Concentração Inibitória Mínima; e microscopia eletrônica de
    transmissão (MET) para verificar prováveis aspectos da influência sobre as ultraestruturas
    celulares fúngicas provocados pelos derivados de tiofeno. Dos oito compostos testados, três
    apresentaram atividade antifúngicas. As análises ultraestruturais mostraram a incidência de
    alterações como invaginações na membrana plasmática, aparecimento de uma morfologia
    incomum na parede celular, entre outras. Finalmente, os resultados obtidos são úteis para o
    melhor entendimento do perfil de ação antifúngica desta classe de moléculas estudada, e podem
    auxiliar no desenvolvimento de novos tratamentos para essas infecções.


  • Mostrar Abstract
  • O crescente aumento da taxa de infecções fúngicas hospitalares têm levantado um alerta à
    comunidade científica. Devido à gravidade do assunto, a OMS emitiu um relatório listando os
    patógenos prioritários para infecções fúngicas de importância à saúde pública, e pede por ações
    de fomento à pesquisa e desenvolvimento da promoção de medidas de combate. O gênero
    Candida corresponde a cerca de 80% das infecções fúngicas documentadas, e as duas espécies
    de maior incidência são C. albicans, seguido de C. tropicalis. Este trabalho teve como
    compromisso, avaliar o perfil farmacológico de novas moléculas derivadas de tiofeno frente a
    isolados clínicos de Candida albicans e Candida tropicalis, possibilitando uma nova
    abordagem de tratamento, bem como, auxiliará futuros trabalhos na área. Para a análise, os
    isolados foram submetidos a testes de sensibilidade antifúngicas pelo método de microdiluição
    em caldo para a determinação da Concentração Inibitória Mínima; e microscopia eletrônica de
    transmissão (MET) para verificar prováveis aspectos da influência sobre as ultraestruturas
    celulares fúngicas provocados pelos derivados de tiofeno. Dos oito compostos testados, três
    apresentaram atividade antifúngicas. As análises ultraestruturais mostraram a incidência de
    alterações como invaginações na membrana plasmática, aparecimento de uma morfologia
    incomum na parede celular, entre outras. Finalmente, os resultados obtidos são úteis para o
    melhor entendimento do perfil de ação antifúngica desta classe de moléculas estudada, e podem
    auxiliar no desenvolvimento de novos tratamentos para essas infecções.

Teses
1
  • THALLINE RAFHAELLA LEITE CORDEIRO
  • DIVERSIDADE DE MUCOROMYCOTA NO SOLO DE GRADIENTES DE ALTITUDE EM BREJOS DO SEMIÁRIDO DE PERNAMBUCO

  • Orientador : ANDRE LUIZ CABRAL MONTEIRO DE AZEVEDO SANTIAGO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUCIANA MELO SARTORI GURGEL
  • ANDRE LUIZ CABRAL MONTEIRO DE AZEVEDO SANTIAGO
  • ANGELINA DE MEIRAS OTTONI
  • CARLOS ALBERTO FRAGOSO DE SOUZA
  • DIOGO PAES DA COSTA
  • Data: 27/02/2023

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  • Os fungos do filo Mucoromycota são em maioria sapróbios do solo e excrementos de
    animais. No Brasil, espécies de Mucoromycota têm sido isoladas nos domínios Caatinga,
    Mata Atlântica e Cerrado. No entanto, são raros os estudos ecológicos sobre esses fungos
    em brejos de altitude de Pernambuco. Considerando que elevada diversidade e riqueza de
    fungos são esperadas em ecossistemas tropicais, esse trabalho teve como objetivo
    principal conhecer como as comunidades de Mucoromycota são estruturadas no solo de
    diferentes gradientes atitudinais, avaliando de que formas a altitude, os atributos químicos
    do solo e a pluviosidade influenciam na estruturação dessas comunidades nos brejos de
    altitude da RPPN Reserva Natural Brejo e de Taquaritinga do Norte. Foram isoladas 54
    espécies e seis variedades de Mucoromycota do solo da RPPN Reserva Natural Brejo,
    incluindo nove espécies novas, sendo Mucor jansseni a espécie que apresentou maiores
    números de UFC, frequência de ocorrência e abundância relativa. Do solo do brejo de
    Taquaritinga do Norte foram isoladas 32 espécies e quatro variedades de Mucoromycota,
    incluindo uma nova espécie, sendo Absidia pernambucoensis a espécie com maiores
    números de UFC, frequência e abundância. A altitude não influenciou na riqueza,
    equitabilidade e diversidade de fungos mucoraleanos em ambos os brejos, embora essa
    tenha influenciado na composição de espécies desses fungos. Os resultados apontaram

    que influência de determinados atributos do solo nas comunidades de Mucoromycota
    varia de acordo com cada espécie de fungo.


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2
  • ANDERLECHI BARBOSA DA SILVA
  • CONTRIBUIÇÕES À TAXONOMIA E SISTEMÁTICA DE FUNGOS BOLETOIDES (BOLETALES) EM ÁREAS DO NORDESTE BRASILEIRO

  • Orientador : FELIPE WARTCHOW
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCELO ALOISIO SULZBACHER
  • FELIPE WARTCHOW
  • JOSÉ LUIZ BEZERRA
  • LAISE DE HOLANDA CAVALCANTI ANDRADE
  • RENATO JUCIANO FERREIRA
  • Data: 27/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • Os fungos com morfologia boletoide são caracterizados por seu corpo de frutificação pileado-estipitado, contexto carnoso e himenóforo tubular. Eles têm uma história nomenclatural rica e foram classificados pela primeira vez por Fries em seu SystemaMycologicum em dois gêneros Boletus L. e Fistulina Bull. que se distinguem pelas características macromorfológicas do himenóforo, ou seja, tubos interligados ou livres. Chevallier foi o primeiro a propor que os fungos boletoides fossem colocados em uma nova família, Boletaceae, e a distingui-los dos fungos com himenóforos lamelares. Gilbert propôs uma nova ordem, Boletales, com duas subordens, Boletineae, compreendendo a família Boletaceae, e Strobilomycetineae, compreendendo a família Strobilomycetaceae. Todo esse trabalho foi baseado apenas em caracteres morfológicos, mas com o advento das análises moleculares e filogenéticas para classificar o grupo, surgiu uma nova perspectiva sobre a taxonomia e sistemática dos fungos boletoides. Estes e posteriores estudos em áreas temperadas e tropicais, bem como uma revisão filogenética dos grupos conhecidos, mostraram que a riqueza do grupo é muito alta, e numerosos táxons foram descritos até então desconhecidos da ciência ou inseridos anteriormente em complexos de espécies. No entanto, a maioria dos conceitos relacionados à morfologia e filogenia dos cogumelos porcini (como são popularmente conhecidos os cogumelos com morfologia boletoide) são de táxons da América do Norte, Europa e Australásia, enquanto táxons da América do Sul são pouco representados. No Brasil, os trabalhos sobre porcini têm sido esporádicos, muitos dos quais datam do século passado e referem-se a estudos de inventários micológicos locais ou com fungos ectomicorrízicos que eventualmente incluíram representantes do grupo. Atualmente, os porcini são pouco citados no Nordeste do Brasil. Esta tese foi baseada na coleta de cogumelos porcini em áreas do bioma Mata Atlântica e Caatinga no nordeste do Brasil, nos estados da Bahia, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, bem como na revisão de espécimes de cogumelos porcini de da região e comparação com material dos Herbários do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), JPB, UFRN-Fungos e URM, e dos herbários estrangeiros DUKE, F e HSU. Assim, a proposta deste trabalho teve como objetivo coletar e revisar espécimes de porcini de áreas do Nordeste brasileiro por meio de revisões de espécimes e coleções, a fim de ampliar e aprimorar a sistemática dos porcini por meio de análises morfológicas, moleculares e filogenéticas de materiais do Nordeste região do Brasil. Como resultado deste estudo, foram descritos cerca de sete táxons, que são novas espécies, variedades e primeiros registros para a região Nordeste. Este trabalho realizou uma ampla revisão da literatura, com a apresentação dos trabalhos mais importantes e os mais recentes acréscimos ao conhecimento sobre cogumelos porcini no Brasil, que permitem mostrar que a biodiversidade de cogumelos porcini na região Nordeste e neste país é escassa e subestimado. Desta forma, fica claro que são necessários mais estudos para aumentar o conhecimento sobre o cogumelo porcini neste país.



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  • Os fungos com morfologia boletoide são caracterizados por seu corpo de frutificação pileado-estipitado, contexto carnoso e himenóforo tubular. Eles têm uma história nomenclatural rica e foram classificados pela primeira vez por Fries em seu SystemaMycologicum em dois gêneros Boletus L. e Fistulina Bull. que se distinguem pelas características macromorfológicas do himenóforo, ou seja, tubos interligados ou livres. Chevallier foi o primeiro a propor que os fungos boletoides fossem colocados em uma nova família, Boletaceae, e a distingui-los dos fungos com himenóforos lamelares. Gilbert propôs uma nova ordem, Boletales, com duas subordens, Boletineae, compreendendo a família Boletaceae, e Strobilomycetineae, compreendendo a família Strobilomycetaceae. Todo esse trabalho foi baseado apenas em caracteres morfológicos, mas com o advento das análises moleculares e filogenéticas para classificar o grupo, surgiu uma nova perspectiva sobre a taxonomia e sistemática dos fungos boletoides. Estes e posteriores estudos em áreas temperadas e tropicais, bem como uma revisão filogenética dos grupos conhecidos, mostraram que a riqueza do grupo é muito alta, e numerosos táxons foram descritos até então desconhecidos da ciência ou inseridos anteriormente em complexos de espécies. No entanto, a maioria dos conceitos relacionados à morfologia e filogenia dos cogumelos porcini (como são popularmente conhecidos os cogumelos com morfologia boletoide) são de táxons da América do Norte, Europa e Australásia, enquanto táxons da América do Sul são pouco representados. No Brasil, os trabalhos sobre porcini têm sido esporádicos, muitos dos quais datam do século passado e referem-se a estudos de inventários micológicos locais ou com fungos ectomicorrízicos que eventualmente incluíram representantes do grupo. Atualmente, os porcini são pouco citados no Nordeste do Brasil. Esta tese foi baseada na coleta de cogumelos porcini em áreas do bioma Mata Atlântica e Caatinga no nordeste do Brasil, nos estados da Bahia, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, bem como na revisão de espécimes de cogumelos porcini de da região e comparação com material dos Herbários do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), JPB, UFRN-Fungos e URM, e dos herbários estrangeiros DUKE, F e HSU. Assim, a proposta deste trabalho teve como objetivo coletar e revisar espécimes de porcini de áreas do Nordeste brasileiro por meio de revisões de espécimes e coleções, a fim de ampliar e aprimorar a sistemática dos porcini por meio de análises morfológicas, moleculares e filogenéticas de materiais do Nordeste região do Brasil. Como resultado deste estudo, foram descritos cerca de sete táxons, que são novas espécies, variedades e primeiros registros para a região Nordeste. Este trabalho realizou uma ampla revisão da literatura, com a apresentação dos trabalhos mais importantes e os mais recentes acréscimos ao conhecimento sobre cogumelos porcini no Brasil, que permitem mostrar que a biodiversidade de cogumelos porcini na região Nordeste e neste país é escassa e subestimado. Desta forma, fica claro que são necessários mais estudos para aumentar o conhecimento sobre o cogumelo porcini neste país.


2022
Dissertações
1
  • JOÃO LUCAS VITÓRIO RIBEIRO CARVALHO
  • PEGANDO CARONA: FUNGOS TRANSPORTADOS POR ECTOPARASITOS DE MORCEGOS CAVERNÍCOLAS

  • Orientador : CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VÂNIA APARECIDA VICENTE
  • CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA
  • EDER SILVA BARBIER
  • Data: 17/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • A mais de 100 anos, estudos buscam identificar fungos associados a moscas
    ectoparasitas de morcegos. Essas moscas hematófagas normalmente referidas como
    bat flies são exclusivamente associadas aos morcegos. A maioria dos estudos
    envolvendo fungos em bat flies tem considerado a identificação de fungos parasitas
    da ordem Laboulbeniales, todavia, faltam estudos que avaliam as bat flies como
    vetores de propágulos fúngicos não parasitas aos morcegos. Diante disso, o objetivo
    do presente estudo foi conhecer a diversidade de fungos associados as bat flies
    coletadas de morcegos em uma caverna localizada no ecossistema Caatinga, no
    Parque Nacional do Catimbau, estado de Pernambuco. Para isso, 98 bat flies foram
    coletadas de dez morcegos capturados na entrada da caverna Furna do Morcego, no
    município de Ibimirim. A fim de se conhecer a comunidade fúngica das bat flies, foram
    utilizadas cinco metodologias de isolamento em três meios de cultura. Foram obtidos
    37 isolados pertencentes a cinco ordens em Ascomycota (Pleosporales, Eurotiales,
    Capnodiales, Hypocreales, Microascales), e um isolado da ordem Tremellales em
    Basidiomycota. A riqueza total dos fungos associados as bat flies foi de 13 taxa. Com
    base em análises morfológicas e filogenéticas multilocus, duas possíveis novas
    espécies de Ascomycota foram descritas. Também foi construído uma lista de mundial
    de estudos que identificaram fungos associados as bat flies, demonstrando que esses
    insetos podem ser um grupo especioso de vetores para fungos e enfatizando a
    necessidade de avaliar a diversidade fúngica associada a esses ectoparasitas.


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  • A mais de 100 anos, estudos buscam identificar fungos associados a moscas
    ectoparasitas de morcegos. Essas moscas hematófagas normalmente referidas como
    bat flies são exclusivamente associadas aos morcegos. A maioria dos estudos
    envolvendo fungos em bat flies tem considerado a identificação de fungos parasitas
    da ordem Laboulbeniales, todavia, faltam estudos que avaliam as bat flies como
    vetores de propágulos fúngicos não parasitas aos morcegos. Diante disso, o objetivo
    do presente estudo foi conhecer a diversidade de fungos associados as bat flies
    coletadas de morcegos em uma caverna localizada no ecossistema Caatinga, no
    Parque Nacional do Catimbau, estado de Pernambuco. Para isso, 98 bat flies foram
    coletadas de dez morcegos capturados na entrada da caverna Furna do Morcego, no
    município de Ibimirim. A fim de se conhecer a comunidade fúngica das bat flies, foram
    utilizadas cinco metodologias de isolamento em três meios de cultura. Foram obtidos
    37 isolados pertencentes a cinco ordens em Ascomycota (Pleosporales, Eurotiales,
    Capnodiales, Hypocreales, Microascales), e um isolado da ordem Tremellales em
    Basidiomycota. A riqueza total dos fungos associados as bat flies foi de 13 taxa. Com
    base em análises morfológicas e filogenéticas multilocus, duas possíveis novas
    espécies de Ascomycota foram descritas. Também foi construído uma lista de mundial
    de estudos que identificaram fungos associados as bat flies, demonstrando que esses
    insetos podem ser um grupo especioso de vetores para fungos e enfatizando a
    necessidade de avaliar a diversidade fúngica associada a esses ectoparasitas.

2
  • GLÍCIA SILVA DE MORAES
  • Filogenia e morfologia de Pseudoperonospora associada a cucurbitáceas no Brasil

  • Orientador : ALEXANDRE REIS MACHADO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXANDRE REIS MACHADO
  • NEIVA TINTI DE OLIVEIRA
  • ANDRÉ ANGELO MEDEIROS GOMES
  • Data: 22/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • Dentre os gêneros de oomicetos causadores de míldios, Pseudoperonospora
    se destaca devido ao impacto gerado na agricultura mundial. Uma das espécies mais
    importantes desse gênero é a espécie Pseudoperonospora cubensis, conhecida por
    causar o míldio das cucurbitáceas, doença relatada em aproximadamente 70 países
    e que atinge culturas comerciais importantes da família Cucurbitaceae como o pepino
    (Cucumis sativus), a melancia (Citrullus lanatus), as abóboras (Cucurbita máxima, C.
    moschata e C. pepo) e o melão (Cucumis melo). Estudos sobre a diversidade e
    filogenia de Pseudoperonopsora apontam que a epidemia que ocorreu em 2004 nos
    EUA, e as epidemias em outras partes do mundo como Israel e parte da Europa,
    podem estar relacionadas ao surgimento de uma nova espécie críptica de
    Pseudoperonospora. O conhecimento sobre essa nova possível espécie é o ponto de
    partida para o desenvolvimento de cultivares de cucurbitáceas resistentes e para o
    manejo eficiente da doença. Portanto, o objetivo deste estudo foi determinar a
    filogenia de Pseudoperonospora associada ao míldio das cucurbitáceas em áreas de
    diferentes regiões do Brasil. Para isso, foram realizadas coletas de folhas com
    sintomas de míldios em áreas de produção de Cucurbitáceas nos estados de
    Pernambuco, Minas Gerais, Ceará, Goiás e no Distrito Federal. Para as análises
    filogenéticas foi realizada a extração de DNA, depois as reações de PCR utilizando
    primers DC-6 e LR-0; Cox2-F e Cox2-RC4; Ypt1F e Ypt4R, para amplificação da
    região espaçador transcrito interno (ITS), da região mitocondrial citocromo c oxidase
    subunidade II (cox2) e proteína relacionada a Ras (Ypt1), respectivamente. Os
    produtos de PCR foram sequenciados e as sequências de nucleotídeos foram
    analisadas, editadas e alinhadas para realização da análise filogenética de Inferência
    Bayesiana (BI). Para análises morfológicas as estruturas do patógeno foram
    montados em lactoglicerol para visualização em microscópio de luz e foram realizadas
    30 medições de todos os caracteres morfológicos relevantes. Foram obtidas 36
    amostras de DNA de Pseudoperonospora e o sequenciamento resultou em 26
    sequencias da região Cox2 e 25 sequencias de ITS (totalizando 51 sequencias). As
    análises filogenéticas das regiões genicas Cox2 e ITS foram realizadas
    separadamente e em conjunto, o que gerou uma árvore filogenética de ITS que
    apresentou um grande grupo monofilético com todos as amostras. Na análise
    filogenética de sequências de Cox2 assim como na árvore concatenada (Cox2/ITS)

    as amostras do presente estudo foram separadas em dois grupos. A existência
    desses dois agrupamentos sugere que no Brasil ocorre diversidade filogenética entre
    as linhagens de P. cubensis, reforçando a possibilidade de existirem espécies
    crípticas causadoras do míldio das Cucurbitáceas. Porém as análises não apresentam
    dados robustos o suficiente para a proposição de uma espécie críptica de P. cubensis.
    Como consequência da intima relação filogenética existente nesse grupo são
    necessárias análises de genes adicionais com alto sinal filogenético.


  • Mostrar Abstract
  • Dentre os gêneros de oomicetos causadores de míldios, Pseudoperonospora
    se destaca devido ao impacto gerado na agricultura mundial. Uma das espécies mais
    importantes desse gênero é a espécie Pseudoperonospora cubensis, conhecida por
    causar o míldio das cucurbitáceas, doença relatada em aproximadamente 70 países
    e que atinge culturas comerciais importantes da família Cucurbitaceae como o pepino
    (Cucumis sativus), a melancia (Citrullus lanatus), as abóboras (Cucurbita máxima, C.
    moschata e C. pepo) e o melão (Cucumis melo). Estudos sobre a diversidade e
    filogenia de Pseudoperonopsora apontam que a epidemia que ocorreu em 2004 nos
    EUA, e as epidemias em outras partes do mundo como Israel e parte da Europa,
    podem estar relacionadas ao surgimento de uma nova espécie críptica de
    Pseudoperonospora. O conhecimento sobre essa nova possível espécie é o ponto de
    partida para o desenvolvimento de cultivares de cucurbitáceas resistentes e para o
    manejo eficiente da doença. Portanto, o objetivo deste estudo foi determinar a
    filogenia de Pseudoperonospora associada ao míldio das cucurbitáceas em áreas de
    diferentes regiões do Brasil. Para isso, foram realizadas coletas de folhas com
    sintomas de míldios em áreas de produção de Cucurbitáceas nos estados de
    Pernambuco, Minas Gerais, Ceará, Goiás e no Distrito Federal. Para as análises
    filogenéticas foi realizada a extração de DNA, depois as reações de PCR utilizando
    primers DC-6 e LR-0; Cox2-F e Cox2-RC4; Ypt1F e Ypt4R, para amplificação da
    região espaçador transcrito interno (ITS), da região mitocondrial citocromo c oxidase
    subunidade II (cox2) e proteína relacionada a Ras (Ypt1), respectivamente. Os
    produtos de PCR foram sequenciados e as sequências de nucleotídeos foram
    analisadas, editadas e alinhadas para realização da análise filogenética de Inferência
    Bayesiana (BI). Para análises morfológicas as estruturas do patógeno foram
    montados em lactoglicerol para visualização em microscópio de luz e foram realizadas
    30 medições de todos os caracteres morfológicos relevantes. Foram obtidas 36
    amostras de DNA de Pseudoperonospora e o sequenciamento resultou em 26
    sequencias da região Cox2 e 25 sequencias de ITS (totalizando 51 sequencias). As
    análises filogenéticas das regiões genicas Cox2 e ITS foram realizadas
    separadamente e em conjunto, o que gerou uma árvore filogenética de ITS que
    apresentou um grande grupo monofilético com todos as amostras. Na análise
    filogenética de sequências de Cox2 assim como na árvore concatenada (Cox2/ITS)

    as amostras do presente estudo foram separadas em dois grupos. A existência
    desses dois agrupamentos sugere que no Brasil ocorre diversidade filogenética entre
    as linhagens de P. cubensis, reforçando a possibilidade de existirem espécies
    crípticas causadoras do míldio das Cucurbitáceas. Porém as análises não apresentam
    dados robustos o suficiente para a proposição de uma espécie críptica de P. cubensis.
    Como consequência da intima relação filogenética existente nesse grupo são
    necessárias análises de genes adicionais com alto sinal filogenético.

3
  • MATHEUS DE JESUS SÁ SILVA
  • COMUNIDADES DE HIFOMICETOS DE FOLHEDO SUBMERSO EM ÁREAS DE MATA ATLÂNTICA EM PERNAMBUCO E NA PARAÍBA, NORDESTE BRASILEIRO

  • Orientador : ELAINE MALOSSO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ELAINE MALOSSO
  • IRACEMA HELENA SCHOENLEIN CRUSIUS
  • JOSIANE SANTANA MONTEIRO
  • Data: 22/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • Hifomicetos aquáticos, também conhecidos como fungos Ingoldianos, desempenham papéis
    fundamentais nos ecossistemas aquáticos e estudos relacionados à sua diversidade e ecologia

    são essenciais para entendimento da estrutura de suas comunidades e do papel desses micro-
    organismos no funcionamento de tais ecossistemas. A Mata Atlântica é o domínio ecológico

    mais diverso do Brasil, no entanto, as atividades antrópicas estão reduzindo cada vez mais as
    áreas verdes. O objetivo geral deste trabalho é (i) caracterizar e comparar a diversidade,
    estrutura e dinâmica das comunidades de hifomicetos aquáticos em folhedo submerso em duas
    áreas de Mata Atlântica, sendo uma a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Serra
    do Contente, Gravatá (PE), e a outra a Reserva Biológica (REBIO) Guaribas, Mamanguape
    (PB). Nos locais foram coletadas amostras de folhedo submerso e água, em seis pontos de
    amostragem, entre os períodos de nov. 2020 e nov. 2021, sendo 2 coletas na RPPN Serra do
    Contente e 4 coletas na REBIO Guaribas. A avaliação dos hifomicetos se deu por meio da
    confecção de lâminas para identificação dos táxons. As variáveis abióticas temperatura,
    condutividade elétrica, pH, oxigênio dissolvido e pluviosidade foram avaliadas. Foram
    identificados 24 táxons, sendo Xylomyces acerosisporus M.S. Oliveira, Malosso & R.F.
    Castañeda a espécie que foi registrada em todas as coletas de ambas as áreas de estudo, seguida
    por Flagellospora sp. que foi registrada em quase todas as coletas. Xylomyces acerosisporus
    foi também a espécie com a maior frequência relativa para a RPPN Serra do Contente (42,86%)
    e na REBIO Guaribas (34,36%), seguida por Blodgettia indica Subram. na RPPN Serra do
    Contente (20%). Na REBIO Guaribas, o esforço amostral permitiu recuperar 81% da riqueza
    estimada e na RPPN Serra do Contente, o mesmo esforço amostral permitiu recuperar 78% da
    riqueza. Blodgettia indica também foi a espécie indicadora para a área da RPPN Serra do
    Contente. Entre a primeira coleta (nov. 2020) na RPPN Serra do Contente e a segunda coleta
    (mar. 2021) na REBIO Guaribas foi registrado mais de 70% de similaridade. Também houve
    correlação moderadamente positiva do oxigênio dissolvido (OD) com o pH e a condutividade
    elétrica (CE). Essas mesmas variáveis foram as que diferiram significativamente entre algumas
    coletas. Com relação à análise da comunidade pelos componentes principais, as duas primeiras
    componentes juntas explicaram 63% da variação dos dados, fazendo com que ocorra um
    agrupamento das coletas. Dessa forma, a busca por relacionar variáveis abióticas com a
    comunidade de hifomicetos de folhedo é essencial para o entendimento da ecologia desses

    9

    fungos. Em nossa pesquisa, pudemos demonstrar por meio de análises uni- e multivariadas
    como as variáveis abióticas moldam as comunidades de fungos em diferentes períodos.


  • Mostrar Abstract
  • Hifomicetos aquáticos, também conhecidos como fungos Ingoldianos, desempenham papéis
    fundamentais nos ecossistemas aquáticos e estudos relacionados à sua diversidade e ecologia

    são essenciais para entendimento da estrutura de suas comunidades e do papel desses micro-
    organismos no funcionamento de tais ecossistemas. A Mata Atlântica é o domínio ecológico

    mais diverso do Brasil, no entanto, as atividades antrópicas estão reduzindo cada vez mais as
    áreas verdes. O objetivo geral deste trabalho é (i) caracterizar e comparar a diversidade,
    estrutura e dinâmica das comunidades de hifomicetos aquáticos em folhedo submerso em duas
    áreas de Mata Atlântica, sendo uma a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Serra
    do Contente, Gravatá (PE), e a outra a Reserva Biológica (REBIO) Guaribas, Mamanguape
    (PB). Nos locais foram coletadas amostras de folhedo submerso e água, em seis pontos de
    amostragem, entre os períodos de nov. 2020 e nov. 2021, sendo 2 coletas na RPPN Serra do
    Contente e 4 coletas na REBIO Guaribas. A avaliação dos hifomicetos se deu por meio da
    confecção de lâminas para identificação dos táxons. As variáveis abióticas temperatura,
    condutividade elétrica, pH, oxigênio dissolvido e pluviosidade foram avaliadas. Foram
    identificados 24 táxons, sendo Xylomyces acerosisporus M.S. Oliveira, Malosso & R.F.
    Castañeda a espécie que foi registrada em todas as coletas de ambas as áreas de estudo, seguida
    por Flagellospora sp. que foi registrada em quase todas as coletas. Xylomyces acerosisporus
    foi também a espécie com a maior frequência relativa para a RPPN Serra do Contente (42,86%)
    e na REBIO Guaribas (34,36%), seguida por Blodgettia indica Subram. na RPPN Serra do
    Contente (20%). Na REBIO Guaribas, o esforço amostral permitiu recuperar 81% da riqueza
    estimada e na RPPN Serra do Contente, o mesmo esforço amostral permitiu recuperar 78% da
    riqueza. Blodgettia indica também foi a espécie indicadora para a área da RPPN Serra do
    Contente. Entre a primeira coleta (nov. 2020) na RPPN Serra do Contente e a segunda coleta
    (mar. 2021) na REBIO Guaribas foi registrado mais de 70% de similaridade. Também houve
    correlação moderadamente positiva do oxigênio dissolvido (OD) com o pH e a condutividade
    elétrica (CE). Essas mesmas variáveis foram as que diferiram significativamente entre algumas
    coletas. Com relação à análise da comunidade pelos componentes principais, as duas primeiras
    componentes juntas explicaram 63% da variação dos dados, fazendo com que ocorra um
    agrupamento das coletas. Dessa forma, a busca por relacionar variáveis abióticas com a
    comunidade de hifomicetos de folhedo é essencial para o entendimento da ecologia desses

    9

    fungos. Em nossa pesquisa, pudemos demonstrar por meio de análises uni- e multivariadas
    como as variáveis abióticas moldam as comunidades de fungos em diferentes períodos.

4
  • MATEUS OLIVEIRA DA CRUZ
  • ASPECTOS TAXONÔMICOS E ECOLÓGICOS DE FUNGOS ZIGOSPÓRICOS COPRÓFILOS DO RECIFE, PE, BRASIL

  • Orientador : ANDRE LUIZ CABRAL MONTEIRO DE AZEVEDO SANTIAGO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDRE LUIZ CABRAL MONTEIRO DE AZEVEDO SANTIAGO
  • DIOGO PAES DA COSTA
  • MARIA HELENA ALVES
  • Data: 09/03/2022

  • Mostrar Resumo
  • Os fungos zigospóricos são encontrados no solo, em folhas, flores, frutos, grãos
    estocados e em excrementos de animais herbívoros. Os estudos sobre fungos
    zigospóricos coprófilos são escassos e pouco se conhece sobre a estruturação das
    comunidades desses fungos em excrementos de mamíferos herbivoros.
    Considerando como hipóteses que: 1 - A diversidade e riqueza de fungos zigospóricos
    variam entre os tipos de excrementos de animais herbívoros; 2 – A diversidade e
    riqueza de fungos zigospóricos nos excrementos de mamíferos roedores são
    diferentes das dos excrementos de não roedores; 3 - A alimentação dos animais em
    cativeiro reflete nas comunidades de fungos zigospóricos em seus excrementos; 4 –
    Os excrementos de mamíferos herbívoros do Recife são reservatórios para novas
    espécies de fungos zigospóricos e para espécies ainda não registradas no Brasil, e
    mesmo na América do Sul, esse trabalho teve como objetivos principais entender
    como as comunidades de fungos zigospóricos são estruturadas nos excrementos de
    mamíferos herbívoros, roedores e não rodedores, coletados no Recife-PE, e fornecer
    informações ecológicas sobre esse fungos considerando a influência da alimentação
    dos animais na estruturação das comunidades dos fungos zigospóricos. Esse trabalho
    reporta três espécies novas e aborda os aspectos taxonômicos de primeiras
    ocorrências para a América do Sul. Foram realizadas seis coletas de excrementos de
    anta, coelho, ouriço, paca, porco-da-índia, veado-catingueiro, no Parque Estadual de
    Dois Irmãos, e de excrementos de boi e cavalo, no Departamento de Zootecnia da
    Universidade Federal Rural de Pernambuco, localizados no Recife. As amostras foram
    acondicionadas em sacos pláticos e levadas ao laboratório para serem incubadas em
    câmaras úmidas, por 12 dias, para o acompanhamento do desenvolvimento dos
    fungos zigospóricos. Os espécimes foram identificados com base na morfologoia e,
    quando necessário, na biologia molecular (regiões ITS e LSU rDNA). As comunidades
    de fungos zigospóricos coprófilos foram exploradas quanto à riqueza, diversidade,
    equitabilidade, frequência de ocorrência e dissimilaridade. A estrutura das
    comunidades foi analisada por NMDS. A correlação de Spearman foi usada a fim de
    observar a correlação entre o alimento e a ocorrência dos fungos. Quarenta táxons,
    distribuídos entre as ordens Mucorales, Kickxellales e Zoopagales, incluindo novas
    espécies e novas ocorrências para América do Sul, foram isolados. Maiores riqueza e
    diversidade (Simpson) de fungos zigospóricos foram verificadas nas fezes de porco-

    da-índia, mas ambas não variaram para a maioria dos excrementos dos diferentes
    animais. A diversidade (Shannon-Wiener) de fungos zigospóricos não variou entre os
    excrementos de nenhum dos animais. Não foram verificadas diferenças na riqueza,
    diversidade e equitabilidade de fungos zigospóricos entre os excrementos de roedores
    e não roedores, mas foi observado que a alimentação dos animais influencia na
    estruturação das comunidades dos fungos zigospóricos nos seus excrementos, sendo
    Thamnostyllum piriforme, Pilobolus crystalinus e Circinella umbellata as espécies que
    mais contribuem para a dissimilaridade entre as comunidades de fungos zigospóricos.


  • Mostrar Abstract
  • Os fungos zigospóricos são encontrados no solo, em folhas, flores, frutos, grãos
    estocados e em excrementos de animais herbívoros. Os estudos sobre fungos
    zigospóricos coprófilos são escassos e pouco se conhece sobre a estruturação das
    comunidades desses fungos em excrementos de mamíferos herbivoros.
    Considerando como hipóteses que: 1 - A diversidade e riqueza de fungos zigospóricos
    variam entre os tipos de excrementos de animais herbívoros; 2 – A diversidade e
    riqueza de fungos zigospóricos nos excrementos de mamíferos roedores são
    diferentes das dos excrementos de não roedores; 3 - A alimentação dos animais em
    cativeiro reflete nas comunidades de fungos zigospóricos em seus excrementos; 4 –
    Os excrementos de mamíferos herbívoros do Recife são reservatórios para novas
    espécies de fungos zigospóricos e para espécies ainda não registradas no Brasil, e
    mesmo na América do Sul, esse trabalho teve como objetivos principais entender
    como as comunidades de fungos zigospóricos são estruturadas nos excrementos de
    mamíferos herbívoros, roedores e não rodedores, coletados no Recife-PE, e fornecer
    informações ecológicas sobre esse fungos considerando a influência da alimentação
    dos animais na estruturação das comunidades dos fungos zigospóricos. Esse trabalho
    reporta três espécies novas e aborda os aspectos taxonômicos de primeiras
    ocorrências para a América do Sul. Foram realizadas seis coletas de excrementos de
    anta, coelho, ouriço, paca, porco-da-índia, veado-catingueiro, no Parque Estadual de
    Dois Irmãos, e de excrementos de boi e cavalo, no Departamento de Zootecnia da
    Universidade Federal Rural de Pernambuco, localizados no Recife. As amostras foram
    acondicionadas em sacos pláticos e levadas ao laboratório para serem incubadas em
    câmaras úmidas, por 12 dias, para o acompanhamento do desenvolvimento dos
    fungos zigospóricos. Os espécimes foram identificados com base na morfologoia e,
    quando necessário, na biologia molecular (regiões ITS e LSU rDNA). As comunidades
    de fungos zigospóricos coprófilos foram exploradas quanto à riqueza, diversidade,
    equitabilidade, frequência de ocorrência e dissimilaridade. A estrutura das
    comunidades foi analisada por NMDS. A correlação de Spearman foi usada a fim de
    observar a correlação entre o alimento e a ocorrência dos fungos. Quarenta táxons,
    distribuídos entre as ordens Mucorales, Kickxellales e Zoopagales, incluindo novas
    espécies e novas ocorrências para América do Sul, foram isolados. Maiores riqueza e
    diversidade (Simpson) de fungos zigospóricos foram verificadas nas fezes de porco-

    da-índia, mas ambas não variaram para a maioria dos excrementos dos diferentes
    animais. A diversidade (Shannon-Wiener) de fungos zigospóricos não variou entre os
    excrementos de nenhum dos animais. Não foram verificadas diferenças na riqueza,
    diversidade e equitabilidade de fungos zigospóricos entre os excrementos de roedores
    e não roedores, mas foi observado que a alimentação dos animais influencia na
    estruturação das comunidades dos fungos zigospóricos nos seus excrementos, sendo
    Thamnostyllum piriforme, Pilobolus crystalinus e Circinella umbellata as espécies que
    mais contribuem para a dissimilaridade entre as comunidades de fungos zigospóricos.

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  • VITORIA CRISTINA SANTIAGO ALVES
  • RIQUEZA DE FUNGOS ANEMÓFILOS DA CAVERNA ABRIGO DO LETREIRO DO PARQUE NACIONAL DA FURNA FEIA – RN.

  • Orientador : JADSON DIOGO PEREIRA BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDRE LUIZ FIRMINO
  • DIEGO DE MEDEIROS BENTO
  • JADSON DIOGO PEREIRA BEZERRA
  • Data: 10/03/2022

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  • As cavernas são cavidades naturais rochosas que abrigam uma grande
    biodiversidade e permitem o acesso exploratório de seres humanos; são
    ecossistemas frágeis e delicados caracterizados pela ausência parcial ou total de
    luz. Apesar de suas características excepcionais como baixa disponibilidade de
    nutrientes e temperatura e umidade estáveis, as cavernas abrigam uma riqueza de
    organismos capazes de sobreviver em tais condições, como os fungos. Diante disso,
    este estudo teve como objetivo identificar as espécies de fungos presentes no ar da
    Caverna Abrigo do Letreiro, que faz parte de um complexo de cavernas da Caatinga,
    localizada no Parque Nacional da Furna Feia – RN. Além disso, fornecer dados
    micológicos para a elaboração do plano de manejo da caverna. A caverna foi tratada
    como uma única câmara com três pontos de coleta a partir da entrada principal:
    ponto 1 (5,7m), ponto 2 (5,2m) e ponto 3 (9,1m). Os fungos foram isolados por meio
    da exposição de placas de Petri com meio de cultura e posterior incubação a 28 °C
    durante 7-14 dias no escuro. Após isso, foi contabilizado o número de UFC e as
    colônias selecionadas foram isoladas. A identificação foi realizada utilizando dados
    morfológicos e análise filogenética de sequências de rDNA (ex. ITS, LSU, TEF1-α,
    ACT, CAL e β-TUB, a depender do gênero previamente identificado
    morfologicamente). No total, foram obtidas 526 UFC, sendo o ponto 3 o que
    apresentou mais colônias (UFC = 261), seguido pelos pontos 1 (UFC = 146) e 2
    (UFC = 119). Foram selecionados 40 isolados, que foram identificados como
    pertencentes a 13 gêneros do filo Ascomycota e um gênero de Basidiomycota
    (Sympodiomycopsis). O gênero Aspergillus foi o mais comumente relatado (nove
    espécies), seguido por Cladosporium (três espécies). A maior riqueza de fungos foi
    observada no ponto 1. Do total de isolados (40) foram identificadas 25 espécies, das
    quais cinco (20%) foram consideradas como possíveis novidades taxonômicas dos
    gêneros Aspergillus, Auxarthron, Humicola, Lecanicillium e Talaromyces. Este
    estudo demonstra o potencial das cavernas da Caatinga para a descoberta de uma
    riqueza de fungos (já conhecidos ou não pela ciência) e contribui para que dados
    micológicos sejam incluídos no plano de manejo das cavernas que também podem
    ser consideradas um “hotspots” da diversidade de fungos no Brasil.


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  • As cavernas são cavidades naturais rochosas que abrigam uma grande
    biodiversidade e permitem o acesso exploratório de seres humanos; são
    ecossistemas frágeis e delicados caracterizados pela ausência parcial ou total de
    luz. Apesar de suas características excepcionais como baixa disponibilidade de
    nutrientes e temperatura e umidade estáveis, as cavernas abrigam uma riqueza de
    organismos capazes de sobreviver em tais condições, como os fungos. Diante disso,
    este estudo teve como objetivo identificar as espécies de fungos presentes no ar da
    Caverna Abrigo do Letreiro, que faz parte de um complexo de cavernas da Caatinga,
    localizada no Parque Nacional da Furna Feia – RN. Além disso, fornecer dados
    micológicos para a elaboração do plano de manejo da caverna. A caverna foi tratada
    como uma única câmara com três pontos de coleta a partir da entrada principal:
    ponto 1 (5,7m), ponto 2 (5,2m) e ponto 3 (9,1m). Os fungos foram isolados por meio
    da exposição de placas de Petri com meio de cultura e posterior incubação a 28 °C
    durante 7-14 dias no escuro. Após isso, foi contabilizado o número de UFC e as
    colônias selecionadas foram isoladas. A identificação foi realizada utilizando dados
    morfológicos e análise filogenética de sequências de rDNA (ex. ITS, LSU, TEF1-α,
    ACT, CAL e β-TUB, a depender do gênero previamente identificado
    morfologicamente). No total, foram obtidas 526 UFC, sendo o ponto 3 o que
    apresentou mais colônias (UFC = 261), seguido pelos pontos 1 (UFC = 146) e 2
    (UFC = 119). Foram selecionados 40 isolados, que foram identificados como
    pertencentes a 13 gêneros do filo Ascomycota e um gênero de Basidiomycota
    (Sympodiomycopsis). O gênero Aspergillus foi o mais comumente relatado (nove
    espécies), seguido por Cladosporium (três espécies). A maior riqueza de fungos foi
    observada no ponto 1. Do total de isolados (40) foram identificadas 25 espécies, das
    quais cinco (20%) foram consideradas como possíveis novidades taxonômicas dos
    gêneros Aspergillus, Auxarthron, Humicola, Lecanicillium e Talaromyces. Este
    estudo demonstra o potencial das cavernas da Caatinga para a descoberta de uma
    riqueza de fungos (já conhecidos ou não pela ciência) e contribui para que dados
    micológicos sejam incluídos no plano de manejo das cavernas que também podem
    ser consideradas um “hotspots” da diversidade de fungos no Brasil.

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  • JANAINA DIAS FERREIRA
  • DIVERSIDADE DE FUNGOS CONIDIAIS DE FOLHEDO TERRESTRE EM ÁREA DE MATA ATLÂNTICA RURAL E URBANA DE PERNAMBUCO

  • Orientador : ELAINE MALOSSO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ELAINE MALOSSO
  • IRACEMA HELENA SCHOENLEIN CRUSIUS
  • ROGER FAGNER RIBEIRO MELO
  • Data: 11/07/2022

  • Mostrar Resumo
  • Nas florestas, em áreas de mata ciliar, são depositadas grandes quantidades de matéria
    orgânica, composta principalmente por folhas mortas. A matéria orgânica garante nutrientes
    para a manutenção desse ecossistema. Entre os organismos capazes de decompor a matéria
    orgânica estão os fungos conidiais, cuja principal importância para os ecossistemas é
    promover a ciclagem dos nutrientes a partir da decomposição. O objetivo deste estudo foi
    comparar a diversidade de fungos conidiais de folhedo terrestre entre duas áreas de floresta
    úmida, uma na área rural e a outra em uma área urbana de Pernambuco. Para isso, foram
    observados 864 fragmentos de folhas em decomposição, coletadas em oito expedições, que
    resultaram em 51 taxons de fungos. Destes, 48 espécies foram observadas na ESEC (Estação
    Ecológica de Caetés), com 25 espécies exclusivas e 23 espécies em comum com a outra área,
    a RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Trapiche cujo total foi 25 taxons. O
    número de ocorrências para a ESEC Caetés foi de 454 e para a RPPN Trapiche foi de 275. As
    espécies com maior número de ocorrências foram: Beltraniella portoricensis, com 70
    ocorrências, seguida de Cryptophiale kakombensis (39), Chalara alabamensis e Gyrothrix
    circinata (37 cada). As curvas de acumulação de espécies nas duas áreas foram consideradas
    tendendo ao equilíbrio, revelando a cobertura pelo esforço amostral de 96,8% e 96,4% dos
    taxons estimados para a ESEC Caetés e a RPPN Trapiche, respectivamente. A similaridade
    entre as coletas e áreas, neste trabalho, foi de aproximadamente 70% e considerada alta. Com
    relação à constância das espécies, a maioria foi constante nas duas áreas de estudo (72% na
    RPPN Trapiche e 67% na ESEC Caetés). Os dados de correlação de Pearson entre o conteúdo
    de ergosterol do folhedo, no período de coleta (chuvoso ou seco), com a ocorrência das
    espécies mostram que, no período seco o ergosterol apresentou moderada correlação positiva
    com a ocorrência na ESEC Caetés enquanto na RPPN Trapiche houve forte correlação
    negativa nesse período. No período chuvoso, na ESEC Caetés houve correlação moderada
    negativa e na RPPN Trapiche, forte correlação negativa entre essas variáveis. O teor de
    ergosterol no folhedo, que representa a biomassa de fungos neste substrato, foi maior na área
    rural da RPPN Trapiche, em relação à área urbana da ESEC Caetés. Na análise de
    componentes principais (PCA), não foi observada estrutura definida da comunidade de
    fungos conidiais entre áreas ou pontos de coleta na área, ou ainda entre períodos de
    amostragem, com a primeira e segunda componentes explicando apenas 17% da variação dos
    dados. Do ponto de vista climático, as duas áreas de estudo são consideradas similares, no
    entanto, quando consideradas as comunidades de fungos, a área rural reflorestada é mais
    impactada e tem menor riqueza e menor ocorrência de fungos conidiais.


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  • Nas florestas, em áreas de mata ciliar, são depositadas grandes quantidades de matéria
    orgânica, composta principalmente por folhas mortas. A matéria orgânica garante nutrientes
    para a manutenção desse ecossistema. Entre os organismos capazes de decompor a matéria
    orgânica estão os fungos conidiais, cuja principal importância para os ecossistemas é
    promover a ciclagem dos nutrientes a partir da decomposição. O objetivo deste estudo foi
    comparar a diversidade de fungos conidiais de folhedo terrestre entre duas áreas de floresta
    úmida, uma na área rural e a outra em uma área urbana de Pernambuco. Para isso, foram
    observados 864 fragmentos de folhas em decomposição, coletadas em oito expedições, que
    resultaram em 51 taxons de fungos. Destes, 48 espécies foram observadas na ESEC (Estação
    Ecológica de Caetés), com 25 espécies exclusivas e 23 espécies em comum com a outra área,
    a RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Trapiche cujo total foi 25 taxons. O
    número de ocorrências para a ESEC Caetés foi de 454 e para a RPPN Trapiche foi de 275. As
    espécies com maior número de ocorrências foram: Beltraniella portoricensis, com 70
    ocorrências, seguida de Cryptophiale kakombensis (39), Chalara alabamensis e Gyrothrix
    circinata (37 cada). As curvas de acumulação de espécies nas duas áreas foram consideradas
    tendendo ao equilíbrio, revelando a cobertura pelo esforço amostral de 96,8% e 96,4% dos
    taxons estimados para a ESEC Caetés e a RPPN Trapiche, respectivamente. A similaridade
    entre as coletas e áreas, neste trabalho, foi de aproximadamente 70% e considerada alta. Com
    relação à constância das espécies, a maioria foi constante nas duas áreas de estudo (72% na
    RPPN Trapiche e 67% na ESEC Caetés). Os dados de correlação de Pearson entre o conteúdo
    de ergosterol do folhedo, no período de coleta (chuvoso ou seco), com a ocorrência das
    espécies mostram que, no período seco o ergosterol apresentou moderada correlação positiva
    com a ocorrência na ESEC Caetés enquanto na RPPN Trapiche houve forte correlação
    negativa nesse período. No período chuvoso, na ESEC Caetés houve correlação moderada
    negativa e na RPPN Trapiche, forte correlação negativa entre essas variáveis. O teor de
    ergosterol no folhedo, que representa a biomassa de fungos neste substrato, foi maior na área
    rural da RPPN Trapiche, em relação à área urbana da ESEC Caetés. Na análise de
    componentes principais (PCA), não foi observada estrutura definida da comunidade de
    fungos conidiais entre áreas ou pontos de coleta na área, ou ainda entre períodos de
    amostragem, com a primeira e segunda componentes explicando apenas 17% da variação dos
    dados. Do ponto de vista climático, as duas áreas de estudo são consideradas similares, no
    entanto, quando consideradas as comunidades de fungos, a área rural reflorestada é mais
    impactada e tem menor riqueza e menor ocorrência de fungos conidiais.

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  • MARILIA PEREIRA RODRIGUES DE MELO
  • Patogenicidade da micobiota nativa contra o cupim arborícola Nasutitermes corniger (BlattodeA: Termitidae)

  • Orientador : PATRICIA VIEIRA TIAGO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ATHALINE GONÇALVES DINIZ
  • PATRICIA VIEIRA TIAGO
  • VIRGINIA MICHELLE SVEDESE
  • Data: 18/07/2022

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8
  • MAYARA GOES KETTNER
  • AVALIAÇÃO DA FITOPATOGENICIDADE DE ISOLADOS ENTOMOPATOGÊNICOS DOS COMPLEXOS DE ESPÉCIES Fusarium incarnatum-equiseti E Fusarium fujikuroi

  • Orientador : PATRICIA VIEIRA TIAGO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXANDRE REIS MACHADO
  • ANA PAULA DE ALMEIDA PORTELA DA SILVA
  • PATRICIA VIEIRA TIAGO
  • Data: 31/08/2022

  • Mostrar Resumo
  • O uso de fungos entomopatogênicos pode reduzir significativamente as populações de
    insetos em várias culturas importantes como feijões, fava e laranjeiras, sendo uma prática
    viável e segura. O gênero Fusarium é de grande importância para o controle de pragas
    por ter ampla gama de insetos hospedeiros. Os esforços para utilizar espécies de Fusarium
    no controle biológico têm sido limitados pela preocupação de liberar inadvertidamente
    fitopatógenos, que em larga escala poderiam contaminar o ambiente. Em razão disso, o
    objetivo do presente estudo foi determinar a fitopatogenicidade de isolados

    entomopatogênicos pertencentes aos complexos de espécies Fusarium incarnatum-
    equiseti (Fusarium sulawesiense e Fusarium pernambucanum) e Fusarium fujikuroi

    (Fusarium proliferatum, Fusarium volatile e Fusarium verticillioides) em plantas do
    feijão comum (Phaseolus vulgaris), fava (Phaseolus lunatus), feijão-caupi (Vigna
    unguiculata) e laranjeira (Citrus sinensis). A fitopatogenicidade dos isolados foi testada
    nas leguminosas utilizando três formas de inoculação: imersão das raízes em suspensão
    de conídios, pulverização nas folhas e corte de colo com deposição de discos de micélio.
    Para as mudas de laranja pera, foram aplicadas duas metodologias de inoculação, corte
    de colo com deposição de discos de micélio e pulverização das folhas. A avaliação dos
    bioensaios ocorreu aos 30 dias após a inoculação, medindo-se o comprimento das plantas,
    o número de folíolos e o peso da matéria seca da parte área. Os isolados
    entomopatogênicos não expressaram potencial fitopatogênicos nas plantas testadas. Os
    métodos de inoculação dos fungos por corte de colo e pulverização das folhas não
    manifestaram nenhuma mudança significativa nos tamanhos, número de folíolos, na
    aparência (ausência de sintomas de fusariose) e massa seca dos feijões, da fava e da
    laranjeira. No método por corte de raiz, os isolados F. sulawesiense URM 7560, F.
    proliferatum URM 8049 e F. volatile URM 8050 causaram uma diminuição no tamanho
    somente das plantas do feijão-caupi. Os isolados do gênero Fusarium são seguros e
    podem ser utilizados como um agente de biocontrole.


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  • O uso de fungos entomopatogênicos pode reduzir significativamente as populações de
    insetos em várias culturas importantes como feijões, fava e laranjeiras, sendo uma prática
    viável e segura. O gênero Fusarium é de grande importância para o controle de pragas
    por ter ampla gama de insetos hospedeiros. Os esforços para utilizar espécies de Fusarium
    no controle biológico têm sido limitados pela preocupação de liberar inadvertidamente
    fitopatógenos, que em larga escala poderiam contaminar o ambiente. Em razão disso, o
    objetivo do presente estudo foi determinar a fitopatogenicidade de isolados

    entomopatogênicos pertencentes aos complexos de espécies Fusarium incarnatum-
    equiseti (Fusarium sulawesiense e Fusarium pernambucanum) e Fusarium fujikuroi

    (Fusarium proliferatum, Fusarium volatile e Fusarium verticillioides) em plantas do
    feijão comum (Phaseolus vulgaris), fava (Phaseolus lunatus), feijão-caupi (Vigna
    unguiculata) e laranjeira (Citrus sinensis). A fitopatogenicidade dos isolados foi testada
    nas leguminosas utilizando três formas de inoculação: imersão das raízes em suspensão
    de conídios, pulverização nas folhas e corte de colo com deposição de discos de micélio.
    Para as mudas de laranja pera, foram aplicadas duas metodologias de inoculação, corte
    de colo com deposição de discos de micélio e pulverização das folhas. A avaliação dos
    bioensaios ocorreu aos 30 dias após a inoculação, medindo-se o comprimento das plantas,
    o número de folíolos e o peso da matéria seca da parte área. Os isolados
    entomopatogênicos não expressaram potencial fitopatogênicos nas plantas testadas. Os
    métodos de inoculação dos fungos por corte de colo e pulverização das folhas não
    manifestaram nenhuma mudança significativa nos tamanhos, número de folíolos, na
    aparência (ausência de sintomas de fusariose) e massa seca dos feijões, da fava e da
    laranjeira. No método por corte de raiz, os isolados F. sulawesiense URM 7560, F.
    proliferatum URM 8049 e F. volatile URM 8050 causaram uma diminuição no tamanho
    somente das plantas do feijão-caupi. Os isolados do gênero Fusarium são seguros e
    podem ser utilizados como um agente de biocontrole.

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  • ALBA TAINNA COELHO TAVARES
  • ATRIBUTOS MICROBIOLÓGICOS COMO INDICADORES DE REGENERAÇÃO DO SOLO NA MATA ATLÂNTICA 

  • Orientador : LEONOR COSTA MAIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAROLINA LINS E SILVA
  • CARLOS ALBERTO FRAGOSO DE SOUZA
  • LEONOR COSTA MAIA
  • Data: 29/11/2022

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  •  

    A Mata Atlântica apresenta altos índices de biodiversidade, é um dos biomas mais ameaçados do planeta e encontra-se sob forte pressão antrópica, o que resulta em perda florestal e impacto nos solos. A recomposição das características edáficas está relacionada ao estabelecimento das comunidades vegetais e da atividade biológica do solo ao longo do tempo, sendo importante acompanhar esse processo, que reflete a regeneração natural da área. O objetivo deste trabalho foi avaliar as propriedades microbiológicas do solo em fragmentos de Floresta Atlântica com três estágios de sucessão vegetal: inicial, intermediário e maduro. O estudo foi realizado no Parque Estadual de Dois Irmãos (PEDI), estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Os fragmentos apresentaram diferenças edáficas significativas entre os estágios de sucessão, sendo os estágios inicial e intermediário mais semelhantes entre si, enquanto o estágio maduro se mostrou o mais distinto dos outros fragmentos. Propriedades biológicas do solo como a atividade enzimática, o carbono da biomassa microbiana, a respiração basal ou induzida pelo substrato, variaram significativamente em função do tempo de regeneração, exceto as proteínas do solo relacionadas à glomalina. Observou-se que a recuperação gradual da estrutura e do funcionamento microbiano do solo nas áreas estudadas vem ocorrendo ao longo do tempo. Os fragmentos inicial e intermediário estudados encontram-se em evolução na recuperação da qualidade do solo em direção ao estágio maduro, com tendência à estabilidade, enquanto o fragmento maduro apresenta comportamento microbiológico distinto das demais áreas, apresentando  boa resiliência. As florestas secundárias tropicais refletem seu potencial de armazenamento de carbono e previsão para outros serviços ecossistêmicos, necessitando de medidas urgentes de proteção.


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  •  

    A Mata Atlântica apresenta altos índices de biodiversidade, é um dos biomas mais ameaçados do planeta e encontra-se sob forte pressão antrópica, o que resulta em perda florestal e impacto nos solos. A recomposição das características edáficas está relacionada ao estabelecimento das comunidades vegetais e da atividade biológica do solo ao longo do tempo, sendo importante acompanhar esse processo, que reflete a regeneração natural da área. O objetivo deste trabalho foi avaliar as propriedades microbiológicas do solo em fragmentos de Floresta Atlântica com três estágios de sucessão vegetal: inicial, intermediário e maduro. O estudo foi realizado no Parque Estadual de Dois Irmãos (PEDI), estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Os fragmentos apresentaram diferenças edáficas significativas entre os estágios de sucessão, sendo os estágios inicial e intermediário mais semelhantes entre si, enquanto o estágio maduro se mostrou o mais distinto dos outros fragmentos. Propriedades biológicas do solo como a atividade enzimática, o carbono da biomassa microbiana, a respiração basal ou induzida pelo substrato, variaram significativamente em função do tempo de regeneração, exceto as proteínas do solo relacionadas à glomalina. Observou-se que a recuperação gradual da estrutura e do funcionamento microbiano do solo nas áreas estudadas vem ocorrendo ao longo do tempo. Os fragmentos inicial e intermediário estudados encontram-se em evolução na recuperação da qualidade do solo em direção ao estágio maduro, com tendência à estabilidade, enquanto o fragmento maduro apresenta comportamento microbiológico distinto das demais áreas, apresentando  boa resiliência. As florestas secundárias tropicais refletem seu potencial de armazenamento de carbono e previsão para outros serviços ecossistêmicos, necessitando de medidas urgentes de proteção.

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  • JAILMA ALVES DA SILVA
  • Estrutura de comunidades de fungos micorrízicos arbusculares em estágios de sucessão vegetal na Mata Atlântica.

  • Orientador : LEONOR COSTA MAIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANA MAYUMI YANO DE MELO
  • DANIELLE KARLA ALVES DA SILVA
  • LEONOR COSTA MAIA
  • Data: 30/11/2022

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  • Composta por diversas formações florestais e ecossistemas associados, a Mata Atlântica
    compreende cerca de 32 milhões de ha de áreas naturais, proporcionando inúmeros serviços
    ecossistêmicos. Porém, o desmatamento vem reduzindo a floresta a pequenos fragmentos que
    levam à perda de biodiversidade. Atualmente, paisagens florestais secundárias são prevalentes
    no mundo e surgem após uma área ter sofrer alguma perturbação de origem natural ou
    humana. Como resposta, ocorre substituição progressiva das espécies vegetais ao longo do
    tempo, caracterizando uma sucessão ecológica. Os fungos micorrízicos arbusculares (FMA)
    formam associação mutualística com as plantas e contribuindo para o avanço sucessional nos
    ecossistemas, pelo maior aporte nutricional aos hospedeiros e benefícios à estrutura do solo.
    Considerando o papel dos FMA na manutenção das comunidades vegetais e ecossistemas,
    objetivou-se determinar: estrutura, diversidade, composição e fatores estruturadores das
    comunidades de FMA em áreas de sucessão na Mata Atlântica, testando as seguintes
    hipóteses: (1) áreas de floresta madura têm maior diversidade de espécies de FMA do que as
    de sucessão inicial; (2) nessas áreas iniciais há maior abundância de FMA com estratégia de
    vida ruderal, em comparação com áreas em estágio mais avançado de sucessão. Amostras de
    solo e raízes foram coletadas em três áreas (floresta madura, florestas secundárias: inicial e
    tardia) sendo três subáreas para cada estágio de sucessão. Em cada subárea foi estabelecido
    um grid de 30x30 m, e coletadas cinco amostras simples de solo rizosférico, totalizando 45
    unidades amostrais. Foram identificados 38 táxons de FMA em amostras de campo e mais
    três em culturas armadilha, distribuídas em 10 famílias e 15 gêneros, com maior riqueza de
    táxons de Acaulospora e Glomus. Foi acessada 70% da riqueza de espécies de FMA com base
    no estimador de riqueza Jackknife 1. Registraram-se maiores taxas de colonização radicular e
    de glomerosporos nas áreas de floresta secundária inicial. Com base no índice de Shannon a
    diversidade de espécies de FMA diferiu apenas entre as áreas de floresta secundária inicial e
    tardia. Os principais fatores influenciando a distribuição das comunidades de FMA foram:
    areias grossa, areia fina, silte, alumínio, fósforo, sódio, pH e saturação por bases. Maior
    número de espécies exclusivas foi registrado nas áreas maduras, que teve três espécies de
    FMA indicadoras. A formação acaulosporoide foi indicadors das áreas de floresta madura e
    secundária inicial. A distribuição das comunidades de FMA foi influenciada pelos diferentes
    estágios sucessionais e por diversos atributos do solo.


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  • Composta por diversas formações florestais e ecossistemas associados, a Mata Atlântica
    compreende cerca de 32 milhões de ha de áreas naturais, proporcionando inúmeros serviços
    ecossistêmicos. Porém, o desmatamento vem reduzindo a floresta a pequenos fragmentos que
    levam à perda de biodiversidade. Atualmente, paisagens florestais secundárias são prevalentes
    no mundo e surgem após uma área ter sofrer alguma perturbação de origem natural ou
    humana. Como resposta, ocorre substituição progressiva das espécies vegetais ao longo do
    tempo, caracterizando uma sucessão ecológica. Os fungos micorrízicos arbusculares (FMA)
    formam associação mutualística com as plantas e contribuindo para o avanço sucessional nos
    ecossistemas, pelo maior aporte nutricional aos hospedeiros e benefícios à estrutura do solo.
    Considerando o papel dos FMA na manutenção das comunidades vegetais e ecossistemas,
    objetivou-se determinar: estrutura, diversidade, composição e fatores estruturadores das
    comunidades de FMA em áreas de sucessão na Mata Atlântica, testando as seguintes
    hipóteses: (1) áreas de floresta madura têm maior diversidade de espécies de FMA do que as
    de sucessão inicial; (2) nessas áreas iniciais há maior abundância de FMA com estratégia de
    vida ruderal, em comparação com áreas em estágio mais avançado de sucessão. Amostras de
    solo e raízes foram coletadas em três áreas (floresta madura, florestas secundárias: inicial e
    tardia) sendo três subáreas para cada estágio de sucessão. Em cada subárea foi estabelecido
    um grid de 30x30 m, e coletadas cinco amostras simples de solo rizosférico, totalizando 45
    unidades amostrais. Foram identificados 38 táxons de FMA em amostras de campo e mais
    três em culturas armadilha, distribuídas em 10 famílias e 15 gêneros, com maior riqueza de
    táxons de Acaulospora e Glomus. Foi acessada 70% da riqueza de espécies de FMA com base
    no estimador de riqueza Jackknife 1. Registraram-se maiores taxas de colonização radicular e
    de glomerosporos nas áreas de floresta secundária inicial. Com base no índice de Shannon a
    diversidade de espécies de FMA diferiu apenas entre as áreas de floresta secundária inicial e
    tardia. Os principais fatores influenciando a distribuição das comunidades de FMA foram:
    areias grossa, areia fina, silte, alumínio, fósforo, sódio, pH e saturação por bases. Maior
    número de espécies exclusivas foi registrado nas áreas maduras, que teve três espécies de
    FMA indicadoras. A formação acaulosporoide foi indicadors das áreas de floresta madura e
    secundária inicial. A distribuição das comunidades de FMA foi influenciada pelos diferentes
    estágios sucessionais e por diversos atributos do solo.

Teses
1
  • GISLAINE CRISTINA DE SOUZA MELANDA
  • CONTRIBUIÇÕES À TAXONOMIA E FILOGENIA DE PHALLALES E. FISCH. (BASIDIOMYCOTA, AGARICOMYCETES)

  • Orientador : IURI GOULART BASEIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXANDRE GONÇALVES DOS SANTOS SILVA FILHO
  • ANA CLARISSA MOURA RODRIGUES
  • BIANCA DENISE BARBOSA DA SILVA
  • IURI GOULART BASEIA
  • RENATO JUCIANO FERREIRA
  • Data: 08/06/2022

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  • Fungos da ordem Phallales são conhecidos como chifres fedorentos que exalam odor e
    atraem insetos, responsáveis pela dispersão dos basidiosporos. Estudos aplicados foram
    desenvolvidos com Phallales destacando-se a descoberta de ações antitumorais,
    antifúngicas e inseticidas, além de serem utilizados como alimento. Em 2006 foi
    publicado o primeiro trabalho com filogenia molecular que representou a ordem
    dividida em seis famílias: Clatraceae, Claustulaceae, Lysuraceae, Phallaceae,
    Protophallaceae e Trappeaceae. Gastrosporiaceae é incorporada à ordem em 2014, e
    mesmo assim tal filogenia não representou todas as sete famílias, o que trouxe dúvidas
    em relação ao real posicionamento das famílias em Phallales. Além disso alguns
    gêneros da ordem ainda não haviam sido estudados por molecular. Diante disso, o
    objetivo geral da tese é reconhecer as relações filogenéticas das famílias de Phallales e
    contribuir para a taxonomia e sistemática do grupo. Por meio de análises morfológicas e
    moleculares, com materiais oriundos de empréstimo e coletados por parceiros, foram
    desenvolvidos cinco artigos que ampliaram o conhecimento do grupo. A filogenia com
    as sete ordens de Phallales foi representada; foram descritas quatro novas espécies de
    Staheliomyces, novos registros foram publicados para o Brasil e foi desenvolvida uma
    revisão do tipo de Colus schellenbergiae e materiais de localidade tipo de Clathrus
    columnatus. Nesta tese foi possível constatar que a diversidade de Phallales está
    subestimada e ressaltar a importância de trabalhos de base para a construção do
    conhecimento do grupo.


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  • Fungos da ordem Phallales são conhecidos como chifres fedorentos que exalam odor e
    atraem insetos, responsáveis pela dispersão dos basidiosporos. Estudos aplicados foram
    desenvolvidos com Phallales destacando-se a descoberta de ações antitumorais,
    antifúngicas e inseticidas, além de serem utilizados como alimento. Em 2006 foi
    publicado o primeiro trabalho com filogenia molecular que representou a ordem
    dividida em seis famílias: Clatraceae, Claustulaceae, Lysuraceae, Phallaceae,
    Protophallaceae e Trappeaceae. Gastrosporiaceae é incorporada à ordem em 2014, e
    mesmo assim tal filogenia não representou todas as sete famílias, o que trouxe dúvidas
    em relação ao real posicionamento das famílias em Phallales. Além disso alguns
    gêneros da ordem ainda não haviam sido estudados por molecular. Diante disso, o
    objetivo geral da tese é reconhecer as relações filogenéticas das famílias de Phallales e
    contribuir para a taxonomia e sistemática do grupo. Por meio de análises morfológicas e
    moleculares, com materiais oriundos de empréstimo e coletados por parceiros, foram
    desenvolvidos cinco artigos que ampliaram o conhecimento do grupo. A filogenia com
    as sete ordens de Phallales foi representada; foram descritas quatro novas espécies de
    Staheliomyces, novos registros foram publicados para o Brasil e foi desenvolvida uma
    revisão do tipo de Colus schellenbergiae e materiais de localidade tipo de Clathrus
    columnatus. Nesta tese foi possível constatar que a diversidade de Phallales está
    subestimada e ressaltar a importância de trabalhos de base para a construção do
    conhecimento do grupo.

2
  • VALERIA FERREIRA DA SILVA COSTA SANTANA
  • DESCOLORAÇÃO DO CORANTE ÍNDIGO CARMIM POR AGARICOMYCETES COLETADOS NO NORTE E NORDESTE DO BRASIL

  • Orientador : NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA
  • NEIVA TINTI DE OLIVEIRA
  • NELSON MANUEL VIANA DA SILVA LIMA
  • NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • RITA DE CASSIA MENDONCA DE MIRANDA
  • Data: 01/07/2022

  • Mostrar Resumo
  • A micorremediação surge como alternativa para minimizar a poluição causada por
    compostos recalcitrantes descartados no ambiente (solo e água). Considerando o
    potencial de representantes de Agaricomycetes na degradação e mineralização da
    lignina, este trabalho teve por objetivo identificar linhagens promissoras à utilização
    em processos de remoção do corante índigo carmim utilizado na coloração do denim
    e detectar a produção de enzimas ligninolíticas, lacase (Lac), lignina peroxidase (LiP)
    e manganês peroxidase (MnP) em espécies de Agaricomycetes coletadas no Norte e
    Nordeste do Brasil, tendo em vista a escassez de conhecimento sobre espécies
    tropicais do Brasil. Cento e quarenta e cinco espécimes foram utilizadas para o cultivo.
    O teste de Bavendamm selecionou as linhagens produtoras das fenoloxidases. Dez
    espécimes foram selecionadas e utilizadas em ensaios de descoloração do índigo
    carmim. Os testes ocorreram em caldo Kirk, sem esterilização a ± 28°C sob condição
    estática, durante 5 dias. Testes de detecção para as enzimas Lac, MnP e LiP foram
    realizados de acordo com protocolo para cada enzima. Os percentuais de
    descoloração variaram entre 56% a 96,11%, sendo os mais significativos para as
    linhagens de Trametes: T. lactinea URM 8350 (81,40%), T. lactinea URM 8354
    (85,09%) e T. villosa URM 8022 (96,11%). Polyporus philippinensis URM 87927 e
    Polyporus aff. thailandensis URM 8351 apresentaram percentuais de descoloração de
    78% e 72% e, provavelmente, são os primeiros estudos dessas espécies em testes
    de descoloração. Atividade de Lac e MnP foi detectada nas linhagens de Pleurotus
    djamor URM 8113, Schizophyllum commune URM 8549, T. lactinea URM 8350, T.
    lactinea URM 8354 e T. villosa URM 8022. A LiP foi detectada apenas em Perenniporia
    centrali-africana. Os resultados obtidos evidenciam a importância de estudos de
    triagem para identificar linhagens promissoras, possibilitando a aplicação em
    processos de biorremediação e biotecnologia. Entretanto, a continuidade e o
    desenvolvimento de novas pesquisas permitirão compreender a fisiologia e os
    mecanismos enzimáticos de cada linhagem.


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  • A micorremediação surge como alternativa para minimizar a poluição causada por
    compostos recalcitrantes descartados no ambiente (solo e água). Considerando o
    potencial de representantes de Agaricomycetes na degradação e mineralização da
    lignina, este trabalho teve por objetivo identificar linhagens promissoras à utilização
    em processos de remoção do corante índigo carmim utilizado na coloração do denim
    e detectar a produção de enzimas ligninolíticas, lacase (Lac), lignina peroxidase (LiP)
    e manganês peroxidase (MnP) em espécies de Agaricomycetes coletadas no Norte e
    Nordeste do Brasil, tendo em vista a escassez de conhecimento sobre espécies
    tropicais do Brasil. Cento e quarenta e cinco espécimes foram utilizadas para o cultivo.
    O teste de Bavendamm selecionou as linhagens produtoras das fenoloxidases. Dez
    espécimes foram selecionadas e utilizadas em ensaios de descoloração do índigo
    carmim. Os testes ocorreram em caldo Kirk, sem esterilização a ± 28°C sob condição
    estática, durante 5 dias. Testes de detecção para as enzimas Lac, MnP e LiP foram
    realizados de acordo com protocolo para cada enzima. Os percentuais de
    descoloração variaram entre 56% a 96,11%, sendo os mais significativos para as
    linhagens de Trametes: T. lactinea URM 8350 (81,40%), T. lactinea URM 8354
    (85,09%) e T. villosa URM 8022 (96,11%). Polyporus philippinensis URM 87927 e
    Polyporus aff. thailandensis URM 8351 apresentaram percentuais de descoloração de
    78% e 72% e, provavelmente, são os primeiros estudos dessas espécies em testes
    de descoloração. Atividade de Lac e MnP foi detectada nas linhagens de Pleurotus
    djamor URM 8113, Schizophyllum commune URM 8549, T. lactinea URM 8350, T.
    lactinea URM 8354 e T. villosa URM 8022. A LiP foi detectada apenas em Perenniporia
    centrali-africana. Os resultados obtidos evidenciam a importância de estudos de
    triagem para identificar linhagens promissoras, possibilitando a aplicação em
    processos de biorremediação e biotecnologia. Entretanto, a continuidade e o
    desenvolvimento de novas pesquisas permitirão compreender a fisiologia e os
    mecanismos enzimáticos de cada linhagem.

3
  • EDUARDO MARQUES DE ARAUJO
  • DETECÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA RESISTÊNCIA FÚNGICA EM ISOLADOS CLÍNICOS E AMBIENTAIS DE Aspergillus spp.

  • Orientador : REGINALDO GONCALVES DE LIMA NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • REGINALDO GONCALVES DE LIMA NETO
  • ANA MARIA RABELO DE CARVALHO PARAHYM
  • CLAUDIA ELISE FERRAZ SILVA
  • MARIA DANIELA SILVA BUONAFINA PAZ
  • WENDELL WONS NEVES
  • Data: 30/08/2022

  • Mostrar Resumo
  • Os fungos do gênero Aspergillus são patógenos oportunistas que são facilmente
    encontrados no ar que nos cerca, sendo constantemente inalados, podem causar
    infecções fúngicas invasivas (IFI) e em alguns casos também infecções resistentes a
    antifungicos. O diagnóstico, para este tipo de infecção é difícil, pois os sinais clínicos e
    sintomas, bem como os achados radiológicos, são muitas vezes inespecíficos, e os
    métodos convencionais de cultura apresentam baixas sensibilidades. No estado de
    Pernambuco, nenhum centro médico utiliza técnicas de detecção sorológica para estes
    fungos, nem rastreio de surgimento de fungos resistentes, tornando evidente a
    necessidade da implantação de métodos de diagnósticos e sensibilidade antifúngica na
    rotina hospitalar para esta infecção, e complementarmente o desenvolvimento e
    implementação de novas técnicas de detecção do antígeno, para um diagnóstico rápido e
    conclusivo no estado. Com isto, objetivamos diagnosticar casos de aspergilose em
    hospitais terciários no estado de Pernambuco, adicionando na rotina hospitalar,
    diagnósticos específicos para aspergilose e caracterização da resistência fúngica de
    isolados clínicos e ambientais de Aspergillus spp.. Com os resultados desse estudo, foi
    possível concluir que existe infecções por fungos do gênero Aspergillus potencialmente
    letais, sendo subnotificadas no estado de Pernambuco, e que o uso generalizado de
    fungicidas azólicos na agricultura está acoplado ao isolamento generalizado de fungos
    do gênero Aspergillus resistente a antifúngicos no estado de Pernambuco.


  • Mostrar Abstract
  • Os fungos do gênero Aspergillus são patógenos oportunistas que são facilmente
    encontrados no ar que nos cerca, sendo constantemente inalados, podem causar
    infecções fúngicas invasivas (IFI) e em alguns casos também infecções resistentes a
    antifungicos. O diagnóstico, para este tipo de infecção é difícil, pois os sinais clínicos e
    sintomas, bem como os achados radiológicos, são muitas vezes inespecíficos, e os
    métodos convencionais de cultura apresentam baixas sensibilidades. No estado de
    Pernambuco, nenhum centro médico utiliza técnicas de detecção sorológica para estes
    fungos, nem rastreio de surgimento de fungos resistentes, tornando evidente a
    necessidade da implantação de métodos de diagnósticos e sensibilidade antifúngica na
    rotina hospitalar para esta infecção, e complementarmente o desenvolvimento e
    implementação de novas técnicas de detecção do antígeno, para um diagnóstico rápido e
    conclusivo no estado. Com isto, objetivamos diagnosticar casos de aspergilose em
    hospitais terciários no estado de Pernambuco, adicionando na rotina hospitalar,
    diagnósticos específicos para aspergilose e caracterização da resistência fúngica de
    isolados clínicos e ambientais de Aspergillus spp.. Com os resultados desse estudo, foi
    possível concluir que existe infecções por fungos do gênero Aspergillus potencialmente
    letais, sendo subnotificadas no estado de Pernambuco, e que o uso generalizado de
    fungicidas azólicos na agricultura está acoplado ao isolamento generalizado de fungos
    do gênero Aspergillus resistente a antifúngicos no estado de Pernambuco.

4
  • BRUNA RODRIGUES DE SOUSA
  • CARACTERIZAÇÃO POLIFÁSICA, DESCRIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E ANÁLISE DE MECANISMOS DE REVERSÃO DE RESISTÊNCIA FÚNGICA A TRIAZÓLICOS DE ISOLADOS CLÍNICOS DE Candida sp. A PARTIR DE DERIVADOS PIRIDIL-TIAZOLIDINONAS

  • Orientador : REGINALDO GONCALVES DE LIMA NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GUILHERME MARANHAO CHAVES
  • MANOEL MARQUES EVANGELISTA DE OLIVEIRA
  • PAULO SERGIO RAMOS DE ARAUJO
  • REGINALDO GONCALVES DE LIMA NETO
  • SYLVIA MARIA DE LEMOS HINRICHSEN
  • Data: 30/09/2022

  • Mostrar Resumo
  • A Candidíase Invasiva (CI) representa um grave problema de saúde pública devido
    as altas taxas de morbimortalidade. Os triazólicos são comumente utilizados na
    terapia desta infecção, o que fez com que nos últimos anos, Candida spp. tenham
    desenvolvido resistência. A resistência fúngica limita as opções terapêuticas e o
    tratamento combinado é considerado uma ferramenta relevante. Neste sentido,
    Derivados Piridil-tiazolidinonas (DPT) surgem como uma opção devido seus
    farmacóforos possuírem atividade antimicrobiana descrita. Assim, o estudo teve
    como objetivo caracterizar isolados clínicos de Candida por abordagem polifásica,
    descrever o perfil clínico-epidemiológico dos casos envolvidos e analisar os
    mecanismos de reversão da resistência fúngica a triazólicos a partir de DPT para
    propor uma nova alternativa terapêutica. O diagnóstico da CI foi realizado por
    metodologia convencional. As colônias de Candida spp. isoladas e puras foram
    identificadas utilizando ágar cromogênico, sistema automatizado e proteômica. O
    mapeamento epidemiológico dos pacientes envolvidos na pesquisa foi realizado por
    análise de prontuário. O perfil de susceptibilidade das cepas a Fluconazol (FLC),
    Voriconazol (VRC), Isavuconazol (ISA) e DPT foi avaliado por microdiluição em
    caldo. A reversão da resistência foi avaliada por teste tipo tabuleiro de xadrez com
    os triazólicos e o composto DPT mais bioativo isoladamente. O nível de expressão
    relativa de ERG11, CDR1, CDR2 e MDR1 foi avaliado em dois isolados de Candida
    resistentes a FLC e VRC sob diferentes condições de exposição antifúngica. A CI foi
    confirmada em 24 pacientes, onde treze (53%) eram mulheres. Hipertensão arterial
    sistêmica, diabetes mellitus, câncer, uso de antibioticoterapia, de dispositivos
    invasivos e cirurgia prévia foram associados a esta infecção. Foram incorporados a
    pesquisa 48 cepas de Candida spp., onde a proteômica identificou com maior
    prevalência 14 (29%) C. albicans. Onze cepas emergentes de C. auris (23%), e uma
    (2%) cepa de cada espécie a seguir: C. duobushaemulonii, C. guilliermondii, C.
    lusitaniae, C. nivariensis e C. pelliculosa. Sete (14%), 12 (25%) e oito (17%) cepas
    se apresentaram como Resistentes (R) ou Non-Wild Type (NWT) ao FLC, VRC e
    ISA respectivamente. Cinco entre os DPTs avaliados foram eficientes, onde o
    composto ((Z)-2-((E)-(1-(pyridin-2-yl)ethylidene)hydrazono)thiazolidin-4-one) (JA2-
    21a) apresentou destaque com uma média de concentração inibitória mínima de 4

    μg/mL. Em cinco (71%) isolados R ou NWT ao FLC foi observado Interação
    Sinérgica Fungistática (ISF50) com o JA2-21a. Para o VRC, cinco (42%) isolados R
    ou NWT apresentaram ISF50 e dois (17%) Interação Sinérgica Fungicida (ISF100).
    Seis (75%) isolados NWT ao ISA apresentaram ISF50 e dois (25%) ISF100. A
    resistência de C. tropicalis (BS 06) foi confirmada por superexpressão do ERG11,
    CDR1 e CDR2; em C. albicans (BS 36) por upregulation do CDR2. O composto JA2-
    21a promoveu a reversão da resistência em ambos os isolados por downregulation
    do ERG11, CDR1 e CDR2. Em suma, este estudo relatou a segunda ocorrência de
    C. nivariensis no Brasil e a primeira de C. auris em Pernambuco. Além do que,
    demonstrou a capacidade antifúngica e moduladora do composto JA2-21a sob
    genes ligados a resistência fúngica, o que pode contribuir para o desenvolvimento
    de uma nova terapia complementar para a CI.


  • Mostrar Abstract
  • A Candidíase Invasiva (CI) representa um grave problema de saúde pública devido
    as altas taxas de morbimortalidade. Os triazólicos são comumente utilizados na
    terapia desta infecção, o que fez com que nos últimos anos, Candida spp. tenham
    desenvolvido resistência. A resistência fúngica limita as opções terapêuticas e o
    tratamento combinado é considerado uma ferramenta relevante. Neste sentido,
    Derivados Piridil-tiazolidinonas (DPT) surgem como uma opção devido seus
    farmacóforos possuírem atividade antimicrobiana descrita. Assim, o estudo teve
    como objetivo caracterizar isolados clínicos de Candida por abordagem polifásica,
    descrever o perfil clínico-epidemiológico dos casos envolvidos e analisar os
    mecanismos de reversão da resistência fúngica a triazólicos a partir de DPT para
    propor uma nova alternativa terapêutica. O diagnóstico da CI foi realizado por
    metodologia convencional. As colônias de Candida spp. isoladas e puras foram
    identificadas utilizando ágar cromogênico, sistema automatizado e proteômica. O
    mapeamento epidemiológico dos pacientes envolvidos na pesquisa foi realizado por
    análise de prontuário. O perfil de susceptibilidade das cepas a Fluconazol (FLC),
    Voriconazol (VRC), Isavuconazol (ISA) e DPT foi avaliado por microdiluição em
    caldo. A reversão da resistência foi avaliada por teste tipo tabuleiro de xadrez com
    os triazólicos e o composto DPT mais bioativo isoladamente. O nível de expressão
    relativa de ERG11, CDR1, CDR2 e MDR1 foi avaliado em dois isolados de Candida
    resistentes a FLC e VRC sob diferentes condições de exposição antifúngica. A CI foi
    confirmada em 24 pacientes, onde treze (53%) eram mulheres. Hipertensão arterial
    sistêmica, diabetes mellitus, câncer, uso de antibioticoterapia, de dispositivos
    invasivos e cirurgia prévia foram associados a esta infecção. Foram incorporados a
    pesquisa 48 cepas de Candida spp., onde a proteômica identificou com maior
    prevalência 14 (29%) C. albicans. Onze cepas emergentes de C. auris (23%), e uma
    (2%) cepa de cada espécie a seguir: C. duobushaemulonii, C. guilliermondii, C.
    lusitaniae, C. nivariensis e C. pelliculosa. Sete (14%), 12 (25%) e oito (17%) cepas
    se apresentaram como Resistentes (R) ou Non-Wild Type (NWT) ao FLC, VRC e
    ISA respectivamente. Cinco entre os DPTs avaliados foram eficientes, onde o
    composto ((Z)-2-((E)-(1-(pyridin-2-yl)ethylidene)hydrazono)thiazolidin-4-one) (JA2-
    21a) apresentou destaque com uma média de concentração inibitória mínima de 4

    μg/mL. Em cinco (71%) isolados R ou NWT ao FLC foi observado Interação
    Sinérgica Fungistática (ISF50) com o JA2-21a. Para o VRC, cinco (42%) isolados R
    ou NWT apresentaram ISF50 e dois (17%) Interação Sinérgica Fungicida (ISF100).
    Seis (75%) isolados NWT ao ISA apresentaram ISF50 e dois (25%) ISF100. A
    resistência de C. tropicalis (BS 06) foi confirmada por superexpressão do ERG11,
    CDR1 e CDR2; em C. albicans (BS 36) por upregulation do CDR2. O composto JA2-
    21a promoveu a reversão da resistência em ambos os isolados por downregulation
    do ERG11, CDR1 e CDR2. Em suma, este estudo relatou a segunda ocorrência de
    C. nivariensis no Brasil e a primeira de C. auris em Pernambuco. Além do que,
    demonstrou a capacidade antifúngica e moduladora do composto JA2-21a sob
    genes ligados a resistência fúngica, o que pode contribuir para o desenvolvimento
    de uma nova terapia complementar para a CI.

5
  • WELLMA DE OLIVEIRA SILVA
  • ASPECTOS NA PRODUÇÃO DE L-ASPARAGINASE POR Trichoderma hamatum URM 8207 e Penicillium citrinum URM 8543.

  • Orientador : NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • NEIVA TINTI DE OLIVEIRA
  • JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
  • ESTER RIBEIRO DE ANDRADE
  • GRACIELY GOMES CORREA
  • Data: 27/10/2022

  • Mostrar Resumo
  • Entre os bioprodutos enzimáticos de origem fúngica, está a L-asparaginase (L-
    ASNase), utilizada não somente no tratamento de alguns tipos de câncer, como
    também na indústria alimentícia. Nesse contexto, no primeiro capítulo desta
    tese, 19 fungos foram testados qualitativamente quanto a produção de L-
    ASNase e as cepas que se destacaram foram avaliadas quantitativamente em
    relação à produção de L-ASNase extracelular. O fungo Trichoderma hamatun
    URM 8207 se destacou e foi selecionado para etapas posteriores de
    otimização por meio da abordagem “um fator por vez”, seguido da
    caracterização parcial da enzima. A melhor atividade enzimática foi obtida em
    pH 7,0, a 30°C com 1% de L-asparagina, após 120 horas de fermentação,
    ainda, a L-ASNase oriunda de T. hamatun 8207 quanto a caracterização
    parcial, demonstrou melhor desempenho em temperatura ótima de 50°C e em
    pH fisiológico. O segundo capítulo, objetivou a produção e otimização de L-
    ASNase extracelular por Penicillium citrinum URM 8543, cepa fúngica entre as
    testadas quantitativamente no capítulo anterior. A melhor atividade enzimática
    (2,3303 U/mL) entre os planejamentos fatoriais 2 3 realizados, foi obtida com
    meio de pH inicial 5,0, concentração de 0,5% de L-asparagina a 25 °C.
    Finalmente, no terceiro capítulo, foi realizada uma revisão sistemática, dos
    últimos cincos anos a respeito dos temas abordados nesta tese. A pesquisa
    realizada resultou em 465 trabalhos acadêmicos, entre os quais 47 atenderam
    aos critérios de inclusão previamente definidos e foram estudados nesta
    revisão.


  • Mostrar Abstract
  • Entre os bioprodutos enzimáticos de origem fúngica, está a L-asparaginase (L-
    ASNase), utilizada não somente no tratamento de alguns tipos de câncer, como
    também na indústria alimentícia. Nesse contexto, no primeiro capítulo desta
    tese, 19 fungos foram testados qualitativamente quanto a produção de L-
    ASNase e as cepas que se destacaram foram avaliadas quantitativamente em
    relação à produção de L-ASNase extracelular. O fungo Trichoderma hamatun
    URM 8207 se destacou e foi selecionado para etapas posteriores de
    otimização por meio da abordagem “um fator por vez”, seguido da
    caracterização parcial da enzima. A melhor atividade enzimática foi obtida em
    pH 7,0, a 30°C com 1% de L-asparagina, após 120 horas de fermentação,
    ainda, a L-ASNase oriunda de T. hamatun 8207 quanto a caracterização
    parcial, demonstrou melhor desempenho em temperatura ótima de 50°C e em
    pH fisiológico. O segundo capítulo, objetivou a produção e otimização de L-
    ASNase extracelular por Penicillium citrinum URM 8543, cepa fúngica entre as
    testadas quantitativamente no capítulo anterior. A melhor atividade enzimática
    (2,3303 U/mL) entre os planejamentos fatoriais 2 3 realizados, foi obtida com
    meio de pH inicial 5,0, concentração de 0,5% de L-asparagina a 25 °C.
    Finalmente, no terceiro capítulo, foi realizada uma revisão sistemática, dos
    últimos cincos anos a respeito dos temas abordados nesta tese. A pesquisa
    realizada resultou em 465 trabalhos acadêmicos, entre os quais 47 atenderam
    aos critérios de inclusão previamente definidos e foram estudados nesta
    revisão.

6
  • ANA CLAUDIA TENORIO DO AMARAL
  • "CARACTERIZAÇÃO E BIOCONTROLE DE ESPÉCIES DO COMPLEXO Fusarium oxysporum ORIUNDAS DE Vigna unguiculata"

  • Orientador : NEIVA TINTI DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXANDRE REIS MACHADO
  • JOSÉ LUIZ BEZERRA
  • LUCIANA GONÇALVES DE OLIVEIRA
  • NEIVA TINTI DE OLIVEIRA
  • RENATO JUCIANO FERREIRA
  • Data: 13/12/2022

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  • RESUMO GERAL

    Espécies do gênero Fusarium podem acometer diversas culturas de importância
    econômica. O objetivo deste estudo foi determinar o perfil molecular de isolados do
    complexo de espécies Fusarium oxysporum (FOSC) obtidos de Vigna unguiculata e
    avaliar o potencial de controle biológico destes patógenos utilizando a combinação entre
    isolados de Trichoderma e fungos micorrízicos arbusculares (FMA). Os isolados de
    Fusarium foram obtidos de culturas de feijão-caupi com sintomas característicos de
    murcha. Os patógenos obtidos foram identificados molecularmente com base nas regiões
    gênicas TEF1, RPB2, Cal e também morfologicamente. Para as análises de variabilidade
    genética entre os isolados de FOSC, foram testados 17 primers do marcador molecular
    ISSR. Os ensaios in vitro foram realizados utilizando 50 isolados de Trichoderma contra
    oito isolados de FOSC por meio da técnica de cultura pareada. Os ensaios de biocontrole
    in vivo foram realizados por meio da aplicação de suspensão de conídios dos isolados
    patogênicos e dos antagonistas no solo, ao redor de sementes de feijão-caupi e a avaliação
    realizada 45 dias após a semeadura. O efeito de 50 isolados de Trichoderma sobre a
    biomassa de feijão-caupi também analisada e avaliados após 22 e 40 dias após a
    inoculação. Para verificar o potencial antagonista da combinação entre isolados de FMA
    e Trichoderma foram utilizados 100 glomerosporos dos isolados de FMA Gisgaspora
    albida e Acaulospora longula e adicionado ao solo uma suspensão contendo 107
    conídios

    mL-1
    de T. asperelloides (URM7898) e do isolado ST2 de FOSC após a germinação das
    sementes. Neste estudo foram obtidos 44 isolados patogênicos oriundos de plantas de V.
    unguiculata com sintomas característicos de murcha de Fusarium. A partir da análise das
    sequências de fragmentos amplificados das regiões gênicas TEF1 e RPB2, constatou-se
    que os isolados estão inseridos no complexo de espécies F. oxysporum. As análises
    filogenéticas baseadas na combinação do conjunto de dados dos dois genes indicaram o
    registro da espécie F. nirenbergiae e apoiaram a ocorrência de novas espécies pertencente

    ao FOSC. Nas análises de variabilidade genética entre os isolados por ISSR, constatou-
    se que o primer UBC 856 possibilitou a amplificação de todos os produtos dos isolados

    avaliados e gerou o maior número de bandas polimórficas. Para os testes de
    patogenicidade, constatou-se que a maioria dos isolados são patogênicos. Verificou-se a
    partir dos ensaios in vitro que houve redução no crescimento micelial de todos os isolados

    do fitopatógeno variando entre 50,00 % a 76,29%. Também foram constatadas reduções
    significativas da severidade da doença na maioria dos tratamentos que variou de 4,62% a
    43,88%. Os isolados de Trichoderma testados quanto ao potencial de promoção de
    crescimento de plantas de V. unguiculata promoveram aumentos na biomassa após 22 e
    40 dias de inoculação dos isolados que variou de 25,07% a 48,62%, respectivamente.
    Também foram constatadas reduções significativas de sintomas de murcha nos ensaios
    envolvendo o efeito combinado de Trichoderma e FMA. O estudo relata novas espécies
    do complexo FOSC associadas à cultura de V. unguiculata no Brasil e demonstra
    potencial de uso de T. asperelloides (URM7898), G. albida (URM FMA 11) e A. longula
    (URM FMA 07) para o controle da murcha de Fusarium.


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  • RESUMO GERAL

    Espécies do gênero Fusarium podem acometer diversas culturas de importância
    econômica. O objetivo deste estudo foi determinar o perfil molecular de isolados do
    complexo de espécies Fusarium oxysporum (FOSC) obtidos de Vigna unguiculata e
    avaliar o potencial de controle biológico destes patógenos utilizando a combinação entre
    isolados de Trichoderma e fungos micorrízicos arbusculares (FMA). Os isolados de
    Fusarium foram obtidos de culturas de feijão-caupi com sintomas característicos de
    murcha. Os patógenos obtidos foram identificados molecularmente com base nas regiões
    gênicas TEF1, RPB2, Cal e também morfologicamente. Para as análises de variabilidade
    genética entre os isolados de FOSC, foram testados 17 primers do marcador molecular
    ISSR. Os ensaios in vitro foram realizados utilizando 50 isolados de Trichoderma contra
    oito isolados de FOSC por meio da técnica de cultura pareada. Os ensaios de biocontrole
    in vivo foram realizados por meio da aplicação de suspensão de conídios dos isolados
    patogênicos e dos antagonistas no solo, ao redor de sementes de feijão-caupi e a avaliação
    realizada 45 dias após a semeadura. O efeito de 50 isolados de Trichoderma sobre a
    biomassa de feijão-caupi também analisada e avaliados após 22 e 40 dias após a
    inoculação. Para verificar o potencial antagonista da combinação entre isolados de FMA
    e Trichoderma foram utilizados 100 glomerosporos dos isolados de FMA Gisgaspora
    albida e Acaulospora longula e adicionado ao solo uma suspensão contendo 107
    conídios

    mL-1
    de T. asperelloides (URM7898) e do isolado ST2 de FOSC após a germinação das
    sementes. Neste estudo foram obtidos 44 isolados patogênicos oriundos de plantas de V.
    unguiculata com sintomas característicos de murcha de Fusarium. A partir da análise das
    sequências de fragmentos amplificados das regiões gênicas TEF1 e RPB2, constatou-se
    que os isolados estão inseridos no complexo de espécies F. oxysporum. As análises
    filogenéticas baseadas na combinação do conjunto de dados dos dois genes indicaram o
    registro da espécie F. nirenbergiae e apoiaram a ocorrência de novas espécies pertencente

    ao FOSC. Nas análises de variabilidade genética entre os isolados por ISSR, constatou-
    se que o primer UBC 856 possibilitou a amplificação de todos os produtos dos isolados

    avaliados e gerou o maior número de bandas polimórficas. Para os testes de
    patogenicidade, constatou-se que a maioria dos isolados são patogênicos. Verificou-se a
    partir dos ensaios in vitro que houve redução no crescimento micelial de todos os isolados

    do fitopatógeno variando entre 50,00 % a 76,29%. Também foram constatadas reduções
    significativas da severidade da doença na maioria dos tratamentos que variou de 4,62% a
    43,88%. Os isolados de Trichoderma testados quanto ao potencial de promoção de
    crescimento de plantas de V. unguiculata promoveram aumentos na biomassa após 22 e
    40 dias de inoculação dos isolados que variou de 25,07% a 48,62%, respectivamente.
    Também foram constatadas reduções significativas de sintomas de murcha nos ensaios
    envolvendo o efeito combinado de Trichoderma e FMA. O estudo relata novas espécies
    do complexo FOSC associadas à cultura de V. unguiculata no Brasil e demonstra
    potencial de uso de T. asperelloides (URM7898), G. albida (URM FMA 11) e A. longula
    (URM FMA 07) para o controle da murcha de Fusarium.

2021
Dissertações
1
  • DEYSE VIANA DOS SANTOS
  • MICOBIOTA ENDOFÍTICA FOLIAR EM ÁRVORES DE SOMBRA DE UM PLANTIO DE CACAU (CABRUCA) NO SUL DA BAHIA

  • Orientador : JOSÉ LUIZ BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GLADSTONE ALVES DA SILVA
  • JOSÉ LUIZ BEZERRA
  • REJANE MARIA FERREIRA DA SILVA
  • Data: 26/05/2021

  • Mostrar Resumo
  • Os fungos endofíticos são microrganismos encontrados no interior de tecidos vegetais de modo assintomático, estudados em uma grande variedade de plantas de interesse econômico. No sul da Bahia em sistema agroflorestal, o cacau (Theobroma cacao L.) é cultivado sob a sombra de espécies arbóreas nativas de Mata Atlântica após o raleamento do sub-bosque da floresta, no entanto, os agricultores veem substituindo as árvores sombreadoras nativas por espécies exóticas de valor econômico. Além disso trabalhos sobre a comunidade dos fungos endofíticos em agrofloretas no mundo são escassos. Este estudo teve por objetivo conhecer a comunidade de fungos endofíticos em folhas saudáveis de Cariniana legalis, Paubrasilia echinata e Guarea macrophylla presentes em sistema agroflorestal de cultivo de cacau (cabruca) na Bahia. As folhas foram lavadas em água corrente e detergente neutro e posteriormente fragmentadas em discos foliares (6 mm de diâmetro) e submetidas à desinfestação superficial com álcool 70% (1 min), hipoclorito de sódio 3% (NaOCl) (2 min e 30 s), novamente com álcool 70% (30 s) e a seguir lavadas com água destilada esterilizada. Os discos foram transferidos para placas de Petri contendo (Malte-Dextrose-Ágar) mais cloranfenicol (50 mg L-1). A análise morfológica foi realizada através de literatura especializada, posteriormente foi realizado o sequenciamento dos genes ITS (Internal Transcribed Spacer), TUB2 (β-tubulina) e GAPDH (Gliceraldeído-3- fosfato-desidrogenase) e as análises filogenéticas para confirmação das espécies. Foram obtidos 662 isolados fúngicos distribuídos em 21 gêneros e 43 espécies, principalmente encontrados no filo Ascomycota. Colletotrichum representou o grupo com maior número de isolados, enquanto Diaporthe apresentou o maior número de espécies, sendo C. siamense (15,86%) a espécie mais frequente. Alguns isolados obtiveram baixas similaridades quando comparadas com outras sequências recuperadas do GenBank. Além disso, este é o primeiro relato de N. lacticolonia na região Neotropical isolada de folhas saudáveis de Guarea macrophylla. Ressaltamos a importância de mais estudos sobre a comunidade de fungos endofíticos em sistemas agroflorestais no mundo.


  • Mostrar Abstract
  • Os fungos endofíticos são microrganismos encontrados no interior de tecidos vegetais de modo assintomático, estudados em uma grande variedade de plantas de interesse econômico. No sul da Bahia em sistema agroflorestal, o cacau (Theobroma cacao L.) é cultivado sob a sombra de espécies arbóreas nativas de Mata Atlântica após o raleamento do sub-bosque da floresta, no entanto, os agricultores veem substituindo as árvores sombreadoras nativas por espécies exóticas de valor econômico. Além disso trabalhos sobre a comunidade dos fungos endofíticos em agrofloretas no mundo são escassos. Este estudo teve por objetivo conhecer a comunidade de fungos endofíticos em folhas saudáveis de Cariniana legalis, Paubrasilia echinata e Guarea macrophylla presentes em sistema agroflorestal de cultivo de cacau (cabruca) na Bahia. As folhas foram lavadas em água corrente e detergente neutro e posteriormente fragmentadas em discos foliares (6 mm de diâmetro) e submetidas à desinfestação superficial com álcool 70% (1 min), hipoclorito de sódio 3% (NaOCl) (2 min e 30 s), novamente com álcool 70% (30 s) e a seguir lavadas com água destilada esterilizada. Os discos foram transferidos para placas de Petri contendo (Malte-Dextrose-Ágar) mais cloranfenicol (50 mg L-1). A análise morfológica foi realizada através de literatura especializada, posteriormente foi realizado o sequenciamento dos genes ITS (Internal Transcribed Spacer), TUB2 (β-tubulina) e GAPDH (Gliceraldeído-3- fosfato-desidrogenase) e as análises filogenéticas para confirmação das espécies. Foram obtidos 662 isolados fúngicos distribuídos em 21 gêneros e 43 espécies, principalmente encontrados no filo Ascomycota. Colletotrichum representou o grupo com maior número de isolados, enquanto Diaporthe apresentou o maior número de espécies, sendo C. siamense (15,86%) a espécie mais frequente. Alguns isolados obtiveram baixas similaridades quando comparadas com outras sequências recuperadas do GenBank. Além disso, este é o primeiro relato de N. lacticolonia na região Neotropical isolada de folhas saudáveis de Guarea macrophylla. Ressaltamos a importância de mais estudos sobre a comunidade de fungos endofíticos em sistemas agroflorestais no mundo.

2
  • NICOLE HELENA DE BRITO GONDIM
  • XYLARIA (SORDARIOMYCETES, ASCOMYCOTA) NO BRASIL

  • Orientador : LEONOR COSTA MAIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JADERGUDSON PEREIRA
  • LARISSA TRIERVEILER PEREIRA
  • LEONOR COSTA MAIA
  • Data: 14/06/2021

  • Mostrar Resumo
  • Xylaria Hill ex Schrank (Xylariaceae, Xylariales) é um gênero cosmopolita de ascomicetos,
    caracterizado pela formação de peritécios de perídio espesso em estromas carbonáceos
    usualmente eretos. Devido à sua abundância nos trópicos e fácil preservação, ao longo dos anos
    muitos exemplares foram coletados no Brasil por naturalistas estrangeiros, porém em alguns
    casos sem informações adequadas sobre o local de coleta dos exemplares. Dessa forma, o
    objetivo deste trabalho foi investigar a diversidade de Xylaria no Brasil, elucidando sua
    taxonomia, aspectos ecológicos e posicionamento filogenético das espécies estudadas. Para
    ampliar o conhecimento sobre o gênero no país, foi elaborado um 'checklist' com dados
    preexistentes, contendo: 853 registros; 663 espécimes estão depositados em herbários brasileiros
    e 190 em acervos estrangeiros. Há 81 táxons válidos, 20 com nomes duvidosos e 10 com nomes
    inválidos. Foi realizada também a revisão de 264 exsicatas de Xylaria depositadas no Herbário
    URM. Dessas, 162 espécimes foram mantidos no gênero, 80 não foram passíveis de identificação
    (material degradado ou imaturo), 10 estavam indisponíveis no acervo, nove pertenciam a outros
    gêneros (Ampelomyces Ces. ex Schltdl., Phylacia Lév., Podosordaria Ellis & Holw. e Puccinia
    Pers.) e três não são fungos. Além disso, foram realizadas coletas em três fragmentos de Mata
    Atlântica em Pernambuco e adicionados espécimes oriundos de incursões realizadas por outrem
    nos estados de Alagoas e Minas Gerais, contabilizando 157 espécimes. Foram identificadas 26
    espécies, das quais se destacam: Xylaria cubensis, com 24 (15%) registros, X. feejeensis com 10
    (6,2%), além de X. longipes e X. multiplex ambas com 10 registros cada (6,2%). Este estudo
    também contribuiu com novos registros: X. escharoidea e X. ruginosa constituem-se como
    primeiro registro para o Brasil; X. digitata, X. euphorbiicola e X. nigripes, com os primeiros
    registros para o nordeste; X. allantoidea, X. nisopleura, X. arbuscula, X. comosa, X. curta, X.
    feejeensis, X. grammica, X. hypoxylon, X. longipes, X. myosurus, X. obovata, X. poitei, X.
    polymorpha, X. telfairii e X. scruposa tiveram os primeiros registros para Alagoas; X. grammica,
    X. hypoxylon, X. ianthino-velutina e X. scruposa para Minas Gerais. Chaves para os principais
    gêneros de Xylariaceae e das espécies de Xylaria registradas no Brasil são apresentadas.


  • Mostrar Abstract
  • Xylaria Hill ex Schrank (Xylariaceae, Xylariales) é um gênero cosmopolita de ascomicetos,
    caracterizado pela formação de peritécios de perídio espesso em estromas carbonáceos
    usualmente eretos. Devido à sua abundância nos trópicos e fácil preservação, ao longo dos anos
    muitos exemplares foram coletados no Brasil por naturalistas estrangeiros, porém em alguns
    casos sem informações adequadas sobre o local de coleta dos exemplares. Dessa forma, o
    objetivo deste trabalho foi investigar a diversidade de Xylaria no Brasil, elucidando sua
    taxonomia, aspectos ecológicos e posicionamento filogenético das espécies estudadas. Para
    ampliar o conhecimento sobre o gênero no país, foi elaborado um 'checklist' com dados
    preexistentes, contendo: 853 registros; 663 espécimes estão depositados em herbários brasileiros
    e 190 em acervos estrangeiros. Há 81 táxons válidos, 20 com nomes duvidosos e 10 com nomes
    inválidos. Foi realizada também a revisão de 264 exsicatas de Xylaria depositadas no Herbário
    URM. Dessas, 162 espécimes foram mantidos no gênero, 80 não foram passíveis de identificação
    (material degradado ou imaturo), 10 estavam indisponíveis no acervo, nove pertenciam a outros
    gêneros (Ampelomyces Ces. ex Schltdl., Phylacia Lév., Podosordaria Ellis & Holw. e Puccinia
    Pers.) e três não são fungos. Além disso, foram realizadas coletas em três fragmentos de Mata
    Atlântica em Pernambuco e adicionados espécimes oriundos de incursões realizadas por outrem
    nos estados de Alagoas e Minas Gerais, contabilizando 157 espécimes. Foram identificadas 26
    espécies, das quais se destacam: Xylaria cubensis, com 24 (15%) registros, X. feejeensis com 10
    (6,2%), além de X. longipes e X. multiplex ambas com 10 registros cada (6,2%). Este estudo
    também contribuiu com novos registros: X. escharoidea e X. ruginosa constituem-se como
    primeiro registro para o Brasil; X. digitata, X. euphorbiicola e X. nigripes, com os primeiros
    registros para o nordeste; X. allantoidea, X. nisopleura, X. arbuscula, X. comosa, X. curta, X.
    feejeensis, X. grammica, X. hypoxylon, X. longipes, X. myosurus, X. obovata, X. poitei, X.
    polymorpha, X. telfairii e X. scruposa tiveram os primeiros registros para Alagoas; X. grammica,
    X. hypoxylon, X. ianthino-velutina e X. scruposa para Minas Gerais. Chaves para os principais
    gêneros de Xylariaceae e das espécies de Xylaria registradas no Brasil são apresentadas.

3
  • CAMILA ESTELITA VOGELEY ALVES DE SA
  • MYXOMYCETES COMO POSSÍVEL BIO-INDICADOR E POTENCIAL ANTAGONISTA NO BIO-CONTROLE DE FUNGOS FITOPATOGÊNICOS A COCOS NUCIFERA L.

  • Orientador : LAISE DE HOLANDA CAVALCANTI ANDRADE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LAISE DE HOLANDA CAVALCANTI ANDRADE
  • LEANDRO DE ALMEIDA NEVES NEPOMUCENO AGRA
  • NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • Data: 16/07/2021

  • Mostrar Resumo
  • Cocos nucifera L. (Arecaceae) apresenta grande importância econômica e social, sendo a região Nordeste a maior produtora de coco do Brasil. Os mixomicetos (Myxogastria) compõem, juntamente com os fungos de interesse agronômico, a microbiota presentes nos coqueiros e nas palmeiras em geral. Os potenciais bio-indicativo e antagônico destes organismos ainda são pouco estudados, principalmente quando relacionados a espécies de fungos fitopatogênicos. O trabalho teve o objetivo de ampliar o conhecimento acerca da mixobiota associada ao coqueiro, apresentar o potencial dos mixomicetos como bio- indicadores de sanidade foliar e demonstrar seu potencial antagônico a espécie de interesse agronômico. Investigou-se a mixobiota presente em coqueiros da variedade Anã com diferentes níveis de sanidade em coqueiral no município de Bonito (Pernambuco, Brasil) e testou-se a atividade predatória da espécie Diderma chondrioderma (de Bary & Rostaf) G. Lister para o fungo Neopestalotiopsis foedans (Sacc. & Ellis) Maharachch. patógeno a Cocos nucifera. A incidência de mixomicetos nos coqueiros e substratos, composição da mixobiota, riqueza, diversidade
    taxonômica, constância, abundância e diversidade das espécies foram analisadas em 60 indivíduos que apresentavam diferentes níveis de doenças foliares causadas por fungos. Foram analisados estipe, estopa , bráctea da inflorescência e bainha da folha em 30 indivíduos apresentando no máximo uma folha sintomática, com até 25% da superfície comprometida (grupo1) e 30 indivíduos com quatro ou mais folhas com comprometimento >25% da superfície foliar (grupo 2). Para o teste de predação in vitro foi realizado o cultivo do plasmódio de D. chondrioderma e o isolamento do fungo N. foedans de folhas sintomáticas de coqueiro. A patogenicidade do isolado fúngico foi testada em mudas assintomáticas. Foram obtidos 128 espécimes com maior incidência na estopa (63%) seguido do estipe (31%), bainha foliar (4%) e bráctea (2%) representando 14 espécies, pertencentes às ordens Physarales e Trichiales, com diversidade taxonômica no grupo G1 maior (S/G=2,25) que a observada no G2 (S/G=2,80). Hemitrichia serpula, Physarum decipiens e Diderma effusum caracterizam a mixobiota. O coeficiente de comunidade (72,7%) e a porcentagem de similaridade (78,3%) evidenciaram semelhança na composição da mixobiota, porém 66,4% dos espécimes e 93% das espécies foram registrados no grupo G2. A espécie de fungo foi identificada como Neopestlaotiopsis foedans e confirmada sua patogenicidade. Observou-se a predação do micélio e conídios de N. foedans, fitopatógeno isolado de C. nucifera, pelo plasmódio de D. chondrioderma, com inviabilidade confirmada. O nível de comprometimento foliar não selecionou as espécies, mas influiu na incidência, abundância, riqueza e diversidade da mixobiota, que podem ser empregadas como parâmetro indicativo do nível de sanidade de coqueiros. O potencial bio controlador de D. chondrioderma em relação a fungo fitopatogênico de interesse agronômico é referido pela primeira vez. Constituindo o primeiro relato de bio-controle para N. foedans.


  • Mostrar Abstract
  • Cocos nucifera L. (Arecaceae) apresenta grande importância econômica e social, sendo a região Nordeste a maior produtora de coco do Brasil. Os mixomicetos (Myxogastria) compõem, juntamente com os fungos de interesse agronômico, a microbiota presentes nos coqueiros e nas palmeiras em geral. Os potenciais bio-indicativo e antagônico destes organismos ainda são pouco estudados, principalmente quando relacionados a espécies de fungos fitopatogênicos. O trabalho teve o objetivo de ampliar o conhecimento acerca da mixobiota associada ao coqueiro, apresentar o potencial dos mixomicetos como bio- indicadores de sanidade foliar e demonstrar seu potencial antagônico a espécie de interesse agronômico. Investigou-se a mixobiota presente em coqueiros da variedade Anã com diferentes níveis de sanidade em coqueiral no município de Bonito (Pernambuco, Brasil) e testou-se a atividade predatória da espécie Diderma chondrioderma (de Bary & Rostaf) G. Lister para o fungo Neopestalotiopsis foedans (Sacc. & Ellis) Maharachch. patógeno a Cocos nucifera. A incidência de mixomicetos nos coqueiros e substratos, composição da mixobiota, riqueza, diversidade
    taxonômica, constância, abundância e diversidade das espécies foram analisadas em 60 indivíduos que apresentavam diferentes níveis de doenças foliares causadas por fungos. Foram analisados estipe, estopa , bráctea da inflorescência e bainha da folha em 30 indivíduos apresentando no máximo uma folha sintomática, com até 25% da superfície comprometida (grupo1) e 30 indivíduos com quatro ou mais folhas com comprometimento >25% da superfície foliar (grupo 2). Para o teste de predação in vitro foi realizado o cultivo do plasmódio de D. chondrioderma e o isolamento do fungo N. foedans de folhas sintomáticas de coqueiro. A patogenicidade do isolado fúngico foi testada em mudas assintomáticas. Foram obtidos 128 espécimes com maior incidência na estopa (63%) seguido do estipe (31%), bainha foliar (4%) e bráctea (2%) representando 14 espécies, pertencentes às ordens Physarales e Trichiales, com diversidade taxonômica no grupo G1 maior (S/G=2,25) que a observada no G2 (S/G=2,80). Hemitrichia serpula, Physarum decipiens e Diderma effusum caracterizam a mixobiota. O coeficiente de comunidade (72,7%) e a porcentagem de similaridade (78,3%) evidenciaram semelhança na composição da mixobiota, porém 66,4% dos espécimes e 93% das espécies foram registrados no grupo G2. A espécie de fungo foi identificada como Neopestlaotiopsis foedans e confirmada sua patogenicidade. Observou-se a predação do micélio e conídios de N. foedans, fitopatógeno isolado de C. nucifera, pelo plasmódio de D. chondrioderma, com inviabilidade confirmada. O nível de comprometimento foliar não selecionou as espécies, mas influiu na incidência, abundância, riqueza e diversidade da mixobiota, que podem ser empregadas como parâmetro indicativo do nível de sanidade de coqueiros. O potencial bio controlador de D. chondrioderma em relação a fungo fitopatogênico de interesse agronômico é referido pela primeira vez. Constituindo o primeiro relato de bio-controle para N. foedans.

4
  • ARTHUR VINICIUS DA SILVA
  • FUNGOS ENDOFÍTICOS EM MIMOSA TENUIFLORA, ESPÉCIE NATIVA DA CAATINGA

  • Orientador : LEONOR COSTA MAIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDRÉ WILSON CAMPOS ROSADO
  • LEONOR COSTA MAIA
  • RAFAEL JOSE VILELA DE OLIVEIRA
  • Data: 29/07/2021

  • Mostrar Resumo
  • Fungos endofíticos compõem uma diversidade de microrganismos que não causam dano
    aparente ao hospedeiro. São importantes na proteção da planta contra fatores bióticos e
    abióticos e apresentam potencial biotecnológico. A Caatinga está em uma das mais
    diversas regiões semiáridas do planeta com muitas espécies endêmicas/nativas de
    plantas, animais e também de fungos, como mais recentemente demonstrado. Mimosa
    tenuiflora (Fabaceae-Mimosoideae), nativa da Caatinga, possui papel importante na
    conservação do ambiente natural, mas não se tem conhecimento da sua relação com
    fungos endofíticos. O objetivo do presente estudo foi estimar a diversidade de fungos
    endofíticos em amostras de M. tenuiflora coletadas no Raso da Catarina, Bahia, em área
    de preservação da Caatinga. Foram coletados folíolos e ramos de seis indivíduos de M.
    tenuiflora e utilizados 270 fragmentos para estudo. Fungos endofíticos foram isolados e
    identificados com base em características morfológicas e de filogenia utilizando
    sequencias de DNA. No total, 17 (6,3%) fragmentos de folíolos e 124 (45,9%) de ramos
    foram colonizados, o que permitiu o isolamento de18 endófitos dos folíolos e 163 dos
    ramos. Readeriella e Leptosillia, isolados exclusivamente de ramos, foram os gêneros
    mais frequentes no estudo. Endófitos identificados como Sporormiella minima foram os
    mais frequentes em folhas. Neste estudo também foi descrita uma nova espécie de
    Leptosillia. Além de possuir um rico micobioma, as plantas nativas da Caatinga
    constituem ainda fonte de novas espécies para a ciência.


  • Mostrar Abstract
  • Fungos endofíticos compõem uma diversidade de microrganismos que não causam dano
    aparente ao hospedeiro. São importantes na proteção da planta contra fatores bióticos e
    abióticos e apresentam potencial biotecnológico. A Caatinga está em uma das mais
    diversas regiões semiáridas do planeta com muitas espécies endêmicas/nativas de
    plantas, animais e também de fungos, como mais recentemente demonstrado. Mimosa
    tenuiflora (Fabaceae-Mimosoideae), nativa da Caatinga, possui papel importante na
    conservação do ambiente natural, mas não se tem conhecimento da sua relação com
    fungos endofíticos. O objetivo do presente estudo foi estimar a diversidade de fungos
    endofíticos em amostras de M. tenuiflora coletadas no Raso da Catarina, Bahia, em área
    de preservação da Caatinga. Foram coletados folíolos e ramos de seis indivíduos de M.
    tenuiflora e utilizados 270 fragmentos para estudo. Fungos endofíticos foram isolados e
    identificados com base em características morfológicas e de filogenia utilizando
    sequencias de DNA. No total, 17 (6,3%) fragmentos de folíolos e 124 (45,9%) de ramos
    foram colonizados, o que permitiu o isolamento de18 endófitos dos folíolos e 163 dos
    ramos. Readeriella e Leptosillia, isolados exclusivamente de ramos, foram os gêneros
    mais frequentes no estudo. Endófitos identificados como Sporormiella minima foram os
    mais frequentes em folhas. Neste estudo também foi descrita uma nova espécie de
    Leptosillia. Além de possuir um rico micobioma, as plantas nativas da Caatinga
    constituem ainda fonte de novas espécies para a ciência.

5
  • MAYARA LUIZA DE SOUSA PEREIRA
  • DIVERSIDADE DA MICOBIOTA DA CAVERNA FURNA DOS MORCEGOS EM ÁREA DE CAATINGA, PERNAMBUCO

  • Orientador : CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA
  • DIOGO XAVIER LIMA
  • EDER SILVA BARBIER
  • Data: 30/07/2021

  • Mostrar Resumo
  • Os fungos são componentes importantes das cavernas já que participam das
    estratégias alimentares da fauna deste ambiente e da decomposição de
    matéria orgânica, desenvolvendo assim um papel ecológico importante na
    estruturação da comunidade cavernícola. A caverna estudada foi a Furna do
    Morcego, localizada no Parque Nacional do Catimbau, no município de
    Ibimirim-PE, na Caatinga nordestina e é considerada uma bat cave, Pteronotus
    gymnonotus a foi espécie de morcego insetívoro presente nessa na hora da
    coleta das amostras. Nesta caverna foram coletas amostras do ar, do guano
    dos morcegos e do corpo (asa, pelo e cavidade oral) de 6 espécimes dos
    morcegos. As amostras do ar foram obtidas por sedimentação passiva e as do
    guano e do corpo foram manipuladas em condições assépticas para o
    isolamento dos fungos em meios de cultura. Para identificação, foram
    realizadas análises morfológicas e filogenéticas. Representantes dos
    Ascomycota e dos Basidiomycota foram encontrados, sendo Ascomycota o filo
    dominante. Os gêneros mais frequentes foram Cladosporium, incluindo duas
    novas espécies (C. cavernicola e C. pernambucoensis), Aspergillus,
    Penicillium, Diaporthe e Fusarium. Poucos gêneros pertenceram ao filo
    Basidiomycota, como Sakaguchia, e Rhodotorula. Também foram isoladas
    espécies usadas no controle biológico, Beauveria bassiana e na
    bioprospecção, Wickerhamomyces anomalus. A presença de fungos nas
    cavernas pode representar riscos à saúde humana, podem ser utilizados na
    biotecnologia e contribuir com a descoberta de espécies novas para a ciência.


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  • Os fungos são componentes importantes das cavernas já que participam das
    estratégias alimentares da fauna deste ambiente e da decomposição de
    matéria orgânica, desenvolvendo assim um papel ecológico importante na
    estruturação da comunidade cavernícola. A caverna estudada foi a Furna do
    Morcego, localizada no Parque Nacional do Catimbau, no município de
    Ibimirim-PE, na Caatinga nordestina e é considerada uma bat cave, Pteronotus
    gymnonotus a foi espécie de morcego insetívoro presente nessa na hora da
    coleta das amostras. Nesta caverna foram coletas amostras do ar, do guano
    dos morcegos e do corpo (asa, pelo e cavidade oral) de 6 espécimes dos
    morcegos. As amostras do ar foram obtidas por sedimentação passiva e as do
    guano e do corpo foram manipuladas em condições assépticas para o
    isolamento dos fungos em meios de cultura. Para identificação, foram
    realizadas análises morfológicas e filogenéticas. Representantes dos
    Ascomycota e dos Basidiomycota foram encontrados, sendo Ascomycota o filo
    dominante. Os gêneros mais frequentes foram Cladosporium, incluindo duas
    novas espécies (C. cavernicola e C. pernambucoensis), Aspergillus,
    Penicillium, Diaporthe e Fusarium. Poucos gêneros pertenceram ao filo
    Basidiomycota, como Sakaguchia, e Rhodotorula. Também foram isoladas
    espécies usadas no controle biológico, Beauveria bassiana e na
    bioprospecção, Wickerhamomyces anomalus. A presença de fungos nas
    cavernas pode representar riscos à saúde humana, podem ser utilizados na
    biotecnologia e contribuir com a descoberta de espécies novas para a ciência.

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  • JOANA DARC ALVES LEITÃO LUNDGREN
  • INFLUÊNCIA DO GRADIENTE ALTITUDINAL NA DIVERSIDADE DE MUCOROMYCOTA EM BREJOS DE ALTITUDE DE PERNAMBUCO

  • Orientador : ANDRE LUIZ CABRAL MONTEIRO DE AZEVEDO SANTIAGO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DIOGO PAES DA COSTA
  • ANDRE LUIZ CABRAL MONTEIRO DE AZEVEDO SANTIAGO
  • RAFAEL JOSE VILELA DE OLIVEIRA
  • Data: 15/12/2021

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  • Os brejos de altitudes são encraves de florestas úmidas, formados a partir de
    mudanças biogeográficas, com até 1.100 m de altitude. Esses ecossistemas são refúgios
    ecológicos para espécies da mata úmida dentro do semiárido nordestino. Até o presente,
    não form realizados estudos sobre a influência da altitude na diversidade e riqueza de
    espécies de Mucoromycota nos brejos. Dessa forma esse trabalho teve como objetivo
    geral conhecer influência da altitude na comunidade de Mucoromycota de solo em dois
    brejos de altitude localizados no semiárido de Pernambuco. Foram realizadas três
    coletas de solo em diferentes gradientes de altitude no brejo de altitude da RPPN do
    Benedito e três na Serra do Comunaty, localizados nos municípios de Gravatá e Águas
    Belas, respectivamente. Para o isolamento dos fungo, foram espalhados três miligramas
    de solo no meio de cultura ágar gérmen de trigo, acrescido de cloranfenicol, contido em
    placas de Petri, em triplicata. Foram isoladas 49 espécies pertencentes aos gêneros
    Absidia, Backusella, Cunninghamella, Gongronella, Mucor, Syncephalastrum,
    Rhizopus e Umbelopsis. Mucor fragilis e M. circinelloides são as espécies mais
    frequentes na RPPN do Benedito e A. cornuta, Mucor circinelloides e C. bertholletiae
    são frequentes na Serra do Comunaty. A altitude influencia na diversidade de
    Mucoromycota na RPPN do Benedito, embora não influencie na abundância desses
    fungos. Tanto a altitude, como a e a sazonalidade, influenciam na composição de
    espécies, frequência relativa e riqueza dos Mucoromycota na RPPN do Benedito. Para a
    serra do Comunaty, verificou-se que altitude não influencia na diversidade e abundância
    dos Mucoromycota, equanto a sazonalidade influencia na composição, frequência
    relativa e riqueza de espéceis. Absidia aguabelensis é uma nova espécie, enquanto
    Backusella sp. 1, Mucor sp. 7, 8, 11, 12, 13, 14, 15 e 16 são provavéis novas espécies.
    Mucor pseudocircinelloides, M. pseudolusitanicus e U. nana ocorrem no Brasil.


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  • Os brejos de altitudes são encraves de florestas úmidas, formados a partir de
    mudanças biogeográficas, com até 1.100 m de altitude. Esses ecossistemas são refúgios
    ecológicos para espécies da mata úmida dentro do semiárido nordestino. Até o presente,
    não form realizados estudos sobre a influência da altitude na diversidade e riqueza de
    espécies de Mucoromycota nos brejos. Dessa forma esse trabalho teve como objetivo
    geral conhecer influência da altitude na comunidade de Mucoromycota de solo em dois
    brejos de altitude localizados no semiárido de Pernambuco. Foram realizadas três
    coletas de solo em diferentes gradientes de altitude no brejo de altitude da RPPN do
    Benedito e três na Serra do Comunaty, localizados nos municípios de Gravatá e Águas
    Belas, respectivamente. Para o isolamento dos fungo, foram espalhados três miligramas
    de solo no meio de cultura ágar gérmen de trigo, acrescido de cloranfenicol, contido em
    placas de Petri, em triplicata. Foram isoladas 49 espécies pertencentes aos gêneros
    Absidia, Backusella, Cunninghamella, Gongronella, Mucor, Syncephalastrum,
    Rhizopus e Umbelopsis. Mucor fragilis e M. circinelloides são as espécies mais
    frequentes na RPPN do Benedito e A. cornuta, Mucor circinelloides e C. bertholletiae
    são frequentes na Serra do Comunaty. A altitude influencia na diversidade de
    Mucoromycota na RPPN do Benedito, embora não influencie na abundância desses
    fungos. Tanto a altitude, como a e a sazonalidade, influenciam na composição de
    espécies, frequência relativa e riqueza dos Mucoromycota na RPPN do Benedito. Para a
    serra do Comunaty, verificou-se que altitude não influencia na diversidade e abundância
    dos Mucoromycota, equanto a sazonalidade influencia na composição, frequência
    relativa e riqueza de espéceis. Absidia aguabelensis é uma nova espécie, enquanto
    Backusella sp. 1, Mucor sp. 7, 8, 11, 12, 13, 14, 15 e 16 são provavéis novas espécies.
    Mucor pseudocircinelloides, M. pseudolusitanicus e U. nana ocorrem no Brasil.

Teses
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  • ATHALINE GONÇALVES DINIZ
  • PATOGENICIDADE DE ISOLADOS DO COMPLEXO DE ESPÉCIES Fusarium incarnatum-equiseti CONTRA INSETOS-PRAGA EM LABORATÓRIO E NO CAMPO

  • Orientador : PATRICIA VIEIRA TIAGO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CARLA DA SILVA SANTOS
  • MARIELE PORTO CARNEIRO LEÃO
  • PATRICIA VIEIRA TIAGO
  • ROGER FAGNER RIBEIRO MELO
  • VIRGINIA MICHELLE SVEDESE
  • Data: 30/08/2021

  • Mostrar Resumo
  • Nasutitermes corniger é considerado uma importante praga urbana, que causa danos a edificações
    históricas, construções urbanas, árvores ornamentais e frutíferas. Spodoptera frugiperda e
    Dactylopius opuntiae são pragas agrícolas do milho e palma forrageira, respectivamente, que
    também podem atacar diferentes culturas. O controle dos referidos insetos é feito com o uso
    agrotóxicos, que causa danos ao agroecossistema, saúde do homem e de animais. Como forma de
    reduzir este tipo de controle, fungos e extratos vegetais vem sendo estudados. Neste estudo
    avaliamos a patogenicidade de 27 isolados do Complexo de Espécies Fusarium incarnatum-equiseti
    (FIESC) contra N. corniger e S. frugiperda: quatro Fusarium sulawesiense (= FIESC 16), seis
    Fusarium pernambucanum (= FIESC 17) e dezessete Fusarium caatingaense (= FIESC 20).
    Avaliamos também o efeito da combinação de URM 6778 e URM 6779 de F. caatingaense
    combinados aos extratos aquosos de Ricinnus communis e Nicotiana tabacum no controle de D.
    opuntiae no campo. Para os testes de patogenicidade contra N. corniger e S. frugiperda foram
    utilizadas suspensões de 1 × 107

    conídios/mL. A mesma concentração de esporos foi utilizada no
    estudo de campo contra D. opuntiae, para URM 6778 e URM 6779 combinados aos extratos de R.
    communis a 5% e N. tabacum a 10% respectivamente. Os compostos químicos biologicamente
    ativos dos extratos foram identificados após triagem fitoquímica. Os dados de mortalidade de N.
    corniger acumulada ao quinto dia foram submetidos a análise de variância (ANOVA) e as médias
    comparadas pelo teste de Scott – Knott (p ≤.05). As variáveis (isolado e tempo) foram submetidos à
    análise de regressão. Os dados de mortalidade de D. opuntiae foram corrigidos pela fórmula de
    Schneider-Orelli, submetidos a análise de variância (ANOVA) e as médias comparadas pelo teste
    Tukey a 5%. A interação dos agentes de controle combinados foi avaliada pela fórmula de
    Koppenhöfer et al. (2000). Os resultados do estudo revelaram a ausência de patogenicidade dos
    isolados de Fusarium contra S. frugiperda. Contudo, todos os isolados testados contra N. corniger
    foram patogênicos, com mortalidade acumulada confirmada de 38,22 – 96%. Os maiores valores de
    mortalidade acumulada confirmada foram observados para URM 7560 de F. sulawesiense
    (88,89%), URM 7556 de F. pernambucanum (96%) e URM 6783 de F. caatingaense (84,89%). No
    estudo de campo os tratamentos combinados apresentaram interação aditiva e foram eficazes no
    controle de D. opuntiae, com mortalidade corrigida de 90,82% para URM 6779 + N. tabacum a
    10% e 82,11% para URM 6778 + R. communis a 5%.


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2
  • HUGO MARQUES GALINDO
  • PRODUÇÃO DE QUITOSANA POR FUNGOS MUCORALES EM MEIOS ALTERNATIVOS CONTENDO ÓLEOS PÓS-FRITURA E MILHOCINA

  • Orientador : NEIVA TINTI DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • NEIVA TINTI DE OLIVEIRA
  • CRISTINA MARIA DE SOUZA MOTTA
  • THAYZA CHRISTINA MONTENEGRO STAMFORD
  • MARCOS ANTONIO BARBOSA DE LIMA
  • ADRIANA FERREIRA DE SOUZA
  • Data: 30/08/2021

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  • ERIK JONNE VIEIRA DE MELO
  • Otimização do tratamento de efluente de lavanderia industrial têxtil por consórcios de micro-organismos

  • Orientador : NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
  • KEILA APARECIDA MOREIRA
  • LEONOR ALVES DE OLIVEIRA DA SILVA
  • LUCIANA DE OLIVEIRA FRANCO
  • NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • Data: 30/08/2021

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