Dissertações/Teses

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2024
Dissertações
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  • THAYNA MENEZES SANTOS
  • REALIDADE VIRTUAL COMO FERRAMENTA EM ATIVIDADES DE PROMOÇÃO À SAÚDE PARA ADULTOS COM SÍNDROME METABÓLICA NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO-PE

  • Orientador : VIVIANE DE OLIVEIRA NOGUEIRA SOUZA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DEBORA SANTOS ALVES DE OLIVEIRA
  • ISABELI LINS PINHEIRO
  • VIVIANE DE OLIVEIRA NOGUEIRA SOUZA
  • Data: 09/02/2024

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  • A ocorrência de mudanças sociais e comportamentais implica em alterações na ingestão alimentar com aumento do consumo de alimentos ultraprocessados em associação ao comportamento sedentário, fatores de risco para doenças cardiovasculares e aumento da prevalência de doenças crônicas como síndrome metabólica. Nesse contexto, nesse sentido ou nessa perspectiva o objetivo desse trabalho foi investigar efeitos da realidade virtual e educação em saúde em parâmetros nutricionais e clínicos desses indivíduos no município de Vitória de Santo Antão no estado de Pernambuco. Os indivíduos foram selecionados dentro da faixa etária entre 40 e 59 anos, ambos os sexos e atendidos na unidade básica de saúde da Bela vista. Após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, os voluntários foram avaliados quanto à situação sociodemográfica, clínica, frequência alimentar e exames bioquímicos e agrupados em: grupo com síndrome metabólica e sem síndrome metabólica. Em seguida, iniciou-se a fase de intervenções: dois grupos realizaram treinamento com realidade virtual com protocolo previamente elaborado e dois grupos receberam orientações de saúde por seis semanas, duas vezes por semana. Como resultados tem- se que as pessoas com síndrome metabólica apresentaram alterações antropométricas na circunferência da cintura, relação cintura-quadril e índice de massa corporal, além de alterações bioquímicas no perfil lipídico e glicêmico mais destacadas em comparação ao grupo sem síndrome metabólica. No que diz respeito ao consumo alimentar, foi observado uma frequência de consumo alta para alimentos como açúcar, margarina, óleo de soja, pão, bolacha e cuscuz; consumo este influenciado pelo meio socioeconômico e hábitos culturais da população avaliada. Através do estudo feito sobre intervenção com realidade virtual como ferramenta em protocolo de exercício físico para a população com síndrome metabólica estudada, atribui-se os resultados positivos obtidos pelo fato de comunitários mais ativos, ou seja, o exercício e por consequência, o combate ao sedentarismo constitui fator importante para tal resultado. No entanto, a realidade virtual pode ser alternativa de ferramenta a ser inserida em atividades de promoção à saúde sobretudo na atenção básica, cuja população atendida, em grande parte, constitui importante grau de vulnerabilidade social e não tem acesso a tecnologias inovadoras com facilidade.


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  • Mudanças sociais e comportamentais na sociedade implicaram em alterações na ingestão alimentar com aumento do consumo de alimentos ultraprocessados em associação com um comportamento sedentário, fatores de risco para doenças cardiovasculares e aumento da prevalência de doenças crônicas como síndrome metabólica. No intuito de avaliar questões de saúde em adultos com síndrome metabólica, este trabalho tem objetivo investigar efeitos da realidade virtual e educação em saúde em parâmetros nutricionais e clínicos desses indivíduos no município de Vitória de Santo Antão, em Pernambuco. Os indivíduos foram selecionados dentro da faixa etária entre 40 e 59 anos, ambos os sexos e atendidos na unidade básica de saúde da Bela vista. Após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, os voluntários foram avaliados quanto sua situação sociodemográfica, clínica, frequência alimentar e exames bioquímicos para serem classificados como: grupo com síndrome metabólica e sem síndrome metabólica. Em seguida, iniciou-se a fase de intervenções: dois grupos realizaram treinamento com realidade virtual com protocolo previamente elaborado e dois grupos receberam orientações de saúde por seis semanas, duas vezes por semana. Este documento apresenta os resultados preliminares da população estudada, com dados sociodemográficos, antropométricos e bioquímicos pré-intervenção. Entre os grupos, as pessoas com síndrome metabólica apresentaram alterações antropométricas na circunferência da cintura, relação cintura-quadril e índice de massa corporal, além de alterações bioquímicas no perfil lipídico e glicêmico mais destacadas que o grupo sem síndrome metabólica. No que diz respeito ao consumo alimentar, foi observado uma frequência de consumo alta para alimentos como açúcar, margarina, óleo de soja, pão, bolacha e cuscuz; consumo este influenciado pelo meio socioeconômico e hábitos culturais da população avaliada. Com os resultados pós-intervenção espera-se obter melhores comparações entre os grupos e impactar de forma positiva a saúde das pessoas, melhorando sua qualidade de vida.
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  • LIVIA MARIA DE LIMA LEONCIO
  • INTERVENÇÃO COM AMBIENTE ENRIQUECIDO PRECOCE SOBRE A COMPOSIÇÃO CORPORAL E DENSIDADE NEURONAL DO TRANSPORTADOR DE SEROTONINA EM RATOS WISTAR JOVENS SUBMETIDOS À DIETA DE CAFETERIA NA LACTAÇÃO
  • Orientador : ISABELI LINS PINHEIRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ELIZABETH DO NASCIMENTO
  • RAQUEL DA SILVA ARAGAO
  • TASSIA KARIN FERREIRA BORBA
  • Data: 21/02/2024

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  • O consumo materno de dieta de cafeteria durante o aleitamento promove maior susceptibilidade dos filhotes em desenvolver obesidade. A má nutrição no início da vida, pode gerar consequências a longo prazo, como alterações histomorfológicas no sistema de neurotransmissão da serotonina, em especial no transportador de serotonina. Outro fator ambiental, como a prática de atividade física, através do modelo de enriquecimento ambiental, favorece aspectos motores, sensoriais e sociais, podendo atenuar estes efeitos deletérios quando vivenciado durante períodos críticos de desenvolvimento do organismo. O presente projeto teve como objetivo avaliar os efeitos do consumo materno de dieta de cafeteria na lactação e da intervenção com o ambiente enriquecido precoce sobre o desenvolvimento corporal e imunorreatividade de neurônios SERT em animais jovens. Foram utilizados 61 ratos ratos wistar, divididos em 4 grupos experimentais de acordo com a manipulação dietética de suas progenitoras e ambiente no qual foram alojados: Dieta Controle em Ambiente Controle (CC; n=19), Dieta Controle em Ambiente Enriquecido (CE; n=13), Dieta Cafeteria em Ambiente Controle (CAFC; n=16), Dieta Cafeteria em Ambiente Enriquecido (CAFE; n=13). O ambiente enriquecido consistiu em uma gaiola grande (60x50x42cm) com comedouros para ração, uma roda de corrida, escada, abrigo e túneis que foram reposicionados e completamente substituídos por outros uma vez por semana. Em ambas as condições ambientais, cada gaiola abrigou uma nutriz em aleitamento com 8 filhotes na lactação. Após o desmame, no 22º dia de vida, as nutrizes e filhotes fêmeas foram removidas e 4 filhotes machos permaneceram no ambiente enriquecido até os 30 dias de vida. A dieta padrão de biotério para roedores foi a Nuvilab CR-1 (295kcal/100g), sendo ofertada na gestação e lactação para todos os grupos. A dieta de cafeteria foi ofertada apenas na lactação e consistia em alimentos altamente palatáveis e com alto teor calórico acompanhada da dieta Nuvilab CR-1. Foram analisados o peso corporal, comprimento naso-anal, peso dos órgãos e adiposidade das nutrizes. Nos filhotes jovens, foram analisados parâmetros de crescimento somático, peso de órgãos e gorduras e imunorreatividade do transportador de serotonina. Os resultados mostraram que as nutrizes do grupo CAFC apresentaram menor peso corporal no dia da eutanásia, maior adiposidade. As nutrizes CAFE e CAFC apresentaram peso maior do encéfalo. Os filhotes CE apresentaram o peso corporal, comprimento naso-anal e eixo ântero-posterior maiores e circunferências menores que os filhotes CC. Os filhotes CAFC apresentaram circunferências e eixos menores e maior adiposidade que o grupo CC. A quantidade de neurônios SERT-IR no núcleo arqueado não teve diferença. Conclui-se que a dieta de cafeteria na lactação teve efeitos antropométricos na nutriz e filhotes, provocando maior adiposidade e menores parâmetros corporais. O ambiente enriquecido teve efeitos sobre o desenvolvimento dos animais, mas não foi capaz de atenuar os efeitos da dieta.

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  • O consumo materno de dieta de cafeteria durante o aleitamento promove maior susceptibilidade dos filhotes em desenvolver obesidade. A má nutrição no início da vida, pode gerar consequências a longo prazo, como alterações histomorfológicas no sistema de neurotransmissão da serotonina, em especial no transportador de serotonina. Outro fator ambiental, como a prática de atividade física, através do modelo de enriquecimento ambiental, favorece aspectos motores, sensoriais e sociais, podendo atenuar estes efeitos deletérios quando vivenciado durante períodos críticos de desenvolvimento do organismo. O presente projeto tem como objetivo avaliar os efeitos do consumo materno de dieta de cafeteria na lactação e da intervenção com o ambiente enriquecido precoce sobre a composição corporal e imunorreatividade de neurônios SERT em animais jovens. Estão sendo utilizados ratos wistar, mantidos condições padrão de biotério. Estão sendo realizadas uma manipulação nutricional com oferta de dieta no aleitamento (cafeteria ou controle), e uma manipulação ambiental com dois tipos de alojamentos (controle ou enriquecido). Os roedores foram divididos em quatro grupos experimentais de acordo com a manipulação dietética de suas progenitoras e o ambiente no qual serão alojados: Dieta Controle em Ambiente Controle (CC; n=15), Dieta Controle em Ambiente Enriquecido (CE; n=10), Dieta Cafeteria em Ambiente Controle (CAFC; n=4), Dieta Cafeteria em Ambiente Enriquecido (CAFE; n=2). Estão sendo analisados o peso corporal, adiposidade e circunferências das nutrizes e filhotes, e parâmetros de crescimento somático, peso de órgãos e imunorreatividade do transportador de serotonina nos filhotes jovens. Os resultados preliminares mostraram que as nutrizes do grupo CAFE apresentaram menor comprimento naso anal que os demais grupos (CAFE versus CC; p <0,0001); (CAFE versus CE; p<0,0001); (CAFE versus CAFE; p<0,0001), como também as nutrizes CAFE apresentaram maior IMC (CAFE versus CC; p <0,0001); (CAFE versus CE; p 0,0001); (CAFE versus CAFE; p 0,0001). Quanto ao peso corporal dos filhotes, o grupo CAFC apresentou o peso maior que o grupo CC no 14º dia (p=0,0220) e no 21º dia os animais CE apresentaram maior peso que o grupo CC (p<0,0341). Em relação ao peso relativo da adiposidade dos filhotes, o grupo CAFC apresentou o peso da gordura marrom maior que que o grupo CC e o peso da gordura inguinal maior maior que o grupo CE, já o grupo CAFC apresentou o peso da gosdura retroperitonial maior que o grupo CE. Significância de p≤0,01. Os grupos experimentais ainda estão sendo coletados no biotério e as análises de
    imunohistoquímica e contagem dos neurônios foram iniciadas.
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  • TAYSLA ALBUQUERQUE DE ARAUJO
  • EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO SOBRE A VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA E DO PERFIL METABÓLICO EM MULHERES ADULTAS DE MEIA IDADE E IDOSAS COM SÍNDROME METABÓLICA
  • Orientador : JOAO HENRIQUE DA COSTA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DIOGO ANTONIO ALVES DE VASCONCELOS
  • MONIQUE ASSIS DE VASCONCELOS BARROS
  • THYAGO MOREIRA DE QUEIROZ
  • Data: 22/02/2024

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  • A síndrome metabólica (SM) é uma combinação de alterações cardiometabólicas que contempla a obesidade central, dislipidemia, hiperglicemia e elevação da pressão arterial, e é considerada um dos maiores desafios para a saúde pública em todo o mundo. Sendo assim, o objetivo é avaliar os efeitos do exercício físico sobre a variabilidade da frequência cardíaca em mulheres adultas de meia idade e idosas com síndrome metabólica. Estudo transversal quantitativo, realizado com mulheres adultas de meia idade e idosas. Foram formados os seguintes grupos: com síndrome metabólica (CSM) e sem síndrome metabólica (SSM) ambos foram avaliados no início e final do estudo. Foram coletados o questionário de avalição do Nível de Atividade Física (IPAQ), o teste Brief Medication Questionnaire (BMQ), o índice de massa corporal (IMC), a circunferência da cintura (CC). Na avaliação cardiovascular, a pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foi aferida através do método auscultatório. O registro eletrocardiográfico foi coletado em posição supina durante 15 minutos, posteriormente foi avaliada a variabilidade da frequência cardíaca (VFC), nos domínios do tempo e da frequência. A intervenção ocorreu em 12 sessões, realizado 3 vezes por semana, com duração de 4 semanas. Os dados foram expressos  como média±DP ou mediana e intervalo interquartílico e os grupos comparados, foi realizado o teste t para amostras independentes ou Mann-Whitney U. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (n°5.652.958). Resultados: O presente estudo não apresentou alterações significantes nos parâmetros da VFC. Porém, foi observado uma diminuição significativa nos valores da glicose e da PAS, respectivamente CSM (121,6±45,2 vs 115,1±42,8) e SSM (85,4±7,5 vs 74,4±7,6); CSM (127,6±22,4 vs 117,0±10,5) e SSM (104, ±8,9 vs 102,0±8,3). Conclusão: As 12 sessões de TF não causou efeitos estatisticamente significativos sobre a VFC. Porém, observou-se que 12 sessões de TF foi capaz de melhorar os valores da glicose e da PAS, contornado os efeitos negativos ocasionados pelas alterações da SM.

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  • O envelhecimento é um processo biológico caracterizado pela diminuição das funções fisiológicas e celulares. A síndrome metabólica, carecterizada pela combinação de alterações cardiometabólicas, é considerada um dos maiores desafios para a saúde pública em todo o mundo. Objetiva avaliar os efeitos do exercício físico aeróbico sobre a variabilidade da frequência cardíaca cardiovascular em adultos de meia idade e idosos com síndrome metabólica. Estudo transversal quantitativo, realizado com adultos de meia idade e idosos, de ambos o sexo. Será formados os seguintes grupos: com síndrome metabólica (CSM) e sem síndrome metabólica (SSM), e o grupo CSM será subdividido em treinado (T) e não treinado (NT). Foram coletados o questionário de avalição do Nível de Atividade Física(IPAQ), o teste Brief Medication Questionnaire (BMQ), o índice de massa corporal (IMC), a circunferência da cintura (CC). Na avaliação cardiovascular, a pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) foi aferida através do método auscultatório. O registro eletrocardiográfico foi coletado em posição supina durante 15 minutos, posteriormente será avaliada a variabilidade da frequência cardíaca (VFC), nos domínios do tempo e da frequência. Os dados serão expressos como média±DP oumediana e intervalo interquartílico e os grupos comparados, será realizado o teste t para amostras independentes ou Mann-Whitney U. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (n°5.652.958).
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  • CAMYLLA SINEZIA DOS SANTOS PAIVA ALVES PEREIRA
  • EFEITO DA CIRURGIA BARIÁTRICA NOS PARÂMETROS MUSCULOESQUELÉTICOS, CARDIOVASCULARES E METABÓLICOS EM MULHERES METABOLICAMENTE SAUDÁVEIS E METABOLICAMENTE NÃO SAUDÁVEIS: UM ESTUDO PROSPECTIVO
  • Orientador : JOSE LUIZ DE BRITO ALVES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSE LUIZ DE BRITO ALVES
  • LUCIANA CAROLINE PAULINO DO NASCIMENTO
  • NARA NOBREGA CRISPIM CARVALHO
  • VIVIANE DE OLIVEIRA NOGUEIRA SOUZA
  • Data: 27/02/2024

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  • A obesidade é uma doença crônica e multifatorial que possui um estado inflamatório crônico, associada a distúrbios cardiometabólicos, além de alterações musculares e esqueléticas. Todos os pacientes que apresentam obesidade grave podem ser tratados pela cirurgia bariátrica, mas o efeito da cirurgia pode ser diferente dependendo do estado metabólico prévio dos pacientes. Dessa forma o objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da cirurgia bariátrica nos parâmetros osteomusculares, cardiovasculares e metabólicos em mulheres portadoras de obesidade metabolicamente saudável (OMS) e obesidade metabolicamente não saudável (OMNS), após um ano da cirurgia. Foi realizado um estudo epidemiológico de coorte prospectivo, de caráter analítico, iniciado em março de 2018 e finalizado em janeiro de 2021. Foram coletados os dados de pacientes que se submeteram a cirurgia bariátrica e foram consideradas apenas mulheres para esse estudo. Participaram da pesquisa 35 mulheres que foram classificadas em dois grupos: OMS (n=18) e OMNS (n=17), e avaliadas de acordo com os parâmetros descritos antes e após um ano da cirurgia. Os resultados demonstraram que os dois grupos tiveram redução de peso e de gordura corporal equivalentes. O grupo OMS obteve melhora dos parâmetros bioquímicos, mesmo aqueles que inicialmente não estavam alterados, além da melhora da função autonômica, da antropometria e composição corporal, comprovando os benefícios da cirurgia para esses pacientes. Porém, o grupo OMS também apresentou redução da força de preensão palmar e da densidade mineral óssea, ressaltando a importância de acompanhamento criterioso desde o pré-operatório para minimizar os danos osteomusculares que os pacientes experimentam após a cirurgia bariátrica. Das pacientes do grupo OMNS, 88,23% (n=15) não preenchiam mais os critérios de OMNS após um ano da cirurgia bariátrica. Apesar dos benefícios que os dois grupos tiveram, houve pouca diferença estatística entre eles após o acompanhamento. A cirurgia bariátrica pode trazer benefícios, além do peso, mesmo para aqueles pacientes metabolicamente saudáveis, prevenindo alterações e a transição para um estado metabólico não saudável.

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  • A obesidade é uma doença crônica e multifatorial que possui um estado inflamatório crônico, associada a distúrbios cardiometabólicos, além de alterações musculares e esqueléticas. Todos os pacientes que apresentam obesidade grave podem ser tratados pela cirurgia bariátrica, mas o efeito da cirurgia pode ser diferente dependendo do estado metabólico prévio dos pacientes. Dessa forma o objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da cirurgia bariátrica nos parâmetros osteomusculares, cardiovasculares e metabólicos em mulheres portadoras de obesidade metabolicamente saudável (OMS) e obesidade metabolicamente não saudável (OMNS), após um ano da cirurgia. Foi realizado um estudo epidemiológico de coorte prospectivo, de caráter analítico, iniciado em março de 2018 e finalizado em janeiro de 2021. Foram coletados os dados de pacientes que se submeteram a cirurgia bariátrica por gastrectomia vertical ou derivação gástrica em Y de Roux, e foram consideradas apenas mulheres para esse estudo. As pacientes foram classificadas em dois grupos: OMS e OMNS, e avaliadas de acordo com os parâmetros descritos antes e após um ano da cirurgia. Resultados preliminares demonstram que, após um ano, houve redução de peso e IMC nos dois grupos, bem como melhora dos parâmetros bioquímicos, redução da pressão e da frequência cardíaca. Porém quando comparados os resultados dos dois grupos, houve apenas algumas variáveis com diferenças estatísticas, destacando-se menor peso e menor porcentagem de gordura corporal no grupo OMNS. Apesar do grupo OMS antes da cirurgia ser metabolicamente saudável, esse estado pode evolui para metabolicamente não saudável, portanto a melhora de parâmetros como: glicemia, insulina, triglicerídeos, entre outros, demonstra que a cirurgia afasta ainda mais esses pacientes dessas alterações, prevenindo alterações metabólicas.
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  • LUAN KELWYNY THAYWA MARQUES DA SILVA
  • EFEITOS DO TRATAMENTO NEONATAL COM VITAMINA D SOBRE O SISTEMA DIGESTÓRIO NA PARALISIA CEREBRAL EXPERIMENTAL

  • Orientador : ANA ELISA TOSCANO MENESES DA SILVA CASTRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DIEGO CABRAL LACERDA
  • ERALDO FONSECA DOS SANTOS JUNIOR
  • MARIANA PINHEIRO FERNANDES
  • Data: 27/02/2024

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  • A plasticidade fenotípica atua dando subsídio para o desenvolvimento e aprimoramento de diversas funções no organismo em resposta ao ambiente e disponibilidade de recursos. O fase perinatal representa um momento de grande plasticidade, visto que o cérebro está ainda em desenvolvimento e portanto mais suscetível a estímulos externos ou insultos. Na Nutrição, esse período também representa grande importância, uma vez que mudanças nas disposições nutricionais ocorridas precocemente podem ter impacto ao longo de toda a vida do indivíduo. Assim, sob a luz da plasticidade fenotípica, a fase perinatal configura um momento oportuno para se estudar as repercussões de novas intervenções em distúrbios como a paralisia cerebral (PC). A PC é definida como um distúrbio no neurodesenvolvimento caracterizado por anormalidades do tônus muscular, do movimento e das habilidades motoras, além de danos cognitivos e intestinais. Tem como principais causas eventos perinatais como insulto ou má formação do cérebro em desenvolvimento, compreendendo uma síndrome permanente e não progressiva. A literatura científica já aborda a dificuldade na alimentação relacionada a paralisia cerebral, bem como problemas digestivos, quadros de desnutrição e deficiências nutricionais, como a de vitamina D (VitD). A VitD é um pró-hormônio com ampla participação na homeostase do organismo, participando no metabolismo do cálcio, função muscular e imunológica. A literatura aborda que indivíduos afetados pela PC apresentam frequentemente um déficit no estado de VitD. Entretanto, níveis adequados devem ser mantidos para que haja tanto o bom desenvolvimento do cérebro quanto do sistema musculoesquelético, além de garantir uma variedade de funções metabólicas. Além disso, a VitD tem grande participação no sistema digestivo, promovendo os níveis ideais de peptídeos antimicrobianos e mantendo a integridade epitelial. Com base nisso, o presente estudo buscou avaliar as repercussões da administração neonatal de VitD sobre o intestino de ratos submetidos a um modelo experimental de paralisia cerebral. Foram utilizados 32 ratos wistar machos, os animais foram divididos em 4 grupos experimentais: Controle+Veículo (n=8); Controle+VitD (n=8); PC+Veículo (n=8); PC+VitD (n=8). Os animais dos grupos PC passaram por um protocolo para indução da PC através de dois episódios de anóxia perinatal associadas a restrição sensório motora dos membros posteriores. A VitD ou Veículo foram administrados via intraperitoneal durante os primeiros 30 dias de vida. Nossos achados apontaram que atrelada a PC, a administração neonatal de VitD foi benéfica em relação ao peso corporal e desenvolvimento somático, sendo observados maiores pesos corporais e comprimentos nasoanal. Na avaliação da saciedade comportamental, foi observado menor tempo gasto para alcançar a saciedade e nenhuma diferença em relação ao consumo alimentar. A calorimetria indireta indicou maior gasto energético em repouso, reforçando a premissa de efeito regulador da termogênese pela VitD nos grupos suplementados. Os dados histomorfométricos reforçaram o envolvimento da VitD no intestino, destacando sua atuação junto as proteínas de junção apertada, promovendo maior desenvolvimento da túnica mucosa e possibilitando melhora na função de barreira e absorção dos nutrientes pelo intestino na PC experimental.

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  • A plasticidade fenotípica compreende a capacidade de um determinado indivíduo de apresentar diferentes características em função ao meio ao qual está inserido. Essa capacidade é influenciada por estímulos ou insultos que ocorrem ao longo da vida, alterando a expressão gênica, sem que haja mudança na sequência de nucleotídeos. O período perinatal, no entanto, configura um momento de grande plasticidade, visto que o cérebro está mais suscetível a estímulos externos. Atrelada à nutrição, esse período também representa grande importância, uma vez que mudanças nas disposições nutricionais ocorridas precocemente podem ter impacto ao longo da vida do indivíduo. Além disso, um dos insultos que podem ocorrer durante os períodos críticos do desenvolvimento é a paralisia cerebral (PC). A PC é uma síndrome complexa que ocorre no cérebro ainda em desenvolvimento. Sua incidência acarreta diversos problemas como déficits motores, sensoriais e cognitivos, além de distúrbios intestinais, problemas digestivos, quadros de desnutrição e deficiências nutricionais, como a de vitamina D (VitD). A vitamina D, embora chamada de vitamina, é um pró-hormônio com ampla participação na homeostase do organismo. Nesse contexto, a literatura aborda que indivíduos afetados pela PC apresentam frequentemente um déficit no estado de VitD. Entretanto, níveis adequados de VitD devem ser mantidos para que haja tanto o bom desenvolvimento do cérebro quanto do sistema musculoesquelético, além da manutenção das concentrações adequadas de cálcio e fósforo, a fim de garantir uma variedade de funções metabólicas. Além disso, a VitD tem grande participação no sistema digestivo, promovendo os níveis ideais de peptídeos antimicrobianos e mantendo a integridade epitelial. A partir disso, o presente estudo buscou avaliar as repercussões da administração neonatal de vitamina D sobre o intestino de ratos submetidos a um modelo experimental de paralisia cerebral. Para isso, os animais foram divididos em 4 grupos experimentais: Controle+Veículo; Controle+Vitamina D; PC+Veículo; PC+Vitamina D. Os animais dos grupos PC passaram por um protocolo para indução da PC através de dois episódios de anóxia perinatal associadas a restrição sensório motora dos membros inferiores. A VitD ou veículo foi administrada via intraperitoneal durante os primeiros 30 dias de vida. Nos resultados parciais sobre o peso corporal, em ambos os grupos controle houve aumento gradual durante o período avaliado, no entanto, o grupo C+VitD demonstrou maior peso corporal em todas as avaliações. Em relação aos grupos induzidos à PC, houve diferença significativa no peso corporal até o P28, onde o grupo PC+VitD apresentou pesos maiores em relação ao PC+V. Em relação ao comprimento nasoanal (CNA), a partir do P14, foi observado um aumento no grupo C+VitD em comparação ao C+V, sugerindo o efeito da VitD nesse parâmetro; já nos grupos PC+V e PC+VitD, quando comparados, não foi apontada nenhuma diferença estatística. Na sequência comportamental de saciedade, foi visto que todos os grupos conservaram a estrutura padrão na alimentação.Além disso, foi observado ainda que a saciedade comportamental, definida como o ponto de transição entre o comportamento de alimentação para o comportamento de descanso, foi adiantada nos grupos que receberam a administração de VitD.
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  • MARIA LUIZA ALVES SOUZA
  • EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO SOBRE A VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM CRIANÇAS COM OBESIDADE: REVISÃO SISTEMÁTICA E METANÁLISE
  • Orientador : JOSE LUIZ DE BRITO ALVES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSE LUIZ DE BRITO ALVES
  • MONIQUE ASSIS DE VASCONCELOS BARROS
  • VINÍCIUS JOSÉ BACCIN MARTINS
  • Data: 29/02/2024

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  • Crianças com obesidade são suscetíveis a efeitos adversos e complicações, como disfunção autonômica cardiovascular. O treinamento físico tem sido relatado como uma opção não farmacológica na melhora da função autonômica cardíaca. Esta revisão sistemática com metanálise teve como objetivo investigar se o treinamento aeróbio é eficaz na regulação da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em crianças com obesidade. Foi realizada uma estratégia de busca nas bases de dados MEDLINE (via Pubmed), Embase e Web of Science, considerando cinco núcleos de palavras-chave relacionadas à estratégia PICO (crianças com obesidade, exercícios físicos, grupo controle – crianças eutróficas, variabilidade da frequência cardíaca), com o auxílio do método booleano operadores E/OU”. Os índices de VFC no domínio do tempo e da frequência irão constituir o desfecho primário analisado. Para avaliar a qualidade dos estudos, foi utilizada a ferramenta Cochrane Risk of Bias: Rob 2 e a metanálise foi realizada sempre que os dados estavam disponíveis. Os desfechos secundários foram frequência cardíaca, características do treinamento (intensidade de exercício como baixa, moderada e de alta intensidade) e percentual de gordura. Dos 5.097 artigos selecionados, 4 foram incluídos na análise qualitativa e 3 na análise quantitativa. Embora diferentes tipos de treino tenham efeito positivo nos índices da VFC, a metanálise realizada não identificou diferença significativa que justifique um deles como sendo mais eficaz em crianças com obesidade. Na análise rMSSD, o tamanho do efeito foi de -5,69, o IC95% foi de -12,52,1,14 e o I² foi de 25,4%. Conclui-se que diferentes tipos de treinamento melhoram a VFC, a gordura corporal, a concentração de leptina e a frequência cardíaca em crianças com obesidade. Contudo, a metanálise não demonstrou que determinado treinamento seja mais eficaz na melhoria dos índices de VFC. Além disso, este estudo destaca a necessidade de criar novas estratégias para investigar esta questão em crianças com obesidade e suas complicações.

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  • Crianças com obesidade são suscetíveis a efeitos adversos e complicações, como disfunção autonômica cardiovascular. O treinamento físico tem sido relatado como uma opção não farmacológica relevante na melhora da função autonômica cardíaca. Esta revisão sistemática com meta-análise teve como objetivo investigar o melhor tipo de treinamento físico para melhorar parâmetros de variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em crianças com obesidade. Foi realizada uma estratégia de busca nas bases de dados MEDLINE (via Pubmed), Embase e Web of Science, considerando quatro núcleos de palavras-chave relacionadas à estratégia PICOS (exercício, frequência cardíaca, criança e ensaios clínicos), com o auxílio do método booleano operadores E/OU”. Os índices de VFC no domínio do tempo e da frequência irão constituir o desfecho primário analisado. Para avaliar a qualidade dos estudos, foi utilizada a ferramenta Cochrane Risk of Bias: Rob 2 e a meta-análise foi realizada sempre que os dados estavam disponíveis. Os desfechos secundários serão frequência cardíaca, características do treinamento (modalidades de exercício como aeróbico, moderado e de alta intensidade) e parâmetros clínicos e biológicos. Dos 5.097 artigos selecionados, 4 foram incluídos na análise qualitativa e 3 na análise quantitativa. No que se refere a avaliação do risco de viés, nenhum foi julgado como “baixo risco”, um estudo foi classificado como “algumas preocupações” e três como “alto risco”.
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  • NATALIA ALCANTARA TEIXEIRA
  • INFLUÊNCIA DO CONSUMO DE DIETAS OBESOGÊNICAS DURANTE A GESTAÇÃO SOBRE O TRANSPORTE DE NUTRIENTES ATRAVÉS DA PLACENTA – UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
  • Orientador : RAQUEL DA SILVA ARAGAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAROLINA CADETE LUCENA CAVALCANTI
  • FERNANDA CAROLINA RIBEIRO DIAS
  • ISABELI LINS PINHEIRO
  • Data: 15/03/2024

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  • A influência do consumo de alimentos ultraprocessados ou ricos em gordura desde antes da concepção e durante a gestação sobre o transporte de nutrientes na placenta tem sido foco de muitos estudos experimentais devido a importância desta atividade placentária no desenvolvimento fetal e saúde na vida adulta. O objetivo desta dissertação foi produzir uma revisão sistemática sobre a relação entre o consumo de dietas ricas em gordura e a expressão de transportadores de nutrientes na placenta. Foram utilizadas cinco bases de dados: PubMed, EMBASE, Web of Science, Scopus e LILACS e as buscas foram realizadas utilizando termos MeSH e termos livres relacionados à dieta, período de manipulação e tecido estudado. A busca e seleção dos artigos foi realizada por dois revisores. No total foram encontrados 1.390 artigos e, após avaliação dos critérios de inclusão e exclusão, 15 artigos foram selecionados para esta revisão. Dentre os transportadores de glicose, GLUT1 apresentou aumento de expressão em 67% dos artigos onde foi avaliado, enquanto GLUT3 e GLUT4 apresentaram resultados mistos. Dos transportadores de aminoácidos avaliados, SNAT2 teve expressão aumentada em 80% dos artigos, ao passo que, SNAT4 não apresentou alterações quando avaliado. Em relação ao transporte de ácidos graxos, FATP2, FABP3 e FABP6 apresentaram aumento de expressão nos únicos artigos que os estudaram, enquanto FATP1 e FATP4 apresentaram resultados mistos, FATP3 não esteve alterado quando avaliado. Nos desfechos secundários, na maioria dos artigos o peso placentário e o peso fetal não foram modificados pela dieta materna. As diferenças metodológicas, como percentual de gordura oferecido em cada dieta obesogênica, podem explicar a variação entre os estudos apresentados na revisão.

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  • A urbanização e industrialização têm levado a mudanças na dieta da população, resultando em um maior consumo de alimentos com alta densidade energética e gorduras, e uma redução no consumo de frutas, cereais, verduras e legumes. Essas mudanças na dieta, juntamente com um estilo de vida sedentário, têm aumentado a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão. Estudos sugerem que a obesidade materna e o consumo de alimentos não saudáveis durante a gravidez aumentam o risco de complicações, afetando a placenta e o desenvolvimento do feto. A plasticidade fenotípica é a capacidade de um organismo expressar diferentes características em diferentes ambientes. A formação da placenta ocorre após a fecundação e é uma fase crítica de desenvolvimento durante a gravidez. A hipótese do trabalho é avaliar se o consumo de dieta obesogênica na gestação induz mudanças morfológicas, metabólicas e moleculares na placenta que levam a redução de sua eficiência e diminuição do transporte de nutrientes para o feto. Trata-se de uma revisão sistemática de literatura.
2023
Dissertações
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  • DANIELLY ALVES MENDES BARBOSA
  • COVID-19: Prevalência e impacto das disfunções olfativas e gustativas na qualidade de vida e nos hábitos alimentares de profissionais de saúde

  • Orientador : KELLI NOGUEIRA FERRAZ PEREIRA ALTHOFF
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALICE VALENCA ARAUJO
  • CAIO BEZERRA SOUTO MAIOR
  • RENATA ANGELI
  • Data: 31/01/2023

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  • Os sintomas mais mencionados pelos primeiros pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 foram: febre, tosse, mialgia e dispinéia. Contudo, quando o vírus adentra outros continentes, outros sinais e sintomas passam a pertencer ao quadro de manisfestações clínicas da COVID-19; um sintoma incomum estava sendo cada vez mais relatado, sendo ele as alterações olfativas e gustativas. Muitos pacientes que tiveram COVID-19 desenvolveram sintomas persistentes, chamados de Long COVID, e um dos sintomas mais duradouros foi a perda do olfato e do paladar. Ter essas alterações, de forma persistente ou não, pode acarretar riscos à qualidade de vida e aos hábitos alimentares. Por isso, esse estudo objetiva avaliar a prevalência e o impacto das disfunções olfativas e gustativas na qualidade de vida e nos hábitos alimentares de profissionais de saúde da Zona da Mata de Pernambuco infectados ou não pelo SARS-CoV-2. Trata-se de uma pesquisa caso-controle realizada com 53 profissionais de saúde da linha de frente ao combate da COVID-19. Esses profissionais passaram previamente pelo Teste do ELISA e foram distribuidos em 3 grupos de acordo com o resultado do teste e da listagem sintomatológica: (1) IgA e/ou IgG positivo para SARS-CoV-2 com perda de olfato e/ou paladar (n=37); (2) IgA e/ou IgG positivo para SARS-CoV-2 sem perda de olfato e/ou paladar (n=7); e (3) IgA e/ou IgG negativo para SARS-CoV-2(n=9). A coleta das informações foram feitas através de entrevista por ligação telefônica com auxílio de questionários validados. De acordo com o teste de Fisher não há associação entre fatores de risco/comorbidade com o diagnóstico para COVID-19. Quanto aos sinais/sintomas apenas mal-estar e perda de olfato e/ou paladar revelaram associação com a variável do resultado do teste para COVID-19. Do total de 53 participantes desse estudo, 39 indivíduos relataram o comprometimento do olfato e paladar, sendo 37 com diagnóstico positivo para o SARS-CoV-2 e 2 indivíduos com diagnóstico negativo para o SARS-CoV-2. Apenas 1 pessoa relatou o comprometimento isolado do paladar, todos os demais participantes mencionaram o comprometimento integrado tanto do olfato quanto do paladar. Dos 53 profissionais, 31 relataram ter sintomas com duração superior a 4 semanas, classificando-os com Long COVID. Entre os sintomas duradouros os mais citados foram: perda do olfato, perda do paladar e fraqueza/cansaço. Referente a análise do impacto dessas disfunções sobre a qualidade de vida os escores totais do sQOD-NS não diferiram entre os pacientes com perda de olfato e/ou paladar e aqueles sem essas disfunções. Em relação ao impacto das disfunções sobre os hábitos alimentares houve associação entre os grupos apenas quanto ao fato de “gostar da comida”, onde grande porcentagem dos indivíduos com resultado positivo e com perda de olfato e/ou paladar relataram que essas disfunções o fizeram gostar menos da comida. Diante disso, esse estudo revelou que existe uma alta prevalência das disfunções do olfato e/ou paladar, a curto e longo prazo, nos sujeitos com diagnóstico positivo para COVID-19 e que esses sintomas podem interferir nos hábitos alimentares reduzindo o prazer pela comida, bem como, fazer com que os indivíduos para compensar a perda desses sentidos optem por alimentos mais temperados e palatáveis.


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  • Os sintomas mais mencionados pelos primeiros pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 foram: febre, tosse, mialgia e dispinéia. Contudo, quando o vírus adentra outros continentes, outros sinais e sintomas passam a pertencer ao quadro de manisfestações clínicas da COVID-19; um sintoma incomum estava sendo cada vez mais relatado, sendo ele as alterações olfativas e gustativas. Muitos pacientes que tiveram COVID-19 desenvolveram sintomas persistentes, chamados de Long COVID, e um dos sintomas mais duradouros foi a perda do olfato e do paladar. Ter essas alterações, como forma persistente ou não, pode acarretar riscos a qualidade de vida e aos hábitos alimentares. Por isso, esse estudo objetiva avaliar a prevalência e o impacto das disfunções olfativas e gustativas na qualidade de vida e nos hábitos alimentares de profissionais de saúde da Zona da Mata de Pernambuco infectados ou não pelo SARS-CoV-2. Trata-se de uma pesquisa caso-controle realizada com 53 profissionais de saúde da linha de frente ao combate da COVID-19. Esses profissionais passaram previamente pelo Teste do ELISA e foram distribuidos em 3 grupos de acordo com o resultado do teste e da listagem sintomatológica: (1) IgA e/ou IgG positivo para SARS-CoV-2 com perda de olfato e/ou paladar (n=37); (2) IgA e/ou IgG positivo para SARS-CoV-2 sem perda de olfato e/ou paladar (n=7); e (3) IgA e/ou IgG negativo para SARS-CoV-2(n=9). A coleta das informações foram feitas através de entrevista por ligação telefônica com auxílio de questionários validados. De acordo com o teste de Fisher não há associação entre fatores de risco/comorbidade com o diagnóstico para COVID-19. Quanto aos sinais/sintomas apenas mal-estar e perda de olfato e/ou paladar revelaram associação com a variável do resultado do teste para COVID-19. Do total de 53 participantes desse estudo, 39 indivíduos relataram o comprometimento do olfato e paladar, sendo 37 com diagnóstico positivo para o SARS-CoV-2 e 2 indivíduos com diagnóstico negativo para o SARS-CoV-2. Apenas 1 pessoa relatou o comprometimento isolado do paladar, todos os demais participantes mencionaram o comprometimento integrado tanto do olfato quanto do paladar. Dos 53 profissionais, 31 relataram ter sintomas com duração superior a 4 semanas, classificando-os com Long COVID. Entre os sintomas duradouros os mais citados foram: perda do olfato, perda do palada e fraqueza/cansaço. Referente a análise do impacto dessas disfunções sobre a qualidade de vida os escores totais do sQOD-NS não diferiram entre os pacientes com perda de olfato e/ou paladar e aqueles sem essas disfunções. Em relação ao impacto das disfunções sobre os hábitos alimentares houve associação entre os grupos apenas quanto ao fato de “gostar da comida”, onde grande porcentagem dos indivíduos com resultado positivo e com perda de olfato e/ou paladar relataram que essas disfunções o fizeram gostar menos da comida. Diante disso, esse estudo revelou que existe uma alta prevalência das disfunções do olfato e/ou paladar, a curto e longo prazo, nos sujeitos com diagnóstico positivo para COVID-19 e que esses sintomas podem interferir nos hábitos alimentares reduzindo o prazer pela comida, bem como, fazer com que os indivíduos para compensar a perda desses sentidos optem por alimentos mais temperados e palatáveis.

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  • JÉSSICA ANDRESA BEZERRA DA SILVA
  • Estudo da cinética de anticorpos IgA e IgG anti-SARS-CoV-2 em profissionais de saúde
  • Orientador : ANA LISA DO VALE GOMES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FABIO MARCEL DA SILVA SANTOS
  • KELLI NOGUEIRA FERRAZ PEREIRA ALTHOFF
  • THYAGO MOREIRA DE QUEIROZ
  • Data: 14/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • Desde o início da pandemia, os profissionais de saúde se tornaram um dos principais grupos de risco para a infecção pelo SARS-CoV-2 e a comunidade científica busca entender a cinética imunológica em resposta a exposição ao vírus com o intuito de saber por quanto tempo as respostas de anticorpos são mantidas, ou se fornecerão proteção contra reinfecção. O objetivo deste estudo foi analisar a cinética de anticorpos IgA e IgG anti-SARS-CoV-2 em profissionais de saúde sintomáticos para COVID-19 do município de Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Trata-se de um estudo descritivo e analítico, com delineamento longitudinal, realizado com profissionais de saúde atuantes na linha de frente no combate à COVID-19 e que apresentavam qualquer sintoma associado à síndrome gripal. A coleta de dados foi através da Ficha de Registro Individual - Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave Hospitalizado disponibilizada pela Secretaria de Saúde do município e amostras sorológicas foram coletadas nos meses de junho, julho e outubro de 2020. Os resultados dos níveis séricos de IgA e IgG anti-SARS-CoV-2 foram obtidos pelo teste imunoenzimático ELISA e organizados em ordem crescente a partir do intervalo de dias e semanas entre a data do início dos sintomas e a data da coleta sorológica para a análise laboratorial. O intervalo mínimo e máximo entre o início dos sintomas e a coleta foram de 10 e 212 dias. A amostra foi caracterizada por 21 profissionais de saúde, com idade entre 26 e 50 anos (± 38,1 anos), 12 (57,1%) pertenciam à categoria profissional de enfermagem e a obesidade foi a condição mais prevalente, seguido por hipertensão, diabetes e asma. Sintomas como dor de cabeça, anosmia, astenia, ageusia, febre e mialgia foram comumente relatadas no início da doença e caracterizam as manifestações da forma leve da COVID-19. Os anticorpos IgA positivos foram detectados no intervalo mínimo de 10 dias com posterior declínio ao longo da segunda e terceira coletas, semelhante à dinâmica da resposta imune humoral em infecções virais SARS-CoV. Alguns participantes apresentaram aumento nos níveis séricos de IgA, que poderia ser atribuído a casos de reinfecção ou uma resposta do anticorpo IgA a outros gêneros de coronavírus. Além disso, os níveis de anticorpos IgA positivos foram detectáveis por aproximadamente 07 meses, provavelmente correspondendo a uma nova característica da manifestação da imunidade humoral em resposta à infecção SARS-CoV-2. Os anticorpos IgG também foram detectados no início da doença com posterior aumento ao longo da segunda e terceira coletas, semelhante a resposta imune humoral do vírus SARS-CoV. Os títulos de IgG anti-SARS-CoV-2 positivos mantiveram-se detectáveis por aproximadamente 07 meses contribuindo para a memória imunológica. O estudo possibilitou identificar uma heterogeneidade na magnitude das respostas e ainda não está claro por quanto tempo os anticorpos promoverão imunidade protetora contra infecção secundária do SARS-CoV-2, sugerindo a continuidade das análises, com diferentes alvos imunológicos e incorporando também as respostas frente as induções artificiais de imunidade, como as vacinas.

  • Mostrar Abstract
  • A doença do coronavírus 2019 (COVID-19) causado pelo vírus SARS-CoV-2, provocou uma Emergência de Saúde Pública a nível mundial. A doença transmitida através de gotículas respiratórias, eliminadas por tosse e espirro, infecta pessoas de todas as idades e provoca diferentes manifestações clínicas. A rápida disseminação da doença, causou superlotação dos serviços públicos de saúde e a exposição direta aos pacientes contaminados, tornaram os profissionais de saúde atuantes na linha de frente, uma das populações de maior risco para a infecção. O uso de testes sorológicos ajuda na identificação da infecção aguda ou prévia pelo SARS-CoV-2, a partir da detecção de anticorpos específicos para o vírus. A resposta de anticorpos IgA e IgG contra SARS-CoV-2 tem se mostrado altamente heterogênea entre os indivíduos, sendo importante o acompanhamento mais longo para a construção da cinética. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo estudar a cinética de anticorpos IgA e IgG anti-SARS-CoV-2 em profissionais de saúde sintomáticos para COVID-19 do município de Vitória de Santo Antão, Pernambuco. O estudo foi desenvolvido através de coletas das amostras sorológicas nos meses de junho, julho e outubro de 2020 na Secretaria Municipal de Saúde de Vitória de Santo Antão, com posterior análise dos anticorpos no Laboratório de Microbiologia e Imunologia do Centro Acadêmico de Vitória, através do ensaio imunoenzimático ELISA, sendo classificados como negativos, quando as proporções de anticorpos eram < 0,8, indeterminados entre 0,8 a 1,0 e positivas ≥ 1,1. Os títulos de anticorpos IgA e IgG obtidos após as análises sorológicas, foram organizados em ordem crescente a partir do intervalo de dias entre a data do início dos sintomas e a data da coleta sorológica para análise laboratorial. O intervalo de dias foi subdividido para análise da cinética de anticorpos IgA e IgG, em: 10 a 30, 10 a 45, 10 a 60, 10 a 90, 10 a 120, 10 a 150 e 10 a 212 dias. Foram avaliadas 52 amostras de anticorpos anti-SARS-CoV-2, de 20 profissionais de saúde nos diferentes intervalos de tempo. Nos resultados, participaram 21 profissionais de saúde com idade média de 38,1 anos (DP±7,89), mais da metade (57,1%) pertenciam à categoria profissional de enfermagem e os sintomas mais relatados foram dor de cabeça (85,7%), perda de olfato e astenia (81%). Foi observado diferentes respostas de anticorpos IgA e IgG contra SARS-CoV-2 após o início dos sintomas. Os níveis de IgA positivos não apresentaram correlação estatisticamente significativa em diferentes intervalos de tempo, no entanto, foi observada correlação estatisticamente significativa entre os níveis positivos de IgG e o tempo nos intervalos entre 10 a 120 e 10 a 150 dias. Após 212 dias, observa-se um comportamento irregular dos anticorpos e elevados níveis de IgG positivos, no entanto, não houve correlação estatisticamente significativa nos níveis de IgG e o tempo neste intervalo.

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  • JOSÉ HÉLIO LUNA DA SILVA
  • AVALIAÇÃO DOS TÍTULOS DE IMUNOGLOBULINAS ANTI SARS-CoV-2 EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE ANTES E APÓS VACINA

  • Orientador : ALICE VALENCA ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIANE CAJUBA DE BRITTO LIRA NOGUEIRA
  • IDJANE SANTANA DE OLIVEIRA
  • REGINALDO CORREIA DA SILVA FILHO
  • Data: 15/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • A Coronavirus Disease-19 (COVID-19) é uma doença causada pelo vírus de RNA denominado SARS-CoV-19 (do inglês, Severe Acute Respiratory Syndrome CoronaVirus). Sabe-se que a administração de vacinas tem como uma das principais funções a indução de anticorpos neutralizantes e se tratando especificamente da COVID- 19, as principais imunoglobulinas que se destacam frente a uma resposta imune ao SARS-Cov-2 são: IgM, IgG e IgA. Atualmente, a imunização da população e profissionais de saúde é considerada a ferramenta mais eficaz para o controle da pandemia. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi quantificar e avaliar associações sociodemográficas dos títulos de IgG contra o SARS-CoV-2 antes e após vacinação em profissionais de saúde de um município do interior de Pernambuco. O presente estudo se deu no município da Vitória de Santo Antão-PE e contou com a participação de profissionais que estavam vinculados diretamente com à Secretaria de Saúde do município e em exercício profissional. Foram realizadas coletas sorológicas entre o período de 16/03/2021 à 04/05/2021, a primeira se deu antes do recebimento da vacina e a segunda após o recebimento do imunizante (a coleta pós-vacina ocorreu entre 19 e 79 dias após administração do imunizante), para posterior análise sorológica. Os valores de referências foram classificados como negativos quando as proporções de anticorpos <0,8, inconclusivos ≥ 0,8 a <1,1 e positivos quando a razão era ≥1,1. Participaram da pesquisa 20 (vinte) indivíduos com idade entre 22 e 54 anos (média de 33,2±8,5 anos). Após a 2ª dose da vacina Coronavac (Sinovac Life Sciences), 95% (n=19) dos participantes estavam produzindo imunoglobulinas específicas contra o SARS-CoV-2 e apenas 1 indivíduo apresentou resultado inconclusivo após receber as duas doses do imunizante. Foi encontrado aumento dos títulos de anticorpos depois da vacina, quando comparados aos títulos antes da vacina para todas as ocupações. Encontrou-se diferença estatística nos níveis de IgG dos profissionais que disseram ter tido sintomas da COVID-19 (n=8), apresentaram média do valor de IgG 2,164 ± 1,625 antes da vacina e 4,708 ± 2,420 após administração do imunizante versus os que relataram não apresentar (0,3825 ± 1,015 antes da vacina e 3,827 ± 1,763 após a vacina). Não foi encontrada diferença estatística por faixa etária e nem foi observada correlação entre os títulos de IgG e o intervalo de dias entre a segunda dose do imunizante e a coleta pós vacina. Não observou-se significância estatística nos níveis de IgG dos PS antes e após vacina dos que informaram apresentar comorbidades versus os que não relataram. Pode-se concluir que uma frequência alta de profissionais de saúde 95% produziu imunoglobulinas específicas contra o SARS-CoV-2 após as duas doses da vacina. Esses achados corroboram com estudos publicados a respeito da indução da resposta imune humoral induzida pela CoronaVac. Infere-se também que a eficácia das vacinas contra COVID19 em todos os tipos de populações continua a ser avaliada, e certas dúvidas sobre a influência de fatores derivados do hospedeiro, como idade, comorbidades e tempo de produção de anticorpos neutralizantes pós-vacina estão sendo estudados.


  • Mostrar Abstract
  • A COVID-19 do inglês, Coronavirus Disease-19 é uma doença causada pelo vírus de RNA denominado SARS-CoV-19 (do inglês, Severe Acute Respiratory Syndrome CoronaVirus 2). Embora a maioria das pessoas desenvolvam as formas leve ou moderada da infecção, aproximadamente 5-15% dos indivíduos não vacinados, desenvolvem a forma grave. Os profissionais de saúde estão sob maior risco de contrair a doença. Sabe-se que a administração de vacinas tem como uma das principais funções a indução de anticorpos neutralizantes e se tratando especificamente da COVID- 19, as principais imunoglobulinas que se destacam frente a uma resposta imune ao SARS-Cov-2 são: IgM, IgG e IgA. A imunização da população e profissionais de saúde torna-se uma das ferramentas para o controle da pandemia. Isso disparou uma verdadeira corrida no desenvolvimento de vacinas, com mais de 200 vacinas sendo testadas em novembro de 2020. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi quantificar e avaliar associações sociodemográficas dos títulos de IgG contra o SARS-CoV-2 antes e após vacinação em profissionais de saúde de Vitória de Santo Antão- PE. O presente estudo se deu no município da Vitória de Santo Antão-PE e contou com a participação de profissionais que estavam vinculados diretamente com à Secretaria de Saúde do município e em exercício profissional. Foram realizadas coletas sorológicas entre o período de 16/03/2021 à 04/05/2021, a primeira se deu antes do recebimento da vacina e a segunda após o recebimento do imunizante (a coleta pós-vacina ocorreu entre 19 e 79 dias após administração do imunizante), para posterior análise sorológica no laboratório de Biologia Molecular do Centro Acadêmico de Vitória por meio do teste imunoenzimático pelo ensaio de imunoabsorção semiquantitativo (ELISA). Os valores de referências foram classificados como negativos quando as proporções de anticorpos <0,8, inconclusivos ≥ 0,8 a <1,1 e positivos quando a razão era ≥1,1. Participaram da pesquisa 20 (vinte) indivíduos com idade entre 22 e 54 anos (média de 33,2±8,5 anos). Após a 2ª dose da vacina Coronavac (Sinovac Life Sciences), 95% (n=19) dos participantes estavam produzindo imunoglobulinas específicas contra o SARS-CoV-2 e apenas 1 indivíduo apresentou inconclusivo após receber as duas dose do imunizante. Foi encontrado aumento dos títulos de anticorpos depois da vacina, quando comparados aos títulos antes da vacina para todas as ocupações. Encontrou-se diferença estatística nos níveis de IgG dos indivíduos que relataram ter apresentado sintomas antes da administração do imunizante quando comparado aos que não. Não foi encontrada diferença estatística por faixa etária e nem foi observada correlação entre os títulos de IgG e o intervalo de dias entre a segunda dose do imunizante e a coleta pós vacina. Não observou-se significância estatística nos níveis de IgG dos PS antes e após vacina dos que informaram apresentar comorbidades versus os que não relataram.  Pode-se concluir que uma frequência alta de profissionais de saúde 95% (n=19) produziu imunoglobulinas específicas contra o SARS-CoV-2 após as duas doses de uma vacina desenvolvida a partir de vírus inativado e apenas 1 indivíduo apresentou resultado inconclusivo após receber as duas dose do imunizante. Esses achados apenas corroboram com os inúmeros estudos publicados a  respeito da indução da resposta imune humoral induzida pela Coronavac.

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  • ROXANA PATRÍCIA BEZERRA DA SILVA
  • EFEITOS DO ISOLAMENTO SOCIAL E ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL PÓS-DESMAME SOBRE COMPORTAMENTOS EMOCIONAIS E COMPONENTES DO SISTEMA SEROTONINÉRGICO EM PROLE DE RATOS
  • Orientador : LIGIA CRISTINA MONTEIRO GALINDO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDUARDA CORREIA MORETTI
  • KELLI NOGUEIRA FERRAZ PEREIRA ALTHOFF
  • LIGIA CRISTINA MONTEIRO GALINDO
  • Data: 24/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • O isolamento social (IS), particulamente quando ocorre em estágios iniciais do desenvolvimento, está relacionado a efeitos neurocomportamentais adversos e alterações neuroquímicas, particularmente quando ocorrem em estágios iniciais do desenvolvimento. Por outro lado, o enriquecimento ambiental (EA) parece reduzir os comportamentos semelhantes à ansiedade e depressão, bem como aumentar os níveis de serotonina no córtex pré-frontal e hipocampo em roedores. O objetivo deste estudo foi revisar sistematicamente os efeitos do isolamento social e enriquecimento ambiental sobre comportamentos emocionais e alguns componentes do sistema serotoninérgico em ratos após o desmame. Dois autores realizaram busca cega nas bases de dados eletrônicas Medline/PubMed, LILACS, Scopus, Web of Science, EMBASE e Sigle via Open Gray. A primeira etapa das buscas consistiu da leitura dos artigos pelo título e resumo. Posteriormente foi realizada a leitura dos artigos na íntegra. Foram incluídos nesta revisão, estudos experimentais primários que submeteram ratos ao IS, EA e condição social normal após o desmame. A qualidade dos estudos selecionados foi avaliada considerando as recomendações do SYRCLE's Risk of Bias. O índice Kappa foi calculado para medir o grau de concordância entre os revisores durante a etapa de seleção dos artigos, bem como na etapa de avaliação da qualidade dos estudos. Os resultados apontaram que os animais expostos ao EA apresentaram menor peso corporal, melhora no índice comportamental de habituação e melhora da resposta de enfrentamento a situações de estresse incontrolável. Além disso, o ambiente enriquecido reduziu o comportamento semelhante á depressão e promoveu aumento na quantidade de serotonina no hipocampo e córtex pré-frontal dos roedores. Desta forma, os estímulos ambientais durante o período crítico do desenvolvimento foram associados à melhor resposta emocional bem como a maiores nÍveis de serotonina em regiões encefálicas a longo prazo.

  • Mostrar Abstract
  • Social isolation (SI), particularly when it occurs in early stages of development, is related to adverse  neurobehavioral effects and neurochemical changes, especially when it occurs in the first instance of development. On the other hand, environmental enrichment (EE) appears to reduce anxiety- and depression-like behaviors, as well as increase serotonin levels in the prefrontal cortex and hippocampus in rodents. The aim of this study was to systematically review the effects of social isolation and environmental enrichment on emotional behavior and some components of the serotonergic system in rats after weaning. Two authors performed a blind search in electronic databases Medline/PubMed, LILACS, Scopus, Web of Science, EMBASE and Sigle via Open Gray. The first stage of the searches consisted of reading the articles by title and abstract. Subsequently, the articles were read in full. Studies included in this review were primary experimental studies that subjected rats to IS, EA and normal social conditions after weaning. The quality of the selected studies was assessed considering the recommendations of SYRCLE's Risk of Bias. The Kappa index was calculated to measure the degree of agreement between reviewers during the article selection stage, as well as in the study quality assessment stage. The results showed that animals exposed to EA had lower body weight, improved behavioral habituation index and improved coping response to situations of uncontrollable stress. In addition, the enriched environment produced antidepressant effects and promoted an increase in the amount of serotonin in the hippocampus and prefrontal cortex of rodents. In addition, the enriched environment reduced depression-like behavior and promoted an increase in the amount of serotonin in the hippocampus and prefrontal cortex of rodents. Thus, environmental stimuli during the critical period of development were associated with better emotional response as well as higher levels of serotonin in brain regions in the long term. 
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  • DAVYSON BARBOSA DUARTE
  • AVALIAÇÃO DO SUPERCRESCIMENTO BACTERIANO DO INTESTINO DELGADO, PARÂMETROS BIOQUÍMICOS E INFLAMATÓRIOS EM ESCOLARES COM OBESIDADE: UM ESTUDO TRANSVERSAL

  • Orientador : JOSE LUIZ DE BRITO ALVES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADELIA DA COSTA PEREIRA DE ARRUDA NETA
  • JOSE LUIZ DE BRITO ALVES
  • VIVIANE DE OLIVEIRA NOGUEIRA SOUZA
  • Data: 28/02/2023

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  • O sobrepeso e obesidade tem aumentado de forma epidêmica entre o público pediátrico nas últimas décadas, tornando-se um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. O excesso de gordura corporal durante a infância pode perdurar até a fase adulta e resultar no desenvolvimento de doenças do metabolismo. Alterações na diversidade e funções da microbiota intestinal têm sido relatadas em crianças com sobrepeso e/ou obesidade. O presente estudo teve como objetivo avaliar o impacto da obesidade infantil sobre o supercrescimento bacteriano de intestino delgado (SCBID), parâmetros bioquímicos e inflamatórios em escolares. Para isto, se desenvolveu um estudo epidemiológico, quantitativo, transversal, de caráter analítico e exploratório. Este foi um recorte do projeto “Treinamento físico e educação nutricional como estratégias para modular a microbiota intestinal e parâmetros metabólicos, inflamatórios e cardiovasculares em escolares com obesidade: uma cooperação para estudo multicêntrico”. As coletas dos dados aconteceram entre Maio e Dezembro de 2022, com participação de 109 crianças de 7 a 11 anos, matriculados na rede pública de ensino do município de João Pessoa – PB. Foram realizadas medidas antropométricas, tais como: peso, estatura, circunferências, dobras cutâneas para diagnóstico nutricional de acordo com o indicador de IMC/I e aferição da pressão arterial. Além disso, foram coletadas amostras de sangue para mensuração do perfil bioquímico e inflamatório. Para avaliação do SCBID foi realizado o teste respiratório de hidrogênio exalado. Nossos resultados indicaram que os escolares com obesidade apresentaram valores elevados de triglicerídeos (95.0mg/dl ±35.4), creatinina sérica (0.62mg/dl ±0.13) e interleucina 2 (8.8pg/ml ±3.6). Ademais, o aumento de indicadores de risco cardiovascular como PAS (110.6mmHg ±13.2), PAD (65.0mmHg ±10.9) e RCQ (0.88cm ±0.06) quando comparado ao grupo eutrofia. A respeito do SCBID, houve maior prevalência de casos nos participantes com obesidade, entretanto, não houve diferença significativa com relação ao grupo eutrofia. Portanto, visto que a obesidade nos escolares apresentou relação com algumas alterações metabólicas, faz necessário ter conhecimento dessas repercussões para que sejam realizadas a formulação e execução de estratégias para seu combate e prevenção, como atividades de educação nutricional e estímulo à prática de atividade física sejam adotados no ambiente escolar e social desse público, a fim de minimizar as possíveis complicações advindas da obesidade em longo prazo.


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  • O aumento na ingestão de alimentos ultraprocessados de elevado valor calórico e com alto teor de gordura, associado ao sedentarismo são descritos como os fatores de risco para o desenvolvimento da obesidade. Alterações na diversidade e funções da microbiota intestinal têm sido relatadas em crianças com sobrepeso e/ou obesidade. Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo, transversal, de caráter analítico e exploratório. O mesmo é um recorte do projeto “Treinamento físico e educação nutricional como estratégias para modular a microbiota intestinal e parâmetros metabólicos, inflamatórios e cardiovasculares em escolares com obesidade: uma cooperação para estudo multicêntrico”. O presente estudo tem como objetivo principal avaliar o impacto na obesidade infantil sobre o supercrescimento bacteriano de intestino delgado, parâmetros bioquímicos, inflamatórios e de estresse oxidativo em escolares dos 7 aos 10 anos de idade residentes na cidade de Vitória de Santo Antão. O tamanho da amostra foi estimado em 40 escolares por grupo (40 escolares eutróficos e 40 escolares com obesidade). Estão sendo realizadas medidas antropométricas, tais como: circunferências, peso e estatura para diagnóstico nutricional de acordo com o indicador de IMC/I. Além disso, estão sendo coletadas amostra de sangue para mensurações bioquímicas, inflamatórias e de estresse oxidativo. Para diagnóstico de Supercrescimento Bacteriano de Intestino Delgado é realizado o teste respiratório de hidrogênio exalado. Até o momento, foram avaliados 20 indivíduos, sendo 14 do sexo feminino e 6 do sexo masculino com média de idade de 9,81 (DP±0,94) anos. A idade, peso e estatura demonstram-se semelhantes entre os sexos, com médias de 9,81 anos (DP±0,85), 57,43 kg (DP±14,64) e 145,8 cm (DP±7,34) para o sexo feminino e 9,65 anos (DP±0,85), 54,03 kg (DP±15,89) e 145,53 cm (DP±12,07) o sexo masculino, respectivamente. Dessa forma, o índice de IMC/I apresentou semelhança em suas médias 2,71 escore z (DP±0,63) e 2,79 escore z (DP±0,65), entre meninas e meninos. A circunferência da cintura (CC) teve média de 79,97 cm (DP±11,90), com valores entre 63,2 cm a 106,5 cm. Já a circunferência do quadril, apresentou variação de 73 cm a 117,4 cm, com média de 94,28 cm (DP±10,64). Já a razão cintura-quadril apresentou média de 0,85 cm (DP±0,06), com variações entre 0,73 cm a 0,97 cm. Para diagnóstico de SCBID foi realizado o teste de hidrogênio exalado. As médias se assemelharam em todos tempos analisados (3,2 partes por milhão (ppm) a 3,8 ppm), bem como o valor mínimo (0,00 ppm) e valor máximo (23,00 ppm). Desse modo, todos os participantes testaram negativo para o SCBID. Espera-se com a conclusão desse estudo que os escolares com obesidade apresentem supercrescimento bacteriano e valores elevados de parâmetros bioquímicos, inflamatórios e de estresse oxidativo.

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  • FERNANDA TRIGUEIRO DE ALMEIDA ARAUJO
  • Caracterização de ambientes alimentares em um município do sertão paraibano

  • Orientador : WYLLA TATIANA FERREIRA E SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CYBELLE ROLIM DE LIMA
  • DIOGO ANTONIO ALVES DE VASCONCELOS
  • SUELI MORENO SENNA
  • THYAGO MOREIRA DE QUEIROZ
  • Data: 28/02/2023

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  • Diante dos desequilíbrios nos sistemas alimentares, a alimentação também está condicionada a fatores relacionados às questões culturais, sociais, biológicas e econômicas da sociedade. Unidos, estes são capazes de caracterizar o ambiente alimentar. Essa caracterização é capaz de definir estes locais “desertos alimentares” ou “pântanos alimentares”, que são áreas onde o acesso à alimentos in natura é ausente ou dificultado, ou apresentam grande facilidade de aquisição de alimentos ultraprocessados, respectivamente. Identificar esses desequilíbrios no ambiente alimentar é necessário para evidenciar situações de Insegurança Alimentar e Nutricional (IAN), estando diretamente relacionadas ao surgimento de problemas de saúde. Portanto, o objetivo deste estudo é caracterizar o ambiente alimentar do município de Patos-PB no tocante à existência de desertos e pântanos alimentares. A população estudada foi constituída pelo comércio varejista de alimentos da cidade de Patos-PB. Para a obtenção dos dados, foram colhidos junto ao IBGE e na Secretaria Municipal de Infraestrutura do Município de Patos, arquivos contendo as coordenadas geográficas das divisões políticas estaduais e municipais e a localização dos bairros do município. Outros dados como pessoas residentes e a listagem dos estabelecimentos de aquisição de alimentos da cidade, foram coletados pela ferramenta Sinopse por Setores e pela plataforma Radar SEBRAE de Oportunidades, respectivamente. Para identificar um deserto alimentar, foi observada, dentro de um raio de 500 metros, a ausência ou um número total de estabelecimentos de aquisição de alimentos in natura ou minimamente processados e locais que produzem refeições ou estabelecimentos mistos menor que 4. Já para um pântano alimentar, foi analisada a presença de ao menos 4 estabelecimentos de aquisição de processados ou ultraprocessados dentro do raio de 500 metros. Foi realizada a avaliação da densidade total de estabelecimentos de aquisição de alimentos por bairro, e por categoria de estabelecimentos. Nos 26 bairros analisados, foram encontrados um total de 987 estabelecimentos de aquisição de alimentos. Deste total, 69,40% são estabelecimentos mistos, 15,90% estabelecimentos de aquisição de processados e ultraprocessados e 14,69% são estabelecimentos de aquisição de in natura ou minimamente processados e locais que produzem refeições. Dentre o quantitativo dos bairros da cidade, 29,62% destes foram considerados pântanos alimentares e 25,92% foram identificados como desertos alimentares. No tocante à concentração dos estabelecimentos, eles estão localizados predominantemente no setor central, prejudicando as regiões periféricas da cidade. Diante disso, combater os desertos e pântanos alimentares em todo o território nacional é primordial, devido a relação definida entre a disponibilidade e o acesso aos estabelecimentos de processados e ultraprocessados, bem como a dificuldade de acesso aos alimentos in natura ou minimamente processados e os respectivos desfechos de saúde. Por isso, incentivar a criação de políticas públicas que visem garantir a segurança alimentar e nutricional da população é condição intrínseca à efetivação da cidadania.


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  • A alimentação é direito básico dos indivíduos, estando socialmente, economicamente e fisicamente acessível, em quantidade e qualidade adequadas para garantir o Direito Humano à Alimentação e Nutrição Adequadas (DHANA). Diante dos desequilíbrios nos sistemas alimentares, a alimentação também está condicionada a fatores relacionados às questões culturais, sociais, biológicas e econômicas da sociedade. Unidos, estes são capazes de caracterizar o ambiente alimentar onde a população está inserida. Essa caracterização é capaz de definir os ambientes alimentares como “desertos alimentares” ou “pântanos alimentares”, os quais, são locais onde não há disponibilidade de alimentos in natura, ou apresentam grande facilidade de aquisição de alimentos ultraprocessados, respectivamente. Desertos e pântanos alimentares em uma comunidade, acarretam alterações no padrão alimentar dos indivíduos ali inseridos. Para identificar esses desequilíbrios no ambiente alimentar faz-se necessário para evidenciar situações de Insegurança Alimentar e Nutricional (IAN), estando diretamente relacionada ao surgimento de problemas de saúde. Portanto, o objetivo deste estudo é caracterizar o ambiente alimentar do município de Patos-PB e identificar a disponibilidade geográfica dos estabelecimentos de venda de alimentos no município. A população estudada foi constituída pelo comércio varejista de alimentos da cidade de Patos-PB. Para a obtenção dos dados, foram colhidos junto ao IBGE e na Secretaria Municipal de Infraestrutura do Município de Patos, arquivos shapedfile contendo as coordenadas geográficas das divisões políticas estaduais e municipais e a localização dos bairros do município. A quantidade de pessoas residentes e a listagem dos estabelecimentos de venda de alimentos da cidade, e seus dados geográficos e empresariais foram coletados pela ferramenta Sinopse por Setores e pela plataforma Radar SEBRAE de Oportunidades, respectivamente. Após a categorização dos dados, as coordenadas foram inseridas no software QGIS para elaboração de mapas. Para identificar os desertos alimentares, será observada a ausência de estabelecimentos de venda de alimentos in natura ou mistos dentro de um buffer de 400 metros. Já para os pântanos alimentares, será analisada a presença de ao menos 4 estabelecimentos de venda de alimentos ultraprocessados dentro do buffer. Após a identificação dos desertos e pântanos alimentares pela análise espacial, também será realizada a avaliação da densidade total de estabelecimentos de venda de alimentos por bairro, e a densidade por categoria de estabelecimentos de venda de alimentos para cada bairro. Os dados numéricos, serão inseridos no software estatístico IBM® SPSS Statistics, onde será possível analisar descritivamente e através de inferência estatística. Nos 26 bairros analisados na cidade de Patos-PB, foram encontrados um total de 987 estabelecimentos de venda de alimentos. Deste total, 101 realizam a venda de alimentos in natura, 157 vendem alimentos ultraprocessados e 729 estabelecimentos são considerados mistos. Existem bairros onde não há disponibilidade de acesso a nenhum tipo de estabelecimento de venda de alimentos (Alto da Tubiba e Jardim Assunção). Nesses casos, previamente é possível identificar que esses locais são considerados desertos alimentares. Sobre essa distribuição central de estabelecimentos, a proporção destes e a visualização por meio dos mapas, é possível sugerir que os bairros da cidade de Patos-PB sejam caracterizados predominantemente como pântanos alimentares.

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  • LETÍCIA DA SILVA PACHÊCO
  • Avaliação da atividade e quantificação de mRNA de enzimas do metabolismo energético no fígado de ratos jovens e adultos submetidos a dieta obesogênica durante a gestação e lactação

  • Orientador : MARIANA PINHEIRO FERNANDES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALICE VALENCA ARAUJO
  • TALITTA RICARLLY LOPES DE ARRUDA LIMA
  • VIVIANE DE OLIVEIRA NOGUEIRA SOUZA
  • Data: 28/02/2023

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  • O consumo de alimentos densamente calóricos e de baixo valor nutricional foram crescentes. Consequetemente houve o aumento na prevalência de sobrepeso, obesidade e doenças associadas na população. Estudos epidemiológicos e experimentais têm mostrado que a ingestão de uma dieta obesogênica materna está relacionada ao aumento do risco de desenvolver distúrbios metabólicos na prole. O objetivo do presente trabalho foi avaliar as repercussões da dieta obesogênica materna, durante gestação e lactação, sobre a atividade e quantificação de mRNA de enzimas do metabolismo energético no fígado da prole, aos 30 e 90 dias de vida. Para isso, ratas Wistar prenhas foram divididas em grupo controle (C) (n=8 animais) que recebeu dieta de padrão de biotério e grupo obesogênico (OB) (n=8 animais) que recebeu dieta obesogênica, composta pela dieta hiperlipídica somada a oferta de leite condensado, durante a gestação e a lactação. Após o desmame, a prole recebeu dieta padrão de biotério até atingir 30 e 90 dias de vida, quando foram eutanasiadas. Nas mães foram avaliados o consumo alimentar, peso corporal e hepático. Na prole foram avaliados o peso corporal e hepático, circunferência abdominal, comprimento naso-anal, índice de Lee, atividade das enzimas metabólicas citrato sintase (CS), fosfofrutoquinase 1 (PFK1), glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PDH), ácido graxo sintase (FAS) e β-hidroxiacil-CoA desidrogenase (β-Had), além da expressão gênica dessas enzimas e da AMPK. Nossos resultados mostram que o peso corporal nas mães durante a gestação foi maior (52,31%, p=0,0003) no grupo OB do que no C. Na lactação, o peso corporal do grupo OB reduziu (26,99%, p=0,0230) comparado ao C. Quanto ao consumo alimentar, considerando o período total da gestação, o grupo OB consumiu menos proteínas (55,32%, p=0,0002) e mais lipídios (97,37%, p<0,0001) do que o C. Na lactação, o grupo OB comparado ao C apresentou redução no consumo de proteínas (61,75%, p<0,0001) e carboidratos (35,93%, p=0,0001), entretanto, apresentou aumento do consumo de lipídios (63,31%, p=0,0006) e das calorias totais de macronutrientes (31,63%, p=0,0005). Na prole, o peso corporal foi maior com 30 dias (10,99%, p=0,0305), mas com 90 dias houve uma redução (6,17%, p=0,0276), ambas na prole OB comparada ao C. A circunferência abdominal (5,51%, p=0,0491) e o índice de Lee (5,08%, p= 0,0293) aumentou aos 30 dias no grupo OB comparado ao C. A atividade enzimática da CS revelou aumento com 30 dias (77,8%, p=0,0091) e com 90 dias (54,16%, p=0,01), ambas no grupo OB comparado ao C. A PFK1 teve maior atividade na prole OB do que na C tanto com 30 dias (108,29%, p=0,0003) quanto com 90 dias (38,02%, p=0,0043). A G6PDH apresentou aumento com 30 dias (280,58%, p=0,0007) mas reduziu aos 90 dias (45,73%, p=0,0022) no OB em relação ao C. A FAS teve menor atividade aos 30 dias (69,38%, p=0,0002) no grupo OB comparado ao C. A β-Had, apresentou diminuição no grupo OB em relação ao C aos 90 dias (69,41%, p=0,0129). Quanto a expressão de mRNA da PFK1 ocorreu aumento aos 30 dias (8,38%, p= 0,0097) e reduziu aos 90 dias (504%, p=0,0062) no OB comparado ao C. A G6PDH teve menor expressão aos 30 dias (14,76%, p=0,0407) e maior aos 90 dias (470%, p=0,0408) no grupo OB comparado ao C. A expressão da FAS reduziu na prole OB em relação a C aos 30 dias (11,98%, p=0,0002). A β-Had reduziu a expressão aos 90 dias no grupo OB (50%, p=0,0077). AMPK apresentou menor expressão aos 30 dias (70,2%, p=0,0254) e aos 90 dias (60%, p=0,0497), quando comparada a prole OB com a C. O consumo da dieta obesogênica materna gerou aumento de peso gestacional, influenciou ao excesso de peso nos descendentes jovens e induziu a alterações metabólicas no fígado da prole.


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  • Nas últimas décadas, o consumo de alimentos densamente calóricos e de baixo valor nutricional foram crescentes. Estudos epidemiológicos e experimentais têm mostrado que a ingestão de uma dieta obesogênica materna está relacionada ao aumento do risco de desenvolver distúrbios metabólicos na prole. O objetivo foi avaliar as repercussões da dieta obesogênica materna, durante gestação e lactação, sobre a atividade e quantificação de mRNA de enzimas do metabolismo energético no fígado da prole, aos 30 e 90 dias. Ratas Wistar prenhas foram divididas em grupo controle (C) (n=8) que recebeu dieta padrão de biotério e grupo obesogênico (OB) (n=8) que recebeu dieta obesogênica, composta pela dieta hiperlipídica somada a oferta de leite condensado, durante a gestação e a lactação. Após o desmame a prole recebeu dieta padrão de biotério até atingir 30 e 90 dias de vida, quando foram eutanasiados. Nas mães avaliou-se o consumo alimentar, peso corporal e hepático. Na prole verificou-se o peso corporal e hepático, circunferência abdominal, comprimento naso-anal, índice de Lee, atividade das enzimas metabólicas citrato sintase (CS) e β-hidroxiacil-CoA desidrogenase (β-Had) e a expressão gênica da CS e AMPK. Nossos resultados mostram que o peso corporal nas mães durante a gestação foi maior no grupo OB do que no C (OB:101.2±5.932 vs C:66.44±4.857g, p=0.0003). Na lactação o peso corporal do grupo OB reduziu comparado ao C (OB:27.50±2.262 vs C:37.67±3.040g, p=0.0230). O consumo alimentar, considerando o período total, na gestação o grupo OB consumiu menos proteínas (OB:246.0±14.23 vs C:550.6±43.39Kcal, p=0.0002) e mais lipídios do que o C (OB:420.4±17.61 vs C:213.1±16.79Kcal, p<0.0001). Na lactação, o grupo OB comparado ao C apresentou redução do consumo de proteínas (OB:392.0±42.71 vs C:1025±19.53Kcal, p< 0.0001) e carboidratos (OB: 1410±108.4 vs C:2201±41.95Kcal, p=0.0001), entretanto, maior consumo de lipídios (OB:674.7±50.52 vs C:396.6±7.55Kcal, p=0.0006) e calorias totais de macronutrientes (OB:2477±194.0 vs C:3623±69.03Kcal, p=0.0005). Nas mães o peso do fígado, consumo de Carboidratos e Kcal totais não apresentaram diferença estatística entre os grupos pesquisados. Na prole o peso corporal aumentou no grupo OB comparado ao C com 30 dias (OB:99.11±3.048 vs C:90.67±1.810g, p=0.0300), com 90 dias o OB apresentou diminuição comparado ao C (OB:308.0±8.658 vs C:351.2±7,141g, p=0.0015). A circunferência abdominal aos 30 dias aumentou no grupo OB comparado ao C (OB: 12.44±0.2422 vs C:11.79±0.1487cm p=0.0491). O índice de Lee aos 30 (OB:297.8±4.917 vs C:284.7±2.300g/cm³, p= 0.0353) e 90 dias (OB:300.6±3.225 vs C:286.5±2.384 g/cm³, p=0.0044) demonstrou aumento na prole OB comparada com os seus respectivos controles. A atividade enzimática da CS revelou aumento no grupo OB comparado ao C aos 30 (OB:0.0185±0.0013 vs C:0.0104±0.0017 U/mg) e 90 dias (OB:0.0074±0.0005 vs C:0.0048±0.0005U/mg). A β-Had, apresentou diminuição da atividade no grupo OB em relação ao C com 30 (OB:0.4721±0.01820 vs C:0.6492±0.1072 nmol/min/mg) e 90 dias (OB:0.3182±0.0647 vs C:1.040±0.2337nmol/min/mg). Na prole o peso hepático, comprimento naso-anal, circunferência abdominal aos 90 dias e expressão gênica de AMPK e CS aos 30 dias não apresentaram diferença significativa entre os grupos analisados. Os dados preliminares sugerem que a dieta obesogênica materna impactou nos parâmetros de peso corporal e atividade enzimática da prole.

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  • JESSICA GONZAGA PEREIRA
  • AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E PARÂMETROS CARDIOMETÁBOLICOS DE FAMILIARES DE CRIANÇAS COM EXCESSO DE PESO DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO-PE

  • Orientador : JOAO HENRIQUE DA COSTA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • AIANY CIBELLE SIMOES ALVES
  • ELIZABETH DO NASCIMENTO
  • VIVIANE DE OLIVEIRA NOGUEIRA SOUZA
  • Data: 03/03/2023

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  • A obesidade é um problema de saúde pública que atinge indivíduos em todas as faixas etárias. Associado à maior predisposição à hipertensão arterial sistêmica e alterações nos parâmetros bioquímicos, como hiperglicemia, resistência à insulina e dislipidemias. O processo obesogênico está além do desequilíbrio energético das calorias consumidas excedidas, fatores secundários: qualidade da dieta, como fatores genéticos, ambientais e comportamentais, podem modular a expressão fenotípica da obesidade. A etiologia da obesidade ultrapassa a caracterização individualizada da patologia. O ambiente obesogênico é associado ao desenvolvimento da obesidade infantil, sendo este caracterizado por condições que favorecem a instalação do quadro de obesidade. Deste modo, o ambiente familiar exerce um papel essencial na formação dos hábitos alimentares na infância, sendo assim os hábitos alimentares inadequados e o sedentarismo dos familiares aumentam a predisposição à obesidade infantil e essa tendência se projeta na vida adulta. Diversos estudos, avaliam o estado nutricional e os parâmetros associados a obesidade em crianças da terceira infância, todavia, são escassos na literatura, estudos que avaliam a influência do estado nutriconal e os parâmetros cardiometabólicos em familiares de crianças com sobrepeso/obesidade. O objetivo do presente estudo consiste em avaliar o estado nutricional e os parâmetros cardiometabólicos de familiares de crianças com o diagnóstico de sobrepeso/ obesidade, na cidade de Vitória de Santo Antão – PE.


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  • A obesidade é um problema de saúde pública que atinge indivíduos em todas as faixas etárias. Associado à maior predisposição à hipertensão arterial sistêmica e alterações nos parâmetros bioquímicos, como hiperglicemia, resistência à insulina e dislipidemias. O processo obesogênico está além do desequilíbrio energético das calorias consumidas excedidas, fatores secundários: qualidade da dieta, como fatores genéticos, ambientais e comportamentais, podem modular a expressão fenotípica da obesidade. A etiologia da obesidade ultrapassa a caracterização individualizada da patologia. O ambiente obesogênico é associado ao desenvolvimento da obesidade infantil, sendo este caracterizado por condições que favorecem a instalação do quadro de obesidade. Deste modo, o ambiente familiar exerce um papel essencial na formação dos hábitos alimentares na infância, sendo assim os hábitos alimentares inadequados e o sedentarismo dos familiares aumentam a predisposição à obesidade infantil e essa tendência se projeta na vida adulta. Nessa conjuntura, as atividades de educação alimentar e nutricional são consideradas instrumentos indispensáveis para promoção de hábitos alimentares saudáveis e prevenção da obesidade infantil. Contudo, estudos que avaliam seus impactos dessas intervenções na pressão arterial e parâmetros bioquímicos em familiares de crianças com  sobrepeso/obesidade são escassos. O objetivo do presente estudo consiste em avaliar os efeitos de um programa de educação alimentar e nutricional sobre a pressão arterial e os parâmetros bioquímicos em familiares de crianças com o diagnóstico de sobrepeso/ obesidade, na cidade de Vitória de Santo Antão – PE. Pressupondo que a implementação de atividades de Educação Alimentar e Nutricional, contribuem e impactam positivamente sobre os parâmetros avaliados em familiares de crianças.

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  • BRUNA KAROLINE ALVES DE MELO SILVA
  • Impacto a longo prazo da atividade física voluntária materna sobre os parâmetros bioquímicos e cardiorrespiratórios de proles submetidas a desnutrição proteica perinatal

  • Orientador : VIVIANE DE OLIVEIRA NOGUEIRA SOUZA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALINE MARIA NUNES DE LIRA GOMES BLOISE
  • DEBORA SANTOS ALVES DE OLIVEIRA
  • VIVIANE DE OLIVEIRA NOGUEIRA SOUZA
  • Data: 29/03/2023

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  • Estudos epidemiológicos e experimentais com ratos demonstram que a redução do teor proteico da dieta durante os períodos críticos do desenvolvimento pode alterar as respostas fisiológicas tardias na prole, contribuindo para o surgimento de doenças cardiovasculares e metabólicas. No entanto, a atividade física durante o período gestacional mostra-se como uma ferramenta não farmacológica que pode prevenir tais modificações nos filhotes. Logo, o objetivo do presente trabalho foi analisar os efeitos da atividade física voluntária sobre os parâmetros respiratórios e bioquímicos das progenitoras e de suas proles que foram submetidas a dieta hipoproteica durante a gestação e lactação. Para isso, ratas Wistar nulíparas (n=10) formaram o grupo controle e receberam a dieta padrão do biotério AIN-93M durante todo o estudo e não praticaram atividade física voluntária. As demais ratas (n=30) passaram por um período de adaptação de 30 dias nas gaiolas individuais de atividade física voluntária (GAFV), sendo posteriormente mantidas na gaiola padrão do biotério e divididas conforme o grau de atividade física praticada: inativo (n=10), ativo (n=10) e muito ativo (n=10). Após, ocorreu o acasalamento e quando identificada a prenhez ofertou-se a dieta experimental hipoproteica (grupo hipoprotéico=LP: 8% de proteína) para metade do grupo (n=15) e a outra metade (n=15) recebeu a dieta controle (grupo normoprotéico=NP: 17% de proteína), totalizando seis grupos: Inativo Normoprotéico (NP-inativo, n=5), Inativo Hipoproteico (LP-inativo, n=5), Ativo Normoproteico (NP- ativo, n=5), Ativo Hipoproteico (LP-ativo, n=5), Muito Ativo Normoproteico (NP-muito ativo, n=5) e Muito Ativo Hipoproteico (LP-muito ativo, n=5). Vale destacar que as dietas experimentais foram ofertadas as mães durante a gestação e lactação e após esse período foram realizadas análises bioquímicas (proteínas totais, albumina, glicose, colesterol total, HDL-c, LDL-c e triglicerídeos) e posteriormente eutanasiadas. No que diz respeito a prole, a partir do desmame (22° dia de vida), receberam a dieta padrão do biotério até atingir 30 e 90 dias de vida, quando foram eutanasiados. Aos 30 dias foi feita a retirada do corpo carotídeo para posteriores análises e aos 90 dias ocorreram as análises bioquímicas dos mesmos parâmetros das mães e as avaliações cardiorrespiratórias (pressão arterial=PA; frequência cardíaca=FC; frequência respiratória=FR; volume corrente=VT e a ventilação pulmonar=VE). Perante os parâmetros bioquímicos das progenitoras, nossos resultados identificaram diferenças estatisticamente significativas no padrão de albumina entre os grupos NP e LP inativo (NP-inativo= 3,34 +- 0,07 g/dL, n=5 vs LP-inativo= 3.04 +- 0,02 g/dL, n=5; p=0,0093), nos valores de colesterol das ratas muito ativas (NP-muito ativo= 126,84 +- 1,23 mg/dL1, n=5 vs LP-muito ativo= 112,52 +- 5,28 mg/dL1,n=5, p=0,0428), assim como entre os grupos experimentais ativo e muito ativo (LP-ativo= 126,72 +- 1,27 mg/dL-1, n=5 vs LP- muito ativo= 112,52 +- 5,28 mg/dL-1, n=5, p=0,0453). Também foram notadas diferenças estatísticas em relação ao LDL-c (NP-ativo= 29,61173 +- 1,346571 mg/dL-1, n=5 vs NP- muito ativo= 38,30779 +- 2,829638 mg/dL-1, n=5, p=0,0403). Já em relação a análise bioquímica da prole, os grupos LP-inativo e LP- ativo apresentaram menores concentrações de proteína total quando comparados ao controle (LP- inativo= 5,800000 +- 0,126491 g/dL-1, n=6 vs NP-inativo= 6,196667 +- 0,033433 g/dL-1, n=6, p= 0,0057) e (LP-ativo= 5,916667 +- 0,079232 g/dL-1, n=6 vs NP- ativo= 6,283333 +- 0,030732 g/dL-1, n=6, p= 0,0122. Enquanto a albumina, modificações foram notadas nos grupos inativos (LP-inativo= 2,958333 +- 0,055040 g/dL-1, n=6 vs NP-inativo= 3,250000 +- 0,076376 g/dL-1, n=6; p=0,0155) e também entre os grupos experimentais LP-inativo e LP-muito ativo, respectivamente (2,958383 +- 0,055040 g/dL-1, n=6 vs 3,225000 +- 0,035379 g/dL-1, n=6, p=0,0323). Quanto ao colesterol independente do nível de atividade física os grupos experimentais diferiram significativamente (LP e NP inativos, p=0,0345), (LP e NP ativos, p=0,0134) e (LP e NP muito ativo, p=0,0002). Já diante as análises cardiorrespiratórias, não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos NP e LP para todos ps parâmetros avaliados (P>0,05).


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  • Estudos epidemiológicos e experimentais com ratos demonstram que a redução do teor proteico da dieta durante os períodos críticos do desenvolvimento pode alterar as respostas fisiológicas tardias na prole contribuindo para o surgimento de doenças cardiovasculares e metabólicas. No entanto, a atividade física durante o período gestacional mostra-se como uma ferramenta não farmacológica que pode prevenir tais modificações nos filhotes. Logo, o objetivo do presente trabalho foi de analisar os efeitos da atividade física voluntária sobre os parâmetros respiratórios e bioquímicos das progenitoras e da prole de ratas que foram submetidas a dieta hipoproteica durante a gestação e lactação. Para isso, ratas Wistar nulíparas passaram por um período de adaptação de 30 dias, sendo posteriormente divididas conforme o grau de atividade física praticada: inativo (n=10), ativo (n=10) e muito ativo (n=10). Após, ocorreu o acasalamento e quando identificada a prenhez ofertou-se durante a gestação e lactação a dieta experimental hipoproteica (grupo LP: 8% de proteína) para parte do grupo e o outro recebeu a dieta controle (grupo NP: 17% de proteína), totalizando seis grupos: (NP-inativo, n=5), Inativo Hipoproteico (LP-inativo, n=5), Ativo Normoproteico (NP-ativo, n=5), Ativo Hipoproteico (LP-ativo, n=5), Muito Ativo Normoproteico (NP- muito ativo, n=5) e Muito Ativo Hipoproteico (LP- muito ativo, n=5). A partir do desmame uma porção dos filhotes foram eutanasiados aos 30 dias de vida para retirada de tecido e a outra recebeu a dieta padrão de biotério até o fim do experimento (90 dias de vida) para realização das avaliações bioquímicas e cardiorrespiratórias. Perante os parâmetros bioquímicos das progenitoras, nossos resultados identificaram diferenças estatisticamente significativas no padrão de albumina entre os grupos NP e LP inativo e também nos valores de colesterol das ratas muito ativas e entre os grupos LP-ativo e LP- muito ativo. Já em relação a análise bioquímica da prole, os grupos LP-inativo e LP-ativo apresentaram menores concentrações de proteína total quando comparados ao controle. Enquanto a albumina, modificações foram notadas nos grupos inativos e também entre os grupos experimentais LP-inativo e LP-muito ativo. Quanto ao colesterol independente do nível de atividade física os grupos experimentais diferiram significativamente. Já diante as análises cardiorrespiratórias, não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos NP e LP.

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  • ELDA SILVA AUGUSTO DE ANDRADE
  • EFEITO DA AMPLITUDE DE RECUPERAÇÃO DURANTE EXERCÍCIO INTERVALADO DE ALTA INTENSIDADE SOBRE A FADIGABILIDADE DO DESEMPENHO
  • Orientador : GUILHERME ASSUNCAO FERREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ARY GOMES FILHO
  • GUILHERME ASSUNCAO FERREIRA
  • RAFAEL DOS SANTOS HENRIQUE
  • Data: 29/03/2023

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  • O exercício intervalado de alta intensidade (EIAI) é um exercício utilizado amplamente para melhora da aptidão física. A prescrição do EIAI consiste em manipular diferentes variáveis, intensidade, duração do esforço e tipo de recuperação. Particularmente, a amplitude da duração da recuperação pode afetar as respostas fisiológicas durante o EIAI, no entanto, o efeito da amplitudeda duração da recuperação sobre o desenvolvimento da fadigabilidade do desempenho ainda não foi investigado. O presente estudo investigou o efeito da amplitude da duração da recuperação sobre o desenvolvimento da fadiga neuromuscular induzida pelo exercício durante uma sessão de EIAI. Neste ensaio randômico e cruzado, doze homens fisicamente ativos (média ± DP) idade 24,75 ± 3,79DP anos; estatura 1,77 ± xx 0,06 m; massa corporea 80,66 ± 10,22 kg; VO2max. 2,26 ± 1,19 mL/kg/min; e pico de potência 239 ± 14,99 W,realizaram duas sessões de EIAI com diferentes amplitudes de recuperação, sendo 1 – EIAIR com amplitude recuperação reduzida (4 x 4min a 90% FC, 2min de recuperação a 50% FCmax 4 x 4 min) e; 2 – EIAIL com grande amplitude de recuperação longa (4 x 4min a 90% FC, 3min de recuperação a 50% Fcmax. Imediatamente antes e 30 s após o exercício os participantes realizaram um salto contramovimento (SCM) para avaliação da função neuromuscular. A Frequência cardíaca (FC), consumo de oxigênio (VO2máx), saturação periférica de oxigênio (SaO2 e a Percepção Subjetiva de Esforço (PSE) foram continuamente monitorados durante o EIAI. O lactato e o pH venoso foram medidos imediatamente antes e dois minutos após o exercício. A fadigabilidade do desempenho foi medida via mudanças de pré para pós exercício na altura do salto, tempo de voo, velocidade de saída, força e potência dos saltos verticais. Os declínios de pré e pós EIAI da altura, da velocidade, da potência e do tempo de voo do SCM foram maiores no EIAIR (p < 0,05), enquanto que a força do SCM foi semelhante entre os protocolos (EIAIR: 12 ± 3, 6 ± 10, 11 ± 5, 6 ± 10 e 6 ± 1%; EIAIL: 6 ± 10, 3 ± 8, 6 ± 5, 3 ± 9 e 6 ± 2%). Quando comparado os protolocolos EIAIL e EIAIR, houve um aumento do pré para o pós exercício em ambos protocolos do lactato pasmático e uma redução do pH sanguíneo (p<0,05). Houve um aumento da FC, V ̇ O2 e do PSE do primeiro para o último esforço em ambos protocolos, e uma redução da SpO2 (p < 0.05), sendo maior esta redução no EIAIR (p < 0,005). Os achados deste estudo sugerem que reduzir a amplitude de recuperação aumenta o estresse fisiológico, perceptual e metabólico durante o exercício, o que pode levar à maior fadigabilidade do desempenho.

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  • High-intensity interval exercise (EIAI) is an exercise widely used to improve physical fitness. The EIAI prescription consists of manipulating different variables, intensity, duration of effort and type of recovery. Particularly, the amplitude of the recovery duration may affect the physiological responses during the AIIE, however, the effect of the amplitude of the recovery duration on the development of performance fatigability has not yet been investigated. The present study investigated the effect of the amplitude of recovery duration on the development of exercise-induced neuromuscular fatigue during an AIIE session. In this randomized crossover trial, twelve physically active men (mean ± SD) age 24.75 ± 3.79 SD years; height 1.77 ± xx 0.06 m; body mass 80.66 ± 10.22 kg; VO2max. 2.26 ± 1.19 mL/kg/min; and peak power 239 ± 14.99 W, they performed two AIIE sessions with different recovery amplitudes, 1 - AIAI with reduced recovery amplitude (4 x 4min at 90% HR, 2min recovery at 50% HRmax 4 x 4 min ) It is; 2 – EIAIL with long recovery amplitude (4 x 4min at 90% HR, 3min recovery at 50% HRmax. Immediately before and 30 s after the exercise, participants performed a countermovement jump (CMS) to assess neuromuscular function. A Heart rate (HR), oxygen consumption (VO2max), peripheral oxygen saturation (SaO2 and Subjective Perceived Exertion (RPE) were continuously monitored during AIIE. Venous lactate and pH were measured immediately before and two minutes after exercise. Performance fatigability was measured via pre- and post-exercise changes in jump height, flight time, exit velocity, strength, and power of vertical jumps. Pre- and post-EIAI declines in height, speed, power and time of flight of the SCM were higher in the EIAIR (p < 0.05), while the strength of the SCM was similar between the protocols (EIAIR: 12 ± 3, 6 ± 10, 11 ± 5, 6 ± 10 and 6 ± 1%; EIAIL: 6 ± 10, 3 ± 8, 6 ± 5, 3 ± 9 and 6 ± 2%). When using the EIAIL and EIAIR protocols, there was an increase from pre to post exercise in both protocols of plasma lactate and a reduction in blood pH (p<0.05). There was an increase in HR, V ̇ O2 and RPE from the first to the last effort in both protocols, and a reduction in SpO2 (p < 0.05), with this reduction being greater in the EIARI (p < 0.005). The findings of this study suggest that reducing recovery range increases physiological, perceptual, and metabolic stress during exercise, which may lead to greater performance fatigability.

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  • CYNTHYA MYLLENA MARTINS SILVA
  • ESTUDO DOS PARÂMETROS SOMÁTICOS, MASTIGATÓRIOS E IMUNORREATIVIDADE DO SERT NO NÚCLEO TRIGEMINAL MESENCÉFALO EM MODELO EXPERIMENTAL DE OBESIDADE

  • Orientador : KELLI NOGUEIRA FERRAZ PEREIRA ALTHOFF
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LIGIA CRISTINA MONTEIRO GALINDO
  • RAQUEL DA SILVA ARAGAO
  • DIEGO CABRAL LACERDA
  • Data: 28/04/2023

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  • O aumento do peso corporal pode ser associado a alterações da função mastigatória. Em condições de sobrepeso e obesidade, o controle do balanço energético é claramente desregulado e a modulação serotonérgica parece contribuir significativamente para o ganho de peso. Este estudo visa avaliar o efeito da obesidade induzida pela redução do tamanho da ninhada nos parâmetros somáticos, mastigatórios e imunorreatividade do transportador de serotonina (SERT) nos núcleos trigeminais mastigatórios. O estudo, realizado com ratos da linhagem Wistar, foi submetido e aprovado pela Comissão de Ética em Experimentação Animal da Universidade Federal de Pernambuco (0026/2019). Ratas foram acasaladas na proporção de 2 fêmeas para 1 macho e mantidas em condições padrão de biotério. Foram utilizados 48 ratos machos Wistar albinos (Rattus Norvegicus) provenientes de ratas progenitoras da colônia do Biotério de criação do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Pernambuco. Setenta e duas horas após o nascimento, os animais foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: Controle (C; 9 filhotes por nutriz; n=24) ou superalimentado (SA; 3 animais por nutriz; n=24). Foi realizada a aferição do peso corporal no 3°, 7°, 14°, 21° e 30° dia de vida pós- natal. O consumo alimentar durante a mastigação foi realizado a partir da diferença do peso inicial e final da ração ofertada. A análise da mastigação através da filmagem foi realizada nos 22° e 29° dias de vida pós-natal. No 30° dia de vida, animais (C; n=16; SA, n=16) foram sacrificados através da decapitação, onde foi dissecado e pesado tecido adiposo branco. E depois também aos 30 dias de vida, foi feita a perfusão transcardíaca em outros animais (C; n=8; SA, n=8), onde foi retirado o encéfalo do animal para realização da imunohistoquímica com o objetivo da quantificação de neurônios SERT no núcleo trigeminal mesencefálico mais adiante. Em nossos resultados, o grupo superalimentado apresentou maior peso corporal, a partir do décimo quarto dia de vida (mediana=33,18, IIQ=34,73-30,92. p<0,001), maiores quantidades de gorduras inguinal (média±dp=0,855±0,158, p<0,001), epididimal (média± dp= 0,120±0,046, p<0,001), mesentérica (mediana= 0,879, IIQ=1,142-0,722, p<0,001) e retroperitoneal (média± dp=0,106±0,05, p=0,017), assim como maior consumo alimentar durante a mastigação aos 22 dias pós-natal (mediana=0,665, IIQ=0,825-0,490, p=0,018). O grupo superalimentado também apresentou menor número de sequências mastigatórias, bem como menor quantidade de ciclos mastigatórios e menor taxa mastigatória. Além disso, houve menor expressão de neurônios SERT-IR no núcleo trigeminal mesencefálico, quando comparado com o grupo controle. Deste modo, concluímos que ratos com obesidade induzida pela supernutrição neonatal apresentam maior peso corporal, maiores quantidades de tecido adiposo branco, maior consumo alimentar durante a mastigação, menor atividade rítmica mastigatória e menor expressão de SERT. Esperamos que os achados deste estudo auxiliem no desenvolvimento de estratégias terapêuticas eficazes para o controle e redução da obesidade.


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  • The increase in body weight can be associated with changes in masticatory function. Under overweight and obese conditions, the control of energy balance is clearly deregulated and serotonergic modulation appears to contribute significantly to weight gain. This study aims to evaluate the effect of obesity induced by litter size reduction on somatic and masticatory parameters and serotonin transporter immunoreactivity (SERT) in masticatory trigeminal nuclei. The study, carried out with Wistar rats, was submitted and approved by the Ethics Committee on Animal Experimentation of the Federal University of Pernambuco (0026/2019). Rats were mated at a ratio of 2 females to 1 male and kept under standard vivarium conditions. Forty-eight male Wistar albino rats (Rattus Norvegicus) from progenitor rats from the vivarium colony of the Nutrition Department of the Federal University of Pernambuco were used. Seventy-two hours after birth, the animals were randomly distributed into two groups: Control (C; 9 pups per nursing mother; n=24) or overfed (SA; 3 animals per nursing mother; n=24). Body weight was measured on the 3rd, 7th, 14th, 21st and 30th day of postnatal life. Food consumption during mastication was performed based on the difference in the initial and final weight of the feed offered. The analysis of chewing through filming was performed on the 22nd and 29th days of postnatal life. On the 30th day of life, animals (C; n=16; SA, n=16) were sacrificed by decapitation, where white adipose tissue was dissected and weighed. And then also at 30 days of life, transcardial perfusion was performed in other animals (C; n=8; SA, n=8), where the animal's brain was removed to perform immunohistochemistry in order to quantify SERT neurons in the mesencephalic trigeminal nucleus later on. In our results, the overfed group presented higher body weight, from the fourteenth day of life onwards (median=33.18, IIQ=34.73-30.92. p<0.001), higher amounts of inguinal fat (mean± sd=0.855±0.158, p<0.001), epididymal (mean ± sd= 0.120±0.046, p<0.001), mesenteric (median= 0.879, IIQ=1.142-0.722, p<0.001) and retroperitoneal (mean ± sd=0.106 ±0.05, p=0.017), as well as higher food consumption during mastication at 22 postnatal days (median=0.665, IIQ=0.825-0.490, p=0.018). The overfed group also had a lower number of chewing sequences, as well as fewer chewing cycles and a lower chewing rate. In addition, there was a lower expression of SERT-IR neurons in the mesencephalic trigeminal nucleus, when compared to the control group. Thus, we conclude that rats with obesity induced by neonatal supernutrition have higher body weight, higher amounts of white adipose tissue, higher food consumption during mastication, lower rhythmic masticatory activity and lower SERT expression. We hope that the findings of this study will help in the development of effective therapeutic strategies for the control and reduction of obesity.

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  • MARIAMA FARIAS DE QUEIROZ
  • Influência do estado nutricional na presença de fatores de risco à saúde cardiovascular de crianças dos 7 aos 10 anos de idade na cidade de Custódia – PE

  • Orientador : JOAO HENRIQUE DA COSTA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAROL VIRGINIA GOIS LEANDRO
  • MARIANA PINHEIRO FERNANDES
  • MONIQUE ASSIS DE VASCONCELOS BARROS
  • Data: 30/05/2023

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  • Os indivíduos que apresentam gordura corporal acima dos valores aceitáveis possuem maior risco de desenvolver doenças crônicas, como doenças cardiovasculares, que até pouco tempo eram associados apenas aos adultos e que estão cada vez mais sendo diagnosticadas em idades precoces. O objetivo da pesquisa é investigar a relação do estado nutricional com a presença de fatores de risco para doenças cardiovasculares em crianças de 07 a 10 anos, na cidade de Custódia – PE. Trata-se de um estudo de um estudo observacional e analítico, com delineamento transversal, realizado com 81 crianças em idade escolar. A coleta de dados aconteceu em três fases, totalizando 07 etapas. Este estudo foi aprovado pelo CEP/CAV/UFPE, com nº parecer: 5.628.596. Em relação ao estado nutricional foi observada uma quantidade maior de alunos com baixo peso do que com sobrepeso e obesidade e mais da metade da população está em eutrofia. Também há variação entre a média de pressão arterial sistólica e diastólica quando comparado dentre os grupos de IMC, percebendo o aumento dos valores concomitante ao aumento da massa corporal, assim como presença de hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia. Os achados sobre os indicadores de risco cardiovascular nos escolares sugerem a necessidade de um monitoramento precoce e periódico exames bioquímicos e da pressão arterial, além da necessidade de uma parceria entre a escola e o serviço público de saúde para prevenção e promoção da saúde da população infantil.

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  • Apesar da obesidade não ser um fenômeno novo na história da humanidade, tem gerado preocupação por ter alcançado proporções epidêmicas. Existem algumas fases da vida em que o organismo está vulnerável e sensível ao sobrepeso e obesidade, como a infância e a adolescência. O acúmulo de gordura corporal predispõe o desenvolvimento de diversas alterações metabólicas, como dislipidemias, hipertensão arterial sistêmica e resistência à insulina, além do aumento de complicações cardiovasculares. Devido a alta mortalidade por doenças cardiovasculares (DCV), é necessário a identificação e tratamento precoce dos seus fatores de risco, já na população infanto-juvenil. Como consequência da criação de hábitos inadequados, algumas crianças já apresentam condições favoráveis para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares que podem ser potencializados por uma série de fatores, como hábitos alimentares, histórico familiar e sedentarismo. Considerando que as doenças cardiovasculares se desenvolvem de forma lenta e progressiva é importante atuar desde os primeiros anos de vida. Sendo assim, tendo o conhecimento dos fatores de risco e a pré-disposição hereditária, se faz crucial adotar medidas para controlar o desenvolvimento dessas enfermidades na infância. Esse estudo tem o objetivo de investigar a relação do estado nutricional com a presença de fatores de risco para doenças cardiovasculares em crianças de 7 a 10 anos, na cidade de Custódia – PE.

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  • TAIANE DE LIMA SILVA
  • Efeitos do alfa-tocoferol e do tempol sobre a modulação autonômica cardíaca de ratos submetidos à desnutrição intrauterina: Participação do estresse oxidativo e das ATPases transportadores de Na+ e Ca2+

  • Orientador : LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • REGINA SOUZA AIRES
  • NATALIA TABOSA MACHADO CALZERRA
  • DIEGO BARBOSA DE QUEIROZ
  • Data: 30/06/2023

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  • A relação entre doenças crônico-metabólicas e o desenvolvimento intrauterino é bem documentada na literatura acadêmica, com diversos estudos que relacionam a transição nutricional e a Origem Desenvolvimentista da Saúde e da Doença. A associação entre desnutrição materna e baixa estatura é evidenciada por diversos estudos, estando também associada ao retardamento do desenvolvimento intrauterino, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares (DCV). Considerando a alta prevalência de DCVs e a associação entre estresse oxidativo e disfunções cardíacas, o objetivo deste estudo é investigar os efeitos do alfa-tocoferol e do tempol sobre a modulação autonômica cardíaca em ratos submetidos à desnutrição intrauterina, e avaliar o impacto do tratamento no estresse oxidativo e regulação das ATPases transportadores de Ca2+ no ventrículo esquerdo. Para isso, ratos foram submetidos a um retardo do crescimento intrauterino através da indução da restrição dietética de suas mães durante o período gestacional, e parte das fêmeas foi tratada com alfa-tocoferol ou tempol. Na idade adulta, foi observado que a restrição dietética materna induziu na prole adulta aumento da pressão arterial média basal, e aumento dos valores das oscilações de frequência muito baixa e de frequência baixa na análise espectral da pressão arterial sistólica. Na análise espectral do intervalo de pulso, os animais desnutridos intrauterinamente apresentaram aumento nos valores das oscilações de frequência baixa e diminuição nas oscilações de frequência alta. As alterações ocorreram simultaneamente a elevação do estresse oxidativo e alteração da função das ATPases cardíacas transportadoras de cálcio. Os tratamentos com α-tocoferol ou tempol preveniram as alterações na pressão arterial média, na variabilidade da pressão arterial sistólica e do intervalo de pulso induzidas pela desnutrição intrauterina, assim como preveniram o estresse oxidativo. Os dados indicam que os tratamentos com alfa-tocoferol e tempol previnem a ativação do sistema nervoso simpático induzida pela desnutrição intrauterina, que pode ser um dos mecanismos etiológicos que favorecem o desenvolvimento de hipertensão arterial na vida adulta.


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  • The relationship between chronic metabolic diseases and intrauterine development is well documented in the academic literature, with several studies relating nutritional transition and the Developmental Origins of Health and Disease. The association between maternal malnutrition and short stature is evidenced by several studies and is associated with delayed intrauterine development, arterial hypertension, and cardiovascular diseases (CVD). Considering the high prevalence of CVDs and the association between oxidative stress and cardiac dysfunctions, this study aims to investigate the effects of alpha-tocopherol and tempol on cardiac autonomic modulation in rats submitted to intrauterine malnutrition and to evaluate the impact of treatment on the oxidative stress and regulation of Ca2+ transporting ATPases in the left ventricle. For this, rats were subjected to intrauterine growth retardation by inducing their mothers' dietary restriction during the gestational period. Some of the females were treated with alpha-tocopherol or tempol. In adulthood, it was observed that maternal dietary restriction induced an increase in baseline mean blood pressure in adult offspring and an increase in the values of very low-frequency and low-frequency oscillations in the spectral analysis of systolic blood pressure. In the spectral analysis of the pulse interval, the intrauterine malnourished animals showed an increase in the values of low-frequency oscillations and a decrease in high-frequency oscillations. The alterations coincided with an increase in oxidative stress and a change in the function of cardiac calcium-transporting ATPases. Treatments with α-tocopherol or tempol prevented changes in mean arterial pressure, variability in systolic arterial pressure, and pulse interval induced by intrauterine malnutrition, as well as preventing oxidative stress. The data indicate that treatments with alpha-tocopherol and tempol prevent activation of the sympathetic nervous system induced by intrauterine malnutrition, which may be one of the etiological mechanisms that favor the development of arterial hypertension in adult life.

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  • EUCLIDES DA CONCEIÇÃO GUILICHE
  • Influência do peso ao nascer sobre a composição corporal e as variáveis cardio-metabólicas e a aptidão físicade crianças dos 7 aos 10 anos de idade residentes na Província de Maputo – Moçambique.

  • Orientador : JOAO HENRIQUE DA COSTA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAROL VIRGINIA GOIS LEANDRO
  • MARCOS ANDRE MOURA DOS SANTOS
  • MARIO EUGENIO TCHAMO
  • Data: 28/07/2023

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  • Este estudo objetivou: i) avaliar os indicadores de crescimento físico, composição corporal, nível de aptidão física em crianças pertencentes a distintos grupos de peso ao nascer; ii)Analisar as associações entre o peso ao nascer e a influência do efeito cumulativo do tamanho do corpo atingido e da composição corporal sobre aptidão física de crianças pertencentes a grupos distintos de peso ao nascer; iii) Analisar as variáveis da aptidão física e coordenação motora em crianças, ao longo da variação cumulativa de crianças pertencentes a grupos distintos de peso ao nascer. A amostra foi composta por 145 crianças de ambos os gêneros dos 7 aos 10 anos de idade, dentre estas 71 do sexo feminino e 74 do sexo masculino. Foram avaliados parâmetros referentes aos indicadores do crescimento físico (peso, estatura), composição corporal (dobras de adiposidade). A aptidão física foi avaliada com base nos protocolos das seguintes baterias EUROFIT (1988) e FINESSGRAM (1994). A avaliação do desempenho neuromotor foi analisada com base na bateria de testes Körperkoordinations-test für Kinder (KTK). Além das medidas de estatística descritivas e de forma a estudar as interações e inter-relações entre os fatores de interesse, a Anova one way com pós teste de Turkey, teste Kruskal-wallis com pós teste de Dunn, Correlação de Rô de Spearman, foram os procedimentos estatísticos usados na análise dos resultados. Adotou-se nestas análises o nível de significância de 5%. Apesar da diferença de peso ao nascer este factor não se mostrou preponderante para o comprometimento da envergadura dos indivíduos. O baixo peso ao nascer continua sendo um factor de comprometimento para a envergadura dos indivíduos más não se mostrou preponderante para a definição do estado nutricional dos indivíduos quando classificados pelo IMC e estatura/idade. Não foram encontradas quaisquer evidências relacionando o peso ao nascer e os parâmetros cardiovasculares O Baixo peso ao nascer não comprometeu o desenvolvimento de força, mas influenciou a corrida de velocidade e Vo2 máximo, as dobras cutâneas suprailíaca, subescapular e da panturrilha. Estabeleceu-se correlação negativa entre o peso ao nascer e a % de gordura, a corrida de velocidade e o salto monopedal, e correlação positiva com o Vo2 máximo. Sob controle de variáveis o peso ao nascer se correlaciona com a altura, % de gordura, massa magra, pressao manual média, salto monopedal e deslocamento sob plataforma. Não se deve esperar que as manifestações de desempenho físico devam ser percebidas única e exclusivamente em função do peso ao nascer pois, o ambiente social e cultural, o estado nutricional das crianças podem interferir no desempenho destas.


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  • This study aimed to: i) evaluate the indicators of physical growth, body composition, level of physical fitness in children belonging to different birth weight groups; ii) To analyze the associations between birth weight and the influence of the cumulative effect of attained body size and body composition on the physical fitness of children belonging to different birth weight groups; iii) To analyze the variables of physical aptitude and motor coordination in children, along the cumulative variation of children belonging to different groups of birth weight. The sample consisted of 145 children of both genders from 7 to 10 years old, including 71 females and 74 males. Parameters related to physical growth indicators (weight, height), body composition (adipose folds) were evaluated. Physical fitness was assessed based on the protocols of the following batteries EUROFIT (1988) and FINESSGRAM (1994). The assessment of neuromotor performance was analyzed based on the Körperkoordinations-test für Kinder (KTK) battery of tests. In addition to the descriptive statistical measures and in order to study the interactions and interrelationships between the factors of interest, the one-way Anova with Turkey's post-test, Kruskal-Wallis test with Dunn's post-test, Spearman's Rho Correlation, were the statistical procedures used in the analysis of the results. A significance level of 5% was adopted in these analyses. Despite the difference in weight at birth, this factor did not prove to be preponderant for compromising the wingspan of individuals. Low birth weight continues to be a compromising factor for the size of individuals, but it did not prove to be preponderant in defining the nutritional status of individuals when classified by BMI and height/age. No evidence was found linking birth weight and cardiovascular parameters. Low birth weight did not compromise strength development, but influenced running speed and Vo2 max, suprailiac, subscapular and calf skinfolds. A negative correlation was established between birth weight and % fat, sprinting and single-pedal jumping, and a positive correlation with maximum Vo2. Controlled for variables, birth weight correlated with height, % fat, lean body mass, mean hand pressure, single-legged jump, and platform displacement. It should not be expected that manifestations of physical performance should be perceived solely and exclusively as a function of birth weight, as the social and cultural environment and the nutritional status of children can interfere with their performance.

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  • EULÁLIO MALINGA
  • Associação entre baixo peso ao nascer e parâmetros de crescimento e de composição corporal em escolares de 7 a 10 anos no Distrito de Boane, Maputo/Moçambique
  • Orientador : WYLLA TATIANA FERREIRA E SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • THYAGO MOREIRA DE QUEIROZ
  • CYBELLE ROLIM DE LIMA
  • SUELI MORENO SENNA
  • TIMÓTEO SALVADOR LUCAS DACA
  • Data: 31/07/2023

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  • Esta pesquisa teve por objetivo avaliar o efeito do peso ao nascer sobre a antropometria, composição corporal e estado nutricional de crianças de 7 a 10 anos de idade que apresentaram ou não baixo peso ao nascer residentes no Distrito de Boane da Província de Maputo/Moçambique. Pesquisa de campo de delineamento transversal realizada com estudantes de ambos os sexos, entre os 7 e 10 anos de idade, matriculados em escolas do distrito de Boane, localizado a sudeste da Província de Maputo. Os grupos foram formados a partir do peso ao nascer em grupo exposto (baixo peso ao nascer, BPN, n=41) e o grupo não exposto (peso normal ao nascer, PNN, n=179). O peso ao nascer foi obtido a partir do cartão do peso da criança. Foram obtidas/avaliadas as variáveis: peso e altura corporal; índice de massa corporal (IMC); dobras de adiposidade subcutânea (bicipital, tricipital, subescapular, suprailíaca, panturrilha); percentual de gordura corporal, massa magra, massa gorda; circunferência do quadril e da cintura, perímetro cefálico, perímetro braquial. Para análise estatística, utilizou-se o software SPSS for Windows, versão 21.0. A interação entre os fatores sexo e idade com o peso ao nascer foram avaliadas por ANOVA Two-way. Como não foram encontradas interações, os dados foram analisados como um único grupo (meninos e meninas juntos e todas as idades). Para analisar as diferenças entre os grupos BPN e PNN foi utilizado o t-test Student para amostras independentes. Os resultados foram ajustados para diferentes covariáveis: idade, sexo, altura, pesocorporal, IMC, composição corporal (massa corporal magra e massa gorda) através da análise de covariância (ANCOVA) considerando, idade, gênero, altura, índice de adiposidade. Em todas as análises o nível de significância de 5% foi utilizado. Os resultados indicaram que houve diferença entre os grupos BPN e PNN em relação às variáveis peso, estatura, dobras cutâneas (com exceção da bicipital, IMC, massa magra e massa gorda. Quando as médias foram ajustadas para diferentes covariáveis (sexo, idade e idade gestacional), apenas a dobra tricipital e a dobra da panturrilha permaneceram diferentes quando BPN foi comparado PNN. O peso ao nascer se correlacionou positivamente com as seguintes variáveis: peso, estatura, IMC e massa magra. Crianças com BPN apresentaram menor estatura e peso corporal, assim como IMC, embora estejam dentro dos padrões normais da OMS. A distribuição de gordura corporal também foi afetada em crianças BPN, contudo, quando ajustadas para idade, sexo, semanas de gestação e tamanho corporal, não houve diferença entre os grupos, exceto para as dobras tricipital e da panturrilha. Os resultados também demonstraram que o peso ao nascer tem associação, embora fraca, com o peso, estatura e massa magra. Assim, o BPN parece influenciar alguns indicadores de crescimento de crianças residentes em Boane, contudo fatores ambientais atuais parecem enfraquecer esta associação. Os resultados sugerem que políticas públicas que envolvam promoção da saúde e prevenção e controle de problemas de saúde pública podem reverter os efeitos do baixo peso em crianças de Boane.

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  • O baixo peso ao nascer (BPN) é definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como o peso ao nascer (PN) entre 1.500g e ≤ 2.500g. Crianças com BPN estão em maior risco de complicações que um bebê de peso normal. De acordo com uma revisão sistemática da OMS em 2019, 20,5 milhões de bebés em todo o mundo nasceram com BPN, o que representa 14,6% de todos os nascimentos. Em África Subsaariana a prevalência de BPN foi de 24% e em Moçambique foi de 6,1% e 5.0% para Pequena Idade gestacional (PIG) respectivamente. Estudos prévios relatam que o BPN influencia a antropometria, composição corporal, sendo um preditor de baixa força muscular e baixo desempenho em testes de movimento lateral. Na vida adulta, crianças de BPN são mais propensas a desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes tipo II, dislipedemias e hipertensão arterial. O presente estudo tem como objectivo avaliar a influência do peso ao nascer sobre a frequência alimentar, antropometria, composição corporal de crianças dos 7 aos 10 anos de idade residentes no distrito de Boane – Moçambique. Metodologia: Foram avaliadas 222 crianças dos 7 aos 10 anos de idade (107 meninos e 115 meninas), divididas a partir do peso ao nascer: em grupo exposto (4) e o grupo não exposto (218). As variáveis avaliadas foram: peso e altura corporal; Índice de massa corporal; dobras de adiposidade subcutânea (triciptal, subescapular, geminal, bicepscrural e supra ilíaca); percentual de gordura, massa magra e massa gorda; circunferência do quadril, cintura, braços e pernas e questionário de frequência alimentar (QFA) semi-quantitativo adaptado. Nos resultados preliminares: houve diferença entre meninos e meninas em relação ao peso ao nascer, peso corporal atual e ao IMC, na análise comparativa das dobras de adiposidade subcutânea não houve diferença entre os grupos P> 0.05. Na análise comparativa entre meninos e meninas em relação aos perímetros corporais não houve diferença entre os grupos P> 0.05. Não houve correlação entre o peso ao nascer e o peso atual das meninas dos 7 aos 10 anos de idade, e para os meninos, houve correlação positiva entre o peso ao nascer e o peso atual. Na análise de correlação de Pierson entre o peso ao nascer e o peso atual de meninas, houve correlação positiva (p < 0.05), no entanto não houve correlação entre o peso ao nascer e o IMC dos meninos.

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  • VANESSA MARIA DOS SANTOS
  • Avaliação dos efeitos cardiovasculares na prole de ratas submetidas a uma dieta hiperlipídica com óleo de linhaça
    durante a gestação e lactação
  • Orientador : THYAGO MOREIRA DE QUEIROZ
  • MEMBROS DA BANCA :
  • THYAGO MOREIRA DE QUEIROZ
  • VIVIANE DE OLIVEIRA NOGUEIRA SOUZA
  • MARIA DO SOCORRO DE FRANÇA FALCÃO
  • ROBSON CAVALCANTE VERAS
  • Data: 04/08/2023

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  • Uma nutrição materna rica em gordura saturada em períodos críticos do desenvolvimento está associada ao aumento do risco de doenças crônicas na vida adulta, incluindo obesidade e doenças cardiovasculares. No entanto, diversos estudos experimentais tem demostrado que o ômega-3 pode ser capaz de atenuar os efeitos deletérios na prole do consumo de uma dieta materna hiperlipídica nessas fases. Diante disso, o objetivo desse estudo foi investigar os efeitos cardiovasculares na prole de ratas submetidas à dieta hiperlipídica enriquecida com ômega-3 através do óleo de linhaça durante a gestação e lactação. Ratos com oferta de água e suas respectivas dietas no acasalamento, gestação e lactação, formaram os seguintes grupos: controle (CT) – dieta padrão/AIN-93G; hiperlipídico (HL) – dieta rica em ácidos graxos saturados; e hiperlipídico com ômega-3 (HLꞶ3) – dieta rica em ácidos graxos saturados enriquecida com ômega-3 através do óleo de linhaça. Ao desmame, os machos receberam ração padrão de biotério. Foi medido a massa corporal, perfil bioquímico, peso do coração, rins e índice de hipertrofia cardíaca, assim como nível de malondialdeído (MDA) aórtico, cardíaco e renal, nas genitoras e na prole. Além de parâmetros murinométricos, controle alimentar e hídrico, mensuração da pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica com 60 e 90 dias, e reatividade vascular na prole. Resultados foram expressos como média ± E.P.M, com ANOVA ou teste “t” Student seguido do pós-teste de Tukey e considerado p<0,05. Os resultados mostraram maior massa corporal das mães do grupo HL na gestação e lactação quando comparado ao grupo CT, enquando as do grupo HLꞶ3 apresentaram massa corporal maior apenas na lactação. Em relação aos exames bioquímicos, peso absoluto dos órgãos e índice de hipertrofia cardíaca, não houve diferença entre os grupos. No entanto, um aumento no nível de MDA no coração do grupo HL foi observado quando comparado ao CT assim como no rim, ao passo que no grupo HLꞶ3 foi diminuído no coração comparado com o grupo apenas hiperlipídico. Na prole foi encontrado massa corporal maior nos grupos HL e HLꞶ3 quando comparado ao grupo controle aos 21, 30, 60, 90 dias de vida e nas 8 semanas no intervalo de 30 a 90 dias, sem maior ingestão alimentar. Também foi identificado maior circunferência abdominal aos 21, 60 e 90 dias, além do comprimento nasocaudal aos 21, 30 e 90 dias de vida da prole HL e HLꞶ3, embora nenhuma diferença significativa no índice de massa corporal (IMC) e índice de Lee entre os grupos. Além disso, a prole HL apresentou aumento da PAS, peso dos rins, coração e índice de hipertrofia cardíaca, vasorelamento reduzido e vasoconstrição aumentada em anéis de aorta, como também estresse oxidativo aórtico, cardíaco e renal. Enquanto as proles HLꞶ3, mostrou aumento do peso dos rins, coração e índice de hipertrofia cardíaca, disfunção vascular e dano oxidativo cardíaco. Em contrapartida, o grupo HLꞶ3, diminuiu MDA na aorta, coração e rim. Diante disso, nossos dados sugerem que a dieta HL promove desfechos carbiometabólicos adversos e que a HLꞶ3 é capaz de atenuar parcialmente ou retardar os efeitos observados.

  • Mostrar Abstract
  • A nutrição materna é um dos fatores ambientais extrínsecos mais conhecidos que influenciam na plasticidade fenotípica. Vários estudos experimentais evidenciam os efeitos a longo prazo do desequilíbrio dietético materno durante gestação e/ou lactação na fisiologia da prole contribuindo para o desenvolvimento de doenças como a obesidade e doenças cardiovasculares. Uma nutrição materna rica em ácidos graxos saturados, por exemplo, já demostrou induzir o aumento de peso e maior ingestão calórica na prole, propiciando o desenvolvimento de um fenótipo obeso, além de aumentar níveis de glicemia e triglicerídeos, causar disfunção endotelial, aumento da pressão arterial e estresse oxidativo na idade adulta. No entanto estudos experimentais tem demonstrado a capacidade do ômega-3 em atenuar os efeitos deletérios do consumo de uma dieta materna rica em ácidos graxos saturados na prole. Diante disso, o presente estudo tem como obejtivo investigar os efeitos cardiovasculares na prole de ratas submetidas à dieta hiperlipídica enriquecida com ômega-3 durante a gestação e lactação, procurando elucidar os possíveis mecanismos implicados nestes efeitos. Para isso, roedores da linhagem Wistar (Rattus norvegicus) em idade reprodutiva, foram colocados em acasalamento na proporção de 1:3 (macho:fêmea) durante dois ciclos estrais da fêmea (10 dias) em gaiolas com oferta de água e ração formando os seguintes grupos: Grupo controle (C) – dieta padrão/AIN-93G; Grupo hiperlipídico (HL) – dieta rica em ácidos graxos saturados; Grupo w3 (HLW3) – dieta rica em ácidos graxos saturados suplementados com ômega-3. Após o desmame, aos 21 dias de vida os machos serão transferidos para gaiolas individuais, formando três grupos: prole das mães alimentadas com dieta padrão/AIN-93G (controle), prole das mães alimentadas com dieta com alto teor de ácidos graxos saturados (HL) e prole mães alimentadas com dieta com alto teor de ácidos graxos saturados enriquecida com ômega-3 (HLW3) e receberão água filtrada e ração comercial para ratos de biotério (Nuvilab®, Grupo Quimtia, Paraná, Brasil) até os 90 dias de idade. Foram realizados análise de peso corporal das fêmeas durante gestação e lactação, e na prole no 1°, 21° e 90° dia de vida, assim como de parâmetros murinométricos; mensuração da pressão arterial (PA) e frequência cardíaca (FC) ao final da lactação e aos 90° dias da prole; medição do peso absoluto do coração, rins e cálculo do índice de hipertrofia cardíaca nas fêmas e nas proles; controle alimentar e hídrico da prole do 30° aos 90° dia de idade, reatividade vascular e medição de estresse oxidativo. Em relação ao ganho de peso corporal na gestação das fêmeas, não houve diferença estatistica entre os grupos CT e HLW3 (p≥0,05). Ao analisar os parâmetros da prole no 1° dia de vida, o peso corporal, circunferência abdominal e comprimento nasoanal foram estatisticamente semelhantes entre os grupos controle e HLW3 (p≥0,05). Enquanto o comprimento nasocaudal, IMC e índice de Lee foram diferentes entre os grupos (p<0,05). Apesar da falta do grupo HL para gerar conclusões, a semelhante do grupo CT com HLW3 em alguns parâmetros no primeiro dia de vida mostra-se promissora.

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  • WILLIAM DOUGLAS DA SILVA LIRA
  • OS EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO AERÓBICO SOBRE A EXPRESSÃO DE PROTEÍNAS DA VIA DE SINALIZAÇÃO DE INSULINA NO MÚSCULO ESQUELÉTICO DE RATOS ADULTOS SUBMETIDOS À DIETA OBESOGÊNICA DURANTE A GESTAÇÃO E LACTAÇÃO

  • Orientador : DIOGO ANTONIO ALVES DE VASCONCELOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ISABELI LINS PINHEIRO
  • TASSIA KARIN FERREIRA BORBA
  • WYLLA TATIANA FERREIRA E SILVA
  • Data: 31/08/2023

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  • A gestação, lactação e os primeiros anos após o nascimento são períodos iniciais da vida e cruciais para o desenvolvimento do organismo, pois este período é crítico e pode sofrer alterações quando expostos a estímulos ambientais como fumo, álcool, alimentação e exercício físico. Objetivo: É investigar os efeitos do treinamento físico aeróbico sobre expressão gênica de proteínas envolvidas na via de sinalização de insulina no músculo esquelético na prole submetida à dieta obesogênica durante a gestação e lactação. Metodologia: Alimentamos ratas Winstar com uma dieta obesogênica ou dieta padrão durante a gestação e lactação, apos termino da lactação a prole foi alimentada com a dieta padrão do biotério no dia 30 de vida desses animais dividimos em quatro grupos de acordo com a dieta e o protocolo de treinamento físico, totalizando 4 grupos: grupo controle (N: 6), grupo obesogênico (N: 6), grupo controle exercitado (N: 6) e grupo obesogênico exercitado (N:6). Com 74 e 75 dias fizemos a eutanásia da prole treinada e sedentária para analise de tecido. Analisamos: o consumo alimentar, peso corporal; na prole, foi analisada a tolerância à glicose e insulina aos 60 dias de idade; medimos a massa de tecido adiposo epididimal e retroperitoneal e dos músculos sóleo, EDL, tibial anterior e gastrocnêmio; determinamos o glicogênio nos músculos sóleo e EDL; medimos a expressão gênica das proteínas IRS-1, Akt, GSK3-β, AMPK e RP-S6 nos músculos sóleo e EDL. Resultados: As ratas alimentadas com a dieta obesogênica tiveram aumento no peso e acumulo de gordura; a prole das ratas da dieta obesogênica com 30 dias diminuir a tolerância a glicose que foi mitigada após o treinamento físico aeróbico. Conclusão: A dieta obesogênica oferecida às mães induziu ganho de peso associado ao acúmulo de gordura. Após 30 dias a prole teve uma diminuição na tolerância à glicose na prole. Após o treinamento físico com 60 dias de vida, houve melhora da sensibilidade à glicose nos animais treinados. O protocolo de treinamento físico não demonstrou melhora significativa na expressão gênica das proteínas IRS-1, Akt, GSK3-β e RP-S6.


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  • Nos últimos 45 anos a prevalência de sobrepeso e obesidade triplicou no mundo, segundo a organização mundial da saúde (OMS), esse número inclui as gestantes e crianças menores de 5 anos, que somam aproximadamente 38 milhões no ano de 2019. A maior parte de indivíduos com excesso de peso, especialmente os que apresentam elevada concentração de gordura visceral, possuem resistência à insulina periférica, redução da expectativa de vida com elevado risco para o surgimento de desordens cardiometabólicas e alguns tipos de câncer. A gestação, lactação e os primeiros anos após o nascimento são períodos iniciais da vida e cruciais para o desenvolvimento do organismo, pois este período é crítico e pode sofrer alterações quando expostos a estímulos ambientais como fumo, álcool, alimentação e exercício físico. Assim, o objetivo do nosso trabalho é investigar os efeitos do treinamento físico aeróbico sobre expressão gênica de proteínas envolvidas na via de sinalização de insulina no músculo esquelético na prole submetida à dieta obesogênica durante a gestação e lactação. Para isso, serão determinados: o consumo alimentar, peso corporal e glicemia de jejum das mães; na prole, será analisada a tolerância à glicose e insulina aos 60 dias de idade; medir a massa de tecido adiposo epididimal e retroperitoneal e dos músculos sóleo, EDL, tibial anterior e gastrocnêmio; determinar o glicogênio nos músculos sóleo e EDL; medir a expressão gênica das proteínas IRS-1, Akt, GSK3-β, AMPK e RP-S6 nos músculos sóleo e EDL. Estudos já demonstraram que a implementação do exercício físico traz, dentre diversos benefícios à saúde, tais como o aumento a captação de glicose pelo músculo esquelético e melhora a sensibilidade à insulina por modular a expressão gênica de proteínas envolvidas na via de sinalização e, consequentemente, ajuda no controle da homeostase da glicemia.

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  • AMANDA NAYANE DA SILVA RIBEIRO
  • Farinha do resíduo do abacaxi: caracterização e avaliação da bioacessibilidade in vitro de compostos bioativos

  • Orientador : CHRISTINE LAMENHA LUNA FINKLER
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIANE CAJUBA DE BRITTO LIRA NOGUEIRA
  • ROBERTA ALBUQUERQUE BENTO DA FONTE
  • VIVIANE LANSKY XAVIER DE SOUZA LEAO
  • Data: 28/11/2023

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  • O abacaxi (Ananas comosus (L.) Merril) é uma fruta tropical rica em minerais, ácidos orgânicos, vitamina C e compostos fenólicos, e os resíduos gerados pelo seu processamento, como cascas, coroa e bagaço, são muitas vezes descartados de maneira inadequada, mas podem ser empregados na produção de aditivos alimentares. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi determinar a composição nutricional, parâmetros físico-químicos, os compostos bioativos e a capacidade antioxidante presentes em farinhas de resíduos do abacaxi e avaliar a sua bioacessibilidade in vitro. Os abacaxis utilizados foram adquiridos em supermercado localizado no município de Caruaru/PE e os resíduos foram coletados em indústria de processamento de polpas, em Agrestina/PE. Os resíduos da fruta (casca, coroa e bagaço) e da indústria foram processados para a obtenção das farinhas, sendo caracterizadas quanto a sua composição centesimal, pH, teor de sólidos solúveis, atividade de água, compostos fenólicos totais, flavonoides, capacidade antioxidante, teor de vitamina C e análise microbiológica. A bioacessibilidade dos compostos bioativos em condições simuladas de digestão gastrointestinal também foi investigada. Os resultados indicam que a maior fração percentual da fruta corresponde à polpa (72,57 ± 1,59 %), enquanto os maiores rendimentos de farinha foram observados para a farinha da casca (15,36 ± 0,34 %). As farinhas da casca e da coroa e do resíduo industrial apresentaram um teor de umidade inferior a 15 %, conforme padrão de qualidade estabelecido pela legislação vigente. As maiores concentrações de proteína foram observadas para as amostras de farinha de coroa (7,27 ± 0,91 % e 7,03 ± 0,25 %), e a farinha da casca apresentou percentuais de lipídeos de 0,64 ± 0,20 % e 0,70 ± 0,01 %, similares ao encontrado para a farinha do resíduo (0,70 ± 0,01 %). Para todas as amostras avaliadas, verificou-se uma quantidade acima de 70 % de carboidratos. Os valores de pH variaram de 3,78 a 4,39, e a atividade de água foi inferior a 0,60 para todas as farinhas estudadas, o que indica uma adequada estabilidade microbiológica. A maior concentração de compostos fenólicos foi encontrada na farinha de resíduo industrial (1055,56 ± 27,11 mgAG/100 g de farinha), que também apresentou o maior teor de flavonoides (809 ± 53 mg de quercetina/100g de farinha). A farinha da casca foi a amostra que apresentou o maior valor de capacidade antioxidante (38,7 ± 2,5 µmol de Trolox/g de amostra). Os fenólicos apresentaram um elevado percentual de bioacessibilidade, variando de 89,7 % e 84,4 % para as farinhas do bagaço da polpa e do resíduo, respectivamente, enquanto que os percentuais de bioacessibilidade para os flavonoides variaram de 38,1 % para a farinha do bagaço da polpa a 51,0-55,2 % para as amostras de farinha do resíduo, casca e coroa. A concentração de ácido ascórbico na farinha do resíduo foi de 1185,02 ± 198,25 mg/100g, e após a digestão simulada a concentração diminuiu para 283,32 ± 34,52 mg/100g, resultando num percentual de bioacessibilidade de 23,9 ± 1,7 %. As capacidades antioxidantes pós-digestão foram de 7,82 ± 0,35, 10,7 ± 0,92 e 13,69 ± 1,37 µmol Eq. Trolox (TE)/g amostra para as farinhas do bagaço da polpa, farinha da coroa e farinha do resíduo, respectivamente. Todas as amostras apresentaram qualidade microbiológica que atendem à legislação vigente. Os resultados indicam que as farinhas dos resíduos do abacaxi são importantes fontes naturais de compostos nutricionais e bioativos.


  • Mostrar Abstract
  • Os compostos bioativos presentes em frutas e hortaliças têm sido amplamente estudados como fatores promotores de benefícios ligados à saúde. O Brasil está entre os maiores produtores de abacaxi (Ananas comosus (L.) Merril), uma fruta tropical amplamente cultivada na América do Sul, rica em minerais, ácidos orgânicos, bromelina, carotenóides, vitamina C e compostos fenólicos. As frutas são extensamente processadas na sua cadeia produtiva; no entanto, os resíduos gerados, como cascas e bagaços, são muitas vezes descartados, mas podem ser empregados de forma sustentável na produção de aditivos alimentares. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi caracterizar os compostos bioativos presentes em farinhas de resíduos do abacaxi e avaliar a sua bioacessibilidade e efeitos cardiovasculares in vivo. Os abacaxis utilizados nos experimentos foram adquiridos em supermercado local no município de Caruaru/PE, enquanto que os resíduos foram coletados em indústria de processamento de polpas, localizada em Agrestina (PE). Os resíduos da fruta (casca, coroa e bagaço) e da indústria foram processados para a obtenção das farinhas, sendo estas caracterizadas em termo da sua composição centesimal (umidade, cinzas, lipídios, proteínas, carboidratos), pH, Brix, atividade de água, compostos fenólicos totais e teor de vitamina C. Serão ainda quantificados a acidez total titulável, capacidade antioxidante, teor de flavonoides, bioacessibilidade em condições simuladas de digestão gastrointestinal e atividade vascular dos compostos bioativos. Os resultados preliminares indicam, para os dois lotes de resíduos da fruta, que a maior fração percentual corresponde à polpa (72,57 ± 1,59), seguido da casca (21,39 ± 1,65) e da coroa (5,43 ± 1,20), enquanto que os maiores rendimentos de farinha foram observados para a farinha da casca (15,36 ± 0,34) %, seguido da farinha do bagaço da polpa (14,62 ± 0,61) % e da farinha da coroa (11,46 ± 1,17) %. As farinhas da casca e da coroa e do resíduo industrial apresentaram um teor de umidade inferior a 15 %, conforme padrão de qualidade estabelecido pela legislação vigente. Dentre as partes do fruto, a quantidade de proteínas e de lipídeos foi maior na farinha da coroa, seguida da casca e do bagaço. Os valores de atividade de água foram inferiores a 0,60 para todas as farinhas estudadas, o que indica uma adequada estabilidade microbiológica. Os valores de pH variaram de 3,78 a 4,39, e a farinha da coroa foi a que apresentou o menor teor de sólidos solúveis totais. Os maiores teores de compostos fenólicos totais (7,26 ± 0,02) mg/g e vitamina C (5,27 ± 1,83 mg de vitamina C/grama de farinha) foram obtidos para a farinha do resíduo industrial. Os resultados indicam que as farinhas dos resíduos do abacaxi são importantes fontes naturais de compostos nutricionais e bioativos.

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  • LETÍCIA OLIMPIA DE SANTANA
  • Microencapsulação de Lacticaseibacillus: uma revisão sistemática
  • Orientador : MARIANE CAJUBA DE BRITTO LIRA NOGUEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GERLANE SOUZA DE LIMA
  • MARIANE CAJUBA DE BRITTO LIRA NOGUEIRA
  • THAYNAN RAQUEL DOS PRAZERES OLIVEIRA
  • Data: 21/12/2023

  • Mostrar Resumo
  • Lacticaseibacillus é um gênero de bactéria comumente utilizado para incorporação em alimentos probióticos. Essa utilização se dá pelos benefícios à saúde humana, principalmente ao trato gastrointestinal, além de serem consideradas seguras para o consumo. Os probióticos são susceptíveis ao estresse ambiental e ao trato
    gastrointestinal, e para que os seus benefícios sejam alcançados, se faz necessário que os probióticos alcancem o trato gastrointestinal numa quantidade maior que 108 UFC/g. Neste sentido, a microencapsulação vem sendo uma alternativa utilizada para proteger esses microrganismos dos estresses ambientais e das condições hostis presentes no trato gastrointestinal, podendo garantir que um número maior de microrganismos viáveis cheguem ao intestino para cumprir sua função. Além do extenso uso como probióticos, bactérias do gênero Lacticaseibacillus e a sua microencapsulação são tópicos que possuem uma quantidade significativa e crescente de estudos considerados recentes, levando a uma notável necessidade de sistematização que congregue informações relevantes para evidenciar o que há de comprovação das suas vantagens. Por meio da revisão sistemática é possível organizar a literatura de modo que sirva de subsídio às próximas pesquisas científicas, além de poder guiar diretrizes, contribuindo para um consenso relacionado a prescrições do uso de probióticos em determinadas doenças. Assim, esta pesquisa possui como objetivo realizar uma revisão sistemática da literatura de estudos relacionados à microencapsulação de Lacticaseibacillus. A hipótese sugere que a microencapsulação é eficaz para a melhora da viabilidade dos Lacticaseibacillus em alimentos lácteos. A revisãosistemática foi conduzida em conformidade com as diretrizes do PRISMA, utilizando as bases de dados e de patente: Scopus, Pubmed, Scielo e Lilacs. A estratégia de pesquisa utilizada nas bases de dados consiste na recuperação de artigos através do uso dos termos “lactobacillus”, “dairy food”, “probiotics” e "microencapsulation”, unidos por “AND”. Foram captados estudos relacionados ao tema e incluídos os artigos publicados no período que abrange 2018 a 2023, nos idiomas inglês, espanhol e português. Foram excluídos os artigos repetidos, capítulos de livros, cartas ao editor, resumos de conferência, resenhas e artigos que incluam outros gêneros de microrganismos microencapsulados. Foi realizada uma busca sistemática com atualizações sobre o gênero Lacticaseibacillus e a microencapsulação na área de alimentos. Decorrente da busca inicial, foram encontradas 48 respostas com base nos critérios previamente estabelecidos, sendo eles: PubMed= 16; Scopus= 31; Lilacs= 1; e ScieLo= 3. Foram utilizados 15 artigos para análise e discussão. A liofilização destacou-se como a técnica predominante na microencapsulação, amplamente empregada em alimentos como whey protein, iogurte e queijo. O modelo de pesquisa encontrado foi in vivo, utilizando animais com ambientes simulados do trato gastrointestinal. Em alguns casos, houve testes sensoriais que destacaram a positiva aceitação de alimentos contendo probióticos microencapsulados. Recomenda-se, para futuros estudos, uma investigação mais aprofundada das interações de Lacticaseibacillus com a microbiota intestinal, visando o desenvolvimento de terapias personalizadas. Além
    disso, é crucial explorar o impacto de eventos externos, como a pandemia da Covid-19, e expandir a pesquisa para outros alimentos lácteos, a fim de compreender como diferentes composições influenciam a eficácia da microencapsulação.


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  • O Lactobacillus é um gênero de bactéria comumente utilizado para incorporação em alimentos probióticos. Essa utilização se dá pelas propriedades que essas bactérias possuem, ocasionando em benefícios à saúde humana, principalmente ao trato gastrointestinal, além de serem consideradas seguras para o consumo. Os probióticos são definidos como bactérias que conferem benefícios à saúde quando administradas em quantidades adequadas. As vantagens se estendem desde a modulação do intestino até o aumento da imunidade, prevenindo e amenizando sintomas de diversas doenças. Os probióticos são susceptíveis ao estresse ambiental e do trato gastrointestinal, para que os seus benefícios sejam alcançados, se faz necessário que os mesmos alcancem o trato gastrointestinal numa quantidade maior que 10⁶ UFC/g. Neste sentido, a microencapsulação vem sendo uma alternativa tecnológica utilizada para proteger esses microrganismos dos estresses ambientais e das condições hostis presentes no trato gastrointestinal, podendo garantir que um número maior de microrganismos viáveis cheguem ao intestino para cumprir sua função. Além do extenso uso como probióticos, os Lactobacillus e a sua microencapsulação é um tópico que possui uma quantidade significativa e crescente de estudos considerados recentes, levando a uma notável necessidade de sistematização que congregue informações relevantes para evidenciar o que há de comprovação das suas vantagens. Por meio da revisão sistemática é possível organizar a literatura de modo que sirva de subsídio às próximas pesquisas científicas. Assim, esta pesquisa possui como objetivo realizar uma revisão sistemática da literatura de estudos relacionados à microencapsulação de Lactobacillus. A hipótese sugere que a microencapsulação é uma técnica com potencial para melhora da viabilidade e eficácia do Lactobacillus como probiótico. A revisão sistemática será feita de acordo com as diretrizes PRISMA, nas bases de dados e de patente: Scopus, Pubmed, Scielo, Lilacs e INPI. A estratégia de pesquisa utilizada nas bases de dados consiste na recuperação de artigos através do uso dos termos “lactobacillus” e “probiotics” e "microencapsulation”, utilizando operadores booleanos “AND” irão ser captados todos os estudos relacionados ao tema através da leitura do título seguido da leitura dos resumos. Serão incluídos os artigos publicados no período que abrange 2018 a 2023, ou seja, dos últimos 5 anos, nos idiomas inglês, espanhol e português. Serão excluídos os artigos repetidos, capítulos de livros, cartas ao editor, resumos de conferência, resenhas e artigos que incluam outros gêneros de microrganismos microencapsulados. Foi realizada uma busca sistemática com atualizações sobre o gênero Lactobacillus e a microencapsulação na área de alimentos através da análise de artigos produzidos, dissertações e teses, além da busca no banco de patentes. Decorrente da busca inicial, foram encontrados 527 hits com base nos critérios previamente estabelecidos, sendo eles: PubMed= 154; Scopus= 367; Lilacs= 3; e ScieLo= 3, enquanto nas patentes foram encontradas 32 resultados. Prevê-se que, com os resultados preliminares será possível prospectar a melhora da viabilidade dos lactobacillus como probióticos quando microencapsulados. 
2022
Dissertações
1
  • SIDIANE BARROS DA SILVA
  • Avaliação da atividade antagonista de novos compostos contendo o anel de pirimidinona sobre os receptores α1-adrenérgicos

  • Orientador : ALICE VALENCA ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALICE VALENCA ARAUJO
  • EDUARDO CARVALHO LIRA
  • RENE DUARTE MARTINS
  • Data: 18/02/2022

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  • Os receptores α1-adrenérgicos estão distribuídos amplamente pelo organismo. Os antagonistas destes receptores são utilizados para tratar condições como a Hipertensão Arterial Sistêmica, Hiperplasia Benigna de Próstata e Urolitíase. Embora esta classe de fármacos seja bastante tolerável, as drogas apresentam pouca seletividade, outras possuem um tempo curto de meia-vida e algumas são capazes de ocasionar apoptose em determinados tecidos. Assim, é relevante a busca por novos antagonistas dos receptores α1-adrenérgicos. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi caracterizar a ação de novos compostos contendo o anel de pirimidinona sobre os receptores α1-adrenérgicos e verificar seus possíveis efeitos citotóxicos. Os novos compostos, à base de pirimidinona, foram sintetizados e fornecidos pelo laboratório de Síntese Orgânica- UFPE. Para avaliar a citotoxicidade dos compostos, foi realizado o ensaio MTT nas linhagens celulares HUVEC e A7r5. Para avaliar o efeito dos compostos sobre a reatividade vascular, os anéis de artéria aorta sem endotélio de ratos foram montados no banho de órgãos. Em seguida, foram construídas curvas concentração-efeito cumulativas para a fenilefrina na presença e ausência dos compostos STICL, STICL-Prop, STICL-Acet, STICL-Et e SATICL ou da prazosina (100 mol/L). A partir das curvas concentração-efeito obtidas, foram calculados o Efeito Máximo e o pEC50. A fim de caracterizar o composto STICL-Et, foram utilizados os ductos deferentes de ratos, que foram montados no banho de órgãos e submetidos a alguns estímulos com noradrenalina, na presença ou ausência de concentrações crescentes de STICL-Et ou prazosina, para posterior cálculo da pIC50. Na avaliação da citotoxicidade na linhagem celular HUVEC, a viabilidade variou entre 86,8 - 100%, enquanto que em células A7r5 variou entre 72,6 - 111,9%, o que demonstra que todos compostos podem ser considerados não citotóxicos nas condições avaliadas. O STICL-Et foi o composto que apresentou um maior percentual de viabilidade celular em células A7r5 (111,9%). Após avaliação dos compostos em artéria aorta, na concentração de 100 μmol/L, apenas o composto STICL-Et foi capaz de reduzir o Efeito Máximo da contração induzida pela fenilefrina (Controle: Emax=2,28  0,14 g e pEC50= 7,60  0,21, n=8; Prazosina: Emax=0.10 ±
    0.10 g, n=2, p<0,05; STICL-Et: Emax=0.12 ± 0.09* g, n=5, p<0,05). Em ducto deferente, o STICL-Et (pIC50= 4,6 0,12) apresentou uma menor potência que a prazosina (pIC50= 8,2 0,18) e foi capaz de abolir a ação da noradrenalina na concentração de 300 μmol/L. Diante disso, os novos compostos com o anel de pirimidinona não apresentaram citotoxicidade nas condições avaliadas. O composto STICL-Et pode ser um antagonista dos receptores α1–adrenérgicos, uma vez que na ausência do endotélio foi capaz de reduzir a contração induzida pela fenilefrina. Ainda, foi capaz de abolir ação da noradrenalina no ducto deferente, embora com uma potência menor que a da prazosina Assim, o STICL-Et é bastante promissor, podendo tonar-se um candidato à fármaco.


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  • Os receptores α1-adrenérgicos estão distribuídos amplamente pelo organismo. De modo a tratar condições como a Hipertensão Arterial Sistêmica, Hiperplasia Benigna de Próstata e Urolitíase, são utilizados os antagonistas dos receptores α1. Embora esta classe de fármacos seja bastante tolerável, as drogas apresentam pouca seletividade, outras possuem um tempo curto de meia-vida e algumas são capazes de ocasionar apoptose em determinados tecidos. Assim, é relevante a busca por novos antagonistas dos receptores α1-adrenérgicos. Os adrenoreceptores também desempenham um papel importante na programação fetal da hipertensão. Um modelo experimental usado para o estudo da programação da hipertensão é a restrição proteica durante gestação e lactação. Dentre os mecanismos que justificam a elevação da pressão arterial nesse modelo, tem-se a hiperatividade simpática. Diante disso, objetivamos caracterizar a ação do STICL-Et sobre os receptores α1-adrenérgicos e verificar a influência da restrição proteica em sua resposta vascular na prole de ratas submetidas à restrição proteica durante gestação e lactação. Os compostos, à base de pirimidinona, foram sintetizados e fornecidos pelo laboratório de Síntese Orgânica- UFPE. Para avaliarmos a citotoxicidade dos compostos, foi realizado o ensaio MTT na linhagem celular HUVEC e A7r5. Para o screening dos compostos, os anéis de artéria aorta de ratos, com o endotélio removido, foram montados no banho de órgãos. Em seguida, foram construídas curvas concentração-efeito cumulativas para a fenilefrina na presença e ausência dos compostos STICL, STICL-Prop, STICL-Acet, STICL-Et e SATICL ou da prazosina. A partir das curvas concentração-efeito obtidas, foram calculados o Efeito Máximo e o pEC50. Essas curvas também serão construídas na artéria aorta de ratos, na presença e ausência do endotélio, em animais controle e em animais cujas mães foram submetidas à restrição proteica durante gestação e lactação, para verificar a influência da restrição proteica na resposta adrenérgica. A fim de caracterizarmos o composto STICL-Et, serão utilizados os ductos deferentes de ratos, eles serão montados no banho de órgãos e submetidos a alguns protocolos de curvas concentração-efeito na presença ou ausência do STICL-Et, para posterior cálculo Efeito máximo e o pEC50. Por fim, será realizado o ensaio de toxicidade aguda oral, conforme OECD – 423. Na avaliação da citotoxicidade na linhagem celular HUVEC, a viabilidade variou entre 86,8 - 95,6%, enquanto que em células A7r5 variou entre 92,2 - 106,7%, o que demonstra que todos compostos podem ser considerados não citotóxicos nas condições avaliadas. O STICL-Et foi o composto que apresentou um maior percentual de viabilidade celular em células A7r5 (106,7%). Após screening, na concentração de 100 μmol/L, apenas o composto STICL-Et foi capaz de reduzir a contração induzida pela fenilefrina (Controle: Emax=2,28  0,14 g e pEC50= 7,60  0,21, n=8; Prazosina: Emax=0.10 ± 0.10* g, n=2; STICL-Et: Emax=0.12 ± 0.09* g, n=5. Diante disso, os resultados sugerem que o composto STICL-Et pode ser um antagonista dos receptores α1–adrenérgicos, uma vez que na ausência do endotélio foi capaz de reduzir a contração induzida pela fenilefrina. Ainda, este composto não apresentou uma citotoxicidade nas condições avaliadas, sendo bastante promissor, podendo tonar-se um candidato à fármaco.

2
  • MARIA CAROLINE BARBOSA DO MONTE SILVA
  • ATROFIA DO MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO EM MODELOS EXPERIMENTAIS DE INDUÇÃO DE OBESIDADE

  • Orientador : KELLI NOGUEIRA FERRAZ PEREIRA ALTHOFF
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LIGIA CRISTINA MONTEIRO GALINDO
  • RAQUEL DA SILVA ARAGAO
  • DIEGO CABRAL LACERDA
  • Data: 21/02/2022

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  • A obesidade e o excesso de peso têm se tornado um problema mundial de saúde pública e a associação com alterações no desempenho mastigatório tem sido observada. Entretanto, pouco se sabe sobre os efeitos da supernutrição nos músculos específicos envolvidos na mastigação, como o músculo masseter. O objetivo deste estudo será avaliar a atrofia do músculo masseter em modelo experimental de besidade induzida pela redução do tamanhoda ninhada neonatal. Serão utilizados 32 ratos Wistar machos, que 72 horas após o nascimento, os animais serão randomizados e distribuídos aleatoriamente em 2 grupos: controle (n=16) ou superalimentado (n=16). As análises realizadas serão: peso corporal, conteúdo de gordura corporal, níveis séricos de glicose, colesterol e triglicerídeos, peso e área de secção transversa do feixe superficial do músculo masseter e o conteúdo de atrogina-1 e MuRF-1 no feixe superficial do músculo masseter. Os resultados ainda continuam em andamento, devido a pandemia do COVID-19, os experimentos ainda estão sendo realizados, portanto, foram desenvolvidos 2 artigos de revisão sistemática intitulados: Time and duration to onset of symptoms of loss of smell and taste in patients diagnosed with covid-19: a systematic review, que foi submetido e aceito na American Journal of Otolaryngology (F.I. 1,808) e Effects of experimental obesity models during the perinatal period on skeletal muscle parameters in rats: a systematic review, que será submetida à Life Science (F.I. 5,037).


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  • A obesidade e o excesso de peso têm se tornado um problema mundial de saúde pública e a associação com alterações no desempenho mastigatório tem sido observada. E ntretanto, pouco se sabe sobre os efeito s da supernutrição nos músculos específicos envolvidos na mastigação, como o músculo masseter. Portanto, este estudo tem como objetivo geral avaliar a atrofia do músculo masseter em modelo experimental de obesidade induzida pela redução do tamanho da ninha da neonatal. Serão utilizados 32 ratos Wistar, que 72 horas após o nascimento, os animais serão distribuídos aleatoriamente em 2 grupos: controle (n=16) ou superalimentado (n=16). Serão mantidos durante todo o período de lactação com as mães e após o desma me serão alocados em gaiolas. Após 30 dias de vida pós natal serão eutanasiados e as análises serão realizadas em 2 filhotes machos de cada ninhada. As análises realizadas serão: peso corporal, conteúdo de gordura corporal, níveis séricos de glicose, coles terol e triglicerídeos, peso e área de secção transversa do feixe superficial do músculo masseter e o conteúdo de atrogina 1 e MuRF 1 no feixe superficial do músculo masseter. As análises estatísticas serão realizadas por meio de média e desvio padrão, mediana e intervalo de confiança, sendo estabelecido o nível de significância estatí stica o valor de p≤ 0,05. Os resultados preliminares realizados foram acerca do desenvolvimento de um artigo de revisão sistemática intitulado: Effects of overnutrition during the perinatal period on skeletal muscle parameters in rats: a systematic review E essa revisão sistemática concluiu que r atos alimentados com uma dieta com alto teor de gordura, que foram submetidos a indução de obesidade em alguma fase da vida como gestação, lactação, desmame e pós desmame, podem desenvolver um fenótipo resistente à insulina, predispond o a prole a ter alterações como acúmulo de gordura intramiocelular, atrofia muscular, hipoplasia, diminuição de GLUT4, e principalmente, aumento da concentração de insulina, resistência à insulina e predisposição da prole ao desenvolvi mento da diabetes melitus do tipo 2. 

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  • ALLIFER ROSENDO PEREIRA
  • IMPLICAÇÕES DO TREINAMENTO FÍSICO MODERADO SOBRE O METABOLISMO DE TECIDO ADIPOSO BRANCO DE RATOS JUVENIS SUBMETIDOS À RESTRIÇÃO PROTEICA MATERNA

  • Orientador : MARIANA PINHEIRO FERNANDES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CLAUDIA JACQUES LAGRANHA
  • DIORGINIS JOSE SOARES FERREIRA
  • MARIANE CAJUBA DE BRITTO LIRA NOGUEIRA
  • Data: 22/02/2022

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  • O objetivo deste estudo foi investigar as implicações do treinamento físico moderado sobre o metabolismo do tecido adiposo branco de ratos submetidos a restrição proteica durante períodos críticos do desenvolvimento. Ratas Wistar receberam dieta com níveis normais de proteína (17%) ou com baixo teor de proteína (8%) durante a gestação e a lactação. Do 26ª ao 28ª dia de vida a prole foi submetida à um teste incremental em esteira ergométrica afim de identificar os animais aptos a prática do treinamento físico moderado. Aos 30 dias de vida, os animais aptos dos dois grupos de manipulação nutricional foram submetidos à um programa de treinamento físico (60 min/dia, 5 dias/semana, durante 4 semanas). Aos 60 dias de vida, os machos foram eutanasiados e tiveram o tecido adiposo epididimal removido para análises. A área média dos adipócitos foi 27,7% (p&lt;0.0001) menor nos animais de restrição proteica, indicando um prejuízo da dieta sobre as características morfológicas dos adipócitos. A restrição proteica reduziu em 54,9% (p&lt;0.01) a atividade da CS, em contra partida, o treinamento físico foi capaz de aumentar em 5,2 vezes a atividade da enzima nos animais treinados (p&lt;0.0001). Além disso foi elaborado um artigo de Revisão Sistemática intitulado “Efeitos da desnutrição proteica durante o período perinatal no desenvolvimento e metabolismo do tecido adiposo branco: uma revisão sistemática” (código de registro na PROSPERO: CRD42021243228).


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  • O ambiente nutricional implica em importantes consequências para a saúde em diferentes fases da vida, sobretudo nos periodos iniciais da vida afetando o desenvolvimento de uma serie de tecidos, como o tecido adiposo. O tecido adiposo é um órgão metabolicamente dinâmico e ativo e o comprometimento das suas funções fisiologicas estão diretamente associados a condições patologicas. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar as implicações do treinamento físico moderado sobre o metabolismo do tecido adiposo branco de ratos submetidos a restrição proteica durante períodos críticos do desenvolvimento e elaborar um artigo de revisão sistemática abordando restrição proteica materna durante a gestação e a lactação, e alterações metabólicas e morfológicas no tecido adiposo da prole. Ratas Wistar receberam dieta com níveis normais de proteína (dieta controle-C, proteína 17%) ou com baixo teor de proteína (Hipoproteica, proteína 8%) durante a gestação e a lactação. Após o desmame, todos os grupos receberam dieta C até o sacrifício, aos 60 dias. A prole foi submetida ao teste de execução aeróbia incremental no 26°, 27° e 28° dias e subdividida em quatro grupos de acordo com a prática ou não do treinamento físico moderado. Foram obtidos os seguintes grupos experimentais: Normo proteico Sedentário (NS); Normo proteico Treinado (NT); Hipo proteico sedentário (HS); Hipo proteico treinado (HT). Aos 30 dias de vida, os animais dos grupos NT e HT foram submetidos a um programa de treinamento físico (60 min/dia, 5 dias/semana, durante 4 semanas). Aos 60 dias pós nascimento, os machos foram eutanasiados e tiveram o tecido adiposo epididimal removidos para as análises. Foram avaliados a massa corporal, massa do tecido adiposo epididimal e a atividade da enzima citrato sintase, além da elaboração de uma revisão sistemática dentro da temática da dissertação. Observamos uma recuperação da massa corporal total dos animais desnutridos em virtude do exercício (NS= 263,7 ± 15,7 g., vs HS= 196,8 ± 8,4 g, n=7, ***p<0,001; HT= 234,5 ± 27,8 g., vs HS= 196,8 ± 8,4 g, n=7, *p<0.5). Observamos também um aumento de 79% (p<0,05) na atividade da enzima citrato sintase no grupo HT ao compararmos com o grupo HS. Além disso foi elaborada uma Revisão Sistemática intitulada “Efeitos da desnutrição proteica durante o período perinatal no desenvolvimento e metabolismo do tecido adiposo branco: uma revisão sistemática”, devidamente cadastrada no Registro Internacional Prospectivo de Revisões Sistemáticas (PROSPERO), com código de registro:CRD42021243228. Os dados preliminares obtidos ate o momento sugerem que o treinamento físico moderado estimulou o metabolismo da prole submetida a dieta hipoprotéica materna O trabalho encontra-se em andamento, com uma nova leva de animais sendo submetida as dietas experimentais e posteriormente ao protocolo de treinamento físico moderado a fim de finalizarmos as demais analises do projeto referentes a atividade enzimática, expressão de genes relacionados ao metabolismo e histologia dos adipócitos, além de submeter o artigo de revisão antes da defesa da dissertação.

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  • SILVIA MARIA LUNA ALVES
  • CARACTERIZAÇÃO FARMACOLÓGICA DA AÇÃO DE COMPOSTOS PIRIMIDINÔNICOS SOBRE OS RECEPTORES α1- DRENÉRGICOS DE RATOS

  • Orientador : ALICE VALENCA ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALICE VALENCA ARAUJO
  • ALMIR GONCALVES WANDERLEY
  • LEUCIO DUARTE VIEIRA FILHO
  • Data: 22/02/2022

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  • Os receptores α1-adrenérgicos são importantes alvos para terapia farmacológica de doenças como hipertensão arterial sistêmica e hiperplasia benigna prostática. Seus antagonistas atuam evitando o aumento da pressão arterial (pela redução da vasoconstrição) e amenizando os sintomas da hiperplasia benigna de próstata (inibindo a contração muscular prostática). Novos compostos contendo o anel de pirimidinona, que possuem uma semelhança estrutural com anti-hipertensivos da classe dos antagonistas adrenérgicos tem sido estudados e desenvolvidos, sugerindo que possam apresentar tal atividade. Sendo assim, uma série de pirimidinonas foi sintetizada e algumas modificações foram feitas, com base nos estudos de relação estrutura-atividade, de forma a obter seis compostos que devem ter suas atividades potencializadas: STI4T, STI4T-Et, STI4T-Prop, SATI4T,STIO-Et, STIO-Prop. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a ação farmacológica destes compostos tiometil-pirimidinônicos sobre receptores α1-adrenérgicos de ratos e verificar possíveis ações citotóxicas. Foi avaliada a citotoxicidade dos compostos através do teste de MTT nas linhagens celulares HUVEC e A7r5. Foram construídas, em anéis de aorta sem endotélio de ratos, curvas concentração-efeito para a fenilefrina na presença e na ausência dos compostos (100 μmol/L) ou do controle positivo, prazosina (100 μmol/L). Além disso, para caracterizar o composto que apresentou melhores resultados na citotoxicidade e na reatividade vascular (STI4T- Et), foram realizados estímulos com noradrenalina na presença de concentrações crescentes do STI4T-Et ou prazosina em ductos deferentes de ratos, visto que tal tecido apresenta uma maior densidade de receptores α1-adrenérgicos. Quanto à avaliação da citotoxicidade dos compostos, observou-se que viabilidade celular dos compostos em HUVEC e A7r5 variou entre 92,6 – 101,8 % e 90,3 – 106,6 %, respectivamente. Quanto aos experimentos de reatividade vascular, o único composto capaz de reduzir o Efeito Máximo da contração induzida pela fenilefrina foi o STI4T-Et (Controle: Emax=2,28  0,14 g e pEC50= 7,60 0,21, n=8; + STI4T-Et: Emax= 0,50  0,08 g e pEC50 = 6,86  0,24, n=4, p <0,05.) Nos ductos deferentes, o composto induziu a inibição da resposta à noradrenalina de forma dependente da concentração, abolindo a resposta contrátil à noradrenalina na concetração de 100 μmol/L e com pIC50= 4.464 ± 0.051, n=5. Sendo assim, o STI4T-Et é um provável antagonista dos receptores α1-adrenérgicos e não foi citotóxico na concentração e nas linhagens celulares estudadas.


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  • Os receptores α1-adrenérgicos são importantes alvos para terapia farmacológica de doenças como hipertensão arterial sistêmica e hiperplasia benigna prostática. Seus antagonistas, como prazosina, o primeiro antagonista seletivo para α1, por exemplo, atuam evitando o aumento da pressão arterial e amenizando os sintomas da Hiperplasia Benigna de Próstata, impedindo a vasoconstricção e a contração muscular prostática. Diante disso, compostos contendo o anel de pirimidinona, que possuem uma semelhança estrutural com anti-hipertensivos da classe dos antagonistas adrenérgicos tem sido estudados e desenvolvidos, sugerindo que possam apresentar tal atividade. Sendo assim, uma série de pirimidinonas foi sintetizada por meio de uma estratégia multicomponente e algumas destas moléculas foram capazes de antagonizar a contração induzida pela fenilefrina (um agonista seletivo α1), o que sugere uma ação antagonista sobre os receptores citados. Foram feitas novas modificações químicas na melhor série sintetizada até o momento, série 5 a-k, sendo obtidos seis compostos que devem ter suas atividades potencializadas. Estudos evidenciam que a ativação nervosa simpática possui uma grande relevância no desenvolvimento da Hipertensão Arterial Sistêmica, sendo uma das causas dessa hiperatividade simpática, a restrição proteica durante a vida intrauterina e lactação. Dessa forma, supõe-se que tal restrição pode levar a respostas acentuadas às drogas antagonistas dos receptores α1-adrenérgicos. Sendo assim, objetiva-se caracterizar a ação destes novos compostos sobre receptores α1-adrenérgicos de ratos, bem como avaliar os seus efeitos no sistema cardiovascular e verificar a interferência da restrição proteica sobre sua atividade. Para o screening foram construídas, em anéis de aorta sem endotélio de ratos, curvas concentração-efeito para a fenilefrina na presença e na ausência dos compostos. O composto que apresentou melhor resultado neste screening terá sua ação caracterizada em ductos deferentes, nos quais serão construídas curvas concentração-efeito para noradrenalina no ducto deferente de ratos não submetidos à restrição proteica. Também serão realizadas curvas concentração-efeito para fenilefrina em anéis de aorta de ratos submetidos ou não à restriação protéica, na presença e ausência do endotélio, a fim de verificar as possíveis alterações nas respostas vasculares ao composto. A partir das curvas concentração-efeito obtidas, calcularemos o Efeito Máximo e a pEC50. Foi avaliada a citotoxicidade dos compostos através do teste de MTT nas linhagens celulares HUVEC e A7r5. Além disso, será realizado o ensaio de toxicidade oral aguda, segundo o protocolo estabelecido pela OECD423. Como resultados parciais, observou-se que dentre os compostos avaliados, o STI4T-Et apresentou o melhor efeito (Controle: Emax=2,28  0,14 g e pD2= 7,60 0,21, n=8; + STI4T-Et: Emax= 0,50  0,08 g e pD2 = 6,86  0,24, n=4, p <0,05,) reduzindo em 78% o Emax da fenilefrina. Quanto à avaliação da citotoxicidade dos compostos, observou-se que viabilidade celular dos compostos em HUVEC e A7r5 variou entre 92,6 – 101,8 % e 90,3 – 106,6 %, respectivamente. Salienta-se que em HUVEC e A7r5 tratadas com STI4T-Et apresentaram uma porcentagem de viabilidade celular de 92,67% e 105,38%, respectivamente.

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  • MAYARA CONCEIÇÃO BARBOZA DA SILVA
  • AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR E TEMPO DE TELA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES DURANTE A PANDEMIA POR COVID-19

  • Orientador : JOAO HENRIQUE DA COSTA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOAO HENRIQUE DA COSTA SILVA
  • RAFAEL DOS SANTOS HENRIQUE
  • ISABEL INÊS MONTEIRO DE PINA ARAÚJO
  • Data: 23/02/2022

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  • As doenças cardiometabólicas e a obesidade infantil vêm recebendo destaque como determinantes na saúde, tanto em crianças e adolescentes quanto adultos. A literatura científica aponta que os fatores de risco para doenças cardiovasculares aparecem na infância e adolescência com possibilidades de perdurar na vida adulta, e sua progressão se dá pela exposição a fatores de risco. Entre os adolescentes brasileiros, o consumo de alimentos ultraprocessados (AUP)/não saudáveis soma mais da metade das calorias consumidas diariamente e entre crianças do município de Vitória de Santo Antão -PE, a contruição desses aliemntos correspondeu a 43,70%. Há pouco, foram realizadas diversas pesquisas online englobando a alimentação durante o período da pandemia por COVID-19. Esta, teve início em dezembro de 2019, no qual o SARS-CoV 2 foi encontrado na cidade de Wuhan, na China, (YANG et al., 2020) Dentre as medidas adotadas pelos países, no Brasil, foi sugerido o distanciamento social para tentar barrar a alta taxa de contaminação. O atual cenário de distanciamento social faz com que as crianças encontrem distrações e formas de se conectar ao mundo através de telas. Porém, por se tratar de uma atividade que não exige esforço, pode estar contribuindo com o estilo de vida sedentário e consequente aumento de peso e estes, são considerados fatores de risco para o desenvolvimento das DCNTs. O objetivo do presente estudo foi Avaliar a frequência de consumo alimentar e do tempo de tela de crianças e adolescentes do município de Vitória de Santo Antão durante a pandemia provocada pela COVID-19. Trata-se de uma pesquisa observacional transversal, realizada através de preenchimento de questionário eletrônico e as  informações foram coletadas por chamada telefônica. Participaram do estudo 317 crianças e adolescentes de 7 a 18 anos, matriculados na rede pública de ensino do município de Vitória de Santo Antão – PE, selecionados a partir da amostragem por convenicência. O consumo alimentar foi avaliado a partir do método de escores, e os alimentos dividios em dois grupos: marcadores de alimentação saudável e marcadores de alimentação não saudável, e o tempo de tela a partir dos pontos de corte da Sociedade Brasileira de Pediatria, classificando tempo aceitável menor que 2h e elevado a partir de 2h. Nossos resultados indicaram um maior consumo de alimentos não saudáveis pelos adolescentes, comparados às crianças. Consumo dos marcadores de alimentação saudável como arroz e feijão, se mostrou elevado nos dois grupos estudados. O tempo de tela mostrou-se elevado em ambos os grupos, sendo maior que duas horas prevalente em 71,82%. Estratégias de educação nutricional são fortemente recomendadas para este grupo, devido a elevada frequência no consumo alimentar de marcadores não saudáveis e tempo de tela, que podem resultar em complicações à saúde do indivíduo.


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  • As doenças cardiovasculares (DCV) estão entre as principais causas de morte no mundo. Esse conjunto de doenças tem sua origem associada a diversos fatores de risco, que podem ser classificados em modificáveis e não modificáveis. Os fatores modificáveis incluem uma alimentação inadequada, sobrepeso e obesidade, sedentarismo, presença de comorbidades e hábitos de vida não saudáveis. A literatura aponta que os fatores de risco para DCV tem início na infância, e dentre estes, o excesso de peso é o mais prevalente. O perfil lipídico apresenta um maior risco cardiometabólico em indivíduos com excesso de peso, com destaque para a obesidade abdominal. Atualmente, o consumo alimentar da população é caracterizado pelo excesso de alimentos ultraprocessados, o qual tem sido associado a alterações na saúde em todas as fases da vida. Em dezembro de 2019 o SARS-CoV2 foi encontrado na cidade de Wuhan, na China, e desde então desencadeou uma pandemia de caráter emergencial. No Brasil, foi implementado o isolamento social para tentar barrar a alta taxa de contaminação. Porém, esta medida tem efeito direto sobre o estilo de vida da população afetando a prática de atividades físicas e nas escolhas alimentares. Com isso, o objetivo do presente estudo foi avaliar a frequência de consumo alimentar de ultraprocessados, tempo de tela e fatores de risco cardiovasculares em crianças de 7 a 10 anos do município de Vitória de Santo Antão durante a pandemia provocada pela COVID-19. A pesquisa foi realizada através de chamada telefônica, na qual foi utilizado um questionário de frequência alimentar simplificado composto por alimentos classificados como ultraprocessados pela classificação NOVA e saúde, contendo informações sociodemográficas e de estilo de vida (sexo, idade, tempo de tela e prática de atividade física). As variáveis foram descritas em percentuais (%) com intervalo de confiança de 95%. A amostra foi composta por 82 crianças, sendo 60,98% (n=50) do sexo feminino. Foi observado elevado tempo de tela pelas crianças (> 2h/dia; (76,83%; n=63), e na frequência do consumo de doces de 48,78%, que corresponde ao consumo diário e mais de 1 vez ao dia. A maior frequência no consumo de pipocas e salgadinhos foi semanalmente (de 1 a 5 dias) de 47,56%. Esse quadro é alarmante, pois a adesão a esses hábitos não saudáveis contribui para o excesso de peso, alterações no perfil lipídico e aumentam o risco de doenças cardiovasculares na idade adulta. Vale ressaltar que esses dados refletem a frequência alimentar atual desta população durante a pandemia, e podem auxiliar em futuros estudos pós COVID-19. 

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  • KAROLAYNE GOMES DE MELO
  • EFEITOS DA INGESTÃO DE ÁCIDO FÓLICO NA PLASTICIDADE NEURAL EM ROEDORES: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

  • Orientador : JOAO HENRIQUE DA COSTA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CYBELLE ROLIM DE LIMA
  • DAVID FILIPE DE SANTANA
  • MARIANA PINHEIRO FERNANDES
  • Data: 23/02/2022

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  • O sistema nervoso responde às mudanças durante os períodos críticos do desenvolvimento e está em constante mudança, sendo considerado um dos mais plásticos. Então, entende-se a plasticidade neural como capacidade do cérebro em se adaptar às mudanças ambientais ou endógenas. Destaca-se, que a plasticidade é modulada por mecanismo celulares e moleculares e, a depender do tipo de plasticidade, mecanismos diferentes irão atuar. Para a plasticidade do desenvolvimento, há fatores essenciais no processo de neurogênese e sinaptogênese, entre eles está o ácido fólico (AF) ou folato, que é uma vitamina do complexo B, definida por vitamina B9. Sendo ela imprescindível na formação do sistema nervoso, por isso é amplamente recomendada a suplementação no pré-natal e durante a gestação. O objetivo desse trabalho foi investigar os efeitos da ingestão de ácido fólico em diferentes quantidades sobre os componentes da plasticidade neural, a saber, neurogênese e sinaptogênese. Trata-se de uma revisão sistemática realizada conforme os itens de Relatório Preferidos para Revisão Sistemática e Meta-Análise (PRISMA). As buscas foram realizadas nas bases de dados PubMed, Scopus e Science Direct de estudos publicados até agosto de 2021, com descritores específicos para cada base de dados. Após a realização das etapas de seleção dos estudos, foram selecionados 8 artigos considerados elegíveis de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Todos os artigos selecionados conduziram os estudos com roedores em diferentes estágios da vida. Esses estudos utilizaram, em sua maioria, intervenções por manipulação do ácido fólico na dieta, mostrando que deficiência e o excesso de AF alteram a neurogênese cortical pré-natal. No entanto, também foi visto que a suplementação adequada de ácido fólico materno durante a gravidez estimulou a geração de neurônios, aumentando a sinaptogênese no córtex cerebral da prole neonatal, além de gerar a proliferação de NSC no hipocampo na prole neonatal. Os resultados também mostram que a suplementação é mais eficaz quando continuada durante a gravidez, sendo capaz de melhorar significativamente o aprendizado e a memória da prole com menos comportamentos relacionados ao medo. Também, verificou-se que a suplementação com ácido fólico materno aumentou significativamente (p <0,01) o peso ao nascer, o peso ao desmame e o peso pós-natal, sendo capaz de reverter os efeitos negativos de uma dieta rica em gordura. Os estudos desta revisão não esclareceram as dosagens de ácido fólico suplementar que são benéficas para a neuroplasticidade durante outros estágios da vida, além dos períodos de desenvolvimento embrionário e primeiros meses de vida. No entanto, nosso estudo vem a fortalecer a relevância da suplementação materna de ácido fólico para a prole, evidenciando a relevância científica do efeito transgeracional da plasticidade fenotípica.


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  • Objetivo geral: Investigar os efeitos da ingestão de ácido fólico sobre os componentes da plasticidade neural. Objetivos específicos: Avaliar os níveis de administração de ácido fólico e sua influência na plasticidade neural; Analisar os resultados da suplementação de ácido fólico nas diferentes fases da vida; Verificar se há plasticidade neuronal através do ácido fólico na presença de alterações comportamentais, transtorno do espectro autista (TEA), transtorno, transtorno de déficit de atenção / hiperatividade (TDAH) e outras doenças neurológicas. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura. A busca foi realizada por dois pesquisadores, de maneira independente, nas seguintes bases de pesquisa: PubMed, Web of Science, SCOPUS. Utilizando a equação a seguir formulada a partir de termos MeSH: ((((Folic Acid) OR (Folic Acid Supplementation)) OR (Vitamin B9)) OR (Folate)) AND ((((((Neurogenesis) OR (Neurogeneses)) OR (Neural Plasticity)) OR (Neuroplasticity)) OR (Brain Plasticity)) OR (Synapic Plasticity)). Cada pesquisador fez a análise do título e resumo e foi averiguado quais trabalhos se enquadravam nos critérios de inclusão e exclusão. Em seguida, foram retirados os artigos duplicados. Subsequentemente, os pesquisadores fizeram a verificação do estudo por completo, observando os critérios PICO: Inclusão: P Roedores. Exclusão: Humanos; Animais geneticamente modificados e outros animais. Inclusão: I Consumo ou suplementação de ácido fólico, Consumo ou suplementação de folato. Exclusão: Estudos que tenham suplementação de ácido fólico e outros micronutrientes com a análise de forma conjunta. Estudos que utilizem outras variações químicas do ácido fólico ou folato como o 5-MTHF. Inclusão: C Não consumo de ácido fólico, folato ou vitamina B9, deficiência de ácido fólico/folato. Exclusão: Estudos associando a deficiência de outras vitaminas ou nutrientes que não o folato/ácido fólico ou que associem a deficiência de folato a deficiência de outro nutriente de forma conjunta. Inclusão: Desfechos primários: regulação da neurogênese no hipocampo ventral, neurogênese e sinaptogênese. Exclusão: Estudos que não demonstrem parâmetros de plasticidade neural e plasticidade sináptica. Dois pesquisadores independentes avaliarão a qualidade das pesquisas. Em caso de discrepâncias, um terceiro revisor fará a mediação. Será utilizado o índice de concordância KAPPA entre os autores. O risco de viés será avaliado através da ferramenta SYRCLE para estudos em animais. Trata-se de uma revisão sistemática sem metanálise. Inicialmente, haverá a comparação entre os trabalhos a partir dos tipos de intervenção, quantidade de ácido fólico administrado ou ingerido, os marcadores de plasticidade neural por ciclos da vida, verificando a presença de patologias ou processos epigenéticos associados, da neurogênese, sinaptogênese ou mudanças estruturais na rede neuronal. Resultados preliminares: Foram encontrados 445 artigos nas 3 bases de dados, aplicando o filtro para estudos em animais ficaram 153 artigos, destes restaram 15 artigos considerados elegíveis pelos critérios de inclusão e exclusão. Conclusão: a revisão está na fase de análise da qualidade da evidência e extração dos dados de forma concomitante.

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  • NATALIA REIS DE SOUZA NEGROMONTE
  • INFLUÊNCIA DA DIETA MATERNA PERINATAL SOBRE O ESTRESSE OXIDATIVO NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL DA PROLE E SUA RELAÇÃO COM AS DOENÇAS NEUROGÊNICAS

  • Orientador : RAQUEL DA SILVA ARAGAO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIANA PINHEIRO FERNANDES
  • LIGIA CRISTINA MONTEIRO GALINDO
  • DIORGINIS JOSE SOARES FERREIRA
  • Data: 24/02/2022

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  • Introdução: A dieta materna durante a gestação e lactação é um fator que pode influenciar a atividade de enzimas e níveis de biomarcadores relacionados ao estresse oxidativo no sistema nervoso da descendência. Objetivo: realizar uma revisão sistemática da literatura para investigar os efeitos da dieta materna durante o período perinatal sobre o estresse oxidativo no sistema nervoso central (SNC) da prole e sua contribuição para o desenvolvimento das doenças neurogênicas. Métodos: Foram realizadas buscas nas bases de dados Pubmed, Embase, Web of Science, Scopus, Lilacs e Cochrane entre dezembro de 2020 a janeiro de 2021 com atualização em janeiro de 2022. Dois revisores independentes extraíram os dados e avaliaram a qualidade dos estudos incluídos. Resultados: Foram encontrados 2.563 trabalhos, que passaram por etapas de exclusão de duplicatas, leituras e avaliações. Vinte e seis artigos foram incluídos na revisão. Na maior parte dos trabalhos, o insulto ocorreu durante a gestação e lactação. As modificações mais frequentes utilizaram dietas hipoproteicas, modificação nos lipídios (quantidade ou tipo de gordura) e de micronutrientes (como vitaminas C, D, E, B9, B12, cobalamina, colina, e o mineral vanádio). As regiões do SNC mais estudadas foram encéfalo, tronco encefálico, córtex cerebral, cerebelo e hipocampo. Dentre os marcadores mais estudados de estresse oxidativo, estavam níveis de malondialdeído (MAD), proteínas carbonilas, glutationa (GSH) e glutatina dissulfeto (GSSG) e atividades de enzimas, como superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx), glutationa redutase
    (GR). Nos estudos com dieta materna hipoproteica, foi observada, em sua maioria, níveis aumentados de MDA e redução da atividade da SOD e CAT. Os resultados em relação aos níveis de carbonilas e GSH foram mistos. Os trabalhos com modificações de lipídios na dieta materna também presentaram resultados conflitantes. Poucos trabalhos realizaram análises comportamentais ou outros testes em conjunto com o estudo do estresse oxidativo. Naqueles que realizaram alguma análise secundária, os resultados encontrados também foram mistos. Conclusão: Desequilíbrios na dieta materna durante a gestação e/ou lactação podem contribuir para o aumento dos biomarcadores de estresse oxidativo e prejudicar a atividade das enzimas antioxidantes, reduzindo sua atividade. Contudo, diferenças nas metodologias das dietas e do tempo e local de análise do estresse oxidativo nos filhotes leva a divergências nos resultados. Da mesma forma, não foi possível fazer uma relação direta entre as mudanças no equilíbrio oxidativo e as repercussões secundárias.


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  • A dieta materna durante a gestação e lactação influencia a atividade de enzimas antioxidantes e os biomarcadores do estresse oxidativo no sistema nervoso dos filhotes. O objetivo desta dissertação foi realizar uma revisão que investiga os efeitos da dieta materna durante o período perinatal sobre o estresse oxidativo no sistema nervoso central da prole e sua contribuição para o desenvolvimento das doenças neurogênicas. Para tanto, foram realizadas buscas nas bases Pubmed, Embase, Web of Science, Scopus, Lilacs e Cochrane no período entre dezembro de 2020 a janeiro de 2021. Foram encontrados um total de 2.336 trabalhos, que passaram por etapas de leituras, exclusão de duplicatas e avaliações. Ao final, restaram 20 artigos para análise. Destes, foram encontrados 6 estudos que utilizaram dietas com proteína e 4 com gorduras. Dentre aqueles que manipularam dietas com proteína e avaliaram o MDA, 3 deles obtiveram os níveis aumentados deste biomarcador e em 1 deles não teve diferença entre os grupos. As proteínas carbonil, quando avaliadas, apresentaram aumento e diminuição de suas concentrações. A atividade da CAT foi diminuída em 3 estudos, aumentada em 1 e não obteve diferença em 2 deles. A SOD aumentou a atividade em 1 estudo, diminuiu em 3, não teve diferença em 1 deles e não foi avaliada no outro trabalho. Com relação às dietas lipídicas, dos 3 estudos que observaram o MDA, houve redução nos grupos com a dieta manipulada, exceto o grupo que utilizou a dieta high-fat (HF), que resultou em aumento dos níveis. A GSH foi avaliada em 2 grupos, obtendo valores aumentados e diminuídos. A SOD e a CAT foram analisadas em 1 trabalho e ambos tiveram seus resultados diminuídos com a dieta experimental. Deste modo, esta revisão é uma tentativa de encontrar associações entre a dieta materna e o estresse oxidativo e, consequentemente, as doenças neurogênicas.

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  • AMANDA JULIANA DOS SANTOS SALES
  • EFEITO DA INGESTÃO DE CAFEÍNA SOBRE AS REPOSTAS VENTILATÓRIAS, METABÓLICAS E O DESENVOLVIMENTO DA FADIGA NEUROMUSCULAR FRENTE AO EXERCÍCIO DE ALTA INTENSIDADE EM INDIVÍDUOS COM RESTRIÇÃO DE SONO

  • Orientador : GUILHERME ASSUNCAO FERREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GUILHERME ASSUNCAO FERREIRA
  • ARY GOMES FILHO
  • RAFAEL DOS SANTOS HENRIQUE
  • Data: 25/03/2022

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  • INTRODUÇÃO: O prejuízo do sono pode antecipar o desenvolvimento da fadiga neuromuscular durante o exercício de alta intensidade EAI e, isto, pode estar associado a alterações na ventilação respiratória e acidose. A cafeína parece favorecer à manutenção da ventilação respiratória e controle ácido-base prevenindo a queda no pH sanguíneo e o desenvolvimento da fadiga neuromuscular durante o EAI. OBJETIVOS: Investigar o efeito da cafeína nas respostas ventilatórias e metabólicas e o desenvolvimento da fadiga central e periférica durante o E00AI precedido pela restrição do sono. METODOLOGIA: Doze homens realizaram 5 visitas, duas para teste incremental e familiarização, e nas visitas 3, 4 e 5 fizeram um EAI em 3 blocos: 1 - sono habitual e ingestão de placebo (SH); 2 - restrição de sono e placebo (RP) e; 3 - restrição de sono e cafeína (RC). RESULTADOS: A VE(l/min) na RC foi maior do que na RP no exercício à exaustão (p < 0,05). O tempo de exercício à exaustão foi maior na RC do que RP (p < 0,05). A PSE final foi menor na RC do que RP (p < 0,05). O pH sanguíneo foi mantido nas condições. CONCLUSÃO: A cafeína pode aumentar tempo de exercício à exaustão precedido de restrição de sono e esse efeito parece estar relacionado com sua capacidade de aumentar a VE, protelando a acidose e fadiga neuromuscular.


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  • INTRODUÇÃO: O prejuízo do sono pode promover alterações na ventilação respiratória e antecipar o desenvolvimento da fadiga neuromuscular durante o exercício de alta intensidade (EAI). OBJETIVOS: Investigar o efeito da ingestão de cafeína sobre as respostas ventilatórias e metabólicas e o desenvolvimento da fadiga central e periférica durante o exercício de alta intensidade precedido pela restrição do sono. METODOLOGIA: Doze indivíduos do sexo masculino realizarão 5 visitas. As duas primeiras para familiarização com os procedimentos experimentais, avaliação antropométrica e teste incremental. As visitas 3, 4 e 5 serão realizadas em blocos: Bloco 1 - será realizado um EAI de carga constate até à exaustão com sono habitual e ingestão de placebo (CH); bloco 2 - será realizado um EAI de carga constate até à exaustão com restrição de sono e ingestão de placebo (CP) e; bloco 3 - será realizado um EAI de carga constate até à exaustão com restrição do sono e ingestão de cafeína (CC). Para tratamento dos dados incialmente será aplicado o teste de normalidade de Shapiro Wilk. A caracterização da amostra será realizada pela média e desvio padrão. Para comparação das variáveis será utilizada a Análise de Variância para medidas repetidas e testes de comparação multi-estágios para identificar as diferenças encontradas. Para associação das variáveis será utilizada a correlação simples de Pearson. Caso não seja verificada a normalidade dos dados, os dados serão log-transformados, se após a log transformação os dados não apresentem distribuição normal, os dados serão comparados utilizando o teste de Estimativa de Equações Generalizadas. O nível de significância adotado será de p < 0.05. HIPÓTESE: A ingestão de cafeína deverá aumentar a ventilação e diminuir a pressão expirada de (PetCO2) atenuar a queda na saturação arterial de O2 e do pH sanguíneo e, consequentemente, atenuar o desenvolvimento de fadiga central e periférica durante o exercício de alta intensidade em indivíduos com restrição de sono. RESULTADOS ESPERADOS: Nesse estudo é esperado que a cafeína aumente a ventilação atenuando o aumento da PetCO2 e a queda na saturação de O2 arterial e pH sanguíneo e, consequentemente, atenue o desenvolvimento da fadiga central e periférica.

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  • MARTINA DE FÁTIMA VIEIRA
  • Fatores de risco cardiovasculares e síndrome metabólica em crianças dos 7 aos 9 anos de idade residentes no município de Vitória de Santo Antão/PE

  • Orientador : CAROL VIRGINIA GOIS LEANDRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MÁRIO EUGÊNIO TCHAMO
  • SUENIA MARCELE VITOR DE LIMA
  • WYLLA TATIANA FERREIRA E SILVA
  • Data: 30/05/2022

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  • A prevalência de síndrome metabólica na infância vem crescendo no Brasil e está associada a fatores de risco cardiovasculares. Objetivo: Este estudo avaliou o efeito do peso ao nascer, composição corporal, consumo alimentar e indicadores do sedentarismo sobre os fatores de risco cardiovascular e síndrome metabólica em crianças dos 7 aos 9 anos residentes no município de Vitória de Santo Antão. Métodos: Foi utilizado o banco de dados com 141 crianças de escolas municipais, do projeto crescer com saúde. Foram avaliados: Dados demográficos, antropométricos, composição corporal, bioquímicos, pressão arterial e o contexto familiar, analisados no SPSS com nível de siginificância 5% e correlação (r) **p<0,01 e *p<0,05. Resultados: As crianças com obesidade apresentaram maior número de risco cardiovascular. As crianças residiam com outros parentes eo meio de transporte não motorizado apresentam maior número de risco. Houve um aumento gradativo na circunferência da cintura, orpercentual gordura corporal e massa gorda, conforme o aumento no número de fatores de risco. Houve correlação positiva entre o IMC e o peso ao nascer. Os triglicerídeos e a glicose correlacionaram­se positivamente com IMC, CC, CQ, %GC, MG e MLG, e a lipoproteína de alta densidade correlacionou­se negativamente com o triglicerídeos. O consumo alimentar não indicou correlação com nenhuma das variáveis. Conclusão: Esse estudo evidenciou associação entre os fatores de risco cardiovascular e a síndrome metabólica na infância. E a obesidade foi considerada um fator associado ao maior número de fatores de risco e diagnóstico para síndrome metabólica das crianças


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  • O peso ao nascer, consumo alimentar, comportamento sedentário e contexto familiar podem influenciar no surgimento de fatores de risco para síndrome metabólica (SM) em crianças. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do peso ao nascer, composição corporal, consumo alimentar e indicadores do sedentarismo sobre os fatores de risco de doenças cardiovasculares e síndrome metabólica em crianças dos 7 aos 9 anos de idade de ambos os gêneros residentes no município de Vitória de Santo Antão. Para isso, foi utilizado o banco de dados do projeto CRESCER COM SAÙDE do período de 2018 – 2019 em Vitória de Santo Antão. Foram incluídas no estudo 141 crianças de 4 escolas municipais, onde foram coletadosos dados demográficos, antropométricos, bioquímicos e de pressão arterial (PA). Foi considerado SM na presença de três ou mais fatores de risco: HDL baixo (<40mg/dL); hipertrigliceridemia (>110mg/dL), obesidade abdominal (> percentil 90), hiperglicemia (glicemia >110mg/dL) e PA alterada (> percentil 90). O presente estudo foi aprovado pelo comitê de ética. Os resultados preliminares foram: o contexto familiar apresentou diferença significativa para fatores de risco entre crianças que residem com mãe e pai, mãe, pai e outro parente; e uma prevalência relativa a fatores de risco de crianças que residem com outros parentes onde, das 14 crianças avaliadas, 5 apresentaram dois fatores de risco e 5 apresentaram três ou mais fatores de risco. Também, o principal meio de transporte não motorizado aumentou o risco de fatores de risco para SM. Na tabela descritiva, foi observado circunferência da cintura, o percentual de gordura corporal e massa gorda aumentaram conforme aumentou no número de fatores de risco, a SM apresentou diferenças exclusivamente para a circunferência de quadril, percentual de gordura corporal e massa gorda para os demais grupos.Crianças com SM apresentaram um padrão semelhante de composição corporal e as crianças com mais de dois fatores de risco para a massa corporal, IMC e circunferência de quadril, que apresentaram valores superiores quando comparados com as crianças com um ou nenhum fator de risco. Diferenças para a MLG foram observadas apenas entre o grupo que não apresentou fatores de risco e os grupos com mais de dois fatores de risco. Não foram observadas diferenças quanto ao peso ao nascer e consumo alimentar entre os grupos. Na análise de correlação, o peso ao nascer não apresentou correlação entre as variáveis de fatores de risco para síndrome metabólica: glicose, circunferência da cintura, triglicerídeos, lipoproteína de alta densidade, pressão arterial sistólica e diastólica. Conclui-se que os fatores de risco cardiovasculares e a síndrome metabólica obtiveram associação com o contexto familiar, variáveis antropométricas e composição corporal, no entanto não foram observadas diferenças quanto o peso ao nascer e consumo alimentar.

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  • MARIANA DE MELO BARBOSA
  • AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE ORAL AGUDA E DE DOSES REPETIDAS POR 28 DIAS DO COMPOSTO À BASE DE VANÁDIO (Me4N)6[V15O36Cl] – V15 – EM CAMUNDONGOS

  • Orientador : EDUARDO CARVALHO LIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDUARDO CARVALHO LIRA
  • MARIANE CAJUBA DE BRITTO LIRA NOGUEIRA
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • Data: 31/05/2022

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  • O vanádio (V), um metal de transição amplamente distribuído na natureza. Seus compostos possuem diversas aplicações terapêuticas, como atividade antidiabéticas e antitumorais. No entanto, o uso clínico ainda é limitado pela toxicidade inerente deste metal. Novos compostos de V tem sido desenvolvido com o intuito de potencializar os efeitos terapêuticos e reduzir os efeitos tóxicos. O (Me4N)6[V15O36Cl] ou V15, é um novo composto de vanádio, com possíveis propriedades antitumorais, porém, de toxicidade desconhecida. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi avaliar a toxidade oral aguda e de doses repetidas por 28 dias do V15 em camundongos. Camundongos Swiss machos e fêmeas, entre 06 e 09 semanas de vida, peso corporal (30±3g), foram expostos ao V15 administrado por gavagem. O grupo de fêmeas da toxicidade oral aguda (n=12), recebeu única dose de V15 nas concentrações 50, 300 e 2.000 mg/kg. Já o grupo de machos (n=20) e fêmeas (n=20), da toxicidade por doses repetidas, recebeu doses diárias de V15, nas concentrações de 25, 50 e 300mg/kg por 28 dias. O peso corporal, consumo hídrico e alimentar, foram registrados ao longo do estudo; os pesos dos órgãos, análise do perfil bioquímico e hematológico foram realizadas no final do experimento. Alterações significativas no peso dos órgãos, perfil bioquímico e hematológico (p≤0,05) foi observada em todos os grupos. Além disso foi registrada mortalidade na dose de 300mg/kg do grupo de doses repetidas.


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  • O vanádio, um metal de transição amplamente distribuído na natureza, inclusive em organismos vivos, tem atividades antitumorais e antidiabéticas. Entretanto, o uso clínico é limitado pelos efeitos tóxicos conhecidos, o que torna essencial a avaliação da possível toxidade de composto à base de vanádio previamente a qualquer ensaio biológico desejado. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é avaliar a toxidade oral aguda e de doses repetidas por 28 dias do composto à base de vanádio (Me4N)6[V15O36Cl] – V15 em camundongos. Foram utilizados para toxidade oral aguda 12 camundongos fêmeas (30±3g) distribuídos nos grupos: controle, V1550, V15300 e V152000 , os quais foram tratados com dose única por via oral com V15 nas doses 50mg/kg, 300mg/kg e 2000mg/kg, nesta mesma ordem, e avaliados de acordo com a OCDE 423. O grupo controle foi tratado com salina no mesmo volume dos grupos tratados com V15. Para os experimentos de doses repetidas por 28 dias, 40 camundongos serão utilizados, sendo 20 machos (30±3g) e 20 fêmeas (30±3g) divididos nos grupos: controle, V1550, V15100 e V15300, os quais serão tratados com dose diária por via oral com 50mg/kg, 100mg/kg e 300mg/kg de V15, nesta mesma ordem, e avaliados de acordo com a OCDE 407. O grupo controle será tratado com salina no mesmo volume dos grupos tratados com V15. Após 28 dias de tratamento, os animais serão eutanasiados por excesso de anestésicos para coleta de sangue para dosagem sérica de marcadores de função hepática e renal. Além disso, cérebro, pulmão, coração, fígado e rim serão coletados e pesados. Fígado e rim serão coletados e fixados em formaldeído para análises histopatológicas.

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  • LAIANE MARIA NOBRE DE MELO DA SILVA
  • ASSOCIAÇÃO ENTRE RISCO NUTRICIONAL, VARIÁVEIS CLÍNICAS E DESFECHO DE PACIENTES CRÍTICOS COM COVID-19EM UTI NO AGRESTE PERNAMBUCANO

  • Orientador : WYLLA TATIANA FERREIRA E SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • SILVIA ALVES DA SILVA
  • SUELI MORENO SENNA
  • THYAGO MOREIRA DE QUEIROZ
  • Data: 30/06/2022

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  • Em 2019, surgiram os primeiros casos de covid-19, doença respiratória advinda da infecção pelo vírus denominado de Sars-CoV-2 que é caracterizada pela alta taxa de virulência, transmissibilidade e mortalidade. Alguns indivíduos desenvolvem a forma grave da doença e demandam atendimento hospitalar de alta complexidade, uma vez que cursam com alterações sistêmicas que influenciam os índices de mortalidade, tempo de internação hospitalar, ventilação mecânica e desnutrição representando um risco iminente à vida. Objetivo: Identificar a influência do risco nutricional e da evolução dos parâmetros hemodinâmicos e ventilatórios nos desfechos clínicos de pacientes críticos com Covid-19 internos na UTI. Material e métodos: Trata-se de um estudo de campo longitudinal prospectivo com abordagem quantitativa, caráter descritivo e observacional realizado no agreste pernambucano. A análise estatística foi realizada por meio dos testes de Kolmogorov-Smirnov, o teste de χ2 e a regressão logística múltipla feitos com a ajuda do software SPSS® 20.0. Resultados: Foram incluídos 60 pacientes com idade média de 57,7 anos ± 15,8 anos. Sendo 58,3% do sexo masculino, aqueles cujo quadro clínico foi caracterizado como grave (66,7%). A via de administração da dieta no momento da admissão foi a enteral (65%), a média de dias em terapia nutricional enteral foi de 11dias ± 9 dias. 68,3% fizeram ao uso de DVA, apenas 23,3% dos pacientes não necessitaram de algum tipo de ventilação mecânica. No que concerne ao tempo de internamento na unidade hospitalar 68,4% passaram mais de 15 dias. Dentre aqueles que evoluíram para o desfecho de óbito no período de hospitalização 76,6% eram indivíduos com escores ≥ 3 pontos, demonstrando valor estatisticamente significativo entre maior escore do ICC com o desfecho mortalidade (p de 0,007). O risco nutricional teve associação com maiores valores de creatinina (p=0,012, IC 95%: 9.52 – 30.44), ureia (p= 0,029, IC 95%: 38.39 – 64.77), hipernatremia (p= 0,003, IC 95%: 1.043-13.92), realização de hemodiálise (p= 0,002), LRA (p <0,001) e o desfecho óbito (p< 0,001). Conclusão: É fundamental a realização de triagem nutricional nesses pacientes, principalmente no âmbito de terapia intensiva, para identificar possíveis alterações de caráter nutricional que impactam negativamente na sobrevida e evolução clínica no percurso hospitalar, e assim nortear condutas oportunas e direcionadas a prevenção e reversão do risco nutricional, a minimizar as complicações e piores prognósticos relacionadas ao risco nutricional.


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  • Em 2019, surgiram os primeiros casos de infecção pelo covid-19, doença respiratória advinda da infecção pelo vírus denominado de SARS-CoV-2 que é caracterizada pela alta taxa de virulência, transmissibilidade e mortalidade que se difundiu rapidamente pelo globo assumindo status de pandemia. Parte desses indivíduos infectados que desenvolvem a forma grave da doença demandam atendimento hospitalar de alta complexidade uma vez que cursam com alterações sistêmicas que representam de forma iminente um risco à vida. As reações orgânicas que ocorrem no doente crítico assim como o surgimento de uma cascata inflamatória influenciam os índices de mortalidade, tempo de internação hospitalar, ventilação mecânica e desnutrição. Objetivo: Identificar a influência do risco nutricional e da evolução dos parâmetros hemodinâmicos e ventilatórios nos desfechos clínicos de pacientes críticos com Covid-19 internos na UTI. Trata-se de um estudo de campo longitudinal prospectivo com abordagem quantitativa, caráter descritivo e observacional realizado em uma unidade hospitalar no município de Caruaru. Material e Métodos: A análise estatística compreende os testes de Kolmogorov-Smirnov, o teste de χ2,e a regressão logística múltipla feitos com a ajuda do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS®) 20.0 (IBM SPSS software). Resultados: Os resultados preliminares mostram que a idade média da amostra foi de 57,7 anos ± 15,8 anos. Sendo 58,3% do sexo masculino, predominaram no estudo os indivíduos casados 68,3%, aqueles cujo quadro clínico foi caracterizado como grave (66,7%). No que concerne a via de administração da dieta no momento da admissão foi a via enteral (65%), sendo a média de dias em terapia nutricional enteral de 11dias ± 9 dias, já a média do número de dias em dieta via oral correspondeu a 5,1 dias. Apenas 23,3% dos pacientes não necessitaram de algum tipo de ventilação mecânica. No que concerne ao tempo de internamento na unidade hospitalar 68,4% passaram mais de 15 dias.

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  • ANDREZA TALLYNE DE AGUIAR SILVA
  • DESENVOLVIMENTO, CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO IN VITRO DE NANOPARTÍCULAS DE PIBCA REVESTIDAS COM O POLISSACARÍDEO LEVANA

  • Orientador : MARIANE CAJUBA DE BRITTO LIRA NOGUEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIANE CAJUBA DE BRITTO LIRA NOGUEIRA
  • CHRISTINE LAMENHA LUNA FINKLER
  • NOEMIA PEREIRA DA SILVA SANTOS
  • Data: 04/07/2022

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  • A utilização de polissacarídeos vem sendo descrita como uma alternativa exitosa no desenvolvimento de nanossistemas para se alcançar sítio-específicos. A levana é um exopolissacarídeo que pode ser produzida por alguns micro-organismos. Ela possui várias atividades biológicas entre essas imunoestimulante, substituto de plasma sanguíneo, agente prolongador da ação de fármacos, dentre outras. O presente trabalho visou desenvolver nanopartículas do polímero Isobutilcianoacrilato (PIBCA) revestidas com levana. O estudo iniciou a partir da obtenção da levana (pela fermentação da Zymomonas mobilis), liofilização e em seguida sua utilização para o desenvolvimento das nanopartículas (Np-Lev). As Np-Lev foram obtidas utilizando o PIBCA, pela técnica de polimerização por emulsão aniônica. As NpLev foram caracterizadas quanto ao tamanho, potencial zeta e análise morfológica. Tanto as Np-Lev como a levana foram caracterizadas por meio de difração por raio-X, espectroscopia de infravermelho e análise termogravimétrica. Foi realizado os estudos de estabilidade a longo prazo, sob condições forçadas e ciclo congelamento/descongelamento para verificar as condições de vida de prateleira das NP-Lev. Ademais, foi avaliada a citotoxicidade e a captura celular das Np-Lev em células do tipo MDA-MB-231 (células de câncer de mama) e B16F10 (células de melanoma). Foi evidenciado a obtenção de nanopartículas inéditas: obtidas por levana e o PIBCA. Foi possível obter 24g de levana por litro de caldo fermentado. As nanopartículas revestidas pela levana foram desenvolvidas e verificado que elas apresentaram formas esféricas, tamanho de 243,9 ± 2,3, potencial zeta de -12 ± 0,7. Pela técnica de espectroscopia de energia dispersa, o carbono e o oxigênio foram os elementos químicos encontrados nas Np-Lev. Na análise de infravermelho foram observados que as Np-Lev apresentaram uma extensa banda referente ao grupamento OH e uma banda que deve-se a água formada. Essas bandas são também evidenciadas nos espectros da levana. Na análise termogravimétrica observa-se que a temperatura nas Np-lev aumenta no início da degradação térmica (em torno de 5–6◦C) comparada a levana e pela calorimetria diferencial de varredura tanto a levana como as Np-Lev apresentam curvas características de eventos endotérmicos e exotérmicos correlacionados a temperatura com a degradação das amostras. Pela análise de difração de raio-X, em ambas amostras, os picos de cristalinidade foram semelhantes, sendo que a Np-Lev apresentou um pico a 6,18ɵ, diferente da levana que não apresenta pico abaixo de 10ɵ. Foi obtido nanopartículas obtidas por levana e o PIBCA, e estáveis de acordo com suas caracterizações e quando armazenadas sob temperatura ambiente ou sob refrigeração, apresentando instabilidade quando submetidas a alterações constantes de temperaturas durantes as primeiras 48 horas (ciclo congelamento/descongelamento). As Np-Lev foram mais citotóxicas que a levana, provavelmente por facilitar a internalização das nanopartículas no interior das células, com isso favorecendo a atividade antiproliferativa da levana. Assim, foi verificado que a levana produzida pôde ser utilizada para produção de nanopartículas de PIBCA, que essas Np-Lev apresentaram estabilidade durante sete meses (sob temperatura ambiente e refrigeração) e também tiveram atividade anticarcinogênica frente a linhagens de células de câncer de mama e melanoma.


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  • A doença coronavírus-19 (COVID-19) é causada pelo vírus SARS-CoV-2, que tem uma glicoproteína S e se liga à enzima ECA 2 e CD147 onde esses receptores por serem mais expressos em células pulmonares e nos macrófagos, é o motivo pelo qual os principais sintomas são respiratórios. Como até o momento ainda não há tratamento, é observada uma grande corrida por parte das indústrias e laboratórios de pesquisa, nas mais diversas áreas, para o desenvolvimento de possíveis métodos de prevenção ou cura. Sabe-se que a nanotecnologia segue em constante evolução, principalmente em relação a COVID-19, sendo encontrado vários produtos no mercado e/ou produtos em fase de teste no que se diz respeito a prevenção, diagnóstico e tratamento. Sabendo que a levana, um exopolissacarídeo, pode ser sintetizado por vários micro-organismos, dentre esses a Zymomonas mobilis, possui várias atividades biológicas entre essas imunoestimulante, substituto de plasma sanguíneo, agente prolongador da ação de fármacos. Dessa forma, esse trabalho teve como objetivo desenvolver nanopartículas revestidas com levana como possíveis nanossistemas para a COVID-19 e caracterizá-las. Sendo realizado através da obtenção da levana (pela fermentação da Zymomonas mobilis), logo após a levana extraída foi liofilizada para a elaboração das nanopartículas (Np-Lev). As Np-Lev foram obtidas utilizando o polímero Isobutilcianoacrilato (IBCA), pela técnica de Polimerização por emulsão aniônica. As Np-Lev foram caracterizadas quanto ao tamanho, potencial zeta e análise morfológica, além de difração por raio-X, espectroscopia de infravermelho e análise termogravimétrica (esses últimos foram também utilizados para caracterizar a levana). Ainda foi realizado os estudos de estabilidade a longo prazo e sob condições forçadas para verificar as condições de vida de prateleiras das NP-Lev. Nos resultados foi possível obter 24g de levana por litro de caldo fermentado; foi obtido as nanopartículas revestidas pela levana e verificado que as Np-Lev apresentam formas esféricas, tamanho de 243,9 ± 2,3, potencial zeta de -12 ± 0,73 e pela EDS o carbono e oxigênio foram os elementos químicos encontrados. Nas análises de infravermelho foi observado que as NpLev tem uma grande banda referente ao grupamento OH (2984 cm-1 ) e um pico em 1283 cm-1 que deve-se a água formada, essas bandas são também evidenciadas nos espectros da levana. Na TGA da levana e das Np-Lev apresentam perda de massa significativa (de 33 a 35%) até os 200°, e observa-se que a temperatura nas Np-lev aumenta no início da degradação térmica (em torno de 5–6 ◦C) comparada a levana. No DSC tanto a levana como as Np-Lev apresentam curvas características de eventos endotérmicos e exotérmicos. E pela análise de DRX, em ambas amostras os picos de cristalinidade foram semelhantes, sendo que a levana não apresentou pico abaixo dos 10ɵ, já a Np-Lev apresentou um pico a 6,18ɵ. Os resultados evidenciam a obtenção de nanopartículas inéditas: revestidas por levana, com o PIBCA, e estáveis de acordo com suas caracterizações e quando armazenadas sob temperatura ambiente ou sob refrigeração. Sendo possível sua utilização para a encapsulação de fármacos para uma futura aplicação.

2021
Dissertações
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  • CAMILLA PEIXOTO SANTOS RODRIGUES
  • DETERMINANTES DO "DUAL BURDEN" DA DESNUTRIÇÃO EM VITÓRIA DE SANTO ANTÃO: estudo do consumo alimentar e dos níveis de atividade física habitual de crianças com sobrepeso/obesidade dos 7 aos 10 anos de idade

  • Orientador : CAROL VIRGINIA GOIS LEANDRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOAO HENRIQUE DA COSTA SILVA
  • SONIA MARIA OLIVEIRA CAVALCANTI MARINHO
  • MÁRIO EUGÊNIO TCHAMO
  • Data: 30/06/2021

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  • Objetivo: Identificar os determinantes do “Dual Burden” da desnutrição em Vitória de Santo Antão através da avaliação do consumo alimentar e dos níveis de atividade física habitual de crianças com sobrepeso/obesidade dos 7 aos 10 anos de idade. Métodos: O estudo foi realizado com 130 crianças dos 7 - 10 anos, de ambos os sexos, matriculadas em cinco escolas urbanas da rede municipal de ensino de Vitória de Santo Antão. Para a avaliação antropométrica das crianças foram realizadas as medidas de massa corporal (kg), estatura (cm), circunferência da cintura (cm) e circunferência do quadril (CQ) (cm). Para avaliar o consumo alimentar foi utilizado um recordatório de 24h (R24h). A pressão arterial (PA) sistólica (S) e diastólica (D) foram medidas através do método auscultatório. O sangue capilar foi coletado da ponta do dedo, com o uso de um lancetador e lancetas descartáveis e a atividade física habitual das crianças foi coletada através do PAQ-C. Foi realizada uma normalização dos dados através do teste Kolmogorov-Smirnov e as variáveis categóricas estão apresentadas em valores percentuais e as variáveis contínuas através de média e desvio padrão, mínimo e máximo. A uma análise de RNA foi utilizada para verificação da importância dos riscos cardiometabólicos. Resultados: 30% das crianças foram classificadas com excesso de peso e 3,1% tem baixa estatura para a idade. O nível de atividade física de 86,9% foi classificado como insuficiente. As médias do %GC, da CC, da CQ, do CT , do TG, da glicemia e da PAS e PAD foram maiores das crianças com percentis >50. Através de uma análise de rede neural artificial, o escore z peso/idade foi o principal determinante para o aparecimento dos riscos cardiometabólicos, com uma contribuição de 100% no percentual de gordura corporal, circunferência da cintura e do quadril, colesterol total e pressão arterial sistólica e diastólica. Esses resultados confirmam que o excesso de peso é o grande contribuinte para o aparecimento das doenças cardiometabólicas e deficiências nutricionais em crianças. O desempenho da RNA apresentou uma boa confiabilidade para predição dos riscos cardiovasculares com valores >0,7 e um p<0,05.


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  • Objetivo: Identificar os determinantes do “Dual Burden” da desnutrição em Vitória de Santo Antão através da avaliação do consumo alimentar e dos níveis de atividade física habitual de crianças com sobrepeso/obesidade dos 7 aos 10 anos de idade. Métodos: O estudo foi realizado com 130 crianças dos 7 - 10 anos, de ambos os sexos, matriculadas em cinco escolas urbanas da rede municipal de ensino de Vitória de Santo Antão. Para a avaliação antropométrica das crianças foram realizadas as medidas de massa corporal (kg), estatura (cm), circunferência da cintura (cm) e circunferência do quadril (CQ) (cm). Para avaliar o consumo alimentar foi utilizado um recordatório de 24h (R24h). A pressão arterial (PA) sistólica (S) e diastólica (D) foram medidas através do método auscultatório. O sangue capilar foi coletado da ponta do dedo, com o uso de um lancetador e lancetas descartáveis e a atividade física habitual das crianças foi coletada através do PAQ-C. Foi realizada uma normalização dos dados através do teste Kolmogorov-Smirnov e as variáveis categóricas estão apresentadas em valores percentuais e as variáveis contínuas através de média e desvio padrão, mínimo e máximo. A uma análise de RNA foi utilizada para verificação da importância dos riscos cardiometabólicos. Resultados: 30% das crianças foram classificadas com excesso de peso e 3,1% tem baixa estatura para a idade. O nível de atividade física de 86,9% foi classificado como insuficiente. As médias do %GC, da CC, da CQ, do CT , do TG, da glicemia e da PAS e PAD foram maiores das crianças com percentis >50. Através de uma análise de rede neural artificial, o escore z peso/idade foi o principal determinante para o aparecimento dos riscos cardiometabólicos, com uma contribuição de 100% no percentual de gordura corporal, circunferência da cintura e do quadril, colesterol total e pressão arterial sistólica e diastólica. Esses resultados confirmam que o excesso de peso é o grande contribuinte para o aparecimento das doenças cardiometabólicas e deficiências nutricionais em crianças. O desempenho da RNA apresentou uma boa confiabilidade para predição dos riscos cardiovasculares com valores >0,7 e um p<0,05.

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