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Dissertações |
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LAYSE PEREIRA DA COSTA
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USO DO TIKTOK E FUNÇÕES EXECUTIVAS FRIAS E QUENTES EM ADOLESCENTES
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Orientador : RENATA MARIA TOSCANO BARRETO LYRA NOGUEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALINE MENDES LACERDA
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ANA IZA GOMES DA PENHA SOBRAL
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ROSA MARIA MARTINS DE ALMEIDA
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Data: 14/02/2025
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A adolescência constitui um período crítico para o desenvolvimento das Funções Executivas (FEs), tornando relevante o estudo de comportamentos que possam influenciar negativamente o controle cognitivo. No Brasil, o TikTok destaca-se como uma das plataformas de mídia social mais populares entre adolescentes, caracterizando-se por um sistema de personalização que promove engajamento contínuo, reforça estratégias disfuncionais de enfrentamento, prejudica a atenção sustentada e estimula respostas emocionais impulsivas. Entretanto, a literatura sobre a influência dessa plataforma no funcionamento executivo de adolescentes é escassa. Diante disso, o presente estudo buscou investigar as relações entre o comportamento de uso do TikTok e o funcionamento executivo "frio" e "quente" na adolescência. A pesquisa envolveu 182 participantes com idades entre 11 e 19 anos e foi estruturada em dois estudos. O Estudo 1 consistiu na adaptação e validação da Escala Bergen de Adicção ao TikTok (EBAT) para o contexto brasileiro. Foram realizadas análises para verificar as propriedades psicométricas e a precisão da medida, cujos resultados corroboraram as expectativas teóricas. O Estudo 2 examinou, por meio de análises correlacionais e comparativas entre grupos, a relação entre diferentes padrões de uso do TikTok e déficits nas dimensões "frias" e "quentes" das FEs. Os achados indicaram que o uso problemático do TikTok está associado a maior sensibilidade a estímulos emocionalmente significativos, dificuldades na memória de trabalho e problemas de saúde mental. Embora o estudo apresente limitações amostrais, os resultados fornecem subsídios importantes para uma compreensão mais aprofundada dos riscos potenciais do uso desregulado de plataformas digitais durante um período crítico do desenvolvimento neurocognitivo.
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TikTok é uma plataforma de mídia social, que permite a criação, reprodução e compartilhamento de vídeos de curta duração. Apesar da plataforma ser mais utilizada pelos adolescentes e de seus recursos favorecerem o uso desregulado e desenvolvimento de sintomas adictivos, poucos estudos investigaram os efeitos do TikTok nas Funções Executivas (FEs) de adolescentes. Este projeto pretende preencher a lacuna na literatura e examinar os efeitos do uso abusivo e da adicção em TikTok nas Funções Executivas “frias” e “quentes” de adolescentes. A principal hipótese é de usuários com alto uso e com sintomas de adicção em TikTok apresentam pior desempenho nas FEs, sobretudo, os usuários dependentes e na dimensão de FEs “quentes”. Serão realizados dois estudos. No primeiro estudo, uma escala de adicção em TikTok será adaptada e validada com 60 participantes de 10 a 18 anos usuários da plataforma. No segundo estudo, os impactos do uso abusivo e adição do TikTok nas FEs serão analisados, por meio da aplicação de medidas de autorrelato, captura de tela do tempo de uso da plataforma e testes neuropsicológicos. Espera-se a participação de 48 usuários do TikTok, de 10 a 13 anos. A coleta de dados ocorrerá de forma presencial, em duas sessões individuais, em escolas públicas e privadas da Paraíba e Pernambuco. Através dos resultados obtidos, almeja-se ampliar as informações disponíveis na literatura sobre os prejuízos do TikTok nas FEs, principalmente dos adolescentes. Como também, contribuir para a conceituação da adicção em plataformas de mídias sociais, desenvolvimento de novas investigações e fomento de ações públicas educacionais e no ambiente familiar.
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MARIA LUISA BARROS SANTOS LUCENA
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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E CRENÇAS DE ADULTOS SOBRE O ABUSO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
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Orientador : JOSE MAURICIO HAAS BUENO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANTONIO DE PÁDUA SERAFIM
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EMILY SOUZA GAIÃO E ALBUQUERQUE
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LORENA BANDEIRA MELO DE SÁ
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Data: 24/02/2025
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O abuso sexual infanto-juvenil é uma das formas de violência sexual que perpassa as mais diversas áreas do ser humano ao longo da história, depreende-se que o abuso é toda forma de gratificação sexual do agressor perante uma vítima mais jovem que não compreende a circunstância. Contudo, apesar de sua relevância, o assunto ainda contém lacunas para prevenção, repressão e solução do mesmo. Assim, a presente pesquisa faz uma explanação da definição, dados, tipos, consequências, crenças acerca e o processo cognitivo da inteligência emocional como aporte para compreensão do tema. O objetivo geral da presente pesquisa é: Analisar as relações entre Inteligência Emocional, experiência emocional e as crenças sobre o abuso sexual de crianças e adolescentes, os específicos foram: 1) Investigar se existe efeito de gênero, conhecer alguém que tenha sofrido abuso ou ter sofrido abuso e escolaridade nas crenças sobre abuso sexual; 2) Identificar como as pessoas vivenciam emocionalmente (sentimentos e energia) notícias sobre abuso sexual de crianças e adolescentes; 3)Investigar se há efeito de gênero, conhecer alguém que tenha sofrido ou ter sofrido abuso e escolaridade na experiência emocional (sentimentos e energia) relacionada a notícias sobre abuso sexual de crianças e adolescentes; 4) Investigar as relações entre os fatores de inteligência emocional e as crenças sobre abuso sexual; 5) Investigar as relações entre inteligência emocional e experiência emocional (sentimentos e energia) relacionada a notícias sobre abuso sexual de crianças e adolescentes. A amostra contou com 319 participantes da pesquisa, os quais responderam aos instrumentos: questionário sociodemográfico, inventário de competências emocionais, escala de crenças do abuso sexual de crianças e adolescentes e o mood-meter, todos de forma online. Os resultados indicaram existir efeito de gênero e conhecer alguém que tenha sofrido abuso ou ter sofrido abuso nas crenças, mas não na experiência emocional, tendo como vivência emocional média o nojo, houve também relação entre inteligência emocional e crenças havendo efeito do gênero feminino e conhecer alguém que tenha sofrido abuso ou ter sofrido abuso bem como a escolaridade pós-graduação, finalizando com havendo relação entre inteligência emocional e experiência emocional sofrendo efeito do gênero feminino e conhecer alguém que tenha sofrido abuso ou ter sofrido abuso bem como as escolaridades ensino médio e superior. Os resultados apesar de promissores, abrem portas para futuras pesquisas as quais possam complementar seus objetivos.
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O abuso sexual infanto-juvenil é uma das formas de violência sexual que perpassa as mais diversas áreas do ser humano ao longo da história, depreende-se que o abuso é toda forma de gratificação sexual do agressor perante uma vítima mais jovem que não compreende a circunstância. Contudo, apesar de sua relevância, o assunto ainda contém lacunas para prevenção, repressão e solução do mesmo. Assim, a presente pesquisa faz uma explanação da definição, dados, tipos, consequências, crenças acerca e o processo cognitivo da inteligência emocional como aporte para compreensão do tema. O objetivo da presente pesquisa é analisar o efeito da inteligência emocional nas crenças das pessoas sobre o abuso sexual de crianças e adolescentes. De forma específica, a) Analisar os níveis de inteligência emocional dos participantes; b) Analisar as crenças dos participantes sobre o abuso sexual; c) Analisar as relações entre os fatores da inteligência emocional e as crenças sobre abuso sexual; d) Analisar se as relações são moderadas por outras variáveis, como sexo, escolaridade e grupo de vítima (crianças e adolescentes); e) Analisar o estado emocional (energia e valência) dos participantes em relação a cada grupo de vítima. Propõe-se que 193 estudantes de graduação participarão da pesquisa, os quais responderão aos instrumentos: questionário sociodemográfico, inventário de competências emocionais, escala de crenças do abuso sexual de crianças e adolescentes e o mood-meter, todos de forma online, se caracterizando como uma pesquisa em ambiente virtual. Serão realizadas análises descritivas de média e desvio padrão, bem como correlação de Pearson, t-teste e ANOVA. Assim, espera-se com a presente pesquisa, oferecer auxílio para compreensão desse tema, como também seja suporte para planejamento por parte das autoridades na prevenção e repressão do crime em questão.
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ERIK NATAN MORAIS SANTOS
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AUTOCONSCIÊNCIA FENOMENAL E VIVÊNCIAS DE RELIGIOSIDADE NA CLÍNICA PSICOTERÁPICA: estudo de caso de psicólogos clínicos de Pernambuco
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Orientador : ALEXSANDRO MEDEIROS DO NASCIMENTO
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MEMBROS DA BANCA :
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MARTA HELENA DE FREITAS
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FEDERICO BOCCACCINI
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RENÊ MARCELINO DA SILVA JÚNIOR
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Data: 27/02/2025
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Durante um atendimento psicológico, psicólogos clínicos se expõem frequentemente a crenças e opiniões de seus clientes, o que lhes exige uma escuta qualificada. Temas religiosos tem sido mais frequentes na psicoterapia e podem desafiar a experiência de manejo de psicólogos, tendoem vista a relação ainda conflitante entre psicologia e religião no Brasil. Além disso, a percepção de psicólogos à religiosidade tem sido documentada como tensionada, os fazendo atentar-se com ansiedade e preocupação suas vivências de religiosidade no consultório. O presente estudo trata-se de uma investigação de como se constitui o campo de experiência de psicólogos clínicos quando vivenciam temas religiosos em seus atendimentos e de que modo temas religiosos influem na experiência interna destes profissionais, enfatizando suas modulações refletidas na Autoconsciência fenomenal emergente em psicólogos. O autofoco é notificado em teorias clássicas da Autoconsciência na Psicologia Cognitiva, como o estudo dos mecanismos externos e internos que disparam o estado autoconsciente. Nesta investigação, se utilizou o modelo da Teoria de Autoconsciência Fenomenal de Nascimento, que prima pela dimensão tanto psicológica (autoatenção) quanto fenomenal (autoexperiência) da autoconsciência em seu uso empírico. Com isso, buscou-se levantar e descrever o campo fenomenal de autoexperiência de psicólogos com respeito às vivências de religiosidade em psicoterapia por meio do uso de um roteiro semiestruturado de entrevista fenomenológica-cognitiva dos estados autoconscientes (EFEA) com 3 psicólogos clínicos da Região Metropolitana do Recife-PE, de orientação religiosa respectivamente cristã-católica, ateu, sem filiação religiosa, com tempos de experiência clínica a partir de 3 anos até 14 anos de atuação. Mediante o delineamento dos estudos de casos múltiplos, o trabalho mapeou a dinâmica operacional da religiosidade no self e suas consequências cognitivas-fenomenais na experiência de psicólogos. O tratamento dos dados se realizou pela técnica da análise fenomenal temático-narrativa através de blocos temáticos acerca da estrutura composicional do campo cognitivo-fenomenal e, demonstrando o fluxo narrativo de como se urdiu o campo da autoexperiência dos psicólogos entrevistados. A partir disso, em relação aos elementos e estruturas identificados e tematizados como Fala Interna, Visualizações Internas, Sentimentos, Autoesquemas de Religiosidade, Autorregulação, Pensamento Não- Simbolizado, etc, o estudo legou achados empíricos relevantes à discussão científica no âmbito da psicologia geral, participando de discussões contemporâneas sobre cognição, religiosidade, psicoterapia, tendo a autoexperiência como interrogante de pesquisa.
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Na clínica psicoterápica, psicólogos clínicos se expõem frequentemente a temas de seus clientes, sendo a religiosidade/espiritualidade uma parte integrante do setting terapêutico que desafiam diferentes aspectos de condução e manejo ao profissional, acerca de como os clientes enfrentam e discursam a respeito da religiosidade em sua vida emocional e cotidiana, exigindo uma escuta psicológica que pode perpassar por aspectos técnicos, teóricos, mas também autobiográficos, quando temas de clientes geram reflexividade na subjetividade de psicólogos. O presente estudo trata-se de uma investigação de como aparece a religiosidade/espiritualidade na clínica de psicólogos e de que modo a religiosidade influi no exame do self destes profissionais, pautado pelo modo qualitativo da vivência interna de psicólogos. O autofoco é notificado em teorias da autoconsciência na Psicologia para buscar identificar mecanismos externos e internos que disparam capacidade de prestar atenção em si mesmo, tendo no modelo fenomenal da autoconsciência de Nascimento (2008), o interesse pelo processamento autorreferencial e de autoexperiência ao estado autoconsciente. A partir daí, busca-se levantar e descrever que significados de religiosidade/espiritualidade estão disponíveis na experiência profissional de 20 psicólogos clínicos, oriundos de diversas orientações religiosas e/ou não-religiosas, abordagens psicológicas, níveis de experiência clínica, esperando perceber a dinâmica operacional da religiosidade/espiritualidade enquanto fenômeno com consequências cognitivas e fenomenais na experiência de psicólogos. Espera-se levantar e descrever o campo de significados advindos dessa conjuntura, bem como sua dinâmica autoconsciente que o constitui, mediante estudo de casos múltiplos (YIN, 2001), conduzida por entrevistas semiestruturadas, seguida de análise por dois ciclos, com o primeiro ciclo sendo a busca das incidências e dos significados e, no segundo ciclo, descrevendo a composição da autoexperiência reconstituída em parâmetro narrativo acerca do continnum fenomenal, por via de protocolo de análise temática fenomenal (NASCIMENTO, 2021), tematizando o fenômeno religioso na clínica enquanto lócus desenvolvimental da cognição.
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LUÍS AUGUSTO SOARES CASTELLON
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RELAÇÃO DA ADIÇÃO AO SMARTPHONE COM A SOLIDÃO E COM O DESEMPENHO DE FUNÇÕES EXECUTIVAS DE UNIVERSITÁRIOS
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Orientador : RENATA MARIA TOSCANO BARRETO LYRA NOGUEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALINE MENDES LACERDA
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ANA IZA GOMES DA PENHA SOBRAL
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MICHAEL JACKSON OLIVEIRA DE ANDRADE
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Data: 08/05/2025
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O crescente uso das tecnologias digitais na contemporaneidade leva a preocupações globais acerca das repercussões psicoafetivas e cognitivas em seus usuários. A presente dissertação teve por objetivo investigar a relação da adição ao smartphone com a experiência de solidão e com as funções executivas de universitários brasileiros. O trabalho dividiu-se em dois estudos quantitativos, correlacionais e transversais. No Estudo 1, empregou-se um Questionário Sociodemográfico e as versões brasileiras do Smartphone Addiction Inventory (SPAI-BR) e da Loneliness Scale (UCLA). No Estudo 2, também foram empregados testes neuropsicológicos para medir o desempenho do controle inibitório, memória de trabalho e flexibilidade cognitiva, sendo eles: Five Digit Test (FDT), Figura Complexa de Rey A, Digit Span (Ordem Direta e Inversa) e Trail Making Test (A e B). Participaram 427 universitários (60,48% feminino) do Estudo 1, com idade média de 22,89 ± 4,4 anos. Do Estudo 2, participaram 75 universitários (58,66% feminino), com idade média de 21,82 ± 2,55 anos. Os resultados do Estudo 1 indicam que os universitários passam em média 6,26 ± 3,23 horas diárias utilizando o smartphone em dias da semana e 7,47 ± 3,70 horas aos finais de semana. A adição ao smartphone correlacionou-se positivamente com a solidão (rho = 0,281, p < 0,001), ainda que controlados os conteúdos mais frequentemente acessados (estudo, trabalho, entretenimento, redes sociais e jogos), sendo maior no sexo femino (U = 8818,00; p = 0,001; r = 0,247). Os resultados do Estudo 2 apontam correlação significativa entre pior desempenho de flexibilidade cognitiva (FDT) e adição ao smartphone (r = 0,291, p = 0,015), ainda que controlados os conteúdos mais acessados no aparelho. Não foi possível observar correlações significativas entre os resultados dos demais testes neuropsicológicos e a adição ao smartphone. No entanto, uma análise de regressão múltipla [F(8, 66) = 8,859, p < 0,001; R = 0,72; R2 = 0,518; R2 Ajustado = 0,459], indica que 45,90% da variância da adição ao smartphone é predita pela idade (B = -0,465, p = 0,024), horas de sono por noite (B = -2,007, p < 0,001), anos de uso diário de um smartphone (B = 0,568 , p = 0,009), horas de uso diário do smartphone aos finais de semana (B = 0,457, p = 0,002), conteúdos de entretenimento (B = 2,058, p = 0,015), solidão (B = 0,141, p < 0,001) e pontuação do Digit Span Ordem Direta (B = -0,723, p = 0,002) e Inversa (B = 0,735, p = 0,001). Os resultados sugerem que a adição ao smartphone é acompanhada da experiência de solidão e da maior rigidez cognitiva dos usuários. O perfil dos usuários adictos é o de jovens que utilizam o smartphone há mais anos, que passam mais tempo no aparelho aos finais de semana, consomem mais conteúdos de entretenimento, sentem-se mais solitários, dormem mal e têm menor capacidade de memória de trabalho. Os achados apontam a urgência de intervenções voltadas à conscientização sobre o uso saudável da tecnologia, promovendo estratégias de autorregulação digital e desenvolvimento de habilidades socioemocionais de universitários.
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A interação entre seres humanos e os dispositivos de smartphone tem trazido mudanças extremas nos hábitos de indivíduos ao redor do mundo, possibilitando o acesso a internet e a todos seus recursos de forma instantânea e imediata. No entanto, quando o uso do aparelho começa a afetar a saúde física e mental dos usuários, com a presença de sintomas de adição e solidão, tem-se um problema a ser dimensionado e investigado. A partir disso, o objetivo do estudo é investigar como a adição de smartphone e a experiência de solidão se relacionam com o desempenho das funções executivas de estudantes universitários. A metodologia do estudo é quantitativa e correlacional, sendo dividida em três etapas de coleta de dados, duas transversais e uma longitudinal. A pesquisa estima um número amostral de 120 participantes, residentes de Campina Grande - PB ou Recife - PE, igualmente divididos por gênero, com idade entre 18-29 anos, cursando o Ensino Superior e que façam uso diário de smartphone. Excluem-se voluntários com histórico médico ou uso de medicamentos que possam influenciar as funções avaliadas. A primeira etapa de coleta de dados ocorrerá de forma on-line, a partir da aplicação de um questionário para caracterização da amostra, uma escala para mensurar adição (SPAI-BR) e uma para solidão (UCLA-BR). A segunda etapa de coleta, ocorrerá de forma presencial, a partir da aplicação de uma bateria de testes para avaliação das funções executivas de memória de trabalho, controle inibitório e flexibilidade cognitiva, composta pelos testes: Trail Making Test (Part B); Figura Complexa de Rey (Cópia e Memória); Five Digit Test - FDT; Tarefa Span de Dígitos (Ordem Inversa). A terceira etapa de coleta será realizada de forma remota, durante uma semana, através do aplicativo Meu celular, Meu Vício, para obter informações sobre o uso de smartphone pelos participantes. A análise de dados será conduzida no software JASP, interface do programa R, através de análises estatísticas descritivas, de correlação, testes t de medidas independentes e análise de regressão. Antecipa-se que este estudo fornecerá insights importantes sobre como o uso adictivo de smartphones e a solidão podem se relacionar com o desempenho das funções executivas, que estão na base das habilidades de resolução de problemas, raciocínio e de planejamento. Com isso, visa-se contribuir para as investigações científicas sobre os impactos da digitalidade na cognição e no bem-estar humanos.
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EDJANE VIEIRA BENTZEN DE PAULA
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“ME FORMEI, E AGORA?”: a dinamica imaginativa de adolescentes negros(as) sobre a escolha profissional
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Orientador : SANDRA PATRICIA ATAIDE FERREIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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FABIOLA MONICA DA SILVA GONCALVES
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JULIO RIBEIRO SOARES
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LUIS FELIPE RIOS DO NASCIMENTO
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Data: 15/08/2025
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Durante sua trajetória de vida, o ser humano está a todo o tempo fazendo escolhas, seja entre duas ou mais opções, trazidas de contextos reais ou imaginados. Tanto para uma quanto para a outra situação, nos distanciamos do aqui e agora e imaginamos como seria cada uma das opções. Dentre os múltiplos cenários em que os processos imaginativos atuam na vida humana, a escolha profissional ganha destaque como uma etapa que marca fortemente o período da adolescência. Em face a esse contexto, a situação do adolescente negro, é ainda mais desafiadora considerando o cenário que se constitui a partir do que a literatura denomina de racismo estrutural. Diante disso, a presente dissertação se ancorou nos pressupostos teórico-metodológicos da Psicologia histórico cultural para investigar de que maneira a dinâmica imaginativa dos adolescentes negros, sobre sua inserção no mercado de trabalho, repercute na sua escolha profissional. A metodologia adotada foi de natureza qualitativa, por meio da abordagem do estudo de caso, tendo como participantes dois adolescentes, terceiranistas de escola pública da Região Metropolitana do Recife, que se autodeclararam negros. Para a construção dos dados foram realizadas entrevistas semiestruturadas e o recurso denominado caixa de surpresas como ferramenta para acessar a dinâmica imaginativa dos adolescentes negros sobre a escolha profissional. Foram realizados quatro encontros, gravados, transcritos literalmente e interpretados à lente analítica dos núcleos de significação, formulados por Aguiar e Ozella (2006, 2013), que destacam a apreensão dos sentidos presentes na narrativa do sujeito. Ademais, foram consideradas as seguintes categorias teóricas de análise sobre o processo imaginativo: na primeira foram identificados todos os conteúdos em que a atividade imaginativa possibilitou uma expansão da experiência dos participantes (Zittoun; Gillespie, 2016); na segunda categoria teórica de análise, foram elencados os momentos em que os processos imaginativos restringiram as possibilidades do adolescente, no sentido de trabalharem de forma a inibir a capacidade de ação deles (Andrade, 2022), na terceira, conteúdos em que a atividade imaginativa se expressou de forma reprodutiva, ou seja, se voltou para o passado, repetindo experiências anteriores (Vigotski, 2018) e, a quarta categoria, conteúdos em que a atividade imaginativa se expressou de forma criativa, a saber, se projetou para o futuro, resultando em um produto absolutamente novo (ibidem, 2018). A partir da análise dos dados construídos foi observado que o adolescente negro imagina sobre a escolha profissional uma profissão que rompe com a repetição da história laboral da família, marcada pelo racismo estrutural, com vistas a conquistar estabilidade financeira, valorização profissional e reconhecimento pessoal.
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Durante sua trajetória de vida, o ser humano está a todo o tempo fazendo escolhas, seja entre duas ou mais opções, trazidas de contextos reais ou imaginados. Tanto para uma quanto para a outra situação, nos distanciamos do aqui e agora e imaginamos como seria cada uma das opções. Dentre os múltiplos cenários em que os processos imaginativos atuam na vida humana, a escolha profissional ganha destaque como uma etapa que marca fortemente o período da adolescência. Em face a esse contexto, a situação do adolescente negro, é ainda mais desafiadora considerando o cenário que se constitui a partir do que a literatura denomina de racismo estrutural. Diante disso, a presente pesquisa tem como objetivo investigar de que maneira a dinâmica imaginativa dos adolescentes negros sobre sua inserção no mercado de trabalho, repercute na sua escolha profissional. Será realizada uma pesquisa qualitativa, por meio da abordagem do estudo de caso, utilizando-se como metodologia três entrevistas semiestruturadas e o recurso da caixa de surpresas como ferramenta para acessar a dinâmica imaginativa dos adolescentes negros sobre a escolha profissional. O estudo será realizado em uma escola técnica da rede pública e pretende-se um quantitativo de quatro estudantes que se autodeclarem negros. Quanto à análise dos dados, ela se fundamentará na proposta de Aguiar e Ozella (2006, 2013) de apreensão dos sentidos presentes na fala do sujeito a partir de núcleos de significação e contará com duas principais categorias de análise: na primeira delas serão identificados todos os conteúdos que a atividade imaginativa possibilitou uma expansão da experiência dos participantes e, na segunda, serão elencados os momentos em que os processos imaginativos inibiram a capacidade de ação dos adolescentes investigados.
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MILENA FREITAS DA SILVA
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IMAGINACAO E DESEMPENHO ESPORTIVO: um estudo sobre atletas amadores de futebol7 em Recife
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Orientador : SANDRA PATRICIA ATAIDE FERREIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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FABIOLA MONICA DA SILVA GONCALVES
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ISABELA AMBLARD
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KEILLA REBEKA SIMÕES OLIVEIRA DE FREITAS
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Data: 27/08/2025
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Este estudo teve como objetivo analisar como os atletas amadores de Futebol 7 em Recife percebem a interferência da imaginação no seu desempenho esportivo. A pesquisa se fundamenta nos pressupostos de Vigotski, que compreende a imaginação como uma função psicológica superior, construída por meio das interações sociais mediadas por signos culturais. A pesquisa foi conduzida com sete atletas do sexo masculino, com idades variando entre 20 e 36 anos. Eles participaram de entrevistas semiestruturadas que ocorreram em dois momentos distintos: inicialmente, os participantes foram entrevistados sobre suas percepções gerais sobre imaginação e, posteriormente, participaram de uma segunda entrevista que incluiu o uso de imagens como recursos para estimular a discussão sobre a imaginação no esporte. As entrevistas ocorreram em Recife, no ambiente escolhido pelo participante, e cada sessão teve uma duração média de 45 minutos. A primeira parte da entrevista abordou a percepção subjetiva dos atletas sobre o uso da imaginação em seu cotidiano esportivo, enquanto a segunda parte incluiu a apresentação de imagens relacionadas ao contexto do Futebol 7 para estimular uma reflexão mais profunda sobre o tema. Após a transcrição das entrevistas, foi realizada uma leitura flutuante e exaustiva do material, resultando na identificação de 16 pré-indicadores e indicadores definitivos, que foram organizados em núcleos de significação. A análise revelou que os participantes utilizam a imaginação como recurso para planejar estratégias, antecipar ações, aprimorar a técnica e fortalecer a atuação coletiva, mesmo no contexto amador. No entanto, também foram observadas contradições em relação ao uso da imaginação, como sentimentos de insegurança ou a crença de que ela seria exclusiva do esporte profissional. A partir desses achados, conclui-se que a imaginação é um componente essencial no desempenho esportivo, operando como mediadora entre pensamento e ação, e sendo construída social e culturalmente nas práticas esportivas cotidianas. A pesquisa sugere que o uso de imagens pode ser um recurso valioso no desenvolvimento de técnicas mentais aplicadas ao treinamento esportivo.
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Este estudo tem como objetivo compreender de que maneira a imaginação sobre a ansiedade de competição tem impacto sobre o desempenho esportivo de atletas de fut7 de Recife. O delineamento desta pesquisa é exploratório, buscando compreender a relação entre a ansiedade competitiva e o desempenho esportivo dos atletas. A construção de dados será realizada por meio de entrevistas individuais nos espaços de treinamento dos atletas em Recife. A escolha pela entrevista como técnica de pesquisa justifica-se pela necessidade de captar as nuances das experiências dos atletas, permitindo uma compreensão detalhada e pessoal das percepções em relação à ansiedade em competições esportivas. A fundamentação teórica deste estudo aborda a perspectiva da Psicologia Histórico Cultural de Vygotsky, destacando a importância da imaginação no desenvolvimento cognitivo e no contexto esportivo. Além disso, são discutidas estratégias de gerenciamento da ansiedade no desempenho esportivo, considerando variáveis táticas, técnicas, físicas e psicológicas que influenciam o rendimento dos atletas. Este estudo visa contribuir para o desenvolvimento de estratégias eficazes de gerenciamento da ansiedade no contexto esportivo, oferecendo insights sobre como a ansiedade competitiva pode impactar o desempenho esportivo dos atletas de futebol 7 em Recife. Ao compreender melhor essa relação, espera-se promover não apenas o rendimento esportivo, mas também o bem-estar psicológico dos jogadores, auxiliando no desenvolvimento de práticas mais eficazes de preparação mental e emocional para competições esportivas.
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YSRAEL GLEDSON BARBOSA SANTOS
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A AUTOCONSCIÊNCIA FENOMENAL DE USUÁRIOS DE CRACK DA REGIÃO CRAJUBAR CEARENSE: estudo fenomenal
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Orientador : ALEXSANDRO MEDEIROS DO NASCIMENTO
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MEMBROS DA BANCA :
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TARIK DE ATHAYDE PRATA
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WLADIMIR PORRECA
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MATHEUS FERNANDO FELIX RIBEIRO
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Data: 27/11/2025
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O crack, um tipo de substância psicoativa, é considerada um grave e complexo problema de saúde pública, tornando-se pauta de diversas discussões e fonte de produção de conhecimento visando amenizar os efeitos e danos causados não só ao usuário e familiares, mas a toda sociedade, apesar de ser uma problemática emergente, não há estudos na literatura cientifica que se proponham compreender a autoconsciência fenomenal neste publico. A autoconsciência fenomenal refere-se a um estado qualitativo de autoexperiência que se manifesta quando a atenção é dirigida ao próprio eu e o processamento cognitivo se organiza em chave autorreferencial. A definição contempla simultaneamente a dimensão funcional da atenção e a dimensão experiencial, marcada pela tonalidade subjetiva da vivência. Dito isto, este projeto tem como objetivo geral: compreender a operacionalização da autoconsciência fenomenal em usuários de crack na região CraJuBar. Objetivos específicos: (i) caracterizar aspectos sociodemográficos, econômicos e histórico clínico; (ii) investigar os componentes estruturais da autoconsciência fenomenal; (iii) descrever a fenomenalidade da autofocalização, em seu aspecto estrutural, em participantes com pouco, médio e longo tempo de uso. Este estudo se caracteriza como um estudo de casos múltiplos de caráter idiográfico, qualitativo e fenomenal, como instrumento foi utilizado um questionário sociodemográfico e historial clinico de elaboração própria, bem como a Entrevista Fenomenológico-Cognitiva dos Estados Autoconscientes – EFEA. A análise dos dados foi realizada a partir do método de Análise Fenomenal Temática Narrativa (AFTN) tendo como finalidade traduzir, em primeira pessoa, os estados qualitativos da autoconsciência, organizando-os segundo o fluxo das experiências fenomenais de forma estrutural. Foi respeitado todas as recomendações ética da resolução 510/2016 do CNS, bem como a pesquisa foi aprovada pelo comite de ética e pesquisa (CAAE: 86977225.6.0000.5208). Participaram três pessoas alfabetizadas (31, 34 e 51 anos), usuárias de crack nos últimos 30 dias, em tratamento em um CAPS AD e duas Comunidades Terapêuticas das cidades de Barbalha, Crato e Juazeiro do Norte, com 3, 14 e 30 anos de uso, respectivamente. Os resultados obetidos na pesquisa resultaram em sete categorias fenomenais: visualização interna, fala interna, sentimentos, autofoco fenomenal, consciência sensorial, viagem mental no tempo e significação. Evidenciou-se convergência dos perfis sociodemográficos e clínicos com a literatura nacional sobre usuários de crack, reforçando a validade externa dos achados. A autoconsciência fenomenal mostrou um núcleo estrutural recorrente, visualização interna, fala interna, afetividade e marcadores sensório-atencionais, em paralelo ao que estudos prévios descrevem, sustentando a validade ecológica e a portabilidade do protocolo EFEA. Na comparação por tempo de uso, casos de longo curso exibem núcleo vívido porém menos integrado; os de curso médio apresentam integração parcial com acréscimo de consciência sensória e autofoco fenomenal; e os de curto curso revelam o padrão mais integrado, articulando viagem mental no tempo e significação. Em conjunto, os resultados sugerem invariantes fenomenais do processo autoconsciente e sugerem que a cronicidade do uso pode reduzir a integração estrutural do autofoco.
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O crack, um tipo de substância psicoativa, é considerada um grave e complexo problema de saúde pública, tornando-se pauta de diversas discussões e fonte de produção de conhecimento visando amenizar os efeitos e danos causados não só ao usuário e familiares, mas a toda sociedade, apesar de uma problemática emergente não há estudos na literatura cientifica que se proponham compreender a autoconsciência fenomenal, a fenomenologia do uso e os sentidos associados em ser uma pessoa que usa crack. Este projeto tem como objetivo: compreender a operacionalização e dinâmica da autoconsciência fenomenal, a fenomenologia do uso e sentidos de ser usuário de crack em cidades do interior do estado do Ceará. Será um estudo idiográfico, qualitativo e fenomenal, terá como instrumento um questionário sociodemográfico, a Entrevista Fenomenológico-Cognitiva dos Estados Autoconscientes – EFEA, e duas perguntas deflagradoras de cunho fenomenológica. A análise de dados será desenvolvida em dois eixos, inicialmente com o método de análise temática proposto por Braun e Clarke (2006) e em seguida será realizada a análise fenomenal do conteúdo fenomenológico do estado autoconsciente, o primeiro eixo responsável pelos aspectos estrutural – sincrônico, e o segundo pelo parâmetro narrativo apresentando como este campo fenomenal se constitui no tempo – diacrônico. A construção dos dados será realizada de forma presencial em cidades do interior do estado do Ceará. Através dos resultados obtidos almeja-se ampliar as informações disponíveis na literatura cientifica sobre Autoconsciência Fenomenal, como também contribuir nos avanços em pesquisas de cunho qualitativo e fenomenológico no cenário da adição especificamente do uso do crack.
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JESSICA BARBOSA DA SILVA
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CONHECIMENTO FINANCEIRO E TOMADA DE DECISÃO FINANCEIRA DE ESTUDANTES DO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO
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Orientador : SINTRIA LABRES LAUTERT
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MEMBROS DA BANCA :
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CANDY ESTELLE MARQUES LAURENDON
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CRISTIANE AZEVEDO DOS SANTOS PESSOA
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ERNANI MARTINS DOS SANTOS
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IVAIL MUNIZ JUNIOR
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RICCARDO VIALE
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Data: 28/01/2025
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A tomada de decisão é um processo cognitivo complexo que tem sido amplamente investigado ao longo dos anos. No contexto financeiro, compreender este processo é fundamental para o desenvolvimento de uma Educação Financeira voltada para o contexto escolar. Para além do domínio de conhecimentos financeiros, é crucial considerar os fatores psicológicos que influenciam as escolhas dos indivíduos, de modo a proporcionar aos estudantes as habilidades e competências que podem dar suporte para tomar decisões mais conscientes e informadas. Assim, o presente estudo teve o objetivo de investigar a relação entre conhecimento financeiro e a tomada de decisão financeira de estudantes do 3º ano do Ensino Médio, buscando responder aos questionamentos: (i) qual o nível de conhecimento financeiro de estudantes do 3º ano do Ensino Médio? (ii) dentre os atalhos mentais investigados quais são os mais recorrentes nas tomadas de decisões financeiras dos estudantes? (iii) o conhecimento financeiro influencia na tomada de decisão financeira dos estudantes? (iv) que outros fatores se relacionam com o conhecimento financeiro e a tomada de decisão? Para responder a estas questões, participaram da pesquisa 129 estudantes do 3º ano do Ensino Médio, respondendo, individualmente, em uma aplicação coletiva, a três testes: questionário sociodemográfico, teste de conhecimento financeiro e teste de tomada de decisão financeira. Os resultados revelaram que os estudantes apresentam um nível de conhecimento financeiro baixo a intermediário, principalmente em áreas mais complexas, como as relacionadas às operações externas (transações bancárias, políticas de seguros, inflação, dentre outros). Além disso, a aversão à perda se destacou como o atalho mental mais utilizado nas decisões financeiras dos estudantes. Observou-se também que o conhecimento financeiro influencia diretamente a tomada de decisão financeira dos estudantes, sendo também afetado por fatores como a renda. Conclui-se que os estudantes do 3º ano do Ensino Médio possuem um conhecimento financeiro limitado, especialmente em tópicos que não são amplamente abordados nas escolas. Além disso, o conhecimento financeiro, a renda e os atalhos mentais influenciam as suas decisões financeiras. A pesquisa destaca a importância de incorporar, a Educação Financeira no contexto escolar, uma abordagem mais ampla que considere também os fatores psicológicos que impactam as decisões financeiras, além de explorar os aspectos conceituais inerentes a esses fatores.
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Essa investigação está inserida na área de Psicologia Cognitiva que busca compreender a tomada de decisão de estudantes. Dentre os vários contextos e áreas que a tomada de decisão pode ser investigada, destaca-se as decisões que envolvem o dinheiro e sua aplicação. Desse modo, este estudo tem o objetivo de investigar se existe relação entre conhecimento financeiro e a mobilização de heurísticas nas decisões financeiras de estudantes do 3o ano do Ensino Médio, buscando responder às seguintes questões de pesquisa: Qual o grau de conhecimento financeiro de estudantes ao final do 3o ano do Ensino Médio? Dentre as heurísticas investigadas quais são as mais recorrentes nas tomadas de decisões financeiras desses estudantes? Existe influência do conhecimento financeiro na mobilização de heurísticas em tomadas de decisões financeiras desses estudantes? Para tal, participarão do estudo 200 estudantes do 3o ano do Ensino Médio. Os estudantes responderão a três instrumentos: (i) questionário sociodemográfico; (ii) instrumento que investiga o grau de conhecimento financeiro dos estudantes e (iii) instrumento que avalia a mobilização de heurísticas na tomada de decisões financeiras. As respostas aos instrumentos serão analisadas e relacionadas de modo a responder às perguntas de pesquisa. Investigações desta natureza podem contribuir no entendimento de como os aspectos financeiros e a mobilização de heurísticas nas decisões financeiras se relacionam, além de indicar possíveis formas de abordar a tomada de decisão no contexto escolar.
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MAANAÍN RODRIGUES DE SOUSA
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O EFEITO DA EXPLICITAÇÃO DA CORRESPONDÊNCIA UM PARA MUITOS NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE ESTRUTURA MULTIPLICATIVA POR CRIANÇAS DO ENSINO FUNDAMENTAL
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Orientador : ALINA GALVAO SPINILLO
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MEMBROS DA BANCA :
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JOAO ALBERTO DA SILVA
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JULIANA FERREIRA GOMES DA SILVA
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NEILA TONIN AGRANIONIH
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NELSON ANTONIO PIROLA
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SANDRA MARIA PINTO MAGINA
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Data: 25/02/2025
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O presente estudo investigou o efeito da explicitação da correspondência um para muitos na resolução de problemas de estrutura multiplicativa, de proporção simples, envolvendo multiplicação e divisão, por crianças do 3º, 4º e 5º anos do ensino fundamental. Embasado na Teoria dos Campos Conceituais de Vergnaud, o estudo parte da premissa de que a correspondência um para muitos é um princípio fundamental do raciocínio multiplicativo. Assim, o objetivo do estudo foi examinar se a explicitação dessa correspondência no enunciado dos problemas influenciaria o desempenho e os procedimentos de resolução adotados pelos estudantes. Participaram da pesquisa 120 estudantes, distribuídos igualmente entre os três anos escolares investigados. Os participantes foram solicitados a resolver seis problemas por escrito, sendo três na Condição 1, na qual a correspondência um para muitos estava explicitamente mencionada no enunciado, e três na Condição 2, na qual essa relação era implícita, ou seja, inexistente ou tendo que ser inferida durante a resolução. A coleta de dados foi realizada em dois momentos: no primeiro, por meio de uma aplicação coletiva para análise do desempenho; e no segundo, por meio de entrevistas individuais com seis participantes de cada ano escolar, visando examinar os procedimentos de resolução adotados. Os resultados indicaram que, independentemente do ano escolar, os participantes apresentaram um desempenho significativamente melhor na Condição 1 (explícita) do que na Condição 2 (implícita), evidenciando que a explicitação da correspondência um para muitos favorece a resolução de problemas de proporção simples. Além disso, os estudantes do 3º ano apresentaram um desempenho inferior em comparação aos do 4º e 5º anos, sem diferenças significativas entre estes últimos, sugerindo que crianças a partir do 4º ano se beneficiam mais do efeito facilitador da explicitação. A análise a partir da entrevista com 18 crianças revelou cinco tipos de procedimentos. Em articulação com o desempenho, o procedimento baseado na razão (Tipo 5) gerou mais acertos do que erros, porém, o procedimento mais frequente em ambas as condições foi o Tipo 4 (algorítmico). Mesmo se beneficiando da correspondência um para muitos quanto ao desempenho, os estudantes não mencionam explicitamente o uso dessa correspondência como procedimento de resolução. Esses achados sugerem que a explicitação da correspondência um para muitos pode ser uma estratégia pedagógica eficaz para o ensino de conceitos multiplicativos e para beneficiar a resolução de problemas de proporção simples, inclusive os que trazem a correspondência um para muitos na condição implícita. O estudo traz implicações educacionais relevantes, apontando para a necessidade de práticas de ensino que promovam a compreensão explícita da relação um para muitos.
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A compreensão da correspondência um para muitos é fundamental para a resolução de problemas de estrutura multiplicativa, sendo, entretanto, um desafio para as crianças. Contudo, pesquisas feitas no Brasil têm demonstrado que quando essa correspondência é explicitada, as crianças apresentam um melhor desempenho em problemas de produto cartesiano, do que quando essa correspondência não é explicitada. O presente estudo se propõe a examinar se o efeito positivo da explicitação da correspondência um para muitos também seria observado na resolução de problemas de proporção. Para isso, crianças de 8 a 11 anos alunas do 3o, 4o e 5o ano do Ensino Fundamental de escolas particulares da Região Metropolitana do Recife serão solicitadas a resolver, por escrito e individualmente, oito problemas de proporção simples e múltipla de multiplicação e de divisão. Os problemas serão apresentados em duas situações: uma em que a correspondência uma para muitos está implícita no enunciado dos problemas e outra em que essa correspondência está explícita no enunciado. Após a resolução dos problemas, serão realizadas entrevistas clínicas individuais com seis dos participantes de cada ano escolar com o objetivo de examinar as estratégias que adotaram ao solucionar os problemas nas duas situações. Os dados serão analisados em função do desempenho em cada um dos problemas apresentados e das estratégias de resolução adotadas.
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DENIS VICTOR LINO DE SOUSA
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COMPREENDENDO A TOMADA DE DECISÃO INVESTIGATIVA E SEU IMPACTO NA ENTREVISTA DE SUSPEITOS
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Orientador : ANTONIO ROAZZI
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA KARINA MOUTINHO LIMA
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BRUNO CAMPELLO DE SOUZA
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LUCAS DANNILO ARAGÃO
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MONICA GOMES TEIXEIRA CAMPELLO DE SOUZA
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PRISCILA GOERGEN BRUST RENCK
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Data: 20/03/2025
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Tomada de decisão investigativa é uma área de estudo, pesquisa e intervenção que vem ganhando visibilidade no meio acadêmico e prático desde que foi identificado o seu papel central na qualidade ou falhas de investigações policiais e erros judiciais subsequentes. Além disso, é amplamente defendido que a tomada de decisão investigativa impacta diretamente em como o policial irá conduzir uma entrevista com o suspeito de um crime, onde a busca por confirmar sua hipótese levaria a práticas inadequadas e potencialmente erros de justiça. Apesar do reconhecimento internacional de sua importância, no Brasil ainda não houve uma pesquisa empírica sobre o tema, impedindo que possamos compreender como os delegados e investigadores tomam decisões e como otimizá-las, evitando que vieses e heurísticas interfiram negativamente na fase pré-processual e na entrevista com um suspeito. Diante dessa lacuna a presente tese teve por objetivos compreender a percepção dos policiais civis sobre sua própria tomada de decisão investigativa, analisar como a decisão policial pode interferir no planejamento de uma entrevista com suspeito e se um treinamento é capaz de aprimorar as habilidades dos policiais em tomada de decisão e planejamento de entrevista. No estudo 01, quinze delegados da Polícia Civil com experiência na investigação de homicídios. Os dados foram analisados a partir de Análise de Estrutura de Similares, estatísticas descritivas e Análise Temática. Os resultados apontaram que o tipo, forma, presença ou ausência de treinamentos e métodos específicos para investigar homicídio podem auxiliar ou dificultar a tomada de decisão dos delegados, e foi possível verificar quais fatores auxiliam para uma investigação de sucesso. No estudo 02, o método Delphi foi utilizado para a construir um modelo de boas práticas para manter a mente aberta no planejamento de entrevista com suspeitos em dois casos fictícios. Seus resultados possibilitaram compreender como deve ser estruturado um planejamento de entrevista e o que é esperado do policial nessa prática. No estudo 03, 169 policiais civis concluíram o planejamento da entrevista com suspeito e, de acordo com análises descritivas, comparativas e de correlação, foi possível perceber como a tomada de decisão do policial, através da geração de hipóteses investigativas, influenciou diretamente em como ele planeja conduzir uma entrevista. Verificou-se que uma maior quantidade de hipóteses geradas levava a um objetivo mente aberta da entrevista, maior quantidade de tópicos a serem explorados na entrevista e uma entrevista mais abrangente, explorando as várias hipóteses investigativas identificadas. Por fim, no estudo 04, foi testada a efetividade de um treinamento de um dia em aprimorar a tomada de decisão e planejamento de entrevista dos policiais. Análises comparativas entre os que haviam participado ou não do treinamento demonstraram que foi possível gerar diferenças significativas na quantidade de hipóteses investigativas e tópicos, assim como na qualidade das perguntas geradas. Apesar de serem resultados iniciais e com potencial para maior impacto, foi possível perceber o benefício de um treinamento do tipo em reduzir potenciais erros de justiça. A partir dos estudos realizados foi possível dar início a um conjunto de evidências nacionais e internacionais sobre tomada de decisão investigativa, seu impacto na entrevista com suspeitos e o efeito positivo de treinamentos aprimorarem as habilidades dos policiais civis. Novas perguntas e sugestões de pesquisa surgiram a partir dos resultados, fomentando o avanço científico da temática com vistas a tornar a prática policial mais científica, capacitada e justa.
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A tomada de decisão investigativa é um tópico que vem ganhando visibilidade após a descoberta que falhas nesse processo são responsáveis por erros de justiça como prisões equivocadas e má alocação dos escassos recursos policiais na investigação. Apesar do reconhecimento internacional de sua importância, no Brasil ainda não houve uma pesquisa empírica sobre o tema, impedindo que possamos compreender como os delegados e investigadores das polícias tomam decisões e como otimizá-las, evitando que vieses e heurísticas interfiram negativamente na fase pré-processual. Logo, o presente projeto de doutorado se propõe a dar início na produção de evidências científicas sobre o tema com uma amostra brasileira e somar no desenvolvimento do tópico a nível internacional. Para tanto, são propostos dois estudos. O primeiro tem um cunho exploratório com vistas a identificar o conhecimento e percepções de delegados de homicídio sobre tomada de decisão investigativa, assim como seu treinamento formal na temática. Este estudo será realizado a partir de uma abordagem mista, onde 15 delegados de homicídios serão entrevistados e o conteúdo de suas falas será analisado através de uma análise qualitativa (Análise Temática) e quantitativa (Análise de Estrutura de Similaridades). O segundo estudo tem uma abordagem quase-experimental e busca avaliar o efeito de um treinamento no planejamento de entrevistas e tomada de decisão de investigadores da polícia civil. Serão recrutados 80 participantes para responder questionários, escalas e casos fictícios de investigação antes e depois de um treinamento que visa prepará-los a evitarem usar de vieses ou heurísticas em sua prática investigativa. Este estudo será composto por um grupo controle de igual número de participantes que responderá aos mesmos instrumentos de coleta de dados, porém sem a participação no treinamento. Os dados serão analisados de maneira quantitativa através de estatísticas descritivas, ANOVA e Regressão para avaliar potenciais diferenças antes e depois do treinamento, e entre grupos. A partir destes estudos espera-se obter uma maior compreensão do estado de conhecimento teórico e prático dos investigadores brasileiros sobre sua tomada de decisão, além de identificar se uma estratégia de ensino pode otimizar a tomada de decisão investigativa.
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ALEX BARBOSA ABREU PINTO
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O PROCESSO CRIATIVO DE COMPOSIÇÃO DE MÚSICA POPULAR: um estudo de casos múltiplos
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Orientador : SANDRA PATRICIA ATAIDE FERREIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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FATIMA MARIA LEITE CRUZ
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LUCIANA FERREIRA MOURA MENDONCA
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ANDREA VIEIRA ZANELLA
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FABIOLA MONICA DA SILVA GONCALVES
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JULIO RIBEIRO SOARES
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Data: 31/03/2025
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Esta pesquisa investigou o processo criativo de composição musical, a partir de pressupostos teóricos da psicologia socio-histórica, da filosofia da linguagem e da estética, de dois compositores de música popular. Tratou-se de um estudo de casos múltiplos, constituído por dois estudos independentes – ambos estudos qualitativos e de caráter exploratório. O Estudo I foi realizado no Brasil, na cidade do Recife; o Estudo II, em Portugal, na cidade de Lisboa. Participaram do Estudo I um compositor de música popular brasileira (MPB) – o cantautor Zeh Rocha – e dois apreciadores de sua obra musical. Participaram do Estudo II uma compositora de fados – a fadista Fátima Garcia – e dois apreciadores de seu trabalho artístico. Ambos os estudos tiveram como objetivos específicos: (a) compreender aspectos da história de vida do(a) compositor(a) participante e sua história com o universo mais amplo da música; (b) investigar a história do(a) compositor(a) com o universo mais específico da composição musical; (c) investigar aspectos da história de vida de dois interlocutores da obra musical do(a) compositor(a) participante, assim como suas histórias com o universo da música; (d) analisar uma canção – e o processo de composição desta canção – composta pelo(a) compositor(a) participante; (e) analisar a reação estética dos participantes interlocutores, resultante da apreciação desta mesma canção, e (f) analisar o processo criativo do(a) compositor(a) participante. O objetivo principal dos Estudos foi buscar compreender o processo criativo dos compositores participantes, e, como e em que medida, os(as) apreciadores(as) da obra musical de cada um desses compositores participaram do processo criativo de composição musical destes artistas. À construção dos dados do Estudo I, realizou-se: (1) entrevista do tipo depoimento pessoal, com o compositor Zeh Rocha, e (2) entrevistas semiestruturadas com os dois apreciadores das composições de Zeh Rocha. A identificação e contato com os dois apreciadores se deu através da imersão do pesquisador em dois ambientes virtuais criados por Zeh Rocha: 1) perfil em aplicativo de rede social Instagram, e 2) grupo público de rede social virtual (Facebook). No Estudo II, à construção dos dados, realizou-se: (1) entrevista do tipo depoimento pessoal com a fadista Fátima Garcia, e (2) entrevistas semiestruturadas com dois apreciadores da obra musical desta artista. A identificação e contato com estes apreciadores se deu através da imersão do pesquisador no bairro da Mouraria, bairro onde reside a fadista. Este processo de imersão foi realizado através da atividade de flânerie. À análise dos dados, em ambos os Estudos, recorreu-se à proposta metodológica dos Núcleos de Significação, e ao modelo dos 5A, este fundamentado em pressupostos teórico-metodológicos da psicologia cultural da criatividade. Quantos aos resultados do Estudo I, a análise dos núcleos de significação, inferidos a partir das entrevistas com o cantautor Zeh Rocha (ator), e os(as) apreciadores(as) Manoel e Berta (audiência), não permite inferir qualquer participação direta destes dois últimos participantes no processo criativo de composição da canção “Bumba-meu-boi da Boa Hora” (artefato), de Zeh Rocha. No entanto, os resultados da análise permitem apenas refletir acerca da influência indireta de Manoel e Berta no processo criativo de composição da canção. Essa influência não se deu por um contato direto ou uma troca consciente de ideias entre os participantes, mas por uma "sintonia" destes participantes - contemporâneos e conterrâneos que, e, ao longo de toda a vida, relacionaram-se com notável frequência e intensidade com o universo das artes, cada qual a seu modo - com a dimensão artística e cultural da época, os anseios e os valores de um grupo social que valorizava a cultura popular, a MPB como instrumento de resistência e a música como expressão de uma busca por identidade e espiritualidade. Compreende-se que a canção/artefato "Bumba-meu-boi da Boa Hora" foi engendrada a partir do diálogo com esses elementos, e, assim, representa um ponto de convergência entre as histórias de vida e vivências culturais dos participantes, e o processo criativo de Zeh Rocha. De modo semelhante, no Estudo II, a análise dos núcleos de significação, inferidos a partir das entrevistas com a fadista e compositora Fatinha (ator), e os(as) apreciadores(as) Miguel e Mariana (audiência), não permite inferir participação direta destes dois últimos participantes no processo criativo de composição em si, do fado “Amar é Padecer” (artefato), de autoria de Fatinha. Porém, os resultados sugerem participação direta destes participantes (principalmente, do participante Miguel) no desenvolvimento e amadurecimento artístico da fadista Fatinha. Compreende-se a “superação do acanhamento” e a conquista da espontaneidade, possibilitados à fadista pelos participantes apreciadores, são aspectos cruciais na trajetória de Fatinha, que levaram ao “desabrochar” de sua faceta compositora, culminando, consequentemente, no processo criativo de composição do fado "Amar é padecer".
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Propõe-se investigar o processo criativo e a reação estética, a partir de pressupostos teóricos da psicologia histórico-cultural, da filosofia da linguagem e da estética, em uma abordagem interdisciplinar que, epistemologicamente, tem como elemento de convergência o conceito de sentido. Teoricamente, concebe-se a criatividade como processo que se desdobra mediado por signos e através de artefatos socioculturais específicos, dentro de um tempo irrepetível e de um contexto histórico e sociocultural particular, sendo o ato criativo compreendido como um complexo ato social e cultural, de natureza polifônica, do qual participam diferentes vozes e variáveis contextuais, que perpassam e integram todo o ato de criação, que envolve o criador, a obra criada, e o(a) apreciador(a) desta. O objetivo principal do estudo é investigar o processo criativo no âmbito da composição musical de canções do gênero música popular. Tal requer investigar, segundo o referencial teórico assumido, além do indivíduo compositor, também a reação estética, reação característica da interação entre apreciador(a) e obra de arte. Trata-se de uma pesquisa do tipo estudo de caso, considerando-se que, teoricamente, todos o(a)s participantes envolvidos permitem compreender o processo criativo do compositor Z.R., do qual se propõe investigar o processo criativo. Z.R. é compositor de música popular e poeta, possuindo vasta experiência e reconhecido talento no primeiro campo. À construção dos dados, propõe-se a realização de: pesquisa documental, sobre composições do compositor Z.R., ‘release(s)’, textos biográficos e poéticos – disponíveis em ambientes virtuais; entrevista do tipo depoimento pessoal, com o compositor Z.R.; entrevistas semiestruturadas, com apreciadores(as) das composições de Z.R.. A identificação e contato com esse(as) apreciadores(as), se dará através da imersão do pesquisador em dois ambientes virtuais criados por Z.R.: perfil em aplicativo de rede social Instagram, e grupo público de rede social virtual (Facebook). A seleção das canções que integrarão o corpus da pesquisa será feita através das entrevistas com os(as) participantes apreciadores(as). O processo de ‘imersão’ nos ambientes virtuais será realizado através da atividade de flânerie, e será registrado em diário de campo, que servirá não apenas para registrar os movimentos e escolhas dos dados que irão integrar o corpus, mas, também, para registrar as interpretações do pesquisador sobre esses movimentos e escolhas. Caracteriza de maneira fundamental este tipo de atividade a afirmação e manutenção de uma margem de flexibilidade por parte do(a) pesquisador(a), que, em seu campo de estudo, deve não apenas buscar se ater aos focos e objetivos definidos anteriormente à sua entrada no campo, mas, também, estar atento e aberto à emersão do inesperado, do imprevisto. Os dados construídos através do depoimento pessoal e das entrevistas semiestruturadas serão submetidos à análise discursiva para fins de construção de núcleos de significação, proposta metodológica para análise dos sentidos presentes no discurso, fundamentada no referencial teórico e metodológico da psicologia histórico-cultural. À análise dos dados coletados através da pesquisa documental, propõe-se a realização de uma análise de conteúdo de caráter predominantemente qualitativo, significando que interessará à análise menos a frequência de ocorrência de algumas palavras ou sentenças do que o caráter simbólico de algumas palavras ou sentenças.
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CÉSAR FILIPE DA SILVA OLIVEIRA
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O CORPO QUE HABITO: corporeidade e a dinâmica do self dialógico após cirurgia bariátrica na perspectiva da psicologia cultural
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Orientador : MARIA DA CONCEICAO DINIZ PEREIRA DE LYRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA KARINA MOUTINHO LIMA
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MARIANA BENTZEN AGUIAR
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SILVIA FERNANDA DE MEDEIROS MACIEL
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TACINARA NOGUEIRA DE QUEIROZ
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TATIANA ALVES DE MELO VALÉRIO
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Data: 13/05/2025
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Esta tese investiga os significados do corpo e a dinâmica (re)construtiva do self dialógico de uma pessoa submetida à cirurgia bariátrica, integrando as perspectivas da Psicologia Cultural e da Teoria do Self Dialógico. A pesquisa parte da premissa de que a corporeidade transcende a mera materialidade biológica, configurando-se como um fenômeno multifacetado, no qual dimensões culturais, sociais e psicológicas interagem na formação da identidade. Utilizando uma abordagem idiográfica, a análise se baseia no autorrelato biográfico extraído de um diário virtual, acompanhando a trajetória de um indivíduo ao longo de cinco anos após a cirurgia bariátrica. Entre os argumentos centrais, destaca-se a ideia de que o corpo, compreendido não somente como um objeto de estudo biológico, é o espaço no qual se constroem e se ressignificam os sentidos que definem o self. A partir dessa perspectiva, a cirurgia bariátrica não representa apenas uma intervenção para redução de peso, mas desencadeia um processo de transformação que afeta os sentidos de si, do outro e do mundo, as relações interpessoais e a dinâmica dialógica do self. A análise evidencia que, nos estágios iniciais, o indivíduo experimenta uma predominância do “eu-saudável”, intensificada pelas exigências médicas e culturais que orientam a recuperação física e a disciplina alimentar. Contudo, com o retorno gradual a uma alimentação diversificada e o aumento das interações sociais, emergem tensões que revelam a presença de outras configurações identitárias, notadamente o “eu-gordo” e o “eu-viciado”. Essas posições refletem as negociações do self dialógico, onde múltiplas vozes interagem e ressignificam a experiência de transformação corporal, destacando-se o papel da corporeidade nessa dinâmica. O estudo ainda demonstra como os direcionamentos culturais – que enfatizam tanto os padrões estéticos da saúde quanto os da cultura do consumo — influenciam a reestruturação do self e contribuem para a formação de significados ambivalentes acerca do corpo. A contribuição teórica desta tese reside na articulação dos conceitos de corporeidade e self dialógico, ressaltando a importância de uma abordagem inter e multidisciplinar para compreender as transformações vivenciadas por pessoas após cirurgia bariátrica. Os achados sugerem que a experiência pós-cirúrgica implica não apenas alterações físicas, mas também uma complexa reconfiguração identitária, onde a continuidade entre passado, presente e futuro se torna fundamental para a reconstrução do self. Por fim, a tese abre discussões e propostas sobre intervenções psicológicas e clínicas que considerem as dimensões simbólicas e culturais na promoção de uma ressignificação mais integrada e saudável da experiência corporal.
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Os estudos que envolvem os impactos de uma transformação corporal, acidental ou decorrente de procedimentos cirúrgicos/estéticos, tem ganhado destaque no campo da psicologia, principalmente quando aborda como essas pessoas percebem seu corpo e a si mesmas. Dentre essas possibilidades, a cirurgia bariátrica tem se tornado um dos caminhos mais procurados pelas pessoas que buscam fugir do estigma da obesidade, entrelaçando uma motivação que envolve conceitos de saúde e estética. Nesse sentido, esse estudo visa explorar os significados construídos sobre o corpo emergentes das dinâmicas dialógicas do self ao lidarem com os impactos biopsicossociais decorrentes do avanço do emagrecimento decorrente da cirurgia bariátrica, mais especificamente, ao longo do primeiro ano pós cirurgia, onde se dá a maior e expressiva perda de peso. Para tal, faremos um estudo através de: a) entrevistas semiestruturadas com sujeitos que já realizaram a cirurgia bariátrica a, no máximo, 24 meses, tempo em que se perde maior parte do peso; e também faremos uma análise de um diário online público de um paciente que realizou a cirurgia bariátrica e que relata suas vivências, ao longo de 05 anos, após ter realizado a cirurgia. Para análise, faremos uso de conceitos relacionados à Teoria do Self Dialógico sob a perspectiva da Psicologia Cultural de Dinâmica Semiótica.
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FELIPE CÉSAR GOMES DE ANDRADE
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ATENÇÃO EXECUTIVA E DECLÍNIO COGNITIVO LEVE NA DOENÇA DE PARKINSON
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Orientador : RENATA MARIA TOSCANO BARRETO LYRA NOGUEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALINE MENDES LACERDA
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NARIANA MATTOS FIGUEIREDO SOUSA
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DOUGLAS MONTEIRO DA SILVA
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IZABEL AUGUSTA HAZIN PIRES
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MICHAEL JACKSON OLIVEIRA DE ANDRADE
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Data: 06/06/2025
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Entre os domínios mais afetados na cognição de pessoas com Doença de Parkinson, mesmo sem demência, estão as Funções Executivas. Elas representam um conjunto de processos cerebrais que regulam outras funções na cognição humana, seja no cumprimento de tarefas ou metas, seja na regulação de comportamentos. Ao lado de componentes como flexibilidade cognitiva, controle inibitório e memória operacional, as Funções Executivas são influenciadas por redes atencionais, bem definidas do ponto de vista neuroanatômico e funcional. Essas redes estão relacionadas à orientação visual direcionada a estímulos, ao estado de alerta e à atenção executiva. A atenção executiva se manifesta pelo reconhecimento de modalidades específicas de estímulos ou pela resolução de conflitos cognitivos durante a execução de tarefas. Nesse sentido, considera-se que ela viabilize a flexibilidade cognitiva a partir do controle inibitório, e contribua para o cumprimento de metas e desenvolvimento das Funções Executivas. Com base nesse entendimento, o presente projeto teve como objetivo avaliar a eficácia da atenção executiva como um preditor do declínio das Funções Executivas de pessoas com Parkinson. Propôs-se comparar grupo de pessoas com Doença de Parkinson e grupo de pessoas sem Parkinson, ambos os grupos com 50 a 80 anos de idade, como uma amostra por conveniência. Foram avaliados e comparados entre si nos dois grupos a flexibilidade cognitiva, o controle inibitório, a funcionalidade executiva no cotidiano e as redes atencionais. Inicialmente, os participantes foram avaliados quanto a sua flexibilidade cognitiva e controle inibitório através do Five Digit Test e sua funcionalidade executiva pela Barkeley Dysexecutive Function Scale, com vistas a definir seu estado funcional. Posteriormente esses grupos foram submetidos à aplicação em ambulatório do Attention Network Test with Interaction and Vigilance. Foram implementadas análise descritiva e inferencial, correlações e regressão com os percentis no teste neuropsicológico, na escala e as médias e medianas obtidas dos tempos de reação e acurácia pelo teste de atenção, repetidos ao longo de um ano de acompanhamento. O estudo contou inicialmente com 99 participantes, sendo 50 com Parkinson e 49 sem Parkinson. Esses grupos não demonstraram diferenças significativas entre si ao longo do acompanhamento. Além disso, 41 participantes, sendo 25 com Parkinson, apresentaram algum sinal de declínio de Funções Executivas. A diferença entre as médias da acurácia para estímulos incongruentes e congruentes, assim como a média da acurácia da vigilância apresentaram significativa correlação e papel preditor quanto a estimativa de declínio provável, em relação a declínio possível ou sem declínio nos testes. A atenção executiva serviu como um preditor para o declínio de controle inibitório e flexibilidade cognitiva. O conceito de atenção foi analisado com base em medianas de tempos de reação e médias de acurácia, revelando maior correlação das médias das acurácias. A análise da vigilância também se mostrou útil para análise desse declínio. Os grupos com Parkinson e sem Parkinson que apresentaram declínio não revelaram diferenças significativas entre si no teste neuropsicológico, assim como no teste de atenção. Os participantes mantiveram ao final do estudo bom desempenho cognitivo em geral, de modo que há necessidade de maior tempo de acompanhamento para verificação se haverá declínio de outras funções.
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Entre os domínios mais afetados na cognição de pessoas com Doença de Parkinson, mesmo sem demência, estão as Funções Executivas. Elas representam um conjunto de processos cerebrais que regulam outras funções na cognição humana, seja no cumprimento de tarefas ou metas, seja na regulação de comportamentos. Ao lado de componentes como flexibilidade cognitiva, controle inibitório e memória operacional, as Funções Executivas são influenciadas por redes atencionais, bem definidas do ponto de vista neuroanatômico e funcional. Essas redes estão relacionadas à orientação visual direcionada a estímulos, ao estado de alerta e à atenção executiva. A atenção executiva se manifesta pelo reconhecimento de modalidades específicas de estímulos ou pela resolução de conflitos cognitivos durante a execução de tarefas. Nesse sentido, considera-se que ela viabilize a flexibilidade cognitiva, a partir do controle inibitório, e contribua para o cumprimento de metas e desenvolvimento das Funções Executivas. Com base nesse entendimento, o presente projeto tem como objetivo avaliar a eficácia da atenção executiva como um preditor do declínio das Funções Executivas de pessoas com Parkinson. Propõe-se comparar grupo de pessoas com Doença de Parkinson e grupo de pessoas sem Parkinson. Serão avaliados nos dois grupos a flexibilidade cognitiva, o controle inibitório e as redes atencionais. Inicialmente, os participantes serão avaliados quanto a sua flexibilidade cognitiva e controle inibitório através do Five Digit Test e sua funcionalidade executiva no cotidiano pela Barkeley Dysexecutive Function Scale, com vistas a definir seu estado funcional. Posteriormente esses grupos serão submetidos à aplicação em ambulatório do Attention Network Test with Interaction and Vigilance seguido de nova aplicação do Five Digit Test. Através deste protocolo serão avaliados a atenção executiva, a vigilância e novamente a flexibilidade cognitiva e controle inibitório após execução dos testes de atenção. Com base nos resultados obtidos, será implementada análise de variância e correlações entre escores, tempos de reação e características clínicas dos grupos avaliados. Sendo assim, destina-se contribuir para a compreensão sobre o declínio das Funções Executivas de pessoas com Doença de Parkinson, através da atenção executiva.
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PHAGNER RAMOS TAVARES
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O FUNCIONAMENTO DA ARGUMENTACAO EM ESTUDANTES COM DEFICIENCIA INTELECTUAL DA REDE MUNICIPAL DE EDUCACAO DE VENTUROSA-PE
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Orientador : SELMA LEITAO SANTOS
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MEMBROS DA BANCA :
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ADRIANA LEITE LIMAVERDE GOMES
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ANGELINA NUNES DE VASCONCELOS
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JULIANA FERREIRA GOMES DA SILVA
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SANDRA PATRICIA ATAIDE FERREIRA
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TICIA CASSIANY FERRO CAVALCANTE
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Data: 31/07/2025
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A argumentação foi inserida como competência básica na Base Nacional Comum Curricular, o que tem enfatizado os estudos no campo educacional, em diversas vertentes, incluindo seu potencial epistêmico e metacognitivo. A argumentação é aqui tomada como processo cognitivo, especificamente um tipo de raciocínio e gênero discursivo, caracterizado pela tríade: argumento (ponto de vista mais justificativa), contra-argumento (questionamento ou oposição ao argumento) e resposta (reação do argumentador ao contra-argumento). Estudos centrados nessa tríade têm demonstrado o potencial da argumentação em engajar os sujeitos a revisar seu conhecimento (epistêmico) e a própria estrutura do pensamento (metacognitivo). Estes demonstram a diferenciação dos efeitos a partir das ações mediadoras em sala de aula, contudo têm tradicionalmente se voltado para os estudantes sem deficiência, por isso este trabalho objetivou analisar este funcionamento em pessoas com deficiência intelectual da Rede Municipal de Educação de Venturosa-PE. As pessoas com DI são caracterizadas por déficits nos processos da memória, atenção, raciocínio, linguagem e funções executivas. Considerando a argumentação como processo do raciocínio e da linguagem, justifica-se a importância de apreender como se caracterizaria nessa população. Para isso, a pesquisa foi realizada com três estudantes com deficiência intelectual, atendidos pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE) na cidade de Venturosa – PE e sua professora. Como procedimento de pesquisa foram realizados e videogravados com autorização dos participantes e de seus responsáveis dois estudos durante o semestre letivo: 1. Análise dos núcleos de significação da professora sobre a deficiência intelectual e sua prática com estes. Como resultados, tivemos um vislumbre dos significados da professora sobre os estudantes identificando a valoração no uso de termos e na forma de interpretação de seus comportamentos, com o bom aluno e a aluna preguiçosa. Essas categorias incidem sobre a interpretação dos comportamentos dos estudantes e na disponibilização de turnos de fala e sua valoração. Estudo 2. Acompanhando as práticas ocorridas no AEE com os três estudantes, a professora e o pesquisador, sendo analisado através da tríade argumentativa (Leitão, 2007; 2012) e das estratégias discursivo-argumentativos. O estudo 2 contou com três fases: Fase I – Observação naturalística, sem modificação intencional do contexto do AEE; Fase II – com a proposição de Estratégias Potencialmente Argumentativas (EPA) pela professora e Fase III com a proposição de EPAs pelo pesquisador. Nas observações foi possível identificar que as ações mediadoras possibilitaram emergência dos movimentos argumentativos, corroborando com o marco histórico-cultural do contexto influindo sobre os processos cognitivos. Os estudantes apresentaram posicionamento (ponto de vista e resposta) em todas as situações, sendo apenas mediante as ações pragmáticas e argumentativas a explicitação de movimentos justificadores, com contra-argumentação e respostas complexas. Neste sentido, pode-se afirmar que as pessoas com DI podem argumentar, possuindo necessidade de contextos com ações mediadoras adequadas. Cabendo outros trabalhos para ampliar as caracterizações e construir modelo normativo que auxilie na maior compreensão de seu desenvolvimento.
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A argumentação foi inserida como competência básica na Base Nacional Comum Curricular, o que tem enfatizado os estudos no campo educacional, em diversas vertentes, incluindo seu potencial epistêmico e metacognitivo. A argumentação é aqui tomada como processo cognitivo, especificamente um tipo de raciocínio e gênero discursivo, caracterizado pela tríade: argumento (ponto de vista mais justificativa), contra-argumento (questionamento ou oposição ao argumento) e resposta (reação do argumentador ao contra-argumento). Estudos centrados nessa tríade têm demonstrado o potencial da argumentação em engajar os sujeitos a revisar seu conhecimento (epistêmico) e a própria estrutura do pensamento (metacognitivo). Estes estudos têm tradicionalmente se voltado para os estudantes sem deficiência, por isso este trabalho objetiva analisar este funcionamento em pessoas com deficiência intelectual. As pessoas com DI são caracterizadas por déficits nos processos da memória, atenção, raciocínio, linguagem e funções executivas. Considerando a argumentação como processo do raciocínio e da linguagem, justifica-se a importância de apreender como se caracterizaria nessa população. Para isso, a pesquisa será realizada com ao menos cinco estudantes com deficiência intelectual que sejam atendidos pelo Atendimento Educacional Especializado na cidade de Venturosa - PE, priorizando a pragmática. Como procedimento serão realizadas duas etapas durante um semestre letivo. A primeira será o acompanhamento e videogravação das atividades livres, sem a intervenção do pesquisador, realizadas pelos profissionais com estes estudantes, e posteriormente, na etapa dois, a construção conjunta de atividades potencialmente argumentativas, considerando as necessidades dos estudantes. Como análise propõe-se três caminhos, que buscam abarcar características diferentes da argumentação. Primeiro será utilizada a tríade argumentativa e sua tipologia, propostas por Leitão e colaboradores, com o objetivo de abarcar as características de potencial epistêmica e metacognitiva. Posteriormente os mesmos dados serão analisados em suas características linguisticas, partindo das estratégias verbais organizadas por Migdalek e colaboradores. Por fim, o modelo de Greco e colaboradores auxiliará a identificar e diferenciar o âmbito estrutural (máximas argumentativas) e conhecimento compartilhado (loci).
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EDSON SOARES DA SILVA
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Desenvolvimento de um novo modelo para a dinâmica da raiva: Ponderando o impacto dos aspectos contextuais
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Orientador : ANTONIO ROAZZI
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MEMBROS DA BANCA :
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AGOSTINHO SERRANO DE ANDRADE NETO
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ALANNY NUNES DE SANTANA
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ANA IZA GOMES DA PENHA SOBRAL
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ESTEFÂNEA ELIDA DA SILVA GUSMÃO
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SANDRA PATRICIA ATAIDE FERREIRA
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Data: 19/09/2025
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A raiva constitui uma emoção humana universal, frequentemente suscitada por experiências de humilhação, frustração ou percepção de injustiça. Apesar de sua relevância e de ter sido objeto de extensos estudos, os modelos teóricos existentes apresentam limitações ao desconsiderarem, em profundidade, os aspectos contextuais que influenciam a intensidade, a duração e as formas de expressão dessa emoção. Este estudo tem como objetivo desenvolver e ampliar o modelo da dinâmica da raiva proposto por Silva (2014), integrando variáveis contextuais críticas, como causas subjacentes, circunstâncias associadas, modos de expressão, fatores sociodemográficos, características psicológicas dos indivíduos e mecanismos de regulação emocional. Ao abordar essas lacunas na literatura internacional, a pesquisa busca avançar no entendimento da tipologia e da dinâmica da raiva, adotando uma abordagem que combina fundamentação teórica e investigação empírica. A metodologia proposta inclui uma revisão sistemática da literatura relevante, seguida de uma análise detalhada do modelo original de Silva (2014). Além disso, será realizada uma classificação criteriosa das causas e circunstâncias associadas aos episódios de raiva, com a condução de um estudo quantitativo para avaliar a validade do modelo expandido. Os dados coletados serão submetidos a análises estatísticas robustas, incluindo a Smallest Space Analysis (SSA) e a Teoria das Facetas, com o objetivo de testar hipóteses falseáveis e explorar a estrutura relacional das variáveis investigadas. Espera-se que os resultados desta pesquisa contribuam para a construção de um modelo teórico abrangente e holístico, capaz de oferecer subsídios para o avanço no campo da regulação emocional, aprimorar o diagnóstico de transtornos relacionados à raiva e informar o desenvolvimento de intervenções práticas e efetivas.
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O presente projeto tem como objetivo desenvolver e expandir o modelo da dinâmica da raiva construído por Silva (2014) incluindo variáveis relacionadas às causas e circunstâncias envolvidas na ocorrência dessa emoção. Ele considera como esses elementos contextuais, que podem levar a diferentes modalidades de expressão, afetam o comportamento em função do tempo, levando em conta a sociodemografia, perfil psicológico geral e mecanismos de regulação emocional. A justificativa para este estudo é preencher uma lacuna na literatura internacional sobre a influência da tipologia da raiva na sua dinâmica. Ter um modelo que explique a dinâmica da raiva é importante por várias razões, incluindo o entendimento da regulação da raiva, a identificação de fatores de risco e o diagnóstico de transtornos relacionados à raiva. O estudo será realizado por meio de uma revisão ampla da literatura e uma reflexão aprofundada sobre o modelo de Silva (2014), seguida pela consideração de como classificar as possíveis causas e circunstâncias ligadas aos episódios de raiva. Em seguida, será realizada uma pesquisa quantitativa para avaliar o modelo desenvolvido. Os dados a serem obtidos por meio da investigação empírica serão submetidos a análises estatísticas diversas de forma a testar as hipóteses falseáveis. De particular relevância será uma visão abrangente, simultaneamente holística e detalhada, da estrutura relacional das variáveis por meio da Smallest Space Analysis (SSA) e Teoria das Facetas.
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ELAINE CLAUDIA SILVA DO NASCIMENTO
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ENTRE MARCAS VISÍVEIS E INVISÍVEIS: Círculos de cultura e processos imaginativos de mulheres idosas sobre violência
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Orientador : ANA KARINA MOUTINHO LIMA
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MEMBROS DA BANCA :
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ESTELA MARIA LEITE MEIRELLES MONTEIRO
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RENATA LIRA DOS SANTOS ALESSIO
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DORIS FIRMINO RABELO
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ANABEL GUEDES PESSOA NOLASCO
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ANDREA PAULA PANTOJA GARVEY
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Data: 20/10/2025
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A violência contra mulher idosa no contexto intrafamiliar tem se apresentado como um grave problema de saúde pública, em razão dos números alarmantes de novos casos a cada ano e da intersecção de dois fatores de vulnerabilidade (gênero e idade). Entretanto, mesmo com o aumento progressivo de estudos na área da geriatria e gerontologia, persistem as subnotificações diante de cenários de violência, evidenciando a necessidade de construção de intervenções nas diversas áreas de assistência. Frente a esse cenário, nessa pesquisa de abordagem sócio-histórica, idiográfica e processual, com caráter descritivo e exploratório, objetivamos investigar como os processos imaginativos de mulheres idosas sobre violência se desenvolvem ao longo de três círculos de cultura. Esse estudo teve como referencial teórico a dinâmica imaginativa proposta por T. Zittoun e colaboradores, na qual o imaginar é compreendido como uma função mental superior, sócio historicamente construída, e na qual se dá a expansão da experiência. Cabe pontuar que os círculos de cultura, elaborados por Paulo Freire, são espaços de diálogo e aprendizado, com construção de conhecimento de forma horizontal e crítica. Para esse estudo de caso grupal foram utilizados como instrumentos metodológicos: questionário sociodemográfico, Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP), Diário de campo e três encontros de Círculos de Cultura. Os encontros foram conduzidos pela pesquisadora-animadora com 11 mulheres idosas matriculadas na Universidade Aberta da Terceira Idade da Universidade Federal de Pernambuco (UNATI/UFPE). Posteriormente, foi realizada uma análise microgenética dos registros em áudio e video produzidos em cada um dos três encontros. Nos resultados sugerimos que, nos círculos, desenvolveu-se uma Dinâmica Imaginativa Relacional, da qual originou-se a novidade teórica desta investigação. Defendemos que em espaços de diálogo e aprendizagem, como os círculos de cultura, o ato de imaginar ocorre, além dos loopings individuais em loopings coletivos, nos quais se dão por rupturas e transições. A este processo, identifica-se uma dinâmica integrada entre o que chamamos por Ressonância e Dissonância imaginativas, as quais permitem a expansão e transformação de suas esferas de experiência, construindo – assim - novas possibilidades de ser e agir. A análise desenvolvimental demonstrou uma progressão ao longo dos encontros de três níveis do imaginar coletivo sobre violência, Foi realizada, ainda, a articulação dessa dinâmica com o Modelo Ecológico de Violência e da Teoria da Interseccionalidade, evidenciando como as suas múltiplas dimensões impactam nas experiências de violência e do envelhecimento. Sugerimos novos estudos para ampliar a investigação sobre a dinâmica imaginativa relacional e com o objetivo de garantir políticas públicas e medidas de combate a violência contra mulher idosa.
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RODRIGO EDIPO DO NASCIMENTO SILVA
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ENTRE CAMINHOS E CORRESPONSABILIDADES: ecologias atencionais na relação pai, criança e mundos
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Orientador : ANA KARINA MOUTINHO LIMA
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MEMBROS DA BANCA :
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AURINO LIMA FERREIRA
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BENEDITO MEDRADO DANTAS
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LUCIANA VIEIRA CALIMAN
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MARIA CAROLINA DE ANDRADE FREITAS
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MAÍRA SIMÕES CLAUDINO DOS SANTOS
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Data: 24/10/2025
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A paternidade hegemônica, tal como concebida na modernidade ocidental e sustentada pelo sistema patriarcal, naturalizou práticas de autoridade, distanciamento afetivo e normatização da infância. Desnaturalizar essa configuração pode ser uma via para abrir espaço a outras formas de cuidado e corresponsabilidade. Esta pesquisa nasceu da experiência vivida pelo pesquisador com seu filho na primeira infância, confinados durante a pandemia, a partir da qual se delineou toda a construção teórico-metodológica do estudo. Investigou-se, assim, os gestos atencionais que emergem na relação entre pais, crianças em primeira infância e mundos, examinando como podem compor ecologias atencionais capazes de cultivar outros modos de parentar. De natureza idiográfica, qualitativa e cartográfica (Passos; Kastrup; Escóssia, 2015), a investigação combinou estudo teórico e trabalho de campo, articulando dois dispositivos: entrevistas com cinco pais homens cis e um conjunto de sete caminhadas ao ar livre, realizadas separadamente com duas crianças em companhia de seu respectivo pai e do pesquisador. Cada criança definiu percursos e ritmos, que se configuraram como laboratórios estéticos atencionais (Citton, 2017; Kastrup & Caliman, 2025). As entrevistas ocorreram em formato híbrido (presencial e remoto), enquanto as caminhadas se desenrolaram na Região Metropolitana do Recife. O referencial teórico mobilizou a ecologia da atenção (Citton, 2017) e os estudos atencionais de William James, Daniel Stern, Virgínia Kastrup, Luciana Caliman, Cristiane Bremenkamp Cruz e outros, em articulação com a perspectiva do caminhar no modo labirinto (Ingold, 2015). Somaram-se ainda os estudos sobre infância de Donald Winnicott, Walter Kohan, Renato Noguera e outros, em diálogo com contribuições interseccionais sobre gênero e cuidado como Valeska Zanello, Silvia Federici, bell hooks, Donna Haraway. A análise foi conduzida a partir de uma matriz cartográfica que organizava as cenas em campos de descrição, gestos atencionais percebidos, notas interpretativas, pistas para análise cartográfica e rascunhos analíticos. Esse processo permitiu acompanhar a emergência dos gestos em sua singularidade e, ao mesmo tempo, articular transversalmente os achados por meio da construção de zonas de intensidade. As pistas encontradas sugerem que a atenção, quando vivida como gesto partilhado, pode operar como prática de cuidado relacional e como possibilidade de deslocamento frente às normatividades que restringem infância e paternidade. Em oposição à economia da atenção, que não captura apenas o olhar, mas sequestra os sentidos, o tempo vivido e as próprias subjetividades, convertendo-os em recurso e mercadoria, a ecologia da atenção afirma a atenção como vínculo vivo, gesto de cuidado e prática insurgente de abertura.
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Através de caminhadas contemplativas (Nhat Hanh, 1984; Ingold, 2015) com grupos de pais e crianças de 1 ano e meio a 3 anos, buscaremos compreender de que forma os gestos atencionais emergem durante essas experiências e como podem oferecer pistas para o florescimento de relações paternas mais cuidadosas e responsáveis. Para além de um entendimento focado apenas nos déficits e na medicalização, a presente proposta de pesquisa compreende a atenção como cultivo (Wallace, 2008; Santem, 2001; Varela, Thompson e Rosch, 2003; Kastrup, 2007; 2004; 2008; Cruz, 2022) e busca apontar direções para práticas metodológicas que possam servir de base para reaprendermos a “arte de prestar atenção” (Stengers, 2018) no nosso cotidiano. O conceito de atenção conjunta é visto a partir da abordagem da cognição inventiva (Kastrup, 1999) e da ecologia da atenção (Citton, 2017). Com base nos dados produzidos no campo por meio do método da cartografia (Alvarez; Passos; Kastrup; Escóssia, 2009), a investigação visa ensaiar aproximações entre os regimes atencionais e a responsabilidade, essa última a partir do conceito de simpoiese de Haraway (2016; 2021) e da noção de parentalidade revolucionária em hooks (2019).
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ERIKA CRISTIANE DA SILVA
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SAVORING EM UNIVERSITÁRIOS: ASSOCIAÇÕES ENTRE AUTOCONSCIÊNCIA PRIVADA E REGULAÇÃO EMOCIONAL POSITIVA
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Orientador : ALEXSANDRO MEDEIROS DO NASCIMENTO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANTONIO ROAZZI
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CANDY ESTELLE MARQUES LAURENDON
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UMBELINA DO REGO LEITE
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SIMONE SALTARELI
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ALEXANDER MOREIRA DE ALMEIDA
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Data: 18/12/2025
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A Autoconsciência é a capacidade do self refletir sobre si mesmo. Após tal reflexão, o self pode seguir como agente executivo, por meio da regulação emocional, por exemplo. Esta corresponde aos esforços intencionais dos indivíduos para modificar ou controlar estados emocionais transitórios, situacionalmente determinados e caracterizados por valência positiva ou negativa. A regulação emocional é subdividida em dois grupos, a saber, negativa e positiva. A primeira responde pela diminuição (down-regulate) dos efeitos indesejáveis das emoções negativas, enquanto a segunda responde por potencializar os (up-regulate) efeitos desejáveis das emoções positivas. Uma das estratégias de regulação positiva das emoções positivas é chamada de savoring. Este, ancorado num modelo teórico elaborado em 2007 por Bryant e Veroff, é considerado uma forma cognitiva de regular as emoções positivas, sendo um processo de prestar atenção e apreciar experiências, julgadas como positivas, a fim de vivenciar bem-estar. Supondo haver possíveis relações entre a autoconsciência e o savoring, o presente estudo descritivo, correlacional de coorte transversal e de caráter exploratório, partiu do seguinte problema: quais as inter-relações entre savoring e autoconsciência? Foram utilizados testes estatísticos descritivos e inferenciais (correlações de Pearson e regressão linear) para, respectivamente, descrever a amostra, verificar correlações e possíveis variáveis preditoras. Sendo assim, o objetivo geral desta pesquisa foi mapear possíveis associações entre a regulação emocional positiva do tipo savoring e a autoconsciência. Após a aprovação no comitê de ética e pesquisa com seres humanos (CAEE: 81301224.6.0000.5208), participaram deste estudo 169 universitários, com idades entre 18 e 40 anos, de ambos os gêneros. Eles responderam a um protocolo de medidas psicométricas, online, sobre autoconsciência, regulação emocional, rastreio de sintomas de estresse, ansiedade e depressão e uma medida de afetos positivos e negativos. Os dados foram armazenados em planilha eletrônica e analisados com o apoio do programa estatístico SPSS, versão 21. Quanto aos resultados, o savoring apresentou correlações significativas apenas com a autoconsciência ruminativa (r = - 0,177; p= 0,022) disposicional, com a depressão (r= - 0,219; p= 0,004) e com o afeto negativo (r= - 0,204; p= 0,008). O teste de regressão linear (método backward) sugere que o savoring é melhor explicado pela autoconsciência privada do tipo disposicional, apresentando uma direção positiva (β = 2,127; p = 0,035) entre a reflexão e o savoring e uma direção negativa (β = -2,671; p = 0,008) entre a ruminação diposicional (RD) e o savoring. O coeficiente de regressão não padronizado (β = −2,991; erro padrão = 1,030; p = 0,004) indica que, a cada aumento unitário no escore de savoring, espera-se uma redução média de 2,99 pontos nos escores de depressão. Essas variáveis da psicopatologia e da RD também se mostraram positivamente relacionadas entre si, confirmando evidências anteriores que apontam a ruminação como um fator transdiagnóstico do adoecimento mental. Como o savoring prediz em parte e se mostra correlacionado negativamente com a RD, o afeto negativo e a depressão, sugere-se que aumentar proativamente o savoring pode diminuir tanto a ruminação, como o afeto negativo e a depressão.
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Autoconsciência é a capacidade do self refletir sobre si mesmo. Após tal reflexão, o self pode seguir como agente executivo, por meio da regulação emocional, por exemplo. Esta é definida como “tentativas das pessoas de influenciar as emoções, definidas como estados limitados no tempo, vinculados à situação e valenciados (positivos ou negativos)”. A regulação emocional é subdividida em dois grupos, a saber, negativa e positiva. A primeira responde pela diminuição (down-regulate) dos efeitos indesejáveis das emoções negativas, enquanto a segunda responde por potencializar os (up-regulate) efeitos desejáveis das emoções positivas. Uma das estratégias de regulação positiva das emoções positivas é chamada de savoring. Este, ancorado num modelo teórico elaborado em 2007 por Bryant e Veroff, é considerado uma forma cognitiva de regular as emoções positivas, sendo um processo de prestar atenção e apreciar experiências, julgadas como positivas, a fim de vivenciar bem-estar. Supondo haver possíveis relações entre a autoconsciência e o savoring, o presente estudo descritivo, correlacional de coorte transversal e de caráter exploratório, parte do seguinte problema: quais as inter-relações entre savoring e autoconsciência? Pretende-se utilizar a Modelagem de equações estruturais para testar a hipótese organizadora do estudo, a qual considera que a dimensão “autoconsciência situacional” prevê a dimensão do insight e este media as relações entre a reflexão cognitiva e a autorregulação das emoções positivas e esta última prevê mais emoções positivas e menos sintomas ansiosos, depressivos e de estresse em adultos emergentes universitários. Sendo assim, o objetivo geral desta pesquisa é mapear possíveis associações entre a regulação emocional positiva do tipo savoring e a autoconsciência. Participarão do estudo de 200 universitários, com idades entre 18 e 40 anos, de ambos os sexos. Eles responderão a um protocolo de medidas psicométricas, online, sobre autoconsciência, regulação emocional, rastreio de sintomas de estresse, ansiedade e depressão e uma medida de afetos positivos e negativos. Os dados serão armazenados em planilha eletrônica e analisados estatisticamente pela análise psicométrica tradicional, triangulado com a teoria das facetas. As análises serão realizadas com o apoio do programa estatístico R.
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LEANDRO SANTOS BEZERRA
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EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA ASSOCIADA AO TREINO COGNITIVO DAS FUNÇÕES EXECUTIVAS EM ADOLESCENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 1
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Orientador : RENATA MARIA TOSCANO BARRETO LYRA NOGUEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALINE MENDES LACERDA
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MIRELA DANTAS RICARTE
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ALANNY NUNES DE SANTANA
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JANAINA GAIA RIBEIRO DIAS
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MICHAEL JACKSON OLIVEIRA DE ANDRADE
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DEBORA ALVES DE AMORIM
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ANA IZA GOMES DA PENHA SOBRAL
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Data: 19/12/2025
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Adolescentes com diabetes mellitus tipo 1 (DM1) frequentemente apresentam dificuldades de adesão ao tratamento, com repercussões no controle glicêmico. Parte dessas dificuldades decorre da complexidade do autocuidado, que exige autogestão comportamental contínua (monitorização glicêmica, administração de insulina e manejo das demandas alimentares e de intercorrências). A baixa adesão e o controle glicêmico inadequado, ocasionando variabilidade glicêmica elevada, são associados a repercussões deletérias sobre o sistema nervoso central, em níveis estrutural e funcional, com particular envolvimento de circuitos pré-frontais. Nesse contexto, a literatura encontra déficits neurocognitivos nessa população, com destaque para comprometimentos nas funções executivas (FE). As FE, especialmente memória de trabalho (MT) e controle inibitório (CI), são recursos centrais para manter metas ativas, inibir respostas imediatas e sustentar rotinas de autocuidado. Diante dessa problemática, a presente tese estabeleceu como objetivo avaliar os efeitos da estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC), ativa e simulada, associada a intervenção cognitiva sobre FE (MT e CI), adesão ao tratamento e controle glicêmico em adolescentes com DM1. Para tanto, foram desenvolvidos três artigos. No Artigo 1, objetivou-se investigar se a ETCC associada ao treino cognitivo melhora FE em comparação com a ETCC simulada com o mesmo treino em crianças e adolescentes. Realizou-se revisão sistemática registrada no PROSPERO, incluindo ensaios clínicos randomizados, com avaliação do risco de viés e da certeza da evidência. Em geral, a evidência foi limitada e heterogênea, não sustentando superioridade consistente da ETCC ativa para melhora de FE, embora o perfil de tolerabilidade tenha sido aceitável, sem eventos graves atribuídos à intervenção. O Artigo 2 objetivou investigar, em adolescentes com DM1, associações entre FE (MT, CI e autorregulação executiva), adesão e controle glicêmico, bem como efeitos da idade ao diagnóstico. Conduziu-se estudo transversal com 24 adolescentes (13 a 16 anos), com avaliação das FE por tarefas de desempenho e heterorrelato. Observou-se associação entre melhor desempenho em CI (tarefa de desempenho) e melhor controle glicêmico. As demais associações não foram significativas. No Artigo 3, objetivou-se investigar os efeitos da ETCC associada ao treino cognitivo sobre FE, adesão, controle glicêmico e sintomas emocionais (depressão, ansiedade e estresse) em adolescentes com DM1, no pós-teste e follow-up. Realizou-se ensaio clínico randomizado, simples-cego, com três avaliações (pré, pós e follow-up de três meses), comparando ETCC ativa versus simulada (1,5 mA e 20 min) associadas ao mesmo treino cognitivo, em cinco sessões diárias e consecutivas, com 24 adolescentes, 12 (ETCC ativa) e 12 (ETCC simulada). Os achados sugeriram benefícios robustos em MT visuoespacial no grupo ativo, com efeitos mais modestos em MT verbal e CI, além de ausência de impacto diferencial sobre adesão e controle glicêmico no follow-up. Adicionalmente, melhor desempenho basal em MT verbal associou-se a melhor controle glicêmico no seguimento e observaram-se melhorias em sintomas emocionais no pós no grupo ativo. Em síntese, as FE são clinicamente relevantes para a autogestão do DM1 e a ETCC com treino cognitivo mostrou-se viável e tolerada, com potencial benefício em desfechos cognitivos e emocionais, embora a generalização clínica possa exigir intervenções integradas.
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O diabetes mellitus tipo 1 é uma disfunção endócrina crônica que ocasiona a elevação da glicose sanguínea e possui alta taxa de morbimortalidade. Adolescentes com essa patologia parecem experimentar maiores dificuldades para manter o controle glicêmico adequado. Nesse contexto, a literatura tem indicado que a baixa adesão, o menor controle glicêmico e a idade precoce de diagnóstico causam prejuíjos significativos no sistema nervoso central e no funcionamento de processos cognitivos, como as funções executivas - habilidades cognitivas (memória de trabalho, controle inibitório e flexibilidade cognitiva) que regulam pensamentos e ações, contribuindo com a autogestão de comportamentos de saúde. Nessa direção, a estimulação transcraniana por corrente contínua associada a treinos cognitivos aparecem como técnicas promissoras utilizadas para lidar com lesões neurocorticais, neurofuncionais, déficits executivos e autorregulação comportamental. Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo avaliar os efeitos da estimulação transcraniana por corrente contínua associada ao treino cognitivo sobre as funções executivas (memória de trabalho e controle inibitório), adesão ao tratamento e controle glicêmico em adolescentes com diabetes mellitus tipo 1. Trata-se de um ensaio clínico randomizado, com delineamento pré-teste, pós-teste e follow-up. A amostra será composta por 80 adolescentes com diabetes mellitus tipo 1, entre 13 e 16 anos, divididos em dois grupos: 40 (grupo ativo) e 40 (grupo simulado). A avaliação será feita a partir dos seguintes instrumentos: (i) Questionário Sociodemográfico e de Saúde; (ii) Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse para Adolescentes; (iii) Questionário sobre os efeitos adversos da aplicação da ETCC; (iv) Teste de glicemia sanguínea capilar; (v) Diabetes Self- Management Profile - adesão; (vi) Teste de Hemoglobina Glicada - controle glicêmico; (vii) Blocos de Corsi e (viii) Dígitos Ordem Inversa - memória de trabalho; (ix) Five Digit Test e (x) Teste Inibindo Respostas - controle inibitório; e (xi) Behavior Rating Inventory Executive Functions - funções executivas. A intervenção será estruturada por meio de cinco sessões de Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) - eletrodo anódico sob F3 e o catódico na região Fp2 - associada ao treino cognitivo da memória de trabalho. Observa-se escassez de investigações que avaliam o impacto de intervenções cognitivas em adolescentes com diabetes tipo 1. Estudos dessa natureza podem contribuir com a identificação de variáveis potencialmente associadas à baixa autogestão clínica, bem como com o desenvolvimento de ações que melhoram a qualidade de vida dessa população.
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VANESSA NICOLAU FREITAS DOS SANTOS
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A PRODUÇÃO DE SENTIDOS NA LEITURA E O PROCESSO DE LETRAMENTO DE CRIANÇA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)
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Orientador : SANDRA PATRICIA ATAIDE FERREIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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FABIANA ALVARENGA RANGEL
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EMMANUELLE CHRISTINE CHAVES DA SILVA
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FABIOLA MONICA DA SILVA GONCALVES
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KEILLA REBEKA SIMÕES OLIVEIRA DE FREITAS
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RAFAELLA ASFORA SIQUEIRA CAMPOS LIMA
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Data: 22/12/2025
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O estudante com Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode apresentar comprometimentos na área da sociocomunicação e do comportamento de forma heterogênea, influenciando seu modo de sentir, se relacionar e aprender (APA, 2022). Em razão dos espaços sociais restritivos às formas singulares de existir, esses estudantes têm permanecido à margem dos processos de aprendizagem, especificamente aqueles relacionados à leitura. Nesse contexto, torna-se fundamental a utilização de uma mediação efetiva e intencional por parte do professor nas atividades de leitura, para que o estudante autista possa ser percebido como sujeito-leitor-ativo em diálogo com os textos. Desse modo, a partir de uma perspectiva interdisciplinar, que põe em diálogo a Filosofia da Linguagem de Bakhtin e a Psicologia Histórico-Cultural de Vigotski, como principais referências teóricas desta pesquisa, o presente estudo teve como objetivo geral investigar a produção de sentidos na leitura e os letramentos escolar e não-escolar vivenciados por uma criança diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), matriculada nos anos iniciais do Ensino Fundamental, mediados pela docente. Para isso, tratou-se de uma pesquisa qualitativa, tendo como delineamento o estudo de caso. Participaram do estudo uma criança identificada com o espectro autista, dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em contexto de sala de aula de uma escola pública do Recife/PE. Também participaram sua mãe, sua professora da sala regular, sua professora do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e a psicopedagoga. Para a construção dos dados foram desenvolvidas observações e videogravações das atividades de leitura, concentradas nas mediações realizadas pela docente da sala regular. Após essa etapa, foram desenvolvidas entrevistas semiestruturadas com todos os participantes mediante um roteiro de perguntas. Para a análise dos dados, foram adotados cinco eixos de investigação: o Eixo 1 corresponde ao estudo da mediação docente e contemplou dados das observações e videogravações das situações de leitura e entrevista com a professora (Oliveira, 2017); já o Eixo 2 refere-se à análise da produção de sentidos, e abarca os dados das observações e videogravações das atividades de leitura (Smolka, 2012). No que se refere ao Eixo 3, que corresponde ao estudo dos letramentos, contemplou dados das observações e das entrevistas com os participantes; já o Eixo 4, quanto à análise das concepções das docentes da sala regular e do AEE; e o eixo 5, acerca da análise das concepções sustentadas pela psicopedagoga; ambos contemplaram os dados das entrevistas. Os dados provenientes aos eixos 3, 4 e 5 foram analisados de acordo com a apreensão dos sentidos presentes na fala do sujeito a partir de núcleos de significação (Aguiar; Ozella, 2006, 2013). Os resultados indicam que, durante as situações de leitura, o estudante envolveu-se responsivamente na produção de sentidos, ao articular diferentes recursos linguísticos com os quais dialogou com os textos, com o corpo assumindo papel central na expressão de seus enunciados. Embora esse processo não tenha ocorrido exclusivamente por meio de estratégias pedagógicas dialógicas planejadas por parte da professora da sala regular, contou, sobretudo, com a mediação da profissional de apoio escolar que ampliou os sentidos produzidos pelo estudante, evidenciando o potencial das interações mediadas para o desenvolvimento da leitura como prática de inclusão social. Os letramentos escolares foram mediados pela decodificação do sistema linguístico, perspectiva mais próxima da abordagem da professora. As concepções das duas professoras revelaram práticas e entendimentos que priorizaram a dimensão técnica, linear, fragmentada e instrumental, em detrimento da dimensão dialógica e constitutiva da linguagem. Verificou-se também que a psicopedagoga concebe os processos investigados a partir da noção instrumental, do treinamento individualizado e do controle do comportamento infantil. Observou-se que os letramentos não-escolares do estudante constituíram-se a partir das interações familiares de mediação de leitura e das vivências culturais, como o cinema, que atravessam seu contexto social, mediadas pela figura de sua mãe e de sua irmã mais velha. Para concluir, ressalta-se que a produção de sentidos de estudantes autistas se constitui de modo singular, atravessada pelas condições materiais, interacionais, pedagógicas e discursivas que organizam as situações de ensino, indicando a necessidade de práticas de inclusão escolar que reconheçam suas formas singulares ao vivenciar as práticas de letramentos, notadamente as situações de leitura.
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Percebe-se que estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) têm ficado à margem dos processos de aprendizagem, especificamente aqueles que dizem respeito ao eixo da leitura nos anos iniciais. Entretanto, é no contexto escolar que a maioria da população brasileira tem contato com as primeiras leituras. Tais vivências devem ser oportunizadas na escola por meio da mediação docente realizada nos momentos de “rodas de leitura”, permeadas de diálogos sobre os textos literários, o que permite aos estudantes construir significados sobre o que se leu, aspecto essencial para a formação do leitor crítico. Deste modo, a presente pesquisa assume, a partir da perspectiva histórico-cultural de Lev S. Vigotski, a concepção de linguagem como constitutiva e constituidora da atividade humana e das práticas sociais enraizadas nas condições sócio-históricas e, portanto, fundamentalmente culturais. A disso, o objetivo principal é investigar a produção de sentidos na leitura e os letramentos escolar e não-escolar vivenciados por uma criança diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), matriculada nos anos iniciais do Ensino Fundamental, na cidade de Recife-PE, mediados pelo/a docente. Do ponto de vista metodológico, trata-se de uma pesquisa qualitativa com delineamento do tipo estudo de caso. Participarão do estudo uma criança com diagnóstico de TEA, sua respectiva professora, a docente da Sala de Recursos Multifuncionais (SRMF), os pais ou responsáveis pela criança, bem como os profissionais do contexto clínico. Para a construção dos dados, serão utilizadas técnicas de observação, videografia e entrevista semiestruturada. O objetivo das observações e das videografias estará concentrado nos momentos de leitura e nas mediações realizadas pelo/a docente da sala regular. A observação será utilizada também para compreender como o letramento organiza-se na escola e na sala de aula. Após a realização das observações e de todos os registros videográficos, a fase de realização das entrevistas começará. Serão realizadas entrevistas semiestruturadas com cada participante mediante um roteiro de perguntas. Com a criança e seus responsáveis, o objetivo estará em conhecer o letramento não escolar. Com as docentes de sala de aula e da Sala de Recursos Multifuncionais (SRMF), terá a finalidade de conhecer as concepções sobre leitura, desenvolvimento e aprendizagem. Com os profissionais da área da saúde, o objetivo será conhecer as concepções de aprendizagem e desenvolvimento. Todas as entrevistas serão gravadas e posteriormente transcritas. Para a proposta de análise dos dados, serão adotados cinco eixos de investigação. Para o estudo da mediação docente, serão adotados os elementos propostos por Oliveira (2017), acerca das estratégias docentes, quanto à escolha e ao trabalho com os textos literários. Acerca do estudo da produção de sentidos, serão observadas as categorias da interdiscursividade e intersubjetividade, baseadas em Smolka (2012) e em Browder et al. (2006) sobre a especificidade para o estudante autista. O estudo do letramento, será desenvolvido a partir de Kleiman (1995) e Rojo (2009), sobre as vivências de letramento. A análise de todas as entrevistas será fundamentada na proposta de Aguiar e Ozella (2013) dos núcleos de significação. Os registros videográficos serão estudados por meio da Análise Interacional (Meira, 1994).
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SILVANIA LUCIA DA SILVA CARRILHO
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SENTIDOS DO IMPACTO DE ENSINO A DISTÂNCIA MEDIADO PELA INTERNET E AS RELAÇÕES COM AUTOCONSCIÊNCIA, BEM-ESTAR E PERCEPÇÕES DE SAÚDE DOS DOCENTES DO ENSINO SUPERIOR DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE
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Orientador : ALEXSANDRO MEDEIROS DO NASCIMENTO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANTONIO ROAZZI
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SANDRA PATRICIA ATAIDE FERREIRA
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BRUNO CAMPELLO DE SOUZA
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ESTEFÂNEA ELIDA DA SILVA GUSMÃO
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WALBERTO SILVA DOS SANTOS
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Data: 23/12/2025
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A presente tese examina de forma integrada os efeitos do ensino a distância mediado pela internet sobre docentes do ensino superior da Região Metropolitana do Recife, articulando referenciais da psicologia da autoconsciência, da saúde docente e das dinâmicas subjetivas do trabalho no ambiente digital, com o objetivo de compreender como diferentes formas de autofoco influenciam a construção de sentidos sobre o iEaD, o bem-estar e a saúde. A pesquisa empírica envolveu 101 professores de instituições privadas, combinando medidas quantitativas de saúde física e psicológica, de dimensões da autoconsciência e de percepções sobre a prática pedagógica online, além de entrevistas qualitativas sobre preocupações relacionadas ao iEaD. As análises identificaram que os componentes da autoconsciência se organizam em duas categorias principais: Imersão, vinculada a processos de contemplação interna, e Externalização, associada à atenção voltada para a percepção de si em relação aos outros. Os resultados mostraram que a Imersão se relaciona positivamente com indicadores de bem-estar físico e mental, enquanto a Externalização apresenta vínculos mais fortes com experiências de mal-estar e desgaste. Na análise qualitativa, os relatos docentes convergiram para dois núcleos temáticos: preocupações centradas no próprio indivíduo e preocupações centradas na atuação docente, os quais se alinharam às dimensões quantitativas, dado que preocupações consigo mesmos se associaram predominantemente à Imersão e ao bem-estar, enquanto preocupações com desempenho e expectativas institucionais se associaram à Externalização e ao mal-estar. Esses achados indicam que o iEaD não exerce efeitos homogêneos sobre a saúde docente, mas interage com estilos de autofoco que modulam a forma como desafios pedagógicos, cognitivos e emocionais são percebidos e vivenciados. A pesquisa contribui ao avançar a compreensão da autoconsciência como mecanismo psicológico relevante na mediação dos impactos do ensino digital e ao demonstrar que os efeitos do iEaD são condicionados por padrões cognitivos que podem amplificar tanto processos adaptativos quanto vulnerabilidades psicológicas. As implicações práticas incluem a necessidade de políticas institucionais que reconheçam a diversidade de estilos de autoconsciência, oferecendo suporte direcionado para reduzir o peso da Externalização e para fortalecer formas de Imersão que favoreçam o equilíbrio emocional, a saúde física e a sustentabilidade da prática docente.
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A recente metamorfose tecnológica no cenário educacional transformou profundamente o ensino e aprendizagem, enfatizando o ensino a distância (EaD) mediado pela internet, uma modalidade que tem promovido avanços nas estratégias pedagógicas, mas também introduzindo complexidades que afetam a eficácia do ensino e o bem-estar dos docentes. O presente estudo foca nos "Sentidos do Impacto de Ensino a Distância Mediado pela Internet e as Relações com Autoconsciência, Bem-Estar e Percepções de Saúde dos Docentes do Ensino Superior da Região Metropolitana do Recife." A Autoconsciência, compreendida em suas múltiplas facetas, é usada como lente crítica para analisar as complexas interações entre docentes, EAD, bem-estar e saúde. Explorando a capacidade multifacetada de Autoconsciência, que varia nos docentes envolvidos no EAD, o estudo busca entender como eles percebem e se adaptam às peculiaridades do EAD e como essas percepções estão ligadas ao seu bem-estar emocional e físico e às perspectivas de saúde. A pesquisa utiliza uma abordagem multidimensional, considerando a diversidade de perspectivas e vivências, e visa fornecer insights para criar estratégias de suporte, promovendo um ambiente de trabalho saudável e eficiente, e contribuindo para a melhoria contínua da qualidade do ensino na região. Além disso, o estudo propõe-se a testar a hipótese de mediação cognitiva da Autoconsciência em relação ao campo de produção de significados relacionados à Docência em EaD, como também das interrelações entre as percepções de bem-estar e níveis de percepção de saúde dos docentes. Em meio às mudanças e desafios emocionais, cognitivos e físicos enfrentados pelos docentes, a pesquisa não apenas buscará uma compreensão profunda da experiência docente, mas também fornecerá informações essenciais para o desenvolvimento de políticas sustentáveis. Em resumo, a investigação foca na dinâmica interligada entre o EaD mediado pela internet e as percepções dos docentes de Autoconsciência, bem-estar e saúde na Região Metropolitana do Recife, contribuindo para uma compreensão mais holística dos desafios e benefícios inerentes à Educação no Século XXI nesta região do país.
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