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Dissertações |
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DANIELLY ALVES MENDES BARBOSA
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COVID-19: Prevalência e impacto das disfunções olfativas e gustativas na qualidade de vida e nos hábitos alimentares de profissionais de saúde
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Orientador : KELLI NOGUEIRA FERRAZ PEREIRA ALTHOFF
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MEMBROS DA BANCA :
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ALICE VALENCA ARAUJO
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CAIO BEZERRA SOUTO MAIOR
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RENATA ANGELI
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Data: 31/01/2023
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Os sintomas mais mencionados pelos primeiros pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 foram: febre, tosse, mialgia e dispinéia. Contudo, quando o vírus adentra outros continentes, outros sinais e sintomas passam a pertencer ao quadro de manisfestações clínicas da COVID-19; um sintoma incomum estava sendo cada vez mais relatado, sendo ele as alterações olfativas e gustativas. Muitos pacientes que tiveram COVID-19 desenvolveram sintomas persistentes, chamados de Long COVID, e um dos sintomas mais duradouros foi a perda do olfato e do paladar. Ter essas alterações, de forma persistente ou não, pode acarretar riscos à qualidade de vida e aos hábitos alimentares. Por isso, esse estudo objetiva avaliar a prevalência e o impacto das disfunções olfativas e gustativas na qualidade de vida e nos hábitos alimentares de profissionais de saúde da Zona da Mata de Pernambuco infectados ou não pelo SARS-CoV-2. Trata-se de uma pesquisa caso-controle realizada com 53 profissionais de saúde da linha de frente ao combate da COVID-19. Esses profissionais passaram previamente pelo Teste do ELISA e foram distribuidos em 3 grupos de acordo com o resultado do teste e da listagem sintomatológica: (1) IgA e/ou IgG positivo para SARS-CoV-2 com perda de olfato e/ou paladar (n=37); (2) IgA e/ou IgG positivo para SARS-CoV-2 sem perda de olfato e/ou paladar (n=7); e (3) IgA e/ou IgG negativo para SARS-CoV-2(n=9). A coleta das informações foram feitas através de entrevista por ligação telefônica com auxílio de questionários validados. De acordo com o teste de Fisher não há associação entre fatores de risco/comorbidade com o diagnóstico para COVID-19. Quanto aos sinais/sintomas apenas mal-estar e perda de olfato e/ou paladar revelaram associação com a variável do resultado do teste para COVID-19. Do total de 53 participantes desse estudo, 39 indivíduos relataram o comprometimento do olfato e paladar, sendo 37 com diagnóstico positivo para o SARS-CoV-2 e 2 indivíduos com diagnóstico negativo para o SARS-CoV-2. Apenas 1 pessoa relatou o comprometimento isolado do paladar, todos os demais participantes mencionaram o comprometimento integrado tanto do olfato quanto do paladar. Dos 53 profissionais, 31 relataram ter sintomas com duração superior a 4 semanas, classificando-os com Long COVID. Entre os sintomas duradouros os mais citados foram: perda do olfato, perda do paladar e fraqueza/cansaço. Referente a análise do impacto dessas disfunções sobre a qualidade de vida os escores totais do sQOD-NS não diferiram entre os pacientes com perda de olfato e/ou paladar e aqueles sem essas disfunções. Em relação ao impacto das disfunções sobre os hábitos alimentares houve associação entre os grupos apenas quanto ao fato de “gostar da comida”, onde grande porcentagem dos indivíduos com resultado positivo e com perda de olfato e/ou paladar relataram que essas disfunções o fizeram gostar menos da comida. Diante disso, esse estudo revelou que existe uma alta prevalência das disfunções do olfato e/ou paladar, a curto e longo prazo, nos sujeitos com diagnóstico positivo para COVID-19 e que esses sintomas podem interferir nos hábitos alimentares reduzindo o prazer pela comida, bem como, fazer com que os indivíduos para compensar a perda desses sentidos optem por alimentos mais temperados e palatáveis.
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Os sintomas mais mencionados pelos primeiros pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 foram: febre, tosse, mialgia e dispinéia. Contudo, quando o vírus adentra outros continentes, outros sinais e sintomas passam a pertencer ao quadro de manisfestações clínicas da COVID-19; um sintoma incomum estava sendo cada vez mais relatado, sendo ele as alterações olfativas e gustativas. Muitos pacientes que tiveram COVID-19 desenvolveram sintomas persistentes, chamados de Long COVID, e um dos sintomas mais duradouros foi a perda do olfato e do paladar. Ter essas alterações, como forma persistente ou não, pode acarretar riscos a qualidade de vida e aos hábitos alimentares. Por isso, esse estudo objetiva avaliar a prevalência e o impacto das disfunções olfativas e gustativas na qualidade de vida e nos hábitos alimentares de profissionais de saúde da Zona da Mata de Pernambuco infectados ou não pelo SARS-CoV-2. Trata-se de uma pesquisa caso-controle realizada com 53 profissionais de saúde da linha de frente ao combate da COVID-19. Esses profissionais passaram previamente pelo Teste do ELISA e foram distribuidos em 3 grupos de acordo com o resultado do teste e da listagem sintomatológica: (1) IgA e/ou IgG positivo para SARS-CoV-2 com perda de olfato e/ou paladar (n=37); (2) IgA e/ou IgG positivo para SARS-CoV-2 sem perda de olfato e/ou paladar (n=7); e (3) IgA e/ou IgG negativo para SARS-CoV-2(n=9). A coleta das informações foram feitas através de entrevista por ligação telefônica com auxílio de questionários validados. De acordo com o teste de Fisher não há associação entre fatores de risco/comorbidade com o diagnóstico para COVID-19. Quanto aos sinais/sintomas apenas mal-estar e perda de olfato e/ou paladar revelaram associação com a variável do resultado do teste para COVID-19. Do total de 53 participantes desse estudo, 39 indivíduos relataram o comprometimento do olfato e paladar, sendo 37 com diagnóstico positivo para o SARS-CoV-2 e 2 indivíduos com diagnóstico negativo para o SARS-CoV-2. Apenas 1 pessoa relatou o comprometimento isolado do paladar, todos os demais participantes mencionaram o comprometimento integrado tanto do olfato quanto do paladar. Dos 53 profissionais, 31 relataram ter sintomas com duração superior a 4 semanas, classificando-os com Long COVID. Entre os sintomas duradouros os mais citados foram: perda do olfato, perda do palada e fraqueza/cansaço. Referente a análise do impacto dessas disfunções sobre a qualidade de vida os escores totais do sQOD-NS não diferiram entre os pacientes com perda de olfato e/ou paladar e aqueles sem essas disfunções. Em relação ao impacto das disfunções sobre os hábitos alimentares houve associação entre os grupos apenas quanto ao fato de “gostar da comida”, onde grande porcentagem dos indivíduos com resultado positivo e com perda de olfato e/ou paladar relataram que essas disfunções o fizeram gostar menos da comida. Diante disso, esse estudo revelou que existe uma alta prevalência das disfunções do olfato e/ou paladar, a curto e longo prazo, nos sujeitos com diagnóstico positivo para COVID-19 e que esses sintomas podem interferir nos hábitos alimentares reduzindo o prazer pela comida, bem como, fazer com que os indivíduos para compensar a perda desses sentidos optem por alimentos mais temperados e palatáveis.
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JÉSSICA ANDRESA BEZERRA DA SILVA
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Estudo da cinética de anticorpos IgA e IgG anti-SARS-CoV-2 em profissionais de saúde
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Orientador : ANA LISA DO VALE GOMES
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MEMBROS DA BANCA :
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FABIO MARCEL DA SILVA SANTOS
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KELLI NOGUEIRA FERRAZ PEREIRA ALTHOFF
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THYAGO MOREIRA DE QUEIROZ
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Data: 14/02/2023
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Desde o início da pandemia, os profissionais de saúde se tornaram um dos principais grupos de risco para a infecção pelo SARS-CoV-2 e a comunidade científica busca entender a cinética imunológica em resposta a exposição ao vírus com o intuito de saber por quanto tempo as respostas de anticorpos são mantidas, ou se fornecerão proteção contra reinfecção. O objetivo deste estudo foi analisar a cinética de anticorpos IgA e IgG anti-SARS-CoV-2 em profissionais de saúde sintomáticos para COVID-19 do município de Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Trata-se de um estudo descritivo e analítico, com delineamento longitudinal, realizado com profissionais de saúde atuantes na linha de frente no combate à COVID-19 e que apresentavam qualquer sintoma associado à síndrome gripal. A coleta de dados foi através da Ficha de Registro Individual - Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave Hospitalizado disponibilizada pela Secretaria de Saúde do município e amostras sorológicas foram coletadas nos meses de junho, julho e outubro de 2020. Os resultados dos níveis séricos de IgA e IgG anti-SARS-CoV-2 foram obtidos pelo teste imunoenzimático ELISA e organizados em ordem crescente a partir do intervalo de dias e semanas entre a data do início dos sintomas e a data da coleta sorológica para a análise laboratorial. O intervalo mínimo e máximo entre o início dos sintomas e a coleta foram de 10 e 212 dias. A amostra foi caracterizada por 21 profissionais de saúde, com idade entre 26 e 50 anos (± 38,1 anos), 12 (57,1%) pertenciam à categoria profissional de enfermagem e a obesidade foi a condição mais prevalente, seguido por hipertensão, diabetes e asma. Sintomas como dor de cabeça, anosmia, astenia, ageusia, febre e mialgia foram comumente relatadas no início da doença e caracterizam as manifestações da forma leve da COVID-19. Os anticorpos IgA positivos foram detectados no intervalo mínimo de 10 dias com posterior declínio ao longo da segunda e terceira coletas, semelhante à dinâmica da resposta imune humoral em infecções virais SARS-CoV. Alguns participantes apresentaram aumento nos níveis séricos de IgA, que poderia ser atribuído a casos de reinfecção ou uma resposta do anticorpo IgA a outros gêneros de coronavírus. Além disso, os níveis de anticorpos IgA positivos foram detectáveis por aproximadamente 07 meses, provavelmente correspondendo a uma nova característica da manifestação da imunidade humoral em resposta à infecção SARS-CoV-2. Os anticorpos IgG também foram detectados no início da doença com posterior aumento ao longo da segunda e terceira coletas, semelhante a resposta imune humoral do vírus SARS-CoV. Os títulos de IgG anti-SARS-CoV-2 positivos mantiveram-se detectáveis por aproximadamente 07 meses contribuindo para a memória imunológica. O estudo possibilitou identificar uma heterogeneidade na magnitude das respostas e ainda não está claro por quanto tempo os anticorpos promoverão imunidade protetora contra infecção secundária do SARS-CoV-2, sugerindo a continuidade das análises, com diferentes alvos imunológicos e incorporando também as respostas frente as induções artificiais de imunidade, como as vacinas.
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A doença do coronavírus 2019 (COVID-19) causado pelo vírus SARS-CoV-2, provocou uma Emergência de Saúde Pública a nível mundial. A doença transmitida através de gotículas respiratórias, eliminadas por tosse e espirro, infecta pessoas de todas as idades e provoca diferentes manifestações clínicas. A rápida disseminação da doença, causou superlotação dos serviços públicos de saúde e a exposição direta aos pacientes contaminados, tornaram os profissionais de saúde atuantes na linha de frente, uma das populações de maior risco para a infecção. O uso de testes sorológicos ajuda na identificação da infecção aguda ou prévia pelo SARS-CoV-2, a partir da detecção de anticorpos específicos para o vírus. A resposta de anticorpos IgA e IgG contra SARS-CoV-2 tem se mostrado altamente heterogênea entre os indivíduos, sendo importante o acompanhamento mais longo para a construção da cinética. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo estudar a cinética de anticorpos IgA e IgG anti-SARS-CoV-2 em profissionais de saúde sintomáticos para COVID-19 do município de Vitória de Santo Antão, Pernambuco. O estudo foi desenvolvido através de coletas das amostras sorológicas nos meses de junho, julho e outubro de 2020 na Secretaria Municipal de Saúde de Vitória de Santo Antão, com posterior análise dos anticorpos no Laboratório de Microbiologia e Imunologia do Centro Acadêmico de Vitória, através do ensaio imunoenzimático ELISA, sendo classificados como negativos, quando as proporções de anticorpos eram < 0,8, indeterminados entre 0,8 a 1,0 e positivas ≥ 1,1. Os títulos de anticorpos IgA e IgG obtidos após as análises sorológicas, foram organizados em ordem crescente a partir do intervalo de dias entre a data do início dos sintomas e a data da coleta sorológica para análise laboratorial. O intervalo de dias foi subdividido para análise da cinética de anticorpos IgA e IgG, em: 10 a 30, 10 a 45, 10 a 60, 10 a 90, 10 a 120, 10 a 150 e 10 a 212 dias. Foram avaliadas 52 amostras de anticorpos anti-SARS-CoV-2, de 20 profissionais de saúde nos diferentes intervalos de tempo. Nos resultados, participaram 21 profissionais de saúde com idade média de 38,1 anos (DP±7,89), mais da metade (57,1%) pertenciam à categoria profissional de enfermagem e os sintomas mais relatados foram dor de cabeça (85,7%), perda de olfato e astenia (81%). Foi observado diferentes respostas de anticorpos IgA e IgG contra SARS-CoV-2 após o início dos sintomas. Os níveis de IgA positivos não apresentaram correlação estatisticamente significativa em diferentes intervalos de tempo, no entanto, foi observada correlação estatisticamente significativa entre os níveis positivos de IgG e o tempo nos intervalos entre 10 a 120 e 10 a 150 dias. Após 212 dias, observa-se um comportamento irregular dos anticorpos e elevados níveis de IgG positivos, no entanto, não houve correlação estatisticamente significativa nos níveis de IgG e o tempo neste intervalo.
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JOSÉ HÉLIO LUNA DA SILVA
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AVALIAÇÃO DOS TÍTULOS DE IMUNOGLOBULINAS ANTI SARS-CoV-2 EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE ANTES E APÓS VACINA
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Orientador : ALICE VALENCA ARAUJO
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIANE CAJUBA DE BRITTO LIRA NOGUEIRA
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IDJANE SANTANA DE OLIVEIRA
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REGINALDO CORREIA DA SILVA FILHO
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Data: 15/02/2023
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A Coronavirus Disease-19 (COVID-19) é uma doença causada pelo vírus de RNA denominado SARS-CoV-19 (do inglês, Severe Acute Respiratory Syndrome CoronaVirus). Sabe-se que a administração de vacinas tem como uma das principais funções a indução de anticorpos neutralizantes e se tratando especificamente da COVID- 19, as principais imunoglobulinas que se destacam frente a uma resposta imune ao SARS-Cov-2 são: IgM, IgG e IgA. Atualmente, a imunização da população e profissionais de saúde é considerada a ferramenta mais eficaz para o controle da pandemia. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi quantificar e avaliar associações sociodemográficas dos títulos de IgG contra o SARS-CoV-2 antes e após vacinação em profissionais de saúde de um município do interior de Pernambuco. O presente estudo se deu no município da Vitória de Santo Antão-PE e contou com a participação de profissionais que estavam vinculados diretamente com à Secretaria de Saúde do município e em exercício profissional. Foram realizadas coletas sorológicas entre o período de 16/03/2021 à 04/05/2021, a primeira se deu antes do recebimento da vacina e a segunda após o recebimento do imunizante (a coleta pós-vacina ocorreu entre 19 e 79 dias após administração do imunizante), para posterior análise sorológica. Os valores de referências foram classificados como negativos quando as proporções de anticorpos <0,8, inconclusivos ≥ 0,8 a <1,1 e positivos quando a razão era ≥1,1. Participaram da pesquisa 20 (vinte) indivíduos com idade entre 22 e 54 anos (média de 33,2±8,5 anos). Após a 2ª dose da vacina Coronavac (Sinovac Life Sciences), 95% (n=19) dos participantes estavam produzindo imunoglobulinas específicas contra o SARS-CoV-2 e apenas 1 indivíduo apresentou resultado inconclusivo após receber as duas doses do imunizante. Foi encontrado aumento dos títulos de anticorpos depois da vacina, quando comparados aos títulos antes da vacina para todas as ocupações. Encontrou-se diferença estatística nos níveis de IgG dos profissionais que disseram ter tido sintomas da COVID-19 (n=8), apresentaram média do valor de IgG 2,164 ± 1,625 antes da vacina e 4,708 ± 2,420 após administração do imunizante versus os que relataram não apresentar (0,3825 ± 1,015 antes da vacina e 3,827 ± 1,763 após a vacina). Não foi encontrada diferença estatística por faixa etária e nem foi observada correlação entre os títulos de IgG e o intervalo de dias entre a segunda dose do imunizante e a coleta pós vacina. Não observou-se significância estatística nos níveis de IgG dos PS antes e após vacina dos que informaram apresentar comorbidades versus os que não relataram. Pode-se concluir que uma frequência alta de profissionais de saúde 95% produziu imunoglobulinas específicas contra o SARS-CoV-2 após as duas doses da vacina. Esses achados corroboram com estudos publicados a respeito da indução da resposta imune humoral induzida pela CoronaVac. Infere-se também que a eficácia das vacinas contra COVID19 em todos os tipos de populações continua a ser avaliada, e certas dúvidas sobre a influência de fatores derivados do hospedeiro, como idade, comorbidades e tempo de produção de anticorpos neutralizantes pós-vacina estão sendo estudados.
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Mostrar Abstract
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A COVID-19 do inglês, Coronavirus Disease-19 é uma doença causada pelo vírus de RNA denominado SARS-CoV-19 (do inglês, Severe Acute Respiratory Syndrome CoronaVirus 2). Embora a maioria das pessoas desenvolvam as formas leve ou moderada da infecção, aproximadamente 5-15% dos indivíduos não vacinados, desenvolvem a forma grave. Os profissionais de saúde estão sob maior risco de contrair a doença. Sabe-se que a administração de vacinas tem como uma das principais funções a indução de anticorpos neutralizantes e se tratando especificamente da COVID- 19, as principais imunoglobulinas que se destacam frente a uma resposta imune ao SARS-Cov-2 são: IgM, IgG e IgA. A imunização da população e profissionais de saúde torna-se uma das ferramentas para o controle da pandemia. Isso disparou uma verdadeira corrida no desenvolvimento de vacinas, com mais de 200 vacinas sendo testadas em novembro de 2020. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi quantificar e avaliar associações sociodemográficas dos títulos de IgG contra o SARS-CoV-2 antes e após vacinação em profissionais de saúde de Vitória de Santo Antão- PE. O presente estudo se deu no município da Vitória de Santo Antão-PE e contou com a participação de profissionais que estavam vinculados diretamente com à Secretaria de Saúde do município e em exercício profissional. Foram realizadas coletas sorológicas entre o período de 16/03/2021 à 04/05/2021, a primeira se deu antes do recebimento da vacina e a segunda após o recebimento do imunizante (a coleta pós-vacina ocorreu entre 19 e 79 dias após administração do imunizante), para posterior análise sorológica no laboratório de Biologia Molecular do Centro Acadêmico de Vitória por meio do teste imunoenzimático pelo ensaio de imunoabsorção semiquantitativo (ELISA). Os valores de referências foram classificados como negativos quando as proporções de anticorpos <0,8, inconclusivos ≥ 0,8 a <1,1 e positivos quando a razão era ≥1,1. Participaram da pesquisa 20 (vinte) indivíduos com idade entre 22 e 54 anos (média de 33,2±8,5 anos). Após a 2ª dose da vacina Coronavac (Sinovac Life Sciences), 95% (n=19) dos participantes estavam produzindo imunoglobulinas específicas contra o SARS-CoV-2 e apenas 1 indivíduo apresentou inconclusivo após receber as duas dose do imunizante. Foi encontrado aumento dos títulos de anticorpos depois da vacina, quando comparados aos títulos antes da vacina para todas as ocupações. Encontrou-se diferença estatística nos níveis de IgG dos indivíduos que relataram ter apresentado sintomas antes da administração do imunizante quando comparado aos que não. Não foi encontrada diferença estatística por faixa etária e nem foi observada correlação entre os títulos de IgG e o intervalo de dias entre a segunda dose do imunizante e a coleta pós vacina. Não observou-se significância estatística nos níveis de IgG dos PS antes e após vacina dos que informaram apresentar comorbidades versus os que não relataram. Pode-se concluir que uma frequência alta de profissionais de saúde 95% (n=19) produziu imunoglobulinas específicas contra o SARS-CoV-2 após as duas doses de uma vacina desenvolvida a partir de vírus inativado e apenas 1 indivíduo apresentou resultado inconclusivo após receber as duas dose do imunizante. Esses achados apenas corroboram com os inúmeros estudos publicados a respeito da indução da resposta imune humoral induzida pela Coronavac.
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ROXANA PATRÍCIA BEZERRA DA SILVA
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EFEITOS DO ISOLAMENTO SOCIAL E ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL PÓS-DESMAME SOBRE COMPORTAMENTOS EMOCIONAIS E COMPONENTES DO SISTEMA SEROTONINÉRGICO EM PROLE DE RATOS
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Orientador : LIGIA CRISTINA MONTEIRO GALINDO
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MEMBROS DA BANCA :
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EDUARDA CORREIA MORETTI
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KELLI NOGUEIRA FERRAZ PEREIRA ALTHOFF
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LIGIA CRISTINA MONTEIRO GALINDO
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Data: 24/02/2023
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O isolamento social (IS), particulamente quando ocorre em estágios iniciais do desenvolvimento, está relacionado a efeitos neurocomportamentais adversos e alterações neuroquímicas, particularmente quando ocorrem em estágios iniciais do desenvolvimento. Por outro lado, o enriquecimento ambiental (EA) parece reduzir os comportamentos semelhantes à ansiedade e depressão, bem como aumentar os níveis de serotonina no córtex pré-frontal e hipocampo em roedores. O objetivo deste estudo foi revisar sistematicamente os efeitos do isolamento social e enriquecimento ambiental sobre comportamentos emocionais e alguns componentes do sistema serotoninérgico em ratos após o desmame. Dois autores realizaram busca cega nas bases de dados eletrônicas Medline/PubMed, LILACS, Scopus, Web of Science, EMBASE e Sigle via Open Gray. A primeira etapa das buscas consistiu da leitura dos artigos pelo título e resumo. Posteriormente foi realizada a leitura dos artigos na íntegra. Foram incluídos nesta revisão, estudos experimentais primários que submeteram ratos ao IS, EA e condição social normal após o desmame. A qualidade dos estudos selecionados foi avaliada considerando as recomendações do SYRCLE's Risk of Bias. O índice Kappa foi calculado para medir o grau de concordância entre os revisores durante a etapa de seleção dos artigos, bem como na etapa de avaliação da qualidade dos estudos. Os resultados apontaram que os animais expostos ao EA apresentaram menor peso corporal, melhora no índice comportamental de habituação e melhora da resposta de enfrentamento a situações de estresse incontrolável. Além disso, o ambiente enriquecido reduziu o comportamento semelhante á depressão e promoveu aumento na quantidade de serotonina no hipocampo e córtex pré-frontal dos roedores. Desta forma, os estímulos ambientais durante o período crítico do desenvolvimento foram associados à melhor resposta emocional bem como a maiores nÍveis de serotonina em regiões encefálicas a longo prazo.
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Mostrar Abstract
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Social isolation (SI), particularly when it occurs in early stages of development, is related to adverse neurobehavioral effects and neurochemical changes, especially when it occurs in the first instance of development. On the other hand, environmental enrichment (EE) appears to reduce anxiety- and depression-like behaviors, as well as increase serotonin levels in the prefrontal cortex and hippocampus in rodents. The aim of this study was to systematically review the effects of social isolation and environmental enrichment on emotional behavior and some components of the serotonergic system in rats after weaning. Two authors performed a blind search in electronic databases Medline/PubMed, LILACS, Scopus, Web of Science, EMBASE and Sigle via Open Gray. The first stage of the searches consisted of reading the articles by title and abstract. Subsequently, the articles were read in full. Studies included in this review were primary experimental studies that subjected rats to IS, EA and normal social conditions after weaning. The quality of the selected studies was assessed considering the recommendations of SYRCLE's Risk of Bias. The Kappa index was calculated to measure the degree of agreement between reviewers during the article selection stage, as well as in the study quality assessment stage. The results showed that animals exposed to EA had lower body weight, improved behavioral habituation index and improved coping response to situations of uncontrollable stress. In addition, the enriched environment produced antidepressant effects and promoted an increase in the amount of serotonin in the hippocampus and prefrontal cortex of rodents. In addition, the enriched environment reduced depression-like behavior and promoted an increase in the amount of serotonin in the hippocampus and prefrontal cortex of rodents. Thus, environmental stimuli during the critical period of development were associated with better emotional response as well as higher levels of serotonin in brain regions in the long term.
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DAVYSON BARBOSA DUARTE
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AVALIAÇÃO DO SUPERCRESCIMENTO BACTERIANO DO INTESTINO DELGADO, PARÂMETROS BIOQUÍMICOS E INFLAMATÓRIOS EM ESCOLARES COM OBESIDADE: UM ESTUDO TRANSVERSAL
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Orientador : JOSE LUIZ DE BRITO ALVES
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MEMBROS DA BANCA :
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ADELIA DA COSTA PEREIRA DE ARRUDA NETA
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JOSE LUIZ DE BRITO ALVES
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VIVIANE DE OLIVEIRA NOGUEIRA SOUZA
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Data: 28/02/2023
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O sobrepeso e obesidade tem aumentado de forma epidêmica entre o público pediátrico nas últimas décadas, tornando-se um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. O excesso de gordura corporal durante a infância pode perdurar até a fase adulta e resultar no desenvolvimento de doenças do metabolismo. Alterações na diversidade e funções da microbiota intestinal têm sido relatadas em crianças com sobrepeso e/ou obesidade. O presente estudo teve como objetivo avaliar o impacto da obesidade infantil sobre o supercrescimento bacteriano de intestino delgado (SCBID), parâmetros bioquímicos e inflamatórios em escolares. Para isto, se desenvolveu um estudo epidemiológico, quantitativo, transversal, de caráter analítico e exploratório. Este foi um recorte do projeto “Treinamento físico e educação nutricional como estratégias para modular a microbiota intestinal e parâmetros metabólicos, inflamatórios e cardiovasculares em escolares com obesidade: uma cooperação para estudo multicêntrico”. As coletas dos dados aconteceram entre Maio e Dezembro de 2022, com participação de 109 crianças de 7 a 11 anos, matriculados na rede pública de ensino do município de João Pessoa – PB. Foram realizadas medidas antropométricas, tais como: peso, estatura, circunferências, dobras cutâneas para diagnóstico nutricional de acordo com o indicador de IMC/I e aferição da pressão arterial. Além disso, foram coletadas amostras de sangue para mensuração do perfil bioquímico e inflamatório. Para avaliação do SCBID foi realizado o teste respiratório de hidrogênio exalado. Nossos resultados indicaram que os escolares com obesidade apresentaram valores elevados de triglicerídeos (95.0mg/dl ±35.4), creatinina sérica (0.62mg/dl ±0.13) e interleucina 2 (8.8pg/ml ±3.6). Ademais, o aumento de indicadores de risco cardiovascular como PAS (110.6mmHg ±13.2), PAD (65.0mmHg ±10.9) e RCQ (0.88cm ±0.06) quando comparado ao grupo eutrofia. A respeito do SCBID, houve maior prevalência de casos nos participantes com obesidade, entretanto, não houve diferença significativa com relação ao grupo eutrofia. Portanto, visto que a obesidade nos escolares apresentou relação com algumas alterações metabólicas, faz necessário ter conhecimento dessas repercussões para que sejam realizadas a formulação e execução de estratégias para seu combate e prevenção, como atividades de educação nutricional e estímulo à prática de atividade física sejam adotados no ambiente escolar e social desse público, a fim de minimizar as possíveis complicações advindas da obesidade em longo prazo.
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O aumento na ingestão de alimentos ultraprocessados de elevado valor calórico e com alto teor de gordura, associado ao sedentarismo são descritos como os fatores de risco para o desenvolvimento da obesidade. Alterações na diversidade e funções da microbiota intestinal têm sido relatadas em crianças com sobrepeso e/ou obesidade. Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo, transversal, de caráter analítico e exploratório. O mesmo é um recorte do projeto “Treinamento físico e educação nutricional como estratégias para modular a microbiota intestinal e parâmetros metabólicos, inflamatórios e cardiovasculares em escolares com obesidade: uma cooperação para estudo multicêntrico”. O presente estudo tem como objetivo principal avaliar o impacto na obesidade infantil sobre o supercrescimento bacteriano de intestino delgado, parâmetros bioquímicos, inflamatórios e de estresse oxidativo em escolares dos 7 aos 10 anos de idade residentes na cidade de Vitória de Santo Antão. O tamanho da amostra foi estimado em 40 escolares por grupo (40 escolares eutróficos e 40 escolares com obesidade). Estão sendo realizadas medidas antropométricas, tais como: circunferências, peso e estatura para diagnóstico nutricional de acordo com o indicador de IMC/I. Além disso, estão sendo coletadas amostra de sangue para mensurações bioquímicas, inflamatórias e de estresse oxidativo. Para diagnóstico de Supercrescimento Bacteriano de Intestino Delgado é realizado o teste respiratório de hidrogênio exalado. Até o momento, foram avaliados 20 indivíduos, sendo 14 do sexo feminino e 6 do sexo masculino com média de idade de 9,81 (DP±0,94) anos. A idade, peso e estatura demonstram-se semelhantes entre os sexos, com médias de 9,81 anos (DP±0,85), 57,43 kg (DP±14,64) e 145,8 cm (DP±7,34) para o sexo feminino e 9,65 anos (DP±0,85), 54,03 kg (DP±15,89) e 145,53 cm (DP±12,07) o sexo masculino, respectivamente. Dessa forma, o índice de IMC/I apresentou semelhança em suas médias 2,71 escore z (DP±0,63) e 2,79 escore z (DP±0,65), entre meninas e meninos. A circunferência da cintura (CC) teve média de 79,97 cm (DP±11,90), com valores entre 63,2 cm a 106,5 cm. Já a circunferência do quadril, apresentou variação de 73 cm a 117,4 cm, com média de 94,28 cm (DP±10,64). Já a razão cintura-quadril apresentou média de 0,85 cm (DP±0,06), com variações entre 0,73 cm a 0,97 cm. Para diagnóstico de SCBID foi realizado o teste de hidrogênio exalado. As médias se assemelharam em todos tempos analisados (3,2 partes por milhão (ppm) a 3,8 ppm), bem como o valor mínimo (0,00 ppm) e valor máximo (23,00 ppm). Desse modo, todos os participantes testaram negativo para o SCBID. Espera-se com a conclusão desse estudo que os escolares com obesidade apresentem supercrescimento bacteriano e valores elevados de parâmetros bioquímicos, inflamatórios e de estresse oxidativo.
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FERNANDA TRIGUEIRO DE ALMEIDA ARAUJO
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Caracterização de ambientes alimentares em um município do sertão paraibano
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Orientador : WYLLA TATIANA FERREIRA E SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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CYBELLE ROLIM DE LIMA
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DIOGO ANTONIO ALVES DE VASCONCELOS
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SUELI MORENO SENNA
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THYAGO MOREIRA DE QUEIROZ
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Data: 28/02/2023
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Diante dos desequilíbrios nos sistemas alimentares, a alimentação também está condicionada a fatores relacionados às questões culturais, sociais, biológicas e econômicas da sociedade. Unidos, estes são capazes de caracterizar o ambiente alimentar. Essa caracterização é capaz de definir estes locais “desertos alimentares” ou “pântanos alimentares”, que são áreas onde o acesso à alimentos in natura é ausente ou dificultado, ou apresentam grande facilidade de aquisição de alimentos ultraprocessados, respectivamente. Identificar esses desequilíbrios no ambiente alimentar é necessário para evidenciar situações de Insegurança Alimentar e Nutricional (IAN), estando diretamente relacionadas ao surgimento de problemas de saúde. Portanto, o objetivo deste estudo é caracterizar o ambiente alimentar do município de Patos-PB no tocante à existência de desertos e pântanos alimentares. A população estudada foi constituída pelo comércio varejista de alimentos da cidade de Patos-PB. Para a obtenção dos dados, foram colhidos junto ao IBGE e na Secretaria Municipal de Infraestrutura do Município de Patos, arquivos contendo as coordenadas geográficas das divisões políticas estaduais e municipais e a localização dos bairros do município. Outros dados como pessoas residentes e a listagem dos estabelecimentos de aquisição de alimentos da cidade, foram coletados pela ferramenta Sinopse por Setores e pela plataforma Radar SEBRAE de Oportunidades, respectivamente. Para identificar um deserto alimentar, foi observada, dentro de um raio de 500 metros, a ausência ou um número total de estabelecimentos de aquisição de alimentos in natura ou minimamente processados e locais que produzem refeições ou estabelecimentos mistos menor que 4. Já para um pântano alimentar, foi analisada a presença de ao menos 4 estabelecimentos de aquisição de processados ou ultraprocessados dentro do raio de 500 metros. Foi realizada a avaliação da densidade total de estabelecimentos de aquisição de alimentos por bairro, e por categoria de estabelecimentos. Nos 26 bairros analisados, foram encontrados um total de 987 estabelecimentos de aquisição de alimentos. Deste total, 69,40% são estabelecimentos mistos, 15,90% estabelecimentos de aquisição de processados e ultraprocessados e 14,69% são estabelecimentos de aquisição de in natura ou minimamente processados e locais que produzem refeições. Dentre o quantitativo dos bairros da cidade, 29,62% destes foram considerados pântanos alimentares e 25,92% foram identificados como desertos alimentares. No tocante à concentração dos estabelecimentos, eles estão localizados predominantemente no setor central, prejudicando as regiões periféricas da cidade. Diante disso, combater os desertos e pântanos alimentares em todo o território nacional é primordial, devido a relação definida entre a disponibilidade e o acesso aos estabelecimentos de processados e ultraprocessados, bem como a dificuldade de acesso aos alimentos in natura ou minimamente processados e os respectivos desfechos de saúde. Por isso, incentivar a criação de políticas públicas que visem garantir a segurança alimentar e nutricional da população é condição intrínseca à efetivação da cidadania.
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A alimentação é direito básico dos indivíduos, estando socialmente, economicamente e fisicamente acessível, em quantidade e qualidade adequadas para garantir o Direito Humano à Alimentação e Nutrição Adequadas (DHANA). Diante dos desequilíbrios nos sistemas alimentares, a alimentação também está condicionada a fatores relacionados às questões culturais, sociais, biológicas e econômicas da sociedade. Unidos, estes são capazes de caracterizar o ambiente alimentar onde a população está inserida. Essa caracterização é capaz de definir os ambientes alimentares como “desertos alimentares” ou “pântanos alimentares”, os quais, são locais onde não há disponibilidade de alimentos in natura, ou apresentam grande facilidade de aquisição de alimentos ultraprocessados, respectivamente. Desertos e pântanos alimentares em uma comunidade, acarretam alterações no padrão alimentar dos indivíduos ali inseridos. Para identificar esses desequilíbrios no ambiente alimentar faz-se necessário para evidenciar situações de Insegurança Alimentar e Nutricional (IAN), estando diretamente relacionada ao surgimento de problemas de saúde. Portanto, o objetivo deste estudo é caracterizar o ambiente alimentar do município de Patos-PB e identificar a disponibilidade geográfica dos estabelecimentos de venda de alimentos no município. A população estudada foi constituída pelo comércio varejista de alimentos da cidade de Patos-PB. Para a obtenção dos dados, foram colhidos junto ao IBGE e na Secretaria Municipal de Infraestrutura do Município de Patos, arquivos shapedfile contendo as coordenadas geográficas das divisões políticas estaduais e municipais e a localização dos bairros do município. A quantidade de pessoas residentes e a listagem dos estabelecimentos de venda de alimentos da cidade, e seus dados geográficos e empresariais foram coletados pela ferramenta Sinopse por Setores e pela plataforma Radar SEBRAE de Oportunidades, respectivamente. Após a categorização dos dados, as coordenadas foram inseridas no software QGIS para elaboração de mapas. Para identificar os desertos alimentares, será observada a ausência de estabelecimentos de venda de alimentos in natura ou mistos dentro de um buffer de 400 metros. Já para os pântanos alimentares, será analisada a presença de ao menos 4 estabelecimentos de venda de alimentos ultraprocessados dentro do buffer. Após a identificação dos desertos e pântanos alimentares pela análise espacial, também será realizada a avaliação da densidade total de estabelecimentos de venda de alimentos por bairro, e a densidade por categoria de estabelecimentos de venda de alimentos para cada bairro. Os dados numéricos, serão inseridos no software estatístico IBM® SPSS Statistics, onde será possível analisar descritivamente e através de inferência estatística. Nos 26 bairros analisados na cidade de Patos-PB, foram encontrados um total de 987 estabelecimentos de venda de alimentos. Deste total, 101 realizam a venda de alimentos in natura, 157 vendem alimentos ultraprocessados e 729 estabelecimentos são considerados mistos. Existem bairros onde não há disponibilidade de acesso a nenhum tipo de estabelecimento de venda de alimentos (Alto da Tubiba e Jardim Assunção). Nesses casos, previamente é possível identificar que esses locais são considerados desertos alimentares. Sobre essa distribuição central de estabelecimentos, a proporção destes e a visualização por meio dos mapas, é possível sugerir que os bairros da cidade de Patos-PB sejam caracterizados predominantemente como pântanos alimentares.
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LETÍCIA DA SILVA PACHÊCO
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Avaliação da atividade e quantificação de mRNA de enzimas do metabolismo energético no fígado de ratos jovens e adultos submetidos a dieta obesogênica durante a gestação e lactação
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Orientador : MARIANA PINHEIRO FERNANDES
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MEMBROS DA BANCA :
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ALICE VALENCA ARAUJO
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TALITTA RICARLLY LOPES DE ARRUDA LIMA
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VIVIANE DE OLIVEIRA NOGUEIRA SOUZA
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Data: 28/02/2023
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O consumo de alimentos densamente calóricos e de baixo valor nutricional foram crescentes. Consequetemente houve o aumento na prevalência de sobrepeso, obesidade e doenças associadas na população. Estudos epidemiológicos e experimentais têm mostrado que a ingestão de uma dieta obesogênica materna está relacionada ao aumento do risco de desenvolver distúrbios metabólicos na prole. O objetivo do presente trabalho foi avaliar as repercussões da dieta obesogênica materna, durante gestação e lactação, sobre a atividade e quantificação de mRNA de enzimas do metabolismo energético no fígado da prole, aos 30 e 90 dias de vida. Para isso, ratas Wistar prenhas foram divididas em grupo controle (C) (n=8 animais) que recebeu dieta de padrão de biotério e grupo obesogênico (OB) (n=8 animais) que recebeu dieta obesogênica, composta pela dieta hiperlipídica somada a oferta de leite condensado, durante a gestação e a lactação. Após o desmame, a prole recebeu dieta padrão de biotério até atingir 30 e 90 dias de vida, quando foram eutanasiadas. Nas mães foram avaliados o consumo alimentar, peso corporal e hepático. Na prole foram avaliados o peso corporal e hepático, circunferência abdominal, comprimento naso-anal, índice de Lee, atividade das enzimas metabólicas citrato sintase (CS), fosfofrutoquinase 1 (PFK1), glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PDH), ácido graxo sintase (FAS) e β-hidroxiacil-CoA desidrogenase (β-Had), além da expressão gênica dessas enzimas e da AMPK. Nossos resultados mostram que o peso corporal nas mães durante a gestação foi maior (52,31%, p=0,0003) no grupo OB do que no C. Na lactação, o peso corporal do grupo OB reduziu (26,99%, p=0,0230) comparado ao C. Quanto ao consumo alimentar, considerando o período total da gestação, o grupo OB consumiu menos proteínas (55,32%, p=0,0002) e mais lipídios (97,37%, p<0,0001) do que o C. Na lactação, o grupo OB comparado ao C apresentou redução no consumo de proteínas (61,75%, p<0,0001) e carboidratos (35,93%, p=0,0001), entretanto, apresentou aumento do consumo de lipídios (63,31%, p=0,0006) e das calorias totais de macronutrientes (31,63%, p=0,0005). Na prole, o peso corporal foi maior com 30 dias (10,99%, p=0,0305), mas com 90 dias houve uma redução (6,17%, p=0,0276), ambas na prole OB comparada ao C. A circunferência abdominal (5,51%, p=0,0491) e o índice de Lee (5,08%, p= 0,0293) aumentou aos 30 dias no grupo OB comparado ao C. A atividade enzimática da CS revelou aumento com 30 dias (77,8%, p=0,0091) e com 90 dias (54,16%, p=0,01), ambas no grupo OB comparado ao C. A PFK1 teve maior atividade na prole OB do que na C tanto com 30 dias (108,29%, p=0,0003) quanto com 90 dias (38,02%, p=0,0043). A G6PDH apresentou aumento com 30 dias (280,58%, p=0,0007) mas reduziu aos 90 dias (45,73%, p=0,0022) no OB em relação ao C. A FAS teve menor atividade aos 30 dias (69,38%, p=0,0002) no grupo OB comparado ao C. A β-Had, apresentou diminuição no grupo OB em relação ao C aos 90 dias (69,41%, p=0,0129). Quanto a expressão de mRNA da PFK1 ocorreu aumento aos 30 dias (8,38%, p= 0,0097) e reduziu aos 90 dias (504%, p=0,0062) no OB comparado ao C. A G6PDH teve menor expressão aos 30 dias (14,76%, p=0,0407) e maior aos 90 dias (470%, p=0,0408) no grupo OB comparado ao C. A expressão da FAS reduziu na prole OB em relação a C aos 30 dias (11,98%, p=0,0002). A β-Had reduziu a expressão aos 90 dias no grupo OB (50%, p=0,0077). AMPK apresentou menor expressão aos 30 dias (70,2%, p=0,0254) e aos 90 dias (60%, p=0,0497), quando comparada a prole OB com a C. O consumo da dieta obesogênica materna gerou aumento de peso gestacional, influenciou ao excesso de peso nos descendentes jovens e induziu a alterações metabólicas no fígado da prole.
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Nas últimas décadas, o consumo de alimentos densamente calóricos e de baixo valor nutricional foram crescentes. Estudos epidemiológicos e experimentais têm mostrado que a ingestão de uma dieta obesogênica materna está relacionada ao aumento do risco de desenvolver distúrbios metabólicos na prole. O objetivo foi avaliar as repercussões da dieta obesogênica materna, durante gestação e lactação, sobre a atividade e quantificação de mRNA de enzimas do metabolismo energético no fígado da prole, aos 30 e 90 dias. Ratas Wistar prenhas foram divididas em grupo controle (C) (n=8) que recebeu dieta padrão de biotério e grupo obesogênico (OB) (n=8) que recebeu dieta obesogênica, composta pela dieta hiperlipídica somada a oferta de leite condensado, durante a gestação e a lactação. Após o desmame a prole recebeu dieta padrão de biotério até atingir 30 e 90 dias de vida, quando foram eutanasiados. Nas mães avaliou-se o consumo alimentar, peso corporal e hepático. Na prole verificou-se o peso corporal e hepático, circunferência abdominal, comprimento naso-anal, índice de Lee, atividade das enzimas metabólicas citrato sintase (CS) e β-hidroxiacil-CoA desidrogenase (β-Had) e a expressão gênica da CS e AMPK. Nossos resultados mostram que o peso corporal nas mães durante a gestação foi maior no grupo OB do que no C (OB:101.2±5.932 vs C:66.44±4.857g, p=0.0003). Na lactação o peso corporal do grupo OB reduziu comparado ao C (OB:27.50±2.262 vs C:37.67±3.040g, p=0.0230). O consumo alimentar, considerando o período total, na gestação o grupo OB consumiu menos proteínas (OB:246.0±14.23 vs C:550.6±43.39Kcal, p=0.0002) e mais lipídios do que o C (OB:420.4±17.61 vs C:213.1±16.79Kcal, p<0.0001). Na lactação, o grupo OB comparado ao C apresentou redução do consumo de proteínas (OB:392.0±42.71 vs C:1025±19.53Kcal, p< 0.0001) e carboidratos (OB: 1410±108.4 vs C:2201±41.95Kcal, p=0.0001), entretanto, maior consumo de lipídios (OB:674.7±50.52 vs C:396.6±7.55Kcal, p=0.0006) e calorias totais de macronutrientes (OB:2477±194.0 vs C:3623±69.03Kcal, p=0.0005). Nas mães o peso do fígado, consumo de Carboidratos e Kcal totais não apresentaram diferença estatística entre os grupos pesquisados. Na prole o peso corporal aumentou no grupo OB comparado ao C com 30 dias (OB:99.11±3.048 vs C:90.67±1.810g, p=0.0300), com 90 dias o OB apresentou diminuição comparado ao C (OB:308.0±8.658 vs C:351.2±7,141g, p=0.0015). A circunferência abdominal aos 30 dias aumentou no grupo OB comparado ao C (OB: 12.44±0.2422 vs C:11.79±0.1487cm p=0.0491). O índice de Lee aos 30 (OB:297.8±4.917 vs C:284.7±2.300g/cm³, p= 0.0353) e 90 dias (OB:300.6±3.225 vs C:286.5±2.384 g/cm³, p=0.0044) demonstrou aumento na prole OB comparada com os seus respectivos controles. A atividade enzimática da CS revelou aumento no grupo OB comparado ao C aos 30 (OB:0.0185±0.0013 vs C:0.0104±0.0017 U/mg) e 90 dias (OB:0.0074±0.0005 vs C:0.0048±0.0005U/mg). A β-Had, apresentou diminuição da atividade no grupo OB em relação ao C com 30 (OB:0.4721±0.01820 vs C:0.6492±0.1072 nmol/min/mg) e 90 dias (OB:0.3182±0.0647 vs C:1.040±0.2337nmol/min/mg). Na prole o peso hepático, comprimento naso-anal, circunferência abdominal aos 90 dias e expressão gênica de AMPK e CS aos 30 dias não apresentaram diferença significativa entre os grupos analisados. Os dados preliminares sugerem que a dieta obesogênica materna impactou nos parâmetros de peso corporal e atividade enzimática da prole.
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JESSICA GONZAGA PEREIRA
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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E PARÂMETROS CARDIOMETÁBOLICOS DE FAMILIARES DE CRIANÇAS COM EXCESSO DE PESO DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO-PE
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Orientador : JOAO HENRIQUE DA COSTA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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AIANY CIBELLE SIMOES ALVES
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ELIZABETH DO NASCIMENTO
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VIVIANE DE OLIVEIRA NOGUEIRA SOUZA
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Data: 03/03/2023
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A obesidade é um problema de saúde pública que atinge indivíduos em todas as faixas etárias. Associado à maior predisposição à hipertensão arterial sistêmica e alterações nos parâmetros bioquímicos, como hiperglicemia, resistência à insulina e dislipidemias. O processo obesogênico está além do desequilíbrio energético das calorias consumidas excedidas, fatores secundários: qualidade da dieta, como fatores genéticos, ambientais e comportamentais, podem modular a expressão fenotípica da obesidade. A etiologia da obesidade ultrapassa a caracterização individualizada da patologia. O ambiente obesogênico é associado ao desenvolvimento da obesidade infantil, sendo este caracterizado por condições que favorecem a instalação do quadro de obesidade. Deste modo, o ambiente familiar exerce um papel essencial na formação dos hábitos alimentares na infância, sendo assim os hábitos alimentares inadequados e o sedentarismo dos familiares aumentam a predisposição à obesidade infantil e essa tendência se projeta na vida adulta. Diversos estudos, avaliam o estado nutricional e os parâmetros associados a obesidade em crianças da terceira infância, todavia, são escassos na literatura, estudos que avaliam a influência do estado nutriconal e os parâmetros cardiometabólicos em familiares de crianças com sobrepeso/obesidade. O objetivo do presente estudo consiste em avaliar o estado nutricional e os parâmetros cardiometabólicos de familiares de crianças com o diagnóstico de sobrepeso/ obesidade, na cidade de Vitória de Santo Antão – PE.
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A obesidade é um problema de saúde pública que atinge indivíduos em todas as faixas etárias. Associado à maior predisposição à hipertensão arterial sistêmica e alterações nos parâmetros bioquímicos, como hiperglicemia, resistência à insulina e dislipidemias. O processo obesogênico está além do desequilíbrio energético das calorias consumidas excedidas, fatores secundários: qualidade da dieta, como fatores genéticos, ambientais e comportamentais, podem modular a expressão fenotípica da obesidade. A etiologia da obesidade ultrapassa a caracterização individualizada da patologia. O ambiente obesogênico é associado ao desenvolvimento da obesidade infantil, sendo este caracterizado por condições que favorecem a instalação do quadro de obesidade. Deste modo, o ambiente familiar exerce um papel essencial na formação dos hábitos alimentares na infância, sendo assim os hábitos alimentares inadequados e o sedentarismo dos familiares aumentam a predisposição à obesidade infantil e essa tendência se projeta na vida adulta. Nessa conjuntura, as atividades de educação alimentar e nutricional são consideradas instrumentos indispensáveis para promoção de hábitos alimentares saudáveis e prevenção da obesidade infantil. Contudo, estudos que avaliam seus impactos dessas intervenções na pressão arterial e parâmetros bioquímicos em familiares de crianças com sobrepeso/obesidade são escassos. O objetivo do presente estudo consiste em avaliar os efeitos de um programa de educação alimentar e nutricional sobre a pressão arterial e os parâmetros bioquímicos em familiares de crianças com o diagnóstico de sobrepeso/ obesidade, na cidade de Vitória de Santo Antão – PE. Pressupondo que a implementação de atividades de Educação Alimentar e Nutricional, contribuem e impactam positivamente sobre os parâmetros avaliados em familiares de crianças.
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BRUNA KAROLINE ALVES DE MELO SILVA
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Impacto a longo prazo da atividade física voluntária materna sobre os parâmetros bioquímicos e cardiorrespiratórios de proles submetidas a desnutrição proteica perinatal
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Orientador : VIVIANE DE OLIVEIRA NOGUEIRA SOUZA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALINE MARIA NUNES DE LIRA GOMES BLOISE
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DEBORA SANTOS ALVES DE OLIVEIRA
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VIVIANE DE OLIVEIRA NOGUEIRA SOUZA
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Data: 29/03/2023
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Estudos epidemiológicos e experimentais com ratos demonstram que a redução do teor proteico da dieta durante os períodos críticos do desenvolvimento pode alterar as respostas fisiológicas tardias na prole, contribuindo para o surgimento de doenças cardiovasculares e metabólicas. No entanto, a atividade física durante o período gestacional mostra-se como uma ferramenta não farmacológica que pode prevenir tais modificações nos filhotes. Logo, o objetivo do presente trabalho foi analisar os efeitos da atividade física voluntária sobre os parâmetros respiratórios e bioquímicos das progenitoras e de suas proles que foram submetidas a dieta hipoproteica durante a gestação e lactação. Para isso, ratas Wistar nulíparas (n=10) formaram o grupo controle e receberam a dieta padrão do biotério AIN-93M durante todo o estudo e não praticaram atividade física voluntária. As demais ratas (n=30) passaram por um período de adaptação de 30 dias nas gaiolas individuais de atividade física voluntária (GAFV), sendo posteriormente mantidas na gaiola padrão do biotério e divididas conforme o grau de atividade física praticada: inativo (n=10), ativo (n=10) e muito ativo (n=10). Após, ocorreu o acasalamento e quando identificada a prenhez ofertou-se a dieta experimental hipoproteica (grupo hipoprotéico=LP: 8% de proteína) para metade do grupo (n=15) e a outra metade (n=15) recebeu a dieta controle (grupo normoprotéico=NP: 17% de proteína), totalizando seis grupos: Inativo Normoprotéico (NP-inativo, n=5), Inativo Hipoproteico (LP-inativo, n=5), Ativo Normoproteico (NP- ativo, n=5), Ativo Hipoproteico (LP-ativo, n=5), Muito Ativo Normoproteico (NP-muito ativo, n=5) e Muito Ativo Hipoproteico (LP-muito ativo, n=5). Vale destacar que as dietas experimentais foram ofertadas as mães durante a gestação e lactação e após esse período foram realizadas análises bioquímicas (proteínas totais, albumina, glicose, colesterol total, HDL-c, LDL-c e triglicerídeos) e posteriormente eutanasiadas. No que diz respeito a prole, a partir do desmame (22° dia de vida), receberam a dieta padrão do biotério até atingir 30 e 90 dias de vida, quando foram eutanasiados. Aos 30 dias foi feita a retirada do corpo carotídeo para posteriores análises e aos 90 dias ocorreram as análises bioquímicas dos mesmos parâmetros das mães e as avaliações cardiorrespiratórias (pressão arterial=PA; frequência cardíaca=FC; frequência respiratória=FR; volume corrente=VT e a ventilação pulmonar=VE). Perante os parâmetros bioquímicos das progenitoras, nossos resultados identificaram diferenças estatisticamente significativas no padrão de albumina entre os grupos NP e LP inativo (NP-inativo= 3,34 +- 0,07 g/dL, n=5 vs LP-inativo= 3.04 +- 0,02 g/dL, n=5; p=0,0093), nos valores de colesterol das ratas muito ativas (NP-muito ativo= 126,84 +- 1,23 mg/dL1, n=5 vs LP-muito ativo= 112,52 +- 5,28 mg/dL1,n=5, p=0,0428), assim como entre os grupos experimentais ativo e muito ativo (LP-ativo= 126,72 +- 1,27 mg/dL-1, n=5 vs LP- muito ativo= 112,52 +- 5,28 mg/dL-1, n=5, p=0,0453). Também foram notadas diferenças estatísticas em relação ao LDL-c (NP-ativo= 29,61173 +- 1,346571 mg/dL-1, n=5 vs NP- muito ativo= 38,30779 +- 2,829638 mg/dL-1, n=5, p=0,0403). Já em relação a análise bioquímica da prole, os grupos LP-inativo e LP- ativo apresentaram menores concentrações de proteína total quando comparados ao controle (LP- inativo= 5,800000 +- 0,126491 g/dL-1, n=6 vs NP-inativo= 6,196667 +- 0,033433 g/dL-1, n=6, p= 0,0057) e (LP-ativo= 5,916667 +- 0,079232 g/dL-1, n=6 vs NP- ativo= 6,283333 +- 0,030732 g/dL-1, n=6, p= 0,0122. Enquanto a albumina, modificações foram notadas nos grupos inativos (LP-inativo= 2,958333 +- 0,055040 g/dL-1, n=6 vs NP-inativo= 3,250000 +- 0,076376 g/dL-1, n=6; p=0,0155) e também entre os grupos experimentais LP-inativo e LP-muito ativo, respectivamente (2,958383 +- 0,055040 g/dL-1, n=6 vs 3,225000 +- 0,035379 g/dL-1, n=6, p=0,0323). Quanto ao colesterol independente do nível de atividade física os grupos experimentais diferiram significativamente (LP e NP inativos, p=0,0345), (LP e NP ativos, p=0,0134) e (LP e NP muito ativo, p=0,0002). Já diante as análises cardiorrespiratórias, não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos NP e LP para todos ps parâmetros avaliados (P>0,05).
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Estudos epidemiológicos e experimentais com ratos demonstram que a redução do teor proteico da dieta durante os períodos críticos do desenvolvimento pode alterar as respostas fisiológicas tardias na prole contribuindo para o surgimento de doenças cardiovasculares e metabólicas. No entanto, a atividade física durante o período gestacional mostra-se como uma ferramenta não farmacológica que pode prevenir tais modificações nos filhotes. Logo, o objetivo do presente trabalho foi de analisar os efeitos da atividade física voluntária sobre os parâmetros respiratórios e bioquímicos das progenitoras e da prole de ratas que foram submetidas a dieta hipoproteica durante a gestação e lactação. Para isso, ratas Wistar nulíparas passaram por um período de adaptação de 30 dias, sendo posteriormente divididas conforme o grau de atividade física praticada: inativo (n=10), ativo (n=10) e muito ativo (n=10). Após, ocorreu o acasalamento e quando identificada a prenhez ofertou-se durante a gestação e lactação a dieta experimental hipoproteica (grupo LP: 8% de proteína) para parte do grupo e o outro recebeu a dieta controle (grupo NP: 17% de proteína), totalizando seis grupos: (NP-inativo, n=5), Inativo Hipoproteico (LP-inativo, n=5), Ativo Normoproteico (NP-ativo, n=5), Ativo Hipoproteico (LP-ativo, n=5), Muito Ativo Normoproteico (NP- muito ativo, n=5) e Muito Ativo Hipoproteico (LP- muito ativo, n=5). A partir do desmame uma porção dos filhotes foram eutanasiados aos 30 dias de vida para retirada de tecido e a outra recebeu a dieta padrão de biotério até o fim do experimento (90 dias de vida) para realização das avaliações bioquímicas e cardiorrespiratórias. Perante os parâmetros bioquímicos das progenitoras, nossos resultados identificaram diferenças estatisticamente significativas no padrão de albumina entre os grupos NP e LP inativo e também nos valores de colesterol das ratas muito ativas e entre os grupos LP-ativo e LP- muito ativo. Já em relação a análise bioquímica da prole, os grupos LP-inativo e LP-ativo apresentaram menores concentrações de proteína total quando comparados ao controle. Enquanto a albumina, modificações foram notadas nos grupos inativos e também entre os grupos experimentais LP-inativo e LP-muito ativo. Quanto ao colesterol independente do nível de atividade física os grupos experimentais diferiram significativamente. Já diante as análises cardiorrespiratórias, não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos NP e LP.
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ELDA SILVA AUGUSTO DE ANDRADE
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EFEITO DA AMPLITUDE DE RECUPERAÇÃO DURANTE EXERCÍCIO INTERVALADO DE ALTA INTENSIDADE SOBRE A FADIGABILIDADE DO DESEMPENHO
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Orientador : GUILHERME ASSUNCAO FERREIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ARY GOMES FILHO
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GUILHERME ASSUNCAO FERREIRA
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RAFAEL DOS SANTOS HENRIQUE
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Data: 29/03/2023
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O exercício intervalado de alta intensidade (EIAI) é um exercício utilizado amplamente para melhora da aptidão física. A prescrição do EIAI consiste em manipular diferentes variáveis, intensidade, duração do esforço e tipo de recuperação. Particularmente, a amplitude da duração da recuperação pode afetar as respostas fisiológicas durante o EIAI, no entanto, o efeito da amplitudeda duração da recuperação sobre o desenvolvimento da fadigabilidade do desempenho ainda não foi investigado. O presente estudo investigou o efeito da amplitude da duração da recuperação sobre o desenvolvimento da fadiga neuromuscular induzida pelo exercício durante uma sessão de EIAI. Neste ensaio randômico e cruzado, doze homens fisicamente ativos (média ± DP) idade 24,75 ± 3,79DP anos; estatura 1,77 ± xx 0,06 m; massa corporea 80,66 ± 10,22 kg; VO2max. 2,26 ± 1,19 mL/kg/min; e pico de potência 239 ± 14,99 W,realizaram duas sessões de EIAI com diferentes amplitudes de recuperação, sendo 1 – EIAIR com amplitude recuperação reduzida (4 x 4min a 90% FC, 2min de recuperação a 50% FCmax 4 x 4 min) e; 2 – EIAIL com grande amplitude de recuperação longa (4 x 4min a 90% FC, 3min de recuperação a 50% Fcmax. Imediatamente antes e 30 s após o exercício os participantes realizaram um salto contramovimento (SCM) para avaliação da função neuromuscular. A Frequência cardíaca (FC), consumo de oxigênio (VO2máx), saturação periférica de oxigênio (SaO2 e a Percepção Subjetiva de Esforço (PSE) foram continuamente monitorados durante o EIAI. O lactato e o pH venoso foram medidos imediatamente antes e dois minutos após o exercício. A fadigabilidade do desempenho foi medida via mudanças de pré para pós exercício na altura do salto, tempo de voo, velocidade de saída, força e potência dos saltos verticais. Os declínios de pré e pós EIAI da altura, da velocidade, da potência e do tempo de voo do SCM foram maiores no EIAIR (p < 0,05), enquanto que a força do SCM foi semelhante entre os protocolos (EIAIR: 12 ± 3, 6 ± 10, 11 ± 5, 6 ± 10 e 6 ± 1%; EIAIL: 6 ± 10, 3 ± 8, 6 ± 5, 3 ± 9 e 6 ± 2%). Quando comparado os protolocolos EIAIL e EIAIR, houve um aumento do pré para o pós exercício em ambos protocolos do lactato pasmático e uma redução do pH sanguíneo (p<0,05). Houve um aumento da FC, V ̇ O2 e do PSE do primeiro para o último esforço em ambos protocolos, e uma redução da SpO2 (p < 0.05), sendo maior esta redução no EIAIR (p < 0,005). Os achados deste estudo sugerem que reduzir a amplitude de recuperação aumenta o estresse fisiológico, perceptual e metabólico durante o exercício, o que pode levar à maior fadigabilidade do desempenho.
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High-intensity interval exercise (EIAI) is an exercise widely used to improve physical fitness. The EIAI prescription consists of manipulating different variables, intensity, duration of effort and type of recovery. Particularly, the amplitude of the recovery duration may affect the physiological responses during the AIIE, however, the effect of the amplitude of the recovery duration on the development of performance fatigability has not yet been investigated. The present study investigated the effect of the amplitude of recovery duration on the development of exercise-induced neuromuscular fatigue during an AIIE session. In this randomized crossover trial, twelve physically active men (mean ± SD) age 24.75 ± 3.79 SD years; height 1.77 ± xx 0.06 m; body mass 80.66 ± 10.22 kg; VO2max. 2.26 ± 1.19 mL/kg/min; and peak power 239 ± 14.99 W, they performed two AIIE sessions with different recovery amplitudes, 1 - AIAI with reduced recovery amplitude (4 x 4min at 90% HR, 2min recovery at 50% HRmax 4 x 4 min ) It is; 2 – EIAIL with long recovery amplitude (4 x 4min at 90% HR, 3min recovery at 50% HRmax. Immediately before and 30 s after the exercise, participants performed a countermovement jump (CMS) to assess neuromuscular function. A Heart rate (HR), oxygen consumption (VO2max), peripheral oxygen saturation (SaO2 and Subjective Perceived Exertion (RPE) were continuously monitored during AIIE. Venous lactate and pH were measured immediately before and two minutes after exercise. Performance fatigability was measured via pre- and post-exercise changes in jump height, flight time, exit velocity, strength, and power of vertical jumps. Pre- and post-EIAI declines in height, speed, power and time of flight of the SCM were higher in the EIAIR (p < 0.05), while the strength of the SCM was similar between the protocols (EIAIR: 12 ± 3, 6 ± 10, 11 ± 5, 6 ± 10 and 6 ± 1%; EIAIL: 6 ± 10, 3 ± 8, 6 ± 5, 3 ± 9 and 6 ± 2%). When using the EIAIL and EIAIR protocols, there was an increase from pre to post exercise in both protocols of plasma lactate and a reduction in blood pH (p<0.05). There was an increase in HR, V ̇ O2 and RPE from the first to the last effort in both protocols, and a reduction in SpO2 (p < 0.05), with this reduction being greater in the EIARI (p < 0.005). The findings of this study suggest that reducing recovery range increases physiological, perceptual, and metabolic stress during exercise, which may lead to greater performance fatigability.
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CYNTHYA MYLLENA MARTINS SILVA
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ESTUDO DOS PARÂMETROS SOMÁTICOS, MASTIGATÓRIOS E IMUNORREATIVIDADE DO SERT NO NÚCLEO TRIGEMINAL MESENCÉFALO EM MODELO EXPERIMENTAL DE OBESIDADE
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Orientador : KELLI NOGUEIRA FERRAZ PEREIRA ALTHOFF
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MEMBROS DA BANCA :
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LIGIA CRISTINA MONTEIRO GALINDO
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RAQUEL DA SILVA ARAGAO
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DIEGO CABRAL LACERDA
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Data: 28/04/2023
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O aumento do peso corporal pode ser associado a alterações da função mastigatória. Em condições de sobrepeso e obesidade, o controle do balanço energético é claramente desregulado e a modulação serotonérgica parece contribuir significativamente para o ganho de peso. Este estudo visa avaliar o efeito da obesidade induzida pela redução do tamanho da ninhada nos parâmetros somáticos, mastigatórios e imunorreatividade do transportador de serotonina (SERT) nos núcleos trigeminais mastigatórios. O estudo, realizado com ratos da linhagem Wistar, foi submetido e aprovado pela Comissão de Ética em Experimentação Animal da Universidade Federal de Pernambuco (0026/2019). Ratas foram acasaladas na proporção de 2 fêmeas para 1 macho e mantidas em condições padrão de biotério. Foram utilizados 48 ratos machos Wistar albinos (Rattus Norvegicus) provenientes de ratas progenitoras da colônia do Biotério de criação do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Pernambuco. Setenta e duas horas após o nascimento, os animais foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: Controle (C; 9 filhotes por nutriz; n=24) ou superalimentado (SA; 3 animais por nutriz; n=24). Foi realizada a aferição do peso corporal no 3°, 7°, 14°, 21° e 30° dia de vida pós- natal. O consumo alimentar durante a mastigação foi realizado a partir da diferença do peso inicial e final da ração ofertada. A análise da mastigação através da filmagem foi realizada nos 22° e 29° dias de vida pós-natal. No 30° dia de vida, animais (C; n=16; SA, n=16) foram sacrificados através da decapitação, onde foi dissecado e pesado tecido adiposo branco. E depois também aos 30 dias de vida, foi feita a perfusão transcardíaca em outros animais (C; n=8; SA, n=8), onde foi retirado o encéfalo do animal para realização da imunohistoquímica com o objetivo da quantificação de neurônios SERT no núcleo trigeminal mesencefálico mais adiante. Em nossos resultados, o grupo superalimentado apresentou maior peso corporal, a partir do décimo quarto dia de vida (mediana=33,18, IIQ=34,73-30,92. p<0,001), maiores quantidades de gorduras inguinal (média±dp=0,855±0,158, p<0,001), epididimal (média± dp= 0,120±0,046, p<0,001), mesentérica (mediana= 0,879, IIQ=1,142-0,722, p<0,001) e retroperitoneal (média± dp=0,106±0,05, p=0,017), assim como maior consumo alimentar durante a mastigação aos 22 dias pós-natal (mediana=0,665, IIQ=0,825-0,490, p=0,018). O grupo superalimentado também apresentou menor número de sequências mastigatórias, bem como menor quantidade de ciclos mastigatórios e menor taxa mastigatória. Além disso, houve menor expressão de neurônios SERT-IR no núcleo trigeminal mesencefálico, quando comparado com o grupo controle. Deste modo, concluímos que ratos com obesidade induzida pela supernutrição neonatal apresentam maior peso corporal, maiores quantidades de tecido adiposo branco, maior consumo alimentar durante a mastigação, menor atividade rítmica mastigatória e menor expressão de SERT. Esperamos que os achados deste estudo auxiliem no desenvolvimento de estratégias terapêuticas eficazes para o controle e redução da obesidade.
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The increase in body weight can be associated with changes in masticatory function. Under overweight and obese conditions, the control of energy balance is clearly deregulated and serotonergic modulation appears to contribute significantly to weight gain. This study aims to evaluate the effect of obesity induced by litter size reduction on somatic and masticatory parameters and serotonin transporter immunoreactivity (SERT) in masticatory trigeminal nuclei. The study, carried out with Wistar rats, was submitted and approved by the Ethics Committee on Animal Experimentation of the Federal University of Pernambuco (0026/2019). Rats were mated at a ratio of 2 females to 1 male and kept under standard vivarium conditions. Forty-eight male Wistar albino rats (Rattus Norvegicus) from progenitor rats from the vivarium colony of the Nutrition Department of the Federal University of Pernambuco were used. Seventy-two hours after birth, the animals were randomly distributed into two groups: Control (C; 9 pups per nursing mother; n=24) or overfed (SA; 3 animals per nursing mother; n=24). Body weight was measured on the 3rd, 7th, 14th, 21st and 30th day of postnatal life. Food consumption during mastication was performed based on the difference in the initial and final weight of the feed offered. The analysis of chewing through filming was performed on the 22nd and 29th days of postnatal life. On the 30th day of life, animals (C; n=16; SA, n=16) were sacrificed by decapitation, where white adipose tissue was dissected and weighed. And then also at 30 days of life, transcardial perfusion was performed in other animals (C; n=8; SA, n=8), where the animal's brain was removed to perform immunohistochemistry in order to quantify SERT neurons in the mesencephalic trigeminal nucleus later on. In our results, the overfed group presented higher body weight, from the fourteenth day of life onwards (median=33.18, IIQ=34.73-30.92. p<0.001), higher amounts of inguinal fat (mean± sd=0.855±0.158, p<0.001), epididymal (mean ± sd= 0.120±0.046, p<0.001), mesenteric (median= 0.879, IIQ=1.142-0.722, p<0.001) and retroperitoneal (mean ± sd=0.106 ±0.05, p=0.017), as well as higher food consumption during mastication at 22 postnatal days (median=0.665, IIQ=0.825-0.490, p=0.018). The overfed group also had a lower number of chewing sequences, as well as fewer chewing cycles and a lower chewing rate. In addition, there was a lower expression of SERT-IR neurons in the mesencephalic trigeminal nucleus, when compared to the control group. Thus, we conclude that rats with obesity induced by neonatal supernutrition have higher body weight, higher amounts of white adipose tissue, higher food consumption during mastication, lower rhythmic masticatory activity and lower SERT expression. We hope that the findings of this study will help in the development of effective therapeutic strategies for the control and reduction of obesity.
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MARIAMA FARIAS DE QUEIROZ
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Influência do estado nutricional na presença de fatores de risco à saúde cardiovascular de crianças dos 7 aos 10 anos de idade na cidade de Custódia – PE
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Orientador : JOAO HENRIQUE DA COSTA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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CAROL VIRGINIA GOIS LEANDRO
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MARIANA PINHEIRO FERNANDES
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MONIQUE ASSIS DE VASCONCELOS BARROS
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Data: 30/05/2023
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Os indivíduos que apresentam gordura corporal acima dos valores aceitáveis possuem maior risco de desenvolver doenças crônicas, como doenças cardiovasculares, que até pouco tempo eram associados apenas aos adultos e que estão cada vez mais sendo diagnosticadas em idades precoces. O objetivo da pesquisa é investigar a relação do estado nutricional com a presença de fatores de risco para doenças cardiovasculares em crianças de 07 a 10 anos, na cidade de Custódia – PE. Trata-se de um estudo de um estudo observacional e analítico, com delineamento transversal, realizado com 81 crianças em idade escolar. A coleta de dados aconteceu em três fases, totalizando 07 etapas. Este estudo foi aprovado pelo CEP/CAV/UFPE, com nº parecer: 5.628.596. Em relação ao estado nutricional foi observada uma quantidade maior de alunos com baixo peso do que com sobrepeso e obesidade e mais da metade da população está em eutrofia. Também há variação entre a média de pressão arterial sistólica e diastólica quando comparado dentre os grupos de IMC, percebendo o aumento dos valores concomitante ao aumento da massa corporal, assim como presença de hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia. Os achados sobre os indicadores de risco cardiovascular nos escolares sugerem a necessidade de um monitoramento precoce e periódico exames bioquímicos e da pressão arterial, além da necessidade de uma parceria entre a escola e o serviço público de saúde para prevenção e promoção da saúde da população infantil.
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Apesar da obesidade não ser um fenômeno novo na história da humanidade, tem gerado preocupação por ter alcançado proporções epidêmicas. Existem algumas fases da vida em que o organismo está vulnerável e sensível ao sobrepeso e obesidade, como a infância e a adolescência. O acúmulo de gordura corporal predispõe o desenvolvimento de diversas alterações metabólicas, como dislipidemias, hipertensão arterial sistêmica e resistência à insulina, além do aumento de complicações cardiovasculares. Devido a alta mortalidade por doenças cardiovasculares (DCV), é necessário a identificação e tratamento precoce dos seus fatores de risco, já na população infanto-juvenil. Como consequência da criação de hábitos inadequados, algumas crianças já apresentam condições favoráveis para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares que podem ser potencializados por uma série de fatores, como hábitos alimentares, histórico familiar e sedentarismo. Considerando que as doenças cardiovasculares se desenvolvem de forma lenta e progressiva é importante atuar desde os primeiros anos de vida. Sendo assim, tendo o conhecimento dos fatores de risco e a pré-disposição hereditária, se faz crucial adotar medidas para controlar o desenvolvimento dessas enfermidades na infância. Esse estudo tem o objetivo de investigar a relação do estado nutricional com a presença de fatores de risco para doenças cardiovasculares em crianças de 7 a 10 anos, na cidade de Custódia – PE.
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TAIANE DE LIMA SILVA
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Efeitos do alfa-tocoferol e do tempol sobre a modulação autonômica cardíaca de ratos submetidos à desnutrição intrauterina: Participação do estresse oxidativo e das ATPases transportadores de Na+ e Ca2+
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Orientador : LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
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REGINA SOUZA AIRES
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NATALIA TABOSA MACHADO CALZERRA
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DIEGO BARBOSA DE QUEIROZ
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Data: 30/06/2023
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A relação entre doenças crônico-metabólicas e o desenvolvimento intrauterino é bem documentada na literatura acadêmica, com diversos estudos que relacionam a transição nutricional e a Origem Desenvolvimentista da Saúde e da Doença. A associação entre desnutrição materna e baixa estatura é evidenciada por diversos estudos, estando também associada ao retardamento do desenvolvimento intrauterino, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares (DCV). Considerando a alta prevalência de DCVs e a associação entre estresse oxidativo e disfunções cardíacas, o objetivo deste estudo é investigar os efeitos do alfa-tocoferol e do tempol sobre a modulação autonômica cardíaca em ratos submetidos à desnutrição intrauterina, e avaliar o impacto do tratamento no estresse oxidativo e regulação das ATPases transportadores de Ca2+ no ventrículo esquerdo. Para isso, ratos foram submetidos a um retardo do crescimento intrauterino através da indução da restrição dietética de suas mães durante o período gestacional, e parte das fêmeas foi tratada com alfa-tocoferol ou tempol. Na idade adulta, foi observado que a restrição dietética materna induziu na prole adulta aumento da pressão arterial média basal, e aumento dos valores das oscilações de frequência muito baixa e de frequência baixa na análise espectral da pressão arterial sistólica. Na análise espectral do intervalo de pulso, os animais desnutridos intrauterinamente apresentaram aumento nos valores das oscilações de frequência baixa e diminuição nas oscilações de frequência alta. As alterações ocorreram simultaneamente a elevação do estresse oxidativo e alteração da função das ATPases cardíacas transportadoras de cálcio. Os tratamentos com α-tocoferol ou tempol preveniram as alterações na pressão arterial média, na variabilidade da pressão arterial sistólica e do intervalo de pulso induzidas pela desnutrição intrauterina, assim como preveniram o estresse oxidativo. Os dados indicam que os tratamentos com alfa-tocoferol e tempol previnem a ativação do sistema nervoso simpático induzida pela desnutrição intrauterina, que pode ser um dos mecanismos etiológicos que favorecem o desenvolvimento de hipertensão arterial na vida adulta.
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The relationship between chronic metabolic diseases and intrauterine development is well documented in the academic literature, with several studies relating nutritional transition and the Developmental Origins of Health and Disease. The association between maternal malnutrition and short stature is evidenced by several studies and is associated with delayed intrauterine development, arterial hypertension, and cardiovascular diseases (CVD). Considering the high prevalence of CVDs and the association between oxidative stress and cardiac dysfunctions, this study aims to investigate the effects of alpha-tocopherol and tempol on cardiac autonomic modulation in rats submitted to intrauterine malnutrition and to evaluate the impact of treatment on the oxidative stress and regulation of Ca2+ transporting ATPases in the left ventricle. For this, rats were subjected to intrauterine growth retardation by inducing their mothers' dietary restriction during the gestational period. Some of the females were treated with alpha-tocopherol or tempol. In adulthood, it was observed that maternal dietary restriction induced an increase in baseline mean blood pressure in adult offspring and an increase in the values of very low-frequency and low-frequency oscillations in the spectral analysis of systolic blood pressure. In the spectral analysis of the pulse interval, the intrauterine malnourished animals showed an increase in the values of low-frequency oscillations and a decrease in high-frequency oscillations. The alterations coincided with an increase in oxidative stress and a change in the function of cardiac calcium-transporting ATPases. Treatments with α-tocopherol or tempol prevented changes in mean arterial pressure, variability in systolic arterial pressure, and pulse interval induced by intrauterine malnutrition, as well as preventing oxidative stress. The data indicate that treatments with alpha-tocopherol and tempol prevent activation of the sympathetic nervous system induced by intrauterine malnutrition, which may be one of the etiological mechanisms that favor the development of arterial hypertension in adult life.
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EUCLIDES DA CONCEIÇÃO GUILICHE
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Influência do peso ao nascer sobre a composição corporal e as variáveis cardio-metabólicas e a aptidão físicade crianças dos 7 aos 10 anos de idade residentes na Província de Maputo – Moçambique.
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Orientador : JOAO HENRIQUE DA COSTA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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CAROL VIRGINIA GOIS LEANDRO
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MARCOS ANDRE MOURA DOS SANTOS
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MARIO EUGENIO TCHAMO
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Data: 28/07/2023
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Este estudo objetivou: i) avaliar os indicadores de crescimento físico, composição corporal, nível de aptidão física em crianças pertencentes a distintos grupos de peso ao nascer; ii)Analisar as associações entre o peso ao nascer e a influência do efeito cumulativo do tamanho do corpo atingido e da composição corporal sobre aptidão física de crianças pertencentes a grupos distintos de peso ao nascer; iii) Analisar as variáveis da aptidão física e coordenação motora em crianças, ao longo da variação cumulativa de crianças pertencentes a grupos distintos de peso ao nascer. A amostra foi composta por 145 crianças de ambos os gêneros dos 7 aos 10 anos de idade, dentre estas 71 do sexo feminino e 74 do sexo masculino. Foram avaliados parâmetros referentes aos indicadores do crescimento físico (peso, estatura), composição corporal (dobras de adiposidade). A aptidão física foi avaliada com base nos protocolos das seguintes baterias EUROFIT (1988) e FINESSGRAM (1994). A avaliação do desempenho neuromotor foi analisada com base na bateria de testes Körperkoordinations-test für Kinder (KTK). Além das medidas de estatística descritivas e de forma a estudar as interações e inter-relações entre os fatores de interesse, a Anova one way com pós teste de Turkey, teste Kruskal-wallis com pós teste de Dunn, Correlação de Rô de Spearman, foram os procedimentos estatísticos usados na análise dos resultados. Adotou-se nestas análises o nível de significância de 5%. Apesar da diferença de peso ao nascer este factor não se mostrou preponderante para o comprometimento da envergadura dos indivíduos. O baixo peso ao nascer continua sendo um factor de comprometimento para a envergadura dos indivíduos más não se mostrou preponderante para a definição do estado nutricional dos indivíduos quando classificados pelo IMC e estatura/idade. Não foram encontradas quaisquer evidências relacionando o peso ao nascer e os parâmetros cardiovasculares O Baixo peso ao nascer não comprometeu o desenvolvimento de força, mas influenciou a corrida de velocidade e Vo2 máximo, as dobras cutâneas suprailíaca, subescapular e da panturrilha. Estabeleceu-se correlação negativa entre o peso ao nascer e a % de gordura, a corrida de velocidade e o salto monopedal, e correlação positiva com o Vo2 máximo. Sob controle de variáveis o peso ao nascer se correlaciona com a altura, % de gordura, massa magra, pressao manual média, salto monopedal e deslocamento sob plataforma. Não se deve esperar que as manifestações de desempenho físico devam ser percebidas única e exclusivamente em função do peso ao nascer pois, o ambiente social e cultural, o estado nutricional das crianças podem interferir no desempenho destas.
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This study aimed to: i) evaluate the indicators of physical growth, body composition, level of physical fitness in children belonging to different birth weight groups; ii) To analyze the associations between birth weight and the influence of the cumulative effect of attained body size and body composition on the physical fitness of children belonging to different birth weight groups; iii) To analyze the variables of physical aptitude and motor coordination in children, along the cumulative variation of children belonging to different groups of birth weight. The sample consisted of 145 children of both genders from 7 to 10 years old, including 71 females and 74 males. Parameters related to physical growth indicators (weight, height), body composition (adipose folds) were evaluated. Physical fitness was assessed based on the protocols of the following batteries EUROFIT (1988) and FINESSGRAM (1994). The assessment of neuromotor performance was analyzed based on the Körperkoordinations-test für Kinder (KTK) battery of tests. In addition to the descriptive statistical measures and in order to study the interactions and interrelationships between the factors of interest, the one-way Anova with Turkey's post-test, Kruskal-Wallis test with Dunn's post-test, Spearman's Rho Correlation, were the statistical procedures used in the analysis of the results. A significance level of 5% was adopted in these analyses. Despite the difference in weight at birth, this factor did not prove to be preponderant for compromising the wingspan of individuals. Low birth weight continues to be a compromising factor for the size of individuals, but it did not prove to be preponderant in defining the nutritional status of individuals when classified by BMI and height/age. No evidence was found linking birth weight and cardiovascular parameters. Low birth weight did not compromise strength development, but influenced running speed and Vo2 max, suprailiac, subscapular and calf skinfolds. A negative correlation was established between birth weight and % fat, sprinting and single-pedal jumping, and a positive correlation with maximum Vo2. Controlled for variables, birth weight correlated with height, % fat, lean body mass, mean hand pressure, single-legged jump, and platform displacement. It should not be expected that manifestations of physical performance should be perceived solely and exclusively as a function of birth weight, as the social and cultural environment and the nutritional status of children can interfere with their performance.
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EULÁLIO MALINGA
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Associação entre baixo peso ao nascer e parâmetros de crescimento e de composição corporal em escolares de 7 a 10 anos no Distrito de Boane, Maputo/Moçambique
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Orientador : WYLLA TATIANA FERREIRA E SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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THYAGO MOREIRA DE QUEIROZ
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CYBELLE ROLIM DE LIMA
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SUELI MORENO SENNA
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TIMÓTEO SALVADOR LUCAS DACA
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Data: 31/07/2023
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Esta pesquisa teve por objetivo avaliar o efeito do peso ao nascer sobre a antropometria, composição corporal e estado nutricional de crianças de 7 a 10 anos de idade que apresentaram ou não baixo peso ao nascer residentes no Distrito de Boane da Província de Maputo/Moçambique. Pesquisa de campo de delineamento transversal realizada com estudantes de ambos os sexos, entre os 7 e 10 anos de idade, matriculados em escolas do distrito de Boane, localizado a sudeste da Província de Maputo. Os grupos foram formados a partir do peso ao nascer em grupo exposto (baixo peso ao nascer, BPN, n=41) e o grupo não exposto (peso normal ao nascer, PNN, n=179). O peso ao nascer foi obtido a partir do cartão do peso da criança. Foram obtidas/avaliadas as variáveis: peso e altura corporal; índice de massa corporal (IMC); dobras de adiposidade subcutânea (bicipital, tricipital, subescapular, suprailíaca, panturrilha); percentual de gordura corporal, massa magra, massa gorda; circunferência do quadril e da cintura, perímetro cefálico, perímetro braquial. Para análise estatística, utilizou-se o software SPSS for Windows, versão 21.0. A interação entre os fatores sexo e idade com o peso ao nascer foram avaliadas por ANOVA Two-way. Como não foram encontradas interações, os dados foram analisados como um único grupo (meninos e meninas juntos e todas as idades). Para analisar as diferenças entre os grupos BPN e PNN foi utilizado o t-test Student para amostras independentes. Os resultados foram ajustados para diferentes covariáveis: idade, sexo, altura, pesocorporal, IMC, composição corporal (massa corporal magra e massa gorda) através da análise de covariância (ANCOVA) considerando, idade, gênero, altura, índice de adiposidade. Em todas as análises o nível de significância de 5% foi utilizado. Os resultados indicaram que houve diferença entre os grupos BPN e PNN em relação às variáveis peso, estatura, dobras cutâneas (com exceção da bicipital, IMC, massa magra e massa gorda. Quando as médias foram ajustadas para diferentes covariáveis (sexo, idade e idade gestacional), apenas a dobra tricipital e a dobra da panturrilha permaneceram diferentes quando BPN foi comparado PNN. O peso ao nascer se correlacionou positivamente com as seguintes variáveis: peso, estatura, IMC e massa magra. Crianças com BPN apresentaram menor estatura e peso corporal, assim como IMC, embora estejam dentro dos padrões normais da OMS. A distribuição de gordura corporal também foi afetada em crianças BPN, contudo, quando ajustadas para idade, sexo, semanas de gestação e tamanho corporal, não houve diferença entre os grupos, exceto para as dobras tricipital e da panturrilha. Os resultados também demonstraram que o peso ao nascer tem associação, embora fraca, com o peso, estatura e massa magra. Assim, o BPN parece influenciar alguns indicadores de crescimento de crianças residentes em Boane, contudo fatores ambientais atuais parecem enfraquecer esta associação. Os resultados sugerem que políticas públicas que envolvam promoção da saúde e prevenção e controle de problemas de saúde pública podem reverter os efeitos do baixo peso em crianças de Boane.
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O baixo peso ao nascer (BPN) é definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como o peso ao nascer (PN) entre 1.500g e ≤ 2.500g. Crianças com BPN estão em maior risco de complicações que um bebê de peso normal. De acordo com uma revisão sistemática da OMS em 2019, 20,5 milhões de bebés em todo o mundo nasceram com BPN, o que representa 14,6% de todos os nascimentos. Em África Subsaariana a prevalência de BPN foi de 24% e em Moçambique foi de 6,1% e 5.0% para Pequena Idade gestacional (PIG) respectivamente. Estudos prévios relatam que o BPN influencia a antropometria, composição corporal, sendo um preditor de baixa força muscular e baixo desempenho em testes de movimento lateral. Na vida adulta, crianças de BPN são mais propensas a desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes tipo II, dislipedemias e hipertensão arterial. O presente estudo tem como objectivo avaliar a influência do peso ao nascer sobre a frequência alimentar, antropometria, composição corporal de crianças dos 7 aos 10 anos de idade residentes no distrito de Boane – Moçambique. Metodologia: Foram avaliadas 222 crianças dos 7 aos 10 anos de idade (107 meninos e 115 meninas), divididas a partir do peso ao nascer: em grupo exposto (4) e o grupo não exposto (218). As variáveis avaliadas foram: peso e altura corporal; Índice de massa corporal; dobras de adiposidade subcutânea (triciptal, subescapular, geminal, bicepscrural e supra ilíaca); percentual de gordura, massa magra e massa gorda; circunferência do quadril, cintura, braços e pernas e questionário de frequência alimentar (QFA) semi-quantitativo adaptado. Nos resultados preliminares: houve diferença entre meninos e meninas em relação ao peso ao nascer, peso corporal atual e ao IMC, na análise comparativa das dobras de adiposidade subcutânea não houve diferença entre os grupos P> 0.05. Na análise comparativa entre meninos e meninas em relação aos perímetros corporais não houve diferença entre os grupos P> 0.05. Não houve correlação entre o peso ao nascer e o peso atual das meninas dos 7 aos 10 anos de idade, e para os meninos, houve correlação positiva entre o peso ao nascer e o peso atual. Na análise de correlação de Pierson entre o peso ao nascer e o peso atual de meninas, houve correlação positiva (p < 0.05), no entanto não houve correlação entre o peso ao nascer e o IMC dos meninos.
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VANESSA MARIA DOS SANTOS
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Avaliação dos efeitos cardiovasculares na prole de ratas submetidas a uma dieta hiperlipídica com óleo de linhaça
durante a gestação e lactação
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Orientador : THYAGO MOREIRA DE QUEIROZ
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MEMBROS DA BANCA :
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THYAGO MOREIRA DE QUEIROZ
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VIVIANE DE OLIVEIRA NOGUEIRA SOUZA
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MARIA DO SOCORRO DE FRANÇA FALCÃO
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ROBSON CAVALCANTE VERAS
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Data: 04/08/2023
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Uma nutrição materna rica em gordura saturada em períodos críticos do desenvolvimento está associada ao aumento do risco de doenças crônicas na vida adulta, incluindo obesidade e doenças cardiovasculares. No entanto, diversos estudos experimentais tem demostrado que o ômega-3 pode ser capaz de atenuar os efeitos deletérios na prole do consumo de uma dieta materna hiperlipídica nessas fases. Diante disso, o objetivo desse estudo foi investigar os efeitos cardiovasculares na prole de ratas submetidas à dieta hiperlipídica enriquecida com ômega-3 através do óleo de linhaça durante a gestação e lactação. Ratos com oferta de água e suas respectivas dietas no acasalamento, gestação e lactação, formaram os seguintes grupos: controle (CT) – dieta padrão/AIN-93G; hiperlipídico (HL) – dieta rica em ácidos graxos saturados; e hiperlipídico com ômega-3 (HLꞶ3) – dieta rica em ácidos graxos saturados enriquecida com ômega-3 através do óleo de linhaça. Ao desmame, os machos receberam ração padrão de biotério. Foi medido a massa corporal, perfil bioquímico, peso do coração, rins e índice de hipertrofia cardíaca, assim como nível de malondialdeído (MDA) aórtico, cardíaco e renal, nas genitoras e na prole. Além de parâmetros murinométricos, controle alimentar e hídrico, mensuração da pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica com 60 e 90 dias, e reatividade vascular na prole. Resultados foram expressos como média ± E.P.M, com ANOVA ou teste “t” Student seguido do pós-teste de Tukey e considerado p<0,05. Os resultados mostraram maior massa corporal das mães do grupo HL na gestação e lactação quando comparado ao grupo CT, enquando as do grupo HLꞶ3 apresentaram massa corporal maior apenas na lactação. Em relação aos exames bioquímicos, peso absoluto dos órgãos e índice de hipertrofia cardíaca, não houve diferença entre os grupos. No entanto, um aumento no nível de MDA no coração do grupo HL foi observado quando comparado ao CT assim como no rim, ao passo que no grupo HLꞶ3 foi diminuído no coração comparado com o grupo apenas hiperlipídico. Na prole foi encontrado massa corporal maior nos grupos HL e HLꞶ3 quando comparado ao grupo controle aos 21, 30, 60, 90 dias de vida e nas 8 semanas no intervalo de 30 a 90 dias, sem maior ingestão alimentar. Também foi identificado maior circunferência abdominal aos 21, 60 e 90 dias, além do comprimento nasocaudal aos 21, 30 e 90 dias de vida da prole HL e HLꞶ3, embora nenhuma diferença significativa no índice de massa corporal (IMC) e índice de Lee entre os grupos. Além disso, a prole HL apresentou aumento da PAS, peso dos rins, coração e índice de hipertrofia cardíaca, vasorelamento reduzido e vasoconstrição aumentada em anéis de aorta, como também estresse oxidativo aórtico, cardíaco e renal. Enquanto as proles HLꞶ3, mostrou aumento do peso dos rins, coração e índice de hipertrofia cardíaca, disfunção vascular e dano oxidativo cardíaco. Em contrapartida, o grupo HLꞶ3, diminuiu MDA na aorta, coração e rim. Diante disso, nossos dados sugerem que a dieta HL promove desfechos carbiometabólicos adversos e que a HLꞶ3 é capaz de atenuar parcialmente ou retardar os efeitos observados.
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A nutrição materna é um dos fatores ambientais extrínsecos mais conhecidos que influenciam na plasticidade fenotípica. Vários estudos experimentais evidenciam os efeitos a longo prazo do desequilíbrio dietético materno durante gestação e/ou lactação na fisiologia da prole contribuindo para o desenvolvimento de doenças como a obesidade e doenças cardiovasculares. Uma nutrição materna rica em ácidos graxos saturados, por exemplo, já demostrou induzir o aumento de peso e maior ingestão calórica na prole, propiciando o desenvolvimento de um fenótipo obeso, além de aumentar níveis de glicemia e triglicerídeos, causar disfunção endotelial, aumento da pressão arterial e estresse oxidativo na idade adulta. No entanto estudos experimentais tem demonstrado a capacidade do ômega-3 em atenuar os efeitos deletérios do consumo de uma dieta materna rica em ácidos graxos saturados na prole. Diante disso, o presente estudo tem como obejtivo investigar os efeitos cardiovasculares na prole de ratas submetidas à dieta hiperlipídica enriquecida com ômega-3 durante a gestação e lactação, procurando elucidar os possíveis mecanismos implicados nestes efeitos. Para isso, roedores da linhagem Wistar (Rattus norvegicus) em idade reprodutiva, foram colocados em acasalamento na proporção de 1:3 (macho:fêmea) durante dois ciclos estrais da fêmea (10 dias) em gaiolas com oferta de água e ração formando os seguintes grupos: Grupo controle (C) – dieta padrão/AIN-93G; Grupo hiperlipídico (HL) – dieta rica em ácidos graxos saturados; Grupo w3 (HLW3) – dieta rica em ácidos graxos saturados suplementados com ômega-3. Após o desmame, aos 21 dias de vida os machos serão transferidos para gaiolas individuais, formando três grupos: prole das mães alimentadas com dieta padrão/AIN-93G (controle), prole das mães alimentadas com dieta com alto teor de ácidos graxos saturados (HL) e prole mães alimentadas com dieta com alto teor de ácidos graxos saturados enriquecida com ômega-3 (HLW3) e receberão água filtrada e ração comercial para ratos de biotério (Nuvilab®, Grupo Quimtia, Paraná, Brasil) até os 90 dias de idade. Foram realizados análise de peso corporal das fêmeas durante gestação e lactação, e na prole no 1°, 21° e 90° dia de vida, assim como de parâmetros murinométricos; mensuração da pressão arterial (PA) e frequência cardíaca (FC) ao final da lactação e aos 90° dias da prole; medição do peso absoluto do coração, rins e cálculo do índice de hipertrofia cardíaca nas fêmas e nas proles; controle alimentar e hídrico da prole do 30° aos 90° dia de idade, reatividade vascular e medição de estresse oxidativo. Em relação ao ganho de peso corporal na gestação das fêmeas, não houve diferença estatistica entre os grupos CT e HLW3 (p≥0,05). Ao analisar os parâmetros da prole no 1° dia de vida, o peso corporal, circunferência abdominal e comprimento nasoanal foram estatisticamente semelhantes entre os grupos controle e HLW3 (p≥0,05). Enquanto o comprimento nasocaudal, IMC e índice de Lee foram diferentes entre os grupos (p<0,05). Apesar da falta do grupo HL para gerar conclusões, a semelhante do grupo CT com HLW3 em alguns parâmetros no primeiro dia de vida mostra-se promissora.
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WILLIAM DOUGLAS DA SILVA LIRA
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OS EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO AERÓBICO SOBRE A EXPRESSÃO DE PROTEÍNAS DA VIA DE SINALIZAÇÃO DE INSULINA NO MÚSCULO ESQUELÉTICO DE RATOS ADULTOS SUBMETIDOS À DIETA OBESOGÊNICA DURANTE A GESTAÇÃO E LACTAÇÃO
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Orientador : DIOGO ANTONIO ALVES DE VASCONCELOS
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MEMBROS DA BANCA :
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ISABELI LINS PINHEIRO
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TASSIA KARIN FERREIRA BORBA
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WYLLA TATIANA FERREIRA E SILVA
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Data: 31/08/2023
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A gestação, lactação e os primeiros anos após o nascimento são períodos iniciais da vida e cruciais para o desenvolvimento do organismo, pois este período é crítico e pode sofrer alterações quando expostos a estímulos ambientais como fumo, álcool, alimentação e exercício físico. Objetivo: É investigar os efeitos do treinamento físico aeróbico sobre expressão gênica de proteínas envolvidas na via de sinalização de insulina no músculo esquelético na prole submetida à dieta obesogênica durante a gestação e lactação. Metodologia: Alimentamos ratas Winstar com uma dieta obesogênica ou dieta padrão durante a gestação e lactação, apos termino da lactação a prole foi alimentada com a dieta padrão do biotério no dia 30 de vida desses animais dividimos em quatro grupos de acordo com a dieta e o protocolo de treinamento físico, totalizando 4 grupos: grupo controle (N: 6), grupo obesogênico (N: 6), grupo controle exercitado (N: 6) e grupo obesogênico exercitado (N:6). Com 74 e 75 dias fizemos a eutanásia da prole treinada e sedentária para analise de tecido. Analisamos: o consumo alimentar, peso corporal; na prole, foi analisada a tolerância à glicose e insulina aos 60 dias de idade; medimos a massa de tecido adiposo epididimal e retroperitoneal e dos músculos sóleo, EDL, tibial anterior e gastrocnêmio; determinamos o glicogênio nos músculos sóleo e EDL; medimos a expressão gênica das proteínas IRS-1, Akt, GSK3-β, AMPK e RP-S6 nos músculos sóleo e EDL. Resultados: As ratas alimentadas com a dieta obesogênica tiveram aumento no peso e acumulo de gordura; a prole das ratas da dieta obesogênica com 30 dias diminuir a tolerância a glicose que foi mitigada após o treinamento físico aeróbico. Conclusão: A dieta obesogênica oferecida às mães induziu ganho de peso associado ao acúmulo de gordura. Após 30 dias a prole teve uma diminuição na tolerância à glicose na prole. Após o treinamento físico com 60 dias de vida, houve melhora da sensibilidade à glicose nos animais treinados. O protocolo de treinamento físico não demonstrou melhora significativa na expressão gênica das proteínas IRS-1, Akt, GSK3-β e RP-S6.
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Nos últimos 45 anos a prevalência de sobrepeso e obesidade triplicou no mundo, segundo a organização mundial da saúde (OMS), esse número inclui as gestantes e crianças menores de 5 anos, que somam aproximadamente 38 milhões no ano de 2019. A maior parte de indivíduos com excesso de peso, especialmente os que apresentam elevada concentração de gordura visceral, possuem resistência à insulina periférica, redução da expectativa de vida com elevado risco para o surgimento de desordens cardiometabólicas e alguns tipos de câncer. A gestação, lactação e os primeiros anos após o nascimento são períodos iniciais da vida e cruciais para o desenvolvimento do organismo, pois este período é crítico e pode sofrer alterações quando expostos a estímulos ambientais como fumo, álcool, alimentação e exercício físico. Assim, o objetivo do nosso trabalho é investigar os efeitos do treinamento físico aeróbico sobre expressão gênica de proteínas envolvidas na via de sinalização de insulina no músculo esquelético na prole submetida à dieta obesogênica durante a gestação e lactação. Para isso, serão determinados: o consumo alimentar, peso corporal e glicemia de jejum das mães; na prole, será analisada a tolerância à glicose e insulina aos 60 dias de idade; medir a massa de tecido adiposo epididimal e retroperitoneal e dos músculos sóleo, EDL, tibial anterior e gastrocnêmio; determinar o glicogênio nos músculos sóleo e EDL; medir a expressão gênica das proteínas IRS-1, Akt, GSK3-β, AMPK e RP-S6 nos músculos sóleo e EDL. Estudos já demonstraram que a implementação do exercício físico traz, dentre diversos benefícios à saúde, tais como o aumento a captação de glicose pelo músculo esquelético e melhora a sensibilidade à insulina por modular a expressão gênica de proteínas envolvidas na via de sinalização e, consequentemente, ajuda no controle da homeostase da glicemia.
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AMANDA NAYANE DA SILVA RIBEIRO
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Farinha do resíduo do abacaxi: caracterização e avaliação da bioacessibilidade in vitro de compostos bioativos
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Orientador : CHRISTINE LAMENHA LUNA FINKLER
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIANE CAJUBA DE BRITTO LIRA NOGUEIRA
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ROBERTA ALBUQUERQUE BENTO DA FONTE
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VIVIANE LANSKY XAVIER DE SOUZA LEAO
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Data: 28/11/2023
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O abacaxi (Ananas comosus (L.) Merril) é uma fruta tropical rica em minerais, ácidos orgânicos, vitamina C e compostos fenólicos, e os resíduos gerados pelo seu processamento, como cascas, coroa e bagaço, são muitas vezes descartados de maneira inadequada, mas podem ser empregados na produção de aditivos alimentares. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi determinar a composição nutricional, parâmetros físico-químicos, os compostos bioativos e a capacidade antioxidante presentes em farinhas de resíduos do abacaxi e avaliar a sua bioacessibilidade in vitro. Os abacaxis utilizados foram adquiridos em supermercado localizado no município de Caruaru/PE e os resíduos foram coletados em indústria de processamento de polpas, em Agrestina/PE. Os resíduos da fruta (casca, coroa e bagaço) e da indústria foram processados para a obtenção das farinhas, sendo caracterizadas quanto a sua composição centesimal, pH, teor de sólidos solúveis, atividade de água, compostos fenólicos totais, flavonoides, capacidade antioxidante, teor de vitamina C e análise microbiológica. A bioacessibilidade dos compostos bioativos em condições simuladas de digestão gastrointestinal também foi investigada. Os resultados indicam que a maior fração percentual da fruta corresponde à polpa (72,57 ± 1,59 %), enquanto os maiores rendimentos de farinha foram observados para a farinha da casca (15,36 ± 0,34 %). As farinhas da casca e da coroa e do resíduo industrial apresentaram um teor de umidade inferior a 15 %, conforme padrão de qualidade estabelecido pela legislação vigente. As maiores concentrações de proteína foram observadas para as amostras de farinha de coroa (7,27 ± 0,91 % e 7,03 ± 0,25 %), e a farinha da casca apresentou percentuais de lipídeos de 0,64 ± 0,20 % e 0,70 ± 0,01 %, similares ao encontrado para a farinha do resíduo (0,70 ± 0,01 %). Para todas as amostras avaliadas, verificou-se uma quantidade acima de 70 % de carboidratos. Os valores de pH variaram de 3,78 a 4,39, e a atividade de água foi inferior a 0,60 para todas as farinhas estudadas, o que indica uma adequada estabilidade microbiológica. A maior concentração de compostos fenólicos foi encontrada na farinha de resíduo industrial (1055,56 ± 27,11 mgAG/100 g de farinha), que também apresentou o maior teor de flavonoides (809 ± 53 mg de quercetina/100g de farinha). A farinha da casca foi a amostra que apresentou o maior valor de capacidade antioxidante (38,7 ± 2,5 µmol de Trolox/g de amostra). Os fenólicos apresentaram um elevado percentual de bioacessibilidade, variando de 89,7 % e 84,4 % para as farinhas do bagaço da polpa e do resíduo, respectivamente, enquanto que os percentuais de bioacessibilidade para os flavonoides variaram de 38,1 % para a farinha do bagaço da polpa a 51,0-55,2 % para as amostras de farinha do resíduo, casca e coroa. A concentração de ácido ascórbico na farinha do resíduo foi de 1185,02 ± 198,25 mg/100g, e após a digestão simulada a concentração diminuiu para 283,32 ± 34,52 mg/100g, resultando num percentual de bioacessibilidade de 23,9 ± 1,7 %. As capacidades antioxidantes pós-digestão foram de 7,82 ± 0,35, 10,7 ± 0,92 e 13,69 ± 1,37 µmol Eq. Trolox (TE)/g amostra para as farinhas do bagaço da polpa, farinha da coroa e farinha do resíduo, respectivamente. Todas as amostras apresentaram qualidade microbiológica que atendem à legislação vigente. Os resultados indicam que as farinhas dos resíduos do abacaxi são importantes fontes naturais de compostos nutricionais e bioativos.
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Os compostos bioativos presentes em frutas e hortaliças têm sido amplamente estudados como fatores promotores de benefícios ligados à saúde. O Brasil está entre os maiores produtores de abacaxi (Ananas comosus (L.) Merril), uma fruta tropical amplamente cultivada na América do Sul, rica em minerais, ácidos orgânicos, bromelina, carotenóides, vitamina C e compostos fenólicos. As frutas são extensamente processadas na sua cadeia produtiva; no entanto, os resíduos gerados, como cascas e bagaços, são muitas vezes descartados, mas podem ser empregados de forma sustentável na produção de aditivos alimentares. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi caracterizar os compostos bioativos presentes em farinhas de resíduos do abacaxi e avaliar a sua bioacessibilidade e efeitos cardiovasculares in vivo. Os abacaxis utilizados nos experimentos foram adquiridos em supermercado local no município de Caruaru/PE, enquanto que os resíduos foram coletados em indústria de processamento de polpas, localizada em Agrestina (PE). Os resíduos da fruta (casca, coroa e bagaço) e da indústria foram processados para a obtenção das farinhas, sendo estas caracterizadas em termo da sua composição centesimal (umidade, cinzas, lipídios, proteínas, carboidratos), pH, Brix, atividade de água, compostos fenólicos totais e teor de vitamina C. Serão ainda quantificados a acidez total titulável, capacidade antioxidante, teor de flavonoides, bioacessibilidade em condições simuladas de digestão gastrointestinal e atividade vascular dos compostos bioativos. Os resultados preliminares indicam, para os dois lotes de resíduos da fruta, que a maior fração percentual corresponde à polpa (72,57 ± 1,59), seguido da casca (21,39 ± 1,65) e da coroa (5,43 ± 1,20), enquanto que os maiores rendimentos de farinha foram observados para a farinha da casca (15,36 ± 0,34) %, seguido da farinha do bagaço da polpa (14,62 ± 0,61) % e da farinha da coroa (11,46 ± 1,17) %. As farinhas da casca e da coroa e do resíduo industrial apresentaram um teor de umidade inferior a 15 %, conforme padrão de qualidade estabelecido pela legislação vigente. Dentre as partes do fruto, a quantidade de proteínas e de lipídeos foi maior na farinha da coroa, seguida da casca e do bagaço. Os valores de atividade de água foram inferiores a 0,60 para todas as farinhas estudadas, o que indica uma adequada estabilidade microbiológica. Os valores de pH variaram de 3,78 a 4,39, e a farinha da coroa foi a que apresentou o menor teor de sólidos solúveis totais. Os maiores teores de compostos fenólicos totais (7,26 ± 0,02) mg/g e vitamina C (5,27 ± 1,83 mg de vitamina C/grama de farinha) foram obtidos para a farinha do resíduo industrial. Os resultados indicam que as farinhas dos resíduos do abacaxi são importantes fontes naturais de compostos nutricionais e bioativos.
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LETÍCIA OLIMPIA DE SANTANA
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Microencapsulação de Lacticaseibacillus: uma revisão sistemática
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Orientador : MARIANE CAJUBA DE BRITTO LIRA NOGUEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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GERLANE SOUZA DE LIMA
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MARIANE CAJUBA DE BRITTO LIRA NOGUEIRA
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THAYNAN RAQUEL DOS PRAZERES OLIVEIRA
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Data: 21/12/2023
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Lacticaseibacillus é um gênero de bactéria comumente utilizado para incorporação em alimentos probióticos. Essa utilização se dá pelos benefícios à saúde humana, principalmente ao trato gastrointestinal, além de serem consideradas seguras para o consumo. Os probióticos são susceptíveis ao estresse ambiental e ao trato gastrointestinal, e para que os seus benefícios sejam alcançados, se faz necessário que os probióticos alcancem o trato gastrointestinal numa quantidade maior que 108 UFC/g. Neste sentido, a microencapsulação vem sendo uma alternativa utilizada para proteger esses microrganismos dos estresses ambientais e das condições hostis presentes no trato gastrointestinal, podendo garantir que um número maior de microrganismos viáveis cheguem ao intestino para cumprir sua função. Além do extenso uso como probióticos, bactérias do gênero Lacticaseibacillus e a sua microencapsulação são tópicos que possuem uma quantidade significativa e crescente de estudos considerados recentes, levando a uma notável necessidade de sistematização que congregue informações relevantes para evidenciar o que há de comprovação das suas vantagens. Por meio da revisão sistemática é possível organizar a literatura de modo que sirva de subsídio às próximas pesquisas científicas, além de poder guiar diretrizes, contribuindo para um consenso relacionado a prescrições do uso de probióticos em determinadas doenças. Assim, esta pesquisa possui como objetivo realizar uma revisão sistemática da literatura de estudos relacionados à microencapsulação de Lacticaseibacillus. A hipótese sugere que a microencapsulação é eficaz para a melhora da viabilidade dos Lacticaseibacillus em alimentos lácteos. A revisãosistemática foi conduzida em conformidade com as diretrizes do PRISMA, utilizando as bases de dados e de patente: Scopus, Pubmed, Scielo e Lilacs. A estratégia de pesquisa utilizada nas bases de dados consiste na recuperação de artigos através do uso dos termos “lactobacillus”, “dairy food”, “probiotics” e "microencapsulation”, unidos por “AND”. Foram captados estudos relacionados ao tema e incluídos os artigos publicados no período que abrange 2018 a 2023, nos idiomas inglês, espanhol e português. Foram excluídos os artigos repetidos, capítulos de livros, cartas ao editor, resumos de conferência, resenhas e artigos que incluam outros gêneros de microrganismos microencapsulados. Foi realizada uma busca sistemática com atualizações sobre o gênero Lacticaseibacillus e a microencapsulação na área de alimentos. Decorrente da busca inicial, foram encontradas 48 respostas com base nos critérios previamente estabelecidos, sendo eles: PubMed= 16; Scopus= 31; Lilacs= 1; e ScieLo= 3. Foram utilizados 15 artigos para análise e discussão. A liofilização destacou-se como a técnica predominante na microencapsulação, amplamente empregada em alimentos como whey protein, iogurte e queijo. O modelo de pesquisa encontrado foi in vivo, utilizando animais com ambientes simulados do trato gastrointestinal. Em alguns casos, houve testes sensoriais que destacaram a positiva aceitação de alimentos contendo probióticos microencapsulados. Recomenda-se, para futuros estudos, uma investigação mais aprofundada das interações de Lacticaseibacillus com a microbiota intestinal, visando o desenvolvimento de terapias personalizadas. Além disso, é crucial explorar o impacto de eventos externos, como a pandemia da Covid-19, e expandir a pesquisa para outros alimentos lácteos, a fim de compreender como diferentes composições influenciam a eficácia da microencapsulação.
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O Lactobacillus é um gênero de bactéria comumente utilizado para incorporação em alimentos probióticos. Essa utilização se dá pelas propriedades que essas bactérias possuem, ocasionando em benefícios à saúde humana, principalmente ao trato gastrointestinal, além de serem consideradas seguras para o consumo. Os probióticos são definidos como bactérias que conferem benefícios à saúde quando administradas em quantidades adequadas. As vantagens se estendem desde a modulação do intestino até o aumento da imunidade, prevenindo e amenizando sintomas de diversas doenças. Os probióticos são susceptíveis ao estresse ambiental e do trato gastrointestinal, para que os seus benefícios sejam alcançados, se faz necessário que os mesmos alcancem o trato gastrointestinal numa quantidade maior que 10⁶ UFC/g. Neste sentido, a microencapsulação vem sendo uma alternativa tecnológica utilizada para proteger esses microrganismos dos estresses ambientais e das condições hostis presentes no trato gastrointestinal, podendo garantir que um número maior de microrganismos viáveis cheguem ao intestino para cumprir sua função. Além do extenso uso como probióticos, os Lactobacillus e a sua microencapsulação é um tópico que possui uma quantidade significativa e crescente de estudos considerados recentes, levando a uma notável necessidade de sistematização que congregue informações relevantes para evidenciar o que há de comprovação das suas vantagens. Por meio da revisão sistemática é possível organizar a literatura de modo que sirva de subsídio às próximas pesquisas científicas. Assim, esta pesquisa possui como objetivo realizar uma revisão sistemática da literatura de estudos relacionados à microencapsulação de Lactobacillus. A hipótese sugere que a microencapsulação é uma técnica com potencial para melhora da viabilidade e eficácia do Lactobacillus como probiótico. A revisão sistemática será feita de acordo com as diretrizes PRISMA, nas bases de dados e de patente: Scopus, Pubmed, Scielo, Lilacs e INPI. A estratégia de pesquisa utilizada nas bases de dados consiste na recuperação de artigos através do uso dos termos “lactobacillus” e “probiotics” e "microencapsulation”, utilizando operadores booleanos “AND” irão ser captados todos os estudos relacionados ao tema através da leitura do título seguido da leitura dos resumos. Serão incluídos os artigos publicados no período que abrange 2018 a 2023, ou seja, dos últimos 5 anos, nos idiomas inglês, espanhol e português. Serão excluídos os artigos repetidos, capítulos de livros, cartas ao editor, resumos de conferência, resenhas e artigos que incluam outros gêneros de microrganismos microencapsulados. Foi realizada uma busca sistemática com atualizações sobre o gênero Lactobacillus e a microencapsulação na área de alimentos através da análise de artigos produzidos, dissertações e teses, além da busca no banco de patentes. Decorrente da busca inicial, foram encontrados 527 hits com base nos critérios previamente estabelecidos, sendo eles: PubMed= 154; Scopus= 367; Lilacs= 3; e ScieLo= 3, enquanto nas patentes foram encontradas 32 resultados. Prevê-se que, com os resultados preliminares será possível prospectar a melhora da viabilidade dos lactobacillus como probióticos quando microencapsulados.
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