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Dissertações |
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IGOR CHAVES GOMES LUNA
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ANÁLISE DO CONSUMO DE OPIOIDES EM PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA PLÁSTICA ESTÉTICA E REPARADORA
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Orientador : ESDRAS MARQUES LINS
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MEMBROS DA BANCA :
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ESDRAS MARQUES LINS
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JULIANA NETTO MAIA
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PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
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Data: 31/01/2025
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Introdução: Registra-se aumento de consumo de opioides nos últimos anos, sendo seu abuso a principal causa de mortes acidentais nos Estados Unidos, já no Brasil observa-se carência de dados mais apurados e consequente desinformação acerca do uso apropriado desta medicação. Apesar da importância do tratamento da dor há ainda poucos relatos sobre como o uso de opioides no cenário pós-operatório das cirurgias plásticas contribui para esta crise. Objetivo: Avaliar o uso de opioides no pós-operatório de cirurgia plástica estética e reparadora. Metodologia: Trata-se de uma coorte prospectiva em que foram avaliados os pacientes submetidos a cirurgias plásticas estéticas e reparadoras, no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas / EBSERH-UFPE, no período de setembro de 2021 a julho de 2024. Através de questionário foram avaliados o nível diário de dor no pós-operatório e o tipo de medicações analgésicas utilizadas. Houve registro ainda de informações demográficas e epidemiológicas, tipo de cirurgia, tipo de anestesia e regime de internação hospitalar. Resultados: Foram estudados 140 pacientes que preencheram adequadamente o questionário, sendo 130 (92,8%) do sexo feminino, com média de idade de 39,6 anos. Foi registrado que 28,5% das pacientes do sexo feminino e 44,4% dos portadores de diagnóstico psiquiátrico fizeram uso de opioides. Nenhum paciente masculino fez uso desta medicação. A frequência global de uso de opioides foi de 26,4%, por um período médio de 3,9 dias. A cirurgia de reconstrução mamária registrou uma frequência de uso de opioides de 50,0% das pacientes, com índice diário de dor de 3,2 (+ 2,65). Quanto ao regime de internação, 95,7% das cirurgias foram realizadas sob internação hospitalar, já com relação à técnica anestésica 62,1% ocorreram sob bloqueio nervoso e sedação. Conclusão: No presente estudo a frequência de uso de opioides foi de 26,4% por um período médio de 3,9 dias, tendo se observado que mulheres e portadores de diagnóstico psiquiátrico foram os grupos epidemiológicos com mais elevada frequência de uso desta medicação. A reconstrução mamária foi a cirurgia em que se observaram maiores frequência de uso de opioides e índice diário de dor. Cirurgias em regime de internação hospitalar e sob anestesia com bloqueio nervoso associado a sedação foram as mais registradas, todavia sem significância estatística com relação ao uso de opioides.
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Introdução: os Estados Unidos vivem uma crise de epidemia de uso de opioides, sendo o abuso desta substância uma das principais causas de mortes acidentais neste país. O Brasil registra um aumento de consumo nos últimos anos, mas com carência de dados mais apurados e consequente desinformação em relação ao seu uso apropriado. Apesar da importância do tratamento da dor há ainda poucos relatos sobre como o uso de opioides no cenário pós operatório contribui para esta crise, de modo que este estudo visa avaliar seu padrão de consumo no pós-operatório de cirurgia plástica, especialidade que tem interface com outras áreas cirúrgicas. Metodologia: trata-se de coorte prospectiva em que os pacientes responderam questionário ao longo dos dias de pós-operatório a respeito do nível diário de dor e quais medicações analgésicas foram utilizadas. Houve registro ainda de informações epidemiológicas e demográficas, tipo de cirurgia, tipo de anestesia e regime de internação hospitalar. Resultados: cento e quarenta pacientes preencheram adequadamente o questionário e a taxa global de uso de opioides foi de 26,4%, por um período médio de 3,9 dias, sem que se registrasse seu uso crônico. As cirurgias de reconstrução mamária registraram as mais altas taxas de uso de opioides (50,0%), dias de consumo desta medicação (2,3 dias + 3,0) e média diária de dor em escala validada (3,20 + 2,65), seguidas pelas cirurgias de contorno corporal, mamoplastia e cirurgias da face, todavia sem diferença estatisticamente significativa entre elas. A maioria das cirurgias foi realizada sob regime de internação hospitalar (95,7%), sendo a associação de bloqueio do neuroeixo e sedação o tipo de anestesia mais realizado (62,1%), sem que houvesse diferença estatisticamente significativa nestes aspectos. Foi observado que os pacientes que consumiram opioide pontuaram níveis mais altos na escala diária de dor de forma estatisticamente significativa (p de 0,00 a 0,02 a depender do dia avaliado), além do que estes pacientes fizeram maior consumo de analgésicos do tipo acetaminofeno/dipirona também com relevância estatisticamente significativa (p=0,019). Discussão: o cenário dramático de consumo de opioides no pósoperatório observado nos Estados Unidos pode se dever a fatores como maior apelo de publicidade por parte da indústria farmacêutica, maior número de cirurgias a nível ambulatorial e preferência por anestesia geral, cenário distinto do observado na pesquisa. A identificação de pacientes e procedimentos mais predispostos ao uso crônico de opioides, o fornecimento de orientações inerentes ao tratamento proposto e a prescrição de analgesia multimodal e escalonada mostraram-se ser elementos importantes que mantiveram o uso judicioso dos opioides durante o estudo. Conclusão: A analgesia multimodal e escalonada associada a orientações sobre o uso apropriado dos opioides mostraram-se eficazes em manter baixo e por poucos dias sua utilização.
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MARCOS VINICIUS NUNES DE SOUZA
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ESTUDO DO IMPACTO DAS MANOBRAS DE ROTAÇÃO DO OMBRO E DA MESA CIRÚRGICA NA SONOANATOMIA LOMBAR E TORÁCICA DE IDOSOS
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Orientador : EMMANUELLE TENORIO ALBUQUERQUE GODOI BERENGUER BARROS SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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EMMANUELLE TENORIO ALBUQUERQUE GODOI BERENGUER BARROS SILVA
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ESDRAS MARQUES LINS
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NADIA MARIA DA CONCEICAO DUARTE
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Data: 31/01/2025
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Pacientes idosos representam desafio à anestesia do neuroeixo decorrente de alterações anatômicas, fisiológicas e associadas a comorbidades. Múltiplas tentativas de punção, além de desconfortável, podem gerar complicações, como o hematoma do subdural. Visando facilitar a técnica, manobras de rotação dorsal da mesa cirúrgica (table tilt) e do ombro se mostraram capazes de aumentar a janela do neuroeixo em pacientes jovens, porém os dados na população idosa ainda são escassos. O presente estudo teve como objetivo avaliar se as manobras de table tilt e rotação do ombro são capazes de aumentar o tamanho do Ligamento Longitudinal Posterior (LLP) visualizado no ultrassom aos níveis de L3-L4 e T10-T11 em pacientes idosos e se esse aumento é de pelo menos 1mm. Trata-se de estudo transversal realizado no Hospital das Clínicas de Pernambuco e no Hospital da Restauração com a participação de 50 voluntários idosos dos quais foram coletadas imagens ultrassonográficas do LLP nos níveis L3-L4 e T10-T11 em 3 posições: sentada com flexão da coluna (posição N); rotação de ombro de 45º (posição R); e rotação da mesa cirúrgica de 10º (posição T). Do total, 4 pacientes foram excluídos por não tolerarem os posicionamentos e 1 por perda das imagens. Ao nível L3-L4, as dimensões do LLP foram de 15,2mm, 16,4mm (p = 0,014) e 17,9mm (p < 0,001) para as posições N, R e T, respectivamente. Ao nível T10-T11, os resultados foram 13,0mm, 14,3mm (p < 0,001) e 14,8mm (p < 0,001) para as posições N, R e T, respectivamente. O table tilt foi superior à rotação de ombro no nível L3-L4 (p < 0,001), mas não ao nível T10-T11 (p = 0,176). Não houve diferença do aumento do LLP entre os níveis lombar e torácico tanto para a manobra de rotação do ombro (p = 0,688) quanto para a rotação da mesa cirúrgica (p = 0,15). Na análise de aumento do LLP em pelo menos 1mm, houve significância estatística para a rotação da mesa cirúrgica nos níveis L3-L4 (p < 0,001) e T10-T11 (p = 0,029); contudo a rotação do ombro não obteve significância estatística nos níveis L3-L4 (p = 0,797) e T10-T11 (p = 0,166). As manobras de rotação de ombro e rotação dorsal da mesa cirúrgica são capazes de aumentar a janela acústica lombar (L3-L4) e torácica (T10-T11) de idosos. O table tilt foi capaz de aumentar em pelo menos 1mm o tamanho do LLP, o que não se verificou com a rotação de ombro.
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O uso de manobras que amplifiquem a janela de punção pode facilitar a anestesia do neuroeixo em pacientes idosos, nos quais esta técnica apresenta desafios inerentes a alterações anatômicas, fisiológicas e associadas a comorbidades. Além disso, o menor número de tentativas de punção pode reduzir o desconforto e a ocorrência de complicações como o hematoma subdural. A rotação lateral da mesa cirúrgica (table tilt) e do ombro se mostraram capazes de aumentar a janela do neuroeixo em pacientes jovens, porém os dados na população idosa ainda são escassos. O presente estudo tem como objetivo avaliar se as manobras de table tilt e rotação do ombro são capazes de aumentar o tamanho do Ligamento Longitudinal Posterior (LLP) visualizado no ultrassom aos níveis de L3-L4 e T10-T11 em pacientes idosos e se esse aumento é de pelo menos 1mm. Trata-se de estudo intervencionista e cego realizado no Hospital das Clínicas de Pernambuco e no Hospital da Restauração onde serão coletadas imagens ultrassonográficas do LLP nos níveis L3-L4 e T10-T11 em posição sentada com flexão da coluna de 50 voluntários com 65 anos ou mais. Em seguida, serão realizadas individualmente as manobras de rotação do ombro e da mesa cirúrgica com captura das suas respectivas imagens. Voluntários com alterações anatômicas da coluna, como escoliose ou cirurgia previa de coluna, assim como imagem de baixa qualidade do LLP serão excluídos do estudo. Todas as imagens coletadas serão randomizadas e aferidas pelo pesquisador, que estará cego quanto ao paciente e manobra realizada.
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TAIRONE TINÉ DE ALBUQUERQUE
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RELAÇÃO ENTRE A COMPOSIÇÃO CORPORAL, COMORBIDADES E MICROBIOTA INTESTINAL DE PACIENTES INFECTADOS COM O COVID-19 EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE PERNAMBUCO
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Orientador : PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
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MEMBROS DA BANCA :
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GUSTAVO WILLAMES PIMENTEL BARROS
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JOSIMARIO JOAO DA SILVA
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PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
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Data: 31/01/2025
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Introdução: Em dezembro do ano de 2019, surge uma nova zoonose que surpreende o mundo como uma ameaça à saúde, causando assim uma pandemia, o denominado COVID–19.Causado pelo vírus corona - 2 (SARS-CoV-2), tem como característica principal o desenvolvimento da síndrome respiratória aguda grave (SARS). Objetivo: Avaliar a relação entre a composição corporal, comorbidades e microbiota intestinal de pacientes infectados com COVID-19 em um Hospital Público de Pernambuco. Metodologia: Trata-se de um estudo de coorte. Essa pesquisa foi conduzida de acordo com Consolidated Standards of Reporting Trials (CONSORT, 2010), está foi realizada no Hospital das Clínicas no bloco Vida durante a pandemia com pacientes obesos infectados com o COVID-19 (SARS-CoV-2). Os pacientes foram convidados a participar da pesquisa e em seguida foi realizada uma avaliação socioeconômica, avaliação clínica anamnese, aplicação do questionário, também foram coletados amostras de fezes. As amostras de fezes foram coletados através das rotinas diárias dos prontuários individuais solicitados e realizados os procedimentos. Estas foram mantidas sob refrigeração (7ºC) por no máximo de 24 h antes de serem transportadas e enviadas para o laboratório, onde foram aliquotadas e armazenadas a -80ºC até o momento da análise para a realização da determinação do perfil da microbiota intestinal. O DNA bacteriano foi extraído usando o kit Maxwell® 16 DNA Purification (Promega, Madison, Wisconsin, USA) neste foram incluídos as sequências de primers utilizadas o 515F (AATGATACGGCGACCACCGAGATCTACAC TATGGTAATT GT GTGCCAGCMGCCGCGGTAA) e 806R (CAAGCAGAAGACGGCATACGAGAT TCCCTTGTCTCC* AGTCAGTCAG CC GGACTACHVGGGTWTCTAAT). Conclusão: Analise clínica dos pacientes a maioria apresentava comorbidades como hipertensão (53,2%) e diabetes (35%); Mortalidade elevada em pacientes com idade avançada e múltiplas comorbidades; Alterações na microbiota intestinal redução da diversidade bacteriana e predominância de microrganismos pró-inflamatórios em pacientes mais graves; Correlação com resposta imune, evidências indicam que a microbiota pode influenciar a resposta inflamatória exacerbada na COVID-19
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Introdução: Em dezembro do ano de 2019, surge uma nova zoonose que surpreende o mundocomo uma ameaça a saúde, causando assim uma pandemia, o denominado COVID–19.Causado pelo vírus corona - 2 (SARS-CoV-2), tem como característica principal o desenvolvimento da síndrome respiratória aguda grave (SARS). Objetivo: Avaliar o quadro clinico e microbiota intestinal de pacientes obesos infectados com COVID-19 em um Hospital Escola de Pernambuco. Metodologia: Trata-se de um ensaio clínico controlado e randomizado. Essa pesquisa foi conduzida de acordo com Consolidated Standards of Reporting Trials (CONSORT, 2010) está foi realizada no Hospital das Clínicas no bloco Vida durante a pandemia com pacientes obesos todos infectados com o COVID-19 (SARS-CoV-2). Os pacientes foram convidados a participar da pesquisa e em seguida foi realizada uma avaliação socioeconômica, avaliação clínica anamnese, aplicação do questionário internacional de atividade física IPAQ e o de qualidade de vida SF-36, tambérm foram realizados exames de análises sanguíneas e amostras de fezes. Para a coleta sanguínea foi retirado um volume sanguíneo de 10 mL de cada paciente, todas as coletas serão realizadas no laboratório do hospital das clínicas com um profissional habilitado e depois de coletadas serão encaminhadas para o laboratório do LIKA, onde as amostras serão centrifugadas a 1000 xg por 15 minutos para obtenção do soro. A partir destas amostras, serão realizadas as seguintes análises: glicemia, triglicerídeos, colesterol total e suas frações, TGO, TGP, DHL, PCR, vitamina D e C. A avaliação das citocinas (TNF-, IFN- , IL-2, IL-4, IL-6, IL-10 e IL-17), realizadas a partir do soro por meio de kits ELISA tradicionais da USCN (Wuhan, China), Millipore (MA, USA) e Phoenix Pharmaceuticals, Inc. (CA, USA) e também analisado no soro/plasma através de kits de CBA BD TM CBA – Human TH1/TH2/TH17 Cytokines Kit (BD Pharmingen) através de citometria fluxo utilizando citômetro de fluxo FACS Calibur (Becton Dickinson, Sunnyvale, CA).
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ANNE CAROLINE CASTRO LISBOA CLEMENTE
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Prevenção de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica em contexto hospitalar: O impacto do bundle sobre práticas e resultados em Unidade de Terapia Intensiva de um Hospital Universitário
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Orientador : MARIA INES REMIGIO DE AGUIAR
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MEMBROS DA BANCA :
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ESDRAS MARQUES LINS
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LUCIANA DE BARROS CORREIA FONTES
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MARIA INES REMIGIO DE AGUIAR
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Data: 07/02/2025
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Introdução: A Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV) é uma das complicações mais recorrentes e graves em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), afetando entre 10% e 25% dos pacientes que necessitam de suporte ventilatório. Associada a altas taxas de morbimortalidade e à presença de patógenos multirresistentes, essa infecção impacta significativamente a recuperação dos pacientes e os custos hospitalares. Estratégias preventivas, como os bundles, têm demonstrado eficácia na redução da incidência de PAV, destacando-se como ferramentas essenciais para a melhoria da segurança e qualidade do cuidado intensivo. Objetivos: Evidenciar o impacto da adesão ao bundle de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica em Unidade de Terapia Intensiva de um Hospital Universitário após a pandemia de COVID-19. Métodos: Foi realizado um estudo transversal e retrospectivo com 145 pacientes submetidos à ventilação mecânica por mais de 48 horas, divididos entre internações clínicas e cirúrgicas no hospital universitário entre 2022 e 2023. Foram analisadas variáveis como perfil demográfico, tempo de internação, adesão aos bundles e desfechos clínicos, utilizando testes estatísticos para avaliar associações e diferenças entre os grupos, considerando um nível de significância de 5%. Resultados e Discussão: Apesar do aumento na conformidade com os bundles de 63,9% para 67,4%, a adesão permaneceu abaixo dos 95% recomendados pela literatura para prevenção eficaz. O “Despertar Diário” apresentou significativa melhora na conformidade, enquanto a “Higiene Oral” teve aumento de inconformidades, passando de 9,1% para 39%. Foram registrados quatro casos de PAV, com taxa de mortalidade de 25%, alinhada aos parâmetros nacionais. A análise microbiológica revelou a predominância de Klebsiella pneumoniae e Acinetobacter baumannii como os principais patógenos associados à infecção. Conclusão: Os resultados destacam a importância da adesão consistente aos bundles de prevenção e reforçam a necessidade de estratégias multidisciplinares, treinamento contínuo e personalização de protocolos. Embora progressos tenham sido observados, a redução sustentável das taxas de PAV depende de maior conformidade com as medidas preventivas e da vigilância constante para otimizar a segurança do paciente em UTIs.
Palavras-chave do Resumo (3 palavras): Pneumonia. Infecções hospitalares. Unidade de Terapia Intensiva. Pacotes de Assistência ao Paciente
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A Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV) é uma infecção pulmonar grave e frequente em pacientes em UTI, representando um significativo desafio de saúde pública, com alta morbimortalidade e custos hospitalares. Em virtude da complexidade das estratégias para prevenção da PAV, o uso de bundles, reconhecidos como intervenções baseadas em evidências, têm sido preconizadas. Isso ocorre porque, quando aplicados de maneira criteriosa, seu emprego representa um suporte fundamental para a segurança do paciente. A pandemia influenciou significativamente a dinâmica hospitalar, desviando o foco das ações de prevenção de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) para estratégias de controle da COVID-19. Isso resultou em um considerável aumento na incidência dessas complicações, acompanhado de mudanças no perfil microbiológico. Além disso, expôs fragilidades nos sistemas de saúde e aumentou o risco de eventos adversos, afetando negativamente o combate às IRAS. Como resultado, várias medidas de prevenção rotineiramente empregadas para evitar essas infecções foram substituídas por iniciativas voltadas para o controle da pandemia. Nesse cenário, o presente estudo tem como objetivo investigar a efetividade da adesão ao bundle de PAV após fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional pela Covid-19, declarado pelo Ministério da Saúde, em 2022. Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo, com a amostra do tipo censitária, composta pelos registros de notificação de IRAS, que expressam os indicadores de resultado, como também dos pacotes de medidas preventivas (bundles) de PAV. Também foram utilizados dados dos indicadores assistenciais da UTI e informações extraídas do sistema de prontuário eletrônico da instituição, denominado AGHU. Através da análise dos dados, o estudo pretende avaliar a efetividade do bundle de PAV na prevenção da infecção no período pós-pandemia, levantar as lacunas e desafios na adesão ao protocolo, além da proposição de recomendações para aprimorar a prevenção da pneumonia em UTIs durante o período pós-pandemia. O planejamento será apresentar uma discussão sobre os índices de PAV que o hospital apresenta e realizar um comparativo com os dados disponíveis na literatura, além de exibir variáveis categóricas relacionadas aos pacientes acometidos pela infecção. A discussão se concentrará em identificar lacunas na assistência e elaborar estratégias de aprimoramento, discutiremos como o perfil epidemiológico influencia a incidência da pneumonia e os desfechos clínicos. Serão categorizados dados para identificar fatores específicos da clínica, tais como idade, sexo, tempo de internamento, tempo de ventilação mecânica, diagnóstico, desfecho clínico e densidade de incidência de PAV. Será realizada a distribuição e associação dos dados da UTI com os indicadores da CCIH e com o AGHU. Pretende-se associar o perfil de pacientes e o tempo de ventilação mecânica, estabelecer a correlação entre os desfechos clínicos e as categorias cirúrgicas ou patologias de base, permitindo uma compreensão mais aprofundada de como diferentes condições de saúde e tipos de cirurgia influenciam os resultados dos pacientes e a duração do suporte ventilatório, proporcionando uma base sólida para futuras intervenções e melhorias nos protocolos de prevenção.
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SELTON TAVARES CRUZ
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ANÁLISE RETROSPECTIVA DE CASOS DE AMELOBLASTOMA EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE PERNAMBUCO
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Orientador : PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
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MEMBROS DA BANCA :
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ELAINE JUDITE DE AMORIM CARVALHO
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JOSIMARIO JOAO DA SILVA
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PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
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Data: 18/02/2025
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O ameloblastoma é um tumor odontogênico de origem epitelial, caracterizado por crescimento lento e expansivo, com potencial de invasão de tecidos circundantes e alta taxa de recidiva se não tratado adequadamente. Representa 1% dos tumores da cavidade oral e ocorre com maior frequência entre adultos jovens. A intervenção cirúrgica em casos de ameloblastoma envolve a compreensão de suas características histológicas e padrões de crescimento, bem como sua classificação de acordo com seus subtipos. O objetivo deste estudo foi analisar retrospectivamente as características clínicas, demográficas e terapêuticas de casos de ameloblastoma diagnosticados no Hospital Getúlio Vargas (HGV), em Recife, Pernambuco. Para isso, aplicou-se uma abordagem multimétodos em três fases, sob as quais gerou três artigos. O primeiro artigo aplica a abordagem de revisão da literatura, combinando técnicas bibliométricas e de análise de conteúdo, para identificar as principais contribuições científicas sobre o tratamento do ameloblastoma. Para o segundo e terceiro artigo foi realizada uma coleta de dados no HGV por meio da revisão de prontuários médicos. Os prontuários forneceram dados para análise demográficas, bem como variáveis sobre o diagnóstico e tratamento dos pacientes ao longo do tempo. Dessa forma, o segundo artigo analisou variáveis clínicas e demográficas a partir de dados coletados e tratados estatisticamente. O terceiro artigo utilizou a Análise de Correspondência Múltipla (ACM) para identificar associações relevantes entre essas variáveis. Exames histopatológicos, radiografias panorâmicas e tomografias computadorizadas, foram fundamentais para o diagnóstico precoce e o planejamento do tratamento. Entre as intervenções cirúrgicas realizadas no HGV destacam-se a enucleação, ressecção e descompressão. Apesar de benigno, o ameloblastoma apresenta alta taxa de recidiva se não tratado de forma adequada. A análise realizada reforça a necessidade de estratégias eficazes de diagnóstico e tratamento para melhorar os resultados terapêuticos dos pacientes.
Palavras-chave do Resumo (3 palavras): Tumor Odontogênico; Diagnóstico; Tratamento.
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O ameloblastoma é um tumor odontogênico de origem epitelial, caracterizado por crescimento lento e expansivo, com potencial de invasão de tecidos circundantes e alta taxa de recidiva se não tratado adequadamente. Representa 1% dos tumores da cavidade oral e ocorre com maior frequência entre adultos jovens, sendo mais comum em maxilares, especialmente na mandíbula. A complexidade do ameloblastoma exige uma compreensão aprofundada de suas características histológicas e padrões de crescimento, bem como uma classificação precisa para orientar decisões terapêuticas. O objetivo deste estudo foi analisar retrospectivamente as características clínicas e terapêuticas de casos de ameloblastoma diagnosticados no Hospital Getúlio Vargas, em Recife, Pernambuco. Além disso, buscou-se correlacionar variáveis relevantes com dados coletados, contribuindo para uma melhor compreensão do perfil clínico e terapêutico do tumor. Foi adotada uma abordagem de revisão sistemática da literatura, combinando técnicas bibliométricas e de análise de conteúdo, para identificar as principais contribuições científicas sobre o tratamento do ameloblastoma. A coleta de dados para o estudo retrospectivo foi realizada por meio da revisão de prontuários médicos, permitindo a análise de dados demográficos, diagnóstico e tratamento dos pacientes ao longo do tempo. Essa combinação de revisão sistemática e estudo retrospectivo proporciona uma visão abrangente das práticas clínicas e dos avanços na literatura. Os resultados na literatura sugerem que o tratamento do ameloblastoma tem como foco a identificação de alvos terapêuticos moleculares e a garantia de uma reconstrução pós-cirúrgica eficaz. Ferramentas de diagnóstico como radiografia panorâmica e tomografia computadorizada são cruciais. As abordagens cirúrgicas incluem enucleação, ressecção marginal, segmentar e curetagem. A próxima etapa do estudo incluirá a aplicação da Análise de Correspondência Múltipla (ACM), que permitirá uma análise mais detalhada das associações entre variáveis categóricas, como sexo, idade dos pacientes, localização anatômica do tumor e tipos de tratamento.
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GABRIELA CARVALHO SILVA
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Avaliação tardia de pacientes submetidos a implante de homoenxerto versus prótese biológica em posição pulmonar
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Orientador : FERNANDO RIBEIRO DE MORAES NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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ESDRAS MARQUES LINS
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FERNANDO RIBEIRO DE MORAES NETO
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SANDRA DA SILVA MATTOS
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Data: 07/04/2025
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Cardiopatias congênitas que cursam com disfunção da valva pulmonar, muitas vezes requerem sua substituição. No entanto, ainda não há consenso na literatura sobre qual seria o melhor substituto. O objetivo deste estudo foi comparar o resultado a longo prazo de pacientes submetidos a substituição de valva pulmonar por homoenxerto ou prótese biológica para definir qual dispositivo apresenta maior durabilidade. Para tanto, foi realizado estudo tipo coorte retrospectivo com pacientes submetidos a implante de homoenxerto (G1) e pacientes submetidos a implante de prótese biológica (G2) em posição pulmonar, no período de 2001 a 2021. Foram analisadas variáveis como idade, peso, tempo de realização do ecocardiograma pós cirúrgico, gradiente transvalvar pulmonar, tamanho do enxerto, e resultado ecocardiográfico tardio. Alterações ao ecocardiograma, foram observadas no G1 (61,2 %) e no G2 (66,7%), podendo ser estenose valvar e supravalvar, insuficiência pulmonar ou dupla lesão. Peso baixo e idade menor que 10 anos estiveram relacionados a alteração à análise tardia ao ecocardiograma. Tamanho de homoenxertos ou próteses menores que 23,5mm influenciou significativamente (p 0,005) para a presença de disfunção valvar.
Concluímos que a lesão a longo prazo mais prevalente nos dois grupos estudados foi a estenose; deve-se evitar o uso de substitutos pulmonares com tamanho menor que 23,5mm; e os homoenxertos apresentam boa durabilidade em posição pulmonar, com melhores resultados que as biopróteses em análise dos pacientes que necessitaram de reoperação, porém é necessário maior tempo de estudo para comprovar estatisticamente qual é o melhor substituto pulmonar
Palavras-chave: Homoenxerto, bioprótese, cardiopatia congênita.
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Cardiopatias congênitas que cursam com disfunção da valva pulmonar, muitas vezes requerem sua substituição. No entanto, ainda não há consenso na literatura sobre qual seria o melhor substituto. O objetivo deste estudo foi comparar o resultado a longo prazo de pacientes submetidos a substituição de valva pulmonar por homoenxerto ou prótese biológica para definir qual dispositivo apresenta maior durabilidade. Para tanto, foi realizado estudo tipo coorte retrospectivo com pacientes submetidos a implante de homoenxerto (G1) e pacientes submetidos a implante de prótese biológica (G2) em posição pulmonar, no período de 2001 a 2021. Foram analisadas variáveis como idade, peso, tempo de realização do ecocardiograma pós cirúrgico, gradiente transvalvar pulmonar, tamanho do enxerto, e resultado ecocardiográfico tardio. Alterações ao ecocardiograma, foram observadas no G1 (61,2 %) e no G2 (66,7%), podendo ser estenose valvar e supravalvar, insuficiência pulmonar ou dupla lesão. Peso baixo e idade menor que 10 anos estiveram relacionados a alteração à análise tardia ao ecocardiograma. Tamanho de homoenxertos ou próteses menores que 23,5mm influenciou significativamente (p 0,005) para a presença de disfunção valvar.
Concluímos que a lesão a longo prazo mais prevalente nos dois grupos estudados foi a estenose; deve-se evitar o uso de substitutos pulmonares com tamanho menor que 23,5mm; e os homoenxertos apresentam boa durabilidade em posição pulmonar, com melhores resultados que as biopróteses em análise dos pacientes que necessitaram de reoperação, porém é necessário maior tempo de estudo para comprovar estatisticamente qual é o melhor substituto pulmonar.
Palavras-chave: Homoenxerto, bioprótese, cardiopatia congênita.
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ROSAURA SOARES DE ALMEIDA CAMPOS
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RECIDIVA DE PESO EM PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA BARIÁTRICA: A ADESÃO NUTRICIONAL COMO DIFERENCIAL PARA PREVENÇÃO
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Orientador : FLAVIO KREIMER
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MEMBROS DA BANCA :
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ESDRAS MARQUES LINS
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FLAVIO KREIMER
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RENATA ADRIELLE LIMA VIEIRA
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Data: 24/04/2025
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Introdução: Apesar da cirurgia bariátrica (CB) ser considerada um tratamento eficaz para a obesidade, alguns pacientes podem apresentar perda de peso(PP) insuficiente e/ou recidiva de peso(RP) em vários níveis e o cuidado nutricional tem um papel fundamental no manejo interdisciplinar destes indivíduos, tanto no pré como no pós-operatório, necessitando manutenção ao longo da vida. Objetivo: Avaliar a RP no pós-operatório de 3 anos de CB, na perspectiva da adesão ao acompanhamento nutricional. Metodologia: Estudo transversal, tipo série de caso, de natureza quantitativa, realizado no período de 2021 a 2024, com adultos, acompanhados no Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Santa Joana/Recife-PE. Foram analisadas características sociodemográficas, clínicas e de estilo de vida em pré e pós-operatório. Resultados: Participaram do estudo 38 indivíduos, provenientes da área metropolitana do Recife (75%), dos quais 61,1% do sexo feminino, com idade de 38,72 (±11,26), sendo 97,2% ativos no mercado de trabalho. Quanto aos aspectos clínicos observou-se alta frequência de Hipertensão Arterial Sistêmica (66,7%) seguidos de diabetes mellitus (22,2%) e dislipidemia (28,6%). No estilo de vida, predominou o sedentarismo (88,9%), baixo uso de bebida alcoólica (80,6%) e frequência elevada de transtornos alimentares (69,4%). Quanto ao acompanhamento nutricional, avaliado através do número de consultas presenciais, observou-se que a maioria (30,6%) aderiu de 4-6 consultas nos 3 anos avaliados, seguida de 7-12 consultas (22,2%). Ganho ponderal ocorreu em 01 paciente aos 24m (2,9%), 01 paciente aos 36m(8,3%). Pelo reduzido N amostral foi impossível associação com o número de consultas ao nutricionista. Conclusão: durante o pós-operatório de 3 anos não ocorreu RP, da amostra estudada, enquanto a PP se mostrou adequada.
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Introdução: Apesar da cirurgia bariátrica (CB) ser considerada um tratamento eficaz para a obesidade, alguns pacientes podem apresentar perda de peso(PP) insuficiente e/ou recidiva de peso(RP) em vários níveis e o cuidado nutricional tem um papel fundamental no manejo interdisciplinar destes indivíduos, tanto no pré como no pós-operatório, necessitando manutenção ao longo da vida. Objetivo: Avaliar a RP no pós-operatório de 3 anos de CB, na perspectiva da adesão ao acompanhamento nutricional. Metodologia: Estudo transversal, tipo série de caso, de natureza quantitativa, realizado no período de 2021 a 2024, com adultos, acompanhados no Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Santa Joana/Recife-PE. Foram analisadas características sociodemográficas, clínicas e de estilo de vida em pré e pós-operatório. Resultados: Participaram do estudo 38 indivíduos, provenientes da área metropolitana do Recife (75%), dos quais 61,1% do sexo feminino, com idade de 38,72 (±11,26), sendo 97,2% ativos no mercado de trabalho. Quanto aos aspectos clínicos observou-se alta frequência de Hipertensão Arterial Sistêmica (66,7%) seguidos de diabetes mellitus (22,2%) e dislipidemia (28,6%). No estilo de vida, predominou o sedentarismo (88,9%), baixo uso de bebida alcoólica (80,6%) e frequência elevada de transtornos alimentares (69,4%). Quanto ao acompanhamento nutricional, avaliado através do número de consultas presenciais, observou-se que a maioria (30,6%) aderiu de 4-6 consultas nos 3 anos avaliados, seguida de 7-12 consultas (22,2%). Ganho ponderal ocorreu em 01 paciente aos 24m (2,9%), 01 paciente aos 36m(8,3%). Pelo reduzido N amostral foi impossível associação com o número de consultas ao nutricionista. Conclusão: durante o pós-operatório de 3 anos não ocorreu RP, da amostra estudada, enquanto a PP se mostrou adequada.
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EDUARDO SAVIO NASCIMENTO GODOY
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Impacto da Cirurgia Bariátrica no Controle da Síndrome de Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono: Comparação entre Bypass Gástrico e Gastrectomia Vertical
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Orientador : FLAVIO KREIMER
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MEMBROS DA BANCA :
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DENIS PAJECKI
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ESDRAS MARQUES LINS
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FLAVIO KREIMER
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Data: 28/04/2025
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Introdução: Cirurgia bariátrica é tratamento consolidado para obesidade grau 2 e 3 refratária a medidas clínicas. Síndrome de Apneia e Hipopneia do Sono figura entre as comorbidades controladas pela cirurgia bariátrica. Os pacientes submetidos à cirurgia bariátrica apresentam melhora global da função respiratória. No entanto, não há indicação formal de técnica cirúrgica específica para melhor controle do quadro de apneia. Objetivo: Avaliar a evolução dos índices de apneia/hipopneia, associados à perda ponderal, em indivíduos submetidos a duas técnicas de cirurgia bariátrica: Gastrectomia Vertical e Bypass Gástrico. Métodos: Coorte prospectivo realizado no Hospital Santa Joana Recife - PE, incluindo pacientes obesos com Síndrome de Apneia/Hipopneia do Sono submetidos à cirurgia bariátrica por videolaparoscopia ou robótica, para avaliação pré e pós-operatória, através de polissonografia. Foram aferidos índices de massa corporal e apneia/hipopneia, pré e pós-operatórios dos pacientes quanto ao controle da apneia. Resultados: 30 participantes foram elencados, sendo 18 submetidos à Gastrectomia Vertical e 12 submetidos ao Bypass Gástrico, sendo 73,3% do sexo feminino., com média de idade de 40,2 anos (variação 24-63). Índices de massa corporal e de apneia/hipopneia pré-operatórios médios de gastrectomia vertical e bypass gástrico foram respectivamente 39,9 e 42,8 Kg/m2, e 33,7 e 27,7 eventos/hora. Após a cirurgia, índices de massa corporal e de apneia/hipopneia pósoperatórios médios de gastrectomia vertical e bypass gástrico foram respectivamente de 28,8 e 30,3 Kg/m2, e 7,4 e 9,5 eventos/hora (0,3-27,3). A redução de índices de massa corporal e de apneia/hipopneia no grupo submetido à gastrectomia vertical foi de 27,8% e 74,4%, enquanto no grupo do Bypass gástrico foi de 29,5% e 62,4%, respectivamente. Não houve diferença estatística entre os grupos quanto ao controle da apneia do sono. Conclusão: Ambas as técnicas cirúrgicas são eficazes em controlar apneia do sono, sem preponderância clara entre elas. Os participantes de maior IMC pré-operatório foram os principais beneficiados. Maior número de pacientes e estudos poderão corroborar estes achados. Palavras-chave do Resumo (3 palavras): Manejo da Obesidade; Apneia Síndrome Metabólica. Obstrutiva do Sono; Recife, 09 de abril de 2025 Palavras-chave do Resumo (3 palavras): Manejo da Obesidade; Apneia Síndrome Metabólica.
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Introdução: Cirurgia bariátrica é tratamento consolidado para pacientes com obesidade grau 2 e 3 refratários a medidas clínicas para perda de peso. Síndrome de Apneia e Hipopneia do Sono figura entre as comorbidades controladas pela cirurgia bariátrica. Os pacientes submetidos à cirurgia bariátrica apresentam melhora global da função respiratória. No entanto, não há indicação formal de técnica cirúrgica específica para melhor controle do quadro de apneia. Objetivo: Avaliar a evolução dos índices de apneia/hipopneia em indivíduos submetidos às técnicas de Bypass Gástrico e Gastrectomia Vertical, considerando sua eficácia no manejo da Síndrome da Apneia e Hipopneia Obstrutiva do Sono e o impacto na qualidade de vida. Métodos: Estudo prospectivo, observacional, não randomizado, realizado no Hospital Santa Joana Recife - PE, incluindo pacientes obesos com Síndrome de Apneia/Hipopneia do Sono submetidos à cirurgia bariátrica por videolaparoscopia ou robótica, para avaliação pré e pós-operatória, através de polissonografia. Foram aferidos índices de massa corporal e apneia/hipopneia, pré e pós-operatórios dos pacientes quanto ao controle da apneia. Resultados: 30 participantes foram elencados, sendo 18 submetidos à Gastrectomia Vertical e 12 submetidos ao Bypass Gástrico, sendo 73,3% do sexo feminino. A idade média foi de 40,2 anos (variação 24-63). Índices de massa corporal e de apneia/hipopneia pré-operatórios médios de gastrectomia vertical e bypass gástrico foram respectivamente 39,9 e 42,8 Kg/m2, e 33,7 e 27,7 eventos/hora. Após a cirurgia, índices de massa corporal e de apneia/hipopneia pós-operatórios médios de gastrectomia vertical e bypass gástrico foram respectivamente de 28,8 e 30,3 Kg/m2, e 7,4 e 9,5 eventos/hora (0,3-27,3). A redução de índices de massa corporal e de apneia/hipopneia no grupo submetido à gastrectomia vertical foi de 27,8% e 74,4%, enquanto no grupo do Bypass gástrico foi de 29,5% e 62,4%, respectivamente. Não houve diferença estatística entre os grupos quanto ao controle da apneia do sono. Conclusão: Ambas as técnicas cirúrgicas são eficazes em controlar apneia do sono, sem preponderância clara entre elas. Os participantes de maior IMC pré-operatório foram os principais beneficiados. Maior número de pacientes e estudos poderão corroborar estes achados. Palavras-chave do trabalho: Obesidade; Procedimentos Cirúrgicos Robóticos; Laparoscopia. Manejo da Obesidade, Apneia Obstrutiva do Sono; Síndrome de Hipoventilação por Obesidade; Síndrome Metabólica.
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DALLIANNY GONÇALVES DE SOUSA MARTINS
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Análise da Vitamina D em pacientes com Atrofia Muscular Espinhal
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Orientador : EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
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ESDRAS MARQUES LINS
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MUCIO BRANDAO VAZ DE ALMEIDA
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Data: 05/06/2025
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A atrofia muscular espinhal (AME) é uma doença neuromuscular genética caracterizada pela degeneração dos neurônios motores, resultando em fraqueza muscular progressiva e comprometimento motor. Estudos indicam que pacientes com AME possuem maior risco de deficiência de vitamina D devido a fatores como mobilidade reduzida, menor exposição solar e restrições alimentares. Este estudo teve como objetivo avaliar os níveis séricos de vitamina D em crianças diagnosticadas com AME e investigar sua relação com o tipo da doença, o grau de comprometimento motor e a presença de deformidades musculoesqueléticas. Trata-se de um estudo transversal realizado em 36 pacientes atendidos no Serviço de Referência em Doenças Raras (Rarus), em Recife. A análise bioquímica revelou que 58,3% dos pacientes apresentaram valores inferiores ao recomendado (<30 ng/mL), configurando um quadro de hipovitaminose D. Além disso, observou-se uma associação significativa entre os baixos níveis de vitamina D e o grau de comprometimento motor (p=0,002) e a presença de deformidades ósseas (p=0,014).
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A atrofia muscular espinhal (AME) é uma doença neuromuscular genética caracterizada pela degeneração dos neurônios motores, resultando em fraqueza muscular progressiva e comprometimento motor. Estudos indicam que pacientes com AME possuem maior risco de deficiência de vitamina D devido a fatores como mobilidade reduzida, menor exposição solar e restrições alimentares. Este estudo teve como objetivo avaliar os níveis séricos de vitamina D em crianças diagnosticadas com AME e investigar sua relação com o tipo da doença, o grau de comprometimento motor e a presença de deformidades musculoesqueléticas. Trata-se de um estudo exploratório, transversal, do tipo série de casos, realizado em 36 pacientes atendidos no Serviço de Referência em Doenças Raras (Rarus), em Recife. A análise bioquímica revelou que 58,3% dos pacientes apresentaram valores inferiores ao recomendado (<30 ng/mL), configurando um quadro de hipovitaminose D. Além disso, observou-se uma associação significativa entre os baixos níveis de vitamina D e o grau de comprometimento motor (p=0,002) e a presença de deformidades ósseas (p=0,014). Os achados reforçam a necessidade de monitoramento e suplementação adequada de vitamina D em pacientes com AME, visando minimizar complicações ósseas e musculares.
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GABRIEL GUERRA CORDEIRO
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EFEITOS DA COLECISTECTOMIA NA DOENÇA DO REFLUXO GASTRESOFAGIANO PÓS GASTRECTOMIA VERTICAL: avaliação endoscópica e metabólica
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Orientador : ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
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MEMBROS DA BANCA :
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ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
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FLAVIO KREIMER
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MARCO AURELIO SANTO
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Data: 16/06/2025
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Introdução: A cirurgia bariátrica, quando combinada com estilo de vida e intervenções médicas, é uma modalidade de tratamento comum e bem-sucedida em pacientes obesos. A gastrectomia vertical (GV) é um dos procedimentos bariátricos mais realizados mundialmente, promovendo perda de peso significativa e melhora de comorbidades metabólicas. No entanto, pode estar associada ao desenvolvimento ou agravamento da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). A colecistectomia, frequentemente necessária devido à formação de cálculos biliares pós-bariátrica, também pode influenciar na fisiopatologia do refluxo devido à perda do armazenamento biliar e consequente aumento do refluxo alcalino. Objetivos: Analisar a influência da colecistectomia na incidência e gravidade do refluxo gastroesofagiano após a gastrectomia vertical. METÓDOS: Estudo longitudinal, retrospectivo e observacional, do tipo coorte. Foram selecionados pacientes adultos obesos submetidos à colecistectomia, realizada de forma concomitante ou posterior à gastrectomia vertical no Hospital Esperança Recife, no período entre 2009 e 2017. RESULTADOS: Foram avaliados aspectos endoscópicos pré-operatório e no seguimento de um ano após a cirurgia. Os participantes foram divididos em dois grupos, Essa estrutura permitiu uma análise comparativa detalhada entre os dois grupos considerando as diferenças por desfechos endoscópicos, metabólicos e clínicos entre as abordagens isoladas ou simultâneas, além da comparação dos diferentes achados nos momentos distintos dentro do mesmo grupo no seguimento pré e pós-operatório. A análise inclui a incidência e gravidade do esôfago, estômago, duodeno, Barret e H. pylori. CONCLUSÃO: Com um nível de significância de 95%, podemos concluir que a colecistectomia parece influenciar a dinâmica do trato digestivo alto, a partir do aumento da incidência e grau de acometimento da doença do refluxo gastroesofágico em pacientes submetidos à gastrectomia vertical. Ademais, tais achados estão evidenciados em pacientes submetidos à colecistectomia no seguimento após a gastrectomia vertical, como também de forma concomitante ao procedimento, o que sugere a independência quanto ao momento cirúrgico de realização do procedimento.
Palavras-chave: Obesidade. Cirurgia bariátrica. Gastrectomia vertical. Colecistectomia. Refluxo gastroesofagiano.
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Introdução: A cirurgia bariátrica, quando combinada com estilo de vida e intervenções médicas, é uma modalidade de tratamento comum e bem-sucedida em pacientes obesos. A gastrectomia vertical (GV) é um dos procedimentos bariátricos mais realizados mundialmente, promovendo perda de peso significativa e melhora de comorbidades metabólicas. No entanto, pode estar associada ao desenvolvimento ou agravamento da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). A colecistectomia, frequentemente necessária devido à formação de cálculos biliares pós-bariátrica, também pode influenciar na fisiopatologia do refluxo devido à perda do armazenamento biliar e consequente aumento do refluxo alcalino. Objetivos: Analisar a influência da colecistectomia na incidência e gravidade do refluxo gastroesofagiano após a gastrectomia vertical. METÓDOS: Estudo longitudinal, retrospectivo e observacional, do tipo coorte. Foram selecionados pacientes adultos obesos submetidos à colecistectomia, realizada de forma concomitante ou posterior à gastrectomia vertical no Hospital Esperança Recife, no período entre 2009 e 2017. RESULTADOS: Foram avaliados aspectos endoscópicos pré-operatório e no seguimento de um ano após a cirurgia. Os participantes foram divididos em dois grupos, Essa estrutura permitiu uma análise comparativa detalhada entre os dois grupos considerando as diferenças por desfechos endoscópicos, metabólicos e clínicos entre as abordagens isoladas ou simultâneas, além da comparação dos diferentes achados nos momentos distintos dentro do mesmo grupo no seguimento pré e pós-operatório. A análise inclui a incidência e gravidade do esôfago, estômago, duodeno, Barret e H. pylori. CONCLUSÃO: Com um nível de significância de 95%, podemos concluir que a colecistectomia parece influenciar a dinâmica do trato digestivo alto, a partir do aumento da incidência e grau de acometimento da doença do refluxo gastroesofágico em pacientes submetidos à gastrectomia vertical. Ademais, tais achados estão evidenciados em pacientes submetidos à colecistectomia no seguimento após a gastrectomia vertical, como também de forma concomitante ao procedimento, o que sugere a independência quanto ao momento cirúrgico de realização do procedimento.
Palavras-chave: Obesidade. Cirurgia bariátrica. Gastrectomia vertical. Colecistectomia. Refluxo gastroesofagiano.
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FRANCIS VINICIUS FONTES DE LIMA
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Avaliação do preparo nutrológico no pré e pós-operatório na cirurgia plástica: qualidade de vida e incidência de complicações.
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Orientador : PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
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MEMBROS DA BANCA :
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ELINE DE ALMEIDA SORIANO
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JOSIMARIO JOAO DA SILVA
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PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
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Data: 18/06/2025
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Objetivo: Analisar os efeitos de um protocolo nutrológico estruturado — incluindo dieta, suplementação e musculação — na composição corporal, qualidade de vida e incidência de complicações em pacientes submetidas a cirurgias plásticas estéticas. Método: Ensaio clínico controlado, randomizado, com 38 mulheres (20 no grupo intervenção, 18 no grupo controle), acompanhadas por 12 semanas. O grupo intervenção recebeu dieta específica, suplementação oral e parenteral (como HMB, aminoácidos, ômega 3, vitamina D) e orientação para musculação pré e pós- operatória. Avaliaram-se composição corporal (bioimpedância, antropometria, dinamometria), complicações e qualidade de vida (SF-36). Resultados principais: • Composição corporal: O grupo intervenção apresentou redução significativa de massa gorda, IMC e percentual de gordura corporal (p<0,001), sem perda significativa de massa muscular. • Complicações: Houve menor incidência de seroma no grupo intervenção (5% vs. 16,7%). Não ocorreram complicações graves em nenhum grupo. • Qualidade de vida (SF-36): O grupo intervenção apresentou melhorias estatisticamente significativas em saúde física, vitalidade, bem-estar emocional, dor e socialização. O grupo controle não mostrou melhoras relevantes. Conclusão: O protocolo nutrológico implementado mostrou-se eficaz e seguro, promovendo melhora da composição corporal, menor ocorrência de complicações e aumento da qualidade de vida das pacientes. Reforça-se a importância de incorporar estratégias nutrológicas e funcionais na rotina cirúrgica plástica estética, sugerindo novos estudos com maior diversidade e seguimento prolongado. Palavras-chave do Resumo (3 palavras): Nutrologia; cirurgia plástica; qualidade de vida.
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Objetivo: Analisar os efeitos de um protocolo nutrológico estruturado — incluindo dieta, suplementação e musculação — na composição corporal, qualidade de vida e incidência de complicações em pacientes submetidas a cirurgias plásticas estéticas. Método: Ensaio clínico controlado, randomizado, com 38 mulheres (20 no grupo intervenção, 18 no grupo controle), acompanhadas por 12 semanas. O grupo intervenção recebeu dieta específica, suplementação oral e parenteral (como HMB, aminoácidos, ômega 3, vitamina D) e orientação para musculação pré e pósoperatória. Avaliaram-se composição corporal (bioimpedância, antropometria, dinamometria), complicações e qualidade de vida (SF-36). Resultados principais: • Composição corporal: O grupo intervenção apresentou redução significativa de massa gorda, IMC e percentual de gordura corporal (p<0,001), sem perda significativa de massa muscular. • Complicações: Houve menor incidência de seroma no grupo intervenção (5% vs. 16,7%). Não ocorreram complicações graves em nenhum grupo. • Qualidade de vida (SF-36): O grupo intervenção apresentou melhorias estatisticamente significativas em saúde física, vitalidade, bem-estar emocional, dor e socialização. O grupo controle não mostrou melhoras relevantes. Conclusão: O protocolo nutrológico implementado mostrou-se eficaz e seguro, promovendo melhora da composição corporal, menor ocorrência de complicações e aumento da qualidade de vida das pacientes. Reforça-se a importância de incorporar estratégias nutrológicas e funcionais na rotina cirúrgica plástica estética, sugerindo novos estudos com maior diversidade e seguimento prolongado.
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ANA MARIA FONTES LEITE DE SÁ
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PARAMETROS BIOMECANICOS DA DEGLUTICAO PARA A PREDICAO DA EXTUBACAO BEM-SUCEDIDA DO PACIENTE EM TERAPIA INTENSIVA: COORTE PROSPECTIVO
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Orientador : EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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EPITACIO LEITE ROLIM FILHO
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MARIA INES REMIGIO DE AGUIAR
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MUCIO BRANDAO VAZ DE ALMEIDA
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Data: 25/06/2025
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Histórico: Prever a extubação bem-sucedida do paciente crítico é um desafio, mas pode melhorar desfechos clínicos, reduzir custos e otimizar resultados. Não há na literatura parâmetros validados por fonoaudiólogos relacionados à Avaliação da Biomecânica da Deglutição Adaptada ao Tubo OroTraqueal (ABDA-TOT) para prever o sucesso da extubação na UTI. Objetivo: Avaliar os Aspectos Biomecânicos da Deglutição Adaptada ao Tubo Orotraqueal (ABDA-TOT) como preditor para a extubação bem-sucedida de pacientes na UTI. Métodos: Coorte prospectivo com aplicação do instrumento ABDA-TOT. Estudo com pacientes adultos em UTI clínico-cirúrgica, ventilados por pelo menos 48h e com extubação programada. Foi realizada coleta de dados em prontuários, avaliação biomecânica da deglutição com sete variáveis de escores progressivos e monitoramento pós-extubação. Foram calculados sensibilidade, especificidade e valores preditivos, com seus respectivos intervalos de confiança. Resultados: Quarenta e três pacientes incluídos. Trinta e um pacientes (72,1%) apresentaram extubação bem-sucedida e 12 (27,9%) apresentaram falha na extubação. Dentre os que falharam, 8 (18,6%) foi devido a excesso de secreções das vias aéreas superiores com sinais clínicos de ausência de proteção das vias aéreas. A avaliação ABDA-TOT antes da extubação permitiu a previsão de 9 (60%) das 12 extubações falhas e previu 25 (89,3%) das 31 extubações bem-sucedidas. O ponto de corte igual a 7 distingue a extubação bem-sucedida e a extubação falha. Apresenta um nível de sensibilidade de 0,750 (IC: 0,468 a 0,911) e especificidade de 0,806 (IC: 0,637 a 0,908). Valor preditivo positivo de 0,600 e negativo de 0,893. Acurácia de 0,791. Conclusão: O ABDA-TOT, através de sinais clínicos-motores, pode prever a extubação bem-sucedida em pacientes na UTI e ser mais uma ferramenta para predição do sucesso na extubação. Sua correlação com os desfechos pós-extubação reforça sua importância na tomada de decisão clínica.
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Histórico: Prever a extubação bem-sucedida do paciente crítico é um desafio necessário, pois tem o potencial de otimizar os desfechos clínicos, poupar custos e melhorar os resultados. Não há na literatura parâmetros relacionados à avaliação biomecânica da deglutição adaptada ao tubo orotraqueal (ABDA-TOT) validados para a predição de sucesso da extubação independente do diagnóstico específico. Métodos: Foram acompanhados quarenta e três pacientes adultos, em UTI geral, a partir de 48h de ventilação mecânica, com programação de extubação. Houve coleta de dados em prontuários, avaliação biomecânica da deglutição com sete variáveis analisadas com escores progressivos (ABDA-TOT) e monitoramento pós-extubação. O ponto de corte foi determinado pela maior associação com o evento de falha na extubação e calculados a sensibilidade, especificidade e valores preditivos, com seus respectivos intervalos de confiança. Resultados: Quarenta e três pacientes foram incluídos. De doze (27,9%) falhas na extubação, oito (18,6%) pacientes tiveram extubação falha devido à excesso de secreções das vias aéreas superiores com sinais clínicos de ausência de proteção das vias aéreas. A avaliação ABDA-TOT antes da extubação permitiu a previsão de 9 (60%) dessas extubações sem sucesso e previu 25 (89,3%) das extubações bem-sucedidas. O ABDA-TOT, com ponto de corte igual a 7 distinguindo a extubação bem-sucedida, apresentou um nível de sensibilidade de 0,750 (IC: 0,468 a 0,911) e especificidade de 0,806 (IC: 0,637 a 0,908). Razão de verossimilhança positiva de 3,875 (IC: 1,760 a 8,530) e negativa de 0,310 (IC: 0,115 a 0,838). Odds Ratio de 12,500 (IC: 2,571 a 60,779). Valor preditivo positivo de 0,600 e negativo de 0,893. Acurácia de 0,791. Conclusões: O escore ABDA-TOT tem potencial para ser integrado à prática intensivista e ajudar a definir critérios mais precisos para a extubação. Entretanto, requer validação externa adicional para fortalecer as conclusões e aprimorar sua relevância clínica.
Palavras-chave do trabalho: Fonoaudiologia, Ventilação Mecânica, Extubação das vias aéreas, Avaliação da Deglutição, Disfagia, Unidade de Terapia Intensiva
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CAIO ARAMYS FREITAS TEODORO
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ESTUDO DOS EFEITOS INDUZIDOS DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO DE FORCA AGUDO NAS VEIAS SAFENAS DE PACIENTES COM INSUFICIENCIA VENOSA CRONICA.
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Orientador : PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
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MEMBROS DA BANCA :
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ESDRAS MARQUES LINS
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GUSTAVO WILLAMES PIMENTEL BARROS
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PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
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Data: 30/06/2025
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Investigar se duas semanas de treinamento de força supervisionado melhoram a função venosa, força muscular e capacidade funcional de pacientes com insuficiência venosa crônica (IVC). Estudo experimental realizado com 28 pacientes (57,7 ± 6,2 anos), atendidos em ambulatório de cirurgia vascular, alocados em dois grupos: intervenção (n=14), submetidos a 6 sessões de treinamento de força supervisionado (3 sessões semanais em dias não consecutivos, durante 2 semanas), e controle (n=14), apenas reavaliados após 4 semanas. Dois dias antes (PRÉ) da intervenção e 48 horas após a última sessão (PÓS), foram aferidas: força de membros superiores (dinamometria), força funcional de membros inferiores (teste de sentar-e-levantar — TSL), capacidade cardiorrespiratória (teste de 2 minutos no step — T2m), e parâmetros venosos (diâmetro da junção safeno-femoral e presença de refluxo, via ultrassonografia com Doppler). Os testes t de Student e de Wilcoxon foram utilizados para comparar os momentos PRÉ e PÓS em cada grupo. Todos os pacientes participaram de todas as sessões sem lesões relacionadas ao treinamento. Após a intervenção, o grupo intervenção apresentou aumento significativo na força muscular (Δ = +4,4 kgf; p<0,001), no desempenho funcional dos membros inferiores (Δ = +2,7 repetições; p<0,001) e na capacidade cardiorrespiratória (Δ = +3,9 repetições; p=0,001). O diâmetro da junção safeno-femoral não apresentou alterações significativas (p=0,101). Na comparação com o grupo controle, os ganhos foram estatisticamente superiores em todas as variáveis funcionais (p<0,001). A análise de medidas repetidas confirmou interações significativas entre tempo e grupo para todas as variáveis funcionais (p<0,001), com tamanhos de efeito elevados. A realização de duas semanas de treinamento de força supervisionado demonstrou ser segura e eficaz para melhorar a força muscular, a capacidade funcional e o condicionamento cardiorrespiratório em pacientes com insuficiência venosa crônica, sem alterar parâmetros estruturais da veia safena e sem respostas agudas a dinâmica de fluxo venoso.
Palavras-chave do Resumo: veia safena, insuficiência venosa crônica, exercício físico.
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Resumo da Qualificação (copiado e colado do campo “Resumo” do manuscrito de Qualificação a ser entregue aos membros da banca):
Investigar se duas semanas de treinamento de força supervisionado melhora a junção safeno-femoral, função de fluxo venoso, repercussões fisiológicas e motoras das veias safenas de pacientes com insuficiência venosa crônica. Estudo experimental realizado com 28 pacientes (57,7± anos) de um ambulatório de cirurgia vascular, as quais foram submetidas à 6 sessões de treinamento de força supervisionado (3 sessões semanais em dias não consecutivos durante 2 semanas). Dois dias antes (PRÉ) da intervenção e 48 horas após a última sessão do treinamento (PÓS) foram aferidas as seguintes variáveis: nível de força de membros inferiores através do teste de sentar e levantar (TSL), nível de força de membros superiores através de dinamometria, nível de condicionamento cardiovascular através do teste de 2 minutos no step (T2m), diâmetro da junção safeno-femoral de veias safenas e fluxo sanguíneio através de ultrassom de veias safenas com doppler. Os testes t de Student e de Wilcoxon foram utilizados para analisar as diferenças entre os momentos PÓS e PRÉ para cada variável. As pacientes participaram de todas as sessões sem lesões relacionadas ao treinamento.
Palavras-chave do trabalho: veia safena, insuficiência venosa, treinamento de força, exercício físico.
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ALEX FELIX DOS SANTOS
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COMPOSICAO CORPORAL, PARAMETROS HEMATOLOGICOS, METABOLICOS, QUALIDADE DE VIDA E CAPACIDADES FUNCIONAIS DE MULHERES PRE E POS-CIRURGIA BARIATRICA: um estudo de coorte prospectivo
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Orientador : PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
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MEMBROS DA BANCA :
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GUSTAVO WILLAMES PIMENTEL BARROS
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MARIA INES REMIGIO DE AGUIAR
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PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
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Data: 30/06/2025
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A cirurgia bariátrica se mostra a forma mais eficiente, duradoura e heterogênea de tratamento da obesidade grave, trazendo respostas em diferentes aspectos relacionados à saúde. Entretanto, estudos anteriores que analisaram os parâmetros de saúde apresentaram limitações similares quanto aos períodos de avaliação e à identificação dos indicadores de saúde mais relevantes no pós-cirurgia bariátrica, principalmente nos meses iniciais do procedimento. Desse modo, este estudo teve o objetivo de verificar a composição corporal, a densidade mineral óssea, os parâmetros hematológicos e metabólicos, a qualidade de vida e as capacidades funcionais de mulheres no período pré e pós-cirurgia bariátrica ao longo de 12 meses. Trata-se de um estudo de coorte prospectivo, de caráter descritivo e analítico, com abordagem quantitativa. A população do estudo foi composta por mulheres antes e após a cirurgia bariátrica, que participaram do mutirão de cirurgia bariátrica do HC-UFPE entre os anos de 2023 e 2024, totalizando 24 pacientes na amostra. Foram encontradas diferenças significativas, com tamanho de efeito grande, no IMC, no percentual de gordura corporal, na massa de gordura/altura², na massa muscular/altura² e na massa muscular apendicular/altura², bem como um tamanho de efeito médio na relação androide-ginoide. Não foram encontradas diferenças significativas na DMO do colo do fêmur e da coluna lombar. Nos parâmetros hematológicos e metabólicos, identificou-se diferença estatisticamente significativa, com tamanho de efeito médio, na contagem de plaquetas e de leucócitos. Quanto à qualidade de vida, foi verificada diferença significativa na capacidade funcional, com tamanho de efeito grande, e, entre os testes de capacidade funcional, apenas o TUG apresentou diferença estatisticamente significativa e tamanho de efeito grande.
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A cirurgia bariátrica se mostra a forma mais eficiente, duradoura e heterogênea de tratamento da obesidade grave, trazendo respostas em diferentes aspectos relacionados à saúde. Entretanto, estudos anteriores que analisaram os parâmetros de saúde apresentaram limitações similares quanto aos períodos de avaliação e à identificação dos indicadores de saúde mais relevantes no pós-cirurgia bariátrica, principalmente nos meses iniciais do procedimento. Desse modo, este estudo teve o objetivo de verificar a composição corporal, a densidade mineral óssea, os parâmetros hematológicos e metabólicos, a qualidade de vida e as capacidades funcionais de mulheres no período pré e pós-cirurgia bariátrica ao longo de 12 meses. Trata-se de um estudo de coorte prospectivo, de caráter descritivo e analítico, com abordagem quantitativa. A população do estudo foi composta por mulheres obesas, pré e pós-cirurgia bariátrica, que participaram do mutirão de cirurgia bariátrica do HC-UFPE entre os anos de 2023 e 2024, totalizando 24 pacientes na amostra. Foram encontradas diferenças significativas, com tamanho de efeito grande, no IMC, no percentual de gordura corporal, na massa de gordura/altura², na massa muscular/altura² e na massa muscular apendicular/altura², bem como um tamanho de efeito médio na relação androide-ginoide. Não foram encontradas diferenças significativas na DMO do colo do fêmur e da coluna lombar. Nos parâmetros hematológicos e metabólicos, identificou-se diferença estatisticamente
significativa, com tamanho de efeito médio, na contagem de plaquetas e de leucócitos. Quanto à qualidade de vida, foi verificada diferença significativa na capacidade funcional, com tamanho de efeito grande, e, entre os testes de capacidade funcional, apenas o TUG apresentou diferença estatisticamente significativa, também com tamanho de efeito grande.
Palavras-chave do trabalho: obesidade; cirurgia bariátrica; composição corporal; parâmetros hematológicos; qualidade de vida; capacidades funcionais.
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THALITA DUTRA E SILVA
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Importancia da histerectomia no reparo cirurgico de prolapsos apicais: revisao sistematica e metanalise
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Orientador : ESDRAS MARQUES LINS
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MEMBROS DA BANCA :
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GERALDO DE AGUIAR CAVALCANTI
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FELIPE ALVES MOURATO
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FILIPE TENORIO LIRA NETO
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Data: 30/06/2025
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Prolapso de Órgãos Pélvicos (POP) é uma condição clínica que deverá aumentar em prevalência devido ao aumento da expectativa de vida e de obesidade. O reparo cirúrgico de prolapsos uterinos tem sido realizado mais frequentemente associado a histerectomia. Mais recentemente, entretanto, estudos tem evidenciado que técnicas de preservação uterina (histeropexia) poderiam oferecer resultados melhores ou, pelo menos, similares, com relação aos resultados anatômicos e taxa de recorrência, apesar do impacto da permanência do útero a longo prazo na anatomia do assoalho pélvico ainda não ter sido estabelecido. Ademais, estudos comparando ambas as técnicas ainda são limitados, bem como os guidelines demonstram-se ambíguos, resultando em variações no tratamento (VAN IJSSELMUIDEN, 2015).
O objetivo deste estudo foi identificar a importância da histerectomia no reparo cirúrgico de prolapsos apicais, comparando seus resultados com técnicas de preservação uterina, com relação aos resultados anatômicos e taxa de recorrência.
Foi realizada busca sistemática nas bases de dados Pubmed, EMBASE, Scopus, CINAHL, LILACS e Web of Science até 03 de maio de 2024, com a análise de dados realizada com R, versão 4.5.0, R Core Team, 2025. A estrutura da revisão seguiu os guidelines PRISMA. Após triagem, 07 estudos (04 estudos de coorte e 03 estudos randomizados controlados) foram incluídos na revisão sistemática e metanálise. Houve análise do risco de viés dos estudos e avaliação de qualidade da evidência para cada desfecho.
Foram realizadas 03 comparações distintas, todas envolvendo histerectomia transvaginal com suspensão de ligamentos uterossacros (HTV-US) em comparação com outro ramo de análise entre os seguintes: histeropexia com fixação dos ligamentos sacroespinhosos (HX-SE) com fio, HX-SE com Uphold, histerectomia com sacrocolpofixação minimamente invasiva (HI SCP MI). Foi possível a criação de 06 forest plots, entre os quais três apresentaram resultados estatisticamente relevantes: falha anatômica no braço HTV-US significativamente maior em comparação com HX-SE com Uphold (n: 339; log OR: 0,95; IC 95%: 0,45 a 1.45; p=0,0002); comprimento vaginal total (sigla em inglês: TVL) significativamente menor no braço HTV-US em relação a HX-SE com Uphold ( n:339; MD:-0,88; IC 95%: -1,10 a -0,66; p=<0,0001) e HI SCP MI (n:146; MD:-1,03; IC 95%: -1,81 a -0,25; p=0,01).
Esse resultado sugere que histeropexia com uso de material sintético (tela) pode ser mais eficaz que histerectomia com reparo nativo na abordagem do POP apical. Estudos subsequentes, preferencialmente ensaios clínicos randomizados, devem ser realizados para confirmação dos achados do presente estudo.
Palavras-chave do Resumo (3 palavras): Prolapso Uterino; Prolapso de Órgão Pélvico; Histerectomia.
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A histerectomia é um dos procedimentos mais frequentemente realizados em Ginecologia. As indicações cirúrgicas são variadas, incluindo etiologias benignas e malignas. Dentre as causas benignas, os leiomiomas sintomáticos e o prolapso de órgãos pélvicos (POP) são as indicações mais frequentes.
POP é definido como protrusão de uma ou mais das seguintes estruturas em mulheres: parede vaginal anterior, parede vaginal posterior, cúpula vaginal (em casos pós histerectomia), ápice vaginal/colo uterino. Essa protrusão ocorre devido a descida de órgãos pélvicos: bexiga, útero, intestino delgado, cólon.
Em 1992, DeLancey dividiu as áreas de suporte da vagina em 3 regiões, de acordo com sua localização. O nível I está relacionado ao suporte apical de útero/ cúpula vaginal e inclui, entre outras estruturas, os ligamentos cardinais e uterossacros.
Se os procedimentos de suporte apical não são realizados em concomitância com a histerectomia, a sustentação do nível I é perdida (em casos sem prolapso) ou não reestabelecida (em casos com prolapso preexistente), predispondo as pacientes a desenvolver prolapso de cúpula vaginal no pós-operatório.
Estudos com nível I de evidência recomendam o restabelecimento do suporte apical durante histerectomia, independentemente se a cirurgia está sendo realizada devido a prolapso uterovaginal ou não. Além disso, devido ao progressivo envelhecimento da população, é estimado que a taxa de prolapso uterovaginal submetido a correção cirúrgica cresça 50% até 2050.
A maior probabilidade de realização de histerectomias por prolapso e a necessidade de restabelecer o suporte apical durante essas cirurgias geram um questionamento sobre qual seria o melhor método para sua realização. Uma revisão sistemática da literatura (idealmente com avaliação metanalítica associada) far-se-á necessária, portanto, para esclarecer a condição clínica e estabelecer recomendações com o intuito de minimizar os riscos de recorrência do POP.
Palavras-chave do trabalho: Systematic review; Meta-analysis; Female; Humans; Uterine prolapse; Pelvic Organ Prolapse; Hysterectomy.
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NYEDJA TATYANE PEREIRA ALVES
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CONSIDERACOES ETICAS NA OBTENCAO DO CONSENTIMENTO INFORMADO DE PACIENTES EM USO CRONICO DE BISFOSFONATOS
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Orientador : JOSIMARIO JOAO DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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JOSIMARIO JOAO DA SILVA
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PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
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VANIA PINHEIRO RAMOS
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Data: 30/06/2025
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Os BFs são medicamentos amplamente utilizados na medicina moderna para o tratamento de doenças relacionadas ao metabolismo ósseo. Inicialmente, eles foram investigados pelo seu potencial em prevenir a calcificação em sistemas industriais. Objetivo: avaliar a compreensão e a aplicação do consentimento informado em pacientes em uso crônico de bisfosfonatos atendidos no ambulatório de oncologia do Hospital das Clínicas/EBSERH da Universidade Federal de Pernambuco, destacando os aspectos éticos e a comunicação entre profissionais de saúde e pacientes. Metodologia: A pesquisa foi realizada no Hospital das Clínicas/EBSERH da Universidade Federal de Pernambuco, com 34 pacientes especificamente nos ambulatórios de oncologia onde são atendidos os pacientes que fazem uso crônico de bisfosfonatos. No qual se constitui com base em um Estudo Censitário analítico, transversal quantitativo. Considerando os pacientes que atenda os critérios de elegibilidade, realizada no período de outubro de 2024 a 31de janeiro de 2025. Resultados: Os dados quantitativos foram expressos por meio de média e desvio padrão; e os qualitativos por frequência absoluta (N) e frequência relativa (%). Para comparação entre as proporções, foi utilizado o teste de Qui-quadrado de aderência (X2). Todas as análises foram executadas no IBM® SPSS Statistics 30. O nível de significância assumido foi de 0,05. Conclusão: Este estudo evidencia a necessidade de um termo de consentimento específico para pacientes em uso crônico de bisfosfonatos garantindo sua autonomia e compreensão sobre o tratamento. A pesquisa identificou dificuldades como a baixa escolaridade dos pacientes, falta de acesso a prontuários e avaliação odontológica prévia. Recomenda- se a criação de protocolos específicos, capacitação de profissionais e melhorias no acesso a avaliações odontológicas para prevenir complicações e garantir um acompanhamento adequado.
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Introdução: Os BFs são medicamentos amplamente utilizados na medicina moderna para o tratamento de doenças relacionadas ao metabolismo ósseo. Inicialmente, eles foram investigados pelo seu potencial em prevenir a calcificação em sistemas industriais. Objetivo: avaliar a compreensão e a aplicação do consentimento informado em pacientes em uso crônico de bisfosfonatos atendidos no ambulatório de oncologia do Hospital das Clínicas/EBSERH da Universidade Federal de Pernambuco, destacando os aspectos éticos e a comunicação entre profissionais de saúde e pacientes. Metodologia: A pesquisa foi realizada no Hospital das Clínicas/EBSERH da Universidade Federal de Pernambuco, com 34 pacientes especificamente nos ambulatórios de oncologia onde são atendidos os pacientes que fazem uso crônico de bisfosfonatos. No qual se constitui com base em um Estudo Censitário analítico, transversal quantitativo. Considerando os pacientes que atenda os critérios de elegibilidade, realizada no período de outubro de 2024 a 31 de janeiro de 2025. Resultados: Os dados quantitativos foram expressos por meio de média e desvio padrão; e os qualitativos por frequência absoluta (N) e frequência relativa (%). Para comparação entre as proporções, foi utilizado o teste de Qui-quadrado de aderência (X2). Todas as análises foram executadas no IBM® SPSS Statistics 30. O nível de significância assumido foi de 0,05. Conclusão: Este estudo evidencia a necessidade de um termo de consentimento específico para pacientes em uso crônico de bisfosfonatos no Hospital das Clínicas/EBSERH da UFPE, garantindo sua autonomia e compreensão sobre o tratamento. A pesquisa identificou dificuldades como a baixa escolaridade dos pacientes, falta de acesso a prontuários e avaliação odontológica prévia. Recomendase a criação de protocolos específicos, capacitação de profissionais e melhorias no acesso a avaliações odontológicas para prevenir complicações e garantir um acompanhamento adequado.
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PEDRO PEREIRA GONZAGA
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ASSOCIACAO ENTRE COMORBIDADE E COMPLICACOES POS-OPERATORIAS NO REPARO DE HERNIOPLASTIA INGUINAL
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Orientador : FLAVIO KREIMER
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MEMBROS DA BANCA :
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ADRIANO CARNEIRO DA COSTA
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CIRÊNIO DE ALMEIDA BARBOSA
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FLAVIO KREIMER
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Data: 11/07/2025
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Introdução: A hérnia inguinal é uma das doenças mais prevalentes no campo da cirurgia, com alto índice de recorrência após o tratamento. As hérnias inguinais são um problema frequente e o seu reparo representa a cirurgia mais comumente realizada por cirurgiões gerais. As taxas de recidiva são influenciadas por vários fatores, como a experiência do cirurgião, as características do paciente e a técnica utilizada. A técnica de Lichtenstein é uma técnica tradicional em todos os países, eficaz, reprodutível e apresenta menor taxa de recorrência, principalmente em casos de comorbidades como obesidade, diabetes mellitus, hipertensão ou complicações pós-operatórias. A técnica total extraperitoneal (TEP), ao ser indicada para pacientes com hérnias recidivantes, também apresenta boas taxas de sucesso, embora sua eficácia dependa da experiência do cirurgião. Objetivo: Foi analisar a associação entre comorbidades pré-operatórias e a ocorrência de complicações pós-operatórias em pacientes submetidos à hernioplastia inguinal. Métodos: A população de estudo foi composta de 1.036 pacientes com diagnóstico confirmado de hérnia inguinal que foram submetidos à cirurgia de hernioplastia inguinal na parede abdominal. A pesquisa consiste na determinação do estado inflamatório entre comorbidades pré-operatória e complicações pós-operatórias à hernioplastia inguinal. Trata-se de um estudo observacional, com análise retrospectiva de pacientes submetidos à hernioplastia inguinal, nos anos de 2023 e 2024, em um centro privado do Recife. Os dados pré e pós-operatórios foram colhidos conforme dados fornecidos no prontuário médico. Todas as informações foram preenchidas em planilhas. Resultado: A distribuição do sexo e faixa etária dos pacientes avaliados: a maioria dos pacientes foram homens (89,4%) e possuía idade entre 46 a 59 anos (38,2%). Verifica-se que a maioria dos pacientes foi submetida à cirurgia aberta (94,2%), utilizando a técnica de Lichtenstein (94,0%); apresenta nível de glicemia normal (70,0%); não possui comorbidade (77,1%); não apresentou recidiva (99,4%); não apresentou complicações (71,4%); e passou até 12 horas internado (64,6%). Ainda, observa-se que dos pacientes que apresentaram comorbidades, as mais frequentes foram: HAS (65,9%) e DM (25,2%), e para aquele que apresentaram complicações foram: SSO - Ocorrências não infecciosas (40,8%) e dor (35,7%). O teste de comparação de proporção foi significativo em todos os fatores avaliados, indicando que o perfil clínico descrito é, estatisticamente, o mais frequente no grupo de pacientes avaliados. Conclusão: Os achados deste estudo evidenciam que comorbidades pré-operatórias, como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, tabagismo e idade ≥65 anos, estão significativamente associadas ao aumento da incidência de complicações pós-operatórias em pacientes submetidos à hernioplastia inguinal. Tais fatores influenciam especialmente na ocorrência de infecção de sítio cirúrgico e dor persistente, impactando diretamente a recuperação e a qualidade de vida dos pacientes.
Palavras-chave: hérnia inguinal, complicações cirúrgicas, laparoscopia, reparo aberto.
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Introdução: A hérnia inguinal é um problema frequente e seu reparo é o procedimento mais comum realizado na população. A indicação cirúrgica é relacionada primordialmente à qualidade de vida do paciente. Por ano, as cirurgias de correção da falha da aponeurose, denominadas hernioplastias, são responsáveis por cerca de 1,5% dos procedimentos realizados mundialmente. Objetivos: Analisar o desfecho clínico e o perfil de pacientes submetidos à hernioplastia inguinal videolaparoscópica por meio do estudo de prontuários eletrônicos, avaliando a idade, o sexo, as comorbidades, a técnica cirúrgica, o tempo de internamento hospitalar e as complicações. Metodologia: Esse estudo retrospectivo observacional utilizou prontuários eletrônicos de pacientes submetidos à hernioplastia inguinal videolaparoscópica entre dezembro de 2023 a dezembro de 2024 no Hospital Privado. Resultados: A maioria dos pacientes do estudo foi formada pelo sexo masculino e pela faixa etária entre 46 e 60 anos. Do total de pacientes estudados, apenas 14 afirmaram ser portadores de comorbidades e 15 pacientes negaram procedimentos de hernioplastia inguinal anteriores. O tempo máximo de permanência hospitalar dos pacientes desde a admissão foi de sete dias. Apenas 11 pacientes do sexo masculino apresentaram complicações relacionadas ao procedimento. Conclusão: A técnica laparoscópica TAPP mostrou-se segura e eficiente no tratamento da hérnia inguinal no adulto, com alto índice de satisfação dos pacientes. Apresentou baixa morbidade e complicações gerais, tanto em número quanto em gravidade. A baixa taxa de recidiva apresentada, compara favoravelmente a TAPP com outras técnicas protéticas sem tensão, e deve ser incorporada ao arsenal técnico operatório do cirurgião geral moderno.
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CANTIDIA MARIA AVILA LITVIN
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AUMENTO MAMARIO POR VIA TRANSUMBILICAL XINCISAO NO SITIO MAMARIO
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Orientador : JOSE LUIZ DE FIGUEIREDO
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MEMBROS DA BANCA :
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FLAVIO KREIMER
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JOSE LUIZ DE FIGUEIREDO
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LUIZ CARLOS DE ABREU
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Data: 16/07/2025
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Introdução: Hipomastia é uma condição multifatorial relacionada à baixa estima feminina. O aumento mamário (AM), principalmente em mulheres jovens, após a gravidez ou após perda ponderal pode ser obtido através de técnicas com incisão no sítio mamário (ISM) ou mais recentemente por via trans umbilical (VTU), com implantes de gel de silicone (IGS) ou com implantes de solução salina (ISS). Estas duas técnicas de implantes mamários (IMs), bem como o uso de IGS versus ISS têm para os pros e contras, principalmente do ponto de vista de complicações cirúrgicas precoces e tardias e de satisfação final com o resultado do AM. Objetivos: Avaliar o nível de segurança da VTU comparado a ISM. Analisar as complicações cirúrgicas precoces e tardias entre as técnicas de AM pela VTU em relação à técnica ISM. Avaliar se existe diferença no ISS versus IGS, comparando o índice de contratura capsular. Relatar as complicações cirúrgicas específicas da VTU. Métodos: Foram revisados prontuários de 278 pacientes submetidos a 556 IMs no período de janeiro de 1995 a dezembro de 2018. Complicações cirúrgicas precoces (hematoma, seroma, infecção e assimetrias), complicações cirúrgicas tardias (cicatrização inestética, perda da sensibilidade local). O índice de contratura capsular entre o IGS com o ISS, e as complicações cirúrgicas especificas à técnica VTU (saída do plano subfascial e seroma do túnel). O método estatístico utilizado incluiu análises descritivas (frequências, médias, medianas e percentis), análises inferenciais com o teste Qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher (variáveis categóricas), e o teste de Mann-Whitney (variáveis numéricas), considerando normalidade (teste de Shapiro-Wilk). A margem de erro utilizada na decisão dos testes estatísticos foi de 5%. Resultados: 176 (31,65%) AM foram por VTU com ISS e N=380 (68,65%) AM foram por ISM, sendo N=60 (15,8%) com ISS e N=320 (57,6%) com IGS. Em relação as complicações cirúrgicas precoces: N=2 (0,4%) com ISM e N=0 (0,0%) com VTU tiveram hematoma (p=1,000). N=6 (1,6%) com ISM e N= 0 (0,0%) com VTU, apresentaram seroma (p=0,184). N= 3 (0,8%) com ISM e N=0 (0,0%) com VTU (p= 0,555), ocorreu infecção. N=2 (0,5%) com ISM e N=1 (0,6%) com VTU tiveram assimetria ou posição inadequada (p=1,000). Em relação as complicações cirúrgicas tardias: N= 5(1,3%) com ISM e N=0 (0,0%) com VTU, ocorreu cicatrização inestética (p=0,185). N=11 (2,9%) na ISM e N= 3 (1,7%) na VTU (p=0,564), denotaram contratura capsular. Quanto ao tempo de edema pós-operatória em dias foi de 20,06 +- 26,00 na ISM e 14,68 +- 11,26 na VTU, (p= <0,001). Não houve perda da sensibilidade local em ambas as técnicas. Em relação à contratura capsular entre o IGS e o ISS: N=11 (2,9%) no IGS e N=3 (1,7%) no ISS, p=0,564. Em relação as variáveis específicas a complicações da VTU: N=1 (0,6%) saída do plano subfascial, p=0,317 e N=0 (0,0%) seroma do túnel. Conclusão: A Mamoplastia de aumento transumbilical trouxe resultados semelhantes a outros procedimentos, não apresentando maior índice de infecção, hematoma ou contratura capsular. A recuperação não é maior que em outros procedimentos. O implante salino tem a mesma qualidade comparável ao implante gel de silicone, e apresentou uma cápsula orgânica mais fina.
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Introdução: Hipomastia é uma condição multifatorial relacionada à baixa estima feminina. O aumento mamário (AM), principalmente em mulheres jovens, após a gravidez ou após perda ponderal pode ser obtido através de técnicas com incisão no sítio mamário (ISM) ou mais recentemente por via trans umbilical (VTU), com implantes de gel de silicone (IGS) ou com implantes de solução salina (ISS). Estas duas técnicas de implantes mamários (IMs), bem como o uso de IGS versus ISS têm prós e contras, principalmente do ponto de vista de complicações cirúrgicas precoces e tardias e de satisfação final com o resultado do AM.
Objetivos: 1 - Avaliar as complicações cirúrgicas precoces e tardias entre as técnicas de AM pela VTU em relação à técnica ISM. 2 - Avaliar se existe diferença no AM por ISS versus IGS, comparando o índice de contratura capsular. 3- Relatar as complicações cirúrgicas específicas da VTU.
Métodos: Foram revisados prontuários de 278 pacientes submetidos a 556 IMs no período de janeiro de 1995 a dezembro de 2018. Complicações cirúrgicas precoces (hematoma, seroma, infecção e assimetrias), complicações cirúrgicas tardias (cicatrização inestética, perda da sensibilidade local). O índice de contratura capsular entre o IGS com o ISS, e as complicações cirúrgicas especificas à técnica VTU (saída do plano subfascial e seroma do túnel). O método estatístico utilizado incluiu análises descritivas (frequências, médias, medianas e percentis), análises inferenciais com o teste Qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher (variáveis categóricas), e o teste de Mann-Whitney (variáveis numéricas), considerando normalidade (teste de Shapiro-Wilk). A margem de erro utilizada na decisão dos testes estatísticos foi de 5%.
Resultados: 176 (31,65%) AM foram por VTU com ISS e N=380 (68,65%) AM foram por ISM, sendo N=60 (15,8%) com ISS e N=320 (57,6%) com IGS. Em relação as complicações cirúrgicas precoces: N=2 (0,4%) com ISM e N=0 (0,0%) com VTU tiveram hematoma (p=1,000). N=6 (1,6%) com ISM e N= 0 (0,0%) com VTU, apresentaram seroma (p=0,184). N= 3 (0,8%) com ISM e N=0 (0,0%) com VTU (p= 0,555), ocorreu infecção. N=2 (0,5%) com ISM e N=1 (0,6%) com VTU tiveram assimetria ou posição inadequada (p=1,000). Em relação as complicações cirúrgicas tardias: N= 5(1,3%) com ISM e N=0 (0,0%) com VTU, ocorreu cicatrização inestética (p=0,185). N=11 (2,9%) na ISM e N= 3 ( 1,7%) na VTU (p=0,564), denotaram contratura capsular. Quanto ao tempo de edema pós-operatória em dias foi de 20,06 +- 26,00 na ISM e 14,68 +- 11,26 na VTU, (p= <0,001). Não houve perda da sensibilidade local em ambas as técnicas. Em relação à contratura capsular entre o IGS e o ISS: N=11 ( 2,9%) no IGS e N=3 (1,7%) no ISS, p=0,564. Em relação as variáveis específicas a complicações da VTU: N=1 (0,6%) saída do plano subfscial , p=0,317 e N=0 (0,0%) seroma do túnel.
Conclusão: A Mamoplastia de aumento transumbilical se mostrou um procedimento seguro, efetivo e tecnicamente simples, que trouxe resultados semelhantes a outros procedimentos, não apresentando maior índice de infecção, hematoma ou contratura capsular. A recuperação não é maior que em outros procedimentos. O implante salino tem a mesma qualidade comparável ao implante gel de silicone, e apresentou uma cápsula orgânica mais fina. Oferece outra opção para a paciente decidir onde quer sua cicatriz, mais uma possibilidade de deixá-la satisfeita com seu resultado.
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RODRIGO CONRADO DE LORENA MEDEIROS
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RESSONANCIA MAGNETICA APOS QUIMIORRADIOTERAPIA DEFINITIVA PARA CANCER DE COLO UTERINO LOCALMENTE AVANCADO: QUANDO REALIZAR?
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Orientador : FLAVIO KREIMER
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MEMBROS DA BANCA :
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ADRIANO CARNEIRO DA COSTA
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FLAVIO KREIMER
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JOSEMBERG MARINS CAMPOS
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Data: 28/07/2025
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Introdução: Quimiorradioterapia definitiva é o tratamento padrão ouro para o câncer de colo uterino localmente avançado. É sabido que a resposta tumoral pode estender-se por semanas a meses após a conclusão da radioterapia. Nesse contexto, realizar a avaliação da resposta clínica de forma precoce pode subestimar a regressão tumoral e levar à adoção de condutas terapêuticas desnecessárias. Soma-se que o resgate cirúrgico pode implicar morbidade significativa. Apesar do entendimento do papel da Ressonância Magnética (RM) no seguimento dessas pacientes, não há consenso na literatura quanto ao período ideal para essa avaliação, o que pode impactar diretamente a tomada de decisão terapêutica. Dessa forma, é essencial determinar o intervalo adequado para aferição da resposta, de modo a evitar tratamentos excessivos ou desnecessários. Objetivo: Definir o momento ideal para realização da RM no seguimento de pacientes submetidas a quimiorradioterapia definitiva para tratamento de câncer de colo de uterino localmente avançado. Métodos: Foi conduzida uma análise prospectiva em uma coorte de pacientes tratadas no Hospital de Câncer de Pernambuco. Analisou-se RMs realizadas 1 mês (RM1), 3 meses (RM2), 6 meses (RM3) e 9 meses (RM4) após conclusão do tratamento. As pacientes foram classificadas quanto à resposta clínica como Resposta Completa (RC), Resposta Parcial (RP) ou Progressão de Doença (PGD). O estudo buscou compreender a dinâmica da regressão tumoral e analisou os desfechos ao longo do tempo de acompanhamento. Resultados: Das 75 pacientes inicialmente incluídas, 67 atenderam aos critérios de elegibilidade e foram analisadas. Na RM1, 50% apresentaram resposta completa e 45,2% resposta parcial. Na RM2, 66,7% das avaliadas apresentaram resposta completa. Na RM3, 84,2% das pacientes avaliadas apresentaram resposta completa. Entre as 19 pacientes com resposta parcial na RM1, 8 evoluíram para resposta completa na RM2 e 6 apresentaram resposta completa na RM3 ou RM4. Dentre as 4 pacientes que ainda apresentavam resposta parcial em RM2, nenhuma fez RM3 ou RM4 ainda. Nenhuma paciente com resposta completa em RM1 evoluiu com suspeita de doença nas RM seguintes. A adesão às ressonâncias magnéticas foi progressivamente menor com o tempo: 62,7% realizaram a RM1 (1 mês), 49,2% a RM2 (3 meses), 28,4% a RM3 (6 meses) e 3,0% a RM4 (9 meses). Foram registrados três óbitos durante o seguimento. Conclusão: Os resultados obtidos e a análise da dinâmica de resposta tumoral sugerem que a realização precoce da RM pode subestimar a resposta clínica, e que postergar a avaliação pode ser uma abordagem segura e evitar intervenções desnecessárias. Tais inferências demandam a continuidade deste estudo, bem como de novas investigações em outros trabalhos, para conclusão de respostas definitivas. A continuidade do presente estudo pode contribuir para criação de protocolos clínicos mais eficazes, seguros e custo-efetivos no seguimento do câncer de colo uterino.
Palavras-chave do trabalho: Colo de útero; Câncer ginecológico; Neoplasia do útero; Quimiorradioterapia definitiva; Ressonância magnética; Oncologia ginecológica.
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Introdução: Quimiorradioterapia definitiva é o tratamento padrão ouro para o câncer de colo uterino localmente avançado. É sabido que a resposta tumoral pode estender-se por semanas a meses após a conclusão da radioterapia. Nesse contexto, realizar a avaliação da resposta clínica de forma precoce pode subestimar a regressão tumoral e levar à adoção de condutas terapêuticas desnecessárias. Soma-se que o resgate cirúrgico pode implicar morbidade significativa. Apesar do entendimento do papel da Ressonância Magnética (RM) no seguimento dessas pacientes, não há consenso na literatura quanto ao período ideal para essa avaliação, o que pode impactar diretamente a tomada de decisão terapêutica. Dessa forma, é essencial determinar o intervalo adequado para aferição da resposta, de modo a evitar tratamentos excessivos ou desnecessários. Objetivo: Definir o momento ideal para realização da RM no seguimento de pacientes submetidas a quimiorradioterapia definitiva para tratamento de câncer de colo de uterino localmente avançado. Métodos: Foi conduzida uma análise prospectiva em uma coorte de pacientes tratadas no Hospital de Câncer de Pernambuco. Analisou-se RMs realizadas 1 mês (RM1), 3 meses (RM2), 6 meses (RM3) e 9 meses (RM4) após conclusão do tratamento. As pacientes foram classificadas quanto à resposta clínica como Resposta Completa (RC), Resposta Parcial (RP) ou Progressão de Doença (PGD). O estudo buscou compreender a dinâmica da regressão tumoral e analisou os desfechos ao longo do tempo de acompanhamento. Resultados: Das 75 pacientes inicialmente incluídas, 67 atenderam aos critérios de elegibilidade e foram analisadas. Na RM1, 50% apresentaram resposta completa e 45,2% resposta parcial. Na RM2, 66,7% das avaliadas apresentaram resposta completa. Na RM3, 84,2% das pacientes avaliadas apresentaram resposta completa. Entre as 19 pacientes com resposta parcial na RM1, 8 evoluíram para resposta completa na RM2 e 6 apresentaram resposta completa na RM3 ou RM4. Dentre as 4 pacientes que ainda apresentavam resposta parcial em RM2, nenhuma fez RM3 ou RM4 ainda. Nenhuma paciente com resposta completa em RM1 evoluiu com suspeita de doença nas RM seguintes. A adesão às ressonâncias magnéticas foi progressivamente menor com o tempo: 62,7% realizaram a RM1 (1 mês), 49,2% a RM2 (3 meses), 28,4% a RM3 (6 meses) e 3,0% a RM4 (9 meses). Foram registrados três óbitos durante o seguimento. Conclusão: Os resultados obtidos e a análise da dinâmica de resposta tumoral sugerem que a realização precoce da RM pode subestimar a resposta clínica, e que postergar a avaliação pode ser uma abordagem segura e evitar intervenções desnecessárias. Tais inferências demandam a continuidade deste estudo, bem como de novas investigações em outros trabalhos, para conclusão de respostas definitivas. A continuidade do presente estudo pode contribuir para criação de protocolos clínicos mais eficazes, seguros e custo-efetivos no seguimento do câncer de colo uterino.
Palavras-chave do trabalho: Colo de útero; Câncer ginecológico; Neoplasia do útero; Quimiorradioterapia definitiva; Ressonância magnética; Oncologia ginecológica.
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EDJÔSE CIRIACO SANTANA SILVA
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QUALIDADE DE VIDA E FATORES ASSOCIADOS EM INDIVIDUOS SUBMETIDOS A CIRURGIA BARIATRICA E METABOLICA UTILIZANDO O INSTRUMENTO BODY-Q: UM ESTUDO TRANSVERSAL E UNICENTRICO
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Orientador : PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDRE DOS SANTOS COSTA
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FLAVIO KREIMER
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PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
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Data: 31/07/2025
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Resumo da Qualificação (copiado e colado do campo “Resumo” do manuscrito de Qualificação a ser entregue aos membros da banca): A obesidade representa uma condição crônica multifatorial com impactos significativos na saúde física, emocional e social dos indivíduos, sendo considerada uma epidemia global pela Organização Mundial da Saúde. Frente às limitações dos tratamentos conservadores, a cirurgia bariátrica e metabólica tem se consolidado como uma estratégia eficaz para redução de peso e melhora de comorbidades associadas. No entanto, além dos desfechos clínicos, destaca-se a importância de compreender os efeitos da intervenção sobre a qualidade de vida (QV) dos pacientes submetidos ao procedimento. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo descrever a qualidade de vida e os fatores associados em pacientes com obesidade vinculados ao Programa Multidisciplinar de Cirurgia Bariátrica (PMCB) do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE), utilizando os instrumentos BODY-Q e SF-36.
Trata-se de um estudo descritivo, de delineamento transversal e abordagem quantitativa, com amostra composta por 95 participantes adultos, tanto na fase pré quanto pós-operatória da cirurgia bariátrica. Os dados foram coletados por meio de questionário sociodemográfico, clínico e aplicação dos instrumentos específicos de avaliação da QV. O BODY-Q foi utilizado em sua versão brasileira, com foco nas subescalas de aparência, função e bem-estar. As análises estatísticas foram conduzidas no software Jamovi, incluindo medidas de tendência central, testes de associação (qui-quadrado, teste exato de Fisher), testes de comparação (t de Student e Mann-Whitney) e regressão linear múltipla.
Os resultados esperados incluem a identificação de domínios da qualidade de vida mais impactados pela cirurgia, bem como a associação de fatores sociodemográficos e clínicos com os escores de QV. O uso combinado dos instrumentos BODY-Q e SF-36 permitirá uma avaliação mais sensível e abrangente dos efeitos da cirurgia bariátrica, considerando dimensões físicas, sociais e emocionais. Este estudo contribui para o aprimoramento do cuidado clínico e a construção de estratégias mais eficazes de acompanhamento pós-operatório, com foco na melhoria contínua da qualidade de vida dos pacientes.
Palavras-chave do trabalho: Cirurgia bariátrica, Obesidade, Qualidade de vida, BODY-Q, SF-36.
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Resumo da Qualificação (copiado e colado do campo “Resumo” do manuscrito de Qualificação a ser entregue aos membros da banca): A obesidade representa uma condição crônica multifatorial com impactos significativos na saúde física, emocional e social dos indivíduos, sendo considerada uma epidemia global pela Organização Mundial da Saúde. Frente às limitações dos tratamentos conservadores, a cirurgia bariátrica e metabólica tem se consolidado como uma estratégia eficaz para redução de peso e melhora de comorbidades associadas. No entanto, além dos desfechos clínicos, destaca-se a importância de compreender os efeitos da intervenção sobre a qualidade de vida (QV) dos pacientes submetidos ao procedimento. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo descrever a qualidade de vida e os fatores associados em pacientes com obesidade vinculados ao Programa Multidisciplinar de Cirurgia Bariátrica (PMCB) do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE), utilizando os instrumentos BODY-Q e SF-36.
Trata-se de um estudo descritivo, de delineamento transversal e abordagem quantitativa, com amostra composta por 95 participantes adultos, tanto na fase pré quanto pós-operatória da cirurgia bariátrica. Os dados foram coletados por meio de questionário sociodemográfico, clínico e aplicação dos instrumentos específicos de avaliação da QV. O BODY-Q foi utilizado em sua versão brasileira, com foco nas subescalas de aparência, função e bem-estar. As análises estatísticas foram conduzidas no software Jamovi, incluindo medidas de tendência central, testes de associação (qui-quadrado, teste exato de Fisher), testes de comparação (t de Student e Mann-Whitney) e regressão linear múltipla.
Os resultados esperados incluem a identificação de domínios da qualidade de vida mais impactados pela cirurgia, bem como a associação de fatores sociodemográficos e clínicos com os escores de QV. O uso combinado dos instrumentos BODY-Q e SF-36 permitirá uma avaliação mais sensível e abrangente dos efeitos da cirurgia bariátrica, considerando dimensões físicas, sociais e emocionais. Este estudo contribui para o aprimoramento do cuidado clínico e a construção de estratégias mais eficazes de acompanhamento pós-operatório, com foco na melhoria contínua da qualidade de vida dos pacientes.
Palavras-chave do trabalho: Cirurgia bariátrica, Obesidade, Qualidade de vida, BODY-Q, SF-36.
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YURI HENRIQUE DA SILVA
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COMPARANDO O PERFIL BIOQUIMICO E HEMATOLOGICO DE PACIENTES SUBMETIDOS A CIRURGIA BARIATRICA EM UM HOSPITAL ESCOLA: BYPASS GASTRICO X GASTRECTOMIA VERTICAL (SLEEVE)
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Orientador : PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
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MEMBROS DA BANCA :
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CICERO PINHEIRO INACIO
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JOSIMARIO JOAO DA SILVA
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PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
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Data: 31/07/2025
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A obesidade, definida como IMC ≥30kg/m2, é uma doença inflamatória crônica que
afeta mais de 2,5 bilhões de adultos globalmente e está associada a diversas
comorbidades, como diabetes tipo 2 e hipertensão. A cirurgia bariátrica, incluindo o
bypass gástrico e a gastrectomia vertical (sleeve), é uma intervenção eficaz para a
obesidade grave, promovendo perda de peso e melhorando o perfil metabólico e
inflamatório dos pacientes. O monitoramento pré e pós-operatório dos marcadores
bioquímicos e hematológicos é essencial para otimizar os resultados clínicos e prevenir
deficiências nutricionais. O estudo conduzido no Hospital das Clínicas da UFPE avaliou
o impacto do bypass gástrico e da gastrectomia vertical em 32 pacientes,
predominantemente mulheres (93,7%) com idade média de 43 anos e IMC de 43,2
kg/m². As análises laboratoriais revelaram que os níveis de hemoglobina permaneceram
estáveis em ambos os grupos. O grupo submetido ao bypass gástrico apresentou redução
nos leucócitos e aumento nas plaquetas, ureia e creatinina. Já o grupo sleeve mostrou
um aumento nos leucócitos e estabilidade nos níveis de ureia e creatinina. A Proteína C
Reativa (PCR), um marcador inflamatório, aumentou em ambos os grupos, de forma
mais acentuada no bypass. Em relação aos estoques de ferro, o bypass gástrico tendeu a
melhorá-los, enquanto o sleeve demonstrou uma leve redução. Os níveis de vitamina
B12 e vitamina D aumentaram após ambos os procedimentos. Apesar das variações nos
parâmetros, as comparações estatísticas entre os dois métodos cirúrgicos não indicaram
diferenças significativas.
Palavras-chave do trabalho: Bypass gástrico; Gastrectomia vertical; Bioquímica; Hematologia.
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A obesidade, definida como IMC ≥30kg/m2, é uma doença inflamatória crônica que
afeta mais de 2,5 bilhões de adultos globalmente e está associada a diversas
comorbidades, como diabetes tipo 2 e hipertensão. A cirurgia bariátrica, incluindo o
bypass gástrico e a gastrectomia vertical (sleeve), é uma intervenção eficaz para a
obesidade grave, promovendo perda de peso e melhorando o perfil metabólico e
inflamatório dos pacientes. O monitoramento pré e pós-operatório dos marcadores
bioquímicos e hematológicos é essencial para otimizar os resultados clínicos e prevenir
deficiências nutricionais. O estudo conduzido no Hospital das Clínicas da UFPE avaliou
o impacto do bypass gástrico e da gastrectomia vertical em 32 pacientes,
predominantemente mulheres (93,7%) com idade média de 43 anos e IMC de 43,2
kg/m². As análises laboratoriais revelaram que os níveis de hemoglobina permaneceram
estáveis em ambos os grupos. O grupo submetido ao bypass gástrico apresentou redução
nos leucócitos e aumento nas plaquetas, ureia e creatinina. Já o grupo sleeve mostrou
um aumento nos leucócitos e estabilidade nos níveis de ureia e creatinina. A Proteína C
Reativa (PCR), um marcador inflamatório, aumentou em ambos os grupos, de forma
mais acentuada no bypass. Em relação aos estoques de ferro, o bypass gástrico tendeu a
melhorá-los, enquanto o sleeve demonstrou uma leve redução. Os níveis de vitamina
B12 e vitamina D aumentaram após ambos os procedimentos. Apesar das variações nos
parâmetros, as comparações estatísticas entre os dois métodos cirúrgicos não indicaram
diferenças significativas.
Palavras-chave do trabalho: Bypass gástrico; Gastrectomia vertical; Bioquímica; Hematologia.
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VALERIA RABELO LAFAYETTE
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ANALISE DO COMPORTAMENTO METABOLICO, ATRAVES DA CALORIMETRIA INDIRETA DA ERGOESPIROMETRIA, EM INDIVIDUOS COM INSUFICIENCIA CARDIACA AVANCADA AVALIADOS PARA INDICACAO DE TRANSPLANTE CARDIACO.
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Orientador : MARIA INES REMIGIO DE AGUIAR
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIA INES REMIGIO DE AGUIAR
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SILVIA MARINHO MARTINS ALVES
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SIMONE CRISTINA SOARES BRANDAO
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Data: 31/07/2025
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Resumo da Dissertação: A ergoespirometria é uma ferramenta essencial para avaliar a função cardiorrespiratória, permitindo a análise do consumo de oxigênio (VO2) e da produção de gás carbônico (VCO2), além de determinar os limiares ventilatórios. O quociente respiratório (QR) obtido durante o teste indica o tipo de substrato energético utilizado. A inflexibilidade metabólica, comum em pacientes com ICFER, é marcada pela transição precoce da oxidação de lipídios para carboidratos durante o exercício. Este estudo tem como objetivo analisar o comportamento metabólico da oxidação de gordura e carboidrato em pacientes com ICFER indicados para transplante cardíaco. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, observacional transversal, através de análise de base de dados de exames de ergoespirometria de pacientes com IC avançada avaliados para indicação de transplante cardíaco realizados no período de maio de 2022 a julho de 2024. Foram analisados o comportamento metabólico da oxidação de gordura e carboidrato e o ponto de flexão metabólica (PFM), através de gráficos e tabelas da calorimetria indireta de esforço na ergoespirometria, utilizando como parâmetros do volume de oxigênio consumido (VO2PFM) e da carga de trabalho absoluta no PFM em Watts (Pot W Abs PFM). Esses dados foram comparados com os parâmetros ventilatórios de pior prognóstico na IC avançada como VO2 pico/máx e o VE/VCO2slope e também com a Classe Funcional (NYHA e Weber). Resultados: Dos 58 laudos de exames, no banco de dados, 02 foram excluídos por coleta inadequada dos dados ventilatórios. Participantes com VO₂ pico >12ml/kg/min alcançaram VO₂PFM médio de 11,5 ± 2,4 frente a 7,5 ± 1,9 no grupo ≤ 12ml/kg/min (p < 0,001). A mesma tendência surgiu para a Pot W Abs PFM, cuja mediana foi 49,9 (34,6–76,4) versus 30,1 (22,0–51,0) (p = 0,001). A eficiência ventilatória, aferida pelo VE/VCO₂ slope, mostrou impacto paralelo: razão < 35 associouse a VO₂PFM maior (11,1 ± 2,5 vs. 8,5 ± 2,9; p = 0,001) e a potência absoluta superior (52,0 (33,3; 76,2) vs. 33,4 (26,7; 46,2); p = 0,003). Pacientes em CF-NYHA III e IV apresentaram VO₂PFM de 9,5 ± 3,0 e Pot W Abs PFM de 37,9 (26,8; 56,7), significativamente inferiores aos de CF-NYHA I e II (12,3 ± 1,8; 77,3 (36,1; 125,1); p = 0,007 e p = 0,009, respectivamente). De forma análoga, sujeitos classificados como CF-Weber C e D exibiram VO₂PFM 8,9 ± 2,2, valor menor que nas classes A–B (13,5 ± 2,3; p < 0,001); a diferença de potência mostrou-se limítrofe (77,3 (36,1; 125,1) vs. 46,8 (35,3; 117,7); p = 0,065). Discussão/Conclusão: Os dados apresentados reforçam o papel da ergoespirometria na análise metabólica e na caracterização funcional de pacientes com insuficiência cardíaca avançada em avaliação para transplante cardíaco. A observação de VO₂ no ponto de flexão metabólica e da potência absoluta nesse ponto como variáveis significativamente associadas a marcadores clássicos de pior prognóstico, como VO₂ pico ≤12 ml/kg/min, VE/VCO₂ slope >35 e classe funcional avançada (NYHA III e IV; Weber C e D), sugere que o perfil de oxidação de substratos durante o exercício pode refletir, de forma sensível, o grau de comprometimento metabólico e funcional desses pacientes. Tais achados sugerem que a análise da flexibilidade metabólica, integrada à ergoespirometria convencional, pode oferecer informações prognósticas adicionais relevantes, contribuindo para a estratificação de risco e tomada de decisão clínica nesse grupo de alto risco.
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A ergoespirometria é uma ferramenta essencial para avaliar a função cardiorrespiratória, permitindo a análise do consumo de oxigênio (VO2) e da produção de gás carbônico (VCO2), ), além de determinar os limiares ventilatórios. O quociente respiratório (QR) obtido durante o teste indica o tipo de substrato energético utilizado. A inflexibilidade metabólica, comum em pacientes com ICFER, é marcada pela transição precoce da oxidação de lipídios para carboidratos durante o exercício. Este estudo tem como objetivo analisar o comportamento metabólico da oxidação de gordura e carboidrato em pacientes com ICFER indicados para transplante cardíaco. Trata-se de um estudo retrospectivo, com coleta de dados de laudos de exames de ergoespirometria realizados entre maio de 2022 e julho de 2024, incluindo pacientes com ICFER com indicação de transplante cardíaco pelo exame e esportistas como grupo de comparação. Resultados: Dos 98 laudos de exames de ergoespirometria coletados no banco de dados, 20 preenchiam critérios de inclusão. No grupo de comparação, formado por esportistas, 11 (55%) eram do sexo masculino e 09 (45%) do sexo feminino. Já no grupo dos cardiopatas, 13 eram do sexo masculino (65%) e 07 do sexo feminino (35%). A média de idade foi de 50,3±8,3 anos no grupo dos cardiopatas e de 41,7±10,3 anos no grupo dos esportistas com diferença estatisticamente significativa (p<0,001) entre as os grupos. As variáveis ventilatórias mostraram diferenças significativas entre os grupos. O VO2 máximo e pico foi de 44,3 ml/kg/min ± 5,3 nos esportistas e 10,7 ml/kg/min ± 1,7 nos cardiopatas (p<0,01). O VO2 no limiar ventilatório 1 (LV1) também foi significativamente diferente, com médias de 25,5 ml/kg/min ± 4,1 nos esportistas e 8,0 ml/kg/min ± 1,3 nos cardiopatas (p<0,01). O VE/VCO2 slope foi maior nos cardiopatas (40,3 ± 10,1) em comparação aos esportistas (26,0 ± 3,7, p<0,01). A correlação entre VO2 LV1 e VE/VCO2 slope foi significativa apenas no grupo de cardiopatas (p=0,05). Todos os cardiopatas apresentaram ponto de flexão metabólica (PFM) antes do LV1, enquanto todos os esportistas apresentaram após o LV1, com 80% entre LV1 e LV2. Os cardiopatas tinham médias de VO2 LV1 e VO2 máximo/pico significativamente mais baixas que os esportistas (p<0,01).
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ALLAN LEMOS MAIA
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O USO DA MEMBRANA DO BIOPOLÍMERO DA CANA-DE AÇÚCAR COMO CURATIVO NA CIRURGIA DE VARIZES
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Orientador : ESDRAS MARQUES LINS
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MEMBROS DA BANCA :
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ESDRAS MARQUES LINS
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FLAVIO KREIMER
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JOSE LAMARTINE DE ANDRADE AGUIAR
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FERNANDA APPOLONIO ROCHA
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SILVIO ROMERO DE BARROS MARQUES
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Data: 27/01/2025
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INTRODUÇÃO: A insuficiência venosa crônica (IVC) é comum em todo o mundo. A causada fequentemente por varizes dos membros infeiores (MMII). O tratamento cirúrgico é o padrão na maioria dos casos. Não há consenso sobre qual curativo é ideal para coberturas das feridas operatórias (FOs), porém características como baixo custo, ser hipoalergênico e apresentar boa aderência são esperadas. A membrana de biopolímeto de cana-de-açúcar (MBCA) aparece como alternativa, porém ainda não foi utilizada na cirurgia de varizes. OBJETIVO: Avaliar a eficácia do filme de biopolímero celulósico no curativo de ferida operatória de cirurgia de varizes dos MMII. METODOLOGIA: Ensaio clínico randomizado e prospectivo. Foi realizado no Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital das Clínicas UFPE, no período de maio de 2023 a setembro de 2024, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) sob registro 5.855.571. Foram estudados 55 pacientes submetidos a cirurgia de varizes dos MMII e divididos em grupo experimental (GE) que utilizou MBCA para cobertura de micro-incisões e grupo controle (GC) que utilizou fita microporosa. Após 5 dias, os pacientes foram questionados sobre a ocorrência de dor e prurido. As FOs foram avaliadas por âreas através da SOUTHAMPTON WOUND ASSESSMENT SCALE (SWAS) RESULTADOS: Os grupos apresentaram homogeneidade em todos os dados demográficos, na presença de comorbidade e classificação CEAP. A dor na retirada do curativo e prurido foram mais frequente do GC com média de dor de 3,46 (+/- 3,26), contra 0,63 (+/- 1,38) com p<0,001, e prurido p = 0,021. Ainda sem resultados da SWAS CONCLUSÃO: Com base nos resultados obtidos pode-se concluir que a MBCA parece ser promissora como cobertura em cirurgia de varizes de MMII.
Palavras chaves: Insuficiência venosa crônica, biopolímero da cana-de-açucar, curativo
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INTRODUÇÃO: A insuficiência venosa crônica (IVC) é comum em todo o mundo. A causada fequentemente por varizes dos membros infeiores (MMII). O tratamento cirúrgico é o padrão na maioria dos casos. Não há consenso sobre qual curativo é ideal para coberturas das feridas operatórias (FOs), porém características como baixo custo, ser hipoalergênico e apresentar boa aderência são esperadas. A membrana de biopolímeto de cana-de-açúcar (MBCA) aparece como alternativa, porém ainda não foi utilizada na cirurgia de varizes. OBJETIVO: Avaliar a eficácia do filme de biopolímero celulósico no curativo de ferida operatória de cirurgia de varizes dos MMII. METODOLOGIA: Ensaio clínico randomizado e prospectivo. Foi realizado no Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital das Clínicas UFPE, no período de maio de 2023 a setembro de 2024, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) sob registro 5.855.571. Foram estudados 55 pacientes submetidos a cirurgia de varizes dos MMII e divididos em grupo experimental (GE) que utilizou MBCA para cobertura de micro-incisões e grupo controle (GC) que utilizou fita microporosa. Após 5 dias, os pacientes foram questionados sobre a ocorrência de dor e prurido. As FOs foram avaliadas por âreas através da SOUTHAMPTON WOUND ASSESSMENT SCALE (SWAS) RESULTADOS: Os grupos apresentaram homogeneidade em todos os dados demográficos, na presença de comorbidade e classificação CEAP. A dor na retirada do curativo e prurido foram mais frequente do GC com média de dor de 3,46 (+/- 3,26), contra 0,63 (+/- 1,38) com p<0,001, e prurido p = 0,021. Ainda sem resultados da SWAS CONCLUSÃO: Com base nos resultados obtidos pode-se concluir que a MBCA parece ser promissora como cobertura em cirurgia de varizes de MMII.
Palavras chaves: Insuficiência venosa crônica, biopolímero da cana-de-açucar, curativo
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LUIZ FELIPE LYNCH DE MORAES
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ESTIMATIVA DO VOLUME DO ESPAÇO VITRECTOMIZADO IN VIVO E DESENVOLVIMENTO DE UMA FÓRMULA BASEADA NO COMPRIMENTO AXIAL
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Orientador : RODRIGO PESSOA CAVALCANTI LIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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FLAVIO KREIMER
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MARIA CECILIA DE AGUIAR REMIGIO
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MARIA INES REMIGIO DE AGUIAR
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RODRIGO PESSOA CAVALCANTI LIRA
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VIRGINIA LAURA LUCAS TORRES
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Data: 04/02/2025
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O volume da câmara vítrea varia com o tamanho do olho. O espaço criado na cavidade vítrea por uma vitrectomia é chamado de espaço vitrectomizado. O volume do espaço vitrectomizado (VEV) está fortemente correlacionado com o comprimento axial (CA) do olho. Este estudo tem como objetivo apresentar diretrizes para estimar o VEV em participantes estratificados por comprimento axial, sexo e histórico de cirurgia de catarata. Trata-se de um estudo retrospectivo e transversal que incluiu 144 participantes selecionados aleatoriamente, que realizaram vitrectomias entre 2013 e 2023. Antes da cirurgia, os comprimentos axiais dos olhos dos participantes foram medidos por biometria óptica. Os comprimentos axiais dos olhos em nossa amostra variaram entre 20−32 mm. Em todos os casos, uma vitrectomia completa foi realizada, seguida por uma troca completa de fluido-ar e injeção de uma solução salina balanceada. O volume infundido foi registrado. Resultados: O VEV mediano (intervalo interquartílico; intervalo) foi de 6,1 (3,8; 3,1−11,3) mL em homens e 6,1 (3,3; 3,2−11,2) mL em mulheres (p=0,811). O VEV mediano foi de 5,9 (3,6; 3,1−11,2) mL em pacientes fácicos e 6,25 (3,6; 3,3−11,3) mL em pseudofácicos (p=0,533). Foi encontrada uma correlação positiva entre o comprimento axial e o VEV nesta amostra (r=0,968; p<0,001). Em uma regressão polinomial cúbica, o coeficiente de determinação foi de 0,948. Resultados semelhantes foram observados em ambos os sexos e em pacientes tanto fácicos quanto pseudofácicos. A equação de regressão polinomial cúbica estimada para esta amostra foi VEV = 0,000589052857847605 × CA³ - 0,025114926401582700 × CA² + 0,685961117595624000 × CA - 5,088226672620790000. Desenvolvemos esta estimativa do comprimento axial para o volume do espaço vitrectomizado como uma diretriz para a determinação do volume do espaço vitrectomizado utilizando o comprimento axial.
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O volume da câmara vítrea varia com o tamanho do olho. O espaço criado na cavidade vítrea por uma vitrectomia é chamado de espaço vitrectomizado. O volume do espaço vitrectomizado (VEV) está fortemente correlacionado com o comprimento axial (CA) do olho. Este estudo tem como objetivo apresentar diretrizes para estimar o VEV em participantes estratificados por comprimento axial, sexo e histórico de cirurgia de catarata. Trata-se de um estudo retrospectivo e transversal que incluiu 144 participantes selecionados aleatoriamente, que realizaram vitrectomias entre 2013 e 2023. Antes da cirurgia, os comprimentos axiais dos olhos dos participantes foram medidos por biometria óptica. Os comprimentos axiais dos olhos em nossa amostra variaram entre 20−32 mm. Em todos os casos, uma vitrectomia completa foi realizada, seguida por uma troca completa de fluido-ar e injeção de uma solução salina balanceada. O volume infundido foi registrado. Resultados: O VEV mediano (intervalo interquartílico; intervalo) foi de 6,1 (3,8; 3,1−11,3) mL em homens e 6,1 (3,3; 3,2−11,2) mL em mulheres (p=0,811). O VEV mediano foi de 5,9 (3,6; 3,1−11,2) mL em pacientes fácicos e 6,25 (3,6; 3,3−11,3) mL em pseudofácicos (p=0,533). Foi encontrada uma correlação positiva entre o comprimento axial e o VEV nesta amostra (r=0,968; p<0,001). Em uma regressão polinomial cúbica, o coeficiente de determinação foi de 0,948. Resultados semelhantes foram observados em ambos os sexos e em pacientes tanto fácicos quanto pseudofácicos. A equação de regressão polinomial cúbica estimada para esta amostra foi VEV = 0,000589052857847605 × CA³ - 0,025114926401582700 × CA² + 0,685961117595624000 × CA - 5,088226672620790000. Desenvolvemos esta estimativa do comprimento axial para o volume do espaço vitrectomizado como uma diretriz para a determinação do volume do espaço vitrectomizado utilizando o comprimento axial.
Palavras-chave: Extração de catarata; Perfurações/ cirurgia de retina; Membrana epirretiniana/ cirurgia; Corpo vítreo; Comprimento axial, olho; Vitrectomia; Biometria/ métodos; Técnicas diagnósticas, oftalmológicas; Diretrizes como tema.
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MAGNO PETRÔNIO GALVÃO LEANDRO
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IMPACTO DA PERDA DE PESO, ALTERAÇÕES REGIONAIS DA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA E DOS NOVOS PARÂMETROS DE OBESIDADE NA SAÚDE ÓSSEA EM PACIENTES PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA: ESTUDO DE COORTE RETROSPECTIVO
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Orientador : PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
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MEMBROS DA BANCA :
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ALESSANDRO SPENCER DE SOUZA HOLANDA
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ESDRAS MARQUES LINS
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FLAVIO KREIMER
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PAULO ROBERTO CAVALCANTI CARVALHO
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RAPHAEL JOSE PERRIER MELO
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Data: 24/02/2025
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Introdução:A cirurgia bariátrica é amplamente reconhecida como uma intervenção eficaz no manejo da obesidade grave, mas seus efeitos na saúde óssea e na composição corporal continuam sendo questões complexas e de grande relevância. Este estudo investigou as alterações na composição corporal e na densidade mineral óssea (DMO) de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, com ênfase na identificação de indivíduos em alto risco de fraturas e no desenvolvimento de um modelo preditivo para avaliar essas alterações. Também foi discutida a aplicabilidade de novos critérios diagnósticos para obesidade, incluindo medidas complementares como a razão cintura-quadril e a circunferência do pescoço.Metodologia:Foram analisados prontuários de 35 pacientes que realizaram densitometria óssea (DEXA) antes e após a cirurgia bariátrica. Variáveis como ΔPeso, redistribuição de gordura (%Androide/%Ginoide) e perda de massa magra ajustada pela altura² (ΔM_MAGRA/ALTURA²) foram avaliadas, com acompanhamento pré e pós-operatório. Pacientes foram classificados quanto ao risco de fraturas com base em critérios de alterações na DMO, redistribuição de gordura e perda de massa magra. A análise seguiu critérios estatísticos robustos, incluindo testes de correlação e regressão preditiva.Resultados:Os resultados indicaram uma redução significativa no peso corporal de 116,46 kg (±16,76) para 91,51 kg (±15,67) (p<0,001) e na gordura corporal total de 48,38% (±5,37) para 42,42% (±5,97) (p<0,001). O índice %Androide/%Ginoide reduziu de 1,07 (±0,10) para 1,01 (±0,11) (p<0,001), enquanto a massa magra ajustada pela altura² diminuiu de 22,32 kg/m² (±2,15) para 19,82 kg/m² (±2,26) (p<0,001). Reduções significativas na DMO foram observadas na pelve (1,2421 g/cm² [±0,1980] para 1,196 g/cm² [±0,1648], p=0,009), perna esquerda (1,2128 g/cm² [±0,1436] para 1,1933 g/cm² [±0,1408], p=0,045) e perna direita (1,2211 g/cm² [±0,1349] para 1,198 g/cm² [±0,1321], p=0,034). A DMO total, entretanto, não apresentou diferença estatisticamente significativa (p=0,210). Entre os pacientes, 85,7% foram classificados como de alto risco de fraturas, sendo a perda de massa magra ajustada pela altura² e a redistribuição de gordura os fatores mais determinantes.Conclusão:Este estudo contribui para o entendimento dos efeitos da cirurgia bariátrica na saúde óssea e na composição corporal, destacando a importância de identificar precocemente pacientes em alto risco de fraturas. A redução da massa magra e a redistribuição da gordura corporal emergem como fatores críticos para a fragilidade óssea, reforçando a necessidade de um monitoramento multidisciplinar personalizado. A inclusão de novos parâmetros diagnósticos da obesidade pode aprimorar a avaliação do risco metabólico e osteoarticular em pacientes bariátricos. Por fim, o desenvolvimento de um modelo preditivo baseado em variáveis de composição corporal oferece suporte para intervenções clínicas voltadas à preservação da saúde óssea e à minimização do risco de fraturas.
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Introdução:A cirurgia bariátrica é amplamente reconhecida como uma intervenção eficaz no manejo da obesidade grave, mas seus efeitos na saúde óssea e na composição corporal continuam sendo questões complexas e de grande relevância. Este estudo investigou as alterações na composição corporal e na densidade mineral óssea (DMO) de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, com ênfase na identificação de indivíduos em alto risco de fraturas e no desenvolvimento de um modelo preditivo para avaliar essas alterações. Também foi discutida a aplicabilidade de novos critérios diagnósticos para obesidade, incluindo medidas complementares como a razão cintura-quadril e a circunferência do pescoço.Metodologia:Foram analisados prontuários de 35 pacientes que realizaram densitometria óssea (DEXA) antes e após a cirurgia bariátrica. Variáveis como ΔPeso, redistribuição de gordura (%Androide/%Ginoide) e perda de massa magra ajustada pela altura² (ΔM_MAGRA/ALTURA²) foram avaliadas, com acompanhamento pré e pós-operatório. Pacientes foram classificados quanto ao risco de fraturas com base em critérios de alterações na DMO, redistribuição de gordura e perda de massa magra. A análise seguiu critérios estatísticos robustos, incluindo testes de correlação e regressão preditiva.Resultados:Os resultados indicaram uma redução significativa no peso corporal de 116,46 kg (±16,76) para 91,51 kg (±15,67) (p<0,001) e na gordura corporal total de 48,38% (±5,37) para 42,42% (±5,97) (p<0,001). O índice %Androide/%Ginoide reduziu de 1,07 (±0,10) para 1,01 (±0,11) (p<0,001), enquanto a massa magra ajustada pela altura² diminuiu de 22,32 kg/m² (±2,15) para 19,82 kg/m² (±2,26) (p<0,001). Reduções significativas na DMO foram observadas na pelve (1,2421 g/cm² [±0,1980] para 1,196 g/cm² [±0,1648], p=0,009), perna esquerda (1,2128 g/cm² [±0,1436] para 1,1933 g/cm² [±0,1408], p=0,045) e perna direita (1,2211 g/cm² [±0,1349] para 1,198 g/cm² [±0,1321], p=0,034). A DMO total, entretanto, não apresentou diferença estatisticamente significativa (p=0,210). Entre os pacientes, 85,7% foram classificados como de alto risco de fraturas, sendo a perda de massa magra ajustada pela altura² e a redistribuição de gordura os fatores mais determinantes.Conclusão:Este estudo contribui para o entendimento dos efeitos da cirurgia bariátrica na saúde óssea e na composição corporal, destacando a importância de identificar precocemente pacientes em alto risco de fraturas. A redução da massa magra e a redistribuição da gordura corporal emergem como fatores críticos para a fragilidade óssea, reforçando a necessidade de um monitoramento multidisciplinar personalizado. A inclusão de novos parâmetros diagnósticos da obesidade pode aprimorar a avaliação do risco metabólico e osteoarticular em pacientes bariátricos. Por fim, o desenvolvimento de um modelo preditivo baseado em variáveis de composição corporal oferece suporte para intervenções clínicas voltadas à preservação da saúde óssea e à minimização do risco de fraturas.
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MARIA EDUARDA DUARTE DE MELLO FLAMINI
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IMPACTO CLINICO DA INTELIGENCIA ARTIFICIAL NA OTIMIZACAO DE TEMPO DE AQUISICAO E REDUCAO DE DOSE EM IMAGENS DE PET COM FDG-18F
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Orientador : FLAVIO KREIMER
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MEMBROS DA BANCA :
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ESDRAS MARQUES LINS
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FELIPE ALVES MOURATO
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FLAVIO KREIMER
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MARCOS ANTÔNIO DÓREA MACHADO
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SHIRLEY DA SILVA JACINTO DE OLIVEIRA CRUZ
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Data: 31/07/2025
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O presente estudo avaliou o impacto clínico da inteligência artificial (IA) na construção de modelos de deep learning (DL) para redução de ruído em imagens de PET-FDG em pacientes oncológicos, visando otimizar o tempo de aquisição e a atividade injetada do radiofármaco. Utilizando arquiteturas 2.5D e 3D com reduções de 50% e 75% nas contagens originais, comparadas à reconstrução padrão de contagem plena, foram analisadas retrospectivamente imagens de 41 pacientes adultos do serviço de medicina nuclear do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Os objetivos incluíram avaliações qualitativas da qualidade de imagem e detectabilidade de lesões por dois médicos nucleares independentes, utilizando escala de Likert e análise dicotômica, além de métricas quantitativas como SUVbw_max, SUVbw_mean e SUVbw_peak, MTV, TLG e contraste, extraídas por segmentação automática. Os resultados demonstraram que, nas reconstruções com 50% das contagens, a qualidade de imagem manteve notas médias acima de 4,8 em escala de 5, com concordância interobservador de 92,7% e perda de detectabilidade em apenas 2,4% dos casos, sem diferenças estatisticamente significativas nas métricas quantitativas em relação à referência. Nas condições com 25% das contagens, observou-se leve redução na qualidade perceptiva, com notas entre 4,0 e 4,5, e dúvidas na detectabilidade em 12,2% dos pacientes, principalmente em lesões hepáticas, embora todas as lesões neoplásicas principais tenham sido identificadas e as variações quantitativas tenham permanecido inferiores a 5%. Esses achados sugerem que os modelos de DL permitem protocolos mais eficientes e seguros, reduzindo exposição à radiação e custos, especialmente em contextos de recursos limitados como o SUS, sem comprometer a acurácia diagnóstica e prognóstica. Limitações incluem o caráter retrospectivo e o tamanho da amostra, recomendando-se estudos prospectivos para generalização. Em conclusão, a IA representa uma ferramenta promissora para aprimorar a imagem molecular na oncologia.
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O câncer de pulmão é a neoplasia mais comum no mundo e a maioria dos pacientes (70%) com câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC) é diagnosticada com doença avançada, não sendo mais candidatos a terapias curativas. O sistema de estadiamento TNM é considerado a ferramenta de prognóstico mais importante e guia a conduta e tratamento desses pacientes. Entretanto, o tempo de sobrevida pode variar amplamente entre pacientes de um mesmo estágio clínico, principalmente porque a maioria dos tumores não representa uma entidade homogênea, sendo compostos de múltiplas sub populações clonais de células cancerígenas. A radiômica é uma ferramenta recente que permite análise quantitativa de imagens médicas digitais por ferramentas de inteligência artificial, extraindo e analisando grandes quantidades de características, como intensidade, forma, textura e heterogeneidade intratumoral, para ajudar a fornecer informações diagnósticas, prognósticas e preditivas valiosas. Pode ser realizada a partir de dados obtidos dos diferentes métodos diagnósticos, como ultrassonografia, CT, PET/CT e ressonância magnética, contudo, características radiômicas obtidas com PET-FDG apresentam maior correlação com o comportamento biológico heterogêneo das lesões neoplásicas, e podem servir como marcadores preditivos de sobrevida e resposta terapêutica. Este estudo longitudinal, retrospectivo, visa avaliar o desempenho das características radiômicas nos exames de PET-FDG realizados na clínica NOVA Diagnóstico para investigação ou estadiamento de CPNPC entre 2016 e 2021 e correlacionar com a sobrevida global. Espera-se encontrar uma correlação entre as características radiômicas na PET-FDG e a sobrevida global, com a possibilidade de que um ou mais desses biomarcadores de imagem possam ter valor prognóstico isolado.
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ERYKA MARIA DOS SANTOS
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SARCOPENIA E RISCO DE TOXICIDADE NO TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO EM PORTATORAS DE NEOPLASIA DE MAMA
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Orientador : ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
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MEMBROS DA BANCA :
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ADRIANO CARNEIRO DA COSTA
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ALVARO ANTONIO BANDEIRA FERRAZ
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FLAVIO KREIMER
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LUCIANA CAROLINE PAULINO DO NASCIMENTO
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POLIANA COELHO CABRAL
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Data: 24/09/2025
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Introdução: A sarcopenia e a obesidade sarcopênica (OS) têm sido associadas a pior tolerância e desfechos clínicos em mulheres com câncer de mama em tratamento quimioterápico. Entretanto, a relação entre essas condições e a toxicidade à quimioterapia ainda precisa ser melhor investigada. Objetivo: Avaliar a ocorrência de sarcopenia e sua associação com toxicidades e intercorrências durante a quimioterapia em mulheres com câncer de mama, bem como explorar a presença de OS e possíveis diferenças segundo a faixa etária. Métodos: Estudo de coorte prospectivo (fev/2022–set/2023) com 150 mulheres em quimioterapia em clínica oncológica de Recife. Realizaram-se avaliações no início (T0) e ao término (T1) do tratamento, as quais incluíram triagem nutricional (ASG-PPP, SARC-F, SARC-CalF), antropometria, bioimpedância (para composição corporal), força de preensão palmar, velocidade de marcha, exames bioquímicos, intercorrências (adiamento de ciclo, redução de dose, interrupção) e toxicidades ao tratamento. Estas foram classificadas pelo CTCAE versão 5.0. Associações foram testadas pelo qui-quadrado/Fisher e considerados estatisticamente significantes quando valor de p ≤ 0,05. Resultados: Apesar de 98,6% terem sido consideradas sem risco nutricional, na ASG-PPP, observaram-se alterações expressivas de composição corporal no basal, como: excesso de peso (62,0%), obesidade abdominal (55,7%), sarcopenia (18,2%) e OS (9,1%). A sarcopenia associou-se à redução de dose em T1 (p=0,004); à anorexia em T0 (37,9% vs. 13,1%; p=0,004) e T1 (37,0% vs. 7,1%; p=0,001); e à constipação em T0 (28,0% vs. 12,9%; p=0,046). A OS não se associou significativamente às intercorrências, embora com tendências pontuais no basal (p>0,05). Idosas apresentaram maior interrupção do tratamento (p=0,031) e maior prevalência de anorexia (44,8% vs. 17,6%; p=0,003). Conclusão: A sarcopenia foi prevalente já no início do tratamento e relacionou-se a maior necessidade de redução de dose e a sintomas relevantes, especialmente anorexia, sugerindo impacto clínico na condução terapêutica. A OS não mostrou associação estatística com intercorrências nesta amostra. Os achados reforçam a incorporação de avaliação sistemática da composição corporal e rastreio de sarcopenia na prática oncológica, com monitoramento e intervenções nutricionais individualizadas, sobretudo em idosas.
Palavras chave: câncer de mama; quimioterapia; sarcopenia; toxicidade.
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Introdução: O câncer de mama é a neoplasia mais comum entre mulheres, e o excesso de peso, embora prevalente, pode coexistir com perda de massa muscular. A sarcopenia pode se agravar durante a quimioterapia, aumentando o risco de toxicidade.
Objetivo: Avaliar a influência da sarcopenia na toxicidade e intercorrências em pacientes com câncer de mama submetidas à quimioterapia.
Métodos: Estudo de coorte prospectivo realizado entre fevereiro de 2022 e setembro de 2023, com 150 mulheres ≥ 20 anos diagnosticadas com câncer de mama (CID C50), acompanhadas em uma clínica de oncologia em Recife. Avaliações ocorreram no início (T0) e ao final (T1) do tratamento. Foram coletados dados clínicos, nutricionais, bioquímicos e de composição corporal. A sarcopenia foi classificada segundo o consenso de 2018. Toxicidades/intercorrências foram monitoradas em todos os ciclos.
Resultados: A maioria das pacientes estava em pré-menopausa (58,4%), com sobrepeso ou obesidade (83,3%), e em tratamento neoadjuvante (65,8%). Sarcopenia foi identificada em 18,2% das participantes, e obesidade sarcopênica em 9,1%. A sarcopenia associou-se à redução de dose no T1 (p < 0,05), mas não a adiamentos ou interrupções. Anorexia esteve significativamente associada à sarcopenia em T0 (p = 0,004) e T1 (p = 0,001). Houve também associação com constipação em T0 (p = 0,046). Não foram observadas associações significativas entre obesidade sarcopênica e intercorrências gastrointestinais.
Conclusão: A sarcopenia esteve associada à maior chance de redução de dose e à presença de anorexia durante a quimioterapia, evidenciando sua relevância clínica no manejo oncológico nutricional. A obesidade sarcopênica, por sua vez, não se associou de forma significativa às intercorrências avaliadas.
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