PPGSC-CCM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA - CCM CENTRO DE CIENCIAS MEDICAS - CCM Telefone/Ramal: Não informado
Dissertações/Teses

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2024
Dissertações
1
  • MYLENA FELIX
  • Narrativas de agricultores familiares sobre o uso de agrotóxicos e suas
    consequências para a saúde no contexto sociopolítico da pandemia de Covid-19.

  • Orientador : CAMILA PEREIRA ABAGARO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAMILA PEREIRA ABAGARO
  • DIEGO DE OLIVEIRA SOUZA
  • KEILA SILENE DE BRITO E SILVA
  • Data: 12/01/2024

  • Mostrar Resumo
  • A crise sanitária do Covid-19 escancarou e agravou os problemas sofridos pelo
    Brasil e foi utilizada como uma oportunidade para a implementação de medidas de
    flexibilização ambientais que facilitaram a liberação e utilização massiva de agrotóxicos no
    país, constituindo um importante problema de saúde pública devido ao desequilíbrio
    ambiental e às repercussões para a saúde, em nível agudo e crônico, da população. O
    objetivo deste estudo foi analisar a experiência de agricultores familiares de assentamentos
    rurais sobre o uso de agrotóxicos e o processo saúde-doença autorreferido por eles durante
    o contexto sociopolítico da pandemia de Covid-19. Foram realizadas entrevistas de história
    oral temática com 9 (nove) agricultores familiares, correspondendo às 9 (nove) lideranças
    dos assentamentos rurais de Amaraji, Pernambuco, Brasil, visto que estão à frente dos
    assentamentos desde sua formação e representam os locais a serem estudados. Para a
    coleta de dados, utilizou-se uma entrevista semiestruturada através de um roteiro norteador
    com eixos centrais que versam sobre a apresentação geral, vida laboral, e uso de agrotóxicos
    no contexto sociopolítico da pandemia de Covid-19. Os dados foram analisados segundo a
    análise temática de conteúdo, de Bardin e Minayo. Evidenciou-se que os agricultores
    possuem orgulho e felicidade do trabalho que desempenham apesar das inúmeras
    dificuldades que enfrentam. O estudo demonstrou que a masculinidade influencia na
    aplicação dos agrotóxicos tendo em vista a proteção das familiares do gênero feminino e a
    abdicação da saúde dos agricultores para protegê-las. Os resultados indicam os impactos do
    modelo químico-dependente no trabalho e no processo saúde-doença dos assentados,
    destacando-se principalmente as repercussões agudas que são mais facilmente visualizadas.
    Além disso, a pesquisa aponta dificuldades encontradas pelos agricultores para o cultivo e
    comercialização dos alimentos devido à ausência de incentivos, insumos e orientações no
    período sociopolítico da pandemia de Covid-19.


  • Mostrar Abstract
  • Há alguns anos o Brasil é considerado um dos maiores consumidores de agrotóxicos e produtores de commodities agrícolas do mundo. A crise sanitária do Covid-19 no Brasil foi encarada como uma oportunidade pelo governo Bolsonaro para a implementação de medidas de flexibilização ambientais, como a autorização de vários agrotóxicos e a redução da distância de pulverização aérea. Os impactos dos agrotóxicos para a saúde são extensamente documentados na literatura tanto para os trabalhadores rurais que laboram diretamente com os agrotóxicos, como para os residentes das áreas de aplicação e toda a população exposta ao consumir os alimentos contaminados. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo conhecer a experiência de agricultores familiares de assentamentos rurais sobre o uso de agrotóxicos e o processo saúde-doença autorreferido por eles durante o contexto sociopolítico da pandemia de Covid-19. Trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva com a abordagem metodológica da História Oral Temática, a ser realizada nos nove assentamentos rurais de Amaraji, Pernambuco, Brasil, tendo como participantes os agricultores familiares que são lideranças dos assentamentos. Para a realização da pesquisa será utilizado um roteiro temático norteador da entrevista com elementos que serão abordados no diálogo entre entrevistadora e entrevistados, enquanto que para a análise de interpretação de dados será utilizada a análise temática de conteúdo. Serão seguidos todos os critérios demandados pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde e o projeto será submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco. Esse estudo poderá colaborar para a compreensão dos agricultores de suas experiências sobre o uso de agrotóxicos, permitindo a reflexão sobre os impactos para a saúde e o contexto sociopolítico que os envolve, como também visibilizar suas histórias e vivências.

2
  • INGRID RAYANNE LINS DE OLIVEIRA
  • CENÁRIOS DA OFERTA DE ATENDIMENTO AMBULATORIAL ESPECIALIZADO EM UMA REDE INTERESTADUAL DE SAÚDE.
  • Orientador : ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
  • RONALD PEREIRA CAVALCANTI
  • Data: 29/01/2024

  • Mostrar Resumo
  • A organização dos serviços de saúde na perspectiva das redes de atenção é
    importante para a garantia de direitos e a concretização dos princípios do SUS.
    Isoladamente, qualquer nível de complexidade não é suficiente para resolver as
    demandas da população, o que requer atenção integral. O objetivo do presente
    trabalho foi analisar a oferta de consultas realizadas nos municípios do estado de
    Pernambuco que pertencem a Rede Interestadual de Saúde do Vale do Médio São
    Francisco (Rede PEBA), no período de 2014 a 2019. Trata-se de um estudo
    exploratório, descritivo, quantitativo e transversal, com utilização de técnicas
    padronizadas de análise descritiva. Desenvolveu-se a descrição do que se refere à
    caracterização dos usuários por sexo; às principais demandas de consultas na Rede,
    oferta por tipo de consulta especializada; a condição do município no que se refere a
    ser solicitante ou demandante. Analisando o público que faz uso das consultas na
    Rede PEBA, é possível constatar uma representação considerável de utilização das
    cotas de consultas especializadas por pessoas do sexo feminino, em detrimento ao
    sexo masculino. No que se refere às principais demandas de consultas na Rede, é
    possível que estejam relacionadas às questões ambientais e de trabalho. A análise e
    classificação das consultas de acordo com a cidade demandante e executante
    permite-nos a identificação de 27 cidades demandantes de consultas e apenas 4
    executantes. Todas as demandantes pertencem a Rede PEBA, porém entre as
    executantes, três delas compõem a Rede e uma delas não, no caso trata-se de Recife,
    capital do estado de Pernambuco. A maior parte das especialidades apresentaram
    tendência em resultar maior tempo médio de espera quando as demandas foram
    encaminhadas para fora da Rede, sendo este fator considerado em todos os casos de
    magnitude ou importância alta para esse acréscimo na média. Os achados
    demonstram que parte da demanda por consulta especializada extrapola a rede
    assistencial, indicando fragilidades importantes que interferem no alcance de
    princípios do SUS, como o da garantia de acesso, integralidade da assistência, assim
    como, evidencia a fragilidade para a efetividade e resolutividade da Rede PEBA.

  • Mostrar Abstract
  • A Regulação do Acesso, conhecida também como regulação assistencial, apoia-se na organização, controle, gerenciamento e na priorização do acesso e dos fluxos assistenciais no âmbito do SUS. É estabelecida por meio dos complexos reguladores e unidades operacionais. No contexto da Regulação, investigações sobre oferta e demanda são pouco frequentes, apesar de sua importância para a integralidade em saúde e, consequentemente, como componente para a garantia do direito à saúde. O objetivo do estudo é analisar o acesso aos procedimentos de consultas realizados na rede interestadual Pernambuco / Bahia, no período de 2014 a 2019. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, quantitativo e transversal, com utilização de técnicas padronizadas de análise estatísticas. O local do estudo compreende os serviços de saúde localizados nos municípios integrantes da Rede PEBA. A pesquisa será operacionalizada em 2 fases, sendo uma descritiva e outra analítica. Serão elaborados três bancos sistematizados em planilha eletrônica (extensão.odt ou .xls) contendo os dados do projeto, os quais serão analisados por meio da linguagem R, de abordagem descritiva e de associação entre a origem (solicitação) e destino (execução) das demandas de consultas. o modelo de organização dos serviços de saúde em redes, as pactuações e contratualizações de assistência ambulatorial e hospitalar na regulação em saúde é uma ação que pode ser complexa, e que, ao mesmo tempo, interfere no exercício de direitos e garantia de acesso a diversas políticas públicas. Conhecer a demanda e analisar a prestação dos serviços em quantitativos suficientes é importante para que haja a assistência mais adequada à população.

3
  • PATRICIA CAVALCANTE CASTRO DO NASCIMENTO
  • MORTALIDADE MATERNA E A EPIDEMIA DE COVID-19 EM PERNAMBUCO.

  • Orientador : THALIA VELHO BARRETO DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • REGIA MARIA BATISTA LEITE
  • SANDRA VALONGUEIRO ALVES
  • THALIA VELHO BARRETO DE ARAUJO
  • Data: 30/01/2024

  • Mostrar Resumo
  • Introdução: Dados nacionais e internacionais evidenciaram a elevação do risco de morte de mulheres no ciclo gravídico puerperal no curso da Covid -19. No Brasil as mortes maternas associadas à Covid-19 superaram em números todo mundo. Em 2020, a cada 10 mortes por Covid-19 entre gestantes, oito foram no Brasil.  A reestruturação dos serviços de saúde voltando-os para as pessoas com Covid-19 resultou no fechamento de alguns serviços de atenção à saúde da mulher, deixando esse grupo da população desprotegido, sujeito a pré-natal precário e a assistência ao pré-parto, parto e pós-parto de menor qualidade. Objetivo: Analisar os obstáculos enfrentados pelas mulheres no acesso aos serviços de saúde em busca do cuidado quando em trabalho de parto, abortamento ou quando da ocorrência de complicação obstétrica na gravidez ou puerpério, durante a pandemia da Covid-19, que resultou em óbitos maternos em Pernambuco. Método: Trata-se de um estudo de corte-transversal. A população do estudo foi composta por todos os óbitos maternos de mulheres residentes em Pernambuco ocorridos em 2020 e 2021. Resultados: Entre os óbitos maternos predominou as mulheres negras, com idade entre 20 e 34 anos, 65,6% ocorreram em um município diferente do município de residência. Os óbitos evitáveis totalizaram 73,4% dos casos, a maioria apresentou inúmeras falhas apontadas pelo Comitê de Mortalidade Materna, identificadas falhas em mais de uma categoria investigada. Conclusão: Foi evidenciada a peregrinação sofrida pelas mulheres que foram a óbito com covid-19 entre os anos de 2020 e 2021, mais da metade dessas mulheres precisaram percorrer longas distâncias saindo de seus municípios de residência para outros municípios, em busca do cuidado adequado e em tempo oportuno, nenhum desses óbitos apresentaram como critério de evitabilidade serem inevitáveis, além das inúmeras falhas, ao acesso, durante todo esse percurso de peregrinação.


  • Mostrar Abstract
  • O novo Coronavírus surgiu na cidade de Wuhan (China) em dezembro de 2019, expandindo-se rapidamente, em 11 de março de 2020 a OMS alçou a COVID-19 ao status de pandemia. Dados nacionais e internacionais evidenciaram a elevação do risco de morte de mulheres no ciclo gravídico puerperal no curso da pandemia. No Brasil as mortes maternas associadas à Covid-19 superaram em números em todo mundo, em 2020 a cada 10 mortes por Covid-19 entre gestantes, oito foram no Brasil.  A reorganização dos serviços dando ênfase aos serviços voltados para as pessoas com Covid-19 com consequente fechamento de alguns serviços materno-infantil pode ter deixado esse grupo da população desprotegida, sujeita a pré-natal inadequado e a assistência ao pré-parto, parto e pós-parto de menor qualidade, contribuindo dessa forma para o aumento da mortalidade materna. Objetivo: Identificar obstáculos enfrentados pelas mulheres no acesso a serviços de saúde em busca do cuidado quando em trabalho de parto, ou quando da ocorrência de complicação obstétrica na gravidez ou puerpério, durante a pandemia da covid-19, que resultou em óbitos maternos em Pernambuco. Método: Trata-se de um estudo de corte transversal. A população do estudo será composta por todos os óbitos maternos de mulheres residentes em Pernambuco ocorridos em 2020 e 2021. Será realizada uma análise estatística descritiva para obtenção da distribuição dos valores das frequências absoluta e relativa para as variáveis categóricas, medidas de posição e dispersão para as variáveis contínuas. Como medida de associação será utilizada a Odds Ratio (OR) com intervalos de confiança de 95% (IC95%) e nível de significância de 5% (p≤0,05). Nessa etapa, na comparação de frequência de variáveis qualitativas serão realizados os testes de quiquadrado de Pearson ou o teste exato de Fisher, quando apropriado; para variáveis quantitativas contínuas será aplicado o teste de t ou anova para a comparação de médias e os testes de Kruskal-Wallis ou U de Mann-Whitney para medianas. 

4
  • ELIS MONTEIRO
  • Caps ad e comunidade terapêutica: Experiências de pessoas que vivenciaram os dois modelos de assistência. 

  • Orientador : KEILA SILENE DE BRITO E SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAMILA PEREIRA ABAGARO
  • KEILA SILENE DE BRITO E SILVA
  • NAÍDE TEODÓSIO VALOIS SANTOS
  • TADEU DE PAULA SOUZA
  • Data: 31/01/2024

  • Mostrar Resumo
  • O presente estudo, de caráter qualitativo, busca analisar as experiências dos usuários em dois modelos de assistência às pessoas com uso prejudicial de drogas. Considerando que

    o Modelo de Atenção Psicossocial é fruto da Reforma Psiquiátrica. Todavia, a atenção psicossocial é marcada pela coexistência de modelos antagônicos, ou seja, entre o modelo de privação de liberdade e o modelo de reconhecimento de direitos e oferta de cuidado integral e territorial. Este antagonismo também se repete quando a atenção de pessoas que fazem uso de drogas e é justificado por interesses políticos, ideológicos e financeiros. Neste contexto, é notório o aumento de investimento de recursos públicos em instituições não governamentais, as Comunidades Terapêuticas (CT), de caráter privado, e em sua maioria, vinculadas às instituições religiosas. Em contrapartida é verificado a diminuição investimentos em serviços substitutivos formadores da rede de atenção psicossocial (RAPS), vinculados ao SUS, entre eles os CAPS. Considerando o espaço que as CTs vêm ocupando no atendimento aos usuários de drogas e a divergência do seu modelo de cuidado em relação as diretrizes do SUS e da reforma psiquiátrica, torna-se fundamental conhecer como os usuários que passaram pelos dois modelos, experenciaram o cuidado ofertado ou a falta de cuidado. Para este fim, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 10 pessoas (entre 32 e 62 anos) que já haviam utilizado ambos os serviços e que estavam admitidos no CAPS. Para a análise dos resultados foi utilizada a Análise de Conteúdo, onde foram construídas três categorias, a saber: “Entre a integralidade no cuidado e a violência no cuidado”, “Entre a construção do PTS e a imposição da reforma moral”, ‘Transitando entre a redução de danos e a abstinência”. Observou-se nas experiências relatadas a importância da efetivação do cuidado pautado em evidências científicas, na integralidade, na humanização, na redução de danos e no protagonismo das pessoas que buscam cuidado. Quantos aos relatos das experiências vivenciadas na CTs, constatamos que são vivencias de tratamento não respaldado na ciência, mas sim, em uma visão moralista, que defende a abstinência e a reforma moral como meio de cura para a alma, inclusive com práticas impositivas e violentas e que não respeitam as pessoas em tratamento. Os achados desta pesquisa apontam para a necessidade da defesa do modelo de cuidado preconizado pelo SUS e pela Reforma Psiquiátrica, como forma de ofertar um cuidado humanizado e respaldado na ciência. Os participantes também pontuaram a importância de serem ouvidos e acolhidos em suas demandas, apontando que os serviços devem proporcionar autonomia e protagonismo para as pessoas. Ou seja, que elas posam ter voz ativa e contribuir com a construção de seu projeto terapêutico singular, e assim, os serviços ofertarem um cuidado efetivo para pessoas em uso prejudicial de drogas.


  • Mostrar Abstract
  • O Modelo de Atenção Psicossocial é fruto da Reforma Psiquiátrica (RP), iniciada há aproximadamente cinco décadas. Todavia, ainda hoje, a atenção psicossocial é marcada pela coexistência de modelos antagônicos, ou seja, entre o modelo de privação de liberdade e o modelo de reconhecimento de direitos e oferta de cuidado integral. A existência de modelos oposto é justificada por interesses políticos e financeiros. Do mesmo modo, a política de atenção a pessoas que fazem uso prejudicial de drogas, também é fomentada por interesses políticos e principalmente financeiros. Neste contexto, é notório o aumento de investimento de recursos públicos em instituições não governamentais, as Comunidades Terapêuticas (CT), de caráter privado, e em sua maioria, vinculadas às instituições religiosas. Em contrapartida é verificado a diminuição investimentos em serviços substitutivos formadores da rede de atenção psicossocial (RAPS), vinculados ao SUS, entre eles os CAPS. A RAPS, pensada para funcionar em uma rede ampla para favorecer e garantir o cuidado integral, gratuito e em liberdade, compreende que o tratamento ofertado para o uso prejudicial de drogas deve envolver o poder público, as instituições, a comunidade e a própria pessoa. Enquanto as CTs respaldam seu trabalho na lógica do acompanhamento fechado, distanciando a pessoa de seus vínculos com o território, assumem que a pessoa deve renunciar seu estilo de vida e adotar a abstinência como única alternativa. No Brasil, é possível verificar, o direcionamento que é dado pelo governo federal se opõe à Política de Saúde Mental, estabelecendo práticas voltadas ao proibicionismo, à criminalização e à exclusão do convívio social de pessoas que fazem uso de drogas. Considerando o aumento significativo das CTs, o acréscimo de recursos públicos neste modelo de cuidado, a diminuição de investimentos na RAPS, e nos serviços substitutivos (CAPS), a quantidade significativa de pessoas que acessam estes serviços em busca de cuidado, se faz necessário analisar as experiências dos usuários em dois modelos de assistência às pessoas com uso prejudicial de drogas, uma vez que os tratamentos ofertados repercutem na vida destes indivíduos, nas escolhas, na autonomia e respeito aos direitos. 

5
  • CAIO LIRA
  • MORTES MATERNAS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 EM PERNAMBUCO: ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA DAS CAUSAS MÚLTIPLAS DE MORTE.

  • Orientador : SANDRA VALONGUEIRO ALVES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • REGIA MARIA BATISTA LEITE
  • SANDRA VALONGUEIRO ALVES
  • THALIA VELHO BARRETO DE ARAUJO
  • Data: 31/01/2024

  • Mostrar Resumo
  • A pandemia da COVID-19 pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) surgiu
    como um dos maiores desafios sanitários em escala global deste século. Tal evento afetou
    toda a sociedade, mas é inegável que alguns grupos populacionais têm sofrido uma carga
    extra, com repercussões distintas sobre a morbimortalidade, sequelas ou COVID longa. No
    Brasil, as gestantes e puérperas foram grupos mais atingidos, pela superposição dos efeitos
    diretos da infeção e as precárias condições de atenção obstétrica. A pandemia trouxe
    mudanças tanto nos níveis de mortalidade materna como na sua distribuição por causas.
    Objetivo: Analisar o perfil das causas de mortes maternas durante a pandemia de COVID-19
    de residentes no estado de Pernambuco utilizando o referencial de causas múltiplas.
    Método: Trata-se de um estudo transversal sobre as causas de óbito materno de mulheres
    residentes no estado (período pré-pandemia e pandemia). A população do estudo foi
    composta por todos os óbitos maternos de mulheres residentes em Pernambuco, notificados
    ao Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e ocorridos entre os anos de 2017 a 2021.
    Foram utilizadas bases de dados secundárias dos sistemas de informação sobre mortalidade
    (SIM) e do sistema de informação sobre nascidos vivos (Sinasc); registros da ficha síntese
    (M5) e instrumentos de notificação da vigilância do óbito materno estadual e municipais. Foi
    descrito o perfil sociodemográfico das mulheres falecidas, calculado o percentual de óbito
    materno por macrorregião e estimadas as razões de mortalidade materna (RMM) precoce e
    tardia, por todas as causas, no estado, entre 2017 a 2021. Para os anos 2020 e 2021, as
    causas de morte materna foram analisadas a partir dos referenciais de causas básicas e
    múltiplas, onde todas as causas registradas no atestado de óbito foram consideradas, ou

    seja, causas assinaladas nas partes I e II do atestado médico na declaração de óbito. Para as
    causas múltiplas, a análise se deu apenas entre os anos de 2020 e 2021. O projeto foi
    aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco.
    Resultados/Discussão: No período 2017 - 2019 ocorreram 283 óbitos por causas maternas, e
    no período pandêmico de 2020 - 2021 ocorreram 241 óbitos maternos. Observou-se que
    42,9% dos casos ocorreram entre 30 a 39 anos; 70,8% dos óbitos foram entre mulheres
    pardas, seguidas pelas brancas (21,5%) e pretas (7,3%). A região Metropolitana destaca-se
    com 62,1% dos óbitos maternos; enquanto a macrorregião do Sertão obteve o menor
    percentual (8,1%) para o período. Desses óbitos, 57,8% ocorreram no puerpério, até 42 dias
    do término da gestação e 19,7% entre o 43º dia e 1 ano após o término da gestação; 72,8%
    dos óbitos poderiam ter sido evitados e 21,9% provavelmente evitados. A RMM para o ano
    de 2021 foi de 94/100.000 nascidos vivos, demonstrando assim maior razão comparada aos
    anos anteriores, o qual teve um registro de 120 óbitos maternos. Em relação às causas no
    triênio anterior a pandemia, as hipertensões gestacionais (n=39; 13,9%) e as hemorragias
    (n=38; 13,6) foram as principais causas. Outra causa que merece destaque é a doença
    cardiovascular, que se apresentou como a quarta causa de óbito no mesmo período (n=22;
    7,9%). Em 2020-2021, as doenças virais destacaram-se como as principais causas de óbito
    materno (n=50; 20,8%), o que refletiu no número de óbitos maternos por causas obstétricas
    indiretas (25,8% em 2017-2019 e 33,3% em 2020-2021). Conclusão: Além de manter
    contínua a vigilância na ocorrência de mortes evitáveis, é fundamental que se identifique as
    causas de cada óbito materno, tanto as causas básicas como as associadas, para que o
    cenário da mortalidade materna no estado seja compreendido de uma forma mais ampla,
    subsidiando as políticas de atenção à saúde reprodutiva e qualificando os sistemas de
    informação sobre mortes e agravos.


  • Mostrar Abstract
  • Introdução: A pandemia da COVID-19 pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) tem se apresentado co­mo um dos maiores desafios sanitários em escala global deste século. Tal evento tem afetado toda a sociedade, mas é inegável que alguns grupos populacionais têm sofrido uma carga extra, com repercussões distintas sobre a morbimortalidade, sequelas ou COVID longa. Dentre esses, as gestantes e puérperas despontaram como um grupo de grande preocupação, com alerta de pesquisadores, profissionais de saúde e movimentos sociais, pois diante da situação precária da atenção obstétrica no país, a pandemia se configurava como a história de uma morte anunciada no campo da saúde reprodutiva. Objetivo: Analisar a contribuição da pandemia de COVID-19 sobre o perfil de causas de morte materna de residentes no estado de Pernambuco. Método: Trata-se de um estudo descritivo sobre causas de óbito materno de mulheres residentes no estado, antes e durante a pandemia de COVID-19. A população do estudo será composta por óbitos maternos de mulheres residentes em Pernambuco, notificados ao Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e ocorridos entre os anos de 2017 e 2021.  Serão utilizadas bases de dados secundárias dos sistemas de informação sobre mortalidade (SIM) e do sistema de informação sobre nascidos vivos (SINASC); fichas de investigação de óbitos e instrumentos de notificação da vigilância do óbito materno estadual e municipais. Razões de mortalidade materna (RMM) para o estado, por macrorregião e por causas entre 2017 e 2021 serão estimadas. As causas de morte materna serão analisadas a partir dos referenciais de causas múltiplas, onde todas as causas registradas no atestado de óbito serão incluídas: a causa básica e as causas associadas (terminal e contribuintes), assinaladas nas partes I e II do atestado médico na declaração de óbito. Serão descritos ainda, os perfis sociodemográfico e reprodutivo das mulheres falecidas, de acordo com as causas de morte materna identificadas.

6
  • GRACE LIMA
  • BOAS PRÁTICAS DE ARMAZENAMENTO, DISTRIBUIÇÃO, TRANSPORTE E DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS NO SUS. 

  • Orientador : PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
  • MEMBROS DA BANCA :
  • PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
  • GABRIELLA MORAIS DUARTE MIRANDA
  • MAISA CAVALCANTI PEREIRA
  • Data: 31/01/2024

  • Mostrar Resumo
  • A Assistência farmacêutica tem sentido amplo e corresponde aos
    procedimentos coletivos ou individuais voltados aos usuários dos serviços de saúde.
    Suas atividades têm o propósito de promover o acesso e o uso racional de
    medicamentos. Desta forma, não ficando restrita às etapas de logística de
    medicamentos, preocupando-se também com a qualificação do acesso aos
    medicamentos, o que envolve a dispensação adequada, o cuidado em saúde ofertado e
    a qualificação dos serviços. Uma das condições básicas para proporcionar a
    qualificação do acesso e promover o uso racional dos medicamentos é garantir, no
    sistema de saúde, farmácias/ unidades dispensadoras de medicamentos adequadas,
    planejadas e capazes de oferecer condições de acolhimento, além de possuir um
    ambiente que facilite o diálogo entre o farmacêutico e o usuário, que garanta aos
    medicamentos a manutenção de sua integridade física e química, proporcione boas
    condições de trabalho àqueles que realizam o atendimento. Mudanças na estrutura
    física, que garantam a estabilidade físico-química dos medicamentos são
    indispensáveis, além da organização do processo de trabalho e o cumprimento das boas
    práticas. Esta pesquisa teve como objetivo investigar na literatura científica o
    cumprimento das boas práticas de armazenamento, dispensação, distribuição e
    transporte de medicamentos em farmácias/UDMs e CAFs no SUS. Trata-se de uma
    revisão integrativa, com coleta de dados a partir de fontes secundárias, utilizando a
    estratégia PICO para elaboração da pergunta norteadora da pesquisa e auxílio na
    construção da estratégia de busca, o gerenciador de reerências Mendeley no processo
    de organização e triagem dos artigos e Fluxograma Prisma e Licidchart para ilustração
    do processo de busca nas bases de dados selecionadas e construção da amostra. A
    pesquisa resultou numa amostra de 53 artigos selecionados. O conjunto de artigos que
    compõe a amostra tem a seguinte característica, considerando os critérios de inclusão:
    A maior parte dos estudos selecionados são do ano de 2017 (24 artigos), seguidos de
    2022 (6 artigos), 2019 (5 artigos), 2014 e 2018 (4 artigos cada), 2015 (3 artigos), 2020e 2021 (2 artigos cada), 2013, 2016 e 2023 (1 artigo cada). Quanto aos idiomas de
    publicação, 48 artigos são em português e 4 artigos em inglês. Do conjunto 17 artigos
    utilizaram dados da PNAUM-Serviços 2015 e 1 artigo utilizou municípios habilitados
    no Eixo estrutura do Qualifar-SUS nos anos de 2012 e 2013. Inconformidades no
    armazenamento e transporte, fatores que podem interferir na estabilidade e manutenção
    da qualidade dos medicamentos, assim como a distribuição considerando o acesso à
    medicação baseada somente na logística e a dispensação de medicamentos realizada
    por funcionários sem qualificação para tal, foram encontrados no resultado.

  • Mostrar Abstract
  • A Assistência farmacêutica tem sentido amplo e corresponde aos procedimentos
    coletivos ou individuais voltados aos usuários dos serviços de saúde. Suas atividades
    têm o propósito de promover o acesso e o uso racional de medicamentos. Desta forma,
    não ficando restrita às etapas de logística de medicamentos, preocupando-se também
    com a qualificação do acesso aos mesmos, o que envolve a dispensação adequada, o
    cuidado em saúde ofertado e a qualificação dos serviços. Uma das condições básicas
    para proporcionar a qualificação do acesso e promover o uso racional dos
    medicamentos é garantir, no sistema de saúde, farmácias/ unidades dispensadoras de
    medicamentos adequadas, planejadas e capazes de oferecer condições de acolhimento,
    além de possuir um ambiente que facilite o diálogo entre o farmacêutico e o usuário,
    que garanta aos medicamentos a manutenção de sua integridade física e química e
    proporcione boas condições de trabalho àqueles que realizam o atendimento. Mudanças
    na estrutura física, que garantam a estabilidade físico-química dos medicamentos são
    indispensáveis, além da organização do processo de trabalho e o cumprimento das boas
    práticas. Este projeto de pesquisa tem como objetivo analisar o cumprimento das boas
    práticas de armazenamento, dispensação, distribuição e transporte de medicamentos
    em farmácias/UDMs e CAFs no SUS. Trata-se de uma revisão integrativa, com coleta
    de dados a partir de fontes secundárias, utilizando a estratégia PICO para elaboração
    da pergunta norteadora da pesquisa e auxílio na construção da estratégia de busca, o
    gerenciador de referências Mendeley no processo de organização e triagem dos artigos
    e Fluxograma Prisma e Licidchart para ilustração do processo de busca nas bases de
    dados selecionadas e construção da amostra.

2023
Dissertações
1
  • HINGRID WANDILLE BARROS DA SILVA SÁ
  • COVID-19 EM GESTANTES: CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS, DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E ASSOCIAÇÃO COM A VULNERABILIDADE SOCIAL. PERNAMBUCO, BRASIL, 2020-2021.

  • Orientador : CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
  • MEMBROS DA BANCA :
  • AMANDA PRISCILA DE SANTANA CABRAL SILVA
  • CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
  • GABRIELLA MORAIS DUARTE MIRANDA
  • Data: 27/02/2023

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  • Analisar as características epidemiológicas, a distribuição espacial e a associação dos indicadores de vulnerabilidade social na incidência dos casos de gestantes com COVID-19 no estado de Pernambuco, no período de 2020-2021. Método: Trata-se de um estudo ecológico. A fonte de dados são os Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe, o e-SUS Notifica, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Cadastro Nacional de Estabelecimentos, o Banco de Dados do estado de Pernambuco, o e-Gestor Atenção Básica e o DataSUS. A análise descritiva foi computada as frequências absolutas e relativas das variáveis em análise. A análise espacial foi feita pela estatística Scan, método de varredura espacial. O modelo de regressão Zero Adjustment Gamma foi usado para identificar se os indicadores de vulnerabilidade social afetavam a taxa de casos graves de COVID-19 em mulheres grávidas. Resultados: foram registrados: 4.121 casos de gestantes com COVID-19, desses 3.646 com manifestações clínicas leves e 475 casos com sintomas graves. Os municípios da Região Metropolitana do Recife apresentaram um maior número de notificações de casos graves de gestantes  com COVID-19, a raça/cor da pele predominante tanto para casos leves quanto para casos graves    foi a parda. A maioria (97,3%) das gestantes graves com COVID-19 foram hospitalizadas. Fizeram uso invasivo de suporte ventilatório 130 grávidas (27,4%) e 25 gestantes (5,3%) evoluíram para óbito. Na análise espacial: quatro clusters para casos leves, tendo o risco relativo de 3,13. Para casos graves evidenciou-se um cluster concentrado na Região Metropolitana do Recife e teve o seu risco relativo diminuído, no valor de 2,12. Para análise de regressão mostrou-se que: a cada 1% de taxa de analfabetismo  há um aumento relativo na taxa média de gestantes graves com COVID-19. Conclusão: o estudo demonstrou a autocorrelação espacial positiva da distribuição da gestantes com COVID-19 e da taxa de incidência entre os municípios de Pernambuco. Em relação aos indicadores de vulnerabilidade social, observou-se uma relação entre as desigualdades sociais e a carga da COVID-19 entre mulheres grávidas e puérperas na região estudada.


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  • A pandemia da COVID-19 ocasionou várias dificuldades no mundo com a sua elevada transmissibilidade e, consequentemente, sua morbimortalidade. O objetivo dessa pesquisa é analisar as características epidemiológicas e a distribuição espacial das gestantes com COVID-19 no estado de Pernambuco, no período de 2020-2021. Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo ecológico, com abordagem descritiva e analítica. A unidade de análise será constituída pelos municípios do estado de Pernambuco. Para isso, serão utilizados dados provenientes do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe, do Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos e das planilhas de monitoramento dos casos e óbitos por COVID-19. Será feita a análise desses bancos. A análise de estatística descritiva: distribuição de frequências, medidas de tendência central e dispersão. Análise espacial para a apresentação de dados cartográficos e construção de mapas temáticos. A autocorrelação espacial univariada será avaliada pelo índice global de Moran, para verificar se a distribuição dos casos de gestantes com COVID-19 no espaço ocorrem de forma aleatória ou seguem algum padrão.

    Espera-se que os resultados do estudo contribuam para vigilância dos casos de COVID-19 em gestantes, que possa subsidiar para orientação de políticas públicas e reorganização da rede de assistência.

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  • WELLINGTON BRUNO ARAUJO DUARTE
  • EFEITO CUMULATIVO DOS TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS NAS TENTATIVAS DE SUICÍDIO NA GESTAÇÃO E SETE A NOVE ANOS APÓS O PARTO: UM ESTUDO DE COORTE COM MULHERES DO RECIFE.

  • Orientador : ANA BERNARDA LUDERMIR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA BERNARDA LUDERMIR
  • ELISABETE PEREIRA SILVA
  • THALIA VELHO BARRETO DE ARAUJO
  • Data: 27/02/2023

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  • Há escassez de dados globais sobre a tentativa de suicídio (TS) e, quando existem, são de baixa confiabilidade. A maior frequência de adoecimento mental coloca as mulheres em maior risco às TS. Os transtornos mentais (TM) estão em primeiro lugar na carga global de doenças em termos de anos vividos com incapacidade (AVI). Entre os problemas de saúde mental que mais acometem mulheres está o transtorno mental comum (TMC), levando a prejuízos funcionais e psicossociais. O objetivo desta pesquisa foi investigar o impacto dos TMC na gravidez e sete a nove anos após o parto para a TS em mulheres cadastradas na Estratégia de Saúde da Família (ESF) no Recife, Pernambuco, Brasil. Este é um estudo de coorte prospectivo que engloba as etapas I e III de uma coorte maior, composta de três etapas. Foram incluídas 631 mulheres adultas. A prevalência de TMC na gestação e a incidência sete a nove anos após o parto (terceira etapa) foram, respectivamente, 19,5% (n= 123) e 12,4% (n= 78). A incidência da TS na terceira etapa foi de 10,4% (n= 65). A análise multivariada demonstrou efeito cumulativo dos TMC para a TS: TMC só na gestação (OR 5,0; IC 95% 2,0-12,4); só na terceira etapa (OR 4,9; IC 95% 1,9-12,7); e nos dois momentos (OR 5,2; IC95% 2,1-12,6). O acúmulo de episódios de TMC em mulheres aumenta a chance de TS.


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  • Segundo a nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID 11) o suicídio está entre as causas externas de morbimortalidade como uma forma intencional de autolesão a fim de causar a própria morte (WHO, 2019a). Aproximadamente 800.000 pessoas se matam anualmente no mundo, entre muitas que tentam suicídio, o que significa uma morte a cada 40 segundos (WHO, 2019b).

    Sabe-se que a maior frequência de problemas de saúde mental entre mulheres colocam-nas em posição de maior risco ao comportamento suicida e que elas tentam mais suicídio do que os homens, os quais têm mais êxito para acabar com a própria vida (BAHIA ET AL., 2017)

    Os transtornos mentais são responsáveis pela grande maioria dos suicídios e tentativas de suicídio, sendo a prevalência pelo menos 10 vezes mais alta do que na população em geral. A porcentagem de suicídios neste contexto varia entre 60% e 98% de todos os suicídios. (BACHMANN, 2018).

    Além dos transtornos mentais graves e historicamente reconhecidos, há também sintomas mentais como insônia, cansaço, queixas somáticas difusas, esquecimento, dificuldade de concentração, irritabilidade, entre outras, que foram denominados por Goldberg & Huxley (1992) pela expressão Transtorno Mental Comum (TMC).

    O objetivo geral deste estudo é investigar o impacto isolado e cumulativo dos transtornos mentais comuns para a tentativa de suicídio na gestação e sete anos após o parto em uma coorte de mulheres cadastradas na Estratégia de Saúde da Família em Recife, Pernambuco.

    Este é um estudo de coorte prospectivo que engloba as etapas 1 e 3 de um estudo de coorte maior conduzido entre 2005 e 2014, composto de 3 etapas, realizado no Distrito II (DS II) da cidade do Recife, situado na região Norte do município. A população de base do estudo é composta por todas as 1.133 mulheres cadastradas na Estratégia da Saúde da Família (ESF) do DS II. A coleta de dados se eu por questionários elaborados tendo como referência o Questionário da Mulher do Estudo Multipaíses sobre a Saúde da Mulher e Violência Doméstica da Organização Mundial da Saúde (SCHRAIBER et al., 2007). A Variável independente será o Transtorno mentail comum. Já a variável dependente será a tentativa de suicídio. A entrada de dados será realizada no Programa Epi-Info versão 3.5.4, através de entrada dupla de dados e por digitadores diferentes. Posteriormente, o aplicativo Validate será utilizado para checar os erros de digitação, sendo realizadas a limpeza e verificação da consistência dos dados. A análise estatística será realizada no programa Stata versão 13.1 para Windows. Inicialmente será feita a descrição da amostra pelas variáveis estudadas, além de estimadas a prevalência dos TMC e a prevalência e incidência da Tentativa de suicídio nas mulheres. O cálculo da prevalência dos TMC maternos será realizado considerando todos os casos de TMC na gestação e sete anos após o parto. O cálculo da incidência da TS será realizado considerando todos os casos novos sete anos após o parto. A associação entre a tentativa de suicídio (variável dependente) e os TMC das mulheres durante a gravidez e 7 anos após o parto (variável independente) será estimada pelo Risco Relativo bruto e ajustado. A significância estatística será avaliada pelo teste do Qui-quadrado, considerando o intervalo de confiança a 95% e o valor do p < 0,05. A regressão de Poisson será utilizada para analisar a independência da associação dos TM com a tentativa de suicídio. As co-variáveis incluídas no modelo serão aquelas descritas na literatura como potenciais fatores de confusão e que, no presente estudo, mostrarem-se associadas com os TMC e com a tentativa

    de suicídio com valor de P < 0,10.

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  • PEDRO HENRIQUE BANDEIRA DE OLIVEIRA MARQUES
  • Estratégia de Planificação da Atenção à Saúde (Estratégia PAS):

    Análise de indicadores das linhas de cuidado de Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus em duas regiões de Saúde do Distrito Federal (2010-2021)

     

  • Orientador : PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALBANITA GOMES DA COSTA DE CEBALLOS
  • LUCIANA SANTOS DUBEUX
  • PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
  • Data: 27/02/2023

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  • A planificação das ações em saúde no Distrito Federal é uma estratégia que busca a organização dos processos de trabalho por meio de ações educativas voltadas para a linha de cuidado de diabetes mellitus de hipertensão arterial sistêmica. O presente trabalho segue a metodologia de estudos ecológicos, com abordagem quantitativa. Este trabalho tem como objetivo analisar comparativamente os indicadores de morbimortalidade por HAS e DM em duas regiões de saúde do Distrito Federal. A região que passou pela planificação apresentou melhoras significativas nos indicadores de mortalidade por diabetes e menores taxas de internamento quando comparada a região não planificada. Diversos autores relatam melhorias nos indicadores de saúde ligados à linha de cuidado selecionada em regiões que passaram pelo processo de planificação, principalmente aqueles referentes a diabetes mellitus e suas complicações. A intervenção proposta tem potencial para impactar positivamente em indicadores analisados, porém, são necessários avanços e tempo para que esses impactos possam ser visualizados com mais clareza.


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  • A planificação das ações em saúde no Distrito Federal é uma estratégia que busca a organização dos processos de trabalho por meio de ações educativas voltadas para a linha de cuidado de diabetes mellitus de hipertensão arterial sistêmica. O presente trabalho segue a metodologia de estudos ecológicos, com abordagem quantitativa. Este trabalho tem como objetivo analisar comparativamente os indicadores de morbimortalidade por HAS e DM em duas regiões de saúde do Distrito Federal. A região que passou pela planificação apresentou melhoras significativas nos indicadores de mortalidade por diabetes e menores taxas de internamento quando comparada a região não planificada. Diversos autores relatam melhorias nos indicadores de saúde ligados à linha de cuidado selecionada em regiões que passaram pelo processo de planificação, principalmente aqueles referentes a diabetes mellitus e suas complicações. A intervenção proposta tem potencial para impactar positivamente em indicadores analisados, porém, são necessários avanços e tempo para que esses impactos possam ser visualizados com mais clareza.

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  • DANILO RODRIGUES DE SOUZA ALMEIDA
  • Avaliação Normativa dos Centros de Especialidades Odontológicas do Brasil

  • Orientador : PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALBANITA GOMES DA COSTA DE CEBALLOS
  • CLAUDIA FLEMMING COLUSSI
  • PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
  • Data: 27/02/2023

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  • O objetivo desse estudo foi avaliar normativamente os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) e investigar a relação com aspectos do serviço e do contexto. O estudo foi do tipo normativo, quantitativo, descritivo e analítico a partir de dados da Avaliação Externa do 2º ciclo do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade dos CEO. 1026 CEO foram avaliados por Modelo Lógico com Dimensões (Estrutural/E; Organizacional/O; Produção/P), Subdimensões (Recursos humanos/RH; Recursos estruturais/RE; Atividades desenvolvidas/AD; Acessibilidade/AC; Referência e contrarreferência/RCR; Produtividade/PR) e Indicadores que são classificados em ruim/regular/bom. Foram calculadas as frequências absolutas e relativas oriundas das classificações a partir do Modelo (classificação dos indicadores; das subdimensões; das dimensões; e geral dos CEO). Em seguida, foi realizada uma análise multivariada para avaliar o conjunto de variáveis do serviço (Tipo do CEO; Gerente de CEO; Tempo do Gerente no Cargo; Qualificação do Gerente; planejamento realizado) e do contexto (Região Geográfica; Porte populacional; IDH; Cobertura Saúde Bucal em Saúde da Família) que constituíam os preditores explicativos para a variável dependente “Classificação das subdimensões”. Nessa etapa, foram consideradas apenas regular/bom para RH/RE/AD/AC/RCR e ruim/regular/bom para PR. Utilizou-se a modelagem “Modelos Lineares Generalizados”, para avaliar os efeitos dos potenciais preditores sobre a variável resposta, e a Regressão de Poisson com variância robusta, para avaliar a capacidade explicativa do modelo com base no Intervalo de Confiança. Considerou-se o nível de significância estatística em 5%. A maioria dos CEO foi avaliado como regular (41,10%). A dimensão mais bem avaliada foi E (86,50% avaliado como bom), seguida de O (58,70%) e P (10,90%). A subdimensão mais bem avaliada foi RE (86,90%), seguida de AC (81,40%), AD (66,20%), RH (58,90%), RCR (58,70%) e PR (10,90%). Todas as subdimensões foram associadas significativamente a fatores do serviço e do contexto, com exceção de AC, associada somente a um fator do serviço. Para RE, foram associados fatores de risco (Região Norte e maior cobertura) e de proteção (Gerente qualificado e planejamento realizado) para classificação regular. Para AC, foi associado fator de proteção (tempo do Gerente<1 ano) para classificação regular. Para AD, foram associados fatores de risco (Região Centro-oeste, Gerente qualificado e planejamento realizado) e de proteção (Tipos de CEO 1 e 2) para classificação bom; fatores de risco (Tipos 1 e 2) e de proteção (Região Centro-oeste, Gerente qualificado e planejamento realizado) para classificação regular. Para RH, foram associados fatores de proteção (menor porte populacional e Tipo 1) para classificação bom; fatores de risco (Tipo 1) e de proteção (Gerente qualificado e planejamento realizado) para classificação regular. Para RCR, foram associados fatores de proteção (Regiões Nordeste, Norte e Sudeste e menor porte) para classificação bom; fatores de risco (Regiões Nordeste, Norte e Sudeste, menor porte e Gerente qualificado) para classificação regular. Para PR, foi associado fator de risco (Região Norte) para classificação bom; fatores de risco (Gerente qualificado) e de proteção (Região Nordeste e menor porte populacional) para classificação regular; fatores de fatores de risco (Região Nordeste e menor porte populacional) e de proteção (Gerente qualificado) para classificação ruim.


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  • O objetivo desse estudo foi avaliar normativamente os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) e investigar a relação com aspectos do serviço e do contexto. O estudo foi do tipo normativo, quantitativo, descritivo e analítico a partir de dados da Avaliação Externa do 2º ciclo do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade dos CEO. 1026 CEO foram avaliados por Modelo Lógico com Dimensões (Estrutural/E; Organizacional/O; Produção/P), Subdimensões (Recursos humanos/RH; Recursos estruturais/RE; Atividades desenvolvidas/AD; Acessibilidade/AC; Referência e contrarreferência/RCR; Produtividade/PR) e Indicadores que são classificados em ruim/regular/bom. Foram calculadas as frequências absolutas e relativas oriundas das classificações a partir do Modelo (classificação dos indicadores; das subdimensões; das dimensões; e geral dos CEO). Em seguida, foi realizada uma análise multivariada para avaliar o conjunto de variáveis do serviço (Tipo do CEO; Gerente de CEO; Tempo do Gerente no Cargo; Qualificação do Gerente; planejamento realizado) e do contexto (Região Geográfica; Porte populacional; IDH; Cobertura Saúde Bucal em Saúde da Família) que constituíam os preditores explicativos para a variável dependente “Classificação das subdimensões”. Nessa etapa, foram consideradas apenas regular/bom para RH/RE/AD/AC/RCR e ruim/regular/bom para PR. Utilizou-se a modelagem “Modelos Lineares Generalizados”, para avaliar os efeitos dos potenciais preditores sobre a variável resposta, e a Regressão de Poisson com variância robusta, para avaliar a capacidade explicativa do modelo com base no Intervalo de Confiança. Considerou-se o nível de significância estatística em 5%. A maioria dos CEO foi avaliado como regular (41,10%). A dimensão mais bem avaliada foi E (86,50% avaliado como bom), seguida de O (58,70%) e P (10,90%). A subdimensão mais bem avaliada foi RE (86,90%), seguida de AC (81,40%), AD (66,20%), RH (58,90%), RCR (58,70%) e PR (10,90%). Todas as subdimensões foram associadas significativamente a fatores do serviço e do contexto, com exceção de AC, associada somente a um fator do serviço. Para RE, foram associados fatores de risco (Região Norte e maior cobertura) e de proteção (Gerente qualificado e planejamento realizado) para classificação regular. Para AC, foi associado fator de proteção (tempo do Gerente<1 ano) para classificação regular. Para AD, foram associados fatores de risco (Região Centro-oeste, Gerente qualificado e planejamento realizado) e de proteção (Tipos de CEO 1 e 2) para classificação bom; fatores de risco (Tipos 1 e 2) e de proteção (Região Centro-oeste, Gerente qualificado e planejamento realizado) para classificação regular. Para RH, foram associados fatores de proteção (menor porte populacional e Tipo 1) para classificação bom; fatores de risco (Tipo 1) e de proteção (Gerente qualificado e planejamento realizado) para classificação regular. Para RCR, foram associados fatores de proteção (Regiões Nordeste, Norte e Sudeste e menor porte) para classificação bom; fatores de risco (Regiões Nordeste, Norte e Sudeste, menor porte e Gerente qualificado) para classificação regular. Para PR, foi associado fator de risco (Região Norte) para classificação bom; fatores de risco (Gerente qualificado) e de proteção (Região Nordeste e menor porte populacional) para classificação regular; fatores de fatores de risco (Região Nordeste e menor porte populacional) e de proteção (Gerente qualificado) para classificação ruim.

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  • NÍCOLAS AUGUSTO ALVES DANIEL
  • ANÁLISE DA IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS DO RECIFE (2012-2022)                                                           

     

  • Orientador : MARIA BEATRIZ LISBOA GUIMARAES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAMILA PEREIRA ABAGARO
  • ISLANDIA MARIA CARVALHO DE SOUSA
  • MARIA BEATRIZ LISBOA GUIMARAES
  • Data: 17/03/2023

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  • O município do Recife vem implementando desde 2004 práticas contra-hegemônicas com o intuito de melhorar a qualidade de vida e estabelecer um contexto de humanização terapêutico e integral. Em 2012 foi publicada a Portaria nº 102/2012 que institucionaliza a Política Municipal de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PMPICS), desde então, outros acontecimentos e novas frentes de atuação foram implementadas, diferenciando-se do conteúdo proposto pela portaria. O presente estudo de natureza qualitativa, exploratória-descritiva, de caráter analítico, realizou uma análise documental e entrevistas com atores-chave para analisar a implementação da PMPICS a partir da institucionalização da mesma. Utilizou como as principais referências metodológicas o modelo de Walt e Gilson e o ciclo das políticas no que se refere à montagem da agenda e ao processo de implementação. Os resultados demonstram que a gestão municipal não vem priorizando as pautas das práticas integrativas, dificultando a realização de projetos que exigem um maior poder decisório para concretização. Apesar da PMPICS ocupar este lugar desfavorável, a mesma dispõe de uma maior liberdade nos seus processos de trabalho, adaptando-se às necessidades do serviço e realizando projetos que estão ao seu alcance.

     

     

     


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  • O município do Recife vem implementando desde 2004 práticas contra-hegemônicas com o intuito de melhorar a qualidade de vida e estabelecer um contexto de humanização terapêutico e integral. Em 2012 foi publicada a Portaria nº 102/2012 que institucionaliza a Política Municipal de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PMPICS), desde então, outros acontecimentos e novas frentes de atuação foram implementadas, diferenciando-se do conteúdo proposto pela portaria. O presente estudo de natureza qualitativa, exploratória-descritiva, de caráter analítico, realizou uma análise documental e entrevistas com atores-chave para analisar a implementação da PMPICS a partir da institucionalização da mesma. Utilizou como as principais referências metodológicas o modelo de Walt e Gilson e o ciclo das políticas no que se refere à montagem da agenda e ao processo de implementação. Os resultados demonstram que a gestão municipal não vem priorizando as pautas das práticas integrativas, dificultando a realização de projetos que exigem um maior poder decisório para concretização. Apesar da PMPICS ocupar este lugar desfavorável, a mesma dispõe de uma maior liberdade nos seus processos de trabalho, adaptando-se às necessidades do serviço e realizando projetos que estão ao seu alcance.

     

     

     

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  • LUCAS RAFAEL BORGES SANTOS
  • Ações de Educação Permanente desenvolvidas pelas equipes dos centros de especialidades odontológicas do Brasil em 2014 e 2018

  • Orientador : PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GABRIELLA MORAIS DUARTE MIRANDA
  • JOSÉ EUDES DE LORENA SOBRINHO
  • PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
  • Data: 31/03/2023

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  • A valorização profissional sempre figurou como um tema caro desde a gênese do Sistema Único de Saúde (SUS), o inciso III do artigo 200 da constituição federal constitui base legal para o ordenamento da formação de recursos humanos para o sistema. Em vista disso, a política nacional de saúde bucal (PNSB) ao ser publicada reitera a necessidade da reorientação do modelo de atenção em saúde bucal sendo uma das diretrizes para alcançar esse fim a definição de uma política de educação permanente (EP) para os trabalhadores em saúde bucal a fim de qualificar o trabalho e práticas de gestão no segmento da saúde. Desse modo, o presente estudo objetivou descrever as ações de educação permanente desenvolvidas pelas equipes dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) do Brasil em 2014 e 2018. Foi desenvolvido estudo quantitativo, descritivo com dados secundários nacionais de domínio público. Consideraram-se todos os CEO incluídos na Avaliação Externa dos 2 Ciclos do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade de Centros de Especialidades Odontológicas

    (AE-PMAQ-CEO) e que responderam os Módulos II, perfazendo 930 CEO (2014) de 766 municípios e 1042 CEO (2018) de 778 municípios. As informações referentes às ações de educação permanente procederam da AE-PMAQ-CEO. As variáveis exploratórias utilizadas foram as socioeconômicas: IDHM, índice gini, população residente no município, oriundas do TABNET/DATASUS, assim como de provisão de serviços odontológicos: a cobertura das equipes de saúde bucal (COBESB) e cobertura de saúde bucal pela atenção básica, provenientes do consolidado do Sistema de Informações em saúde para Atenção Básica – SISAB através da plataforma e-gestor AB e variáveis estruturais dos estabelecimentos: tipo de CEO, obtido através do Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES). Foi testada a associação entre as ações de EP e as variáveis exploratórias utilizando-se o qui-quadrado de Pearson, teste exato de fisher e Mann Whitney, considerado o nível significância de 5%. Comparando-se entre 2014 e 2018 o número de CEO que realizaram ações de EP aumentou significativamente, dos CEO que realizam ações de EP foi encontrada associação positiva com a cobertura de saúde bucal. Das ações de EP realizadas cursos presenciais e troca de experiência mantiveram associação positiva com IDHM, COBESB e COBESB pela atenção básica dos municípios, já a prática de telessaúde apenas teve associação com IDHM. Para os CEO que relataram as ações de EP contemplar as necessidades dos serviços a associação foi positiva com 5 variáveis: índice gini, cobertura de saúde bucal e cobertura pela 

    atenção básica, população dos municípios e tipo de CEO. Constatou-se maior adesão das equipes dos CEO às ações de EP em 2018, a prática mais relatada é a de troca de experiência/discussão de casos, a utilização da telessaúde apresentou tímido crescimento, e a maioria das equipes relata que as ações desenvolvidas contemplam as necessidades dos CEO, fortalecendo assim a formação e valorização profissional dos trabalhadores em saúde bucal do SUS.


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  • A valorização profissional sempre figurou como um tema caro desde a gênese do Sistema Único de Saúde (SUS), o inciso III do artigo 200 da constituição federal constitui base legal para o ordenamento da formação de recursos humanos para o sistema. Em vista disso, a política nacional de saúde bucal (PNSB) ao ser publicada reitera a necessidade da reorientação do modelo de atenção em saúde bucal sendo uma das diretrizes para alcançar esse fim a definição de uma política de educação permanente (EP) para os trabalhadores em saúde bucal a fim de qualificar o trabalho e práticas de gestão no segmento da saúde. Desse modo, o presente estudo objetivou descrever as ações de educação permanente desenvolvidas pelas equipes dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) do Brasil em 2014 e 2018. Foi desenvolvido estudo quantitativo, descritivo com dados secundários nacionais de domínio público. Consideraram-se todos os CEO incluídos na Avaliação Externa dos 2 Ciclos do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade de Centros de Especialidades Odontológicas

    (AE-PMAQ-CEO) e que responderam os Módulos II, perfazendo 930 CEO (2014) de 766 municípios e 1042 CEO (2018) de 778 municípios. As informações referentes às ações de educação permanente procederam da AE-PMAQ-CEO. As variáveis exploratórias utilizadas foram as socioeconômicas: IDHM, índice gini, população residente no município, oriundas do TABNET/DATASUS, assim como de provisão de serviços odontológicos: a cobertura das equipes de saúde bucal (COBESB) e cobertura de saúde bucal pela atenção básica, provenientes do consolidado do Sistema de Informações em saúde para Atenção Básica – SISAB através da plataforma e-gestor AB e variáveis estruturais dos estabelecimentos: tipo de CEO, obtido através do Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES). Foi testada a associação entre as ações de EP e as variáveis exploratórias utilizando-se o qui-quadrado de Pearson, teste exato de fisher e Mann Whitney, considerado o nível significância de 5%. Comparando-se entre 2014 e 2018 o número de CEO que realizaram ações de EP aumentou significativamente, dos CEO que realizam ações de EP foi encontrada associação positiva com a cobertura de saúde bucal. Das ações de EP realizadas cursos presenciais e troca de experiência mantiveram associação positiva com IDHM, COBESB e COBESB pela atenção básica dos municípios, já a prática de telessaúde apenas teve associação com IDHM. Para os CEO que relataram as ações de EP contemplar as necessidades dos serviços a associação foi positiva com 5 variáveis: índice gini, cobertura de saúde bucal e cobertura pela 

    atenção básica, população dos municípios e tipo de CEO. Constatou-se maior adesão das equipes dos CEO às ações de EP em 2018, a prática mais relatada é a de troca de experiência/discussão de casos, a utilização da telessaúde apresentou tímido crescimento, e a maioria das equipes relata que as ações desenvolvidas contemplam as necessidades dos CEO, fortalecendo assim a formação e valorização profissional dos trabalhadores em saúde bucal do SUS.

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  • ANGÉLIA MARQUES DOS ANJOS
  • Transtorno Mental Comum entre profissionais de fisioterapia em atendimento a pessoas com Covid-19 em Pernambuco: Prevalência e fatores associados.

  • Orientador : THALIA VELHO BARRETO DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA BERNARDA LUDERMIR
  • MARIA DE FATIMA PESSOA MILITAO DE ALBUQUERQUE
  • THALIA VELHO BARRETO DE ARAUJO
  • Data: 28/04/2023

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  • Este estudo teve por objetivo estimar a prevalência e analisar os fatores associados ao Transtorno Mental Comum (TMC) entre profissionais de fisioterapia trabalhando na linha de frente do cuidado a pessoas com COVID-19, em Recife e Região Metropolitana. Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo transversal realizado na linha de base de um estudo de coorte multicêntrico intitulado “Avaliação dos riscos e saúde mental de profissionais de saúde que cuidam de pessoas com COVID-19”, que envolveu quatro categorias profissionais:
    médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas. O estudo foi realizado com fisioterapeutas de Recife e Região Metropolitana, trabalhando no cuidado a pessoas suspeitas ou confirmadas para COVID-19. A coleta de dados foi realizada através de um questionário autoaplicável por meio de uma plataforma de tecnologia móvel especificamente desenvolvida para a pesquisa, com aplicação on-line. Para investigação de
    TMC foi utilizado o SRQ-20 (Self Reporting Questionnaire). As análises foram realizadas por meio dos softwares Epi Info 7.2 e SPSS versão 28. Foram entrevistados 203 fisioterapeutas, em sua maioria mulheres (73,7%), jovens e, predominantemente, sem comorbidade (80,0%). No modelo final da análise, mantiveram-se associados à TMC os seguintes fatores: sentimento de sobrecarga (OR 27,60; IC 95% (4,30 - 177,40); p = 0,001), uso de EPI na assistência (OR 3,52; IC 95% (1,60 – 7,75); p = 0,002), confiança na proteção (muito confiante OR 1; IC 95% (-); p = - ; confiante OR 0,55; IC 95% (0,21 - 1,40); p = 0,212; sem confiança OR 4,80; IC 95% (1,09 - 21,08); p = 0,038), sexo (homem OR 1; IC 95% (-), p = - ; mulher OR 3,60; IC 95% (1,51 – 8,60); p = 0,004) e idade (OR 0,90; IC 95% (0,82 – 0,98), p = 0,017). Através dos achados deste estudo, é possível observar uma relação entre sofrimento mental e alguns aspectos encontrados na vivência profissional dos fisioterapeutas no curso da epidemia por COVID-19.

     


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  • Este estudo tem como objetivo geral estimar a prevalência e analisar os fatores associados ao sofrimento mental comum entre profissionais de fisioterapia trabalhando na linha de frente do cuidado a pessoas com COVID-19, em Recife e Região Metropolitana. Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo transversal, de caráter exploratório, realizado a partir de dados da linha de base de um estudo de coorte multicêntrico intitulado “Avaliação dos riscos e saúde mental de profissionais de saúde que cuidam de pessoas com COVID-19”, que envolveu quatro categorias profissionais: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas. O presente estudo está focado na análise dos fisioterapeutas (categoria incluída no estudo maior apenas em Pernambuco). O estudo foi realizado com fisioterapeutas de Recife e Região Metropolitana, trabalhando no cuidado a pessoas suspeitas/confirmadas para COVID-19. A coleta de dados foi realizada através de um questionário autoaplicável por meio de uma plataforma de tecnologia móvel especificamente desenvolvida para a pesquisa, com aplicação on-line. Para investigação de Transtorno Mental Comum (TMC), variável de desfecho, foi utilizado o SRQ-20 (Self-Reporting Questionnaire). As análises foram realizadas por meio dos softwares Epi Info 7.2 e SPSS versão 28. Foram entrevistados 203 fisioterapeutas, em sua maioria mulheres (71,5%), jovens e predominantemente sem comorbidade (79,3%). No modelo final da análise, mantiveram-se associados à TMC os seguintes fatores: uso de EPI na assistência (OR 3,07, IC 95% (1,50-6,29), p = 0,0452), sentimento de sobrecarga (OR 14,45, IC 95% (1,73-120,16), p = 0,013), confiança na proteção (), idade (OR 0,90, IC 95% (0,84-0,97), p = 0,005), e, isolamento das pessoas/família (OR 2,51, IC 95% (1,16-5,45), p = 0,019). Através dos achados deste estudo, é possível observar uma relação entre sofrimento mental e alguns aspectos encontrados na vivência profissional dos fisioterapeutas estudados.

     

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  • THAYS DE MELO BEZERRA
  • REFLEXOS DO PAGAMENTO POR DESEMPENHO NA ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO ESTADO DA PARAÍBA.

  • Orientador : KEILA SILENE DE BRITO E SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAMILA PEREIRA ABAGARO
  • KEILA SILENE DE BRITO E SILVA
  • LUCIANO BEZERRA GOMES
  • Data: 10/05/2023

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  •  Objetivo Geral: Compreender a estratégia do pagamento por desempenho, por meio do PMAQ, na atuação dos profissionais da APS. Objetivos Específicos: Identificar a percepção dos profissionais de saúde sobre o pagamento por desempenho via PMAQ; Compreender a influência do incentivo financeiro sobre a atuação dos profissionais de saúde da ESF. Metodologia: Estudo de caso, qualitativo. O caso escolhido foi o estado da Paraíba, sendo selecionados doze municípios. Foram explorados os dados obtidos por meio de grupos focais realizados com os trabalhadores das ESFs. Sendo o uso da narrativa a estratégia de análise dos dados. Resultados: estranhamento dos trabalhadores diante do método avaliativo, considerado como um instrumento punitivo; desestímulo relacionado à instabilidade do recurso financeiro destinado aos profissionais; questões trabalhistas, sendo a principal reivindicação no discurso dos trabalhadores; melhora na ação de registrar e na organização do processo de trabalho; o estímulo à competitividade e rivalidade entre as equipes, gerando conflitos, sentimento de injustiça e sofrimento psicológico. Considerações Finais: Fica evidente que problemas macroestruturais do sistema de saúde brasileiro afetam as condições trabalhistas e consequentemente a motivação ao trabalho e que a modelagem P4P adotada não é suficiente para reverter tal cenário. Faz-se necessário o tensionamento para que pautas sobre métodos de estímulo ao trabalho, métodos avaliativos da APS, como também o fortalecimento da gestão de pessoas, sejam efetivamente debatidas nos espaços deliberativos do SUS.


  • Mostrar Abstract
  •  Objetivo Geral: Compreender a estratégia do pagamento por desempenho, por meio do PMAQ, na atuação dos profissionais da APS. Objetivos Específicos: Identificar a percepção dos profissionais de saúde sobre o pagamento por desempenho via PMAQ; Compreender a influência do incentivo financeiro sobre a atuação dos profissionais de saúde da ESF. Metodologia: Estudo de caso, qualitativo. O caso escolhido foi o estado da Paraíba, sendo selecionados doze municípios. Foram explorados os dados obtidos por meio de grupos focais realizados com os trabalhadores das ESFs. Sendo o uso da narrativa a estratégia de análise dos dados. Resultados: estranhamento dos trabalhadores diante do método avaliativo, considerado como um instrumento punitivo; desestímulo relacionado à instabilidade do recurso financeiro destinado aos profissionais; questões trabalhistas, sendo a principal reivindicação no discurso dos trabalhadores; melhora na ação de registrar e na organização do processo de trabalho; o estímulo à competitividade e rivalidade entre as equipes, gerando conflitos, sentimento de injustiça e sofrimento psicológico. Considerações Finais: Fica evidente que problemas macroestruturais do sistema de saúde brasileiro afetam as condições trabalhistas e consequentemente a motivação ao trabalho e que a modelagem P4P adotada não é suficiente para reverter tal cenário. Faz-se necessário o tensionamento para que pautas sobre métodos de estímulo ao trabalho, métodos avaliativos da APS, como também o fortalecimento da gestão de pessoas, sejam efetivamente debatidas nos espaços deliberativos do SUS.

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  • JOSE DE SIQUEIRA GONCALVES JUNIOR
  • O cuidado integral em saúde e seus modos de fazer junto a gestores de um
    município do interior Pernambucano.

  • Orientador : MARIA BEATRIZ LISBOA GUIMARAES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAMILA PEREIRA ABAGARO
  • DARLINDO FERREIRA DE LIMA
  • MARIA BEATRIZ LISBOA GUIMARAES
  • Data: 05/07/2023

  • Mostrar Resumo
  • Existem plurais formas de compreender o cuidado integral em saúde. A noção de cuidado se
    faz presente em vários elementos, desde a sua compreensão teórica à sua prática. O
    presente artigo objetiva discutir as compreensões de gestores da saúde pública em um
    município do Nordeste Brasileiro. Tratou-se de um estudo com abordagem qualitativa do
    tipo descritiva e exploratória. Quanto à coleta de dados, foi realizada a partir do método
    cartográfico. Entrevistou-se nove indivíduos assumindo cargos de coordenação de políticas
    e programas da saúde no Departamento de Atenção à Saúde de uma secretaria municipal
    de saúde de uma cidade do interior pernambucano situada à 45km da capital do estado. O
    período das entrevistas aconteceu entre outubro e dezembro de 2022. O instrumento de
    coleta foi viabilizado a partir de entrevista semiestruturada. O aprofundar metodológico,
    relativo à análise dos dados, se apoiou na análise de conteúdo proposta por Bardin
    possibilitando a identificação dos sentidos e significados imersos no diálogo. A partir dessa
    pesquisa foi possível ter contato com as expressões do cuidado manifestas por esses
    gestores. Há cuidado na hora de acolher, de escutar, de dialogar, de lidar consigo mesmo,
    com seus familiares e com as coisas do mundo da vida. Há uma perspectiva diferenciada ao
    compreender o cuidar de si enquanto dimensão essencial para cuidar do outro e o cuidar do
    outro pode ser uma via para o autocuidado. Também há cuidado no momento de manusear
    sistemas de informação em saúde por lidar com dados que também orientam práticas em
    saúde ou que podem interferir no financiamento dos serviços. Assim como, existe cuidado
    na hora das trocas e diálogos com os diversos atores do SUS, considerando seus conflitos,
    negociações e tensionamentos. Esse movimento pendular do cuidado, acontece na vida dos
    gestores nem sempre de forma saudável, pois a dedicação exagerada à gestão dos serviços
    de saúde tem potencial de desequilibrar a dinâmica do cuidar de si para cuidar do outro,
    passando a cuidar demasiadamente dos outros e esquecer de cuidar de si. Contudo, é
    possível evidenciar o cuidado no âmbito de uma secretaria municipal de saúde, o cuidado se
    faz presente nesse espaço.


  • Mostrar Abstract
  • Existem plurais formas de compreender a integralidade do cuidado em saúde. Essas concepções voltam-se, em geral, à constituição e articulação dos serviços e práticas em saúde, ao entendimento da integralidade enquanto fundamento do direito à saúde, à noção da integralidade enquanto princípio norteador da elaboração de políticas públicas em saúde, à articulação dos saberes, ao trabalho interprofissional e às inter-relações entre as dimensões biopsicossociais e espirituais humanas. O presente estudo trará uma abordagem diferenciada acerca da integralidade do cuidado ao trabalhar a concepção do saber-fazer do cuidado de si em interface ao cuidado com o outro na perspectiva da gestão em saúde. O presente estudo consiste em um trabalho com abordagem qualitativa do tipo descritiva e exploratória que objetiva analisar as concepções de integralidade do cuidado em saúde e seus modos de fazer presença junto a gestores de um município do interior pernambucano.  O público da pesquisa será composto pelos coordenadores de programas e políticas de atenção à saúde, pois estão diretamente ligados às atividades relacionadas ao cuidado. A coleta de dados será realizada por meio de entrevista semiestruturada e ainda será utilizado diário de campo como instrumento de apoio para estruturação de informações e, posteriormente, suas devidas análises. A análise dos dados se apoiará na análise de conteúdo proposta por Bardin, possibilitando a identificação dos sentidos e significados que estarão imersos no diálogo.

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  • JULIANNE DAMIANA DA SILVA VICENTE
  • Sobrevida de Pessoas Idosas vivendo com HIV/Aids no município do Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, Brasil.

  • Orientador : GABRIELLA MORAIS DUARTE MIRANDA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALBANITA GOMES DA COSTA DE CEBALLOS
  • GABRIELLA MORAIS DUARTE MIRANDA
  • VANESSA DE LIMA SILVA
  • Data: 10/07/2023

  • Mostrar Resumo
  • A infecção causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e a evolução para a
    Síndrome da Imunodeficiência Humana (AIDS), consistem em problemas de grande
    relevância para a saúde pública em todo o mundo. Embora os idosos correspondam a uma
    menor proporção entre as faixas etárias acometidas, tem ocorrido um aumento significativo
    na incidência nos últimos anos. A partir disso, esse estudo caracterizou a sobrevida de
    pessoas idosas com HIV/Aids acompanhadas no Serviço de Atenção Especializada do
    município do Jaboatão dos Guararapes, no período de 2006 a 2021. Trata-se de um estudo
    quantitativo, observacional e longitudinal de caráter analítico, a partir de uma coorte
    retrospectiva fixa de 116 pessoas idosas acometidas pelo vírus HIV. O cálculo da sobrevida
    foi realizado pelo estimador de Kaplan-Meier. Utilizou-se o Hazard Ratio para associação
    entre grupos, e o teste de Log-Rank para a comparação das curvas de sobrevida. Para a
    associação das variáveis com a sobrevida foi aplicado o modelo de Cox. A maioria dos idosos
    tinha entre 60 e 69 anos, era do sexo masculino, teve o diagnóstico antes dos 60 anos, não
    havia apresentado internação hospitalar, não possuía registro de doenças oportunistas, não
    tinha falha terapêutica e trocou o esquema durante o seguimento. Ao final, somente a
    variável relacionada à internação apresentou-se como significativa, no qual a ausência de
    internação foi fator protetor para sobrevida. Vale salientar que dos 116 idosos que
    compuseram o grupo de estudo, apenas 09 (7,8%) foram a óbito por causas relacionadas ao
    HIV. O tempo média de sobrevida foi de 76,5 meses. Nos doze primeiros meses estudados
    ocorreram 44,4% dos óbitos e a probabilidade de sobrevivência foi de 96,4%. Em suma, esta
    pesquisa trouxe consigo subsídios que podem contribuir para identificar a necessidade de
    implantação de novas fontes de monitoramento de informações para o atendimento dos
    usuários do serviço especializado em questão. Dessa forma, visando aperfeiçoar a
    assistência das pessoas idosas que vivem com HIV acompanhadas ambulatorialmente, assim
    como uma melhoria do preenchimento dos dados epidemiológicos e clínicos, embasando
    futuras intervenções e ações assistenciais. Observou-se ainda uma baixa mortalidade por
    causas relacionadas ao HIV, o que aponta para a importância do programa de controle, mas
    também demonstra a necessidade de um cuidado que considere as vulnerabilidades e
    subjetividades das pessoas idosas que vivem e convivem com HIV.


  • Mostrar Abstract
  • A infecção causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e a evolução para a Síndrome da Imunodeficiência Humana (AIDS), consistem em problemas de grande relevância para a saúde pública em todo o mundo. Embora os idosos correspondam a uma proporção menor entre as faixas etárias infectadas, tem ocorrido um aumento significativo na incidência nos últimos anos. A ampliação do número de casos na população idosa relaciona-se a alguns elementos, como o prolongamento da sobrevida devido à terapia antirretroviral. A partir disso, este estudo objetiva analisar a sobrevida de pacientes idosos com HIV/AIDS, segundo aspectos sociodemográficos e clínicos, acompanhados em um Serviço de Atenção Especializada (SAE), no município do Jaboatão dos Guararapes, no estado de Pernambuco, Brasil. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo-analítico, observacional e longitudinal, a partir de uma coorte retrospectiva fixa de idosos infectados pelo vírus HIV, no período de janeiro de 2006 a 31 de dezembro de 2021. Os dados serão coletados a partir dos prontuários de acompanhamento de consulta, bem como de planilhas preenchidas diariamente pela equipe do SAE, apresentadas em programa Microsoft Excel. Serão incluídos no estudo todos os prontuários dos idosos acompanhados no período previamente definido, assim como todos os pacientes idosos com acompanhamento ativo e/ou já encerrados, seja por motivo de alta, transferência, abandono ou óbito. Serão excluídos da pesquisa todos os pacientes idosos que deram entrada no SAE após dezembro de 2021, registros duplicados ou com informações ilegíveis no prontuário. O processo de coleta de dados ocorrerá in loco. Na análise de sobrevida para as medidas de associação entre grupos, será utilizado o Hazard Ratio (HR), e o cálculo se dará pelo método Kaplan-Meier. Por se tratar de dados envolvendo seres humanos, serão seguidos todos os critérios demandados pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, e o projeto será submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco. Trata-se de um estudo que possibilitará compreender o perfil dos idosos vivendo com HIV, uma vez que avaliar a qualidade de vida é fundamental, principalmente pela evolução da infecção, aumento da sobrevida e convívio com esse vírus estigmatizante perante a sociedade.

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  • GINNA FLÁVIA PEREIRA DE PAULA
  • CARACTERÍSTICAS, TENDÊNCIA TEMPORAL E FLUXOS ASSISTENCIAIS DAS INTERNAÇÕES
    HOSPITALARES POR COVID-19 EM IDOSOS RESIDENTES EM PERNAMBUCO. 2020-2022

  • Orientador : GABRIELLA MORAIS DUARTE MIRANDA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GABRIELLA MORAIS DUARTE MIRANDA
  • AMANDA PRISCILA DE SANTANA CABRAL SILVA
  • MIRELLA BEZERRA RODRIGUES VILELA
  • Data: 19/07/2023

  • Mostrar Resumo
  • Com a emergência sanitária causada pela COVID-19, as populações mais acometidas foram os
    idosos e pessoas que apresentam condições crônicas, como a hipertensão, doenças
    cardiovasculares e diabetes. As informações sobre o perfil epidemiológico da pandemia no
    seu primeiro ano demonstraram que os idosos eram o grupo populacional de maior risco para
    as internações e óbitos. essa pesquisa teve por objetivo analisar as características, a tendência
    temporal e os fluxos assistenciais das internações hospitalares por COVID-19 em idosos
    residentes em Pernambuco entre 2020 e 2022. Trata-se de um estudo ecológico misto,
    realizado no estado da Pernambuco, das internações realizadas por COVID-19 em idosos
    residentes no estado, durante o período de 2020 a 2022. O estudo utilizou como fonte de
    dados, o Sistema de Informações Hospitalares. Para realização do perfil foi realizada a análise
    descritiva com distribuição de frequência absoluta e relativa dos dados. Para verificar a
    existência de diferenças significativas entre as faixas etárias estudadas foi aplicado o teste
    Qui-quadrado de Pearson, p-valor inferior a 0,05. Foi calculada a evolução relativa das
    internações durante o período de estudo e foi realizada a análise temporal, a partir do modelo
    de regressão por pontos de inflexão - joinpoint regression analysis. Para análise dos fluxos
    assistenciais foi considerada a relação entre município de residência e de realização da
    internação, considerando a relação origem/destino. A partir dos resultados apresentados,
    observou-se que no estado de Pernambuco, quase 50% das internações por COVID-19
    ocorreram em idosos, do sexo feminino, na faixa etária de 60 a 69 anos. A maioria das
    internações ocorreram na capital do estado, em hospitais públicos e necessitaram de diárias
    em Unidades de Terapia Intensiva. Entre os idosos internados, 30,0% foram a óbito. Houve
    uma redução proporcional no número de internações, mas não se observou tendência com
    significância estatística. Os idosos precisaram percorrer uma média de quase 97,0km, para ter
    acesso à internação e essa distância variou de 54 a 193km. Pouco mais da metade das
    internações ocorreram fora do município de residência dos idosos. Por meio dos resultados
    desse estudo, destaca-se a importância de analisar o perfil das internações e dos caminhos
    percorridos no sistema de saúde, a fim de orientar o planejamento da rede de atenção e
    assegurar um acesso oportuno.


  • Mostrar Abstract
  • As informações sobre o perfil epidemiológico da pandemia no seu primeiro ano demonstram que os idosos eram o grupo populacional de maior risco. Mesmo com probabilidade de infecção entre todas as faixas de idade, observou-se que o risco de agravamento da doença aumentava nas idades mais avançadas. Nesse sentido, o projeto tem por objetivo analisar o perfil e a distribuição espacial das internações hospitalares de idosos por COVID-19 no Sistema Único de Saúde nos municípios da II Região de Saúde de Pernambuco, nos anos de 2020 a 2022. Será realizado um estudo ecológico. Serão estudadas as internações realizadas por COVID-19 (B34.2) em idosos residentes nos municípios da II Região de Saúde de Pernambuco, durante o período de 2020 a 2022. Para realização do perfil será realizada a análise descritiva dos dados mediante apresentação de medidas de tendência central e distribuição por frequência absoluta e relativa. Será calculada a análise temporal, por meio do modelo de regressão por pontos de inflexão - joinpoint regression analysis. Além da apresentação dos dados em tabelas e gráficos serão elaborados mapas temáticos e mapas de fluxos assistenciais. Para análise da dependência espacial serão utilizados os coeficientes de autocorrelação de Moran global e o Índice de Moran local. Em virtude dos dados utilizados para o estudo serem de domínio público, não será necessária a submissão de projeto em Comitê de Ética, em conformidade com a Resolução 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde. Não são observados riscos em virtude da pesquisa utilizar dados agregados por município. Entretanto, acredita-se que pode contribuir com a análise da situação de saúde, subsidiando a tomada de decisão.

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  • ADRIANA LUNA
  • RELATO DE EXPERIÊNCIA DA VIGILÂNCIA DO ÓBITO POR COVID-19 NO RECIFE, PERNAMBUCO.

  • Orientador : CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
  • PAULO GERMANO FRIAS
  • VILMA COSTA DE MACEDO
  • Data: 31/07/2023

  • Mostrar Resumo
  • Relatar o desenvolvimento da experiência da vigilância do óbito por COVID-19 no Recife, Pernambuco, 2020. Método: compreende o relato de experiência da vigilância do óbito por COVID-19 para as mortes de residentes no Recife. Resultados: Descreveu-se a organização da vigilância do óbito da COVID-19. Os óbitos eram identificados e discutidos em grupo técnico, os sistemas de informação passaram por qualificação e as recomendações encaminhadas aos gestores.  As etapas envolvidas na estratégia, em especial as recomendações aos gestores sobre a atenção à saúde prestada e as reuniões de discussões, não foram realizadas para todos os óbitos. Conclusão: A vigilância do óbito por COVID-19 revelou-se importante para qualificar as causas de mortes, os sistemas de informação em saúde e divulgar informações precisas. Para o aprimorar as etapas e ampliar a estratégia é necessário estudo de avaliação do impacto da vigilância do óbito por COVID-19.


  • Mostrar Abstract
  • A pandemia da COVID-19 tem se apresentado como um dos maiores desafios sanitários em escala global deste século, até o momento, com alta velocidade de disseminação e capacidade de provocar mortes. No final de dezembro de 2019, foram relatados alguns casos de pneumonia de etiologia desconhecida, em Hubei na China. O primeiro caso identificado fora da China, foi na Tailândia com posterior disseminação global. Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi declarada como pandemia pela Organização Mundial da Saúde. Limitações de acesso a assistência, diagnóstico e estimativa de casos foram situações presentes no desenvolver da pandemia. Considerando esses fatores e por possuir experiências bem sucedidas e consolidadas em relação a vigilância do óbito infantil e fetal, foi implantada no Recife a vigilância do óbito por COVID-19 (VOC). A partir disso, este estudo objetiva avaliar a implantação da vigilância do óbito por covid-19 e descrever a experiência dessa vigilância no Recife-PE. Trata-se de uma pesquisa avaliativa que seguirá o modelo de análise de implantação, por meio de um estudo de caso único. Será construído um modelo lógico e matriz de indicadores e de julgamento relacionados à tríade estrutura, processo e resultado proposto por Avedis Donabedian. Para isso, será realizada observações diretas, aplicação de questionário a informantes chaves e consultas a apresentações e documentos oficiais. Solicitar-se-á a carta de anuência a Secretaria de Saúde do Recife para consulta aos documentos oficiais e os entrevistados serão esclarecidos sobre os objetivos da pesquisa e convidados a assinar assim o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), garantindo a confidencialidade dos dados e o anonimato dos mesmos, conforme resolução do Conselho Nacional de Saúde 196/96 e complementares. Avaliar a implantação dessa vigilância evidenciará processos importantes ao seu funcionamento, redirecionará caminhos e servirá de exemplo, auxiliando na implantação em outras em cidades.

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  • EDVANIA SILVA
  • MORTALIDADE PREMATURA E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS ÓBITOS POR COVID-19 EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES, PERNAMBUCO, 2020 E 2021. 

  • Orientador : CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALBANITA GOMES DA COSTA DE CEBALLOS
  • AMANDA PRISCILA DE SANTANA CABRAL SILVA
  • CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
  • Data: 02/08/2023

  • Mostrar Resumo
  • O aumento da morbimortalidade na infância e na adolescência após o surgimento de novas variantes evidencia a necessidade de maior atenção para as crianças e adolescentes. Este estudo teve o objetivo de descrever as características sociodemográficas, a mortalidade prematura e a distribuição espacial dos óbitos por COVID-19 em crianças e adolescentes, em Pernambuco, 2020 e 2021. Realizou-se um estudo ecológico, cujas unidades de análise foram os municípios. As fontes de dados foram os Sistemas de Informações sobre Mortalidade, Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Foram analisados os óbitos confirmados por COVID-19 na faixa etária de 0 a 19 anos. A caracterização sociodemográfica foi realizada por meio da estatística descritiva e teste exato de Fisher. Foram estimados os Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) considerando as idades agrupadas em <1 ano, 1 a 4 anos, 5 a 9, 10 a 14 e 15 a 19. Para análise espacial foi utilizado o Índice de Moran local e global. Foram registrados 152 óbitos por COVID-19 em crianças e adolescentes, com uma média de idade de 7,8 anos e desvio padrão de ±6. Os anos potenciais de vida perdidos pela COVID-19 em crianças e adolescentes foi de 10.150,65. Com uma taxa de 3,5 APVP e uma média de 66,5 anos de vida perdido para cada óbito. Na análise espacial, encontrou-se um índice de Moran Global de 0,47 (p<0,001), com destaque para dois aglomerados espaciais, o primeiro na V e VI e o segundo na IX regionais de saúde, na mortalidade em menores de um ano. E cinco aglomerados espaciais nas faixas etárias de 1 a 19 anos nas IV, V, IX, X e XI regionais de saúde. Os resultados mostraram que a mortalidade nas crianças e adolescentes teve um número elevado de perda de anos de vida em potencial. Os achados revelam que os óbitos não ocorreram de forma homogênea entre os municípios pernambucanos. Por meio desses, identificaram-se regiões de saúde prioritárias para ações de saúde de prevenção a mortalidade por COVID-19. 


  • Mostrar Abstract
  • Objetivo: Descrever as características epidemiológicas, a mortalidade prematura e a
    distribuição espacial dos óbitos da COVID-19 em crianças e adolescentes, no estado de
    Pernambuco, 2020 e 2021. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico, cuja população de
    estudo será composta pelos óbitos confirmados por COVID-19 na faixa etária de 0 a 19. A
    fonte dos dados será o Sistema de Informações sobre Mortalidade. Os dados serão
    analisados por meio da estatística descritiva. Serão estimados os Anos Potenciais de Vida
    Perdidos considerando as idades agrupadas em <1 ano, 1 a 4 anos, 5 a 9, 10 a 14 e 15 a 19.
    Para análise da dependência espacial serão utilizados os coeficientes de autocorrelação de
    Moran global e o Índice de Moran local. Resultados esperados: Verificar se houve áreas ou
    municípios com maior impacto na mortalidade precoce pela COVID-19, identificar os
    municípios com maior risco de morte pelo SARS-CoV-2 nessa população. Com os resultados
    encontrados espera-se contribuir para a implementação de políticas públicas de prevenção
    para o coronavírus, entendendo os cuidados necessários para garantir a saúde dos infantes e
    contribuir para a produção de novas pesquisas.

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  • THERESA PRISCILLA CALADO DE BARROS GONÇALVES
  • ANÁLISE DA REDE DE ATENDIMENTO ÀS MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DO MUNICÍPIO DE OLINDA – PE

  • Orientador : KEILA SILENE DE BRITO E SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA PAULA LOPES DE MELO
  • KEILA SILENE DE BRITO E SILVA
  • SANDRA VALONGUEIRO ALVES
  • Data: 29/08/2023

  • Mostrar Resumo
  • A Violência Contra às Mulheres (VCM) é um fenômeno histórico-cultural, permeado por questões étnico-raciais, cujo conceito adotado pela Política Nacional de Enfrentamento à VCM constitui qualquer ação ou conduta, que baseada nas questões de gênero, cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado. Com base nessa compreensão, faz-se necessário que o Estado garanta uma abordagem intersetorial às mulheres em situação de violência, por meio de uma rede assistencial capaz de envolver diversos setores, tais como: a saúde, a educação, a assistência social, a segurança pública, a cultura, a justiça, entre outros. Nesse sentido, esse estudo, analisou a Rede de atendimento às mulheres em situação de violência do município de Olinda- PE. Trata-se de estudo exploratório, qualitativo. Desenvolvido junto a seis profissionais da rede de atendimento às mulheres em situação de violência do município de Olinda – PE. A coleta de dados aconteceu entre junho de 2022 e março de 2023, por meio de entrevistas semiestruturadas, gravadas e transcritas. A coleta também se deu por meio de buscas por materiais informativos acerca da rede de atendimento às mulheres em situação de violência em sites, e nos próprios serviços nos quais os profissionais atuavam. A análise dos dados se deu segundo as técnicas de análise de conteúdo de Burdin. Foram identificadas as seguintes categorias de análises: Reconhecimento da VCM como uma questão der gênero, Preparo insuficiente para lidar com situações de violência contra às mulheres e Conhecimento insuficiente da Rede de atenção às mulheres em situação de violência. Os resultados evidenciaram que o município possui serviços de diferentes setores que segundo preconizado na Política Nacional de enfrentamento à VCM contemplam os quatro eixos básicos da Rede de atendimento. Porém, mesmo identificando a existência e funcionamento desses serviços, concluiu-se que o município de Olinda não conta com a existência de uma rede de atendimento às mulheres em situação de violência conforme compreensão do conceito e atuação em rede. Os profissionais reconhecem a VCM como uma questão de gênero, mas não se consideram preparados para o enfrentamento à VCM devido à falta de formação sobre a temática. Por meio dos resultados desse estudo, destaca-se a importância de uma rede de atendimento na qual os atores se reconheçam, dialoguem entre si e atuem de maneira articulada, no intuito de fortalecer a rede de enfrentamento à VCM. Para isso é necessário que o poder público invista tanto na estrutura organizacional dessa rede, como na formação continuada e permanente dos profissionais que atuam no enfrentamento à VCM.  


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  • A violência contra a mulher constitui um fenômeno social que perpassa a história da civilização. Baseada nas relações de gênero e na desigualdade das relações de poder entre homens e mulheres, que são subjugadas e submetidas a vários tipos de violência, sendo, muitas vezes, o ambiente familiar o principal local onde as agressões são perpetradas. Diante dessa realidade, o Sistema Único de Saúde (SUS) deve atuar como ferramenta essencial no enfrentamento à violência contra a mulher, uma vez que as vítimas costumam procurar primeiro os serviços de saúde após sofrerem principalmente a violência física. Portanto, é fundamental que o profissional de saúde conheça quais serviços compõem a rede de apoio à mulher vítima de violência, e como estes se articulam entre si.  O estudo tem como objetivo analisar a rede de apoio à mulher vítima de violência no município de Olinda- PE, segundo a percepção dos profissionais de saúde. Esse trabalho faz parte do projeto de pesquisa intitulado Impactos da Pandemia de Covid-19 para a Violência Doméstica e Sexual de Mulheres no Município de Olinda – PE: uma análise a partir do triênio 2018-2020, realizado em parceria entre a Universidade Federal de Pernambuco – CAV e o Coletivo Mulher Vida (CMV). Trata-se de um estudo exploratório, com abordagem qualitativa. A população do estudo foi composta por 06 profissionais que atuam na rede de apoio à mulher vítima de violência do município de Olinda. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas que foram gravadas e serão transcritas para categorização e análise dos dados segundo as etapas da Análise de Conteúdo de Bardin. A análise dos dados se dará com o auxílio do software NVivo (software Qualitative Solutions Research Nvivo (QSR).

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  • GISELLY COSTA
  • (In) Segurança alimentar e nutricional e uso de agrotóxicos:distribuição espacial segundo regiões Brasil.

                                          

  • Orientador : SOLANGE LAURENTINO DOS SANTOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • SOLANGE LAURENTINO DOS SANTOS
  • ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • JOSÉ EUDES DE LORENA SOBRINHO
  • Data: 29/08/2023

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  • A segurança alimentar e nutricional é definida como o direito inerente ao acesso regular
    e permanente a alimentação em quantidade e qualidade suficiente, de modo a não
    comprometer outras necessidades essenciais e que seja ambiental, social, econômico
    sustentáveis. O objetivo deste estudo é investigar a distribuição espacial da insegurança
    alimentar e nutricional e os principais desafios para o alcance da agricultura sustentável.
    Trata-se de uma análise documental complementada com estudo ecológico. O banco de
    dados foi composto por relatórios desenvolvidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
    Estatística através das Pesquisas Nacionais de Amostras por Domicílios: Suplemento de
    Segurança Alimentar (2003-04; 2008-09; 2012-13) e dados disponibilizados no Atlas
    Brasil, desenvolvidos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, nos
    quais fornecem variáveis de Insegurança Alimentar e Nutricional e o Índice de
    Desenvolvimento Humano Municipal nas 27 unidades federadas do Brasil. Para
    processamento dos dados foi utilizada Análise de Conteúdo, proposto por Bardin. Foi
    realizada a leitura flutuante dos documentos para identificação das legislações e
    agrotóxicos usados nos alimentos e a codificação. Para a análise da insegurança
    alimentar no Brasil e o índice de desenvolvimento humano, foi empregado a
    distribuição espacial, mediante a aplicação do índice de Moran local. Para análise dos
    dados, foram utilizados os sowtares Iramuteq e o GeoDa, sendo o primeiro direcionado
    para averiguação da frequência absoluta dos alimentos com maior indicação nos índices
    monográficos dos agrotóxicos e, o segundo, para elaboração dos mapas temáticos,
    distribuição espacial e a estatística do índice de Moran Local, mediante o LisaMap, com
    adoção do nível de significância < 0,05. Foram identificadas 65 legislações que tratavam
    da liberação de 729 agrotóxicos, com destaque para o triênio 2019 a 2021. As culturas
    com maior frequência de indicação de uso foram a soja, o milho, a cana-de-açúcar, o
    feijão, o café, o tomate, a batata, os citros, o trigo e o arroz. Ao que tange a distribuição
    espacial do dado de vulnerabilidade social, o IDHM variou de 0,631 a 0,824%, indicando
    que o Brasil apresenta um nível de desenvolvimento humano de médio a alto. Os
    estados que obtiveram menores índices concentram-se na região Norte e Nordeste com
    valor mínimo de 0,631e máximo de 0,658%. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste,
    apresentaram os índices mais elevados de desenvolvimento humano, com indicativo
    médio e alto (0,749 – 0,824%). A insegurança alimentar moderada e grave dispôs de

    percentuais elevados para o ano de 2004, que variou entre 6,0% e 44,4%. Em 2009, foi
    observado uma redução nos percentuais de insegurança alimentar no país, que se
    acentua após este período conforme é possível visualizar no ano de 2013. Em todos os
    anos analisados, a insegurança alimentar e nutricional foi predominante nas regiões
    Norte e Nordeste e o inverso ocorreu nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A
    autocorrelação espacial para a análise bivariada, entre insegurança alimentar e o índice
    de desenvolvimento humano municipal, aponta a existência de correlação negativa com
    valores de -0,568, -0,630, -0,535, com a formação de dois clusters do tipo Baixo-Alto e
    Alto-Baixo para 2004, 2009 e 2013.


  • Mostrar Abstract
  • O Brasil é considerado um dos principais produtores de alimentos no mundo. Parte elevada da população no país não tem acesso básico a alimentos em quantidade suficiente para manutenção da saúde e bem-estar enquadrando-as em situações de insegurança alimentar e nutricional. Uma extensa parte da agricultura brasileira está totalmente submissa ao emprego de agrotóxicos nas mais distintas culturas, comprometendo a qualidade dos insumos alimentares consumidos pela população, contrapondo-se as questões de sustentabilidade. O objetivo deste estudo é investigar a distribuição espacial da insegurança alimentar e nutricional e o uso de agrotóxicos nos alimentos e os principais desafios para o alcance da agricultura sustentável. Trata-se de uma análise documental complementada com estudo ecológico. Comporá o banco de dados os relatórios desenvolvidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística através das Pesquisas Nacionais de Amostras por Domicílios: Suplemento de Segurança Alimentar (2003-04; 2008-09; 2012-13) e relatórios elaborados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária mediante o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos nos Alimentos (2001-07; 2013-15; 2017-18), nos quais fornecem variáveis de Segurança Alimentar e Nutricional e agrotóxico nos alimentos nas 27 unidades federadas do Brasil, respectivamente. Para análise da distribuição espacial dos dados, será utilizado o Índice de Moran Local, em que o critério de proximidade espacial é o de adjacências.  Para apresentação e processamento dos dados será utilizado dois Sistemas de Informações Geográficas: o software TerraView para a descrição dos dados e análise estatística, mediante o LisaMap e o MoranMap com adoção do nível de significância de p< 0.05 e o software GeoDa para elaboração dos mapas temáticos.

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  • GRAZIELLE SERAFIM DOS SANTOS
  • Estratégias de prevenção e promoção à saúde mental para policiais: uma revisão de escopo
  • Orientador : ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
  • MARIA LUIZA LOPES TIMOTEO DE LIMA
  • Data: 31/08/2023

  • Mostrar Resumo
  • As condições de saúde mental da população têm gerado preocupação aos órgãos de saúde nos últimos tempos. A categoria de policiais é um grupo especialmente exposto a situações no trabalho que podem levar ao adoecimento físico e emocional. Diversos fatores podem estar associados à saúde mental destes profissionais, como a exposição a situações de riscos ambientais, condições de trabalho, representação social e outros. Diante deste contexto, estratégias de prevenção e promoção à saúde são fundamentais para esses profissionais. O objetivo deste estudo foi identificar as estratégias de prevenção e promoção em saúde mental para policiais registradas na literatura. Trata-se de uma revisão de escopo elaborada de acordo com as recomendações metodológicas do Joanna Briggs Institute Reviewers (JBI) e do Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR). As buscas foram realizadas nas bases de dados Medline/Pubmed, Scopus, Web of Science, Lilacs, Scielo, Embase, Google Acadêmico, Biblioteca Digital de Teses e Dissertações e Portal de teses e dissertações da CAPES. Foram incluídos os estudos que consideraram as estratégias de prevenção e promoção com foco na saúde mental de policiais. Não houve restrições quanto ao ano de publicação e ao idioma. Identificaram-se 702 publicações. Após remoção de duplicatas, leitura de título, resumo e textos completos, foram selecionados seis artigos para integrar esta revisão. Os estudos foram publicados entre os anos de 2008 e 2021, sendo quatro realizados no Brasil, um nos Estados Unidos e um na Suécia. Dentre as intervenções encontradas ressaltou-se a importância do autocuidado, apoio dos pares e programas de treinamento. Faz-se necessário efetivar políticas, ações e serviços direcionados ao cuidado em saúde mental de policiais.

  • Mostrar Abstract
  • As condições de saúde mental da população têm gerado preocupação aos órgãos de saúde nos últimos tempos. A categoria de profissionais da segurança pública, é um grupo especialmente exposto a situações no trabalho que podem levar ao adoecimento físico e emocional. Diversos fatores podem estar associados à saúde mental destes profissionais, como a exposição à fatores de riscos e ambientais, condições de trabalho, representação social e outros. Diante deste contexto, faz-se necessário adotar algumas estratégias de prevenção, como: espaços para o acolhimento, escuta e acompanhamento dos agentes, condução de grupos tanto com os agentes quanto com seus familiares; além da realização de mapeamento dos riscos psicossociais para monitoramento. Salienta-se a importância da corresponsabilidade entre o agente, a instituição e o Estado para a efetivação dos cuidados em saúde mental. Assim, o presente projeto de pesquisa objetiva analisar os fatores associados e as estratégias de prevenção à saúde mental de profissionais da segurança pública, disponíveis na literatura. Trata-se de um estudo de caráter descritivo e exploratório, e abordagem quantitativa do tipo revisão integrativa da literatura (RI), seguindo o protocolo elaborado por Mendes, Silveira e Galvão (2008). A identificação dos estudos será realizada por meio de uma busca online em cinco bases de dados, a saber: MEDLINE, Scopus, Web of Science, Lilacs e Embase, sendo complementada pela busca na literatura cinzenta e manual. O resultado da seleção será apresentado em formato de fluxograma seguindo as recomendações do PRIMA. Para análise da qualidade metodológica serão utilizados o Critical Appraisal Skills Programme - CASP e o Agency for Healthcare and Research and Quality – AHRQ. A síntese dos dados será organizada de forma descritiva em quadros e tabelas e a análise dos estudos será feita de forma crítica agrupando-os em categorias para atender aos objetivos propostos. Com base nisto, interessa ao estudo evidenciar os fatores associados e as estratégias de prevenção à saúde mental dos profissionais da segurança pública; fornecer informações a gestoras/es e governantes sobre a importância do investimento em ações intersetoriais direcionadas a promoção e prevenção à saúde mental; e aprimorar a produção científica sobre a temática estudada.

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  • JIMENA GONÇALVES
  • TENDÊNCIA ESPAÇO-TEMPORAL DA MORTALIDADE POR CÂNCER COLORRETAL NO BRASIL, 2010 A 2019

  • Orientador : SOLANGE LAURENTINO DOS SANTOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BETISE MERY ALENCAR SOUSA MACAU FURTADO
  • SOLANGE LAURENTINO DOS SANTOS
  • THALIA VELHO BARRETO DE ARAUJO
  • Data: 30/10/2023

  • Mostrar Resumo
  •  As taxas de mortalidade por câncer colorretal vêm apresentando uma tendência global de crescimento, principalmente, nas regiões urbanas desenvolvidas ou em desenvolvimento. Objetivo: Analisar a tendência espaço-temporal da mortalidade por câncer colorretal no Brasil, no período de 2010 a 2019. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico misto, cujas unidades de análises espaciais foram as regiões e Unidades Federativas brasileiras e como unidades de análises temporais os anos de estudo, a partir de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade. A análise exploratória foi realizada por meio de estatística descritiva. Para a análise espacial foi utilizada a estatística de Moran Global. Para a análise da tendência temporal foi utilizado o modelo de regressão por pontos de inflexão. Resultados: Foram registrados 167.164 óbitos por câncer colorretal no Brasil. A taxa média de mortalidade por câncer colorretal foi de 8,26 por 100 mil habitantes com desvio padrão de ±0,938. A análise espacial mostrou que o índice de Moran global foi de 0,66 (< 0,001). Com a análise temporal verificou-se no Brasil, a partir de 2015, a tendência de crescimento da taxa que era de +0,238 ao ano passou a ser de +0,40 ao ano, um aumento de 67,9%. Conclusão: A análise evidencia que o padrão espaço-temporal da distribuição da mortalidade por câncer colorretal pode estar associado com o nível socioeconômico da região, fatores sociais e de estilo de vida da população brasileira.


  • Mostrar Abstract
  • No Brasil, o câncer colorretal é o terceiro mais incidente na população. São, aproximadamente, 40 mil novos casos diagnosticados por ano, entre homens e mulheres. Desse total, cerca de 30% ocorrem devido a fatores comportamentais, como má alimentação, tabagismo e inatividade física (INCA, 2021). Estimam-se, para cada ano do triênio de 2020-2022, 20.540 casos de câncer de cólon e reto em homens e 20.470 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 19,64 casos novos a cada 100 mil homens e 19,03 para cada 100 mil mulheres (INCA, 2020b; ALMEIDA, 2020). Dessa forma, diante da necessidade de se conhecer os padrões de distribuição da mortalidade por Cancer Colorretal no Brasil. Este estudo tem como objetivo analisar o padrão de distribuição da mortalidade por CCR no período de 2013 a 2020. Trata-se de um estudo ecológico misto, baseado em dados secundários coletados do Departa­mento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A área de estudo será composta por todas regiões (Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste) e estados do país. A população do estudo será composta por todos os óbitos confirmados por Câncer Colorretal no Brasil em local por residência do óbito, entre os anos de 2013 e 2020, notificados no SIM do Ministério da Saúde, no Atlas Online de Mortalidade por Câncer disponibilizado pelo INCA e para as informações sobre a taxa populacional dos municípios brasileiros, por meio da busca de dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disponibilizados na página eletrônica Governo Federal.

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  • JÉSSICA RAMALHO DA FONSÊCA
  • Relacionamento de bases de dados de violência autoprovocada e mortalidade para análise dos fatores associados às tentativas e ao suicídio.

  • Orientador : CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
  • MEMBROS DA BANCA :
  • PAULIANA VALERIA MACHADO GALVÃO
  • ALBANITA GOMES DA COSTA DE CEBALLOS
  • CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
  • Data: 23/11/2023

  • Mostrar Resumo
  • O suicídio é responsável por 800 mil mortes por ano em todo mundo. As tentativas
    são cerca de 20 vezes mais frequentes que a consumação e representam o mais
    importante indicador de morte por suicídio. O objetivo desse estudo analisar o perfil
    epidemiológico das tentativas de suicídio e de sua consumação, e os fatores
    associados ao suicídio, a partir do relacionamento das bases de dados de violência
    autoprovocada e mortalidade, no estado de Pernambuco, 2013 a 2016. Trata-se de
    um estudo transversal que considerou os suicídios registrados no Sistema de
    Informações sobre Mortalidade e as tentativas de suicídio por autointoxicação
    exógena e violência autoprovocada do Sistema de Informação de Agravos de
    Notificação. Foi calculado o grau de completude das variáveis estudadas. Para a
    identificação dos fatores associados ao suicídio, foi ajustado um modelo de
    regressão logístico multivariado. Foram identificadas 7.611 notificações de tentativas
    de suicídio, 6.314 (83,0%) de autointoxicações exógenas e 1.297 (17,0%) de
    violência autoprovocada. Foram registrados 1.592 suicídios, desses 197 tinham
    notificação de tentativas. A maior parte das variáveis do Sinan teve completude boa.
    Apenas ocupação e escolaridade tiveram classificação baixa. Data de nascimento,
    raça/cor e município de residência melhoraram significativamente o preenchimento
    do primeiro para o último ano. A completude de todas as variáveis do SIM foi
    classificada como boa. Após o linkage, Foi observada melhora significativa (p<0.05)
    no grau de completude da variável ocupação. Houve associação do suicídio com as
    variáveis sexo (masculino), idade, local de ocorrência, modo da tentativa
    (autointoxicação exógena) e o número de tentativas. A reincidência da tentativa foi a
    principal variável associada ao desfecho. Embora o linkage tenha apresentado
    melhora significativa apenas para uma variável, a contribuição dessa técnica é
    relevante para o sistema de vigilância do suicídio em consolidação no país. O
    esclarecimento e o conhecimento da complexa interação das variáveis estudadas
    são relevantes para o desenvolvimento de estratégias de prevenção eficazes para o
    suicídio.

  • Mostrar Abstract
  • O suicídio é responsável por 800 mil mortes por ano em todo mundo. As tentativas
    são cerca de 20 vezes mais frequentes que a consumação e representam o mais
    importante indicador de morte por suicídio. O objetivo desse estudo analisar o perfil
    epidemiológico das tentativas de suicídio e de sua consumação, e os fatores
    associados ao suicídio, a partir do relacionamento das bases de dados de violência
    autoprovocada e mortalidade, no estado de Pernambuco, 2013 a 2016. Trata-se de
    um estudo transversal que considerou os suicídios registrados no Sistema de
    Informações sobre Mortalidade e as tentativas de suicídio por autointoxicação
    exógena e violência autoprovocada do Sistema de Informação de Agravos de
    Notificação. Foi calculado o grau de completude das variáveis estudadas. Para a
    identificação dos fatores associados ao suicídio, foi ajustado um modelo de
    regressão logístico multivariado. Foram identificadas 7.611 notificações de tentativas
    de suicídio, 6.314 (83,0%) de autointoxicações exógenas e 1.297 (17,0%) de
    violência autoprovocada. Foram registrados 1.592 suicídios, desses 197 tinham
    notificação de tentativas. A maior parte das variáveis do Sinan teve completude boa.
    Apenas ocupação e escolaridade tiveram classificação baixa. Data de nascimento,
    raça/cor e município de residência melhoraram significativamente o preenchimento
    do primeiro para o último ano. A completude de todas as variáveis do SIM foi
    classificada como boa. Após o linkage, Foi observada melhora significativa (p<0.05)
    no grau de completude da variável ocupação. Houve associação do suicídio com as
    variáveis sexo (masculino), idade, local de ocorrência, modo da tentativa
    (autointoxicação exógena) e o número de tentativas. A reincidência da tentativa foi a
    principal variável associada ao desfecho. Embora o linkage tenha apresentado
    melhora significativa apenas para uma variável, a contribuição dessa técnica é
    relevante para o sistema de vigilância do suicídio em consolidação no país. O
    esclarecimento e o conhecimento da complexa interação das variáveis estudadas
    são relevantes para o desenvolvimento de estratégias de prevenção eficazes para o
    suicídio.
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  • TAMIRES PEREIRA
  • A precarização social do trabalho no sistema único de saúde: o caso da enfermagem.

  • Orientador : RAQUEL SANTOS DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAMILA PEREIRA ABAGARO
  • ELENICE MACHADO DA CUNHA
  • RAQUEL SANTOS DE OLIVEIRA
  • Data: 24/11/2023

  • Mostrar Resumo
  • Em todo o mundo, a agenda neoliberal vem ocasionando a precarização social do trabalho e
    suprimindo os direitos trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora. No Brasil, esse
    fenômeno ganha força a partir da década de 1990 após a estruturação da Reforma do Estado
    e, desde então, vem se fortalecendo com as sucessivas reformas previdenciárias e
    trabalhistas. Vale salientar que o processo de desregulamentação do trabalho está presente
    nos distintos setores da economia, entre eles, o da saúde tanto no âmbito público quanto no
    privado. Ante o aprofundamento desse processo, o poder público em diversos estados
    brasileiros, vem institucionalizando novos arranjos contratuais para a força de trabalho em
    saúde. Em Pernambuco, o decreto estadual no 39.763/2013 estabeleceu um teto financeiro
    para execuçãoo de plantões extraordinários por profissionais de saúde sem vínculo público
    com a Secretaria Estadual de Saúde. Nesse contexto, o presente estudo analisou os novos
    arranjos contratuais das (os) enfermeiras (os) vinculadas (os) à Fundação de Hematologia de
    Pernambuco, considerando o cenário de flexibilização do trabalho e as repercussões desse
    fenômeno na vida desses trabalhadores e na prestação da assistência. A investigação foi
    descritiva e exploratória, tipo estudo de caso, com abordagens da pesquisa qualitativa. Foram
    realizadas entrevistas semiestruturadas direcionadas às (aos) enfermeiras(os) do Hemope e a
    representantes da gestão do trabalho da enfermagem do Hemope e da Secretaria Executiva
    de Gestão do Trabalho e Educação da SES/PE. Essas entrevistas versaram sobre dimensões da
    precarização social do trabalho (conforme Druck, 2016), quais sejam, insegurança e saúde no
    trabalho; perda da identidade individual e coletiva; direitos do trabalho. Os achados foram
    analisados utilizando abordagens da análise agregadora de valor proposta por Eakin e
    Gladstone (2021), juntamente com a técnica de análise de conteúdo de Bardin (2011), além
    de material documental. Ademais, foi coletado material empírico sobre todos os arranjos
    contratuais de enfermeiras(os) vinculadas(os) às instituições hospitalares públicas, inclusive
    ao Hemope, vinculadas à SES/PE no período de 2013 a 2021. Esses dados revelaram que o
    início efetivamente da prestação de serviços via plantões extras ocorreu no ano de 2015.
    Naquele ano, 70,6% das (os) enfermeiras (os) vinculadas(os) aos hospitais públicos possuíam
    vínculos precarizados quando se somavam, os contratos por tempo determinado (6,4%) aos
    plantões extraordinários (64,2%). Em 2021, essa condição alcançou o patamar de 63%. No
    Hemope, em 2021, 72,56 % do total de vínculos também eram precários. Sobre as dimensões
    da precarização do trabalho, as análises das entrevistas revelaram que as poucas ações de

    promoção e prevenção da saúde do trabalhador desenvolvidas pelo Hemope não contemplam
    todas (os) as (os) profissionais, visto que só usufruem dessas ações as (os) que possuem
    vínculo estatutário. As jornadas exaustivas de trabalho, as condições laborais precárias e as
    contratações informais são justificadas pelo Estado em decorrência da insuficiência de
    recursos públicos para assegurar a infraestrutura dos serviços de saúde. A ameaça do
    desemprego em um contexto de coexistência de variadostipos de contratos precarizados vem
    fomentando um ambiente de trabalho competitivo entre trabalhadoras (es) da enfermagem.
    Por fim, pode-se dizer que ao priorizar as contratações temporárias no setor público o Estado
    reafirma o fomento à precarização dos vínculos de trabalho em detrimento da função
    constitucional de assegurar qualidade na assistência à saúde dos cidadãos.


  • Mostrar Abstract
  • O presente estudo pretende explorar alguns aspectos concernentes aos arranjos contratuais de trabalhadores enfermeiros (as) vinculados (as) ao Sistema Único de Saúde, levando em consideração o processo de flexibilização do trabalho iniciado na década de setenta do século vinte em escala mundial. Entende-se que o arcabouço jurídico amparado pela flexibilização laboral, imposto pela agenda neoliberal, vem ocasionando a precarização social do trabalho, suprimindo os direitos trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora. No Brasil, esse fenômeno ganha força a partir da década de 1990 após a estruturação da Reforma do Estado e, desde então, vem se fortalecendo com as sucessivas reformas previdenciárias e trabalhistas. Vale salientar que o processo de desregulamentação do trabalho está presente nos distintos setores da economia, entre eles, o da saúde tanto no âmbito público quanto no privado. Ante o aprofundamento desse processo, o poder público em diversos estados brasileiros, vem institucionalizando novos arranjos contratuais para a força de trabalho em saúde. Em Pernambuco, o decreto estadual n° 39.763/2013 estabeleceu um teto financeiro para execução de plantões extraordinários através contratações de profissional de saúde sem vínculo público habilitado para o serviço e previamente credenciado via contrato por tempo determinado e ou por servidor público da Secretaria Estadual de Saúde. Nesse contexto, o presente estudo visa compreender os novos arranjos contratuais das enfermeiro(a)s vinculado(a)s à Fundação de Hematologia de Pernambuco, considerando o cenário de flexibilização do trabalho e as repercussões desse fenômeno na vida desses trabalhadores, assim como para a prestação da assistência. Trata-se de uma investigação descritiva e exploratória, do tipo estudo de caso, que utilizará abordagens da pesquisa quantitativa e qualitativa. O material empírico será coletado através do levantamento de todos os tipos de vínculos de todos(as) enfermeiros(as) que trabalharam na Fundação de Hematologia de Pernambuco no período compreendido entre 2013 a 2021 e mediante entrevistas semiestruturadas e análise documental. Os sujeitos a serem entrevistados serão selecionados por amostra intencional e heterogênea composta por enfermeiros(as) e por representantes da gestão do trabalho da Fundação de Hematologia de Pernambuco e da Secretaria Estadual de Saúde. Os achados serão analisados com base na técnica de análise de conteúdo de Bardin, além da análise documental e abordagem da estatística descritiva.

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  • ROSIKELLE MORAIS
  • PROFISSIONALIZAÇÃO E FLEXIBILIZAÇÃO DO TRABALHO: UMA ANÁLISE SOBRE A INSERÇÃO PROFISSIONAL DOS BACHARÉIS EM SAÚDE COLETIVA
  • Orientador : RAQUEL SANTOS DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAQUEL SANTOS DE OLIVEIRA
  • HELOISA MARIA MENDONCA DE MORAIS
  • MARIA DO SOCORRO VELOSO DE ALBUQUERQUE
  • ANA PAULA LOPES DE MELO
  • Data: 14/12/2023

  • Mostrar Resumo
  • No ano de 2008, surgem os primeiros Cursos de Graduação em Saúde Coletiva,
    fundamentados em novas bases organizacionais e conceituais, os quais foram oportunizados
    pelo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais
    instituído pelo Decreto n° 6.096/ 2007. Não havendo dúvidas quanto à necessidade desse
    profissional para responder aos antigos e novos problemas estruturais do Sistema Único de Saúde, a
    sua inserção profissional no mercado de trabalho vem encontrando importantes desafios,
    considerando-se, de um lado, o seu embrionário processo de profissionalização e de outro, as
    profundas transformações advindas da flexibilização do trabalho, fenômeno esse em processo de
    consolidação no Brasil desde os anos 1990. Assim, o presente estudo analisou como vem se dando a
    inserção profissional de egressos dos cursos de graduação em Saúde Coletiva oriundos de
    universidades públicas do Estado de Pernambuco, considerando o processo de profissionalização no
    cenário de flexibilização do trabalho. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, tipo estudo de
    caso, que utilizou como técnica de pesquisa qualitativa entrevistas semiestruturadas a egressos,
    coordenadores de cursos e representantes do COSEMS-PE. Adicionalmente, foram aplicados
    formulários para os egressos formados a partir de 2016 a 2021 de ambas as universidades.
    A análise das entrevistas foi baseada na metodologia de Bardin (2011). Os resultados dessa
    investigação revelam a presença de uma força de trabalho majoritariamente feminina (75%),
    composta por mulheres pardas e negras (62,4%) e qualificada profissionalmente por possuírem
    formação em nível de pós graduação (74,1%). Entretanto, desafios referentes ao mercado de
    trabalho se fazem presentes pelo registro de alto percentual de profissionais desempregados
    (56,5%). E entre aqueles que se encontravam trabalhando no Sistema Único de Saúde, os
    vínculos informais, ou seja, precários eram a maioria deles (72%) associados aos baixos salários
    auferidos. A ausência de um processo consolidado de profissionalização emergiu quando os
    bacharéis referiram desconhecimento social da profissão do sanitarista por parte da própria
    gestão do SUS, de outros profissionais da saúde e da sociedade em geral. A necessidade de
    regulamentação foi enfatizada pelos diversos atores entrevistados. Destaca-se nessa discussão a
    recente e importante aprovação da Lei n° 14.725/2023 que regulamentou a profissão de sanitarista
    graduado e pós-graduado, ainda que careça de detalhes referentes a prática da profissão do
    sanitarista, e registro prévio no órgão competente do SUS, o qual, até o momento, é inexistente. A
    presença desse profissional no SUS exige a expansão do Sistema Único de Saúde em conjunto com
    a implementação de uma carreira profissional, incluindo oportunidades nas distintas esferas de
    gestão. Na ausência dessas condições, um conjunto importante de profissionais de saúde vivenciam
    situações precárias de trabalho no SUS ou encontram-se desempregados.


  • Mostrar Abstract
  • Os primeiros Cursos de Graduação em Saúde Coletiva surgem no ano de 2008 oportunizados pelo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, instituído pelo Decreto n° 6.096/ 2007. Entretanto, desde 1994 despontaram as primeiras ideias e proposições sobre a criação desses cursos no Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia. Segundo seus idealizadores, fazia-se necessária a antecipação da formação do sanitarista, considerando que a formação profissional do sanitarista pós-graduado, iniciada na década de setenta, tem sido considerada demasiadamente longa e socialmente custosa. Mesmo considerando e entendendo a necessidade e importância desse profissional para responder aos antigos e novos problemas estruturais para a consolidação do Sistema Único de Saúde, a sua inserção profissional no mercado de trabalho vem encontrando importantes desafios. Ao considerar de um lado, o seu embrionário processo de profissionalização devido à ausência de um conjunto de atributos constitutivos para uma profissão e por outro, as profundas transformações advindas da flexibilização do trabalho já consolidadas no Brasil desde 1990.  No presente estudo, entende-se que o fenômeno da flexibilização do trabalho fomenta e amplia as condições e relações precárias laborais para a classe trabalhadora, incluindo o setor saúde no âmbito privado e público.  Assim, o presente estudo objetiva analisar como vem se dando a inserção profissional de egressos dos cursos de graduação em Saúde Coletiva, oriundos de universidades públicas do Estado de Pernambuco, considerando tanto o processo de profissionalização quanto o cenário de flexibilização do trabalho.  Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, tipo estudo de caso, que utilizará técnicas de pesquisa quantitativa e qualitativa a partir de entrevistas semiestruturadas. O material empírico será coletado por meio de questionários enviados ao conjunto de egressos do Curso de Graduação em Saúde Coletiva formados de 2016 a 2021 da Universidade Federal de Pernambuco e da Universidade de Pernambuco, além de entrevistas semiestruturadas com egressos e com os Coordenadores do Curso de Graduação em Saúde Coletiva de ambas as instituições de ensino. Os achados serão analisados com base na análise de conteúdo Bardin (2011).  

21
  • EMMILY FRANÇA
  • DISTÚRBIOS DO SONO EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE ATENDENTES NA LINHA DE FRENTE A PACIENTES COM COVID-19.

  • Orientador : ALBANITA GOMES DA COSTA DE CEBALLOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANA PAULA DE ANDRADE DA COSTA E SILVA SANTIAGO
  • ALBANITA GOMES DA COSTA DE CEBALLOS
  • GABRIELLA MORAIS DUARTE MIRANDA
  • Data: 20/12/2023

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  • O sono exerce uma função essencial no funcionamento do sistema nervoso. O sono insuficiente,
    privação do sono e o trabalho exaustivo estão associados a fatores que podem contribuir para
    sobrecargas cognitivas. O estudo teve como objetivo avaliar a qualidade do sono em profissionais
    da saúde durante a pandemia de Covid-19. Método: Estudo transversal exploratório. Profissionais
    de saúde de um hospital universitário na cidade do Recife responderam um questionário abordando
    aspectos sociodemográficos, ocupacionais e um recorte do questionário “Swiss Health Survey”.
    Resultados: Dos 77 profissionais que responderam à pesquisa, a maioria era do sexo feminino
    (81,8%), com idade <40 anos (44,2%), religião/religiosidade (79,2%), vínculo celetista (67,5%),
    renda familiar >5 salários-mínimos (71,6%). Os pesquisados relataram sintomas de ansiedade
    (62,3%) e depressão (31,5%) e informaram dificuldade em adormecer (53,2%), dificuldade em
    permanecer dormindo (55,8%) e dificuldade para acordar (80,5%). A análise multivariada mostrou
    que existe associação entre a ansiedade e a dificuldade para dormir e manter-se dormindo e também
    entre a depressão e a dificuldade para dormir e manter-se dormindo mesmo entre os que tem filhos,
    possuem renda <5 salários-mínimos e tem atuação junto a pacientes com Covid-19. Conclusão:
    constatou-se que fatores ligados a qualidade do sono estão associados com queixas de transtornos
    psiquiátricos como depressão e ansiedade. Essa relação mostrou-se bem estabelecida, podendo
    constituir um ciclo de retroalimentação da má qualidade do sono.


  • Mostrar Abstract
  • O sono desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do sistema nervoso central,  a exemplo de controle das emoção, consolidação da memória, atenção, percepção sensorial, consciência, metabolismo, termorregulação e preservação energética. A privação do sono é conhecida por favorecer a sonolência diurna, reduzir o estado de alerta, aumentar a chance de lesões e acidentes de trabalho, causar sobrecarga cognitiva, diminuir o desempenho na atividade e o raciocínio analítico, induzir falhas cognitivas. Entre os profissionais de saúde, a privação do sono está associada a erros mais severos nas equipes multiprofissionais, considerada uma das maiores ameaças à segurança do paciente nas unidades hospitalares. O sono insuficiente e o trabalho exaustivo podem levar à piora da qualidade de vida, irritabilidade, fadiga crônica, ansiedade e depressão. O estudo tem como objetivo avaliar a qualidade do sono em profissionais da saúde durante a pandemia de COVID-19. Trata-se de um estudo transversal realizado com profissionais atendentes de pacientes com COVID-19 no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Foram aplicados remotamente questionários contendo questões sociodemográficas, condições de trabalho, saúde mental e qualidade do sono.

2022
Dissertações
1
  • CYBELLE FERNANDA MARTINS
  • Análise da Política de Atenção Integrada à Saúde da Pessoa com Deficiência na cidade do Recife em 2016

  • Orientador : GABRIELLA MORAIS DUARTE MIRANDA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GABRIELLA MORAIS DUARTE MIRANDA
  • RAQUEL SANTOS DE OLIVEIRA
  • TEREZA MACIEL LYRA
  • Data: 08/02/2022

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  • Em 2019, a partir da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 17,3 milhões de brasileiros com dois anos ou mais de idade declararam possuir deficiência relacionada a pelo menos um tipo de limitação funcional. Isso corresponde a 8,4% da população do país. Ao longo da história, as pessoas com deficiência (PCD) têm lutado arduamente pela garantia de acesso a direitos que são fundamentais, dentre eles a saúde. Diante desse cenário, o estudo propõe-se a analisar como se deu o processo de formulação da Política Municipal de Atenção Integrada à Saúde da Pessoa com Deficiência da cidade do Recife em 2016. O presente trabalho configura-se como um estudo de caso, de abordagem qualitativa e exploratória sobre a Política Municipal de Atenção Integrada à Saúde da Pessoa com Deficiência da cidade do Recife, baseando-se no método de análise de política de Walt e Gilson que enfatiza quatro categorias: o contexto no qual a política está inserida, os atores envolvidos, o conteúdo e o processo de formulação da política. Foi realizado levantamento documental, como também, entrevistas com os gestores da coordenação municipal, conselho municipal e os representantes das entidades das pessoas com deficiência. Para a análise dos dados utilizou-se a técnica de análise de conteúdo e triangulação de dados. A Política estudada foi formulada em um macro contexto de vulnerabilidade social acentuado pelo golpe de 2015 e que tem impactado desproporcionalmente as PCD e foi influenciada pelos marcos internacionais e nacionais dos direitos da PCD. No micro contexto, percebeu-se influência da Política Municipal de Inclusão da Pessoa com Deficiência e do Conselho Municipal de Direitos Humanos e Segurança Cidadã, a influência das disputas pelas eleições municipais e pela mobilização das mães de crianças com Síndrome Congênita pela epidemia de Zika Vírus. No entanto, os achados indicam a incipiente participação das PCD, que desconhecem o conteúdo da política formulada e pouco acompanham sua implementação. A política pública é permeada de conflitos, relações de poder e necessidade de negociação, por isso é imperativo o estabelecimento de uma relação dialógica da Gestão com as PCD em torno da Política e dos desafios de sua implementação.


  • Mostrar Abstract
  • Em 2019, a partir da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 17,3 milhões de brasileiros com dois anos ou mais de idade declararam possuir deficiência relacionada a pelo menos um tipo de limitação funcional. Isso corresponde a 8,4% da população do país. Ao longo da história, as pessoas com deficiência (PCD) têm lutado arduamente pela garantia de acesso a direitos que são fundamentais, dentre eles a saúde. Diante desse cenário, o estudo propõe-se a analisar como se deu o processo de formulação da Política Municipal de Atenção Integrada à Saúde da Pessoa com Deficiência da cidade do Recife em 2016. O presente trabalho configura-se como um estudo de caso, de abordagem qualitativa e exploratória sobre a Política Municipal de Atenção Integrada à Saúde da Pessoa com Deficiência da cidade do Recife, baseando-se no método de análise de política de Walt e Gilson que enfatiza quatro categorias: o contexto no qual a política está inserida, os atores envolvidos, o conteúdo e o processo de formulação da política. Foi realizado levantamento documental, como também, entrevistas com os gestores da coordenação municipal, conselho municipal e os representantes das entidades das pessoas com deficiência. Para a análise dos dados utilizou-se a técnica de análise de conteúdo e triangulação de dados. A Política estudada foi formulada em um macro contexto de vulnerabilidade social acentuado pelo golpe de 2015 e que tem impactado desproporcionalmente as PCD e foi influenciada pelos marcos internacionais e nacionais dos direitos da PCD. No micro contexto, percebeu-se influência da Política Municipal de Inclusão da Pessoa com Deficiência e do Conselho Municipal de Direitos Humanos e Segurança Cidadã, a influência das disputas pelas eleições municipais e pela mobilização das mães de crianças com Síndrome Congênita pela epidemia de Zika Vírus. No entanto, os achados indicam a incipiente participação das PCD, que desconhecem o conteúdo da política formulada e pouco acompanham sua implementação. A política pública é permeada de conflitos, relações de poder e necessidade de negociação, por isso é imperativo o estabelecimento de uma relação dialógica da Gestão com as PCD em torno da Política e dos desafios de sua implementação.

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  • TÁSSIA MAYRA OLIVEIRA FARIAS
  • O ACESSO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA AOS SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE SAÚDE: UM ESTUDO DE CASO EM UMA CAPITAL DO NORDESTE BRASILEIRO

  • Orientador : MARIA DO SOCORRO VELOSO DE ALBUQUERQUE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • TEREZA MACIEL LYRA
  • MARIA DO SOCORRO VELOSO DE ALBUQUERQUE
  • SANDRA VALONGUEIRO ALVES
  • Data: 15/02/2022

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  • Esse estudo analisou o acesso aos serviços especializados da rede de cuidados à pessoa com deficiência na cidade do Recife. Trata-se de um estudo de caso, de abordagem qualitativa, que teve como sujeitos gestores, profissionais e usuários. Utilizou-se entrevistas semi-estruturadas, documentos e dados dos sistemas de informação em saúde. Teve como principal categoria analítica o acesso na proposta de Levesque, Harris e Russel (2013). Caracterizou-se a rede especializada situada no território do Recife e analisou-se o acesso a partir do CER II sob gestão municipal, implantado no contexto da epidemia do Zika e de microcefalia em Pernambuco. Os achados evidenciaram que passada a emergência com relação a epidemia de Zika e microcefalia, não houve avanço no sentido de qualificar a rede municipal de cuidados a saúde da PcD, especificamente o CER II analisado, que não ultrapassou as atividades do Núcleo de Desenvolvimento Infantil – NDI, sendo este um dos motivos do serviço não ser conhecido e pouco utilizado pela população adulta. No âmbito da dimensão aceitabilidade, pode-se perceber que as equipes consideram as características socioeconômicas dos usuários no processo terapêutico, embora  esteja ainda presente uma compreensão da deficiência a partir de uma perspectiva puramente biológica. Para os usuários, o uso desse serviço de reabilitação envolveu um gasto de tempo para as famílias, que tem influenciado na desorganização da renda familiar, além dos gastos privados diretos na complementação do tratamento. Ademais, pode-se concluir que essa rede temática na cidade do Recife é bastante incipiente, não havendo, um desenho que aponte para um funcionamento em rede, com repercussão na dimensão adequação do serviço analisado. Os achados também apontam dificuldades no processo de regulação e nos sistemas de apoio, como no acesso a exames e ao transporte sanitário. O contexto de vulnerabilidade que as PCD estão expostas, as barreiras arquitetônicas de uma sociedade que não está estruturada de forma inclusiva, o desfinanciamento do SUS e a relação público privada no âmbito do sistema de saúde são aspectos que agravam a dificuldade na garantia do acesso e apontam a necessidade de uma resposta do Estado para atender as necessidades das PCD. Além disso, o acesso envolve a necessidade de espaços inclusivos e ações intersectoriais para garantia dos direitos, sendo essa uma grande bandeira de luta das PcD.


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  • Esse estudo analisou o acesso aos serviços especializados da rede de cuidados à pessoa com deficiência na cidade do Recife. Trata-se de um estudo de caso, de abordagem qualitativa, que teve como sujeitos gestores, profissionais e usuários. Utilizou-se entrevistas semi-estruturadas, documentos e dados dos sistemas de informação em saúde. Teve como principal categoria analítica o acesso na proposta de Levesque, Harris e Russel (2013). Caracterizou-se a rede especializada situada no território do Recife e analisou-se o acesso a partir do CER II sob gestão municipal, implantado no contexto da epidemia do Zika e de microcefalia em Pernambuco. Os achados evidenciaram que passada a emergência com relação a epidemia de Zika e microcefalia, não houve avanço no sentido de qualificar a rede municipal de cuidados a saúde da PcD, especificamente o CER II analisado, que não ultrapassou as atividades do Núcleo de Desenvolvimento Infantil – NDI, sendo este um dos motivos do serviço não ser conhecido e pouco utilizado pela população adulta. No âmbito da dimensão aceitabilidade, pode-se perceber que as equipes consideram as características socioeconômicas dos usuários no processo terapêutico, embora  esteja ainda presente uma compreensão da deficiência a partir de uma perspectiva puramente biológica. Para os usuários, o uso desse serviço de reabilitação envolveu um gasto de tempo para as famílias, que tem influenciado na desorganização da renda familiar, além dos gastos privados diretos na complementação do tratamento. Ademais, pode-se concluir que essa rede temática na cidade do Recife é bastante incipiente, não havendo, um desenho que aponte para um funcionamento em rede, com repercussão na dimensão adequação do serviço analisado. Os achados também apontam dificuldades no processo de regulação e nos sistemas de apoio, como no acesso a exames e ao transporte sanitário. O contexto de vulnerabilidade que as PCD estão expostas, as barreiras arquitetônicas de uma sociedade que não está estruturada de forma inclusiva, o desfinanciamento do SUS e a relação público privada no âmbito do sistema de saúde são aspectos que agravam a dificuldade na garantia do acesso e apontam a necessidade de uma resposta do Estado para atender as necessidades das PCD. Além disso, o acesso envolve a necessidade de espaços inclusivos e ações intersectoriais para garantia dos direitos, sendo essa uma grande bandeira de luta das PcD.

3
  • SOFIA GUERRA ÁVILA
  • Coordenação e continuidade da gestão clínica entre níveis assistenciais: avaliando uma rede de atenção à saúde na cidade do Recife. 

  • Orientador : PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ISABELLA CHAGAS SAMICO
  • ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
  • Data: 16/02/2022

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  • O forte predomínio das condições crônicas não pode ser respondido, com efetividade e qualidade, por um sistema de saúde desarticulado e fragmentado, uma vez que a descontinuidade da atenção, além de causar impactos negativos para a saúde dos pacientes, eleva os custos da assistência. O enfrentamento das condições crônicas de saúde requer a conformação efetiva e integral das Redes de Atenção à Saúde, onde a Atenção Primária à Saúde possa exercer o seu papel de coordenadora dos cuidados prestados, estando plenamente articulada com a Atenção Especializada, para garantir o acesso oportuno aos usuários e a integralidade do cuidado em saúde. A coordenação da assistência e a continuidade dos cuidados são essenciais à atenção destes pacientes, e o estudo dos aspectos relacionados a esses fenômenos é crucial para a condução de melhorias nos serviços públicos e na qualidade da atenção prestada. Objetivou-se avaliar a coordenação e a continuidade da gestão clínica entre níveis assistenciais nos Distritos Sanitários III e VII da cidade do Recife, no ano de 2017. Trata-se de um estudo avaliativo, descritivo e transversal, que utilizou os dados de inquéritos realizados pela pesquisa Equity-LA II em 2017, com 182 profissionais e 407 usuários da rede pública de saúde dos distritos sanitários III e VII do município de Recife. Os inquéritos verificaram a opinião dos atores sobre a coordenação assistencial e a continuidade dos cuidados entre a atenção primária e a atenção especializada na rede de estudo. Os dados foram analisados por meio de estatística univariada e bivariada. A realização da presente pesquisa obedeceu aos preceitos éticos da Resolução 466/12 e 510/16 do Conselho Nacional de Saúde, e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco sob o parecer nº 4.213.652/2020. Foram identificadas fragilidades na coordenação assistencial e descontinuidades no cuidado ofertado aos usuários, como os longos tempos de espera para acesso ao atendimento, os baixos níveis de comunicação e colaboração entre os profissionais dos níveis primário e secundário, entre outros. Os resultados sugerem a necessidade reduzir a fragmentação das redes e melhorar a articulação entre níveis de atenção, fomentando estratégias que perpassem pela valorização da atenção primária como porta de entrada, coordenadora do cuidado e ordenadora da rede. Também é essencial um melhorar o financiamento do sistema público de saúde para reduzir a insuficiência de recursos, bem como ampliar a oferta e o acesso aos serviços. 


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  • O forte predomínio das condições crônicas não pode ser respondido, com efetividade e qualidade, por um sistema de saúde desarticulado e fragmentado, uma vez que a descontinuidade da atenção, além de causar impactos negativos para a saúde dos pacientes, eleva os custos da assistência. O enfrentamento das condições crônicas de saúde requer a conformação efetiva e integral das Redes de Atenção à Saúde, onde a Atenção Primária à Saúde possa exercer o seu papel de coordenadora dos cuidados prestados, estando plenamente articulada com a Atenção Especializada, para garantir o acesso oportuno aos usuários e a integralidade do cuidado em saúde. A coordenação da assistência e a continuidade dos cuidados são essenciais à atenção destes pacientes, e o estudo dos aspectos relacionados a esses fenômenos é crucial para a condução de melhorias nos serviços públicos e na qualidade da atenção prestada. Objetivou-se avaliar a coordenação e a continuidade da gestão clínica entre níveis assistenciais nos Distritos Sanitários III e VII da cidade do Recife, no ano de 2017. Trata-se de um estudo avaliativo, descritivo e transversal, que utilizou os dados de inquéritos realizados pela pesquisa Equity-LA II em 2017, com 182 profissionais e 407 usuários da rede pública de saúde dos distritos sanitários III e VII do município de Recife. Os inquéritos verificaram a opinião dos atores sobre a coordenação assistencial e a continuidade dos cuidados entre a atenção primária e a atenção especializada na rede de estudo. Os dados foram analisados por meio de estatística univariada e bivariada. A realização da presente pesquisa obedeceu aos preceitos éticos da Resolução 466/12 e 510/16 do Conselho Nacional de Saúde, e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco sob o parecer nº 4.213.652/2020. Foram identificadas fragilidades na coordenação assistencial e descontinuidades no cuidado ofertado aos usuários, como os longos tempos de espera para acesso ao atendimento, os baixos níveis de comunicação e colaboração entre os profissionais dos níveis primário e secundário, entre outros. Os resultados sugerem a necessidade reduzir a fragmentação das redes e melhorar a articulação entre níveis de atenção, fomentando estratégias que perpassem pela valorização da atenção primária como porta de entrada, coordenadora do cuidado e ordenadora da rede. Também é essencial um melhorar o financiamento do sistema público de saúde para reduzir a insuficiência de recursos, bem como ampliar a oferta e o acesso aos serviços. 

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  • DAIANE CORDEIRO DOS SANTOS
  • TRAJETÓRIAS ASSISTENCIAIS DE USUÁRIOS(AS) DA REDE INTERESTADUAL PERNAMBUCO/BAHIA NA LINHA DE CUIDADO ONCOLOGIA: IMPLICAÇÕES DO “AGIR LEIGO” NA REGULAÇÃO ASSISTENCIAL

  • Orientador : ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARÍLIA CRISTINA PRADO LOUVISON
  • ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
  • Data: 21/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • Introdução: A garantia do acesso e integralidade da atenção à saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente, no contexto da regionalização, exigem arranjos e pactuações capazes de abarcarem as questões que extrapolam as capacidades específicas dos entes federados. Frente ao exposto, a Rede Interestadual de Atenção à Saúde do Vale do Médio São Francisco (Rede PE/BA) se caracteriza como alternativa organizativa, para qual a regulação em saúde se configura essencial. Entretanto, diante das dificuldades que a estrutura institucionalizada da regulação apresenta em responder algumas das necessidades em saúde da população, o “agir leigo” surge como recurso para a garantia do acesso assistencial. Objetivo: Analisar a trajetória assistencial de usuários(as) da linha de cuidado em oncologia e sua relação com a regulação assistencial na Rede PE/BA. Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, na modalidade estudo de casos múltiplos. Contou com a participação 08 (oito) usuários(as) do SUS, residentes de municípios da Rede PE/BA, que finalizaram ou estavam em tratamento oncológico em hospitais da rede. Como instrumentos de coleta de dados foram utilizados entrevistas e diário de campo, analisados mediante Análise de Conteúdo Temática. Resultados: Dentre os principais resultados, pode-se observar: a presença do agir leigo na fabricação das trajetórias assistenciais; a

    dificuldade no acesso às consultas especializadas e aos exames de apoio diagnóstico; a

     

    composição público-privada das trajetórias; a função protetora e resolutiva da rede social de apoio; a distância geográfica como limitante para o cuidado; a frágil presença da regulação assistencial nas trajetórias que não forneceram elementos para comprovação da existência de uma linha de cuidado em oncologia interestadual; e a identificação do tratamento oncológico ofertado na Rede PE/BA como potencialidade. Conclusão: Os casos destacam a necessária estruturação da linha de cuidado em oncologia da Rede PE/BA e evidenciam a importância do fortalecimento da regionalização em saúde para garantia do cuidado integral, em tempo oportuno e o

    mais próximo possível do(a) usuário(a).


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  • Introdução: A garantia do acesso e integralidade da atenção à saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente, no contexto da regionalização, exigem arranjos e pactuações capazes de abarcarem as questões que extrapolam as capacidades específicas dos entes federados. Frente ao exposto, a Rede Interestadual de Atenção à Saúde do Vale do Médio São Francisco (Rede PE/BA) se caracteriza como alternativa organizativa, para qual a regulação em saúde se configura essencial. Entretanto, diante das dificuldades que a estrutura institucionalizada da regulação apresenta em responder algumas das necessidades em saúde da população, o “agir leigo” surge como recurso para a garantia do acesso assistencial. Objetivo: Analisar a trajetória assistencial de usuários(as) da linha de cuidado em oncologia e sua relação com a regulação assistencial na Rede PE/BA. Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, na modalidade estudo de casos múltiplos. Contou com a participação 08 (oito) usuários(as) do SUS, residentes de municípios da Rede PE/BA, que finalizaram ou estavam em tratamento oncológico em hospitais da rede. Como instrumentos de coleta de dados foram utilizados entrevistas e diário de campo, analisados mediante Análise de Conteúdo Temática. Resultados: Dentre os principais resultados, pode-se observar: a presença do agir leigo na fabricação das trajetórias assistenciais; a

    dificuldade no acesso às consultas especializadas e aos exames de apoio diagnóstico; a

     

    composição público-privada das trajetórias; a função protetora e resolutiva da rede social de apoio; a distância geográfica como limitante para o cuidado; a frágil presença da regulação assistencial nas trajetórias que não forneceram elementos para comprovação da existência de uma linha de cuidado em oncologia interestadual; e a identificação do tratamento oncológico ofertado na Rede PE/BA como potencialidade. Conclusão: Os casos destacam a necessária estruturação da linha de cuidado em oncologia da Rede PE/BA e evidenciam a importância do fortalecimento da regionalização em saúde para garantia do cuidado integral, em tempo oportuno e o

    mais próximo possível do(a) usuário(a).

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  • RAFAELA GOMES RIBEIRO DE SÁ
  • A EXPANSÃO DOS CURSOS DE MEDICINA EM PERNAMBUCO E OS IMPACTOS PARA A INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO NO PERÍODO 2000 A 2018

  • Orientador : HELOISA MARIA MENDONCA DE MORAIS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BERNADETE PEREZ COELHO
  • HELOISA MARIA MENDONCA DE MORAIS
  • MARIA DO SOCORRO VELOSO DE ALBUQUERQUE
  • Data: 24/02/2022

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  • O objeto dessa investigação se justifica pela relevância do tema da integração ensino-serviço, quando objetiva problematizar os desafios decorrentes da importante expansão dos cursos de medicina públicos e sobretudo, privados, sobre a capacidade instalada da rede especializada de serviços de saúde do estado de Pernambuco. A análise dos resultados obtidos na investigação esteve orientada pelos pressupostos da integração ensino-serviço conforme preconizados por documentos oficiais do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação, além da literatura especializada. Trata-se de uma análise exploratória que utiliza técnicas de pesquisa quantitativa e qualitativa do tipo estudo de caso, a partir de fontes documentais e de entrevistas semiestruturadas. A fonte dos dados secundários foram os registros do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira do Ministério da Educação e a partir do ano de 2010 do Sistema e-Mec, no marco temporal do período 2000 a 2018. Foram realizadas dez entrevistas com coordenadores dos estágios dos cursos públicos e privados e dos núcleos de ensino-serviço dos hospitais da rede de atenção especializada (todos eles situados na Região Metropolitana do Recife), e com representante da Secretaria Executiva de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde. Para a análise dos dados das entrevistas e da pesquisa documental utilizou-se a técnica de análise de conteúdo Kvale (1996). 

    Os resultados da investigação demonstraram que o processo de privatização do ensino superior vem ocorrendo desde os anos noventa, acentuando-se em um contexto de flexibilização do marco regulatório desse nível educacional, desde a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases de 1996, da criação do Fundo de Financiamento Estudantil – Fies (2001), do Programa Universidades para Todos – Prouni (2005) e do Programa Mais Médicos (2013). Foi nesse cenário que ocorreu a expansão dos cursos de medicina em todo o país, os quais em 2000 eram 51,6% públicos e 48,4% privados; em 2018, essa relação demonstra uma notável mudança, quando os cursos públicos são reduzidos a 35,4% do total e os privados passam a 64,6%. No estado de Pernambuco, no mesmo período, essa relação também se altera. Se no ano 2000 os cursos públicos representavam 100% do total (dois cursos), em 2018 eram seis os públicos e dez os privados. Até 2021, esses últimos aumentaram 40%, resultando em 14 cursos. Da mesma forma como registrado para o Brasil, também no estado se observa os fenômenos da interiorização e da feminização. Das entrevistas se sobressaem: a preocupação com o caráter descomedido da expansão dos cursos de medicina com repercussão imediata na alocação dos alunos nos campos de estágio; a falta de planejamento integrado entre o aparelho formador, os serviços de saúde e a gestão do SUS reduzindo o processo de integração ensino-serviço à mera distribuição de vagas; a disponibilidade de um conjunto de decisões políticas respeitantes à integração ensino-serviço, mas que não se faz acompanhar da necessária materialização, ao que pese algumas contradições existentes entre elas, sendo o Contrato Organizativo de Ação Pública Ensino-Saúde (COAPES) um caso paradigmático. Ao mesmo tempo em que fundamenta os processos participativos para formação e desenvolvimento profissional de acordo com os princípios e as diretrizes do Sistema Único de Saúde, o COAPES favorece as Instituições de Ensino Superior privadas ao lhes facultar a realização de investimentos para a aquisição de equipamentos, material permanente e outros bens, em troca do que tem sido compreendido enquanto um beneficiamento para os serviços públicos de saúde. Em Pernambuco, a não implementação do COAPES correspondeu a ênfase na criação do FormaSUS. Portanto, se de um lado, o surgimento quase concomitante desses instrumentos legais pode sugerir a intencionalidade do setor público de ordenar a presença crescente do setor privado no ensino médico, por outro, a estratégia desses arranjos de negociação também pode ser interpretada enquanto intenções facilitadoras, mas nem sempre explicitadas, para a expansão do setor privado.


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  • The object of this investigation is justified by the relevance of the theme of teaching-service integration, when it aims to problematize the challenges arising from the important expansion of public and, above all, private medical courses, on the installed capacity of the specialized network of health services in the state of Pernambuco. . The analysis of the results obtained in the investigation was guided by the assumptions of teaching-service integration as recommended by official documents of the Ministry of Health and the Ministry of Education, in addition to the specialized literature. It is an exploratory analysis that uses quantitative and qualitative research techniques of the case study type, based on documentary sources and semi-structured interviews. The source of secondary data was the records of the National Institute of Educational Studies and Research Anísio Teixeira of the Ministry of Education and from the year 2010 of the e-Mec System, in the time frame of the period 2000 to 2018. Ten interviews were carried out with coordinators of the internships of public and private courses and of the teaching-service centers of the hospitals of the specialized care network (all of them located in the Metropolitan Region of Recife), and with a representative of the Executive Secretariat for Work Management and Health Education of the State Secretariat of Health. For the analysis of data from interviews and documental research, the content analysis technique Kvale (1996) was used. The results of the investigation showed that the process of privatization of higher education has been taking place since the nineties, accentuating in a context of flexibilization of the regulatory framework of this educational level, since the enactment of the Law of Directives and Bases of 1996, the creation of the Student Financing Fund – Fies (2001), the Universities for All Program – Prouni (2005) and the Mais Médicos Program (2013). It was in this scenario that the expansion of medicine courses across the country took place, which in 2000 were 51.6% public and 48.4% private; in 2018, this ratio shows a notable change, when public courses are reduced to 35.4% of the total and private courses increase to 64.6%. In the state of Pernambuco, in the same period, this relationship also changed. If in 2000 public courses represented 100% of the total (two courses), in 2018 there were six public courses and ten private courses. By 2021, the latter have increased by 40%, resulting in 14 courses. In the same way as recorded for Brazil, the phenomena of interiorization and feminization can also be observed in the state. From the interviews, the following stand out: the concern with the excessive nature of the expansion of medical courses with immediate repercussions on the allocation of students in the internship fields; the lack of integrated planning between the training system, health services and SUS management, reducing the teaching-service integration process to the mere distribution of vacancies; the availability of a set of political decisions regarding the teaching-service integration, but which is not accompanied by the necessary materialization, despite some existing contradictions between them, with the Organizational Contract for Teaching-Health Public Action (COAPES) being a paradigmatic case . At the same time that it supports participatory processes for training and professional development in accordance with the principles and guidelines of the Unified Health System, COAPES favors private Higher Education Institutions by allowing them to make investments for the acquisition of equipment, permanent material and other goods, in exchange for what has been understood as a benefit to public health services. In Pernambuco, the non-implementation of COAPES corresponded to the emphasis on the creation of FormaSUS. Therefore, if, on the one hand, the almost concomitant emergence of these legal instruments may suggest the intention of the public sector to order the growing presence of the private sector in medical education, on the other hand, the strategy of these negotiation arrangements can also be interpreted as facilitating intentions, but not always explicit, for the expansion of the private sector

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  • EMYLLE THAIS MELO DOS SANTOS
  • Violência contra mulher durante a pandemia do covid-19 no estado de Pernambuco

  • Orientador : CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA CARMELITA MAIA E SILVA
  • CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
  • SANDRA VALONGUEIRO ALVES
  • Data: 25/02/2022

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  • O início do ano de 2020 foi marcado pelo surgimento da pandemia do novo coronavírus com sua rápida disseminação mundial. Com o intuito de reduzir o número de casos da doença, algumas estratégias foram adotadas por diversos países, tais como: o isolamento social e a quarentena mais rígida. Diante dessas medidas, muitas mulheres que já eram vítimas da violência ficaram sujeitas a conviver 24 horas por dia com seu parceiro agressor. O objetivo desse estudo é descrever a violência não letal e letal contra a mulher antes do período pandêmico e durante a pandemia da COVID-19, no estado de Pernambuco. No período pré-pandêmico (2016-2019) ocorreram 33.289 notificações de violência doméstica e familiar contra mulher, 1.038 homicídios femininos e 319 feminicídios. Constatou-se que 142 (76,8%) dos municípios apresentaram tendência crescente na análise da taxa de violência contra mulher, com predomínio na mesorregião do Agreste. Observou-se que 83 (44,9%) e 113 (61,1%) dos municípios tiveram tendência estacionária para os homicídios femininos e feminicídios, respectivamente. Durante os estágios iniciais da pandemia COVID-19, foram registrados 19.496 casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, com redução de 7,4% quando comparado ao mesmo período do ano de 2019 (21.064 registros). A análise temporal dos homicídios femininos mostrou tendência crescente das taxas de homicídios na mesorregião do Sertão e na faixa etária de 20-39 anos em 2020. Foram registrados 218 casos de feminicídios no estado entre os anos de 2019 a 2021. As mulheres com idade entre 20 e 39 anos foram as maiores vítimas de feminicídio (59,1%), seguida da faixa etária 40 e 59 anos (23,3%). No ano de 2020 a mesorregião do Agreste Pernambucano apresentou maior ocorrência de feminicídio. A pandemia do COVID-19 aumentou a situação de risco das mulheres e revelou as vulnerabilidades já existentes. É essencial promover melhorias nas políticas públicas e estratégias de proteção, bem como a ampliação dos serviços especializados para as mulheres vítima da violência. 


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  • O início do ano de 2020 foi marcado pelo surgimento da pandemia do novo coronavírus com sua rápida disseminação mundial. Com o intuito de reduzir o número de casos da doença, algumas estratégias foram adotadas por diversos países, tais como: o isolamento social e a quarentena mais rígida. Diante dessas medidas, muitas mulheres que já eram vítimas da violência ficaram sujeitas a conviver 24 horas por dia com seu parceiro agressor. O objetivo desse estudo é descrever a violência não letal e letal contra a mulher antes do período pandêmico e durante a pandemia da COVID-19, no estado de Pernambuco. No período pré-pandêmico (2016-2019) ocorreram 33.289 notificações de violência doméstica e familiar contra mulher, 1.038 homicídios femininos e 319 feminicídios. Constatou-se que 142 (76,8%) dos municípios apresentaram tendência crescente na análise da taxa de violência contra mulher, com predomínio na mesorregião do Agreste. Observou-se que 83 (44,9%) e 113 (61,1%) dos municípios tiveram tendência estacionária para os homicídios femininos e feminicídios, respectivamente. Durante os estágios iniciais da pandemia COVID-19, foram registrados 19.496 casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, com redução de 7,4% quando comparado ao mesmo período do ano de 2019 (21.064 registros). A análise temporal dos homicídios femininos mostrou tendência crescente das taxas de homicídios na mesorregião do Sertão e na faixa etária de 20-39 anos em 2020. Foram registrados 218 casos de feminicídios no estado entre os anos de 2019 a 2021. As mulheres com idade entre 20 e 39 anos foram as maiores vítimas de feminicídio (59,1%), seguida da faixa etária 40 e 59 anos (23,3%). No ano de 2020 a mesorregião do Agreste Pernambucano apresentou maior ocorrência de feminicídio. A pandemia do COVID-19 aumentou a situação de risco das mulheres e revelou as vulnerabilidades já existentes. É essencial promover melhorias nas políticas públicas e estratégias de proteção, bem como a ampliação dos serviços especializados para as mulheres vítima da violência. 

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  • GEISANY AMANDA VEIGA BARBALHO DE MOURA
  • AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA INFORMAÇÃO DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES EM PERNAMBUCO, 2016 A 2019AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA INFORMAÇÃO DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES EM PERNAMBUCO, 2016 A 2019

  • Orientador : THALIA VELHO BARRETO DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CONCEIÇÃO MARIA DE OLIVEIRA
  • SANDRA VALONGUEIRO ALVES
  • THALIA VELHO BARRETO DE ARAUJO
  • Data: 27/06/2022

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  • A violência contra a mulher (VCM) representa a violação dos direitos humanos e das liberdades individuais refletindo as causas não naturais que resultam em adoecimento ou morte. A identificação dos casos e características das mulheres que vivenciam situações de violência são parte do sistema de vigilância em saúde. A qualidade da Informação é condição necessária para a definição de políticas, estratégias e ações que visem o enfrentamento da violência contra as mulheres.

    O estudo teve por objetivo avaliar a qualidade dos registros de violência contra mulher no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Viva/Sinan), no estado de Pernambuco,

    no período de 2016 a 2019. Trata-se de um estudo descritivo realizado a partir dos registros no Viva/SINAN de casos notificados de violência psicológica, sexual ou física, contra mulheres de 10 a 59 anos, residentes no estado, no período de 2016 a 2019.  Para a análise da qualidade dos dados foram selecionadas as dimensões de duplicidade, completitude e consistência onde foi adotado o sistema de escore com classificação das variáveis em Excelente, Ótima, Regular, Ruim e Muito ruim. Foram analisados 23.893 registros, após a exclusão das duplicidades, a média percentual para duplicidade foi de 2,2%, para a completude das variáveis e consistência foram 91,7% e 92,2%, respectivamente. Ainda que evidencie falhas, os resultados mostram avanços no grau de preenchimento e na consistência entre as informações registradas ao longo do quadriênio estudado.


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  • A violência contra a mulher (VCM) representa a violação dos direitos humanos e das liberdades individuais refletindo as causas não naturais que resultam em adoecimento ou morte. A identificação dos casos e características das mulheres que vivenciam situações de violência são parte do sistema de vigilância em saúde. A qualidade da Informação é condição necessária para a definição de políticas, estratégias e ações que visem o enfrentamento da violência contra as mulheres.

    O estudo teve por objetivo avaliar a qualidade dos registros de violência contra mulher no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Viva/Sinan), no estado de Pernambuco,

    no período de 2016 a 2019. Trata-se de um estudo descritivo realizado a partir dos registros no Viva/SINAN de casos notificados de violência psicológica, sexual ou física, contra mulheres de 10 a 59 anos, residentes no estado, no período de 2016 a 2019.  Para a análise da qualidade dos dados foram selecionadas as dimensões de duplicidade, completitude e consistência onde foi adotado o sistema de escore com classificação das variáveis em Excelente, Ótima, Regular, Ruim e Muito ruim. Foram analisados 23.893 registros, após a exclusão das duplicidades, a média percentual para duplicidade foi de 2,2%, para a completude das variáveis e consistência foram 91,7% e 92,2%, respectivamente. Ainda que evidencie falhas, os resultados mostram avanços no grau de preenchimento e na consistência entre as informações registradas ao longo do quadriênio estudado.

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  • LUCIANA SILVA DO NASCIMENTO
  • FATORES ASSOCIADOS A ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE ATENDENTES DE PACIENTES COVID-19 EM HOSPITAL PÚBLICO

  • Orientador : ALBANITA GOMES DA COSTA DE CEBALLOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALBANITA GOMES DA COSTA DE CEBALLOS
  • CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
  • RAFAEL DA SILVEIRA MOREIRA
  • Data: 01/09/2022

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  • Objetivo: Analisar os fatores associados à ansiedade e depressão em profissionais de saúde
    que  prestam assistência a pacientes com COVID-19 em um hospital público. Método:
    Estudo transversal no qual foi aplicado um questionário online contendo variáveis
    sociodemográficas e relacionadas ao trabalho e a Escala de depressão, ansiedade e estresse.
    Foram feitas análises descritivas quanto aos aspectos sociodemográficos, econômicos, do
    trabalho e características de saúde associadas à ansiedade e depressão. A regressão linear foi
    utilizada para analisar a relação entre a variável dependente e cada uma das variáveis
    independentes.  Resultados: um total de 77 profissionais responderam ao questionário. O
    sexo feminino e a idade até os 40 anos foram variáveis associadas a ansiedade (sexo p= 0,03;
    idade p=0,01) e depressão (sexo p= 0,04; idade p&lt;0,01). A fisioterapia foi a categoria
    profissional associada a ansiedade. O setor de atuação no COVID-19 e tempo de exercício
    em profissão de saúde foram associados a depressão. Conclusão: O sexo feminino e a idade
    até os 40 anos mostraram associação com ansiedade e depressão. Além disso, ser
    fisioterapeuta está associado com ansiedade e atuar no setor unidade de terapia intensiva ou
    em profissão de saúde até cinco anos mostraram relação com depressão.


  • Mostrar Abstract
  • Objetivo: Analisar os fatores associados à ansiedade e depressão em profissionais de saúde que  prestam assistência a pacientes com COVID-19 em um hospital público. Método: Estudo transversal com aplicação de um questionário online contendo variáveis sociodemográficas e relacionadas ao trabalho e a Escala de depressão, ansiedade e estresse. Serão feitas análises descritivas quanto aos aspectos sociodemográficos, econômicos, do trabalho e características de saúde associadas à ansiedade e depressão. A regressão linear será utilizada para analisar a relação entre a variável dependente e cada uma das variáveis independentes. 

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  • CLEDSON REIS DOS SANTOS
  • IMPLEMENTAÇÃO DA BIODANÇA NO CONTEXTO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NO BRASIL.

  • Orientador : MARIA BEATRIZ LISBOA GUIMARAES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • MARIA BEATRIZ LISBOA GUIMARAES
  • SANDRA BARBOSA DA COSTA
  • Data: 03/11/2022

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  • A pesquisa buscou compreender e analisar as condições de implementação da Biodança no contexto das Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde no Brasil. Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório e descritivo, com a coleta de dados realizada entre setembro e novembro de 2021, abrangendo todo o território brasileiro, tendo como sujeitos do estudo e critério de inclusão, facilitadores de Biodança que estivessem atuando ou tenham atuado em algum serviço do SUS, independente do vínculo profissional, a partir do período de inclusão da Biodança no SUS, ou seja, março de 2017. A amostra foi recrutada por meio da técnica “snowball sampling” ou “Bola de Neve”, e os dados coletados foram submetidos à análise de conteúdo. Os resultados reúnem elementos importantes para compreender o estado atual da arte de uma implementação incipiente, com fragilidades na institucionalização e que ao mesmo tempo demonstra contribuições na resolutividade enquanto recurso terapêutico complementar à biomedicina e como novo paradigma de cuidado em saúde. Oferece aos profissionais de saúde, gestores e academia a possibilidade de aproximação, conhecimento da Biodança e diálogo para a melhoria e ampliação da oferta no sistema público de saúde brasileiro.

     


  • Mostrar Abstract
  • A proposta deste projeto se insere no contexto de crise no campo da saúde, centrada em um modelo com foco na doença e que, ao naturalizar a ação do cuidado à técnica e à tecnologia, desconsidera a complexidade da subjetividade no ato de adoecer. Este cenário sugere a urgência de um novo paradigma que privilegie a visão multidimensional, integrada e holística do ser humano. Paradigma este, que emerge nos anos 1970 por meio das práticas de cuidado consideradas não convencionais ao modelo biomédico vigente, denominadas mundialmente por Medicinas Tradicionais, Complementares e Integrativas (MTCI) e no Brasil, no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), por Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), entre as quais a Biodança se inclui. Na busca pela humanização dos cuidados em saúde mental, em situações de grupos, a Biodança surge em Santiago do Chile, a partir de 1965, mediante meditações e vivências pessoais do seu criador, Rolando Toro Arañeda, educador, psicólogo, antropólogo e poeta. É definida como um sistema de desenvolvimento e integração humana, de renovação orgânica, de reeducação afetiva e de reaprendizagem das funções originais da vida. O projeto de pesquisa visa compreender e analisar as condições de implementação da Biodança no contexto das PICS no SUS. Será utilizada metodologia qualitativa, de base exploratória e descritiva, com uso de entrevistas semi-estruturadas. Serão convidados para a entrevista os facilitadores de Biodança de todo o território brasileiro que estejam (ou estiveram) atuando em algum serviço do SUS, independente do vínculo profissional, a partir do período de inclusão da Biodança na PNPICS, março de 2017, até os atuais dias. O recrutamento utilizará a técnica “snowball sampling” ou “Bola de Neve”, de amostragem não probabilística, utilizada para estudos de populações de difícil acesso ou sem precisão de sua quantidade. As entrevistas serão realizadas de modo remoto pela plataforma zoom, e os dados serão analisados pela técnica de análise de conteúdo. 

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  • FLAVIA GOMES FERNANDES DA FONTE
  • ORGANIZAÇÕES SOCIAIS DA SAÚDE EM PERNAMBUCO: UMA ANÁLISE DAS AÇÕES DE CONTROLE INTERNO DA SES/PE SOBRE OS INSTRUMENTOS CONTRATUAIS (2009 - 2019)

  • Orientador : RAQUEL SANTOS DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • HELOISA MARIA MENDONCA DE MORAIS
  • MARIA DO SOCORRO VELOSO DE ALBUQUERQUE
  • RAQUEL SANTOS DE OLIVEIRA
  • Data: 06/12/2022

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  • Resumo:

    Introdução: A pesquisa explorou aspectos concernentes às ações de controle interno pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco direcionada aos contratos de gestão estabelecidos com as Organizações Sociais da Saúde, considerando os desdobramentos desde a Reforma do Aparelho do Estado desencadeada nos anos de 1994/1995 e o cenário que se instala no estado de Pernambuco na última década. Nesse contexto, as Organizações Sociais sem fins lucrativos compõem um modelo dito de parceria entre Estado e sociedade, criado para absorver as atividades públicas não-estatais. Esse arranjo vem permitindo a retirada de normas e controles próprios do âmbito da administração pública ao flexibilizar a gestão com a justificativa de oferecer serviços com qualidade. No âmbito da saúde, o poder público, através do controle interno, tem o dever constitucional de fiscalizar os contratos de gestão com as OSS a fim de garantir a defesa do interesse público e prevenir irregularidades. Entretanto, convém considerar que pesquisas empíricas realizadas em âmbito nacional vêm demonstrando transferências expressivas de recursos financeiros concernentes a execução da prestação de serviços via Organizações Sociais da Saúde em um contexto de ações de controle interno ineficientes no âmbito do poder público, além de falta de comprometimento do poder público e das referidas entidades no que diz respeito à transparência dos instrumentos contratuais e sua prestação de contas. Objetivo: Analisar as ações de controle interno sobre os contratos de gestão estabelecidos entre as Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco e Organizações Sociais da Saúde para a administração da rede hospitalar do estado, no período de 2009 a 2019.  Metodologia: Estudo de descritivo e exploratório, que utiliza a abordagem quantitativa e qualitativa, fundamentado em fontes documentais e em dados secundários de domínio público. Os aspectos jurídico-legais sobre as OSS foram levantados nos âmbitos federal e estadual e na literatura sobre o tema. Os hospitais sob gestão de OSS foram caracterizados quanto à localização, estrutura e capacidade instalada. Na sequência, as OSS foram analisadas OSS no tocante a sua origem, natureza jurídica e estatuto social. Os instrumentos contratuais estabelecidos entre a SES/PE e as OSS foram avaliados à luz da legislação vigente, nos níveis federal e estadual, cujos resultados foram analisados de forma interpretativa, contextualizada e crítica. Para essa análise, foram utilizados como referência os objetos contratuais, os prazos de vigência, as supressões e acréscimos financeiros e as metas assistenciais  Resultados: O estudo observou que doze hospitais encontravam-se sob o modelo de gestão por Organizações Sociais da Saúde no período de 2009 a 2019. mediante 12 contratos e 159 termos aditivos estabelecidos pela secretaria estadual e sete Organizações Sociais da Saúde. Essas sete entidades são filantrópicas, contratadas a partir de processos de seleção pública, sendo todas com sede em Pernambuco, duas possuem origem religiosa e uma é participante do sistema privado da saúde. Na análise instrumentos contratuais, os resultados evidenciaram a inobservância de preceitos legais de parte dos responsáveis pelo controle interno dos contratos de gestão, seja no estabelecimento desses, seja na formalização dos respectivos termos aditivos. Além disso, é possível afirmar que o poder executivo em Pernambuco não evitou a reincidência de faltas administrativas que vão de encontro à legislação em vigor tais como a existência de objetos de teor genérico, termos aditivos em desacordo ao objeto do contrato, a prática da quarteirização de serviços, acréscimos financeiros e prorrogações de vigência acima do previsto em lei. Nesse contexto, o deficiente processo de monitoramento pelas instâncias competentes vem resultando em crescente transferência de recursos financeiros para empresas privadas e favorecimento de interesses mercadológicos. Conclusão: Esse estudo evidenciou que simultaneamente à tendência expansionista de práticas do modelo de gestão por OSS se fazem presentes distorções inquestionáveis no processo de controle interno pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, que não vem garantindo a defesa do interesse público. Desse modo, o aumento de entidades filantrópicas qualificadas como OSS com contratos de gestão, vem possibilitando a transferência expressiva de parcelas do fundo público a essas empresas privadas, mesmo quando irregularidades são apontadas e reiteradas pelos órgãos de controle externo. A atuação da sociedade enquanto controle social sobre a eficiência e a qualidade dos serviços prestados pelas OSS deve se fazer presente e fortalecida, sempre, nos espaços representativos de defesa do interesse público.

     


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  • Resumo:

    Introdução: A pesquisa explorou aspectos concernentes às ações de controle interno pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco direcionada aos contratos de gestão estabelecidos com as Organizações Sociais da Saúde, considerando os desdobramentos desde a Reforma do Aparelho do Estado desencadeada nos anos de 1994/1995 e o cenário que se instala no estado de Pernambuco na última década. Nesse contexto, as Organizações Sociais sem fins lucrativos compõem um modelo dito de parceria entre Estado e sociedade, criado para absorver as atividades públicas não-estatais. Esse arranjo vem permitindo a retirada de normas e controles próprios do âmbito da administração pública ao flexibilizar a gestão com a justificativa de oferecer serviços com qualidade. No âmbito da saúde, o poder público, através do controle interno, tem o dever constitucional de fiscalizar os contratos de gestão com as OSS a fim de garantir a defesa do interesse público e prevenir irregularidades. Entretanto, convém considerar que pesquisas empíricas realizadas em âmbito nacional vêm demonstrando transferências expressivas de recursos financeiros concernentes a execução da prestação de serviços via Organizações Sociais da Saúde em um contexto de ações de controle interno ineficientes no âmbito do poder público, além de falta de comprometimento do poder público e das referidas entidades no que diz respeito à transparência dos instrumentos contratuais e sua prestação de contas. Objetivo: Analisar as ações de controle interno sobre os contratos de gestão estabelecidos entre as Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco e Organizações Sociais da Saúde para a administração da rede hospitalar do estado, no período de 2009 a 2019.  Metodologia: Estudo de descritivo e exploratório, que utiliza a abordagem quantitativa e qualitativa, fundamentado em fontes documentais e em dados secundários de domínio público. Os aspectos jurídico-legais sobre as OSS foram levantados nos âmbitos federal e estadual e na literatura sobre o tema. Os hospitais sob gestão de OSS foram caracterizados quanto à localização, estrutura e capacidade instalada. Na sequência, as OSS foram analisadas OSS no tocante a sua origem, natureza jurídica e estatuto social. Os instrumentos contratuais estabelecidos entre a SES/PE e as OSS foram avaliados à luz da legislação vigente, nos níveis federal e estadual, cujos resultados foram analisados de forma interpretativa, contextualizada e crítica. Para essa análise, foram utilizados como referência os objetos contratuais, os prazos de vigência, as supressões e acréscimos financeiros e as metas assistenciais  Resultados: O estudo observou que doze hospitais encontravam-se sob o modelo de gestão por Organizações Sociais da Saúde no período de 2009 a 2019. mediante 12 contratos e 159 termos aditivos estabelecidos pela secretaria estadual e sete Organizações Sociais da Saúde. Essas sete entidades são filantrópicas, contratadas a partir de processos de seleção pública, sendo todas com sede em Pernambuco, duas possuem origem religiosa e uma é participante do sistema privado da saúde. Na análise instrumentos contratuais, os resultados evidenciaram a inobservância de preceitos legais de parte dos responsáveis pelo controle interno dos contratos de gestão, seja no estabelecimento desses, seja na formalização dos respectivos termos aditivos. Além disso, é possível afirmar que o poder executivo em Pernambuco não evitou a reincidência de faltas administrativas que vão de encontro à legislação em vigor tais como a existência de objetos de teor genérico, termos aditivos em desacordo ao objeto do contrato, a prática da quarteirização de serviços, acréscimos financeiros e prorrogações de vigência acima do previsto em lei. Nesse contexto, o deficiente processo de monitoramento pelas instâncias competentes vem resultando em crescente transferência de recursos financeiros para empresas privadas e favorecimento de interesses mercadológicos. Conclusão: Esse estudo evidenciou que simultaneamente à tendência expansionista de práticas do modelo de gestão por OSS se fazem presentes distorções inquestionáveis no processo de controle interno pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, que não vem garantindo a defesa do interesse público. Desse modo, o aumento de entidades filantrópicas qualificadas como OSS com contratos de gestão, vem possibilitando a transferência expressiva de parcelas do fundo público a essas empresas privadas, mesmo quando irregularidades são apontadas e reiteradas pelos órgãos de controle externo. A atuação da sociedade enquanto controle social sobre a eficiência e a qualidade dos serviços prestados pelas OSS deve se fazer presente e fortalecida, sempre, nos espaços representativos de defesa do interesse público.

     

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  • TARSILA KARLA SANTANA DE MIRANDA
  • Acidentes de trânsito com vítimas nas rodovias estaduais e federais do estado de Pernambuco envolvendo animais.

  • Orientador : ALBANITA GOMES DA COSTA DE CEBALLOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANA PAULA DE ANDRADE DA COSTA E SILVA SANTIAGO
  • ALBANITA GOMES DA COSTA DE CEBALLOS
  • CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
  • Data: 21/12/2022

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  • Os acidentes de transporte terrestre são considerados um problema de saúde pública no Brasil. Em 2021, Pernambuco foi o nono estado a apresentar mais acidentes de trânsito no país. Os acidentes de trânsito geram prejuízos às vias, ônus para as vítimas e seus familiares, danos econômico-sociais para o Sistema Único de Saúde e para a previdência. Dentre os fatores que podem contribuir para a ocorrência dos acidentes, destaca-se a presença de animais nas vias públicas. O objetivo desta pesquisa é caracterizar os acidentes de trânsito com vítimas nas rodovias estaduais e federais de Pernambuco envolvendo animais, no período entre 2014 e 2019. Trata-se de um estudo descritivo, onde foram coletados dados provenientes das fichas de notificação individual de vítimas de acidentes de transporte terrestre, notificadas pelos hospitais sentinela do estado e presentes no Sistema de Informação sobre Acidentes de Transporte Terrestre. Foram utilizadas também Declarações de Óbito relacionadas aos acidentes, presentes no Sistema de Informação sobre Mortalidade. Os resultados mostraram que, no período entre 2014 e 2019, ingressaram nos hospitais 4.816 vítimas de acidentes de trânsito envolvendo animais, principalmente homens (81,30%), com idade entre 19 e 29 anos (37,5%). A maioria dos acidentes ocorreu na zona urbana (46,5%) e foi mais frequente nos anos de 2019 (21,8%) e 2018 (20,3%). As unidades sentinela que mais receberam pacientes foram o Hospital Universitário de Petrolina (29,9%), Hospital Regional Fernando Bezerra (12,5%), em Ouricuri, e o Hospital Regional Inácio de Sá (7,1%), em Salgueiro. Predominaram os acidentes com motocicleta (90%), sendo os condutores as principais vítimas (80,6%). Dos acidentados, 64,7% tiveram alta hospitalar, 22,9% foram transferidos ou internados e 0,7% vieram a óbito. A pesquisa evidenciou um cenário preocupante em Pernambuco de acidentes de trânsito causados por animais na via, sendo necessário discutir mais sobre o tema e adotar medidas para a redução e prevenção destes acidentes no estado. 


  • Mostrar Abstract
  • Considerados um grave problema de saúde pública, os acidentes de trânsito remetem à colisão ou incidente que envolva ao menos um veículo que esteja em movimento, trafegando em via pública ou particular, desde que o público tenha acesso a esta (OMS, 2012). São fatores que contribuem para os acidentes, de forma individual ou
    conjunta, os elementos humano, veicular e viário-ambiental (CHAGAS, 2011). Inseridos no último fator, encontram-se os acidentes envolvendo animais domésticos e silvestres. O objetivo do estudo é  estudar a ocorrência de acidentes de trânsito com vítimas envolvendo animais nas rodovias estaduais e federais do Estado de Pernambuco, de 2014 a 2020. Estudo com dados secundários originários da ficha de notificação individual de vítimas de acidentes de transporte terrestre. Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UFPE e cessão dos dados pela Secretaria de Saúde do Estado, as análises descritivas e bivariadas serão realizadas no SPSS 20.0. 

12
  • MYCHELSON SANTANA DA SILVA SANTOS
  • VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES NO ESTADO DE PERNAMBUCO-BRASIL: Perfil das agredidas e características das ocorrências notificadas entre 2015 a 2019.

  • Orientador : PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
  • PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
  • RICARDO JOSE DE SOUZA CASTRO
  • Data: 23/12/2022

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  • O enfrentamento da violência contra as mulheres além de ser necessário para a equidade de gênero e para garantia dos direitos humanos é extremamente importante para a elevação dos níveis de saúde, no mundo e no Brasil. O estudo teve como objetivo caracterizar o perfil dos casos notificados das mulheres (10 anos a mais) que sofreram violências, residentes no Estado de Pernambuco – Brasil (2015 – 2019) e apresentar as características das agressões e de seus prováveis autores/as. Estudo ecológico, descritivo de corte transversal, a fonte de dados foi o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Identificamos 31.439 casos, predominaram mulheres da cor parda (20.384 casos), com relação a idade, houve maior concentração na faixa etária dos 10 a 29 anos (16.730 casos), as mulheres solteiras foram as que mais sofreram violências (14.405 casos). 2.370 casos correspondem a mulheres gestantes, a maioria residem em zona urbana (26.005 casos), as ocorrências predominaram em suas residências (19.013 casos), concernente a natureza das violências, os maiores registros foram Física, psicológica e sexual, por meio da força corporal/espancamento, sendo os parceiros do sexo masculino os prováveis autores. Traçar o perfil das mulheres que sofrem violência, possibilita mensurar a magnitude e apresentar as características do problema, a fim de subsidiar estratégias de enfrentamento do fenômeno de modo mais eficaz.


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  • O enfrentamento da violência contra as mulheres além de ser necessário para a equidade de gênero e para garantia dos direitos humanos é extremamente importante para a elevação dos níveis de saúde, no mundo e no brasil. O estudo tem como objetivo caracterizar o perfil dos casos notificados das mulheres e meninas (a partir dos 10 anos) que sofreram violências, residentes na I Região de saúde do Estado de Pernambuco – Brasil (2011 – 2020) e apresentar as características das agressões. Estudo ecológico, descritivo e corte transversal, a fonte de dados foi o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Identificamos 35.190 casos, predominaram vítimas da cor parda (20.010 casos), com relação a idade, houve uma maior concentração na faixa etária dos 20 a 39 anos de idade (17.109 casos), o nível de escolaridade das mulheres que sofreram violência com maior frequência é o ensino fundamental incompleto (4.419 casos). 13.079 casos correspondem a mulheres gestantes, a maioria das mulheres residem em zona urbana (31.762 casos), as ocorrências predominaram em suas residências (19.060 casos), identificamos ainda 13.269 casos notificados de violência por repetição. Os casos notificados na região de saúde estudada, correspondem a mais da metade dos casos notificados em todo Estado de Pernambuco no mesmo período (65.535 casos), foram identificadas falhas nas notificações, com registros em branco/ignorados, que sugerem a necessidade de aprimoramento da qualidade das notificações no sistema e na formação dos profissionais envolvidos.

2021
Dissertações
1
  • ALINE BEATRIZ DOS SANTOS SILVA
  • ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DA MORTALIDADE NAS PRIMEIRAS 24 HORAS DE VIDA E SUA EVITABILIDADE NO ESTADO DE PERNAMBUCO, 2000-2019.

  • Orientador : CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
  • RAFAEL DA SILVEIRA MOREIRA
  • THALIA VELHO BARRETO DE ARAUJO
  • Data: 30/08/2021

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  • Como objetivo de analisar o padrão espaço-temporal da mortalidade nas primeiras 24 horas no estado de Pernambuco no período de 2000 a 2019 a presente dissertação se desdobrou em quatro artigos. Foram incluídos todos os óbitos nas primeiras 24 horas de vida e por causas evitáveis no estado de Pernambuco registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. O primeiro artigo de caráter teórico e metodológico a respeito do Modelo Autorregressivo Integrado de Médias Móveis e sua aplicabilidade na mortalidade infantil. Teve como principais resultados a modelagem da série temporal da mortalidade infantil no Brasil como ilustrativa do passo a passo do método, o qual também foi ilustrado por meio de fluxograma. O segundo artigo do tipo transversal descritivo analisou os fatores associados e causas evitáveis para o óbito ocorrido nas primeiras 24 horas de vida. Classificou-se a evitabilidade dos óbitos pela Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitáveis por Intervenções do Sistema Único de Saúde. Os óbitos poderiam ter sido reduzíveis por adequada atenção à mulher no período gravídico, o que representa uma proporção de 40,53% (n=5.513) do total de óbitos e evidencia que é necessário investir nos cuidados prestados em todos os ciclos que perpassam o nascimento, principalmente no pré-natal e parto. O terceiro artigo objetivou analisar os padrões espaciais da mortalidade nas primeiras 24 horas de vida e causas evitáveis no estado de Pernambuco nos decênios de 2000-2009 e 2010-2019. Os resultados descreveram que a varredura espacial identificou o aumento de clusters para o segundo decênio para as taxas analisadas. Esse incremento evidencia aumento de áreas vulneráveis e que demandam ações estratégicas para redução da mortalidade prematura. O quarto artigo analisou a série temporal e estimou a tendência das taxas de mortalidade nas primeiras 24 horas de vida e por causas evitáveis em Pernambuco no período de 2000 a 2019. Os resultados do estudo mostraram que os gráficos das duas séries analisadas descrevem comportamento irregular e que na previsão que as taxas apresentam tendência crescente para os anos de 2020 a 2025. Esse resultado retoma a importância de estudos que analisam a tendência para que assim otimize a assistência em saúde e reorganize as redes de atenção, racionalizando os recursos e diminuindo as mortes tão precoces.


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  • Trata-se de um estudo ecológico exploratório misto cujo objetivo é analisar o padrão espaço-
    temporal da mortalidade nas primeiras 24 horas e evitabilidade no estado de Pernambuco, no
    período de 2000 a 2018. Constituirão como fonte de dados o Sistema de Informações sobre
    Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), os quais serão
    utilizados para fins de cálculo da taxa de mortalidade e evitabilidade nas primeiras 24 horas.
    Os óbitos ocorridos nas primeiras 24 horas serão caracterizados conforme variáveis
    relacionadas ao nascido vivo, parto e mãe. Os óbitos também serão caracterizados conforme
    os grupamentos de causas: evitáveis, mal-definidas e não evitávies. Para isso, terá como
    referência a Lista de causas de mortes evitáveis por intervenções do Sistema Único de Saúde
    do Brasil (2010). Serão calculadas as taxas de mortalidade e evitabilidade nas primeiras 24
    horas conforme as unidades de análise do estudo: trimestre e município. A modelagem da
    série temporal será conduzida segundo o Modelo Auto Regressivo Integrado de Médias
    Móveis (ARIMA), por meio do programa R. A análise espacial será conduzida em dois
    períodos de tempo (2000-2009 e 2010-2018), por possibilitar uma comparabilidade melhor do
    padrão espacial das taxas. Os municípios constituirão a unidade de análise espacial, exceto o
    município de Fernando de Noronha por não possuir continuidade geográfica com outros
    municípios. Será utilizada a técnica de análise espacial baseada no Índice de Moran (global e
    local). Objetiva-se compreender se há similaridade espacial entre os municípios, assim como,
    identificar padrões de associação espacial (clusters) ou valor aberrantes (outliers).

2
  • ALINE BEATRIZ DOS SANTOS SILVA
  • ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DA MORTALIDADE NAS PRIMEIRAS 24 HORAS DE VIDA E SUA EVITABILIDADE NO ESTADO DE PERNAMBUCO, 2000-2019.

  • Orientador : CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTINE VIEIRA DO BONFIM
  • THALIA VELHO BARRETO DE ARAUJO
  • RAFAEL DA SILVEIRA MOREIRA
  • Data: 30/08/2021

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  • Como objetivo de analisar o padrão espaço-temporal da mortalidade nas primeiras 24 horas no estado de Pernambuco no período de 2000 a 2019 a presente dissertação se desdobrou em quatro artigos. Foram incluídos todos os óbitos nas primeiras 24 horas de vida e por causas evitáveis no estado de Pernambuco registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. O primeiro artigo de caráter teórico e metodológico a respeito do Modelo Autorregressivo Integrado de Médias Móveis e sua aplicabilidade na mortalidade infantil. Teve como principais resultados a modelagem da série temporal da mortalidade infantil no Brasil como ilustrativa do passo a passo do método, o qual também foi ilustrado por meio de fluxograma. O segundo artigo do tipo transversal descritivo analisou os fatores associados e causas evitáveis para o óbito ocorrido nas primeiras 24 horas de vida. Classificou-se a evitabilidade dos óbitos pela Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitáveis por Intervenções do Sistema Único de Saúde. Os óbitos poderiam ter sido reduzíveis por adequada atenção à mulher no período gravídico, o que representa uma proporção de 40,53% (n=5.513) do total de óbitos e evidencia que é necessário investir nos cuidados prestados em todos os ciclos que perpassam o nascimento, principalmente no pré-natal e parto. O terceiro artigo objetivou analisar os padrões espaciais da mortalidade nas primeiras 24 horas de vida e causas evitáveis no estado de Pernambuco nos decênios de 2000-2009 e 2010-2019. Os resultados descreveram que a varredura espacial identificou o aumento de clusters para o segundo decênio para as taxas analisadas. Esse incremento evidencia aumento de áreas vulneráveis e que demandam ações estratégicas para redução da mortalidade prematura. O quarto artigo analisou a série temporal e estimou a tendência das taxas de mortalidade nas primeiras 24 horas de vida e por causas evitáveis em Pernambuco no período de 2000 a 2019. Os resultados do estudo mostraram que os gráficos das duas séries analisadas descrevem comportamento irregular e que na previsão que as taxas apresentam tendência crescente para os anos de 2020 a 2025. Esse resultado retoma a importância de estudos que analisam a tendência para que assim otimize a assistência em saúde e reorganize as redes de atenção, racionalizando os recursos e diminuindo as mortes tão precoces.


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  • Como objetivo de analisar o padrão espaço-temporal da mortalidade nas primeiras 24 horas no estado de Pernambuco no período de 2000 a 2019 a presente dissertação se desdobrou em quatro artigos. Foram incluídos todos os óbitos nas primeiras 24 horas de vida e por causas evitáveis no estado de Pernambuco registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. O primeiro artigo de caráter teórico e metodológico a respeito do Modelo Autorregressivo Integrado de Médias Móveis e sua aplicabilidade na mortalidade infantil. Teve como principais resultados a modelagem da série temporal da mortalidade infantil no Brasil como ilustrativa do passo a passo do método, o qual também foi ilustrado por meio de fluxograma. O segundo artigo do tipo transversal descritivo analisou os fatores associados e causas evitáveis para o óbito ocorrido nas primeiras 24 horas de vida. Classificou-se a evitabilidade dos óbitos pela Lista Brasileira de Causas de Mortes Evitáveis por Intervenções do Sistema Único de Saúde. Os óbitos poderiam ter sido reduzíveis por adequada atenção à mulher no período gravídico, o que representa uma proporção de 40,53% (n=5.513) do total de óbitos e evidencia que é necessário investir nos cuidados prestados em todos os ciclos que perpassam o nascimento, principalmente no pré-natal e parto. O terceiro artigo objetivou analisar os padrões espaciais da mortalidade nas primeiras 24 horas de vida e causas evitáveis no estado de Pernambuco nos decênios de 2000-2009 e 2010-2019. Os resultados descreveram que a varredura espacial identificou o aumento de clusters para o segundo decênio para as taxas analisadas. Esse incremento evidencia aumento de áreas vulneráveis e que demandam ações estratégicas para redução da mortalidade prematura. O quarto artigo analisou a série temporal e estimou a tendência das taxas de mortalidade nas primeiras 24 horas de vida e por causas evitáveis em Pernambuco no período de 2000 a 2019. Os resultados do estudo mostraram que os gráficos das duas séries analisadas descrevem comportamento irregular e que na previsão que as taxas apresentam tendência crescente para os anos de 2020 a 2025. Esse resultado retoma a importância de estudos que analisam a tendência para que assim otimize a assistência em saúde e reorganize as redes de atenção, racionalizando os recursos e diminuindo as mortes tão precoces.

2020
Dissertações
1
  • KARLA REGINA VIANA COUTINHO
  • Coordenação do Cuidado na Rede de Atenção ao Câncer do Colo do Útero: perspectiva dos gestores e profissionais da atenção primária de uma capital da região nordeste.

  • Orientador : ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • SANDRA VALONGUEIRO ALVES
  • BERNADETE PEREZ COELHO
  • Data: 09/12/2020

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  • Este trabalho teve como objetivo analisar a coordenação do cuidado pela Atenção Primária à Saúde (APS) na Rede de Atenção ao Câncer do Colo do Útero do Município de Teresina. Foi realizado um estudo de caso único com abordagem qualitativa, por meio de entrevista aberta com profissionais da atenção primária e gestores municipais da área da saúde da mulher e da regulação municipal. Para aprofundamento do caso foi realizada uma descrição do contexto, com análise documental dos dados referentes à Rede de Cuidado ao Câncer do Colo do Útero. Foram feitas leituras exaustivas das entrevistas e os dados primários transcritos e submetidos à análise de conteúdo. As categorias de análise que emergiram das entrevistas foram: burocratização do acesso na APS, baixa valorização da APS, mecanismo de acesso à atenção especializada satisfatória, responsabilização intermunicipal incipiente, comunicação fragmentada da APS e atenção especializada. O resultado demonstra fragilidade do município para que a APS exerça seu papel como coordenadora do cuidado às mulheres com câncer do colo do útero, desde o processo de trabalho das equipes, como a articulação com os serviços especializados. A ausência de contrarreferência é apontada como o grande gargalo que dificulta 0 retorno de informação essencial para o monitoramento da usuária pela equipe de atenção primária. Conclui-se que uma alta cobertura das equipes de Saúde da Família é importante, porém não suficiente, quando os processos de trabalho permanecem inalterados, não integrados com os serviços especializados e sem participação ativa da gestão na organização dos processos para o fortalecimento da APS como coordenadora do cuidado na Rede de Atenção ao Câncer do Colo do Útero.


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  • Este trabalho teve como objetivo analisar a coordenação do cuidado pela Atenção Primária à Saúde (APS) na Rede de Atenção ao Câncer do Colo do Útero do Município de Teresina. Foi realizado um estudo de caso único com abordagem qualitativa, por meio de entrevista aberta com profissionais da atenção primária e gestores municipais da área da saúde da mulher e da regulação municipal. Para aprofundamento do caso foi realizada uma descrição do contexto, com análise documental dos dados referentes à Rede de Cuidado ao Câncer do Colo do Útero. Foram feitas leituras exaustivas das entrevistas e os dados primários transcritos e submetidos à análise de conteúdo. As categorias de análise que emergiram das entrevistas foram: burocratização do acesso na APS, baixa valorização da APS, mecanismo de acesso à atenção especializada satisfatória, responsabilização intermunicipal incipiente, comunicação fragmentada da APS e atenção especializada. O resultado demonstra fragilidade do município para que a APS exerça seu papel como coordenadora do cuidado às mulheres com câncer do colo do útero, desde o processo de trabalho das equipes, como a articulação com os serviços especializados. A ausência de contrarreferência é apontada como o grande gargalo que dificulta 0 retorno de informação essencial para o monitoramento da usuária pela equipe de atenção primária. Conclui-se que uma alta cobertura das equipes de Saúde da Família é importante, porém não suficiente, quando os processos de trabalho permanecem inalterados, não integrados com os serviços especializados e sem participação ativa da gestão na organização dos processos para o fortalecimento da APS como coordenadora do cuidado na Rede de Atenção ao Câncer do Colo do Útero.

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