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Dissertações |
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HINGRID WANDILLE BARROS DA SILVA SÁ
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COVID-19 EM GESTANTES: CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS, DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E ASSOCIAÇÃO COM A VULNERABILIDADE SOCIAL. PERNAMBUCO, BRASIL, 2020-2021.
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Orientador : CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
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MEMBROS DA BANCA :
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AMANDA PRISCILA DE SANTANA CABRAL SILVA
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CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
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GABRIELLA MORAIS DUARTE MIRANDA
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Data: 27/02/2023
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Analisar as características epidemiológicas, a distribuição espacial e a associação dos indicadores de vulnerabilidade social na incidência dos casos de gestantes com COVID-19 no estado de Pernambuco, no período de 2020-2021. Método: Trata-se de um estudo ecológico. A fonte de dados são os Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe, o e-SUS Notifica, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Cadastro Nacional de Estabelecimentos, o Banco de Dados do estado de Pernambuco, o e-Gestor Atenção Básica e o DataSUS. A análise descritiva foi computada as frequências absolutas e relativas das variáveis em análise. A análise espacial foi feita pela estatística Scan, método de varredura espacial. O modelo de regressão Zero Adjustment Gamma foi usado para identificar se os indicadores de vulnerabilidade social afetavam a taxa de casos graves de COVID-19 em mulheres grávidas. Resultados: foram registrados: 4.121 casos de gestantes com COVID-19, desses 3.646 com manifestações clínicas leves e 475 casos com sintomas graves. Os municípios da Região Metropolitana do Recife apresentaram um maior número de notificações de casos graves de gestantes com COVID-19, a raça/cor da pele predominante tanto para casos leves quanto para casos graves foi a parda. A maioria (97,3%) das gestantes graves com COVID-19 foram hospitalizadas. Fizeram uso invasivo de suporte ventilatório 130 grávidas (27,4%) e 25 gestantes (5,3%) evoluíram para óbito. Na análise espacial: quatro clusters para casos leves, tendo o risco relativo de 3,13. Para casos graves evidenciou-se um cluster concentrado na Região Metropolitana do Recife e teve o seu risco relativo diminuído, no valor de 2,12. Para análise de regressão mostrou-se que: a cada 1% de taxa de analfabetismo há um aumento relativo na taxa média de gestantes graves com COVID-19. Conclusão: o estudo demonstrou a autocorrelação espacial positiva da distribuição da gestantes com COVID-19 e da taxa de incidência entre os municípios de Pernambuco. Em relação aos indicadores de vulnerabilidade social, observou-se uma relação entre as desigualdades sociais e a carga da COVID-19 entre mulheres grávidas e puérperas na região estudada.
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A pandemia da COVID-19 ocasionou várias dificuldades no mundo com a sua elevada transmissibilidade e, consequentemente, sua morbimortalidade. O objetivo dessa pesquisa é analisar as características epidemiológicas e a distribuição espacial das gestantes com COVID-19 no estado de Pernambuco, no período de 2020-2021. Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo ecológico, com abordagem descritiva e analítica. A unidade de análise será constituída pelos municípios do estado de Pernambuco. Para isso, serão utilizados dados provenientes do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe, do Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos e das planilhas de monitoramento dos casos e óbitos por COVID-19. Será feita a análise desses bancos. A análise de estatística descritiva: distribuição de frequências, medidas de tendência central e dispersão. Análise espacial para a apresentação de dados cartográficos e construção de mapas temáticos. A autocorrelação espacial univariada será avaliada pelo índice global de Moran, para verificar se a distribuição dos casos de gestantes com COVID-19 no espaço ocorrem de forma aleatória ou seguem algum padrão.
Espera-se que os resultados do estudo contribuam para vigilância dos casos de COVID-19 em gestantes, que possa subsidiar para orientação de políticas públicas e reorganização da rede de assistência.
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WELLINGTON BRUNO ARAUJO DUARTE
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EFEITO CUMULATIVO DOS TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS NAS TENTATIVAS DE SUICÍDIO NA GESTAÇÃO E SETE A NOVE ANOS APÓS O PARTO: UM ESTUDO DE COORTE COM MULHERES DO RECIFE.
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Orientador : ANA BERNARDA LUDERMIR
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA BERNARDA LUDERMIR
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ELISABETE PEREIRA SILVA
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THALIA VELHO BARRETO DE ARAUJO
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Data: 27/02/2023
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Há escassez de dados globais sobre a tentativa de suicídio (TS) e, quando existem, são de baixa confiabilidade. A maior frequência de adoecimento mental coloca as mulheres em maior risco às TS. Os transtornos mentais (TM) estão em primeiro lugar na carga global de doenças em termos de anos vividos com incapacidade (AVI). Entre os problemas de saúde mental que mais acometem mulheres está o transtorno mental comum (TMC), levando a prejuízos funcionais e psicossociais. O objetivo desta pesquisa foi investigar o impacto dos TMC na gravidez e sete a nove anos após o parto para a TS em mulheres cadastradas na Estratégia de Saúde da Família (ESF) no Recife, Pernambuco, Brasil. Este é um estudo de coorte prospectivo que engloba as etapas I e III de uma coorte maior, composta de três etapas. Foram incluídas 631 mulheres adultas. A prevalência de TMC na gestação e a incidência sete a nove anos após o parto (terceira etapa) foram, respectivamente, 19,5% (n= 123) e 12,4% (n= 78). A incidência da TS na terceira etapa foi de 10,4% (n= 65). A análise multivariada demonstrou efeito cumulativo dos TMC para a TS: TMC só na gestação (OR 5,0; IC 95% 2,0-12,4); só na terceira etapa (OR 4,9; IC 95% 1,9-12,7); e nos dois momentos (OR 5,2; IC95% 2,1-12,6). O acúmulo de episódios de TMC em mulheres aumenta a chance de TS.
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Segundo a nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID 11) o suicídio está entre as causas externas de morbimortalidade como uma forma intencional de autolesão a fim de causar a própria morte (WHO, 2019a). Aproximadamente 800.000 pessoas se matam anualmente no mundo, entre muitas que tentam suicídio, o que significa uma morte a cada 40 segundos (WHO, 2019b).
Sabe-se que a maior frequência de problemas de saúde mental entre mulheres colocam-nas em posição de maior risco ao comportamento suicida e que elas tentam mais suicídio do que os homens, os quais têm mais êxito para acabar com a própria vida (BAHIA ET AL., 2017)
Os transtornos mentais são responsáveis pela grande maioria dos suicídios e tentativas de suicídio, sendo a prevalência pelo menos 10 vezes mais alta do que na população em geral. A porcentagem de suicídios neste contexto varia entre 60% e 98% de todos os suicídios. (BACHMANN, 2018).
Além dos transtornos mentais graves e historicamente reconhecidos, há também sintomas mentais como insônia, cansaço, queixas somáticas difusas, esquecimento, dificuldade de concentração, irritabilidade, entre outras, que foram denominados por Goldberg & Huxley (1992) pela expressão Transtorno Mental Comum (TMC).
O objetivo geral deste estudo é investigar o impacto isolado e cumulativo dos transtornos mentais comuns para a tentativa de suicídio na gestação e sete anos após o parto em uma coorte de mulheres cadastradas na Estratégia de Saúde da Família em Recife, Pernambuco.
Este é um estudo de coorte prospectivo que engloba as etapas 1 e 3 de um estudo de coorte maior conduzido entre 2005 e 2014, composto de 3 etapas, realizado no Distrito II (DS II) da cidade do Recife, situado na região Norte do município. A população de base do estudo é composta por todas as 1.133 mulheres cadastradas na Estratégia da Saúde da Família (ESF) do DS II. A coleta de dados se eu por questionários elaborados tendo como referência o Questionário da Mulher do Estudo Multipaíses sobre a Saúde da Mulher e Violência Doméstica da Organização Mundial da Saúde (SCHRAIBER et al., 2007). A Variável independente será o Transtorno mentail comum. Já a variável dependente será a tentativa de suicídio. A entrada de dados será realizada no Programa Epi-Info versão 3.5.4, através de entrada dupla de dados e por digitadores diferentes. Posteriormente, o aplicativo Validate será utilizado para checar os erros de digitação, sendo realizadas a limpeza e verificação da consistência dos dados. A análise estatística será realizada no programa Stata versão 13.1 para Windows. Inicialmente será feita a descrição da amostra pelas variáveis estudadas, além de estimadas a prevalência dos TMC e a prevalência e incidência da Tentativa de suicídio nas mulheres. O cálculo da prevalência dos TMC maternos será realizado considerando todos os casos de TMC na gestação e sete anos após o parto. O cálculo da incidência da TS será realizado considerando todos os casos novos sete anos após o parto. A associação entre a tentativa de suicídio (variável dependente) e os TMC das mulheres durante a gravidez e 7 anos após o parto (variável independente) será estimada pelo Risco Relativo bruto e ajustado. A significância estatística será avaliada pelo teste do Qui-quadrado, considerando o intervalo de confiança a 95% e o valor do p < 0,05. A regressão de Poisson será utilizada para analisar a independência da associação dos TM com a tentativa de suicídio. As co-variáveis incluídas no modelo serão aquelas descritas na literatura como potenciais fatores de confusão e que, no presente estudo, mostrarem-se associadas com os TMC e com a tentativa
de suicídio com valor de P < 0,10.
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PEDRO HENRIQUE BANDEIRA DE OLIVEIRA MARQUES
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Estratégia de Planificação da Atenção à Saúde (Estratégia PAS):
Análise de indicadores das linhas de cuidado de Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus em duas regiões de Saúde do Distrito Federal (2010-2021)
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Orientador : PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
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MEMBROS DA BANCA :
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ALBANITA GOMES DA COSTA DE CEBALLOS
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LUCIANA SANTOS DUBEUX
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PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
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Data: 27/02/2023
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A planificação das ações em saúde no Distrito Federal é uma estratégia que busca a organização dos processos de trabalho por meio de ações educativas voltadas para a linha de cuidado de diabetes mellitus de hipertensão arterial sistêmica. O presente trabalho segue a metodologia de estudos ecológicos, com abordagem quantitativa. Este trabalho tem como objetivo analisar comparativamente os indicadores de morbimortalidade por HAS e DM em duas regiões de saúde do Distrito Federal. A região que passou pela planificação apresentou melhoras significativas nos indicadores de mortalidade por diabetes e menores taxas de internamento quando comparada a região não planificada. Diversos autores relatam melhorias nos indicadores de saúde ligados à linha de cuidado selecionada em regiões que passaram pelo processo de planificação, principalmente aqueles referentes a diabetes mellitus e suas complicações. A intervenção proposta tem potencial para impactar positivamente em indicadores analisados, porém, são necessários avanços e tempo para que esses impactos possam ser visualizados com mais clareza.
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A planificação das ações em saúde no Distrito Federal é uma estratégia que busca a organização dos processos de trabalho por meio de ações educativas voltadas para a linha de cuidado de diabetes mellitus de hipertensão arterial sistêmica. O presente trabalho segue a metodologia de estudos ecológicos, com abordagem quantitativa. Este trabalho tem como objetivo analisar comparativamente os indicadores de morbimortalidade por HAS e DM em duas regiões de saúde do Distrito Federal. A região que passou pela planificação apresentou melhoras significativas nos indicadores de mortalidade por diabetes e menores taxas de internamento quando comparada a região não planificada. Diversos autores relatam melhorias nos indicadores de saúde ligados à linha de cuidado selecionada em regiões que passaram pelo processo de planificação, principalmente aqueles referentes a diabetes mellitus e suas complicações. A intervenção proposta tem potencial para impactar positivamente em indicadores analisados, porém, são necessários avanços e tempo para que esses impactos possam ser visualizados com mais clareza.
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DANILO RODRIGUES DE SOUZA ALMEIDA
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Avaliação Normativa dos Centros de Especialidades Odontológicas do Brasil
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Orientador : PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
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MEMBROS DA BANCA :
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ALBANITA GOMES DA COSTA DE CEBALLOS
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CLAUDIA FLEMMING COLUSSI
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PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
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Data: 27/02/2023
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O objetivo desse estudo foi avaliar normativamente os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) e investigar a relação com aspectos do serviço e do contexto. O estudo foi do tipo normativo, quantitativo, descritivo e analítico a partir de dados da Avaliação Externa do 2º ciclo do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade dos CEO. 1026 CEO foram avaliados por Modelo Lógico com Dimensões (Estrutural/E; Organizacional/O; Produção/P), Subdimensões (Recursos humanos/RH; Recursos estruturais/RE; Atividades desenvolvidas/AD; Acessibilidade/AC; Referência e contrarreferência/RCR; Produtividade/PR) e Indicadores que são classificados em ruim/regular/bom. Foram calculadas as frequências absolutas e relativas oriundas das classificações a partir do Modelo (classificação dos indicadores; das subdimensões; das dimensões; e geral dos CEO). Em seguida, foi realizada uma análise multivariada para avaliar o conjunto de variáveis do serviço (Tipo do CEO; Gerente de CEO; Tempo do Gerente no Cargo; Qualificação do Gerente; planejamento realizado) e do contexto (Região Geográfica; Porte populacional; IDH; Cobertura Saúde Bucal em Saúde da Família) que constituíam os preditores explicativos para a variável dependente “Classificação das subdimensões”. Nessa etapa, foram consideradas apenas regular/bom para RH/RE/AD/AC/RCR e ruim/regular/bom para PR. Utilizou-se a modelagem “Modelos Lineares Generalizados”, para avaliar os efeitos dos potenciais preditores sobre a variável resposta, e a Regressão de Poisson com variância robusta, para avaliar a capacidade explicativa do modelo com base no Intervalo de Confiança. Considerou-se o nível de significância estatística em 5%. A maioria dos CEO foi avaliado como regular (41,10%). A dimensão mais bem avaliada foi E (86,50% avaliado como bom), seguida de O (58,70%) e P (10,90%). A subdimensão mais bem avaliada foi RE (86,90%), seguida de AC (81,40%), AD (66,20%), RH (58,90%), RCR (58,70%) e PR (10,90%). Todas as subdimensões foram associadas significativamente a fatores do serviço e do contexto, com exceção de AC, associada somente a um fator do serviço. Para RE, foram associados fatores de risco (Região Norte e maior cobertura) e de proteção (Gerente qualificado e planejamento realizado) para classificação regular. Para AC, foi associado fator de proteção (tempo do Gerente<1 ano) para classificação regular. Para AD, foram associados fatores de risco (Região Centro-oeste, Gerente qualificado e planejamento realizado) e de proteção (Tipos de CEO 1 e 2) para classificação bom; fatores de risco (Tipos 1 e 2) e de proteção (Região Centro-oeste, Gerente qualificado e planejamento realizado) para classificação regular. Para RH, foram associados fatores de proteção (menor porte populacional e Tipo 1) para classificação bom; fatores de risco (Tipo 1) e de proteção (Gerente qualificado e planejamento realizado) para classificação regular. Para RCR, foram associados fatores de proteção (Regiões Nordeste, Norte e Sudeste e menor porte) para classificação bom; fatores de risco (Regiões Nordeste, Norte e Sudeste, menor porte e Gerente qualificado) para classificação regular. Para PR, foi associado fator de risco (Região Norte) para classificação bom; fatores de risco (Gerente qualificado) e de proteção (Região Nordeste e menor porte populacional) para classificação regular; fatores de fatores de risco (Região Nordeste e menor porte populacional) e de proteção (Gerente qualificado) para classificação ruim.
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O objetivo desse estudo foi avaliar normativamente os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) e investigar a relação com aspectos do serviço e do contexto. O estudo foi do tipo normativo, quantitativo, descritivo e analítico a partir de dados da Avaliação Externa do 2º ciclo do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade dos CEO. 1026 CEO foram avaliados por Modelo Lógico com Dimensões (Estrutural/E; Organizacional/O; Produção/P), Subdimensões (Recursos humanos/RH; Recursos estruturais/RE; Atividades desenvolvidas/AD; Acessibilidade/AC; Referência e contrarreferência/RCR; Produtividade/PR) e Indicadores que são classificados em ruim/regular/bom. Foram calculadas as frequências absolutas e relativas oriundas das classificações a partir do Modelo (classificação dos indicadores; das subdimensões; das dimensões; e geral dos CEO). Em seguida, foi realizada uma análise multivariada para avaliar o conjunto de variáveis do serviço (Tipo do CEO; Gerente de CEO; Tempo do Gerente no Cargo; Qualificação do Gerente; planejamento realizado) e do contexto (Região Geográfica; Porte populacional; IDH; Cobertura Saúde Bucal em Saúde da Família) que constituíam os preditores explicativos para a variável dependente “Classificação das subdimensões”. Nessa etapa, foram consideradas apenas regular/bom para RH/RE/AD/AC/RCR e ruim/regular/bom para PR. Utilizou-se a modelagem “Modelos Lineares Generalizados”, para avaliar os efeitos dos potenciais preditores sobre a variável resposta, e a Regressão de Poisson com variância robusta, para avaliar a capacidade explicativa do modelo com base no Intervalo de Confiança. Considerou-se o nível de significância estatística em 5%. A maioria dos CEO foi avaliado como regular (41,10%). A dimensão mais bem avaliada foi E (86,50% avaliado como bom), seguida de O (58,70%) e P (10,90%). A subdimensão mais bem avaliada foi RE (86,90%), seguida de AC (81,40%), AD (66,20%), RH (58,90%), RCR (58,70%) e PR (10,90%). Todas as subdimensões foram associadas significativamente a fatores do serviço e do contexto, com exceção de AC, associada somente a um fator do serviço. Para RE, foram associados fatores de risco (Região Norte e maior cobertura) e de proteção (Gerente qualificado e planejamento realizado) para classificação regular. Para AC, foi associado fator de proteção (tempo do Gerente<1 ano) para classificação regular. Para AD, foram associados fatores de risco (Região Centro-oeste, Gerente qualificado e planejamento realizado) e de proteção (Tipos de CEO 1 e 2) para classificação bom; fatores de risco (Tipos 1 e 2) e de proteção (Região Centro-oeste, Gerente qualificado e planejamento realizado) para classificação regular. Para RH, foram associados fatores de proteção (menor porte populacional e Tipo 1) para classificação bom; fatores de risco (Tipo 1) e de proteção (Gerente qualificado e planejamento realizado) para classificação regular. Para RCR, foram associados fatores de proteção (Regiões Nordeste, Norte e Sudeste e menor porte) para classificação bom; fatores de risco (Regiões Nordeste, Norte e Sudeste, menor porte e Gerente qualificado) para classificação regular. Para PR, foi associado fator de risco (Região Norte) para classificação bom; fatores de risco (Gerente qualificado) e de proteção (Região Nordeste e menor porte populacional) para classificação regular; fatores de fatores de risco (Região Nordeste e menor porte populacional) e de proteção (Gerente qualificado) para classificação ruim.
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NÍCOLAS AUGUSTO ALVES DANIEL
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ANÁLISE DA IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS DO RECIFE (2012-2022)
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Orientador : MARIA BEATRIZ LISBOA GUIMARAES
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MEMBROS DA BANCA :
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CAMILA PEREIRA ABAGARO
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ISLANDIA MARIA CARVALHO DE SOUSA
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MARIA BEATRIZ LISBOA GUIMARAES
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Data: 17/03/2023
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O município do Recife vem implementando desde 2004 práticas contra-hegemônicas com o intuito de melhorar a qualidade de vida e estabelecer um contexto de humanização terapêutico e integral. Em 2012 foi publicada a Portaria nº 102/2012 que institucionaliza a Política Municipal de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PMPICS), desde então, outros acontecimentos e novas frentes de atuação foram implementadas, diferenciando-se do conteúdo proposto pela portaria. O presente estudo de natureza qualitativa, exploratória-descritiva, de caráter analítico, realizou uma análise documental e entrevistas com atores-chave para analisar a implementação da PMPICS a partir da institucionalização da mesma. Utilizou como as principais referências metodológicas o modelo de Walt e Gilson e o ciclo das políticas no que se refere à montagem da agenda e ao processo de implementação. Os resultados demonstram que a gestão municipal não vem priorizando as pautas das práticas integrativas, dificultando a realização de projetos que exigem um maior poder decisório para concretização. Apesar da PMPICS ocupar este lugar desfavorável, a mesma dispõe de uma maior liberdade nos seus processos de trabalho, adaptando-se às necessidades do serviço e realizando projetos que estão ao seu alcance.
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O município do Recife vem implementando desde 2004 práticas contra-hegemônicas com o intuito de melhorar a qualidade de vida e estabelecer um contexto de humanização terapêutico e integral. Em 2012 foi publicada a Portaria nº 102/2012 que institucionaliza a Política Municipal de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PMPICS), desde então, outros acontecimentos e novas frentes de atuação foram implementadas, diferenciando-se do conteúdo proposto pela portaria. O presente estudo de natureza qualitativa, exploratória-descritiva, de caráter analítico, realizou uma análise documental e entrevistas com atores-chave para analisar a implementação da PMPICS a partir da institucionalização da mesma. Utilizou como as principais referências metodológicas o modelo de Walt e Gilson e o ciclo das políticas no que se refere à montagem da agenda e ao processo de implementação. Os resultados demonstram que a gestão municipal não vem priorizando as pautas das práticas integrativas, dificultando a realização de projetos que exigem um maior poder decisório para concretização. Apesar da PMPICS ocupar este lugar desfavorável, a mesma dispõe de uma maior liberdade nos seus processos de trabalho, adaptando-se às necessidades do serviço e realizando projetos que estão ao seu alcance.
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LUCAS RAFAEL BORGES SANTOS
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Ações de Educação Permanente desenvolvidas pelas equipes dos centros de especialidades odontológicas do Brasil em 2014 e 2018
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Orientador : PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
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MEMBROS DA BANCA :
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GABRIELLA MORAIS DUARTE MIRANDA
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JOSÉ EUDES DE LORENA SOBRINHO
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PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
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Data: 31/03/2023
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A valorização profissional sempre figurou como um tema caro desde a gênese do Sistema Único de Saúde (SUS), o inciso III do artigo 200 da constituição federal constitui base legal para o ordenamento da formação de recursos humanos para o sistema. Em vista disso, a política nacional de saúde bucal (PNSB) ao ser publicada reitera a necessidade da reorientação do modelo de atenção em saúde bucal sendo uma das diretrizes para alcançar esse fim a definição de uma política de educação permanente (EP) para os trabalhadores em saúde bucal a fim de qualificar o trabalho e práticas de gestão no segmento da saúde. Desse modo, o presente estudo objetivou descrever as ações de educação permanente desenvolvidas pelas equipes dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) do Brasil em 2014 e 2018. Foi desenvolvido estudo quantitativo, descritivo com dados secundários nacionais de domínio público. Consideraram-se todos os CEO incluídos na Avaliação Externa dos 2 Ciclos do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade de Centros de Especialidades Odontológicas
(AE-PMAQ-CEO) e que responderam os Módulos II, perfazendo 930 CEO (2014) de 766 municípios e 1042 CEO (2018) de 778 municípios. As informações referentes às ações de educação permanente procederam da AE-PMAQ-CEO. As variáveis exploratórias utilizadas foram as socioeconômicas: IDHM, índice gini, população residente no município, oriundas do TABNET/DATASUS, assim como de provisão de serviços odontológicos: a cobertura das equipes de saúde bucal (COBESB) e cobertura de saúde bucal pela atenção básica, provenientes do consolidado do Sistema de Informações em saúde para Atenção Básica – SISAB através da plataforma e-gestor AB e variáveis estruturais dos estabelecimentos: tipo de CEO, obtido através do Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES). Foi testada a associação entre as ações de EP e as variáveis exploratórias utilizando-se o qui-quadrado de Pearson, teste exato de fisher e Mann Whitney, considerado o nível significância de 5%. Comparando-se entre 2014 e 2018 o número de CEO que realizaram ações de EP aumentou significativamente, dos CEO que realizam ações de EP foi encontrada associação positiva com a cobertura de saúde bucal. Das ações de EP realizadas cursos presenciais e troca de experiência mantiveram associação positiva com IDHM, COBESB e COBESB pela atenção básica dos municípios, já a prática de telessaúde apenas teve associação com IDHM. Para os CEO que relataram as ações de EP contemplar as necessidades dos serviços a associação foi positiva com 5 variáveis: índice gini, cobertura de saúde bucal e cobertura pela
atenção básica, população dos municípios e tipo de CEO. Constatou-se maior adesão das equipes dos CEO às ações de EP em 2018, a prática mais relatada é a de troca de experiência/discussão de casos, a utilização da telessaúde apresentou tímido crescimento, e a maioria das equipes relata que as ações desenvolvidas contemplam as necessidades dos CEO, fortalecendo assim a formação e valorização profissional dos trabalhadores em saúde bucal do SUS.
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A valorização profissional sempre figurou como um tema caro desde a gênese do Sistema Único de Saúde (SUS), o inciso III do artigo 200 da constituição federal constitui base legal para o ordenamento da formação de recursos humanos para o sistema. Em vista disso, a política nacional de saúde bucal (PNSB) ao ser publicada reitera a necessidade da reorientação do modelo de atenção em saúde bucal sendo uma das diretrizes para alcançar esse fim a definição de uma política de educação permanente (EP) para os trabalhadores em saúde bucal a fim de qualificar o trabalho e práticas de gestão no segmento da saúde. Desse modo, o presente estudo objetivou descrever as ações de educação permanente desenvolvidas pelas equipes dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) do Brasil em 2014 e 2018. Foi desenvolvido estudo quantitativo, descritivo com dados secundários nacionais de domínio público. Consideraram-se todos os CEO incluídos na Avaliação Externa dos 2 Ciclos do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade de Centros de Especialidades Odontológicas
(AE-PMAQ-CEO) e que responderam os Módulos II, perfazendo 930 CEO (2014) de 766 municípios e 1042 CEO (2018) de 778 municípios. As informações referentes às ações de educação permanente procederam da AE-PMAQ-CEO. As variáveis exploratórias utilizadas foram as socioeconômicas: IDHM, índice gini, população residente no município, oriundas do TABNET/DATASUS, assim como de provisão de serviços odontológicos: a cobertura das equipes de saúde bucal (COBESB) e cobertura de saúde bucal pela atenção básica, provenientes do consolidado do Sistema de Informações em saúde para Atenção Básica – SISAB através da plataforma e-gestor AB e variáveis estruturais dos estabelecimentos: tipo de CEO, obtido através do Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES). Foi testada a associação entre as ações de EP e as variáveis exploratórias utilizando-se o qui-quadrado de Pearson, teste exato de fisher e Mann Whitney, considerado o nível significância de 5%. Comparando-se entre 2014 e 2018 o número de CEO que realizaram ações de EP aumentou significativamente, dos CEO que realizam ações de EP foi encontrada associação positiva com a cobertura de saúde bucal. Das ações de EP realizadas cursos presenciais e troca de experiência mantiveram associação positiva com IDHM, COBESB e COBESB pela atenção básica dos municípios, já a prática de telessaúde apenas teve associação com IDHM. Para os CEO que relataram as ações de EP contemplar as necessidades dos serviços a associação foi positiva com 5 variáveis: índice gini, cobertura de saúde bucal e cobertura pela
atenção básica, população dos municípios e tipo de CEO. Constatou-se maior adesão das equipes dos CEO às ações de EP em 2018, a prática mais relatada é a de troca de experiência/discussão de casos, a utilização da telessaúde apresentou tímido crescimento, e a maioria das equipes relata que as ações desenvolvidas contemplam as necessidades dos CEO, fortalecendo assim a formação e valorização profissional dos trabalhadores em saúde bucal do SUS.
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ANGÉLIA MARQUES DOS ANJOS
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Transtorno Mental Comum entre profissionais de fisioterapia em atendimento a pessoas com Covid-19 em Pernambuco: Prevalência e fatores associados.
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Orientador : THALIA VELHO BARRETO DE ARAUJO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA BERNARDA LUDERMIR
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MARIA DE FATIMA PESSOA MILITAO DE ALBUQUERQUE
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THALIA VELHO BARRETO DE ARAUJO
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Data: 28/04/2023
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Este estudo teve por objetivo estimar a prevalência e analisar os fatores associados ao Transtorno Mental Comum (TMC) entre profissionais de fisioterapia trabalhando na linha de frente do cuidado a pessoas com COVID-19, em Recife e Região Metropolitana. Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo transversal realizado na linha de base de um estudo de coorte multicêntrico intitulado “Avaliação dos riscos e saúde mental de profissionais de saúde que cuidam de pessoas com COVID-19”, que envolveu quatro categorias profissionais: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas. O estudo foi realizado com fisioterapeutas de Recife e Região Metropolitana, trabalhando no cuidado a pessoas suspeitas ou confirmadas para COVID-19. A coleta de dados foi realizada através de um questionário autoaplicável por meio de uma plataforma de tecnologia móvel especificamente desenvolvida para a pesquisa, com aplicação on-line. Para investigação de TMC foi utilizado o SRQ-20 (Self Reporting Questionnaire). As análises foram realizadas por meio dos softwares Epi Info 7.2 e SPSS versão 28. Foram entrevistados 203 fisioterapeutas, em sua maioria mulheres (73,7%), jovens e, predominantemente, sem comorbidade (80,0%). No modelo final da análise, mantiveram-se associados à TMC os seguintes fatores: sentimento de sobrecarga (OR 27,60; IC 95% (4,30 - 177,40); p = 0,001), uso de EPI na assistência (OR 3,52; IC 95% (1,60 – 7,75); p = 0,002), confiança na proteção (muito confiante OR 1; IC 95% (-); p = - ; confiante OR 0,55; IC 95% (0,21 - 1,40); p = 0,212; sem confiança OR 4,80; IC 95% (1,09 - 21,08); p = 0,038), sexo (homem OR 1; IC 95% (-), p = - ; mulher OR 3,60; IC 95% (1,51 – 8,60); p = 0,004) e idade (OR 0,90; IC 95% (0,82 – 0,98), p = 0,017). Através dos achados deste estudo, é possível observar uma relação entre sofrimento mental e alguns aspectos encontrados na vivência profissional dos fisioterapeutas no curso da epidemia por COVID-19.
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Este estudo tem como objetivo geral estimar a prevalência e analisar os fatores associados ao sofrimento mental comum entre profissionais de fisioterapia trabalhando na linha de frente do cuidado a pessoas com COVID-19, em Recife e Região Metropolitana. Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo transversal, de caráter exploratório, realizado a partir de dados da linha de base de um estudo de coorte multicêntrico intitulado “Avaliação dos riscos e saúde mental de profissionais de saúde que cuidam de pessoas com COVID-19”, que envolveu quatro categorias profissionais: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas. O presente estudo está focado na análise dos fisioterapeutas (categoria incluída no estudo maior apenas em Pernambuco). O estudo foi realizado com fisioterapeutas de Recife e Região Metropolitana, trabalhando no cuidado a pessoas suspeitas/confirmadas para COVID-19. A coleta de dados foi realizada através de um questionário autoaplicável por meio de uma plataforma de tecnologia móvel especificamente desenvolvida para a pesquisa, com aplicação on-line. Para investigação de Transtorno Mental Comum (TMC), variável de desfecho, foi utilizado o SRQ-20 (Self-Reporting Questionnaire). As análises foram realizadas por meio dos softwares Epi Info 7.2 e SPSS versão 28. Foram entrevistados 203 fisioterapeutas, em sua maioria mulheres (71,5%), jovens e predominantemente sem comorbidade (79,3%). No modelo final da análise, mantiveram-se associados à TMC os seguintes fatores: uso de EPI na assistência (OR 3,07, IC 95% (1,50-6,29), p = 0,0452), sentimento de sobrecarga (OR 14,45, IC 95% (1,73-120,16), p = 0,013), confiança na proteção (), idade (OR 0,90, IC 95% (0,84-0,97), p = 0,005), e, isolamento das pessoas/família (OR 2,51, IC 95% (1,16-5,45), p = 0,019). Através dos achados deste estudo, é possível observar uma relação entre sofrimento mental e alguns aspectos encontrados na vivência profissional dos fisioterapeutas estudados.
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THAYS DE MELO BEZERRA
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REFLEXOS DO PAGAMENTO POR DESEMPENHO NA ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO ESTADO DA PARAÍBA.
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Orientador : KEILA SILENE DE BRITO E SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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CAMILA PEREIRA ABAGARO
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KEILA SILENE DE BRITO E SILVA
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LUCIANO BEZERRA GOMES
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Data: 10/05/2023
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Objetivo Geral: Compreender a estratégia do pagamento por desempenho, por meio do PMAQ, na atuação dos profissionais da APS. Objetivos Específicos: Identificar a percepção dos profissionais de saúde sobre o pagamento por desempenho via PMAQ; Compreender a influência do incentivo financeiro sobre a atuação dos profissionais de saúde da ESF. Metodologia: Estudo de caso, qualitativo. O caso escolhido foi o estado da Paraíba, sendo selecionados doze municípios. Foram explorados os dados obtidos por meio de grupos focais realizados com os trabalhadores das ESFs. Sendo o uso da narrativa a estratégia de análise dos dados. Resultados: estranhamento dos trabalhadores diante do método avaliativo, considerado como um instrumento punitivo; desestímulo relacionado à instabilidade do recurso financeiro destinado aos profissionais; questões trabalhistas, sendo a principal reivindicação no discurso dos trabalhadores; melhora na ação de registrar e na organização do processo de trabalho; o estímulo à competitividade e rivalidade entre as equipes, gerando conflitos, sentimento de injustiça e sofrimento psicológico. Considerações Finais: Fica evidente que problemas macroestruturais do sistema de saúde brasileiro afetam as condições trabalhistas e consequentemente a motivação ao trabalho e que a modelagem P4P adotada não é suficiente para reverter tal cenário. Faz-se necessário o tensionamento para que pautas sobre métodos de estímulo ao trabalho, métodos avaliativos da APS, como também o fortalecimento da gestão de pessoas, sejam efetivamente debatidas nos espaços deliberativos do SUS.
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Objetivo Geral: Compreender a estratégia do pagamento por desempenho, por meio do PMAQ, na atuação dos profissionais da APS. Objetivos Específicos: Identificar a percepção dos profissionais de saúde sobre o pagamento por desempenho via PMAQ; Compreender a influência do incentivo financeiro sobre a atuação dos profissionais de saúde da ESF. Metodologia: Estudo de caso, qualitativo. O caso escolhido foi o estado da Paraíba, sendo selecionados doze municípios. Foram explorados os dados obtidos por meio de grupos focais realizados com os trabalhadores das ESFs. Sendo o uso da narrativa a estratégia de análise dos dados. Resultados: estranhamento dos trabalhadores diante do método avaliativo, considerado como um instrumento punitivo; desestímulo relacionado à instabilidade do recurso financeiro destinado aos profissionais; questões trabalhistas, sendo a principal reivindicação no discurso dos trabalhadores; melhora na ação de registrar e na organização do processo de trabalho; o estímulo à competitividade e rivalidade entre as equipes, gerando conflitos, sentimento de injustiça e sofrimento psicológico. Considerações Finais: Fica evidente que problemas macroestruturais do sistema de saúde brasileiro afetam as condições trabalhistas e consequentemente a motivação ao trabalho e que a modelagem P4P adotada não é suficiente para reverter tal cenário. Faz-se necessário o tensionamento para que pautas sobre métodos de estímulo ao trabalho, métodos avaliativos da APS, como também o fortalecimento da gestão de pessoas, sejam efetivamente debatidas nos espaços deliberativos do SUS.
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JOSE DE SIQUEIRA GONCALVES JUNIOR
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O cuidado integral em saúde e seus modos de fazer junto a gestores de um município do interior Pernambucano.
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Orientador : MARIA BEATRIZ LISBOA GUIMARAES
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MEMBROS DA BANCA :
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CAMILA PEREIRA ABAGARO
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DARLINDO FERREIRA DE LIMA
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MARIA BEATRIZ LISBOA GUIMARAES
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Data: 05/07/2023
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Existem plurais formas de compreender o cuidado integral em saúde. A noção de cuidado se faz presente em vários elementos, desde a sua compreensão teórica à sua prática. O presente artigo objetiva discutir as compreensões de gestores da saúde pública em um município do Nordeste Brasileiro. Tratou-se de um estudo com abordagem qualitativa do tipo descritiva e exploratória. Quanto à coleta de dados, foi realizada a partir do método cartográfico. Entrevistou-se nove indivíduos assumindo cargos de coordenação de políticas e programas da saúde no Departamento de Atenção à Saúde de uma secretaria municipal de saúde de uma cidade do interior pernambucano situada à 45km da capital do estado. O período das entrevistas aconteceu entre outubro e dezembro de 2022. O instrumento de coleta foi viabilizado a partir de entrevista semiestruturada. O aprofundar metodológico, relativo à análise dos dados, se apoiou na análise de conteúdo proposta por Bardin possibilitando a identificação dos sentidos e significados imersos no diálogo. A partir dessa pesquisa foi possível ter contato com as expressões do cuidado manifestas por esses gestores. Há cuidado na hora de acolher, de escutar, de dialogar, de lidar consigo mesmo, com seus familiares e com as coisas do mundo da vida. Há uma perspectiva diferenciada ao compreender o cuidar de si enquanto dimensão essencial para cuidar do outro e o cuidar do outro pode ser uma via para o autocuidado. Também há cuidado no momento de manusear sistemas de informação em saúde por lidar com dados que também orientam práticas em saúde ou que podem interferir no financiamento dos serviços. Assim como, existe cuidado na hora das trocas e diálogos com os diversos atores do SUS, considerando seus conflitos, negociações e tensionamentos. Esse movimento pendular do cuidado, acontece na vida dos gestores nem sempre de forma saudável, pois a dedicação exagerada à gestão dos serviços de saúde tem potencial de desequilibrar a dinâmica do cuidar de si para cuidar do outro, passando a cuidar demasiadamente dos outros e esquecer de cuidar de si. Contudo, é possível evidenciar o cuidado no âmbito de uma secretaria municipal de saúde, o cuidado se faz presente nesse espaço.
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Existem plurais formas de compreender a integralidade do cuidado em saúde. Essas concepções voltam-se, em geral, à constituição e articulação dos serviços e práticas em saúde, ao entendimento da integralidade enquanto fundamento do direito à saúde, à noção da integralidade enquanto princípio norteador da elaboração de políticas públicas em saúde, à articulação dos saberes, ao trabalho interprofissional e às inter-relações entre as dimensões biopsicossociais e espirituais humanas. O presente estudo trará uma abordagem diferenciada acerca da integralidade do cuidado ao trabalhar a concepção do saber-fazer do cuidado de si em interface ao cuidado com o outro na perspectiva da gestão em saúde. O presente estudo consiste em um trabalho com abordagem qualitativa do tipo descritiva e exploratória que objetiva analisar as concepções de integralidade do cuidado em saúde e seus modos de fazer presença junto a gestores de um município do interior pernambucano. O público da pesquisa será composto pelos coordenadores de programas e políticas de atenção à saúde, pois estão diretamente ligados às atividades relacionadas ao cuidado. A coleta de dados será realizada por meio de entrevista semiestruturada e ainda será utilizado diário de campo como instrumento de apoio para estruturação de informações e, posteriormente, suas devidas análises. A análise dos dados se apoiará na análise de conteúdo proposta por Bardin, possibilitando a identificação dos sentidos e significados que estarão imersos no diálogo.
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JULIANNE DAMIANA DA SILVA VICENTE
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Sobrevida de Pessoas Idosas vivendo com HIV/Aids no município do Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, Brasil.
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Orientador : GABRIELLA MORAIS DUARTE MIRANDA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALBANITA GOMES DA COSTA DE CEBALLOS
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GABRIELLA MORAIS DUARTE MIRANDA
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VANESSA DE LIMA SILVA
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Data: 10/07/2023
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A infecção causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e a evolução para a Síndrome da Imunodeficiência Humana (AIDS), consistem em problemas de grande relevância para a saúde pública em todo o mundo. Embora os idosos correspondam a uma menor proporção entre as faixas etárias acometidas, tem ocorrido um aumento significativo na incidência nos últimos anos. A partir disso, esse estudo caracterizou a sobrevida de pessoas idosas com HIV/Aids acompanhadas no Serviço de Atenção Especializada do município do Jaboatão dos Guararapes, no período de 2006 a 2021. Trata-se de um estudo quantitativo, observacional e longitudinal de caráter analítico, a partir de uma coorte retrospectiva fixa de 116 pessoas idosas acometidas pelo vírus HIV. O cálculo da sobrevida foi realizado pelo estimador de Kaplan-Meier. Utilizou-se o Hazard Ratio para associação entre grupos, e o teste de Log-Rank para a comparação das curvas de sobrevida. Para a associação das variáveis com a sobrevida foi aplicado o modelo de Cox. A maioria dos idosos tinha entre 60 e 69 anos, era do sexo masculino, teve o diagnóstico antes dos 60 anos, não havia apresentado internação hospitalar, não possuía registro de doenças oportunistas, não tinha falha terapêutica e trocou o esquema durante o seguimento. Ao final, somente a variável relacionada à internação apresentou-se como significativa, no qual a ausência de internação foi fator protetor para sobrevida. Vale salientar que dos 116 idosos que compuseram o grupo de estudo, apenas 09 (7,8%) foram a óbito por causas relacionadas ao HIV. O tempo média de sobrevida foi de 76,5 meses. Nos doze primeiros meses estudados ocorreram 44,4% dos óbitos e a probabilidade de sobrevivência foi de 96,4%. Em suma, esta pesquisa trouxe consigo subsídios que podem contribuir para identificar a necessidade de implantação de novas fontes de monitoramento de informações para o atendimento dos usuários do serviço especializado em questão. Dessa forma, visando aperfeiçoar a assistência das pessoas idosas que vivem com HIV acompanhadas ambulatorialmente, assim como uma melhoria do preenchimento dos dados epidemiológicos e clínicos, embasando futuras intervenções e ações assistenciais. Observou-se ainda uma baixa mortalidade por causas relacionadas ao HIV, o que aponta para a importância do programa de controle, mas também demonstra a necessidade de um cuidado que considere as vulnerabilidades e subjetividades das pessoas idosas que vivem e convivem com HIV.
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A infecção causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e a evolução para a Síndrome da Imunodeficiência Humana (AIDS), consistem em problemas de grande relevância para a saúde pública em todo o mundo. Embora os idosos correspondam a uma proporção menor entre as faixas etárias infectadas, tem ocorrido um aumento significativo na incidência nos últimos anos. A ampliação do número de casos na população idosa relaciona-se a alguns elementos, como o prolongamento da sobrevida devido à terapia antirretroviral. A partir disso, este estudo objetiva analisar a sobrevida de pacientes idosos com HIV/AIDS, segundo aspectos sociodemográficos e clínicos, acompanhados em um Serviço de Atenção Especializada (SAE), no município do Jaboatão dos Guararapes, no estado de Pernambuco, Brasil. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo-analítico, observacional e longitudinal, a partir de uma coorte retrospectiva fixa de idosos infectados pelo vírus HIV, no período de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2021. Os dados serão coletados a partir dos prontuários de acompanhamento de consulta, bem como de planilhas preenchidas diariamente pela equipe do SAE, apresentadas em programa Microsoft Excel. Serão incluídos no estudo todos os prontuários dos idosos acompanhados no período previamente definido, assim como todos os pacientes idosos com acompanhamento ativo e/ou já encerrados, seja por motivo de alta, transferência, abandono ou óbito. Serão excluídos da pesquisa todos os pacientes idosos que deram entrada no SAE após dezembro de 2021, registros duplicados ou com informações ilegíveis no prontuário. O processo de coleta de dados ocorrerá in loco. Na análise de sobrevida para as medidas de associação entre grupos, será utilizado o Hazard Ratio (HR), e o cálculo se dará pelo método Kaplan-Meier. Por se tratar de dados envolvendo seres humanos, serão seguidos todos os critérios demandados pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, e o projeto será submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco. Trata-se de um estudo que possibilitará compreender o perfil dos idosos vivendo com HIV, uma vez que avaliar a qualidade de vida é fundamental, principalmente pela evolução da infecção, aumento da sobrevida e convívio com esse vírus estigmatizante perante a sociedade.
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GINNA FLÁVIA PEREIRA DE PAULA
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CARACTERÍSTICAS, TENDÊNCIA TEMPORAL E FLUXOS ASSISTENCIAIS DAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR COVID-19 EM IDOSOS RESIDENTES EM PERNAMBUCO. 2020-2022
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Orientador : GABRIELLA MORAIS DUARTE MIRANDA
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MEMBROS DA BANCA :
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GABRIELLA MORAIS DUARTE MIRANDA
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AMANDA PRISCILA DE SANTANA CABRAL SILVA
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MIRELLA BEZERRA RODRIGUES VILELA
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Data: 19/07/2023
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Com a emergência sanitária causada pela COVID-19, as populações mais acometidas foram os idosos e pessoas que apresentam condições crônicas, como a hipertensão, doenças cardiovasculares e diabetes. As informações sobre o perfil epidemiológico da pandemia no seu primeiro ano demonstraram que os idosos eram o grupo populacional de maior risco para as internações e óbitos. essa pesquisa teve por objetivo analisar as características, a tendência temporal e os fluxos assistenciais das internações hospitalares por COVID-19 em idosos residentes em Pernambuco entre 2020 e 2022. Trata-se de um estudo ecológico misto, realizado no estado da Pernambuco, das internações realizadas por COVID-19 em idosos residentes no estado, durante o período de 2020 a 2022. O estudo utilizou como fonte de dados, o Sistema de Informações Hospitalares. Para realização do perfil foi realizada a análise descritiva com distribuição de frequência absoluta e relativa dos dados. Para verificar a existência de diferenças significativas entre as faixas etárias estudadas foi aplicado o teste Qui-quadrado de Pearson, p-valor inferior a 0,05. Foi calculada a evolução relativa das internações durante o período de estudo e foi realizada a análise temporal, a partir do modelo de regressão por pontos de inflexão - joinpoint regression analysis. Para análise dos fluxos assistenciais foi considerada a relação entre município de residência e de realização da internação, considerando a relação origem/destino. A partir dos resultados apresentados, observou-se que no estado de Pernambuco, quase 50% das internações por COVID-19 ocorreram em idosos, do sexo feminino, na faixa etária de 60 a 69 anos. A maioria das internações ocorreram na capital do estado, em hospitais públicos e necessitaram de diárias em Unidades de Terapia Intensiva. Entre os idosos internados, 30,0% foram a óbito. Houve uma redução proporcional no número de internações, mas não se observou tendência com significância estatística. Os idosos precisaram percorrer uma média de quase 97,0km, para ter acesso à internação e essa distância variou de 54 a 193km. Pouco mais da metade das internações ocorreram fora do município de residência dos idosos. Por meio dos resultados desse estudo, destaca-se a importância de analisar o perfil das internações e dos caminhos percorridos no sistema de saúde, a fim de orientar o planejamento da rede de atenção e assegurar um acesso oportuno.
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As informações sobre o perfil epidemiológico da pandemia no seu primeiro ano demonstram que os idosos eram o grupo populacional de maior risco. Mesmo com probabilidade de infecção entre todas as faixas de idade, observou-se que o risco de agravamento da doença aumentava nas idades mais avançadas. Nesse sentido, o projeto tem por objetivo analisar o perfil e a distribuição espacial das internações hospitalares de idosos por COVID-19 no Sistema Único de Saúde nos municípios da II Região de Saúde de Pernambuco, nos anos de 2020 a 2022. Será realizado um estudo ecológico. Serão estudadas as internações realizadas por COVID-19 (B34.2) em idosos residentes nos municípios da II Região de Saúde de Pernambuco, durante o período de 2020 a 2022. Para realização do perfil será realizada a análise descritiva dos dados mediante apresentação de medidas de tendência central e distribuição por frequência absoluta e relativa. Será calculada a análise temporal, por meio do modelo de regressão por pontos de inflexão - joinpoint regression analysis. Além da apresentação dos dados em tabelas e gráficos serão elaborados mapas temáticos e mapas de fluxos assistenciais. Para análise da dependência espacial serão utilizados os coeficientes de autocorrelação de Moran global e o Índice de Moran local. Em virtude dos dados utilizados para o estudo serem de domínio público, não será necessária a submissão de projeto em Comitê de Ética, em conformidade com a Resolução 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde. Não são observados riscos em virtude da pesquisa utilizar dados agregados por município. Entretanto, acredita-se que pode contribuir com a análise da situação de saúde, subsidiando a tomada de decisão.
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ADRIANA LUNA
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RELATO DE EXPERIÊNCIA DA VIGILÂNCIA DO ÓBITO POR COVID-19 NO RECIFE, PERNAMBUCO.
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Orientador : CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
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MEMBROS DA BANCA :
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CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
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PAULO GERMANO FRIAS
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VILMA COSTA DE MACEDO
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Data: 31/07/2023
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Relatar o desenvolvimento da experiência da vigilância do óbito por COVID-19 no Recife, Pernambuco, 2020. Método: compreende o relato de experiência da vigilância do óbito por COVID-19 para as mortes de residentes no Recife. Resultados: Descreveu-se a organização da vigilância do óbito da COVID-19. Os óbitos eram identificados e discutidos em grupo técnico, os sistemas de informação passaram por qualificação e as recomendações encaminhadas aos gestores. As etapas envolvidas na estratégia, em especial as recomendações aos gestores sobre a atenção à saúde prestada e as reuniões de discussões, não foram realizadas para todos os óbitos. Conclusão: A vigilância do óbito por COVID-19 revelou-se importante para qualificar as causas de mortes, os sistemas de informação em saúde e divulgar informações precisas. Para o aprimorar as etapas e ampliar a estratégia é necessário estudo de avaliação do impacto da vigilância do óbito por COVID-19.
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A pandemia da COVID-19 tem se apresentado como um dos maiores desafios sanitários em escala global deste século, até o momento, com alta velocidade de disseminação e capacidade de provocar mortes. No final de dezembro de 2019, foram relatados alguns casos de pneumonia de etiologia desconhecida, em Hubei na China. O primeiro caso identificado fora da China, foi na Tailândia com posterior disseminação global. Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi declarada como pandemia pela Organização Mundial da Saúde. Limitações de acesso a assistência, diagnóstico e estimativa de casos foram situações presentes no desenvolver da pandemia. Considerando esses fatores e por possuir experiências bem sucedidas e consolidadas em relação a vigilância do óbito infantil e fetal, foi implantada no Recife a vigilância do óbito por COVID-19 (VOC). A partir disso, este estudo objetiva avaliar a implantação da vigilância do óbito por covid-19 e descrever a experiência dessa vigilância no Recife-PE. Trata-se de uma pesquisa avaliativa que seguirá o modelo de análise de implantação, por meio de um estudo de caso único. Será construído um modelo lógico e matriz de indicadores e de julgamento relacionados à tríade estrutura, processo e resultado proposto por Avedis Donabedian. Para isso, será realizada observações diretas, aplicação de questionário a informantes chaves e consultas a apresentações e documentos oficiais. Solicitar-se-á a carta de anuência a Secretaria de Saúde do Recife para consulta aos documentos oficiais e os entrevistados serão esclarecidos sobre os objetivos da pesquisa e convidados a assinar assim o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), garantindo a confidencialidade dos dados e o anonimato dos mesmos, conforme resolução do Conselho Nacional de Saúde 196/96 e complementares. Avaliar a implantação dessa vigilância evidenciará processos importantes ao seu funcionamento, redirecionará caminhos e servirá de exemplo, auxiliando na implantação em outras em cidades.
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EDVANIA SILVA
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MORTALIDADE PREMATURA E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS ÓBITOS POR COVID-19 EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES, PERNAMBUCO, 2020 E 2021.
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Orientador : CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
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MEMBROS DA BANCA :
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ALBANITA GOMES DA COSTA DE CEBALLOS
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AMANDA PRISCILA DE SANTANA CABRAL SILVA
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CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
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Data: 02/08/2023
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O aumento da morbimortalidade na infância e na adolescência após o surgimento de novas variantes evidencia a necessidade de maior atenção para as crianças e adolescentes. Este estudo teve o objetivo de descrever as características sociodemográficas, a mortalidade prematura e a distribuição espacial dos óbitos por COVID-19 em crianças e adolescentes, em Pernambuco, 2020 e 2021. Realizou-se um estudo ecológico, cujas unidades de análise foram os municípios. As fontes de dados foram os Sistemas de Informações sobre Mortalidade, Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Foram analisados os óbitos confirmados por COVID-19 na faixa etária de 0 a 19 anos. A caracterização sociodemográfica foi realizada por meio da estatística descritiva e teste exato de Fisher. Foram estimados os Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) considerando as idades agrupadas em <1 ano, 1 a 4 anos, 5 a 9, 10 a 14 e 15 a 19. Para análise espacial foi utilizado o Índice de Moran local e global. Foram registrados 152 óbitos por COVID-19 em crianças e adolescentes, com uma média de idade de 7,8 anos e desvio padrão de ±6. Os anos potenciais de vida perdidos pela COVID-19 em crianças e adolescentes foi de 10.150,65. Com uma taxa de 3,5 APVP e uma média de 66,5 anos de vida perdido para cada óbito. Na análise espacial, encontrou-se um índice de Moran Global de 0,47 (p<0,001), com destaque para dois aglomerados espaciais, o primeiro na V e VI e o segundo na IX regionais de saúde, na mortalidade em menores de um ano. E cinco aglomerados espaciais nas faixas etárias de 1 a 19 anos nas IV, V, IX, X e XI regionais de saúde. Os resultados mostraram que a mortalidade nas crianças e adolescentes teve um número elevado de perda de anos de vida em potencial. Os achados revelam que os óbitos não ocorreram de forma homogênea entre os municípios pernambucanos. Por meio desses, identificaram-se regiões de saúde prioritárias para ações de saúde de prevenção a mortalidade por COVID-19.
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Objetivo: Descrever as características epidemiológicas, a mortalidade prematura e a distribuição espacial dos óbitos da COVID-19 em crianças e adolescentes, no estado de Pernambuco, 2020 e 2021. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico, cuja população de estudo será composta pelos óbitos confirmados por COVID-19 na faixa etária de 0 a 19. A fonte dos dados será o Sistema de Informações sobre Mortalidade. Os dados serão analisados por meio da estatística descritiva. Serão estimados os Anos Potenciais de Vida Perdidos considerando as idades agrupadas em <1 ano, 1 a 4 anos, 5 a 9, 10 a 14 e 15 a 19. Para análise da dependência espacial serão utilizados os coeficientes de autocorrelação de Moran global e o Índice de Moran local. Resultados esperados: Verificar se houve áreas ou municípios com maior impacto na mortalidade precoce pela COVID-19, identificar os municípios com maior risco de morte pelo SARS-CoV-2 nessa população. Com os resultados encontrados espera-se contribuir para a implementação de políticas públicas de prevenção para o coronavírus, entendendo os cuidados necessários para garantir a saúde dos infantes e contribuir para a produção de novas pesquisas.
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THERESA PRISCILLA CALADO DE BARROS GONÇALVES
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ANÁLISE DA REDE DE ATENDIMENTO ÀS MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DO MUNICÍPIO DE OLINDA – PE
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Orientador : KEILA SILENE DE BRITO E SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA PAULA LOPES DE MELO
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KEILA SILENE DE BRITO E SILVA
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SANDRA VALONGUEIRO ALVES
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Data: 29/08/2023
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A Violência Contra às Mulheres (VCM) é um fenômeno histórico-cultural, permeado por questões étnico-raciais, cujo conceito adotado pela Política Nacional de Enfrentamento à VCM constitui qualquer ação ou conduta, que baseada nas questões de gênero, cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado. Com base nessa compreensão, faz-se necessário que o Estado garanta uma abordagem intersetorial às mulheres em situação de violência, por meio de uma rede assistencial capaz de envolver diversos setores, tais como: a saúde, a educação, a assistência social, a segurança pública, a cultura, a justiça, entre outros. Nesse sentido, esse estudo, analisou a Rede de atendimento às mulheres em situação de violência do município de Olinda- PE. Trata-se de estudo exploratório, qualitativo. Desenvolvido junto a seis profissionais da rede de atendimento às mulheres em situação de violência do município de Olinda – PE. A coleta de dados aconteceu entre junho de 2022 e março de 2023, por meio de entrevistas semiestruturadas, gravadas e transcritas. A coleta também se deu por meio de buscas por materiais informativos acerca da rede de atendimento às mulheres em situação de violência em sites, e nos próprios serviços nos quais os profissionais atuavam. A análise dos dados se deu segundo as técnicas de análise de conteúdo de Burdin. Foram identificadas as seguintes categorias de análises: Reconhecimento da VCM como uma questão der gênero, Preparo insuficiente para lidar com situações de violência contra às mulheres e Conhecimento insuficiente da Rede de atenção às mulheres em situação de violência. Os resultados evidenciaram que o município possui serviços de diferentes setores que segundo preconizado na Política Nacional de enfrentamento à VCM contemplam os quatro eixos básicos da Rede de atendimento. Porém, mesmo identificando a existência e funcionamento desses serviços, concluiu-se que o município de Olinda não conta com a existência de uma rede de atendimento às mulheres em situação de violência conforme compreensão do conceito e atuação em rede. Os profissionais reconhecem a VCM como uma questão de gênero, mas não se consideram preparados para o enfrentamento à VCM devido à falta de formação sobre a temática. Por meio dos resultados desse estudo, destaca-se a importância de uma rede de atendimento na qual os atores se reconheçam, dialoguem entre si e atuem de maneira articulada, no intuito de fortalecer a rede de enfrentamento à VCM. Para isso é necessário que o poder público invista tanto na estrutura organizacional dessa rede, como na formação continuada e permanente dos profissionais que atuam no enfrentamento à VCM.
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A violência contra a mulher constitui um fenômeno social que perpassa a história da civilização. Baseada nas relações de gênero e na desigualdade das relações de poder entre homens e mulheres, que são subjugadas e submetidas a vários tipos de violência, sendo, muitas vezes, o ambiente familiar o principal local onde as agressões são perpetradas. Diante dessa realidade, o Sistema Único de Saúde (SUS) deve atuar como ferramenta essencial no enfrentamento à violência contra a mulher, uma vez que as vítimas costumam procurar primeiro os serviços de saúde após sofrerem principalmente a violência física. Portanto, é fundamental que o profissional de saúde conheça quais serviços compõem a rede de apoio à mulher vítima de violência, e como estes se articulam entre si. O estudo tem como objetivo analisar a rede de apoio à mulher vítima de violência no município de Olinda- PE, segundo a percepção dos profissionais de saúde. Esse trabalho faz parte do projeto de pesquisa intitulado Impactos da Pandemia de Covid-19 para a Violência Doméstica e Sexual de Mulheres no Município de Olinda – PE: uma análise a partir do triênio 2018-2020, realizado em parceria entre a Universidade Federal de Pernambuco – CAV e o Coletivo Mulher Vida (CMV). Trata-se de um estudo exploratório, com abordagem qualitativa. A população do estudo foi composta por 06 profissionais que atuam na rede de apoio à mulher vítima de violência do município de Olinda. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas que foram gravadas e serão transcritas para categorização e análise dos dados segundo as etapas da Análise de Conteúdo de Bardin. A análise dos dados se dará com o auxílio do software NVivo (software Qualitative Solutions Research Nvivo (QSR).
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GISELLY COSTA
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(In) Segurança alimentar e nutricional e uso de agrotóxicos:distribuição espacial segundo regiões Brasil.
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Orientador : SOLANGE LAURENTINO DOS SANTOS
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MEMBROS DA BANCA :
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SOLANGE LAURENTINO DOS SANTOS
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ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
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JOSÉ EUDES DE LORENA SOBRINHO
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Data: 29/08/2023
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A segurança alimentar e nutricional é definida como o direito inerente ao acesso regular e permanente a alimentação em quantidade e qualidade suficiente, de modo a não comprometer outras necessidades essenciais e que seja ambiental, social, econômico sustentáveis. O objetivo deste estudo é investigar a distribuição espacial da insegurança alimentar e nutricional e os principais desafios para o alcance da agricultura sustentável. Trata-se de uma análise documental complementada com estudo ecológico. O banco de dados foi composto por relatórios desenvolvidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística através das Pesquisas Nacionais de Amostras por Domicílios: Suplemento de Segurança Alimentar (2003-04; 2008-09; 2012-13) e dados disponibilizados no Atlas Brasil, desenvolvidos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, nos quais fornecem variáveis de Insegurança Alimentar e Nutricional e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal nas 27 unidades federadas do Brasil. Para processamento dos dados foi utilizada Análise de Conteúdo, proposto por Bardin. Foi realizada a leitura flutuante dos documentos para identificação das legislações e agrotóxicos usados nos alimentos e a codificação. Para a análise da insegurança alimentar no Brasil e o índice de desenvolvimento humano, foi empregado a distribuição espacial, mediante a aplicação do índice de Moran local. Para análise dos dados, foram utilizados os sowtares Iramuteq e o GeoDa, sendo o primeiro direcionado para averiguação da frequência absoluta dos alimentos com maior indicação nos índices monográficos dos agrotóxicos e, o segundo, para elaboração dos mapas temáticos, distribuição espacial e a estatística do índice de Moran Local, mediante o LisaMap, com adoção do nível de significância < 0,05. Foram identificadas 65 legislações que tratavam da liberação de 729 agrotóxicos, com destaque para o triênio 2019 a 2021. As culturas com maior frequência de indicação de uso foram a soja, o milho, a cana-de-açúcar, o feijão, o café, o tomate, a batata, os citros, o trigo e o arroz. Ao que tange a distribuição espacial do dado de vulnerabilidade social, o IDHM variou de 0,631 a 0,824%, indicando que o Brasil apresenta um nível de desenvolvimento humano de médio a alto. Os estados que obtiveram menores índices concentram-se na região Norte e Nordeste com valor mínimo de 0,631e máximo de 0,658%. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, apresentaram os índices mais elevados de desenvolvimento humano, com indicativo médio e alto (0,749 – 0,824%). A insegurança alimentar moderada e grave dispôs de
percentuais elevados para o ano de 2004, que variou entre 6,0% e 44,4%. Em 2009, foi observado uma redução nos percentuais de insegurança alimentar no país, que se acentua após este período conforme é possível visualizar no ano de 2013. Em todos os anos analisados, a insegurança alimentar e nutricional foi predominante nas regiões Norte e Nordeste e o inverso ocorreu nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A autocorrelação espacial para a análise bivariada, entre insegurança alimentar e o índice de desenvolvimento humano municipal, aponta a existência de correlação negativa com valores de -0,568, -0,630, -0,535, com a formação de dois clusters do tipo Baixo-Alto e Alto-Baixo para 2004, 2009 e 2013.
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O Brasil é considerado um dos principais produtores de alimentos no mundo. Parte elevada da população no país não tem acesso básico a alimentos em quantidade suficiente para manutenção da saúde e bem-estar enquadrando-as em situações de insegurança alimentar e nutricional. Uma extensa parte da agricultura brasileira está totalmente submissa ao emprego de agrotóxicos nas mais distintas culturas, comprometendo a qualidade dos insumos alimentares consumidos pela população, contrapondo-se as questões de sustentabilidade. O objetivo deste estudo é investigar a distribuição espacial da insegurança alimentar e nutricional e o uso de agrotóxicos nos alimentos e os principais desafios para o alcance da agricultura sustentável. Trata-se de uma análise documental complementada com estudo ecológico. Comporá o banco de dados os relatórios desenvolvidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística através das Pesquisas Nacionais de Amostras por Domicílios: Suplemento de Segurança Alimentar (2003-04; 2008-09; 2012-13) e relatórios elaborados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária mediante o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos nos Alimentos (2001-07; 2013-15; 2017-18), nos quais fornecem variáveis de Segurança Alimentar e Nutricional e agrotóxico nos alimentos nas 27 unidades federadas do Brasil, respectivamente. Para análise da distribuição espacial dos dados, será utilizado o Índice de Moran Local, em que o critério de proximidade espacial é o de adjacências. Para apresentação e processamento dos dados será utilizado dois Sistemas de Informações Geográficas: o software TerraView para a descrição dos dados e análise estatística, mediante o LisaMap e o MoranMap com adoção do nível de significância de p< 0.05 e o software GeoDa para elaboração dos mapas temáticos.
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GRAZIELLE SERAFIM DOS SANTOS
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Estratégias de prevenção e promoção à saúde mental para policiais: uma revisão de escopo
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Orientador : ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
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PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
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MARIA LUIZA LOPES TIMOTEO DE LIMA
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Data: 31/08/2023
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As condições de saúde mental da população têm gerado preocupação aos órgãos de saúde nos últimos tempos. A categoria de policiais é um grupo especialmente exposto a situações no trabalho que podem levar ao adoecimento físico e emocional. Diversos fatores podem estar associados à saúde mental destes profissionais, como a exposição a situações de riscos ambientais, condições de trabalho, representação social e outros. Diante deste contexto, estratégias de prevenção e promoção à saúde são fundamentais para esses profissionais. O objetivo deste estudo foi identificar as estratégias de prevenção e promoção em saúde mental para policiais registradas na literatura. Trata-se de uma revisão de escopo elaborada de acordo com as recomendações metodológicas do Joanna Briggs Institute Reviewers (JBI) e do Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR). As buscas foram realizadas nas bases de dados Medline/Pubmed, Scopus, Web of Science, Lilacs, Scielo, Embase, Google Acadêmico, Biblioteca Digital de Teses e Dissertações e Portal de teses e dissertações da CAPES. Foram incluídos os estudos que consideraram as estratégias de prevenção e promoção com foco na saúde mental de policiais. Não houve restrições quanto ao ano de publicação e ao idioma. Identificaram-se 702 publicações. Após remoção de duplicatas, leitura de título, resumo e textos completos, foram selecionados seis artigos para integrar esta revisão. Os estudos foram publicados entre os anos de 2008 e 2021, sendo quatro realizados no Brasil, um nos Estados Unidos e um na Suécia. Dentre as intervenções encontradas ressaltou-se a importância do autocuidado, apoio dos pares e programas de treinamento. Faz-se necessário efetivar políticas, ações e serviços direcionados ao cuidado em saúde mental de policiais.
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As condições de saúde mental da população têm gerado preocupação aos órgãos de saúde nos últimos tempos. A categoria de profissionais da segurança pública, é um grupo especialmente exposto a situações no trabalho que podem levar ao adoecimento físico e emocional. Diversos fatores podem estar associados à saúde mental destes profissionais, como a exposição à fatores de riscos e ambientais, condições de trabalho, representação social e outros. Diante deste contexto, faz-se necessário adotar algumas estratégias de prevenção, como: espaços para o acolhimento, escuta e acompanhamento dos agentes, condução de grupos tanto com os agentes quanto com seus familiares; além da realização de mapeamento dos riscos psicossociais para monitoramento. Salienta-se a importância da corresponsabilidade entre o agente, a instituição e o Estado para a efetivação dos cuidados em saúde mental. Assim, o presente projeto de pesquisa objetiva analisar os fatores associados e as estratégias de prevenção à saúde mental de profissionais da segurança pública, disponíveis na literatura. Trata-se de um estudo de caráter descritivo e exploratório, e abordagem quantitativa do tipo revisão integrativa da literatura (RI), seguindo o protocolo elaborado por Mendes, Silveira e Galvão (2008). A identificação dos estudos será realizada por meio de uma busca online em cinco bases de dados, a saber: MEDLINE, Scopus, Web of Science, Lilacs e Embase, sendo complementada pela busca na literatura cinzenta e manual. O resultado da seleção será apresentado em formato de fluxograma seguindo as recomendações do PRIMA. Para análise da qualidade metodológica serão utilizados o Critical Appraisal Skills Programme - CASP e o Agency for Healthcare and Research and Quality – AHRQ. A síntese dos dados será organizada de forma descritiva em quadros e tabelas e a análise dos estudos será feita de forma crítica agrupando-os em categorias para atender aos objetivos propostos. Com base nisto, interessa ao estudo evidenciar os fatores associados e as estratégias de prevenção à saúde mental dos profissionais da segurança pública; fornecer informações a gestoras/es e governantes sobre a importância do investimento em ações intersetoriais direcionadas a promoção e prevenção à saúde mental; e aprimorar a produção científica sobre a temática estudada.
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JIMENA GONÇALVES
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TENDÊNCIA ESPAÇO-TEMPORAL DA MORTALIDADE POR CÂNCER COLORRETAL NO BRASIL, 2010 A 2019
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Orientador : SOLANGE LAURENTINO DOS SANTOS
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MEMBROS DA BANCA :
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BETISE MERY ALENCAR SOUSA MACAU FURTADO
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SOLANGE LAURENTINO DOS SANTOS
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THALIA VELHO BARRETO DE ARAUJO
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Data: 30/10/2023
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As taxas de mortalidade por câncer colorretal vêm apresentando uma tendência global de crescimento, principalmente, nas regiões urbanas desenvolvidas ou em desenvolvimento. Objetivo: Analisar a tendência espaço-temporal da mortalidade por câncer colorretal no Brasil, no período de 2010 a 2019. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico misto, cujas unidades de análises espaciais foram as regiões e Unidades Federativas brasileiras e como unidades de análises temporais os anos de estudo, a partir de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade. A análise exploratória foi realizada por meio de estatística descritiva. Para a análise espacial foi utilizada a estatística de Moran Global. Para a análise da tendência temporal foi utilizado o modelo de regressão por pontos de inflexão. Resultados: Foram registrados 167.164 óbitos por câncer colorretal no Brasil. A taxa média de mortalidade por câncer colorretal foi de 8,26 por 100 mil habitantes com desvio padrão de ±0,938. A análise espacial mostrou que o índice de Moran global foi de 0,66 (< 0,001). Com a análise temporal verificou-se no Brasil, a partir de 2015, a tendência de crescimento da taxa que era de +0,238 ao ano passou a ser de +0,40 ao ano, um aumento de 67,9%. Conclusão: A análise evidencia que o padrão espaço-temporal da distribuição da mortalidade por câncer colorretal pode estar associado com o nível socioeconômico da região, fatores sociais e de estilo de vida da população brasileira.
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No Brasil, o câncer colorretal é o terceiro mais incidente na população. São, aproximadamente, 40 mil novos casos diagnosticados por ano, entre homens e mulheres. Desse total, cerca de 30% ocorrem devido a fatores comportamentais, como má alimentação, tabagismo e inatividade física (INCA, 2021). Estimam-se, para cada ano do triênio de 2020-2022, 20.540 casos de câncer de cólon e reto em homens e 20.470 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 19,64 casos novos a cada 100 mil homens e 19,03 para cada 100 mil mulheres (INCA, 2020b; ALMEIDA, 2020). Dessa forma, diante da necessidade de se conhecer os padrões de distribuição da mortalidade por Cancer Colorretal no Brasil. Este estudo tem como objetivo analisar o padrão de distribuição da mortalidade por CCR no período de 2013 a 2020. Trata-se de um estudo ecológico misto, baseado em dados secundários coletados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A área de estudo será composta por todas regiões (Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste) e estados do país. A população do estudo será composta por todos os óbitos confirmados por Câncer Colorretal no Brasil em local por residência do óbito, entre os anos de 2013 e 2020, notificados no SIM do Ministério da Saúde, no Atlas Online de Mortalidade por Câncer disponibilizado pelo INCA e para as informações sobre a taxa populacional dos municípios brasileiros, por meio da busca de dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disponibilizados na página eletrônica Governo Federal.
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JÉSSICA RAMALHO DA FONSÊCA
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Relacionamento de bases de dados de violência autoprovocada e mortalidade para análise dos fatores associados às tentativas e ao suicídio.
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Orientador : CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
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MEMBROS DA BANCA :
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PAULIANA VALERIA MACHADO GALVÃO
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ALBANITA GOMES DA COSTA DE CEBALLOS
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CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
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Data: 23/11/2023
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Mostrar Resumo
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O suicídio é responsável por 800 mil mortes por ano em todo mundo. As tentativas
são cerca de 20 vezes mais frequentes que a consumação e representam o mais
importante indicador de morte por suicídio. O objetivo desse estudo analisar o perfil
epidemiológico das tentativas de suicídio e de sua consumação, e os fatores
associados ao suicídio, a partir do relacionamento das bases de dados de violência
autoprovocada e mortalidade, no estado de Pernambuco, 2013 a 2016. Trata-se de
um estudo transversal que considerou os suicídios registrados no Sistema de
Informações sobre Mortalidade e as tentativas de suicídio por autointoxicação
exógena e violência autoprovocada do Sistema de Informação de Agravos de
Notificação. Foi calculado o grau de completude das variáveis estudadas. Para a
identificação dos fatores associados ao suicídio, foi ajustado um modelo de
regressão logístico multivariado. Foram identificadas 7.611 notificações de tentativas
de suicídio, 6.314 (83,0%) de autointoxicações exógenas e 1.297 (17,0%) de
violência autoprovocada. Foram registrados 1.592 suicídios, desses 197 tinham
notificação de tentativas. A maior parte das variáveis do Sinan teve completude boa.
Apenas ocupação e escolaridade tiveram classificação baixa. Data de nascimento,
raça/cor e município de residência melhoraram significativamente o preenchimento
do primeiro para o último ano. A completude de todas as variáveis do SIM foi
classificada como boa. Após o linkage, Foi observada melhora significativa (p<0.05)
no grau de completude da variável ocupação. Houve associação do suicídio com as
variáveis sexo (masculino), idade, local de ocorrência, modo da tentativa
(autointoxicação exógena) e o número de tentativas. A reincidência da tentativa foi a
principal variável associada ao desfecho. Embora o linkage tenha apresentado
melhora significativa apenas para uma variável, a contribuição dessa técnica é
relevante para o sistema de vigilância do suicídio em consolidação no país. O
esclarecimento e o conhecimento da complexa interação das variáveis estudadas
são relevantes para o desenvolvimento de estratégias de prevenção eficazes para o
suicídio.
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Mostrar Abstract
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O suicídio é responsável por 800 mil mortes por ano em todo mundo. As tentativas
são cerca de 20 vezes mais frequentes que a consumação e representam o mais
importante indicador de morte por suicídio. O objetivo desse estudo analisar o perfil
epidemiológico das tentativas de suicídio e de sua consumação, e os fatores
associados ao suicídio, a partir do relacionamento das bases de dados de violência
autoprovocada e mortalidade, no estado de Pernambuco, 2013 a 2016. Trata-se de
um estudo transversal que considerou os suicídios registrados no Sistema de
Informações sobre Mortalidade e as tentativas de suicídio por autointoxicação
exógena e violência autoprovocada do Sistema de Informação de Agravos de
Notificação. Foi calculado o grau de completude das variáveis estudadas. Para a
identificação dos fatores associados ao suicídio, foi ajustado um modelo de
regressão logístico multivariado. Foram identificadas 7.611 notificações de tentativas
de suicídio, 6.314 (83,0%) de autointoxicações exógenas e 1.297 (17,0%) de
violência autoprovocada. Foram registrados 1.592 suicídios, desses 197 tinham
notificação de tentativas. A maior parte das variáveis do Sinan teve completude boa.
Apenas ocupação e escolaridade tiveram classificação baixa. Data de nascimento,
raça/cor e município de residência melhoraram significativamente o preenchimento
do primeiro para o último ano. A completude de todas as variáveis do SIM foi
classificada como boa. Após o linkage, Foi observada melhora significativa (p<0.05)
no grau de completude da variável ocupação. Houve associação do suicídio com as
variáveis sexo (masculino), idade, local de ocorrência, modo da tentativa
(autointoxicação exógena) e o número de tentativas. A reincidência da tentativa foi a
principal variável associada ao desfecho. Embora o linkage tenha apresentado
melhora significativa apenas para uma variável, a contribuição dessa técnica é
relevante para o sistema de vigilância do suicídio em consolidação no país. O
esclarecimento e o conhecimento da complexa interação das variáveis estudadas
são relevantes para o desenvolvimento de estratégias de prevenção eficazes para o
suicídio.
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TAMIRES PEREIRA
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A precarização social do trabalho no sistema único de saúde: o caso da enfermagem.
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Orientador : RAQUEL SANTOS DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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CAMILA PEREIRA ABAGARO
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ELENICE MACHADO DA CUNHA
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RAQUEL SANTOS DE OLIVEIRA
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Data: 24/11/2023
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Mostrar Resumo
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Em todo o mundo, a agenda neoliberal vem ocasionando a precarização social do trabalho e suprimindo os direitos trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora. No Brasil, esse fenômeno ganha força a partir da década de 1990 após a estruturação da Reforma do Estado e, desde então, vem se fortalecendo com as sucessivas reformas previdenciárias e trabalhistas. Vale salientar que o processo de desregulamentação do trabalho está presente nos distintos setores da economia, entre eles, o da saúde tanto no âmbito público quanto no privado. Ante o aprofundamento desse processo, o poder público em diversos estados brasileiros, vem institucionalizando novos arranjos contratuais para a força de trabalho em saúde. Em Pernambuco, o decreto estadual no 39.763/2013 estabeleceu um teto financeiro para execuçãoo de plantões extraordinários por profissionais de saúde sem vínculo público com a Secretaria Estadual de Saúde. Nesse contexto, o presente estudo analisou os novos arranjos contratuais das (os) enfermeiras (os) vinculadas (os) à Fundação de Hematologia de Pernambuco, considerando o cenário de flexibilização do trabalho e as repercussões desse fenômeno na vida desses trabalhadores e na prestação da assistência. A investigação foi descritiva e exploratória, tipo estudo de caso, com abordagens da pesquisa qualitativa. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas direcionadas às (aos) enfermeiras(os) do Hemope e a representantes da gestão do trabalho da enfermagem do Hemope e da Secretaria Executiva de Gestão do Trabalho e Educação da SES/PE. Essas entrevistas versaram sobre dimensões da precarização social do trabalho (conforme Druck, 2016), quais sejam, insegurança e saúde no trabalho; perda da identidade individual e coletiva; direitos do trabalho. Os achados foram analisados utilizando abordagens da análise agregadora de valor proposta por Eakin e Gladstone (2021), juntamente com a técnica de análise de conteúdo de Bardin (2011), além de material documental. Ademais, foi coletado material empírico sobre todos os arranjos contratuais de enfermeiras(os) vinculadas(os) às instituições hospitalares públicas, inclusive ao Hemope, vinculadas à SES/PE no período de 2013 a 2021. Esses dados revelaram que o início efetivamente da prestação de serviços via plantões extras ocorreu no ano de 2015. Naquele ano, 70,6% das (os) enfermeiras (os) vinculadas(os) aos hospitais públicos possuíam vínculos precarizados quando se somavam, os contratos por tempo determinado (6,4%) aos plantões extraordinários (64,2%). Em 2021, essa condição alcançou o patamar de 63%. No Hemope, em 2021, 72,56 % do total de vínculos também eram precários. Sobre as dimensões da precarização do trabalho, as análises das entrevistas revelaram que as poucas ações de
promoção e prevenção da saúde do trabalhador desenvolvidas pelo Hemope não contemplam todas (os) as (os) profissionais, visto que só usufruem dessas ações as (os) que possuem vínculo estatutário. As jornadas exaustivas de trabalho, as condições laborais precárias e as contratações informais são justificadas pelo Estado em decorrência da insuficiência de recursos públicos para assegurar a infraestrutura dos serviços de saúde. A ameaça do desemprego em um contexto de coexistência de variadostipos de contratos precarizados vem fomentando um ambiente de trabalho competitivo entre trabalhadoras (es) da enfermagem. Por fim, pode-se dizer que ao priorizar as contratações temporárias no setor público o Estado reafirma o fomento à precarização dos vínculos de trabalho em detrimento da função constitucional de assegurar qualidade na assistência à saúde dos cidadãos.
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Mostrar Abstract
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O presente estudo pretende explorar alguns aspectos concernentes aos arranjos contratuais de trabalhadores enfermeiros (as) vinculados (as) ao Sistema Único de Saúde, levando em consideração o processo de flexibilização do trabalho iniciado na década de setenta do século vinte em escala mundial. Entende-se que o arcabouço jurídico amparado pela flexibilização laboral, imposto pela agenda neoliberal, vem ocasionando a precarização social do trabalho, suprimindo os direitos trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora. No Brasil, esse fenômeno ganha força a partir da década de 1990 após a estruturação da Reforma do Estado e, desde então, vem se fortalecendo com as sucessivas reformas previdenciárias e trabalhistas. Vale salientar que o processo de desregulamentação do trabalho está presente nos distintos setores da economia, entre eles, o da saúde tanto no âmbito público quanto no privado. Ante o aprofundamento desse processo, o poder público em diversos estados brasileiros, vem institucionalizando novos arranjos contratuais para a força de trabalho em saúde. Em Pernambuco, o decreto estadual n° 39.763/2013 estabeleceu um teto financeiro para execução de plantões extraordinários através contratações de profissional de saúde sem vínculo público habilitado para o serviço e previamente credenciado via contrato por tempo determinado e ou por servidor público da Secretaria Estadual de Saúde. Nesse contexto, o presente estudo visa compreender os novos arranjos contratuais das enfermeiro(a)s vinculado(a)s à Fundação de Hematologia de Pernambuco, considerando o cenário de flexibilização do trabalho e as repercussões desse fenômeno na vida desses trabalhadores, assim como para a prestação da assistência. Trata-se de uma investigação descritiva e exploratória, do tipo estudo de caso, que utilizará abordagens da pesquisa quantitativa e qualitativa. O material empírico será coletado através do levantamento de todos os tipos de vínculos de todos(as) enfermeiros(as) que trabalharam na Fundação de Hematologia de Pernambuco no período compreendido entre 2013 a 2021 e mediante entrevistas semiestruturadas e análise documental. Os sujeitos a serem entrevistados serão selecionados por amostra intencional e heterogênea composta por enfermeiros(as) e por representantes da gestão do trabalho da Fundação de Hematologia de Pernambuco e da Secretaria Estadual de Saúde. Os achados serão analisados com base na técnica de análise de conteúdo de Bardin, além da análise documental e abordagem da estatística descritiva.
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ROSIKELLE MORAIS
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PROFISSIONALIZAÇÃO E FLEXIBILIZAÇÃO DO TRABALHO: UMA ANÁLISE SOBRE A INSERÇÃO PROFISSIONAL DOS BACHARÉIS EM SAÚDE COLETIVA
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Orientador : RAQUEL SANTOS DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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RAQUEL SANTOS DE OLIVEIRA
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HELOISA MARIA MENDONCA DE MORAIS
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MARIA DO SOCORRO VELOSO DE ALBUQUERQUE
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ANA PAULA LOPES DE MELO
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Data: 14/12/2023
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Mostrar Resumo
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No ano de 2008, surgem os primeiros Cursos de Graduação em Saúde Coletiva, fundamentados em novas bases organizacionais e conceituais, os quais foram oportunizados pelo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais instituído pelo Decreto n° 6.096/ 2007. Não havendo dúvidas quanto à necessidade desse profissional para responder aos antigos e novos problemas estruturais do Sistema Único de Saúde, a sua inserção profissional no mercado de trabalho vem encontrando importantes desafios, considerando-se, de um lado, o seu embrionário processo de profissionalização e de outro, as profundas transformações advindas da flexibilização do trabalho, fenômeno esse em processo de consolidação no Brasil desde os anos 1990. Assim, o presente estudo analisou como vem se dando a inserção profissional de egressos dos cursos de graduação em Saúde Coletiva oriundos de universidades públicas do Estado de Pernambuco, considerando o processo de profissionalização no cenário de flexibilização do trabalho. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, tipo estudo de caso, que utilizou como técnica de pesquisa qualitativa entrevistas semiestruturadas a egressos, coordenadores de cursos e representantes do COSEMS-PE. Adicionalmente, foram aplicados formulários para os egressos formados a partir de 2016 a 2021 de ambas as universidades. A análise das entrevistas foi baseada na metodologia de Bardin (2011). Os resultados dessa investigação revelam a presença de uma força de trabalho majoritariamente feminina (75%), composta por mulheres pardas e negras (62,4%) e qualificada profissionalmente por possuírem formação em nível de pós graduação (74,1%). Entretanto, desafios referentes ao mercado de trabalho se fazem presentes pelo registro de alto percentual de profissionais desempregados (56,5%). E entre aqueles que se encontravam trabalhando no Sistema Único de Saúde, os vínculos informais, ou seja, precários eram a maioria deles (72%) associados aos baixos salários auferidos. A ausência de um processo consolidado de profissionalização emergiu quando os bacharéis referiram desconhecimento social da profissão do sanitarista por parte da própria gestão do SUS, de outros profissionais da saúde e da sociedade em geral. A necessidade de regulamentação foi enfatizada pelos diversos atores entrevistados. Destaca-se nessa discussão a recente e importante aprovação da Lei n° 14.725/2023 que regulamentou a profissão de sanitarista graduado e pós-graduado, ainda que careça de detalhes referentes a prática da profissão do sanitarista, e registro prévio no órgão competente do SUS, o qual, até o momento, é inexistente. A presença desse profissional no SUS exige a expansão do Sistema Único de Saúde em conjunto com a implementação de uma carreira profissional, incluindo oportunidades nas distintas esferas de gestão. Na ausência dessas condições, um conjunto importante de profissionais de saúde vivenciam situações precárias de trabalho no SUS ou encontram-se desempregados.
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Mostrar Abstract
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Os primeiros Cursos de Graduação em Saúde Coletiva surgem no ano de 2008 oportunizados pelo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, instituído pelo Decreto n° 6.096/ 2007. Entretanto, desde 1994 despontaram as primeiras ideias e proposições sobre a criação desses cursos no Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia. Segundo seus idealizadores, fazia-se necessária a antecipação da formação do sanitarista, considerando que a formação profissional do sanitarista pós-graduado, iniciada na década de setenta, tem sido considerada demasiadamente longa e socialmente custosa. Mesmo considerando e entendendo a necessidade e importância desse profissional para responder aos antigos e novos problemas estruturais para a consolidação do Sistema Único de Saúde, a sua inserção profissional no mercado de trabalho vem encontrando importantes desafios. Ao considerar de um lado, o seu embrionário processo de profissionalização devido à ausência de um conjunto de atributos constitutivos para uma profissão e por outro, as profundas transformações advindas da flexibilização do trabalho já consolidadas no Brasil desde 1990. No presente estudo, entende-se que o fenômeno da flexibilização do trabalho fomenta e amplia as condições e relações precárias laborais para a classe trabalhadora, incluindo o setor saúde no âmbito privado e público. Assim, o presente estudo objetiva analisar como vem se dando a inserção profissional de egressos dos cursos de graduação em Saúde Coletiva, oriundos de universidades públicas do Estado de Pernambuco, considerando tanto o processo de profissionalização quanto o cenário de flexibilização do trabalho. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, tipo estudo de caso, que utilizará técnicas de pesquisa quantitativa e qualitativa a partir de entrevistas semiestruturadas. O material empírico será coletado por meio de questionários enviados ao conjunto de egressos do Curso de Graduação em Saúde Coletiva formados de 2016 a 2021 da Universidade Federal de Pernambuco e da Universidade de Pernambuco, além de entrevistas semiestruturadas com egressos e com os Coordenadores do Curso de Graduação em Saúde Coletiva de ambas as instituições de ensino. Os achados serão analisados com base na análise de conteúdo Bardin (2011).
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EMMILY FRANÇA
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DISTÚRBIOS DO SONO EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE ATENDENTES NA LINHA DE FRENTE A PACIENTES COM COVID-19.
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Orientador : ALBANITA GOMES DA COSTA DE CEBALLOS
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MEMBROS DA BANCA :
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ADRIANA PAULA DE ANDRADE DA COSTA E SILVA SANTIAGO
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ALBANITA GOMES DA COSTA DE CEBALLOS
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GABRIELLA MORAIS DUARTE MIRANDA
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Data: 20/12/2023
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O sono exerce uma função essencial no funcionamento do sistema nervoso. O sono insuficiente, privação do sono e o trabalho exaustivo estão associados a fatores que podem contribuir para sobrecargas cognitivas. O estudo teve como objetivo avaliar a qualidade do sono em profissionais da saúde durante a pandemia de Covid-19. Método: Estudo transversal exploratório. Profissionais de saúde de um hospital universitário na cidade do Recife responderam um questionário abordando aspectos sociodemográficos, ocupacionais e um recorte do questionário “Swiss Health Survey”. Resultados: Dos 77 profissionais que responderam à pesquisa, a maioria era do sexo feminino (81,8%), com idade <40 anos (44,2%), religião/religiosidade (79,2%), vínculo celetista (67,5%), renda familiar >5 salários-mínimos (71,6%). Os pesquisados relataram sintomas de ansiedade (62,3%) e depressão (31,5%) e informaram dificuldade em adormecer (53,2%), dificuldade em permanecer dormindo (55,8%) e dificuldade para acordar (80,5%). A análise multivariada mostrou que existe associação entre a ansiedade e a dificuldade para dormir e manter-se dormindo e também entre a depressão e a dificuldade para dormir e manter-se dormindo mesmo entre os que tem filhos, possuem renda <5 salários-mínimos e tem atuação junto a pacientes com Covid-19. Conclusão: constatou-se que fatores ligados a qualidade do sono estão associados com queixas de transtornos psiquiátricos como depressão e ansiedade. Essa relação mostrou-se bem estabelecida, podendo constituir um ciclo de retroalimentação da má qualidade do sono.
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O sono desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do sistema nervoso central, a exemplo de controle das emoção, consolidação da memória, atenção, percepção sensorial, consciência, metabolismo, termorregulação e preservação energética. A privação do sono é conhecida por favorecer a sonolência diurna, reduzir o estado de alerta, aumentar a chance de lesões e acidentes de trabalho, causar sobrecarga cognitiva, diminuir o desempenho na atividade e o raciocínio analítico, induzir falhas cognitivas. Entre os profissionais de saúde, a privação do sono está associada a erros mais severos nas equipes multiprofissionais, considerada uma das maiores ameaças à segurança do paciente nas unidades hospitalares. O sono insuficiente e o trabalho exaustivo podem levar à piora da qualidade de vida, irritabilidade, fadiga crônica, ansiedade e depressão. O estudo tem como objetivo avaliar a qualidade do sono em profissionais da saúde durante a pandemia de COVID-19. Trata-se de um estudo transversal realizado com profissionais atendentes de pacientes com COVID-19 no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Foram aplicados remotamente questionários contendo questões sociodemográficas, condições de trabalho, saúde mental e qualidade do sono.
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