Ao longo dos anos, a Geografia escolar lida com o desafio de proporcionar uma aprendizagem significativa utilizando-se de métodos que sejam atrativos aos estudantes e buscando aproximar os conceitos geográficos à realidade na qual esses estudantes estão inseridos. Buscando alcançar tal finalidade, as metodologias altivas surgem como possibilidade de desenvolver métodos e procedimentos a serem utilizados no ambiente escolar que busquem oferecer ao estudante o papel de protagonismo no processo de ensino-aprendizagem. Dentre as diversas alternativas de metodologias ativas existentes, esse trabalho propõe-se a analisar a aplicação de um método pautado no conceito da Educomunicação, que busca integrar o processo de comunicação ao de educação por meio de incentivos aos estudantes para participarem de maneira ativa na construção do processo de ensino-aprendizagem. Dentro dessa proposta, os estudantes dos 7º anos B e C da EMTI Professor Agerson Tabosa Pinto, lócus da pesquisa, foram convidados a participar de uma série de atividades desenvolvidas no decorrer das aulas de Geografia, buscando evidenciar a categoria geográfica paisagem a partir de vivências cotidianas. Dentre as atividades realizadas podemos citar: elaboração de croquis retratando paisagens cotidianas, realização registro fotográficos de paisagens encontradas no bairro, apresentação de um trabalho na feira de ciências escolar sobre a categoria geográfica paisagem a partir de uma perspectiva local e utilização de uma cartilha digital, que foi construída a partir das fotografias registradas pelos estudantes. A avaliação dos resultados obtidos através da pesquisa deu-se através da aplicação de questionários junto aos estudantes participantes, onde se constatou que a utilização de recursos digitais, bem como a aproximação dos conteúdos lecionados a realidade dos estudantes tem o potencial de tornar as aulas mais atrativas e dinâmicas.

A Geomorfologia desempenha um papel fundamental na compreensão da dinâmica
da superfície terrestre, influenciando diretamente em diversos aspectos da vida
humana, desde a ocupação do espaço até a ocorrência de eventos naturais. No
entanto, apesar da sua importância, muitas vezes os conceitos relacionados à
geomorfologia não são claramente compreendidos e aplicados na prática. A partir do
reconhecimento da trajetória do ensino de geomorfologia e sua efetividade no
processo de ensino-aprendizagem, poderemos identificar lacunas, desafios e
oportunidades para aprimorar a abordagem desses conteúdos nas escolas. Nesse
contexto, o presente trabalho teve como objetivo geral produzir um guia didático que
exemplifica uma sequência didática aplicada, com foco no ensino de Geomorfologia,
buscando colaborar com outros professores por meio da sistematização de práticas
pedagógicas significativas. A metodologia desenvolvida neste trabalho foi sequência
didática fundamentada no estudo do meio. A aplicação foi realizada no componente
curricular eletivo de uma escola pública de regime semi-integral, localizada no Bairro
dos Estados no município de Camaragibe/PE, com estudantes do 7º ano do Ensino
Fundamental. Esta área marcada por processos de ocupação irregular e recorrentes
movimentos de massa, tais condições evidenciam a pertinência da abordagem
geomorfológica para uma melhor compreensão do espaço vivido pelos estudantes. A
sequência didática foi aplicada com foco na compreensão de conceitos por meio de
atividades práticas e integradas. Os resultados indicaram um avanço significativo no
entendimento dos conceitos geomorfológicos por parte dos estudantes,
especialmente na capacidade de reconhecer e relacionar os elementos do relevo com
sua vivência cotidiana e com os riscos ambientais da região. A avaliação foi
processual e comparativa, possibilitando verificar a efetividade da proposta em
articulação com o estudo do meio como estratégia metodológica. Como produto final,
desenvolveu-se um guia didático que sistematiza o planejamento e a aplicação da
sequência, com o objetivo de fortalecer o ensino de Geomorfologia na Educação
Básica e oferecer subsídios pedagógicos a professores de Geografia, incentivando
uma abordagem crítica e contextualizada

Tendo em vista a demanda, no contexto atual, pela exploração de alternativas didático-metodológicas que favoreçam a participação dos estudantes e contribuam para o aprendizado de cartografia nos anos iniciais do ensino médio, compreende-se que estratégias de aprendizagem ativa — como sala de aula invertida, aprendizagem baseada em problemas e estudo do meio — podem estimular o engajamento e o interesse dos alunos por essa área do conhecimento. Assume-se que, por meio disso, é possível proporcionar um aprendizado que melhor envolva o aluno no contexto escolar. Diante disso, este estudo objetiva avaliar o uso das metodologias ativas como modelo de ensino-aprendizagem da Cartografia nos anos iniciais do Ensino Médio da Escola de Referência Manoel Gonçalves de Lima, em Cumaru-PE. Para tanto, discorreu-se sobre o ensino de Geografia e Cartografia, sobre as metodologias ativas de ensino e as metodologias tradicionais. Nesse sentido, realizou-se uma pesquisa qualitativa, alicerçada no método histórico- dialético. Desenvolveu-se em quatro turmas do 1º ano do ensino médio, no segundo bimestre letivo de 2024. Em duas delas foram aplicadas metodologias ativas (sala de aula invertida, estudo do meio e aprendizagem baseada em problemas) e nas outras duas foram aplicadas metodologias tradicionais (aulas expositivas, resolução de atividades escritas e provas). Após isso, aplicou-se um questionário direcionado aos alunos, por meio do qual se realizou uma comparação acerca da percepção desses estudantes em relação ao trabalho desenvolvido. Os resultados indicam que as metodologias ativas podem contribuir para a promoção da aprendizagem mais efetiva da Cartografia, do protagonismo dos estudantes e do engajamento ao longo das aulas. No entanto, alguns desafios foram vivenciados na aplicação das metodologias ativas, como a falta de adaptação da carga horária escolar e as limitações relativas à infraestrutura da instituição. Acerca das metodologias tradicionais, verificou-se que o professor assume o protagonismo das aulas, dado que se torna o grande responsável pela transmissão do conhecimento. Apesar disso, na percepção dos alunos, observou-se a predileção por um ensino híbrido, entendido neste estudo como uma prática que pode combinar tanto as estratégias pedagógicas mais inovadoras quanto as tradicionais. Compreende-se, com isso, que as metodologias de ensino devem ser pensadas de maneira contextualizada, conforme a necessidade dos estudantes, dado que não é a inovação em si que promove a aprendizagem. Por fim, frisa-se que outras pesquisas precisam ser realizadas, a fim de verificar as nuances entre um ensino inovador e um ensino tradicional na educação básica.

A presente pesquisa teve a finalidade de apresentar uma dissertação a ser apresentada Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao curso do Programa de Pós-graduação Mestrado Profissional em Ensino de Geografia em Rede (PROFGEO) da Universidade Federal de Pernambuco, e o tema abordado é O uso das metodologias ativas como alternativa aos desafios do ensino de Geografia nos anos finais do ensino fundamental na atualidade. Esse tema surge da percepção de que, nos dias atuais, a relação com a evolução da tecnologia, por parte do alunato, se dá de uma forma natural e quase que intuitiva. É necessário que, para haver a participação desses estudantes e o desenvolvimento satisfatório do processo de ensino-aprendizagem, haja uma adaptação das metodologias desenvolvidas em sala, visando instigar o corpo discente a ter o interesse de ser um agente ativo. Só assim, o ensino de Geografia cumprirá o seu papel de incentivar o senso crítico dos(as) alunos(as) e possibilitar a compreensão por parte destes de sua atuação enquanto agentes transformadores do contexto social em que estão inseridos. Nas pesquisas, em busca de bibliografias foi possível ter acesso às documentações que versavam sobre temas semelhantes, tangíveis, transversais, integrativos, o que possibilitou a escrita da parte teórica deste. A abordagem metodológica se deu através de um formulário eletrônico, com a participação de professores de geografia, que atuam nas redes municipal e estadual do município de Jaboatão dos Guararapes. O uso desses dois parâmetros fêz- se necessário para sanar os objetivos geral e específicos, suscitado na pesquisa.

Este trabalho propõe um diálogo entre Geografia e Literatura, utilizando o lugar
como ferramenta conceitual para esta aproximação. Neste trabalho o conceito de
lugar é discutido como elemento introdutório, porém necessário para o estudo/
ensino dos demais conceitos geográficos, bem como de temas como: êxodo rural/
migração e seus impactos na urbanização. Deste modo, tanto o conceito em
questão como os referidos temas, foram discutidos em duas obras da Literatura
brasileira: Vidas Secas de Graciliano Ramos e Homens e Caranguejos de Josué de
Castro. Estas duas obras foram analisadas de forma complementar, tendo em vista
a possibilidade de diálogo entre seus respectivos enredos. Todo este processo foi
fundamentado pela corrente humanista em diálogo com a Geografia crítica. Por fim,
através do percurso metodológico deste trabalho, sugere-se algumas atividades que
podem ser postas em prática em sala de aula.

O presente trabalho busca socializar uma proposta de ação pedagógica que subsidie os docentes nas aulas de Geografia Física, a partir de uma experiência realizada na Escola de Referência em Ensino Médio Jornalista Jáder de Andrade, localizada no município de Timbaúba-PE subordinada à Gerência Regional de Educação da Mata Norte. A EREM Jornalista Jáder de Andrade, instituição de ensino de rede pública de educação do Estado de Pernambuco, funciona em regime Integral de 45 horas, recebe estudantes não só das áreas urbanas, do centro, da periferia e da área rural do município, mas também os oriundos de municípios circunvizinhos. A dificuldade de vida de nossa clientela tem sido uma motivação extrínseca para que os jovens frequentem a Escola e invistam no processo de construção do projeto de vida pessoal e profissional, perpassando atitudes de compromisso e dedicação aos estudos. Transformar a vida e fazer com que os estudantes aprendam e apreendam as temáticas propostas nas legislações basilares da Educação brasileira e no currículo de Pernambuco, para que consigam a inserção no mundo acadêmico e do trabalho, não tem sido tarefa fácil para os docentes e toda a equipe escolar. O desinteresse dos estudantes, pelas temáticas da Geografia Física muitas vezes procede da falta de domínio dos conteúdos por parte de alguns professores, da ausência e/ou insuficiência de materiais didáticos visuais, palpáveis e lúdicos para o suporte pedagógico, bem como dos livros, que não trazem textos e imagens que façam menção ao lugar de vivência, de sentidos e significados para estes estudantes. Também, não se pode deixar de frisar que a Escola e as famílias dos estudantes não dispõem de recursos para investir em atividades complementares. Diante dos cenários apresentados, o trabalho de campo surge como um forte aliado à didática docente, buscando suprimir tal realidade, oferecendo ao estudante a possibilidade de relacionar a teoria à prática em aulas ministradas em seu lugar de vivência, o qual está impregnado de sentimentos de pertencimento em virtude não só do grande potencial paisagístico, mas também por se tratar de espaços com os quais partilham significância e vínculos afetivos. Dessa forma, conclui-se que ao contextualizar os saberes empíricos e acadêmicos, por meio de um trabalho de campo, reaviva-se o interesse do estudante pelas aulas de Geografia, além de que o grau de satisfação é perceptível, durante a própria realização da atividade, por meio da qual os discentes passaram a “ver a Geografia em vez de ler a Geografia”.

Estudar o espaço geográfico é algo de grande relevância na vidadossereshumanos, pois como nos alerta P. George (1987) é através do homemnaterra, quea Geografia imbui-se de ação. Portanto, na medida emque a sociedadevai evoluindo, junto com ela precisa-se acompanhar e conhecer oespaçoterritorialmente moldado, com vistas a saber como agir de maneiraconsciente,crítica e autônoma. O presente estudo objetivou investigar como os professoresdegeografia trabalham o conteúdo do Espaço Geográfico, nas suas aulas, muitoalémdo conhecimento prévio estabelecido nos livros didáticos, ou seja, abarcandoosexemplos do cotidiano dos alunos nas turmas do 6° ano da Escola JoséPedrodaSilva. Entendemos que valorizar o conhecimento prévio do aluno é fator estimulantede novas descobertas sobre a sua própria existência, bemcomo do seuentornoespacial, particularmente do lugar em que ele vive, aspecto que pode tornar asaulasde Geografia ainda mais profícuas. Conclui-se, então, que as aulas expositivasembasadas nos livros didáticos, o aporte de reflexões sobre as temáticas,juntamente com as vivências dos alunos no contexto dos seus lugares devida, podefomentar maior interesse dos alunos pela disciplina e criar, desde já, umespíritodecidadania. Para tanto, foi pertinente a feitura de uma cartilha, comuma sequenciadeatividades que foram realizadas na referida unidade de ensino, no bairroSãoMiguel,mesclando ensino, experiência de vida e aprendizado, Esse produto servirádeapoiopara auxiliar vários professores no momento do seu planejamento de aulasobreoespaço Geográfico e Lugar como uma estratégia de formar nossos alunos paraatuarno cenário atual de forma autentica e eficaz.

Perante o crescimento desordenado das cidades, os problemas ambientais urbanos também crescem.
Desmatamento, construções irregulares, aterros em áreas hídricas, dentre outros, somados as mudanças
climáticas que vem ocorrendo nos últimos anos, culminam no aumento da temperatura local. Perante essa
situação, o presente trabalho analisou, dados obtidos através de estudos realizados por pesquisadores
como Oliveira e Estevam (2011) e Nóbrega e Vital (2010), periódicos e artigos referentes a possíveis
alterações nas médias térmicas, na Avenida Conde da Boa Vista, em Recife, Pernambuco e no bairro de
Cajazeiras, em Salvador, Bahia. Também foi analisado os possíveis motivos do surgimento das ilhas de
calor nas localidades nos referidos bairros e sua influência na manutenção da qualidade de vida humana a
partir dos estresses térmicos advindos das ações históricas antropogênicas nesses espaços urbanos com o
objetivo de compreender como a temática pode ser abordada durante as aulas de Geografia para alunos do
Ensino Básico.